Etha10 Resolucao Questoes Manual
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História A | 10.º ano Maria Antónia Monterroso Rosas · Célia Pinto do Couto · Elisabete Jesus
Oo
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Índice
Módulo 0 ................................................................................ 3
Módulo 1 ................................................................................. 5
Unidade 1 .......................................................................................... 5
Unidade 2 .......................................................................................... 12
Unidade 3 .......................................................................................... 18
Módulo 2 ................................................................................ 20
Unidade 1 .......................................................................................... 20
Unidade 2 .......................................................................................... 26
Unidade 3 .......................................................................................... 36
Módulo 3 ................................................................................ 41
Unidade 1 .......................................................................................... 41
Unidade 2 .......................................................................................... 43
Unidade 3 .......................................................................................... 48
Unidade 4 .......................................................................................... 57
Unidade 5 .......................................................................................... 61
2
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a) Págs. 14 e 15
k)
l) FICHA 2
volta para o seu país de origem”. Se no Doc. 3 se promovem 1128 – Vitória de D. Afonso Henriques na Batalha de S. Mamede
os valores da tolerância e da integração, no Doc. 4 noticiam-
1498 – Vasco da Gama chega à Índia
-se comportamentos racistas e xenófobos, em países como
1750 – O Marquês de Pombal torna-se ministro de D. José I
a Alemanha, o Reino Unido ou a Noruega.
3
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1807 – Primeira invasão francesa 2. Enquanto via de comunicação, o Tejo facilitou o contacto
Idade/Época Contemporânea
1807 – Primeira invasão francesa 4. Carácter nacional dos Descobrimentos:
1986 – Portugal torna-se membro da CEE
– “Os descobrimentos marítimos constituem, na História de
5. São Gregório refere-se aos Francos, povo germânico que Portugal, um “salto” de significativa importância”;
se instalou na província da Gália, atual França OU trata-se – “Os homens de um pequeno país do Ocidente europeu
do conjunto de povos que, entre os séculos IV e V d. C., irão alterar irreversivelmente o seu destino”.
conquistou e se instalou no espaço romano: Godos, Alanos,
Carácter universal dos Descobrimentos:
Vândalos, Francos, Saxões, etc.
– “[…] levando atrás de si o destino de uma Europa até então
6. Os Docs. 5 e 7 contradizem a perceção de São Gregório
fechada em si mesma”;
que, mergulhado nos tempos conturbados da formação dos
– “O século XVI irá ser para o europeu uma época de enri-
reinos bárbaros, acredita que a literatura e o saber clássicos
quecimento cultural e de um rasgar de horizontes, em
se encontram em extinção. A historiadora Regine Pernoud
grande parte devido às viagens marítimas que culminaram
(Doc. 5) chama a atenção para a importância assumida pelos
com a chegada de Colombo às Antilhas, de Vasco da Gama
autores gregos e latinos na Idade Média, referindo diversos
à Índia e de Pedro Álvares Cabral ao Brasil”.
autores cujas obras integravam a biblioteca da Abadia do
5. A imagem põe em evidência a diferença de fisionomias
Monte Saint-Michel; o Doc. 7 atesta a persistência dos mitos
entre os europeus e os asiáticos. O diferente desenho dos
clássicos na Idade Média, neste caso o mito de Édipo (Doc. 6)
olhos, mas, sobretudo, a face mais proeminente dos ociden-
que, transformado num cavaleiro medieval e tendo como
tais, sempre representados, na arte nanban, com grandes
pano de fundo um castelo, defronta a esfinge, num manus-
narizes, concorrem para a sensação de estranheza realçada
crito do século XIII.
por Bunshi Nambo.
6. Algumas palavras japonesas de origem portuguesa [esco-
Págs. 16 e 17
lher três]:
FICHA 3
Pronúncia Português arcaico
Português moderno
1. O espaço geográfico determinou sempre, ao longo da em japonês ou morfologia
História, inúmeros aspetos da vida das populações. Assim: Biidoro vidro vidro
– o clima, o relevo, o tipo de vegetação e as espécies ani- bouro/bouru bolo bolo, bola
mais de um dado território condicionam a agricultura e a pe- Botan botão botão
cuária; Furasuko frasco frasco
– a proximidade do mar reflete-se na pesca, na salicultura e Gurando grande
no comércio marítimo, por exemplo; Kapitan capitão capitão
– as vias de comunicação condicionam o nascimento das Kappa capa capa impermeável
cidades e definem as rotas comerciais; Koppu copo copo
– os acidentes naturais circunscrevem o espaço geográfico Shabon sabão sabão
das civilizações.
Shurasuko churrasco churrasco
Fonte: Wikipédia, https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavras_japonesas_
de_origem_portuguesa
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Págs. 18 e 19 Págs. 20 e 21
FICHA 4 FICHA 5
1. O facto histórico que desencadeou a I Guerra Mundial foi 1. Os dois historiadores introduziram, na História, novos ob-
o atentado de Sarajevo, em que o herdeiro do trono do Im- jetos de estudo. Até então, a História estudava sobretudo de
pério Austro-Húngaro foi assassinado por um estudante sér- factos de natureza política (guerras, batalhas, ações dos
vio da Bósnia. grandes vultos…), tendo, por influência da revista fundada
2. Outros condicionalismos que levaram ao primeiro conflito por Lucien Febvre e March Bloch, passado a debruçar-se
mundial foram: sobre todos os aspetos que dizem respeito à vida do homem
– o recrudescimento dos nacionalismos desde as últimas em sociedade.
décadas do século XIX, que se tornou visível nas reivindica- 2. “A maneira como os indivíduos viviam, trabalhavam e mor-
ções e processos de independência de povos subjugados riam na sua época”;
(Doc. 1 e Doc. 2) e na proclamação de superioridade de velhas – as crenças;
nações, como a Inglaterra e a Alemanha (Doc. 3 – “A Ingla- – as formas de pensar;
terra […], com a sua maravilhosa convicção de que, satisfa- – os costumes.
zendo os seus próprios interesses, estende a luz entre as 3. O texto de Vitorino Magalhães Godinho enquadra-se na
nações, em trevas […].”); conceção de “história global” referida no Doc. 1, segundo a
– o imperialismo exercido pelas velhas nações sobre colónias qual todos os aspetos da vida humana, dos mais grandiosos
e outras zonas de influência em África e na Ásia e as conse- às pequenas coisas do quotidiano, fazem parte da História.
quentes rivalidades político-económicas (Doc. 3 – “[…] Por toda Assim, os “protagonistas” do passado histórico não são ape-
a parte, […] o caixeiro viajante alemão está em luta com o ven- nas os estadistas, mas também os trabalhadores dos diversos
dedor ambulante inglês”; Doc. 4 – a caricatura francesa mostra ofícios, os visionários, os homens da ciência, os músicos,
a partilha dos territórios africanos, na Conferência de Berlim, entre muitos outros. Todos eles desempenharam um papel
pelos países da Europa e pelos EUA); no seu tempo, tempo esse que o historiador pretende recons-
– a corrida ao armamento, nas primeiras décadas do século XX, tituir na íntegra. Por este motivo, a História é “obra de todos”.
de potências europeias, como a França, a Alemanha, a Rús- 4.
sia, a Inglaterra e a Áustria-Hungria, que haviam formado
Imagem Campo de problematização
alianças político-militares (Doc. 5).
1. Cena de amor cortês cultural/mentalidades
3. As potências europeias disputavam a ocupação de terri-
tórios, como atesta o Doc. 4 com a partilha de África, por 2. Mulher descascando batatas social
motivos económicos: o acesso a matérias-primas a preço 3. O atleta vencedor cultural/mentalidades
baixo e, posteriormente, o acesso a mercados de escoa-
4. Crianças mineiras social
mento para os seus produtos industriais, pela política do ex-
clusivo comercial que firmavam com as respetivas colónias 5. Regicídio em Portugal político
(Doc. 3 – “[…] duas grandes nações que procuram estender o 6. Exportações de vinhos económico
seu campo de ação no mundo inteiro, pretendendo impor-
7. Campanha do Estado Novo económico
-lhe um tributo comercial.”).
4. A França e a Alemanha (na época designada Prússia 8. Enterramentos em massa demográfico
oriental) envolveram-se num conflito armado, que decorreu 9. Adesão de Portugal à CEE político
entre 1870 e 1871. A França foi derrotada e uma das exigên- Nota: Dada a plasticidade dos diferentes campos de análise histórica, ficará ao critério
cias da Alemanha, no tratado de paz, foi a cedência dos ter- do professor aceitar outras respostas.
ritórios da Alsácia e da Lorena. Estes territórios já tinham 5. Serão considerados corretos todos os títulos que remetam
sido alvo de disputa entre os dois países. para o âmbito globalizante dos estudos históricos.
5. O facto tem uma duração curta, ocorre num dia, como foi
o caso do atentado de Sarajevo. A estrutura decorre num
intervalo temporal longo, de um século ou mais, como acon- Módulo 1 Unidade 1 (1.1.)
teceu com o desenvolvimento da industrialização e do capi-
talismo industrial e financeiro (Doc. 6). A conjuntura, por sua Págs. 26 e 27
vez, apresenta-se num tempo médio de duração (10, 20 ou
DOC. 1
50 anos), como foi o caso dos movimentos independentistas
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nos Balcãs ou das rivalidades imperialistas nos continentes 1. Enquanto a Grécia atual constituiu um só estado, isto é,
africano e asiático (Doc. 6). encontra-se unida politicamente, o território da Grécia An-
tiga encontrava-se fragmentado numa multiplicidade de pe-
quenos estados independentes.
5
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– um conjunto de pessoas que administre a cidade e regule – o igual direito à palavra (“Quem quer falar, toma a palavra;
as relações entre os seus habitantes. Quem não quer, cala-se” (Doc. B).
2. Frase:
Págs. 32 e 33
– “[A cidade] demasiado pequena não pode satisfazer as
suas necessidades, o que constituiu uma condição essen- DOC. 7e8
cial da cidade”; 1. Conselho – Bulé; Assembleia – Eclésia.
– “Se um destes elementos faltar, torna-se impossível que a 2. Competências do Conselho/Bulé:
cidade se baste a si mesma”. – convocar a Eclésia (Doc. 8);
DOC. 3
– definir a ordem de trabalhos da Eclésia (Doc. 8);
– preparar as propostas de lei a submeter à Eclésia (Doc. 7);
1. Luciano considera os cidadãos “a alma” da cidade, já que
– executar as decisões da Eclésia (Doc. 7);
a povoam, a governam e a defendem.
– tomar decisões correntes (Doc. 7);
DOC. 4 – vigiar a atuação dos magistrados(Doc. 7);
1. As leis: – supervisionar a cobrança de impostos e as contas públicas
– são fixas e as mesmas para todos; (Doc. 7).
– procuram a justiça, a beleza e a utilidade; Competências da Assembleia/Eclésia:
– corrigem os erros; – votar as leis (Doc. 7);
– permitem aos homens viver em sociedade. – votar o ostracismo (Docs. 7 e 8);
– decidir da paz e da guerra (Doc. 7);
Págs. 28 e 29 – designar/aprovar os magistrados (Docs. 7 e 8);
– tomar decisões sobre o abastecimento e a defesa do terri-
DOC. 5AeB
tório (Doc. 8).
1. A acrópole e a ágora.
DOC. 9
2. Na ágora desenrolavam-se atividades políticas e adminis-
trativas (aí se situavam edifícios destinados ao governo da 1. A preferência pelo sistema de eleição explica-se pela es-
cidade), religiosas (era um espaço sagrado onde se erguiam pecificidade do cargo de estratego (general), que requer
templos e altares) e económicas/comerciais (tinha lojas e era competências militares.
o local do mercado). 2. A Eclésia (“o povo”) e os tribunais.
DOC. 5C
Pág. 34
1. A deusa Atena, dado que é a protetora da cidade.
DOC. 10
6
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– respeito pelas obrigações contraídas pelos cidadãos e – “escolha de cargos por todos”;
pela propriedade privada (“Não permitirei que sejam anula- – “governo de todos por cada um e de cada um por todos”;
das dívidas privadas nem que as terras ou as casas dos Ate- – “tiragem à sorte para todos os cargos”;
nienses sejam distribuídas a outros”); – “administração da justiça pelos cidadãos”.
– honestidade e isenção (“Não aceitarei presentes enquanto 5. Direitos:
heliasta”; “ouvirei com igual atenção o acusador e o acu-
– a liberdade, no âmbito da qual se insere a liberdade do
sado, e apenas me decidirei sobre o caso por si próprio”).
uso da palavra – isegoria (“O fundamento da constituição
3. Procedimentos: democrática é a liberdade”; “a liberdade é […], segundo se
– a tiragem à sorte dos elementos que fiscalizam o tempo diz, o objetivo que visa toda a democracia”);
das intervenções e a contagem dos votos; – a igualdade perante a lei – isonomia (“todos, sem exceção,
– a atribuição de igual tempo de palavra ao acusador e ao devem possuir a igualdade”);
acusado. – a igualdade de acesso aos cargos públicos OU a igual par-
ticipação no Governo – isocracia (“governo de todos por
Págs. 36 e 37 cada um e de cada um por todos”; “tiragem à sorte para
DOC. 11 todos os cargos”).
6.
1. Nas democracias, os cidadãos confrontam e debatem
ideias, tendo aqueles que dominam a arte de bem falar – A “Assembleia”/Eclésia, composta por todos os cidadãos
maior facilidade em conduzir e convencer as assembleias. atenienses, votava as leis, decidia sobre a guerra e a paz,
apreciava a atuação dos magistrados, votava o ostracismo.
2. A demagogia, isto é, a arte de manipular o povo em bene-
Teoricamente, os seus poderes eram ilimitados e tinha com-
fício próprio, através de discursos bem construídos mas
petência para decidir sobre qualquer assunto que dissesse
cheios de mentiras e promessas irrealizáveis.
respeito ao governo da pólis;
DOC. 12 – o “Conselho”/Bulé, era composto por quinhentos cida-
1. Evitar o regresso da tirania OU proteger o regime demo- dãos sorteados anualmente, cinquenta por cada tribo da
crático daqueles que o poderiam vir a destruir. Ática. Competia-lhe a gestão dos assuntos correntes bem
como a preparação das sessões da Eclésia, para as quais
2. Será de aceitar a opinião expressa pelo aluno, desde que
elaborava os projetos das leis a debater, por exemplo.
bem fundamentada. A favor do ostracismo, poderá invocar-
-se a necessidade de preservação da democracia e dos
Págs. 40 e 41
seus princípios igualitários; contra esta lei, pode alegar-se o
carácter arbitrário das votações, que podem ser manipula- DOC. 14
das, bem como o facto de o ostracizado sofrer uma conde-
1. Requisitos:
nação sem ter cometido qualquer crime.
– ser filho de pai e mãe atenienses;
DOC. 13 – ser um homem livre e ter nascido de um casamento legí-
timo;
1. Sanções:
– ter 18 anos de idade.
– poder ser livremente assassinado por qualquer habitante
2. A participação “no exercício da justiça e nas magistratu-
de Atenas;
ras”, isto é, no governo da pólis.
– perder a cidadania ateniense;
3. A todos aqueles que desrespeitem a leis de Atenas ou as
– ver os seus bens confiscados.
queiram subverter.
2. A Eclésia, a Bulé e o Tribunal do Areópago.
4. De acordo com o gráfico, os cidadãos representariam
cerca de 10% da população da Ática; não participam no go-
Págs. 38 e 39
verno da pólis cerca de 90% dos residentes.
Analisar… um texto longo
DOC. 15
Princípios e características da democracia antiga
1. d) nos séculos V e IV a. C. 1. Qualidades:
2. d) o sistema de sorteio favorecia o acesso de todos os ci- – ter recebido instrução (“frequentar as escolas adequadas”);
dadãos aos cargos públicos. – comportar-se com dignidade (“não […] cometer qualquer
ato vergonhoso”);
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3. Péricles
4. Afirmações: – contribuir financeiramente para as necessidades da pólis
(“fui corego, trierarco, contribuinte, não me furtei a nenhuma
– “Uma das características da democracia consiste em ser
obrigação”);
governado e governar à vez”;
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– participar empenhadamente no governo da pólis (“dedi- 2. A cidadania ateniense afigura-se bastante difícil de obter,
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Cidadãos / Cidadania
– na democracia atual, o povo exerce o poder indiretamente, (com algumas restrições) relevantes à pólis e aos quais, a
elegendo os seus representantes (democracia representa- • Estrangeiros residentes que título excecional, fosse conferida
tenham obtido a cidadania a condição e cidadão
tiva); na democracia antiga, o povo exerce o poder de forma portuguesa • Prestação de serviço militar como
direta, participando nas assembleias e assumindo os cargos • Outros casos previstos na condição de acesso à
Constituição participação política
públicos (democracia direta);
Cidadania alargada à quase Cidadania restrita a uma pequeno
– atualmente existe uma classe política, organizada em par- totalidade da população e grupo e de muito difícil atribuição a
relativamente fácil de obter por estrangeiros residentes
tidos, a quem o voto dá legitimidade para o exercício do parte de um estrangeiro residente
poder; em Atenas não existiam políticos profissionais, sendo
o desempenho dos cargos públicos atribuído ao cidadão • Obrigatoriedade de inscrição nos
no governo
políticas não se utiliza atualmente; políticos através da participação nas
• Existência de um pequeno grupo assembleias e do exercício das
– o vocábulo “povo”, ao qual os dois textos atribuem o poder de cidadãos mandatados para magistraturas
político, assume em Atenas um sentido muito restritivo, uma exercerem o poder (políticos) / • Inexistência de partidos políticos
existência de partidos políticos Democracia direta
vez que designa apenas uma pequena parte dos habitantes Democracia representativa
da pólis – os cidadãos –, enquanto nas democracias con-
temporâneas engloba uma esmagadora maioria dos habi-
Escolha dos governantes
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Diferenças:
DOC. 22
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2. Incutir nos jovens o apreço pelos atos valorosos dos he- 1. As duas formas preconizadas são:
róis e a vontade de os imitar. – copiar não um único modelo mas conjugar as partes per-
3. Etapas: feitas de vários modelos;
– nos primeiros anos de vida, a educação é confiada às – privilegiar a proporção entre os elementos anatómicos.
mães, às amas e aos pedagogos;
– cerca dos sete anos, inicia-se uma segunda etapa educa- Págs. 64 e 65
tiva, em que o jovem vai à escola, aprende a leitura e a es-
DOC. 31
crita, aritmética e música;
– numa terceira fase, já mais velho, o jovem toma contacto 1. Características comuns:
com as máximas dos filósofos antigos, textos moralizantes, – a representação de um corpo masculino, na sua juventude;
bem como os poemas épicos de Homero e Hesíodo; – a definição dos músculos OU a representação de um
– finalmente, à entrada da idade adulta, o jovem cidadão es- corpo atlético;
tuda as leis que regem a pólis, aperfeiçoa o seu carácter e – o nu;
os seus dotes de eloquência com os “sofistas ou filósofos”. – a serenidade das feições.
4. Na imagem estão presentes: Elementos que contribuem para a rigidez do Kuros:
– o professor de leitura e escrita; – a posição direita e o perfeito alinhamento da cabeça;
– o ensino da música; – os braços ao longo do corpo;
– o pedagogo. – as mãos cerradas;
– as pernas esticadas;
Pág. 59
– o cair rígido dos caracóis do cabelo.
DOC. 27 Nota: Os kuroi denotam uma clara influência da arte egípcia.
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-se até às margens do Mediterrâneo, circundando-o na tota- 1. Com exceção do título Germanicus Dacius, Trajano parti-
lidade. As margens do Mediterrâneo não eram, pois, parti- lhou com Augusto todos os títulos e funções referidas na
lhadas com nenhuma outra potência. Daí a designação de moeda: ambos receberam os títulos de imperator, augustus
mare nostrum. e Pai da Pátria; ambos exerceram o consulado e o poder tri-
2. Afirmações: bunício e ambos assumiram a função de Pontífice Máximo.
– “o Império Romano estava […] dividido num certo número 2. A associação a duas figuras divinizadas (o pai biológico e
de departamentos administrativos, tendo uma cidade como o pai adotivo) reforçava o prestígio do imperador e, portanto,
base da vida social, económica e pública”; o seu poder.
– “O Império tornou-se aos poucos uma vasta federação de
cidades”. Págs. 76 e 77
DOC. 6
Págs. 72 e 73
1. Augusto:
2
DOC.
– aceitou, em Roma, o culto às virtudes imperiais, de que é
1. Enquanto o Senado era constituído pela elite dos cida- exemplo a Altar da Paz Augusta;
dãos e funcionava como assembleia permanente, os Comí- – permitiu a construção de templos dedicados a seu pai
cios eram compostos pelos cidadãos comuns e reuniam-se adotivo, Júlio César, e à deusa Roma, em Éfeso e Niceia, de-
apenas em alturas específicas, para eleição dos magistrados terminando que os romanos aí estabelecidos lhes prestas-
ou aprovação das leis. sem culto;
2. Aos pretores. – permitiu o culto à sua própria pessoa, nas províncias.
3. Situações de exceção, como uma guerra difícil ou pertur- 2. O culto imperial associava-se à deusa Roma.
bações da ordem interna (sublevações, guerra civil, por
exemplo). Recebia a designação de “ditador”. DOC. 7
– princeps senatus (o primeiro dos senadores); 2. b) foi um fator de unidade dos povos do Império.
– Pai da Pátria.
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5. O camafeu glorifica o imperador Augusto e exalta as virtu- – os gauleses apropriar-se-iam dos lugares de destaque
des do seu governo. Assim: (“invadiriam tudo”);
– Augusto é equiparado a um deus (partilha o trono com a – pouco tempo antes, os gauleses eram ainda inimigos que
deusa Roma e é representado na pose tradicional dos deu- se erguiam contra as armas romanas;
ses, com a águia, símbolo de Júpiter, aos pés); – abrir as magistraturas romanas e o Senado aos estrangei-
– sob a tutela de Augusto (e da deusa Roma), os Romanos ros gauleses equivalia a “rebaixar” estes cargos.
dominam todo o mundo civilizado, as terras e os mares; Argumentos a favor (de Cláudio):
– o sábio governo de Augusto (lembrem-se as virtudes im- – “afastar os vencidos”, não os integrando na comunidade,
periais) proporciona a prosperidade e a abundância em toda causou a derrota dos gregos, apesar do seu valor militar;
a extensão do território romano (Telus encontra-se como – a Guerra da Gália foi mais curta do que qualquer outra;
que sobreposta às figuras da Ecúmena e de Oceanus); – a paz estabelecida com os Gauleses nunca foi quebrada;
– o regime imperial favorece também o êxito militar, concre- – os Gauleses adquiriram o modo de viver romano, não se
tizado pelas vitórias de Tibério (7) (sobre os Germanos); no distinguindo dos naturais de Roma;
registo inferior reforça-se a importância do sucesso militar;
– há que não temer o que é novo, pois o que nos vem do
– as virtudes do imperador perpetuam-se numa linhagem passado (os costumes) foram, um dia, novidade.
sucessória: no lado squerdo do camafeu encontram-se Tibé-
2. A toga, vestuário que somente os cidadãos podiam usar.
rio, sucessor de Augusto e Germânico, sobrinho de Augusto
3. O exercício das magistraturas (Doc. B); o serviço militar, no
que estava destinado a suceder a Tibério, como seu filho
exército romano, por um longo período (Doc. C).
adotivo (nota: Germânico morreu no ano 19 d. C., quase duas
4. O direito de contrair casamento legítimo e transmitir aos
décadas antes de Tibério).
filhos a cidadania romana.
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– por um estatuto social destacado – um grupo de notáveis – a falta de segurança durante a noite;
– por édito imperial: em 212 d. C., o Édito de Caracala alar- – Basílica Júlia;
gou a cidadania romana a todos os habitantes livres do Im- – Basílica Emília;
pério (Doc. F). – Basílica de Maxêncio.
Edifícios religiosos:
– Templo da Concórdia;
Módulo 1 Unidade 2 (2.2.) – Templo de Vespasiano;
– Templo de Júlio César;
Págs. 86 e 87 – Templo de Antonino e Faustina;
DOC. 10 – Templo de Rómulo e Remo;
1. Realizações: – Templo dos Dióscuros;
– o governo de um vasto império, mantendo-o em paz; – Templo de Vesta;
– a construção de estradas por terrenos acidentados; – Casa das Vestais;
– a construção de esgotos nas cidades; – Templo de Vénus e Roma.
– o abastecimento de água às cidades, por meio de aquedu- 2. “Vou indicar-te um sítio onde poderás facilmente encon-
tos. trar todo o tipo de pessoas.”
DOC. 11 Pág. 92
1. Evidências: DOC. 15
– nos textos do Doc. 10, os dois autores reportam-se aos Gre-
1. Atividades:
gos como termo de comparação (explicitamente no texto de
– exercício físico (ginástica, natação, corrida…);
Estrabão, implicitamente no texto de Virgílio);
– banhos de diferentes temperaturas;
– Horácio considera que, em termos culturais, os Romanos
– massagens e depilação;
foram conquistados pelos Gregos, tendo estes trazido “as
artes” ao Lácio, o que contribuiu para que a rudeza dos Lati- – leitura (fig. 3 – bibliotecas);
nos se transformasse em “elegância”; – compras (fig. 3 – lojas);
– Cícero reconhece o grande contributo que o conheci- – convívio/conversas,
mento e a arte da Grécia deram à cultura romana;
– os Romanos renderam-se ao teatro grego, construindo, Págs. 94 e 95
nas suas cidades, recintos muito semelhantes aos teatros DOC. 16A
gregos.
1. Características:
– habitação unifamiliar;
Págs. 88 e 89
– divisões organizadas em torno de pátios centrais (átrio
DOC. 12 e peristilo);
1. A ruas, que se cruzam perpendicularmente. – isolamento do bulício das ruas por paredes quase sem
2. Fórum. janelas;
– paredes decoradas com frescos ;
DOC. 13
– mosaicos nos pavimentos.
1. Características: Nota: poderão ser elencadas outras características referentes às divisões da casa, ao
seu mobiliário, etc.
– a profusão e diversidade das lojas – a cidade é um centro
de comércio;
– o tráfego congestionado;
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DOC. 26 1.
1. Fazia parte da província da Lusitânia todo o território por- Disposições que regulamentam as relações entre dois parti-
tuguês a sul do rio Douro. culares:
2. Bracara Augusta (Braga); Portucale (Porto); Aeminium – a obrigatoriedade de cada sócio (de um mesmo poço) su-
(Coimbra); Scalabis (Santarém); Ebora (Évora); Salácia (Alcá- portar os encargos que proporcionalmente lhe competem,
cer do Sal); Pax Julia (Beja); Ossonoba (Faro). na exploração do minério;
– a perda de quota de um sócio devedor em favor dos que
DOCS. 27 e 28 suportaram as despesas de exploração;
1. Sendo portadores da cultura romana, os soldados introdu- – os requisitos a que está sujeita a compra e venda de quo-
ziram, nos territórios em que se fixaram de novo, a forma de tas (comunicar ao procurador, não ter dívidas ao fisco).
viver, as tradições, as crenças, a língua, em suma, todos os Disposições que regulamentam as relações entre um parti-
aspetos da civilização romana que, pouco a pouco, os povos cular e o Estado:
conquistados foram absorvendo. – o pagamento da concessão da mina, de acordo com o es-
tabelecido pela administração imperial;
Págs. 114 e 115 – a obrigação de declarar a venda de quota ao procurador
DOC. 29 superintendente da mina;
– a obrigatoriedade de pagamento ao fisco, sob pena de
1.
não poder vender a sua quota;
– A instrução dos seus filhos, ”dando-lhes mestres de todas
– a punição de quem, deliberadamente, provoque danos na
as profissões, tanto gregas como romanas”;
exploração mineira.
– o facto de Sertório pagar esta mesma instrução;
2. Os escravos são punidos com castigos físicos (são chico-
– o protagonismo dos jovens, que iam à escola “muito enga-
teados) e obrigatoriamente vendidos pelo senhor, não po-
lanados e vestidos de púrpura”;
dendo mais residir em territórios mineiros; os homens livres
– a atenção que Sertório pessoalmente lhes dispensava, sofrem o confisco dos seus bens e a proibição de residir em
questionando-os sobre as matérias escolares, premiando os territórios mineiros.
mais aplicados e oferendo-lhes amuletos semelhantes aos
usados pelos rapazes romanos;
Pág. 116
– a possibilidade de estes jovens, depois de instruídos,
DOC. 33
virem a participar “no governo e nas magistraturas”.
1. Frases:
DOC. 30
– “As colónias […] não vêm do exterior para a cidade”;
1. – As colónias […] não têm as suas raízes próprias mas são
– A inscrição encontra-se em Latim, a língua dos Romanos; como produtos da cidade”;
– ao nome da deusa nativa invocada (Atégina) foi acrescen- – “Do qual [povo romano] essas colónias parecem imagens
tado o nome de uma deusa romana (Prosérpina), o que mos- em miniatura, por assim dizer reproduções”.
tra a fusão das duas divindades. 2. Tal como nas eleições autárquicas atuais:
– o ato eleitoral é convocado para um determinado dia e
DOC. 31
processa-se de uma só vez;
1. Província da Lusitânia. – os eleitores agrupam-se por circunscrições territoriais;
2. Ordem coríntia. – existe o correspondente aos atuais boletins de voto, as
3. O podium é a plataforma alteada sobre a qual se ergue o “tabuinhas”, que se colocam na “cesta”, correspondente à
templo. Tinha por função aumentar a imponência do edifício. atual urna;
4. Autoridade máxima do mundo romano, o imperador era – a mesa de voto é formada por um conjunto de pessoas
frequentemente divinizado após a morte, sendo objeto de designadas para o efeito, e que exercem, depois, a função
culto, tanto em Roma como nas províncias. Este culto, fre- de escrutinadores;
quentemente associado ao da deusa Roma – representação – os candidatos podem designar “vigilantes” para junto da
da cidade e do povo romano – tornou-se o símbolo do mesa, função atualmente exercida pelos “delegados” dos
apreço por uma autoridade comum, olhada como o garante
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candidatos.
da paz e da prosperidade em todo o espaço imperial.
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Frase que atesta a vitalidade da nova religião: (Doc. C); “matam-nos […] ultrajam-nos” (Doc. C); ”para resistirem
– “Reprimida a sua religião detestável, esta aparecia de mais facilmente aos perigos e aos suplícios que os amea-
novo, não só na Judeia, onde tinha nascido, mas também çam” (Doc. D). Atestam igualmente a forma como os cristãos
em Roma”. suportavam a malquerença a que eram votados: “quando
castigados, sentem alegria como que renascendo para a
Pág. 130 vida (Doc. C); “Transformam em glória a execração coletiva”
(Doc. D).
DOC. 4
4. Podem ter favorecido a difusão do cristianismo:
1. Enquanto o Édito de Milão coloca os seguidores de Cristo – a unidade política de um império territorialmente muito ex-
em posição de igualdade face aos membros das restantes tenso;
religiões, o Édito de Tessalónica confere ao cristianismo um
– as excelentes vias de comunicação – rede de estradas;
estatuto de superioridade, tornando-o a única religião per-
– as línguas unificadoras, o Latim e o Grego.
mitida no espaço romano.
5. A conversão à fé cristã dos estratos mais elevados da so-
DOC. 5 ciedade romana.
1. A auréola; o tradicional manto romano. 6. O decreto proíbe o culto dos deuses tradicionais roma-
nos, em todos os lugares e a todas as pessoas, sob pena de
2. O primeiro excerto, de Eusébio de Cesareia, enquadra-se
confisco de bens.
na Época Clássica. Já o segundo texto, da autoria de Afonso X,
rei de Castela, remete para a Época Medieval. 7. – O símbolo cristão – a cruz – marcada na testa de Germâ-
nico;
3. Ambos consideram que a autoridade política do rei e do
imperador provém de Deus, sendo, por isso, legítima. – o facto de se tratar de um membro da família do impera-
dor, anteriormente adorado como um deus.
Págs. 132 e 133 8. Tópicos:
– os cristãos menosprezavam os deuses romanos, que con-
Dossiê sideravam meros ídolos (Doc. A), criando indignação e alarme;
A religião que abalou o Império – assumiam-se como um grupo à parte que não se integrava
1. São Paulo negava os deuses tradicionais romanos, des- na ordem romana (“Vivem na sua pátria mas como estrangei-
prezando as suas representações feitas “pelas mãos do ros. […] Moram na Terra mas têm cidadania no céu” – Doc. C) e
homem”. como tal eram percecionados pela sociedade em geral (Doc. D);
2. Profissões ligadas ao Estado romano: – o cristianismo condenava frontalmente hábitos e práticas
– soldado; fortemente enraizadas, como os jogos de circos e os espe-
– magistrado. táculos de gladiadores, por exemplo (Doc. B);
instituições religiosas e civis”, conspirando “contra as leis”. 1. As riquezas do Império, das quais pretendiam apropriar-se
3.1. Os dois documentos atestam o mal-estar social provo- (“levados pela cobiça do saque”).
cado pelo cristianismo, as perseguições movidas aos cris-
tãos: “Amam todos os homens e todos os perseguem”
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Pág. 14 Pág. 19
2
Analisar… um mapa histórico
DOC.
– os seus magistrados superiores têm autoridade para ela- – na Europa Central, numa extensa área que abrangia territó-
borar regimentos e normas próprias; rios germânicos e italianos, as diversas entidades políticas re-
conheciam como autoridade nominal comum um imperador,
– o exercício da justiça é assegurado pelos juízes e oficiais
que os príncipes mais importantes elegiam entre si. Este im-
da comuna, sob supervisão dos magistrados superiores.
pério – o Sacro Império Romano-Germânico (mapa) – assu-
2. Os magistrados comprometem-se:
mia-se como herdeiro direto do extinto Império Romano aglu-
– a providenciar a aplicação da justiça, pelos juízes e oficiais
tinando, sob a égide do imperador, um extenso território com
da comuna, sem distinções;
entidades políticas diversas. No entanto, o poder deste impe-
– a não usar a sua posição e influência para subverter, de rador, embora reconhecido, só debilmente se fazia sentir.
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5. A imagem ilustra a gesta das cruzadas, levadas a cabo – a imagem de imponência da cidade de Arezzo, transmitida
pela Cristandade Ocidental contra o Islão. As duas persona- pela muralha e pelas altas torres visíveis no fresco de Giotto
gens envolvidas no confronto corporizam os cristãos (Ri- (Doc. B).
cardo) e os “infiéis” (Saladino).
DOC. 17
O ilustrador identifica Saladino com o mal: através da feal-
dade do rosto, também presente no escudo, faz dele e do 1. Características:
seu povo entidades diabólicas. A superioridade do rei cris- – espaço amuralhado;
tão neste combate é clara: o seu cavalo investe, enquanto o – ruas predominantemente estreitas, sinuosas e sombrias;
de Saladino se retrai, quase se empinando; a posição de Ri- – oficinas e respetivos postos de venda a abrirem para as
cardo, em cima do cavalo, é firme e direita, enquanto Sala- ruas, mesmo nas ruas mais largas (patente também na ima-
dino se desequilibra para trás; a lança com que o rei de In- gem);
glaterra ataca é posta em evidência, enquanto a do sultão
– concentração de cada ofício numa rua específica que, ge-
muçulmano quase se desvanece, num segundo plano. A vi-
ralmente, recebe o seu nome;
tória de Ricardo transmite a ideia da superioridade dos cris-
– ruido característico, animado pelos pregões dos vendedo-
tãos, seguidores da “verdadeira fé”, sobre os “infiéis” muçul-
res.
manos. Exalta ainda as proezas e valia militar do rei inglês.
Pág. 32
18
Módulo 2 Unidade 1 (1.2.) DOC.
– a coelheira rígida permite um melhor aproveitamento da – “Poder-se-ia dizer e acreditar que esta cidade era uma
força dos animais de tração; feira permanente”.
Dossiê
Págs. 30 e 31
Os ofícios da cidade
DOC. 16 1. Motivos:
1. Evidências: – o crescimento contínuo das cidades, que exige a constru-
– a fundação de uma cidade (Lubeque) num local antes ção de novos edifícios;
abandonado (Doc. A); – a edificação de palácios e catedrais, impulsionada pelo
– o crescimento de Lubeque entre a sua fundação (século XII) enriquecimento dos príncipes e do clero;
e o século XIII (Doc. A); – o facto de a construção servir todos os habitantes da ci-
– a atividade económica de Lubeque, patente na existência dade, independentemente do seu estatuto social.
de um bairro de artesãos e outro de mercadores, na Casa 2. O terceiro, de túnica vermelha, já que calcula, com um
das Corporações, nos mercados do sal e da madeira, por compasso, o corte que deve ser dado à pedra.
exemplo (Doc. A); 3. Condições:
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– a prosperidade de Milão, mencionada por Otão de Frei- – ser burguês da cidade de Arras;
sing, que lhe permitiu ter a “ousadia” de estender a sua au- – pertencer à corporação dos padeiros;
toridade às cidades vizinha e, até, de desafiar a autoridade – exercer o seu ofício cumprindo as normas estabelecidas;
do imperador do Sacro Império (Doc. B);
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mediante a execução de uma obra-prima que comprove ha- 1. Convivência entre cristãos e muçulmanos:
bilidade e conhecimentos suficientes para o exercício da – estabelecem-se relações comerciais apadrinhadas pelo
profissão (Docs. C e D); califa;
– entre os trabalhadores do mesmo ofício, há diversas con- – os cristãos podem aportar em qualquer terra muçulmana
dições económicas e sociais, conforme são mestres, apren- desde que a sua vida se encontre em perigo;
dizes ou trabalhadores assalariados(Docs. B e C); – os pisanos mostram apreço pelo artesanato produzido
– alguns ofícios aglutinavam saberes e funções hoje comple- pelos muçulmanos ao ponto de enfeitarem com ele as suas
tamente dissociados, como o de barbeiro e cirurgião (Doc. D). igrejas.
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DOC. 30
Pág. 40
1. A onda de medo coletivo desencadeada pelo flagelo da
DOC. 25
peste manifestou-se:
1. As feiras da Champagne: – em penitências extremas, como é o caso dos flagelantes
– receberam a proteção do duque, que garantia a segu- que, em cortejo, percorriam as ruas martirizando os seus
rança de mercadores e mercadorias; corpos. Procuravam, com isso, redimir a humanidade dos
– decorriam nas cidades de Provins (duas feiras), Lagny, pecados que teriam levado Deus a punir os homens com a
Bar-sur-Aube e Troyes (duas feiras); epidemia;
– desenrolavam-se segundo um calendário preciso e interli- – no recrudescimento da violência contra a minoria judaica,
gado que se estendia particamente por todo o ano; que culpavam da morte dos cristãos, quer pelo envenena-
– eram feiras internacionais onde acorriam, entre outros, mento das fontes, quer por suscitarem a ira de Deus. Numa
mercadores italianos. época em que a religião se vivia intensamente, acolher uma
religião “falsa”, como então era olhado o judaísmo, desagra-
DOC. 26 daria a Deus;
1. Vantagens: – numa vontade compulsiva de gozar os prazeres da vida.
– os seguros reduzem os riscos, sempre grandes, associa- Confrontados com a possibilidade de uma morte próxima,
dos ao transporte de mercadorias (roubos, naufrágios, etc.), alguns procuravam desfrutar, o mais possível, dos seus últi-
permitindo ao comerciante receber uma indemnização, caso mos dias.
as mercadorias se percam;
– os banqueiros tornaram-se imprescindíveis para cambia- Págs. 46 e 47
rem as diferentes moedas usadas pelos mercadores, aceita- DOC. 31
rem depósitos, realizarem empréstimos pagáveis noutras
1. A quebra demográfica decorrente da peste afetou seria-
sucursais, entre outras práticas.
mente a atividade agrícola. Não só o número de trabalhado-
res diminuiu como muitos dos que escaparam ao flagelo se
Pág. 42
viram na posse de heranças inesperadas, não querendo, por
DOC. 27 isso, trabalhar. A circular dá também conta da grande subida
1. Cerca de metade (51 %). de salários, esclarecendo que os poucos trabalhadores dis-
poníveis se recusavam a trabalhar “salvo se lhes derem
DOC. 28 quanto eles quiserem”. Esta subida abrupta do custo da mão
de obra inviabilizava as atividades agrícolas, já que os cus-
1. A mortandade foi provocada pela fome. Fatores climáticos
tos não cobririam os ganhos.
adversos – chuvas e frio – fizeram apodrecer o cereal; as
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colheitas foram excecionalmente fracas, pelo que o preço – a alta de salários, quer rurais quer urbanos, está também pa-
dos géneros subiu em flexa deixando os pobres sem ali- tente no gráfico, correspondento o primeiro pico aos efeitos
mento. Também os animais escassearam, quer por falta de do grande surto de Peste Negra. Os salários rurais, por exem-
forragens, quer por terem sido dizimados pela doença. plo, elevam-se do índice 150 para o índice 230 (aprox.).
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1. Males decorrentes da guerra: novos surtos epidémicos e uma crise económica generali-
zada explicam o decréscimo consistente da população.
– a mortandade gerada pelos combates;
– a fome, provocada pelos saques e razias dos soldados;
– as eventuais doenças, potenciadas pela fraqueza dos cor-
pos debilitados pela fome.
Módulo 2 Unidade 2 (2.1.)
DOC. 33 Págs. 52 e 53
1. O fresco ressalta a inevitabilidade da morte, que a todos DOCS. 1e2
leva, independentemente do grau de riqueza e de poder
1. D. Afonso Henriques e Afonso VII eram primos, filhos de
dos homens. Por isso, a morte é “plena de igualdade”.
D. Teresa e D. Urraca, ambas filhas de Afonso VI de Leão e
Na Idade Média, profundamente religiosa, este tipo de re- Castela. Como dirigente do Condado Portucalense,
presentação lembra aos crentes não só a fugacidade da D. Afonso Henriques era vassalo de Afonso VII, imperador
vida mas também a humildade que deve guiá-los ao Reino das Espanhas.
dos Céus, já que as vaidades deste mundo nada podem
DOCS. 3e5
contra a morte.
1. A “oferta” de D. Afonso Henriques explica-se: – pela von-
Pág. 48 tade que este tinha em tornar o Condado Portucalense num
reino independente do de Leão e Castela; – pela importân-
Analisar… um gráfico cia e autoridade do Papa, como chefe da Cristandade, no
1. d) o crescimento demográfico do século XIII e a quebra reconhecimento da legitimidade dos soberanos e dos rei-
demográfica do século XIV. nos cristãos.
2. a) – 4; b) – 1; c) – 3. 2.
3. O decréscimo foi de cerca de 41% (de cerca de 6 para – a ação de Afonso Henriques na Reconquista e na propa-
3,5 milhões de habitantes). gação da fé cristã;
4. A população inglesa conheceu um crescimento acen- – as qualidades pessoais e governativas de Afonso Henri-
tuado durante todo o século XIII, embora o ritmo de cresci- ques;
mento tenha diminuído nos últimos trinta anos do século. – o pagamento anual à Santa Sé do tributo de dois marcos
Globalmente, o gráfico mostra que a Inglaterra passou de de ouro.
4 milhões de habitantes, no início do século XIII, para cerca
de 6,7 milhões, nos primeiros anos do século seguinte, isto DOC. 6
é, registou um crescimento demográfico de cerca de 67%. 1. Através do mapa, constata-se que a Reconquista foi um
Cerca de 1315, a tendência de crescimento inverte-se: de- conjunto de ações militares que permitiram, entre avanços e
pois de uma quebra de mais de meio milhão de habitantes, recuos, a dilatação territorial dos reinos cristãos da Penín-
(c. 1315 a 1325), regista-se uma descida abrupta em meados sula Ibérica, até à expulsão final dos Muçulmanos em finais
do século quando, num curto espaço de tempo, a popula- do século XV.
ção inglesa diminui de 6 para 3,5 milhões de almas. A ten-
dência de descida mantém-se durante toda a segunda me- Págs. 54 e 55
tade de trezentos, embora a um ritmo mais lento. No fim do
DOCS. 8 A, B e C
século XIV, a Inglaterra conta apenas 3 milhões de habitan-
tes, o que corresponde a um decréscimo de cerca de 55%, 1. Razões:
face a 1315. – o mesmo espírito de cruzada que os animava na expedi-
5. A quebra demográfica ficou a dever-se aos efeitos conju- ção à Terra Santa, isto é, de combate aos inimigos da fé
gados da fome e das epidemias. cristã;
Os anos de 1315-20 marcam o regresso das grandes fomes – a possibilidade de se apoderarem das riquezas do territó-
à Europa. Depois de mais de um século de prosperidade, o rio de Lisboa, nomeadamente dos seus recursos agrícolas e
esgotamento dos solos e um acentuado arrefecimento cli- de ouro e prata.
mático fazem suceder anos de más colheitas. Às mortes 2. A Reconquista revestia-se do mesmo significado das Cru-
pela fome, junta-se o efeito destruidor das epidemias, que zadas à Terra Santa, porque o Papa concedia aos que parti-
grassam facilmente nos corpos debilitados. Em meados do cipassem nas duas lutas a mesma remissão ou perdão dos
século XIV, a Europa é devastada pelo mais mortífero dos pecados.
surtos epidémicos de que há memória: a Peste Negra. Esta
epidemia atinge a Inglaterra em 1348-49, dizimando quase
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Págs. 56 Págs. 60 e 61
DOC. 10
Analisar… um mapa histórico
1. D. Afonso III: A evolução das fronteiras portuguesas durante
– concluiu a conquista do Algarve, pondo fim à Reconquista a Reconquista
do território português; 1. (A) – 3; (C) – 5; (E) – 1.
– efetuou negociações diplomáticas com o reino de Leão e 2. b) Santarém e Lisboa.
Castela, no sentido de Portugal obter a soberania efetiva
3. c) dos Almóadas.
sobre o Algarve.
4. d) lhe terem sido cedidos pelo rei mouro de Niebla.
DOC. 13 5. b) Badajoz.
1. 6.
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DOC. 25
Págs. 64 e 65
1. Rendas em géneros – “… das vinhas… deem a mim a oi-
DOCS. 18 e 19
tava parte” (A); “… dareis a nós a quarta parte do vinho e das
1. Consistia num extenso território, sob a autoridade ou juris- castanhas” (B); “um quarteiro de milho do monte… um ses-
dição do abade do mosteiro, que incluía herdades, casas, teiro de trigo do monte… um almude de trigo de espigas…
campos de cultivo, equipamentos como moinhos, povoa- meio alqueire de trigo de fogaças… o quinto do vinho e o
dos, terras desabitadas, bem como posteriores doações e quarto do pão.” (D).
aquisições por parte do mosteiro. Rendas em dinheiro – “… dareis nos próximos cinco anos 6
2. Explica-se pela necessidade de aproveitar os solos e fixar morabitinos anualmente… e depois dareis 8 morabitinos por
as populações, tendo em vista a defesa do território. Como ano.” (C).
se tratava de uma zona interior e de difíceis acessos, a vasta Rendas fixas – “… dareis nos próximos cinco anos 6 morabi-
doação permitia motivar o abade e os monges na explora- tinos anualmente… e depois dareis 8 morabitinos por ano.”
ção económica do território. (C); “um quarteiro de milho do monte… um sesteiro de trigo
3. O “ótimo serviço” consistiu na participação ativa da ordem do monte… um almude de trigo de espigas… meio alqueire
religioso-militar de Santiago na reconquista de terras alente- de trigo de fogaça…” (D).
janas e algarvias. Rendas em fração das colheitas – “… das vinhas… deem a
mim a oitava parte” (A); “dareis a nós a quarta parte do vinho
DOC. 20
e das castanhas” (B); … o quinto do vinho e o quarto do pão.”
1. O nobre exercia o poder público porque no território (D).
doado a título perpétuo: Prestação de um serviço obrigatório – “… ponhais três vezes
– exercia direitos senhoriais de coação fiscal, como a porta- os pés nas uvas.” (B).
gem, e de punição judicial, como a voz e coima, e todos os Contrato de emprazamento – o contrato celebrado pela Sé
direitos que competiam ao rei, pelo que se lhe substituía; de Braga, que abrange duas vidas ou prazos (C).
– não pagava qualquer foro sobre as terras doadas, que
eram isentas (ou imunes) pois os funcionários régios nelas
não entravam.
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Págs. 72 a 75
– O que era arrendado aos povoadores: todas as terras que – deixava de estar sob a “tutela” dos nobres nortenhos, pas-
pertenciam à vila de Maiorga, contidas no respetivo termo, à sando a beneficiar do apoio e conselho de outros estratos,
exceção dos bens citados anteriormente, que eram adminis- como foi o caso dos cavaleiros-vilãos;
trados diretamente pelos monges.
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3. O arrabalde consistia no conjunto de terrenos situados no 2. Selo de Santarém: apresenta as muralhas e o escudo
exterior da muralha e que acabavam por ser um prolonga- régio, a significar o carácter urbano da vila, o seu papel na
mento da cidade ou vila. defesa do território e a proteção régia de que gozava.
No arrabalde viviam agricultores e artesãos, especialmente Selo do concelho de Lisboa: apresenta uma embarcação, a
dos ofícios poluentes, minorias étnico-religiosas, mendigos, significar a importância de que se revestiam as atividades
leprosos, bem como as ordens religiosas mendicantes dedi- económicas fluviais e marítimas.
cadas aos pobres e excluídos. Selo de Trancoso: apresenta o pelicano, a significar a união
e solidariedade da comunidade concelhia.
Págs. 86 e 87
DOC. 49 Págs. 90 e 91
– posse de bens para o exercício das atividades económicas; 2. A Sé Catedral significa que Évora era uma diocese OU sede
– libertação das exigências senhoriais, já que os nobres não de bispado, condição imprescindível ao estatuto de cidade.
podiam exercer as suas prerrogativas nos concelhos e as
exigências régias eram mais leves.
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3. Funções da muralha trecentista de Évora (escolher três): – exercício do poder político – destacar a autonomia local,
9. Características da Évora medieval no que respeita a: 1. Recomendações do conde D. Henrique a seu filho (esco-
– organização do espaço – destacar os espaços intra e ex- lher três):
tramuros; – manter o território portucalense;
– atividades económicas – destacar a agropecuária, o arte- – ser valente OU bom guerreiro;
sanato e o comércio; – recompensar os fidalgos, pagando-lhes o devido;
– grupos socioprofissionais – destacar os cavaleiros-vilãos – respeitar os concelhos;
como proprietários de terras, gado, casas e/ou mercadores – fazer cumprir a justiça OU ser isento, não cedendo a pressões;
e donos de oficinas; os peões como arrendatários de terras;
– impedir atos menos dignos por parte dos seus homens.
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2. Sê-lo-ia, sem dúvida, pois respeitaria os pequenos (os Págs. 100 e 101
concelhos) e os grandes (os fidalgos), assegurando a união
DOCS. 63, 64, 65
das gentes que governava. Ao ser escrupuloso em matéria
de justiça e ao impedir condutas indignas, zelaria, igual- 1. D. Afonso II (Lei contra as vinganças privadas) e D. Afonso III
mente, pela ordem, paz e harmonia entre os súbditos. (Lei da Almotaçaria).
3. Poder real hereditário – porque o rei transmite OU lega o 2. A lei contra as vinganças privadas proibia estas de se
reino à sua descendência (filhos varões, neto, filha) legítima eternizarem, através do recurso à justiça dos tribunais. Con-
(do casamento com a rainha Urraca). tribuía, assim, para a pacificação do reino e para a normali-
zação das relações entre os nobres, cuja belicosidade era
Poder real patrimonial – porque o reino é entendido como
fator de perturbação.
um bem pessoal do rei.
Esta lei evidencia a superioridade do poder real na medida
DOC. 59 em que é o rei que legisla e impõe sanções a quem desres-
1. A superioridade do rei mantém-se mais claramente em peite a lei.
Portugal, porque os vassalos respondiam diretamente pe- 3. A lei da Almotaçaria protegeu os consumidores, especial-
rante o rei e não perante os altos dignatários, como aconte- mente aqueles que não produziam os géneros, pois evitou
cia em França. O rei possuía, assim, um maior controlo sobre subidas abusivas dos preços.
os vassalos.
DOCS. 66, 67
2. O exemplo presente no Doc. 57 é o dos ricos-homens que
receberam castelos do rei para administrar, assumindo o 1. Bigamia é o ato de casar com alguém quando ainda se é
cargo de alcaide. casado com outra pessoa. A lei contra a bigamia tem um
objetivo de moralização da sociedade. Trata-se, efetiva-
Págs. 98 e 99 mente, de uma lei geral pois incidia tanto sobre os “fidalgos”
como sobre os “vilãos”.
DOCS. 60, 61
2. Eram os almoxarifes.
1. Evidencia-se no papel ativo que tem na chefia de um exér-
cito, intervindo diretamente no combate. Pág. 102
2. Origem divina do poder real: “… os Reis, que em lugar de
DOCS. 68, 69, 70, 71
Deus na Terra são postos…”.
A justiça como função régia: “A justiça […], assim pela lei de Deus 1. Era o alferes-mor que transportava o pendão real durante
como pela dos homens, é cometida e encomendada aos Reis.” as batalhas.
3. Exige-se que sejam bons juízes, isto é, que deem castigo 2. O chanceler redigia os diplomas régios e guardava o selo
aos prevaricadores e malfeitores e recompensem devida- régio com que autenticava esses diplomas.
mente os bons e os justos. Sendo maus juízes, os reis arris- O chanceler Pero do Sem pretendeu dar um ar de fortaleza
cam-se a perder o trono e a dignidade régia. nobre à sua residência, para se evidenciar socialmente, já
4. As apelações são o recurso judicial que qualquer súbdito que não pertencia à nobreza.
tinha, quando não estivesse satisfeito com a justiça senho- 3. Assuntos militares, como a declaração de guerra ou a fei-
rial da nobreza e do clero, de solicitar ao rei que apreciasse tura da paz.
e julgasse a sua causa. A justiça régia era, assim, um tribunal Assuntos económicos, como o lançamento de impostos ou a
onde, em última instância, os casos judiciais eram aprecia- desvalorização da moeda.
dos e julgados. Assuntos judiciais, como a resolução dos casos que apela-
A justiça maior consistia no poder exclusivo do rei de poder vam para o rei ou a aplicação da justiça maior ou o julga-
condenar à morte ou ao talhamento de membros. mento dos nobres.
D. Dinis baseia-se nos usos e costumes do reino, ou seja, na
tradição, para atribuir ao rei o exclusivo das apelações e da Págs. 104 e 105
justiça maior, dizendo, ainda, que tal acontecia em virtude DOCS. 72, 73
de o rei ser o maior senhor do reino.
1.
DOC. 62 1 – elementos do clero secular e regular (distinguem-se
1. O Bom Juiz, à esquerda, apresenta-se coroado por anjos e pelas insígnias religiosas);
com uma pose digna e solene, a olhar de frente os outros, 2 – elementos do povo em primeiro plano, nomeadamente
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não os temendo, e a segurar firmemente a vara da justiça. Já os procuradores dos concelhos que seguram os forais; atrás,
o Mau Juiz, à direita, com um demónio a inspirá-lo, apre- encontram-se os altos funcionários a rodearem D. Afonso III;
senta duas caras e recebe presentes, mostrando que as 3 – elementos da nobreza (distinguem-se pela alusão à
suas decisões oscilam e são permeáveis à corrupção. guerra representada na espada).
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alimentados pelos lavradores quando se deslocavam no se- 1. A Inquirição de D. Dinis, de 1310, deve-se ao facto de a
nhorio); 22. (preocupação com a compra e venda de pro- nobreza e o clero transformarem indevidamente em senho-
priedades por parte do clero); 46. (preocupação com des- rios (honras) terras de “lavradores e homens-bons” e do pró-
truição de colheitas pelos gados do rei). prio rei, prejudicando-os: os lavradores e homens-bons por-
Regalias dos concelhos: 27. (preocupação com as limitações que passavam a pagar direitos aos novos senhores; o rei
à autonomia judicial dos concelhos, decorrentes da exces- porque perdia os direitos que a ele deviam ser pagos.
siva supervisão por parte dos corregedores e juízes do rei,
os chamados juízes de fora); 84. (preocupação com a even- Págs. 108 e 109
tual perda do direito de elegerem os procuradores).
DOC. 78
Governação do reino: 1. (preocupação com a declaração
1. D. Sancho II foi deposto pelo Papa porque “oprimiu des-
de guerra e com a cunhagem de moeda sem consulta dos
medidamente as igrejas e mosteiros… com variados impos-
Povos); 2. (preocupação com a despesa da Casa Real);
tos e vexames”, o que significa que afrontou os privilégios
39. (preocupação com o tabelamento de géneros agrícolas
do clero (secular e regular).
que prejudicava os lavradores proprietários); 47. (preocu-
pação com aqueles que não queriam trabalhar, os vadios, o 2. “Inocêncio, bispo” – significa a dignidade do Papa como
que causava falta de mão de obra e subida dos salários); bispo de Roma.
90. (preocupação com a diminuição da reunião de Cortes, “Reino censual da Igreja romana” – significa que o reino de
único lugar onde a voz dos procuradores dos concelhos se Portugal pagava um censo ou tributo anual ao Papa, con-
fazia ouvir). forme ficou determinado na Bula Manifestis Probatum que
reconheceu a independência de Portugal.
DOC. 75
DOC. 79
1. A intervenção rei faz-se exigindo aos concelhos a docu-
mentação, nomeadamente os forais, em que constavam as 1. Funções do bispo no Porto – além de autoridade religiosa,
regalias concedidas às comunidades concelhias. Essa inter- o bispo era o senhor da cidade, nela exercendo o poder pú-
venção explica-se pela necessidade que o rei tem de evitar blico ou político.
abusos à custa dos seus próprios poderes. Relação do bispo com os vizinhos – conflituosa.
2. Outra forma de os monarcas intervirem na administração Contexto em que decorrem as Inquirições – D. Afonso IV in-
concelhia fazia-se através da escolha de alguns dos magis- vestiga se o local da cidade onde pretende erguer a Alfân-
trados do concelho (como o alcaide-maior, o almoxarife, os dega pertence ao bispo, como este diz. Fica a saber que
vereadores, corregedores), encarregados de: não e que os bispos, entretanto, ampliaram o couto episco-
– funções militares inerentes ao rei; pal à custa de território régio.
– administrarem os bens régios na área do concelho e reco- Promoção das elites urbanas – os vizinhos adquirem o di-
lherem os tributos que pertenciam ao monarca; reito de nomear os juízes concelhios; um mercador do Porto
é incumbido de autênticas funções diplomáticas em 1353,
– supervisionarem a governação e a justiça exercidas pelos
ao negociar um tratado com o monarca inglês.
vizinhos.
Pág. 110
Pág. 106
DOC. 81
DOC. 76
1. Aspetos culturais – alusão à atividade literária do rei como
1. Alcaides – funções relativas ao poder militar do rei. autor de “cantares de amigo”.
Meirinhos, corregedores, juízes, alvazis – funções relativas Aspetos económicos – alusão à proteção de D. Dinis à agri-
ao poder judicial do rei. cultura e às atividades marítimas, como “plantador” de pi-
Almoxarifes – funções inerentes ao poder fiscal do rei. nhais e naus.
2. D. Dinis determina que: 2. Ao mandar plantar pinhais, D. Dinis favoreceu a obten-
– o clero regular (Ordens) e secular (Clérigos) continue proi- ção de madeira para as embarcações da futura Expansão
bido de comprar bens fundiários; portuguesa.
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– o livro é posto em evidência junto a objetos preciosos, 1. As honras da cavalaria são exclusivas da nobreza.
como as jóias, que se encontram e cima da mesa, e cuidado-
samente manuseado.
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2. Qualidades: 3. Aspetos:
– a devoção a Cristo (Doc. A); – os desportos cavaleirescos faziam parte integrante das
– a origem nobre, considerada então superior a todas as ou- festas das cortes régias e senhoriais;
tras em excelência (Doc. B); – as damas participavam nos torneios como mentoras dos
– a destreza na arte de cavalgar e no manejo das armas cavaleiros, que combatiam “pela sua dama”;
(Doc. C); – as damas participavam também como “juízes de campo”
– o amor e a lealdade à sua dama (Doc. C); das liças, cabendo-lhes a escolha dos melhores cavaleiros e
– a honra e a coragem (Doc. C). a entrega dos prémios.
DOC. 17 DOC. 21
2. O relevo representa uma cena de amor cortês, em que a – é por muitos considerado o maior poeta inglês da Idade
beleza da dama é muito relevante. Daí que se adapte perfei- Média, o “pai da literatura inglesa”. A sua obra mais conhe-
tamente à tampa de um espelho. cida, Os Contos de Canterbury, integram o conto “A Knigts
Tale”, que dá título ao filme;
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1. “Todos os povos estrangeiros provenientes de todos os – itinerários: estão documentadas no dossiê viagens da Ale-
climas do mundo para lá se precipitam em multidão”. manha e Ilhas Britânicas (Doc. A) à Palestina, de Itália ao Ex-
2. Motivos: tremo Oriente (Docs. B e C) e, no caso de Ibn Batuta, percursos
– as peregrinações a Santiago de Compostela fazem parte que incluem a viagem de Tânger à Península da Arábia, per-
da “memória coletiva” da Europa” correndo o seu interior e rumando ao Mar Cáspio; da costa
oriental de África à atual Tanzânia; a travessia do deserto do
– os peregrinos sentiam-se unidos pela mesma fé;
Sara de norte para sul, até Tombuctu; o percurso por terra e
– o objetivo comum de visitar o túmulo do Santo foi capaz
mar até à longínqua Pequim.
de superar as diferenças e os interesses que, na Idade
Média, separavam os europeus.
Dossiê Págs. 12 e 13
Grandes viagens DOC. 1
1. Trata-se de uma viagem de negócios que alia fins diplomá-
1. No início da Época Moderna, houve inovações técnicas ao
ticos (Doc. A), de uma viagem diplomática (Doc. B) e de uma
nível da náutica (ex.: bússola portátil, caravela portuguesa,
peregrinação à Terra Santa (Doc. C).
astrolábio náutico e balestilha…), da cartografia (ex.: mapa
2. O imperador interessou-se, sobretudo, pela forma de go-
com rosa dos ventos de 32 direções, mapa com escala de
verno e capacidade militar dos países do Ocidente, bem
latitudes, carta náutica de Jorge Reinel…), da artilharia
como pela religião cristã e o seu chefe supremo, o Papa.
(ex.: primeiras armas de fogo, canhões aplicados nas embar-
3. Dificuldades: cações, canhão de ferro fundido…) e da imprensa (ex.: aper-
– a travessia de um território montanhoso e desértico, com feiçoamento da imprensa com caracteres móveis, divulga-
tempestades de areia (Doc. A); ção do papel e da prensa de madeira…).
– os assaltantes, neste caso, os lituanos, que atacavam os 2. As inovações técnicas deram a hegemonia aos Europeus
viajantes que se aventuravam em terras russas (Doc. B); face a outros povos, na medida em que lhes permitiram o
– o desconhecimento do caminho (Doc. B); pioneirismo no arranque da expansão marítima, desafiando
– o transporte – veja-se a dificuldade em encontrar cavalos medos e perigos de um mundo desconhecido.
capazes de sobreviver com solo coberto por neve espessa
(Doc. B); DOC. 2
– as condições climatéricas: frio intenso e neve (Doc. B); 1. O Renascimento foi a “ressurreição das letras e das artes”,
– a doença, que acometeu Giovanni del Carpine (Doc. B). na Europa dos séculos XV e XVI, “graças ao reencontro com
4. Peregrinar a Meca e a Medina, cidades santas da religião a Antiguidade”. Esta serviu de inspiração à renovação cultu-
muçulmana. ral, sem perder por completo as heranças artísticas dos tem-
pos medievais – “[…] as criações simultaneamente sólidas e
5. O autor considera o Cairo a “mãe das cidades”, visto que:
misteriosas da arte românica e aqueloutras, mais esbeltas e
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1. A Itália foi o berço do Renascimento devido a uma conju- compor toda a página; invenção do prelo ou prensa de im-
gação de fatores: pressão; criação de uma tinta mais espessa.
– a herança da civilização clássica, presente nas ruínas dos 3. A imprensa permitiu aumentar a rapidez na produção de
monumentos; livros nas oficinas tipográficas (Doc. B), comparativamente à
sua reprodução manuscrita. Por consequência, aumentou a
– a rivalidade política entre os diferentes Estados, que que-
quantidade de livros impressos, como mostra o gráfico do
riam superar-se artística e culturalmente;
Doc. E, em que o seu número mais do que quadruplicou
– a prosperidade económica, proporcionada pelo desenvol-
entre os séculos XVI e XVIII.
vimento comercial de certas cidades italianas, como Génova
4. Mainz e Estrasburgo.
e Veneza;
5. (Escolher duas). Europa do Norte (Flandres), Central (Im-
– a necessidade de promoção das famílias detentoras do
pério Alemão) e Itália.
poder político, administrativo e económico;
6. Os livros impressos eram de carácter religioso, como a
– a vinda de sábios bizantinos para Itália, grandes conhece-
Bíblia (Doc. D), e de carácter científico, artístico e cultural –
dores da cultura clássica.
“Agora chega à luz do dia tudo o que escreveram Gregos e
Latinos.” (Doc. F).
Pág. 14
7. Tópicos de resposta:
DOC. 4 – invenção dos caracteres móveis, que aceleraram a repro-
1. O Renascimento italiano expandiu-se para os Países Bai- dução de livros (Docs. A e B);
xos, o Império Germânico, a França, a Inglaterra. Chegou – criação das oficinas tipográficas, por toda a Europa, sobre-
também à Península Ibérica e ao Leste da Europa (Hungria e tudo no Norte e no Centro, onde se aplicaram e desenvolve-
Polónia). ram novas técnicas de produção de livros (Docs. B e C);
2. Países Baixos: – aumento da capacidade de produção das oficinas tipográ-
– aperfeiçoamento técnico da pintura; ficas ao longo do século XV (Doc. C);
– humanismo cristão. – aumento do número de livros impressos e em circulação,
Império alemão: contribuindo para o dinamismo cultural da Europa (Docs. E, D e F);
– desenvolvimento de saberes científicos e técnicos, como – maior facilidade no acesso aos livros e à constituição de
a Matemática e a Cartografia. bibliotecas, pela redução do custo de produção do livro e,
França: consequentemente, do seu preço final (Doc. F).
– desenvolvimento do Humanismo e da arquitetura.
Inglaterra:
– desenvolvimento do Humanismo. Módulo 3 Unidade 1 (1.2.)
DOC. 5
Págs. 18 e 19
1.
DOC. 6
– A posição central e dianteira assumida pelos dois embai-
xadores; 1. Lisboa assumiu-se como uma metrópole comercial, de
onde partiam e aonde chegavam produtos comerciais de
– a valorização do conhecimento, da ciência e das artes, re-
várias partes do mundo, como mostra a gravura, com desta-
presentada nos objetos em cima da mesa (globo terrestre,
que para a criação de uma Alfândega Nova. Por conse-
livros abertos, instrumentos matemáticos e musicais…).
guinte, Lisboa transformara-se numa cidade cosmopolita, no
2. O pintor quer transmitir a mensagem da finitude da vida
ponto de encontro de várias nacionalidades e na placa gira-
terrena.
tória de ligação entre a Europa e os outros continentes
(África, Ásia e América).
Págs. 16 e 17
2. O rei que beneficiou do cosmopolitismo e riquezas que
Dossiê chegavam a Lisboa foi D. Manuel I.
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3. Terreiro do Paço – nova praça da cidade, de maior área Módulo 3 Unidade 2 (2.1.)
que a anterior;
Paço da Ribeira – palácio real; Págs. 24 e 25
Arsenal– depósito de armamento;
DOC. 1
Casa da Guiné – instituição de organização da navegação e
comércio dos produtos trazidos pelos portugueses de 1. Início da Expansão portuguesa
África; – Conquista de Ceuta (1415)
Casa da Índia – instituição de organização da navegação e Início da exploração da costa ocidental africana
comércio no Império Português do Oriente. – Dobragem do Cabo Bojador (1434)
Tráfico de ouro na Mina
DOC. 8
– Fortificação da feitoria de S. Jorge da Mina (1482)
1. A descoberta da América teve um impacto muito positivo Partilha de terras e mares entre Portugal e Castela/Espanha
para a Espanha e para a cidade de Sevilha, em particular, – Tratado de Alcáçovas-Toledo (1479-80)
pela chegada crescente, ao longo do século XVI, de tonela-
– Tratado de Tordesilhas (1494)
das de ouro e prata. Sevilha tornou-se na cidade que contro-
Colonização dos arquipélagos atlânticos e do Brasil
lava os negócios ultramarinos espanhóis.
– (Re)descoberta do arquipélago da Madeira (1418-19)
2. A abundância de metais preciosos atraía à cidade de Se-
– (Re)descobertadas ilhas orientais dos Açores (1427)
vilha mercadores de várias partes da Europa, que inevitavel-
mente disseminavam as novidades científicas, técnicas e – Expedição ao Cabo Verde e Senegal (1445)
culturais dos principais centros do Renascimento europeu. – Descoberta das ilhas de Fernão do Pó, São Tomé, Príncipe
e Ano Bom (1471)
Pág. 20 – Descoberta oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral
(1500)
Analisar… um gráfico Chegada à Índia
1. c) a evolução dos navios vindos do Oriente no século XVI. – Vasco da Gama chega à Índia (1498)
2. Ao longo do século XVI, registaram-se percentagens ele-
vadas de navios portugueses que não regressavam do DOC. 2
Oriente. Contudo, a situação foi regredindo até à década de 1. Marítimo ou naval, porque a articulação entre as diversas
1570 para, depois, aumentarem a pique, sobretudo a partir regiões do Império se fazia por navios OU armadas que per-
de 1580. Esta situação atesta a crise do comércio português corriam as rotas intercontinentais através dos oceanos
com o Oriente, na medida em que a perda de navios, tripula- Atlântico, Índico e Pacífico.
ções e cargas significava a perda de avultados investimen- Global, porque o Império se dispersava por todos os conti-
tos. nentes.
3. Tópicos de resposta:
DOC. 3
– União Ibérica, em que o Império Português passa a ser
administrado pela coroa espanhola, descurando-se a defesa 1. Motivos económicos – realização de trocas comerciais
do Império Português do Oriente; com comunidades cristãs.
Nesse mesmo período, segundo o gráfico 2, há uma dimi- açúcar, vinho e madeira, entre outras produções.
nuição do valor das cargas comparativamente a anos ante-
riores, destacando-se o ano de 1594 como aquele em que o
valor da carga foi o menor de todos.
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1. Uma feitoria é um posto comercial, fortificado ou não, onde pecialmente nas plantações e minas americanas;
se traficam mercadorias entre os naturais da região e os mer- – contactavam com regiões africanas onde já se praticava o
cadores que aí se deslocavam. Na feitoria da Mina, os Portu- tráfico esclavagista.
gueses adquiriam ouro e, “duzentas léguas além”, escravos, 2.
em troca de tecidos, objectos de latão, corais e conchas. – Através de assaltos às povoações e do rapto de africanos
2. Porque era um comércio muito lucrativo que o monarca – eram as “razias”;
reservava para si, cabendo-lhe autorizar ou não a participa- – através do comércio organizado, com intermediários mu-
ção de particulares. çulmanos ou diretamente com os reinos negros.
3. Trata-se de uma reação ambígua, pois o cronista tanto la-
DOC. 6
menta as manifestações de dor e sofrimento dos escravos
1. desembarcados, como se congratula com a perspetiva da
– Conhecer a geografia da costa ocidental africana (viagens sua conversão ao cristianismo e de salvação das respetivas
de Diogo Cão e Bartolomeu Dias); almas.
– averiguar a possibilidade de ligação entre os oceanos
Atlântico e Índico (viagens de Diogo Cão e Bartolomeu Dias); Págs. 32 e 33
– encontrar uma rota marítima que permitisse chegar direta- DOCS. 15, 16 e 17
mente à Índia (viagens de Diogo Cão e Bartolomeu Dias);
1.
– obter informações que permitissem aos Portugueses parti-
– Navegação no Atlântico (“grande mar Oceano”), afas-
cipar do tráfico das especiarias orientais (viagem de Pero da
tando-se da linha de costa e enfrentando ventos e correntes
Covilhã).
contrários;
– descoberta de ilhas (arquipélagos atlânticos) e terras ao
Págs. 28 e 29
longo das costas ocidental e oriental africana;
DOCS. 7, 8, 9 e 10 – circum-navegação da África;
1. Os comerciantes muçulmanos e venezianos, pois tinham – chegada à Índia;
uma rede comercial organizada que lhes permitia grandes – contacto com outros povos;
lucros com a exportação das especiarias orientais para a Eu- – descoberta de novos astros.
ropa. Os Portugueses apresentavam-se como perigosos 2.
concorrentes, uma vez que a Rota do Cabo lhes permitia
– Cartas – portulano e cartas de marear;
fazer chegar as especiarias diretamente e com menores
– bússola;
custos à Europa.
– caravelas e naus.
2. – Vigilância dos mares orientais pelas armadas portugue-
sas, dotadas de artilharia; DOC. 17
– cobrança de grandes impostos OU tributos aos comer-
1. Porque possuía velas triangulares que permitiam navegar
ciantes que não fossem portugueses;
com ventos contrários (bolinar).
– permissão de navegação aos mouros OU muçulmanos a
2. Porque, sendo de maior porte e mais resistentes, aguen-
troco de pesadas licenças (política dos cartazes);
tavam grandes viagens e grandes cargas. Além disso, esta-
– instalação de feitorias;
vam apetrechadas de artilharia, o que permitia enfrentar as
– controlo dos soberanos locais OU hindus. hostilidades no Oriente.
DOC. 11
Págs. 34 e 35
1. O “espaço comercial articulado em rede” deve-se ao facto
DOCS. 18 a 21
de as diversas zonas/partes do Império português se conec-
tarem através do comércio, permitindo as produções de 1.
umas zonas a compra de produções de outras. Existia, – Consiste na orientação dos marinheiros, em pleno alto-
assim, uma ligação OU dependência permanente. -mar ou não, a partir da observação da altura dos astros e do
cálculo da latitude.
Págs. 30 e 31 – Instrumentos e processos que permitiram a navegação as-
DOCS. 12, 13 e 14 tronómica: o quadrante, a balestilha e o astrolábio para a
medição da altura dos astros; as tábuas solares, de onde re-
1. Devido à expansão marítima europeia e à consequente
tiravam o valor da declinação solar e a somavam ou sub-
construção dos impérios coloniais que:
traíam à altura calculada, obtendo, assim, o valor da latitude.
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1.
Comparar… duas cartas geográficas
(séculos XV e XVI) – Demonstrou-se a esfericidade da Terra e a consequente
existência de antípodas no globo terrestre (“por toda a re-
1. 1 – Ásia.
dondeza dele acharam mares que se navegam e terras que
2 – Europa.
se habitam como estas nossas”);
3 – África.
– demonstrou-se que os movimentos das marés se devem
4 – Mar Mediterrâneo.
às fases da Lua.
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5 – Oceano Atlântico.
Estes novos conhecimentos geográficos ficaram a dever-se
6 – Oceano Índico. às viagens marítimas de portugueses e espanhóis.
7 – Oceano Pacífico.
8 – América OU América do Sul.
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que se chama norte e sua sombra irá contra o polo antártico plantas tintureiras (A1, 2, 3); OU a circulação de produtos à
que é chamado de sul pelos marinheiros, o qual curso em escala mundial ou global (Doc. A1).
tudo é contrário ao do sítio de nossa habitação”); Trocas culturais – a evangelização cristã no Japão e na
– cálculo das medidas do continente africano (“A qual África América Latina, beneficiando o cristianismo, neste último
terá em roda três mil e oitocentos e cinquenta léguas e em continente, da integração de elementos indígenas; a adoção
longo […] são oitocentas e quarenta léguas e sua largura […] da língua portuguesa para a realização das trocas comer-
quinhentas léguas”); ciais e para a comunicação das leis e crenças religiosas
– descrição de plantas (“se acharam as ervas como neste (Docs. A3, 4, 5).
Reino de Portugal porque nele há muita hortelã e marcela e 2. A cristianização dos Astecas foi forçada, na medida em
outras muitas ervas”). que os Conquistadores espanhóis destruíram os seus tem-
plos e os seus ídolos, substituindo-os pelas imagens cristãs
da Virgem e dos santos, como relata F. Cortês (Doc. A5).
Módulo 3 Unidade 2 (2.2.) 3. A migração do alfaiate espanhol é uma migração voluntá-
ria, feita na mira de enriquecer (Doc. B1). Já o tráfico de escra-
Pág. 46 vos feito no quadro do Atlântico constitui um exemplo de
migração forçada, pois os negros africanos foram captura-
DOC. 36
dos, privados de liberdade e negociados como uma merca-
1. “[…] todo o fenómeno, celeste ou terrestre, artificial ou na- doria (Doc. B2).
tural, é, de futuro, descrito pelas equações matemáticas […]” 4. A empresa Függer ficou ligada à globalização dos sécu-
2. los XV-XVI porque:
– Efetuando sucessivas experiências, que suscitavam hipó- – explorava o comércio europeu e colonial;
teses e, depois, comprovavam ou não essas hipóteses – dinamizava as finanças internacionais, fazendo circular os
(“a experimentação coloca-se no centro da prática científica, capitais;
como inspiradora do raciocínio e, simultaneamente, como – abastecia as monarquias ibéricas dos bens de que neces-
comprovativo final da certeza desse raciocínio”); sitavam, fazia-lhes empréstimos e redistribuía os seus pro-
– Explicando os fenómenos físicos através de “equações dutos coloniais;
matemáticas” OU “demonstrações matemáticas”. – tinha filiais em várias cidades europeias e até na América,
assemelhando-se a uma multinacional.
DOCS. 38 e 39
5. Antuérpia deveu o seu papel de capital económica e fi-
1. O universo de Copérnico coloca os astros a girarem em nanceira da Europa ao facto de:
torno do Sol, que ocupa o lugar central nesse universo (he-
– ter uma localização geográfica mais central na Europa do
liocêntrico). Apenas a Lua gira em torno da Terra. Esta já não
que as periféricas Lisboa e Sevilha, permitindo-lhe atrair co-
é o centro do Universo, como Copérnico enunciou na sua
merciantes e banqueiros estrangeiros;
teoria (geocêntrica); nem está imóvel, como Ptolomeu igual-
– dispor dos bens e capitais de que as monarquias ibéricas
mente disse, pois apresenta um movimento de translação,
necessitavam, nomeadamente para trocar nos seus Impé-
em torno do Sol, e um movimento de rotação, em torno do
rios;
seu próprio eixo.
– ser o grande mercado de redistribuição do produtos colo-
2. Porque contrariava a Bíblia. A Terra, como lugar de resi-
niais trazidos por Portugueses e Espanhóis.
dência da humanidade, que foi feita à semelhança de Deus,
6. Técnicas da construção naval (de naus), da artilharia e da
deveria ser o centro do Universo.
navegação astronómica.
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(continuação)
– As personagens revelam gestos comedidos, delicados e
DOC. 6
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perfeito, fazendo sobressair a sua racionalidade. Já quando 3. Tópicos de resposta (escolher dois, um deles, pelo menos,
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Págs. 66 e 67
DOCS. 19 e 20
dos Jerónimos, refletem a síntese que foi a arte do Renasci- 1. A perspetiva linear confere profundidade ou terceira di-
mento, ao associarem elementos decorativos clássicos a mensão através de linhas paralelas à base do quadro, para-
elementos estruturais da arquitetura tradicional, como as lelas à sua altura e convergentes para o ponto de fuga, no
abóbadas com liernes e terciarões. horizonte. Já a perspetiva aérea confere a sensação de pro-
fundidade e distância através do sfumato, que consiste no
Págs. 68 e 69 esbatimento dos contornos dos objetos mais longínquos,
envoltos numa luz vaporosa, azulada e sem nitidez.
DOCS. 23A, B
2. Em A Virgem, o Menino e Santa Ana, as três figuras, o
1. Na medida em que os seres representados, a Virgem e solo e a árvore são tratados com maior pormenor, nitidez e
Jesus Cristo, parecem seres humanos, em lugar de seres di- verosimilhança do que a paisagem rochosa do plano do
vinos e sobrenaturais. A Virgem é uma mulher que lê e fundo, cujo distanciamento é dado pela atmosfera nebulosa
Cristo parece um atleta musculado. Presta-se, assim, uma e azulada que a envolve.
homenagem ao ser humano ou à natureza humana como
inspiradores da arte. DOCS. 28, 29
DOCS. 24 a 26
1.
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2. Está na metade esquerda (cena religiosa) para onde con- 3. Semelhança – O realismo popular está presente nas duas
Págs. 74 e 75 1. Mecenato.
2. c) que dinamizava a revolução artística do Quattroccento.
Dossiê 3. d) estudar as línguas e as letras da Antiguidade Clássica,
A pintura no Norte da Europa procurando harmonizar o antropocentrismo greco-romano
1. Escolher duas: com os valores morais do cristianismo.
– o naturalismo da expressão fisionómica realista dos pasto- 4. b) o estatuto de prestígio dos artistas, seres criadores que
res, à direita, e da figura de São José, à esquerda; se distinguiam dos artífices habilidosos.
– o naturalismo das vestes; 5. Fatores que fizeram da Itália o berço do Renascimento
– o naturalismo presente nos edifícios, nos animais da man- (escolher dois):
jedoura e na jarra, flores e espiga de trigo; – a existência de estados autónomos, chefiados por famílias
– a técnica da pintura a óleo; ricas, que rivalizavam entre si no sentido de tornarem as suas
cidades nas mais belas de Itália e, para o efeito, contratavam
– a construção perspetivada do espaço, fazendo convergir a
artistas, que protegiam através do mecenato (é o caso de
atenção para a figura da Virgem que contempla o Menino.
Florença e da família Médicis, que a governava, tal como do
2. A crítica social nota-se na presença de uma freira e de um
cambista G. di Lama, todos eles figurando na pintura);
frade na Nave dos Loucos, a divertirem-se e a consumirem
– a existência de vestígios literários e artístico-monumentais
iguarias. Trata-se de uma crítica ao desregramento do clero
da brilhante civilização romana, que eram uma inspiração
regular, na linha do que o humanista Erasmo, também natu-
para os intelectuais e artistas (ver as arcadas antigas em ruí-
ral dos Países Baixos, efetuou.
nas, à esquerda na pintura);
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DOCS. 46A, B
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3. O projeto de Sangallo não agradou a Miguel Ângelo talvez 6. Segundo o narrador, a pintura flamenga, embora exímia
por as suas altas torres lhe lembrarem a verticalidade do es- na representação dos objetos (ex.: a jarra com flores e o
tilo gótico e, também, por não apreciar a planta de cruz latina. fundo do tríptico Portinari), vê os detalhes isoladamente,
Como apreciador da arte greco-romana, M. Ângelo foi um com um propósito decorativo. Pelo contrário, Leonardo, com
defensor da planta de cruz grega, que permitiria um espaço o espírito de cientista que possuía, presta atenção aos por-
absolutamente simétrico, sobre o qual colocaria uma gigan- menores ou detalhes da Natureza mas com o fim de fazer
tesca cúpula, a fazer lembrar a do Panteão. A própria fa- deles parte integrante do conjunto da cena.
chada do projeto de Miguel Ângelo reproduz a gramática 7. Escolher duas:
decorativa greco-romana nas colunas, no entablamento e – a existência de oficinas de belas-artes e artes decorativas,
no frontão propostos. como a do mestre Verrochio;
4. Doc. E: – as encomendas artísticas feitas pelas famílias poderosas,
1 – Porta com arco do triunfo; 2 – Arco redondo ou de volta como era o caso da família Médicis;
perfeita; 3 – Coluna coríntia; 4 – Pilastra coríntia; 5 – Nicho – o mecenato de Lourenço de Médicis às letras e às artes,
com estátua; 6 – Arquitrave; 7 – Friso; 8 – Cornija; 9 – Fron- na sua mansão di Careggi, patrocinando humanistas como
tão; 11 – Cúpula; 12 – Lanterna. Marsílio Ficino e Poliziano, artistas, a pesquisa de manuscri-
Doc. F: tos e de estátuas antigas.
1 – Abóbada de berço.
5. É uma obra paradigmática do Renascimento, porque ex- Págs. 95
pressa: DOC. 63
– a prática do mecenato;
1. O manuelino distingue-se, na arquitetura, pelo excesso
– o desejo de glória terrena;
decorativo, de cariz naturalista, abrangendo todo o território
– a confiança na capacidade do ser humano; nacional.
– o estatuto de prestígio dos artistas; 2. A Sé do Funchal é uma obra heterogénea porque funde o
– a influência da arquitetura clássica, patente na utilização estilo gótico com a decoração mudéjar.
de colunas, entablamento, frontão, cúpula, arco redondo e
abóbada de berço, na simetria e proporção, no predomínio Págs. 96 e 97
da horizontalidade.
DOCS. 64 a 67
5.
Belém;
– Ginebra de Benci.
– os balcões salientes do palácio do Duque do Infantado e
– A Adoração dos Pastores ou tríptico Portinari, da autoria
as guaritas salientes da Torre de Belém.
de Hugo van der Goes.
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1.
Págs. 106 e 107
– O enquadramento arquitetónico clássico, com as colunas
coríntias, os arcos redondos e a cúpula a coroar a mesa
Analisar… uma decoração escultórica
onde se encontra Cristo.
Diogo de Arruda, Janela ocidental da Casa do Capítulo,
– A perspetiva linear, através das linhas que convergem
Convento de Cristo, Tomar, pedra calcária, 1510-1514
para a figura de Cristo, e na perspetiva aérea, através do
1. Estilo manuelino.
sfumato que envolve a paisagem ao fundo.
2. a) – 3; b) – 5; c) – 2.
– No naturalismo presente nas fisionomias, gestos e vestes.
3. b) o Infante D. Henrique.
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DOC. 3
– o perdão dos pecados não podia ser comprado, por tratar-
-se de uma questão espiritual e por ser conseguido apenas
1. O afastamento do clero do cristianismo demonstra-se: pelo cumprimento de uma pena espiritual;
– no luxo do vestuário do Papa Alexandre VI; – o arrependimento do pecador era suficiente para lhe ser
– no seu envolvimento em disputas políticas e territoriais, remido o cumprimento da pena;
mostrando maior preocupação com os ganhos de poder po- – a Igreja devia ensinar aos crentes que o dinheiro dos fiéis
lítico e riquezas do que com as suas funções espirituais; devia ser aplicado na ajuda aos necessitados;
– gosto por ambientes faustosos, onde se cultiva a arte e as – a venda de indulgências era um negócio e nada tinha a
letras; ver com os valores espirituais.
– incumprimento do celibato, havendo evidências de rela- 4. O Papa reagiu mal e, por isso, Lutero foi excomungado e
ções amorosas e de descendentes. expulso do Santo Império.
DOC. 4
Págs. 116 a 117
1. A vivência da espiritualidade, presente no documento 4,
fazia-se de forma mais intimista e individual “a sentir a contri- DOCS. 8e9
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ção dentro” da alma, como bem representa o documento 4A. 1. A expressão “javali selvagem” refere-se a Martinho Lutero
O desapego dos bens materiais em favor de uma espirituali- e a expressão “vinhedos” refere-se aos cristãos católicos ou
dade edificante para a salvação. à Cristandade.
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2. Escolher três:
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– necessidade de analisar e de refletir sobre as críticas que Acusação: “herege, apóstata e encobridora de hereges”,
pesavam sobre o catolicismo; sem mostrar arrependimento.
– deliberar eventuais mudanças no interior da Igreja; Sentença: excomunhão e confiscação dos seus bens.
– definir estratégias de combate à expansão do protestantismo.
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2. Os filhos de Beatriz Padilha ficaram impedidos de obter 3. Os dois sacramentos estão ligados, porque a Confissão
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1. Perseguição: 1496 – Édito de D. Manuel. 1. No Novo Mundo, os Europeus esperavam encontrar seres
Expulsão: 1492 – Os Reis Católicos expulsam de Espanha os fantásticos, uma espécie de “monstros humanos”, como os
judeus […]. que aparecem representados no Doc. 1 sem cabeça, com
Conversão forçada: 1497 – D. Manuel I decide […] serem partes do corpo disformes e desproporcionadas.
educados por famílias cristãs”. 2. Esses seres eram considerados humanos porque haviam
2. Os fatores que estiveram na origem da matança de 1506 sido obra da criação de Deus (providencialismo) enquanto
foram a suspeição e discriminação face aos cristãos-novos. seres mortais racionais e, porque a génese da humanidade
Quando estes tinham uma perspetiva diferente, em matéria estava marcada pelo pecado original e pelo fratricídio de
de religião, eram acusados de heresia, perseguidos e mor- Caim e Abel, assim se justificavam as suas anormalidades.
tos – “[…] um cristão-novo julgou ver, somente, uma candeia
DOC. 2A
acesa ao lado da imagem de Jesus”, em vez de um sinal de
milagre, pelo que “[…] arrastaram-no pelos cabelos […], e 1. Aspetos negativos dos povos africanos, segundo a pers-
mataram-no e queimaram-no logo o corpo no Rossio.” petiva europeia dos séculos XV e XVI (escolher um):
3. Países do Norte da Europa: Províncias Unidas, Alemanha, – povos violentos/belicosos;
Áustria, Polónia, Inglaterra, regiões da Península Itálica e da – prática da antropofagia (“[…] estes negros comerem outros
Península Balcânica, Turquia, Egito, Israel. homens […]”);
4. Os judeus sefarditas desenvolveram a comunidade de – prática de feitiçaria e idolatria;
Amesterdão porque eram gente com conhecimento de lín- 2. Sim, porque, embora a descrição do texto não se reporte
guas estrangeiras e com uma rede de contactos na área co- a aspetos físicos como a gravura do Doc. 1, enumera um
mercial (Docs. D e F), construíram uma sinagoga que permi- conjunto de práticas (violência e a agressividade, caniba-
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tisse o culto judaico de uma comunidade em crescimento lismo e feitiçaria, que, segundo a perspetiva europeia da
(Doc. E), promoveram o dinamismo comercial e financeiro de- época, os aproxima dos “monstros humanos”.
corrente do sucesso das suas atividades mercantis com os
espaços coloniais (“[…] conseguiram construir fortunas […].
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1. Os ameríndios foram vistos como povos inocentes e amis- que essas pessoas sejam submetidas ao império de prínci-
tosos – (“[…] não têm a mínima habilidade para combater e pes e de nações mais cultivadas e humanas […].”
são tão medrosos […]”); generosos e francos (“[…] de tudo 3. A violência sobre os indígenas impediu a expansão do
quanto possuem, se lho pedem, nunca dizem não […]”); e cristianismo, porque milhões deles morreram sem se terem
dispostos a obedecer (“Eles estão, pois, destinados a ser di- convertido ao cristianismo – (“e assim morreram, sem fé e
rigidos e a que os façam trabalhar, semear e executar todas sem sacramentos, tantos milhões de pessoas.”).
as outras tarefas […]”).
DOC. 7
Págs. 148 a 149 1. Para o Padre António Vieira, as diferentes cores de pele
resultam dos diferentes tipos de clima dos diferentes conti-
DOC. 3A
nentes, criados por Deus. Por esta razão, a cor da pele não
1. A chegada dos portugueses significou, para os africanos, representava qualquer diferença de condição humana entre
a perda dos seus bens e da sua tranquilidade, de modo que os povos com cores de pele distintas – “conforme os dife-
“De repente […] os homens brancos chegaram […]. Travaram rentes climas haviam de nascer de diferentes cores, traçou a
duras batalhas com N’gola e bombardearam-no. Conquista- sabedoria do Supremo Artífice que, assim como em todo o
ram as suas salinas e o N’gola fugiu para o interior […]”, con- nome de Adão […] para que na variedade da cor se não per-
cluindo-se que “os brancos não nos trouxeram nada senão desse a irmandade do sangue.”
guerras e miséria.”
Págs. 152 e 153
DOC. 3B
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