Onhb16 - Fase - 4 - para Impressao

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 21

ONHB16 Oficial / Fase 4

ONHB / IFCH - Unicamp


Conteúdo

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 46 / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 071e: VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA V . . . . . 16

Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 072: Filho de Renato Russo pede que TikTok derrube
vídeos bolsonaristas com a música ‘Que País
35 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 065: Por onde queira que transite . . . . . . . . . . 11 é Este’ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

36 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 066: Sirene da Folha, no centro de SP, toca diaria- 073: Entrada do Colégio Des Oiseaux . . . . . . . . 17
mente há mais de 60 anos . . . . . . . . . . 12
37 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 074: Uma viagem de estudos ao Espírito Santo:
067: Crônica do viver baiano seiscentista : obra poé-
pesquisa demo-biológica, realizada, com o
38 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 tica completa . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
fim de contribuir para o estudo do problema

39 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 da aclimação, numa população de origem


068: Sintonizah . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
alemã, estabelecida no Brasil Oriental. . . . 17
40 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 069: Regueiros Guerreiros . . . . . . . . . . . . . . 14
075: Viagem pelas colônias alemãs do Espírito Santo 18
41 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 070: Troque com seus amigos mensagens secretas . 14
077: Depoimentos - Júlio Santos . . . . . . . . . . . 18
42 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 071a: VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA I . . . . . . 14
077: Lula Ordena Devolver el Cañon Cristiano . . . . 19
43 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 071b: VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA II . . . . . 15
078: Os troféus de guerra que o Paraguai quer de volta 19
44 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 071c: VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA III . . . . . 15
079: Abaixo-assinado “Campanha de Verdade e
45 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 071d: VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA IV . . . . . 15 Justiça pelo Paraguai . . . . . . . . . . . . . 20

1
Introdução

A aventura traz novas surpresas...

Sejam bem-vindo(a)s à Fase 4 da décima sexta edição da Olimpíada correta, mas cabe a sua equipe escolher qual alternativa considera como a
Nacional em História do Brasil! mais adequada e selecioná-la. A prova pode ser salva em “rascunho”, mas
A quarta da fase da 16ª Olimpíada inicia dia 03 de junho (segunda-feira) e não se esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando em
encerra às 23:59 [horário de Brasília] do dia 08 de junho (sábado). Esta “entregar a questão”. Após clicar em “entregar a questão” não será mais
fase é composta por 11 Questões e 1 Tarefa. Lembre-se: em nossa prova, possível realizar alterações na questão.
cada questão possui quatro alternativas. Há mais de uma resposta Bom trabalho a todos!

2
Questões

35 / Questão 36 / Questão 37 / Questão

Leia a reportagem a seguir.


Documento 065 Texto Acadêmico p. 11 Documento 067 Crônica p. 13

Por onde queira que transite Crônica do viver baiano seiscentista : obra poética com-
pleta
Documento 066 Jornal p. 12

O documento Sirene da Folha, no centro de SP, toca diariamente há mais


de 60 anos Os versos:

A. aponta o nomadismo como um dos elementos que explicam As sirenes


a heterogeneidade e a constituição de regras e culturas A. “Não há mulher desprezada, / galã desfavorecido, / que
próprias a cada grupo de artistas. deixe de ir ao quilombo / dançar o seu bocadinho” tratam da
popularidade desses cultos entre pessoas de diferentes
B. estabelece a necessidade de utilização de métodos de A. coexistem com os sinos dos campanários das igrejas, na
etnias e posições sociais.
pesquisa histórica, como entrevistas e leitura de bibliografia transição da paisagem sonora das cidades no mundo
diversa, para construir uma história do circo no Brasil. industrializado. B. “O que sei, é, que em tais danças / Satanás anda metido, / e
que só tal padre-mestre / pode ensinar tais delírios”
C. mostra como para os artistas circenses as origens de seus B. distribuem o som disciplinar, uma vez que estão alocadas
demonstram que o autor entendia que os cultos eram
antepassados europeus têm mais peso que o pertencer a de maneira homogênea nos ambientes urbanizados,
perigosos para a moral, por envolverem danças proibidas
um determinado grupo. independentes da segregação sócio-espacial.
pela Igreja na época.
D. apresenta o deslocamento dos artistas circenses para o C. participam da rotina social, uma vez que servem como
C. “E quando vão confessar-se, / encobrem aos Padres isto,
Brasil a partir do século XVIII, tendo como causas guerras, delimitadores das práticas cotidianas de várias gerações,
/porque o têm por passatempo, / por costume, ou por estilo”
perseguições e proibições de exercerem seu trabalho em provocando diferentes reações nos habitantes.
criticam a hipocrisia dos cristãos que frequentam cultos
seus países de origem.
D. constituem um marco sonoro, que promove um senso de proibidos e nem ao menos se confessam ou arrependem.
identidade comunitária, funcionando como uma referência
Conteúdo adicional
D. “Que de quilombos que tenho / com mestres superlativos, /
temporal na esfera urbana.
LINK: O circo: sua arte e seus saberes
nos quais se ensinam de noite / os calundus, e feitiços”
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/102707
explicitam que o poema tratará das cerimônias religiosas
afro-brasileiras.

3
38 / Questão 39 / Questão 40 / Questão

Observe a propaganda abaixo: Leia os trechos de história em quadrinhos abaixo, selecionados e


Documento 068 Trailer p. 13
retirados da edição sobre folclore brasileiro da coleção “Você
Sintonizah
Documento 070 Propaganda p. 14 Sabia? Turma da Mônica”.
Troque com seus amigos mensagens secretas
Documento 069 Música p. 14

Regueiros Guerreiros
A propaganda Documento 071a História em quadrinhos p. 14

VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA I


Os documentos:
A. apresenta aparelhos eletrônicos para uso pessoal com
destaque para a inovação tecnológica e a facilidade de uso Documento 071b História em quadrinhos p. 15

A. Atestam a relevância do panamericanismo nos anos de que eles representam. VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA II
1960 e 1970 e a influência da música norte-americana para
B. traz, além da imagem do produto, informações técnicas,
o desenvolvimento do reggae no Maranhão.
alerta sobre a pirataria e a lista de revendedores Documento 071c História em quadrinhos p. 15

B. Exemplificam como a forte conexão entre local e global autorizados. VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA III
afeta práticas sociais e comportamentais em diferentes
C. usa como apelo publicitário a possibilidade de se enviar
países americanos.
mensagens secretas, uma forma de conquistar o público Documento 071d História em quadrinhos p. 15
C. Demonstram o desenvolvimento do reggae como jovem. VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA IV
manifestação cultural maranhense, abordando questões
D. oferece poucas informações sobre os usos do produto como
como pobreza, discriminação, desigualdade social e
forma de instigar a curiosidade dos possíveis possuidores. Documento 071e História em quadrinhos p. 16
econômica.
VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA V
D. Indicam a importância das trocas de tecnologias e
referências culturais para o desenvolvimento das radiolas e
do reggae como cultura popular. Escolha uma alternativa:

A. A percepção de uma constituição do Brasil baseada na


convivência harmônica das três raças presente em
quadrinhos da Turma da Mônica afirma a persistência dessa
ideia.

B. O objetivo do trecho em destaque é ilustrar a formação


sociocultural brasileira, retratando-a como um processo
espontâneo e natural.

C. A miscigenação entre os povos indígenas, negros e brancos


foi explorada na literatura brasileira por meio de obras como
“Macunaíma” (1928).

4
D. A veiculação de conteúdos vinculados ao folclore brasileiro 41 / Questão 42 / Questão
por meio de histórias em quadrinhos ilustra a obsolescência
da tradição oral em reproduzir histórias populares. Leia a reportagem publicada na coluna de Mônica Observe a imagem a seguir:
Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, no dia 10 de janeiro de 2024.

Documento 073 Fotografia p. 17

Entrada do Colégio Des Oiseaux


Documento 072 Jornal p. 16

Filho de Renato Russo pede que TikTok derrube vídeos


A partir do documento, escolha uma das alternativas:
bolsonaristas com a música ‘Que País é Este’

Sobre o assunto, selecione uma alternativa: A. A fotografia, ambientada na entrada do colégio Des Oiseaux,
é composta majoritariamente por crianças, além de uma
freira e de um homem adulto que dirige uma carruagem.

B. Matricular as crianças em um estabelecimento de ensino


A. Diferente de outras músicas do cantor, ”Que país é este” é
como o Des Oiseaux implicava uma dupla operação: de
utilizada por grupos de extrema direita por não apresentar
agregação, entre as famílias do mesmo estrato social, e de
qualquer crítica à violência sofrida por determinadas
segregação social.
minorias.

C. Além do Des Oiseaux, as Irmãs de N. Sra. Das Cônegas de S.


B. O conteúdo informa sobre uma notificação extrajudicial
Agostinho também administraram instituições masculinas,
movida pelo herdeiro do patrimônio de Renato Russo
utilizando o mesmo currículo escolar para meninos e
direcionada a uma companhia de tecnologia.
meninas.
C. O caso evidencia as disputas em torno de uma obra artística,
D. O colégio Des Oiseaux, localizado no bairro da Consolação,
revelando que os seus sentidos podem ser ressignificados a
em São Paulo, foi uma instituição de ensino religiosa
depender do contexto histórico e político.
voltada, especialmente, às filhas da elite paulistana.
D. Renato Russo foi compositor de músicas como Veraneio
Vascaína (1986), que é uma crítica à polícia, e Perfeição
(1993), que ironiza o patriotismo.

5
43 / Questão 44 / Questão 45 / Questão

Leia a seguir partes das reportagens de dois jornais e a


Documento 074 Texto acadêmico p. 17 Documento 077 Documentário p. 18
apresentação de um abaixo-assinado.
Uma viagem de estudos ao Espírito Santo: pesquisa Depoimentos - Júlio Santos
demo-biológica, realizada, com o fim de contribuir para
o estudo do problema da aclimação, numa população de
O trecho do documentário Documento 077 Jornal p. 19
origem alemã, estabelecida no Brasil Oriental.
Lula Ordena Devolver el Cañon Cristiano

Documento 075 Texto acadêmico p. 18


Documento 078 Jornal p. 19
Viagem pelas colônias alemãs do Espírito Santo A. demonstra uma arte e uma técnica em extinção produzidas
Os troféus de guerra que o Paraguai quer de volta
a partir de fotografias analógicas.

Os documentos: B. evidencia a utilização dos retratos pigmentados produzidos


Documento 079 Abaixo-assinado p. 20
pelo artista como ex-voto pelos clientes após a morte de um
ente familiar. Abaixo-assinado “Campanha de Verdade e Justiça pelo
Paraguai
A. Demonstram o caráter eugenista dos estudos médicos a
C. permite refletir sobre as imagens geradas por Inteligência
respeito das colônias alemãs no Brasil e seu estado de
Artificial atualmente em oposição às habilidades e à
germanidade. Escolha uma alternativa:
sensibilidade humanas.

B. Apresentam estudos germânicos sobre medicina tropical,


D. exibe o trabalho do retratista cearense Júlio Santos, que
campo dedicado ao estudo das patologias consideradas A. A polêmica entre “vencedores e vencidos” pela posse do
produz imagens a partir do retoque e da fotopintura.
típicas dos países do hemisfério sul. canhão reflete uma disputa pela memória da Guerra da
Tríplice Aliança e pela responsabilidade sobre a destruição
C. Tratam da presença de colonos alemães no Espírito Santo Conteúdo adicional que ela levou ao Paraguai.
no início do século XX, sua adaptação e relação com a LINK: Mestre Júlio Santos https://mestrejuliosantos.com.br/biografia/

população nativa, sobretudo de origem africana. B. Argumentos semelhantes aos encontrados para a recusa da
devolução, como o da “incapacidade de cuidar dos próprios
D. Atestam como não houve colaboração de médicos bens”, têm sido usados por países europeus contra países
brasileiros na pesquisa conduzida pelos alemães em do sul global.
território espírito-santense.
C. A devolução do artefato implicaria danos ao patrimônio
cultural brasileiro, uma vez que o bem foi tombado pelo
IPHAN e não existe a possibilidade de destombamento.

D. Retrata-se a negociação pela devolução de um artefato que,


fabricado no Paraguai e levado como butim de guerra,
encontra-se hoje museificado no Brasil.

6
46 / Tarefa as duas. Cada espaço preenchido vale ponto; simultâneas de tarefas em uma mesma equipe, sendo computado
5) A transcrição deve acompanhar o texto apresentado em cada para a composição da nota apenas aquilo que for enviado como
linha do documento. Transcrições realizadas em locais incorretos tarefa finalizada após um dos membros da equipe clicar no botão
Prezado(a)s participantes da 16ª Olimpíada Nacional em História do texto não serão pontuadas; “Entregar a questão”.
do Brasil 6) A transcrição deve respeitar a pontuação, letras maiúsculas e O envio definitivo ocorre apenas quando um membro da equipe
Apresentamos aqui a quarta Tarefa da Olimpíada. Trata-se de minúsculas etc. e principalmente as linhas em que os trechos se clicar em “Entregar a questão”. Para que o botão “Entregar
uma tarefa criada na 10ª edição da ONHB e que traz uma atividade encontram; questão” seja liberado é necessário que todas as linhas estejam
bastante comum aos historiadores. Quando os historiadores 7) As abreviações, se existirem, podem ser mantidas ou preenchidas e salvas em rascunho.
fazem suas pesquisas, por exemplo, em arquivos, bibliotecas, transcritas por extenso, cabe à equipe escolher a forma como Após clicar em “Entregar a questão” nenhuma alteração poderá
museus e acervos pessoais, frequentemente têm que ler, decifrar prefere registrá-las, desde que sejam coerentes com o que está ser feita. Por isso só clique em “Entregar a questão” após ter
e compreender documentos produzidos no passado. Nesta Tarefa registrado no documento; transcrito todos os trechos do documento e ter certeza de que
trazemos para vocês uma carta do início do século XX, e os 8) Para este documento o texto localizado nas laterais das folhas deseja finalizar a tarefa
desafiamos a ler, entender e transcrever esse documento. foi considerado apenas na sequência do documento, ou seja, deve
Como ele está em letra cursiva (escrita à mão), vocês devem ser transcrito ao final da carta nas linhas indicadas para ele. Mãos à obra!
seguir algumas dicas que os pesquisadores utilizam: Reforçando: os textos grafados nas laterais da página não devem
a) leiam com calma cada palavra, tentando dar sentido ao que ser transcritos quando aparecem sobrepostos às linhas
está escrito; horizontais do documento e sim ao final nas linhas 91 a 109.
b) procurem se acostumar com as formas como o(s) autor(s)
desenha(m) certas letras, pois essas formas se repetem e podem
auxiliar a decifrar outras palavras;
c) estejam atentos aos detalhes - o historiador também é uma Atenção!
espécie de “detetive do passado”.

Você pode ver e baixar o documento: clique com o botão direito O sistema não permite o envio da tarefa a menos que TODOS os
do mouse e selecione ”Abrir imagem em uma nova guia” ou trechos selecionados estejam transcritos. É necessário confirmar
”Salvar imagem como...”. a transcrição depois que a sua equipe terminar a tarefa.
Ao preencher o formulário com a transcrição de cada linha a
Instruções para realizar a tarefa:
equipe deverá clicar em “Salvar Rascunho”, assim, o que foi
1) Cada espaço em aberto no “box de edição” (formulário
realizado até o momento será salvo em modo rascunho, e mesmo
editável) corresponde a um trecho [linha] que “retiramos” do
que vocês saiam da página da Olimpíada e retornem depois, o
texto. Vocês devem ler o mesmo trecho no documento original e
rascunho estará salvo e disponível. Para sua segurança o sistema
escrevê-lo no espaço correspondente;
“desloga” quando a tarefa permanece muito tempo em edição,
2) Uma pequena parte da transcrição já está realizada dentro do
assim sugerimos que a equipe salve periodicamente em modo
box de edição da tarefa. Sua equipe deve completar os trechos
rascunho sua tarefa.
faltantes conforme indicado “box de edição” e demarcado no
Lembramos que não é recomendável que mais de uma pessoa
documento;
edite a tarefa ao mesmo tempo. Nosso sistema não permite
3) As linhas estão numeradas. Conforme se passa o “mouse”
sobreposição de rascunhos salvos em edições simultâneas em
sobre a parte a ser preenchida, a mesma parte aparece em
tarefas de uma mesma equipe. Apenas aquilo que um dos
destaque no documento original. Fizemos isso para que os
participantes realiza será salvo, podendo ser perdidas
participantes não se percam na leitura do documento;
informações e preenchimentos. A Comissão Organizadora da
4) Na escrita, é possível usar a grafia atual (a forma de escrever a
ONHB não se responsabiliza por problemas causados por edições
palavra que usamos hoje) ou a grafia da época ou ainda misturar

7
67
31

DOCUMENTO A SER TRANSCRITO COM INDICAÇÃO DAS LINHAS 32


68

69
33
70
34
71
35
72
36
73
1
37 74

2 38 75

76
39
3
40 77

4 78
41
79
42
5 80
43
81
6
44 82
7 45 83
8 84
46 85
86
9 47 87

10 48 88
90 89
11 49
91
50
12 92

13 51 93
94
14 52
95
53 96
15
97
16 54
98
17 55
99
56 100
18
101
19 57

58
20
59
21
60
102
22 61
103
23 62 104
105
24 106
63
107
25
64
26
65
27 108
66 109
28 67
29

30

31

8
LINHAS A SEREM TRANSCRITAS 31 62 joga-se

Observe que alguns trechos já estão transcritos, preencha os vazios. 32 63

33 64
1 Blue Star Line
34 65
2 S.S.
35 tanto affectos, 66
3
36 67 limpeza,
4
37 68
5
em ma- 69
6 promettera
38 drinha, 70
7
39 71
8
40 72
9
41 73
10 grippezinha,
42 74
11
43 A vida 75
12
44 76 começamos a
13
45 77
14
46 78
15
47 79
16 muitas
48 80
17
49 81 do almoço
18
50 82
19
51 casal 83
20 que tenho
52 84
21
53 85
22
54 86
23
55 87
24
56
25
57 merece
26 ter sido
58
27
59 88
28
60 89
29
61 90
30 dia que

9
91 jus- 98 105

92 tamente 99 106

93 100 107

94 101 108

95 102 109

96 103

97 ria esta carta. 104 mil bei-

10
Documentos

Documento 065 (...) Pantomima : Arte de exprimir os sentimentos, as paixões, as ideias, por meio de gestos e atitudes, sem
recorrer à palavra; Representação teatral em que os atores se exprimem unicamente por meio de gesto.
Os artistas circenses que migraram no fim do século XVIII e em PALAVRAS-CHAVE: imigração, cultura popular, história do circo

Por onde queira que transite quase todo século XIX para a América Latina percorreram
vários países antes de passar a viver como nômades
preferencialmente em um deles. E, mesmo quando isso
Muitas famílias circenses consideradas “tradicionais” são ocorria, as turnês eram frequentes, possibilitando trocas de
assim referidas por sua “origem” estar ligada àquelas que experiências. Rio de Janeiro e Buenos Aires eram as principais
vieram da Europa no século XIX, como saltimbancos ou como cidades do período a receber constantemente trupes
parte de grupos circenses. A maior parte das informações estrangeiras. Entretanto, cidades como Porto Alegre, São
orais sobre como e quando chegaram e quem eram aqueles Paulo, Recife, Belém, Salvador, Montevidéu, Santiago,
artistas foi obtida de circenses brasileiros, cujas famílias Assunção e Lima também faziam parte da rota de artistas, de
teriam migrado para o Brasil a partir dos anos de 1830, e pode modo geral, e dos circenses. Devido ao total intercâmbio e
ser confrontada com descrições feitas por historiadores circulação dos grupos, foi possível conhecer a movimentação
europeus e latino-americanos, assim como outras fontes desses artistas e o que realizavam, através da produção de
do período. pesquisadores, memorialistas e historiadores do circo de
Através desses relatos, sabe-se que a maioria dos circenses alguns desses países latino-americanos e do Brasil. Desde
desembarcou em grupos familiares, quase todos oriundos do 1757 registraram-se na Argentina os passos de volatineiros
continente europeu, mas vários deles têm dificuldades de (como são denominados em castelhano os saltimbancos e os
precisar as nacionalidades, pois, como nômades, funâmbulos ) vindos da Espanha para exercer seu tradicional
apresentavam-se em vários países, vinculando-se de maneiras ofício no Novo Mundo, como o acrobata Arganda e o volatim
distintas aos locais por onde passavam. Em alguns casos é Antonio Verdún, que teria vindo do Peru para Buenos Aires e
possível chegar a uma origem; entretanto, os vários filhos, Brasil (...)
netos e sobrinhos nascidos em cidades e países diversos No fim da década de 1780 começaram a chegar ao Brasil,
acabam por definir o próprio grupo familiar como referência através da Argentina, imigrantes já denominado circenses
importante, mais do que os locais de nascimento. pelos historiadores desse país. É o caso de Joaquín Duarte que,
Alguns informam que seus antepassados saíram da Europa em 1776, se apresentou como funâmbulo, jogral, acrobata e
por causa de grandes guerras e perseguições e proibições de se prestidigitador e, em 1785, em Buenos Aires, solicitou licença
apresentar em praças públicas. Não há dúvida de que em para realizar espetáculos públicos de “habilidades de mãos e
muitos casos esses fatos foram importantes, porém (...) os física, equilíbrios, jogos de mãos e bailes”, à frente de um
próprios modos de se constituírem como grupo e como conjunto circense. Assim como Joaquín Oláez que, a partir de
artistas, itinerantes na forma de vida e trabalho, eram os 1791, após várias apresentações com bonecos, pantomimas e
principais motivos que os movimentavam. Se em determinado acrobacias no Plaza de Toros, cruzou o Rio Grande e se dirigiu
local eram impedidos de entrar, mudavam-se para outro, indo ao Rio de Janeiro.
a procura do espaço urbano e de seu público.
Parte deles não tinha nenhum tipo de vínculo ou contrato de
Ficha técnica
trabalho em exibições em locais definidos, chegando no fim do TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: SILVA. Ermínia. Circo-Teatro: Benjamim Oliveira e
a teatralidade circense no Brasil. 2º Edição (Revisada e Ampliada). São Paulo: Itaú Cultural / Martins
século XVIII e inicio do XIX ao Brasil para se apresentarem em Fontes, 2022, pp. 68-70. CRÉDITOS: Ermínia Silva GLOSSÁRIO: Funâmbulo : Equilibrista que anda
no fio ou na corda.
ruas, esquinas e praças, exibindo habilidades físicas e Volatim : Equilibrista que anda no fio ou na corda; andarilho.
Prestidigitador : Artista cujas habilidades consistem especialmente na rapidez dos movimentos dos
destrezas com animais. dedos e das mãos; ilusionista; mágico.

11
Documento 066 segunda a segunda. país e está vindo um tsunami”, disse.
O canto da “sereia” originalmente durava 30 segundos, Já o carioca Geraldo Silveira da Silva Perilo, 57, que há mais de
Sirene da Folha, no centro de SP, toca iniciando com um solo potente e num crescendo de 15 20 anos trabalha no mercado das flores do largo do Arouche,
diariamente há mais de 60 anos segundos, para depois ir decrescendo, melancolicamente, até tem relação carinhosa com o som: chama-o de “meu
morrer aos 30. despertador”. “Enquanto não toca, fico esperando para poder
No entanto, desde fevereiro de 2020, o alarme foi reduzido ir embora, pegar o metrô e depois o trem para Francisco
Entre os infinitos sons que integram a vasta paisagem sonora pela metade, de 30 para 15 segundos. Segundo Isael José do Morato.”
da cidade, ecoa diariamente o da sirene instalada no terraço da Rosário, eletricista responsável pelo equipamento, a mudança Não são apenas humanos que aguardam pelo sinal, mas
Folha, na alameda Barão de Limeira. ocorreu após um problema ter feito com que ela tocasse por também outros animais. É o caso do vira-lata Paçoca, que vive
Por conta da atividade do parque gráfico que funcionava no um tempo muito maior do que o programado, o que gerou com Elaine Meneses, 42, em apartamento no décimo andar na
próprio jornal, a “sirena”, ou “sereia”, como chamada reclamações. rua Conselheiro Nébias. “Eu gosto dele porque me sintoniza e
antigamente, tocava duas vezes ao dia, ao meio-dia e às 18h. Isael, 46, trabalha no jornal como eletricista desde os 20 anos. sei que são 18h, hora de passear com o cachorro”, diz ela, que
“Não me recordo exatamente quando, mas, há muitos anos, a trabalha como ajudante geral em uma adega.
diretoria pediu que a sirene parasse de tocar ao meio-dia. Eu e
outro eletricista removemos uma pecinha de um disco que a
Ficha técnica
acionava nesse horário”, conta. TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: JUNIOR, Carlos Bozzo. Sirene da Folha, no centro de SP, toca
diariamente há mais de 60 anos. Folha de S. Paulo, 25 fev. 2021. Disponível em:
O alarme das 18h também chegou a ser desligado em algumas https://www1.folha.uol.com.br/folha-100-anos/2021/02/sirene-da-folha-no-centro-de-sp-toca-
diariamente-ha-mais-de-60-anos.shtml. Acesso em: 19 jan. 2024. CRÉDITOS: Carlos Bozzo Junior.
ocasiões, como obras. Porém, o jornal recebeu pedidos da GLOSSÁRIO: Traquitana : objeto grande e desconjuntado. PALAVRAS-CHAVE: usos e costumes,
mundos do trabalho, cultura material
vizinhança para que voltasse a tocar, uma vez que fazia parte
da vida de pessoas que se orientavam por meio dele.
Vicença Arcângela Imperatrice, a dona Vicentina, é uma delas.
Em 1961, foi contratada na Folha, onde permaneceu por 55
anos até se aposentar.
“Quando ouvia a sirene [do meio-dia], corria para pegar o
bonde que passava na [avenida] Duque de Caxias e ia para a
Casa Verde. Eu morava no Bom Retiro e descia na rua José
Paulino, caminhava até minha casa, almoçava e voltava a pé
para o jornal. Eram 17 quarteirões”, lembra.
Hoje vivendo a poucos metros da Folha, ela diz que, ao ouvir o
Sirene localizada na cobertura do prédio da Folha na Alameda Barão alarme, sabe que são 18h, quando então faz o sinal da cruz e
de Limeira, na região central de São Paulo (Lalo de reza uma Ave-Maria.
Almeida/Folhapress) Católico, o representante comercial Carlos Antônio Sobral, 64,
mora no bairro há 40 anos e compartilha do hábito religioso de
dona Vicentina. “O som pra mim é sagrado e ajuda a me
A traquitana é brasileira e emite seu alarme por meio de seis lembrar do horário, não preciso ficar preocupado em olhar no
enormes bocas de cornetas metálicas, abrigadas por um relógio.”
guarda-chuva/sol do mesmo material. Com cerca de 2 m de Quem não o acha nada sacro é o enfermeiro Gustavo Granados,
altura, pesa por volta de 150 quilos. 28, que vive na avenida Duque de Caxias e desconhecia a
Existe desde o final da década de 1950, quando a Folha se origem do alarme. “Achava que era tipo um sino de uma igreja.
mudou para os Campos Elíseos, na atual sede. É um barulho alto e faz parecer que o mundo vai acabar. Às
Hoje, mesmo após a desativação do parque gráfico no local, a vezes, você está de boa e assusta. Parece que está em um outro
sirene continua a ser acionada todos os dias, às 18h, de

12
Documento 067 e muito pior se as tais Documento 068
são de jejuns, e cilícios .
Sintonizah
Crônica do viver baiano seiscentista : obra A muitos ouço gemer
poética completa com pesar muito excessivo, Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Trailer ORIGEM: Trailer do filme Sintonizah
não pelo horror do pecado, 2 min 18s
Brasil/Jamaica, 54 minutos, livre.
mas sim por não consegui-lo. Ficha técnica:
Que de quilombos que tenho Direção: Lecuk Ishida e Willy Biondani
Produtora: Bionandi
Produção: Denise Gomes e Paula Cosenza
com mestres superlativos, Ficha técnica
Pesquisa: Stranjah (Alex Herbst)
TIPO DE DOCUMENTO: Crônica ORIGEM: MATOS, Gregório de [1633?-1696]. Crônica do viver baiano Roteiro: Fernando de Castro Américo
nos quais se ensinam de noite seiscentista : obra poética completa. Disponível Direção de Fotografia: Ernesto Kobayashi
em: https://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/Cronica%20do%20Viver%20Baiano%20Seiscentista.pdf.
Montagem: Thiago Lucena
os calundus , e feitiços. Acesso em: 25 mai 2024. CRÉDITOS: Gregório de Matos [1633?-1696] GLOSSÁRIO: Calundu :
cerimônia religiosa, de origem afro-brasileira, frequentada por africanos, afrodescendentes e brancos,
Finalização de Áudio: INPUT | Artesonora CRÉDITOS: Ficha técnica:
Direção: Lecuk Ishida e Willy Biondani
muito popular entre os séculos XVII e XVIII. Produtora: Bionandi
Ventura : Sorte; fortuna. Produção: Denise Gomes e Paula Cosenza
Com devoção os freqüentam Patacas : antiga moeda brasileira. Pesquisa: Stranjah (Alex Herbst)
Roteiro: Fernando de Castro Américo
Jubilados : com grande alegria.
mil sujeitos femininos, Remissos : negligentes.
Cilício : Forma de penitência que consiste no uso de uma túnica ou cinto com arame ou tecido áspero
Direção de Fotografia: Ernesto Kobayashi
Montagem: Thiago Lucena

e também muitos barbados, sobre a pele. PALAVRAS-CHAVE: vida cotidiana, literatura Finalização de Áudio: INPUT | Artesonora PALAVRAS-CHAVE: ritmos musicais, história da música

que se presam de narcisos.

Ventura dizem, que buscam;


não se viu maior delírio!
eu, que os ouço, vejo, e calo
por não poder diverti-los.

O que sei, é, que em tais danças


Satanás anda metido,
e que só tal padre-mestre
pode ensinar tais delírios.

Não há mulher desprezada,


galã desfavorecido,
que deixe de ir ao quilombo
dançar o seu bocadinho.

E gastam pelas patacas


com os mestres do cachimbo,
que são todos jubilados
em depenar tais patinhos.

E quando vão confessar-se,


encobrem aos Padres isto,
porque o têm por passatempo,
por costume, ou por estilo.

Em cumprir as penitências
rebeldes são, e remissos ,

13
Documento 069 Documento 070 Documento 071a

Regueiros Guerreiros Troque com seus amigos mensagens secretas VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA I

Mais um dia se levanta,


Na Jamaica brasileira,
Mais uma batalha que desperta,
A nação regueira,
Eles descem dos guetos logo cedo,
Se concentram nas praças e ruas do centro,
Lavando, vigiando carros, vendendo jornais,
Construindo prédios, obras, cuidando de casas e quintais,
São menores, maiores brasileiros,
São os dreads verdadeiros do Maranhão
Regueiros guerreiros
Dreads verdadeiros
Regueiros guerreiros
Do Maranhão
Mais um dia se levanta
Na Jamaica brasileira
Mais uma batalha que desperta Ficha técnica
Ficha técnica
A nação regueira TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Revista Manchete, 1994. Baú da Propaganda Nacional. TIPO DE DOCUMENTO: História em quadrinhos ORIGEM: Maurício de Souza. “VOCÊ SABIA? TURMA
X. Disponível em: https://twitter.com/bpnacional/status/1742942223556030602/photo/1 DA MÔNICA”. Editora Globo S.A, nº 3, jul/2003. CRÉDITOS: Maurício de Souza
Ninguém jamais parou para pensar CRÉDITOS: Baú da Propaganda Nacional. PALAVRAS-CHAVE: colonização, literatura infantil

Na sua condição de cidadãos com direitos


Lutando em condições desiguais
Lutando contra preconceitos, diferenças sociais
Só que no fim de semana o reggae é lei
No toque, no pop, no espaço
Todo regueiro é um rei
Regueiros guerreiros
Dreads verdadeiros
Regueiros guerreiros
Do Maranhão

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: LP
REGUEIROS GUERREIROS
Gravadora: Independente
Catálogo: MDS-766
Ano: 1992
Intérprete: Tribo de Jah
Compositor: Fauzi Beydoun CRÉDITOS: Intérprete: Tribo de Jah
Compositor: Fauzi Beydoun GLOSSÁRIO: Dread : é um penteado na forma de mechas emaranhadas,
ou uma forma de se manter os cabelos que se tornou famosa com o movimento rastafari.
PALAVRAS-CHAVE: história da música, ritmos musicais

14
Documento 071b Documento 071c Documento 071d

VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA II VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA III VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA IV

Ficha técnica Ficha técnica Ficha técnica


TIPO DE DOCUMENTO: História em quadrinhos ORIGEM: Maurício de Souza. “VOCÊ SABIA? TURMA TIPO DE DOCUMENTO: História em quadrinhos ORIGEM: Maurício de Souza. “VOCÊ SABIA? TURMA TIPO DE DOCUMENTO: História em quadrinhos ORIGEM: Maurício de Souza. “VOCÊ SABIA? TURMA
DA MÔNICA”. Editora Globo S.A, nº 3, jul/2003. CRÉDITOS: Maurício de Souza. DA MÔNICA”. Editora Globo S.A, nº 3, jul/2003. CRÉDITOS: Maurício de Souza DA MÔNICA”. Editora Globo S.A, nº 3, jul/2003. CRÉDITOS: Maurício de Souza
PALAVRAS-CHAVE: colonização, literatura infantil PALAVRAS-CHAVE: colonização, literatura infantil PALAVRAS-CHAVE: literatura infantil, colonização

15
Documento 071e Documento 072 Procurado pela coluna por meio de sua assessoria de
imprensa, o TikTok não respondeu sobre a notificação
VOCÊ SABIA? TURMA DA MÔNICA V extrajudicial até a conclusão deste texto.”
Filho de Renato Russo pede que TikTok derrube
vídeos bolsonaristas com a música ‘Que País é Ficha técnica
Este’ TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Mônica Bergamo. Filho de Renato Russo pede que TikTok
derrube vídeos de bolsonaristas com a música ’Que País É Este’. Folha de São Paulo, 10.jan.2024 às
23h00. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2024/01/filho-de-
renato-russo-pede-que-tiktok-derrube-videos-de-bolsonaristas-com-a-musica-que-pais-e-este.shtml.
Acesso em: 07 mar. 2024. CRÉDITOS: Mônica Bergamo PALAVRAS-CHAVE: história da música,
Giuliano afirma que as postagens têm ‘caráter político e ideológico história política, história do tempo presente

alheios’ aos defendidos pelo pai.


O produtor cultural Giuliano Manfredini, filho do cantor
Renato Russo, enviou uma notificação extrajudicial à
ByteDance, proprietária do TikTok, pedindo que sejam
Ficha técnica
removidos da plataforma vídeos publicados por bolsonaristas
TIPO DE DOCUMENTO: História em quadrinhos ORIGEM: Maurício de Souza. “VOCÊ SABIA? TURMA
DA MÔNICA”. Editora Globo S.A, nº 3, jul/2003. CRÉDITOS: Maurício de Souza. que têm como trilha sonora a música ‘Que País É Este’.
PALAVRAS-CHAVE: literatura infantil, colonização
No documento, Giuliano afirma que as postagens têm ‘caráter
político e ideológico alheios’ aos defendidos pelo artista ao
longo de sua vida e por ele ‘ativamente combatidos’.
São citadas publicações que trazem enunciados como
‘comunista Flávio Dino é aprovado em sabatina e irá para o
STF’, ‘o Brasil não tem mais conserto’ e ‘milhões de votos
silenciados’, em referência à decisão que tornou Jair Bolsonaro
(PL) inelegível. Algumas delas exibem fotografias do
ex-presidente.
Ao menos sete perfis são citados como responsáveis pelos
compartilhamentos. Giuliano solicita que os dados cadastrais
e os registros de IPs de cada um deles sejam disponibilizados.
Ao justificar a medida, o filho de Renato Russo diz não querer
que a faixa consagrada pela Legião Urbana seja usada ‘em prol
de posicionamentos de direita, especialmente aqueles que
enaltecem o governo Bolsonaro’.
‘Não é do interesse do Giuliano, na condição de defensor do
patrimônio do pai, que essa música seja vinculada a um ou
outro lado da disputa política. Ele não quer limitar o uso da
canção, mas também não quer que ela vire um hino do
bolsonarismo, com o qual ele não compactua’, afirma o
advogado Henrique Ventureli, da banca Furtado de Oliveira
Advogados, que representa o produtor cultural.
‘A gente espera que o TikTok atenda ao nosso pedido. Se não
surtir nenhum efeito, obviamente vamos optar pela via
judicial’, acrescenta Ventureli, que não descarta processar
também os usuários responsáveis pelos vídeos.

16
Documento 073 Documento 074 TIPO DE DOCUMENTO: Texto acadêmico ORIGEM: GIEMSA, Gustav, NAUCK, Ernst G. Uma viagem de
estudos ao Espírito Santo: pesquisa demo-biológica, realizada, com o fim de contribuir para o estudo do
problema da aclimação, numa população de origem alemã, estabelecida no Brasil Oriental. Trabalho
publicado pela Universidade de Hanseática, Anais Geográficos (continuação dos Anais do Instituto
Colonial de Hamburgo, vol. 48), série D, Medicina e Veterinária, vol. IV, Hamburgo, Friederichsen, De
Entrada do Colégio Des Oiseaux Uma viagem de estudos ao Espírito Santo: Gruyter & Co., 1939, traduzido para o português por Reginaldo Sant’Ana e publicado no Boletim
Geográfico do Conselho Nacional de Geografia, n. 88, 89 e 90, 1950]. CRÉDITOS: Boletim Geográfico
pesquisa demo-biológica, realizada, com o fim do Conselho Nacional de Geografia. PALAVRAS-CHAVE: história da imigração, viajantes

de contribuir para o estudo do problema da


aclimação, numa população de origem alemã,
estabelecida no Brasil Oriental.

O tratamento do problema da aclimação encontra dificuldades,


na maioria dos países tropicais, porque os imigrantes
europeus misturam-se mais ou menos rapidamente com os
elementos nativos, tornando-se impossível o estudo dos
fenômenos de adaptação, na população miscigenada. Do
maior interesse, portanto, são as regiões em que uma
população oriunda da Europa se tenha radicado, há muitas
gerações, sem se misturar com os nativos. A pesquisa das
condições de vida e de saúde dessas populações oferece
Ficha técnica também a possibilidade de se observarem as condições
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Entrada do Colégio Des Oiseaux. Coleção Nosso Século.
São Paulo: Abril Cultural, vol. 1900/1910 – A Era dos Bacharéis, 1980, pp. 128-129. CRÉDITOS: Abril
econômicas, sociais, culturais, que, juntamente com fatores
Cultural PALAVRAS-CHAVE: história do ensino, cultura visual
climáticos e sanitários, regem a manutenção e o
desenvolvimento da etnia transplantada para os trópicos.
No estado oriental brasileiro do Espírito Santo vive, há várias
gerações, uma população de colonos alemães, que
permaneceu imune à miscigenação. A idéia que já surgiu,
noutras ocasiões, de pesquisar todo o espaço vital desses
descendentes de imigrantes alemães, situados às bordas dos
trópicos, pareceu mais sedutora por se poder recorrer às
observações de Wagemann, do ano de 1915, e ser possível
comparar as atuais condições de vida e de sanidade com os
resultados a que ele chegou. Estamos diante de uma tarefa que
ultrapassa o campo das pesquisas climato-biológicas e da
higiene tropical, de interesse para os estudos étnicos relativos
aos alemães, no estrangeiro, tanto mais, que o Espírito Santo
tem sido pouco visitado por pesquisadores, e não possuímos
dessa região conhecimentos tão exatos quanto os que temos
das áreas extensas de colonização teuta, de maior progresso,
situadas nos sub-trópicos, no Brasil-meridional (Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná).

Ficha técnica

17
Documento 075 cerca de uma tal cabana, um pai de família mulato vestido de Documento 077
Adão ao lado de sua esposa mais civilizada, e por isso vestida,

Viagem pelas colônias alemãs do Espírito Santo enquanto o filhinho segue o exemplo do pai. Não deixa de ser Depoimentos - Júlio Santos
interessante observar as variadas cores de pele dentro de uma
única família. A foto seguinte (foto 17) evidencia amplamente
Seguimos rio acima até chegarmos na região onde realmente como as diferenças são grandes; não é preciso admirar-se Trecho selecionado para esta questão: de 00:00 minutos a
se encontra a colônia alemã, e pretendemos cavalgar duas tanto com elas, pois a escravidão com sua moral relaxada, e 05:25 minutos.
Ficha técnica
horas ainda hoje. A princípio vemos apenas cabanas de negros abolida somente há uma dúzia de anos, possibilitou que o TIPO DE DOCUMENTO: Documentário ORIGEM: Entrevista extraída do documentário ”Câmara
Viajante”. 2007. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5UvQVc47F8Q
e mulatos, distantes um quarto de hora umas das outras, às sangue se misturasse das mais diversas maneiras. Às vezes CRÉDITOS: Câmera Viajante
Gênero: Documentário
vezes bem mais, que com suas aparências miseráveis são um um dos filhos assemelha-se ao pai, o outro à mãe, um terceiro Diretor: Joe Pimentel
Direção de fotografia: Tiago Santana

eloquente testemunho das parcas pretensões dessas pessoas, ao avô ou à avó etc, fazendo com que a família inteira pareça às Produção: Valéria Laena
Elenco: Belo, Chico Alagoano, Dedé da Neusa, Isaías, Júlio Santos
Ano: 2007
em sua maioria pequenos agricultores, no tocante à vida e vezes bem mais um enigma etnológico. As crianças pequenas Duração: 20 min PALAVRAS-CHAVE: cultura visual, história do trabalho

sobretudo à sua comunidade. Elas praticamente se satisfazem parecem quase sempre encantadoras; na mistura das raças a
com uma construção feita de barro e coberta com folha de que mais predomina é a africana. Para nossa vergonha vimos
palmeira, tal como aparece na foto seguinte (foto 16); uma família composta por um soldado nativo e uma alemã
realmente, ela está idilicamente localizada em meio a católica – sua esposa – e o filho deles. A criança tinha um jeito
bananeiras novas junto ao murmúrio das águas, mas mesmo o tão gracioso, mas tinha o cabelo crespo dos negros, os lábios
colono alemão mais modesto não gostaria de morar ali. grossos e a cor do pai característica dos mulatos; da mãe
alemã, porém, não havia qualquer vestígio.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto acadêmico ORIGEM: WERNICKE, Hugo. Viagem pelas colônias alemãs
do Espírito Santo. Vitória: Arquivo Público do Espírito Santo, 1910/2013, p.52-53. Disponível
Às vezes pode acontecer – mas com certeza muito raramente em: https://ape.es.gov.br/Media/ape/PDF/Livros/LIVRO_ViagemAsColoniasEvangelicasAlemas_Editado.pdf.
Acesso em: 15 mar. 2024. CRÉDITOS: Arquivo Público do Espírito Santo.
e, sem dúvida, é proibido por lei – que você veja parado, junto à PALAVRAS-CHAVE: história da imigração, viajantes

18
Documento 077 Documento 078 advogavam uma condenação das guerras e uma missão
política do exército”. Foi um movimento também realizado
Lula Ordena Devolver el Cañon Cristiano pelos outros vitoriosos da guerra, o Uruguai e a Argentina. (...)
Os troféus de guerra que o Paraguai quer de “Em 1954, o governo do presidente argentino Juan Domingo
volta Perón [(1895-1974)] buscou reaproximar-se do Paraguai com a
Lula ordena a devolução do Canhão Cristiano [Cristão] repatriação de parte desses objetos”, lembra [Enrique
O presidente do Brasil, Lula Da Silva, determinou a devolução Natalino, cientista político pesquisador do Centro Brasileiro de
do Canhão Cristão que foi tomado como troféu de guerra em Chama-se El Cristiano e fica exposto no pátio Epitácio Pessoa Análise e Planejamento (Cebrap).]
1868 durante a Guerra da Tríplice Aliança. do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, um canhão Na década de 1970, o mesmo ocorreria no Brasil, “como gesto
(...) O troféu de guerra é atualmente exibido no Museu que materializa uma longa controvérsia entre Brasil e simbólico da aliança estratégica que culminou com a
Histórico Nacional do Rio de Janeiro. O [ministro paraguaio] Paraguai. Forjado a partir do derretimento de sinos de construção da usina hidroelétrica de Itaipu”, ele ressalta.
Federico Franco havia afirmado no último dia 1º de março que diversas igrejas paraguaias — por isso seu nome, em português O governo do ditador Ernesto Geisel (1907-1996) restituiu ao
a devolução dos troféus e do arquivo são importantes para a “o cristão” — a peça de artilharia foi utilizada contra o Brasil na vizinho o primeiro lote dos objetos, o que incluía a espada que
“cicatrização” das feridas ocasionadas pela guerra. O ”Cañón Batalha do Curupaiti, em 1866. pertencia a Solano Lopez. Em 1980, já sob o governo de João
Cristiano” recebeu esse nome por ter sido elaborado a partir Foi um dos tantos troféus de guerra trazidos ao Brasil. Mas, Figueiredo (1918-1999), um segundo lote também foi
de campanhas das igrejas do Paraguai. O mesmo foi capturado 153 anos depois, a arma está de volta a um cenário de disputa. devolvido.
pelo exército brasileiro em 1868, dois anos antes de concluída Desta vez, política. Conservador de direita, Santiago Peña, Tratativas visando a restituição do restante, incluindo o
a guerra do Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai. presidente paraguaio que tomou posse nesta terça-feira (15), famoso canhão, avançaram bastante no fim do segundo
já manifestou interesse em repatriar itens como o canhão. mandato de Lula, em 2010, e durante as gestões de Dilma
Há um mês, em conversa com jornalistas, ele disse que “há Rousseff. Na época, chegou-se a dizer que a devolução de El
equipamentos que foram tomados pelas forças brasileiras e
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Adaptado de “Lula Ordena Devolver el Cañon Cristiano”. ABC Cristiano estava encaminhada. Após o impeachment da
Notícias. Assunção, Paraguai. 04 de março de 2010. Disponível
em: (https://www.abc.com.py/internacionales/lula-ordena-devolver-el-canon-cristiano-75035.html)
que agora estão nos museus brasileiros [que pertencem] ao ex-presidente, contudo, as negociações retrocederam.
(tradução equipe ONHB) CRÉDITOS: ABC Notícias. PALAVRAS-CHAVE: patrimônio, cultura material,
guerra do paraguai
governo paraguaio”. Natalino lembra que “a devolução de relíquias, troféus de
“No final da guerra, o exército imperial apoderou-se do arquivo guerra ou de outros bens culturais aos seus países de origem
público paraguaio, que Solano Lopez transportava, e do canhão naturalmente implica em risco de perda ou de destruição
El Cristiano”, comenta o historiador Francisco Doratioto, desses acervos”.
professor na Universidade de Brasília (UnB) e autor de, entre “O que é mais importante: sua devolução aos donos de direito
outros, Maldita Guerra: Nova História da Guerra do Paraguai. ou a garantia da sua preservação para a humanidade?”,
Símbolos de uma guerra que foi particularmente avassaladora questiona ele, lembrando que esses itens “se tornaram parte
para o Paraguai são há décadas colocados em mesas de de uma memória coletiva politicamente construída sobre o
negociações bilaterais entre os países — com parte deles, aliás, sofrimento dos povos que vivenciaram os horrores da guerra”.
já devolvidos. O canhão talvez seja a peça mais complicada. Ele explica que uma eventual devolução do canhão seria “um
Para os paraguaios, ele representa a união do povo em prol da ato unilateral do governo brasileiro, pois não há, perante o
nação, por conta da origem de sua matéria-prima; mas um Direito Internacional, nenhuma obrigação do país em
complicador a uma eventual devolução é porque o bem é, repatria-lo”. (...)
desde 1998, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Já o historiador Paulo Henrique Martinez, professor na Unesp,
Artístico Nacional (Iphan). é radicalmente contra a manutenção de peças assim. “Os
De acordo com a historiadora Wilma Peres Costa, discussões troféus de todas as guerras confundem-se com a pilhagem
sobre a devolução dos troféus de guerra remontam aos material e os atos de tormento individual e coletivo dos
primeiros anos da República, proclamada em 1889. “Naquela adversários”, comenta ele.
época, os jovens militares positivistas falavam em devolver os “São comuns a prática de roubos, violência sexual contra
troféus como forma de desafiar a própria monarquia, já que

19
crianças, meninas e mulheres, fuzilamentos, torturas, Documento 079 testemunhos tangíveis de um passado glorioso do Paraguai e
espancamentos como espetáculo em espaços abertos. A tem um significado inestimável para chegar à verdade, assim
manutenção dessas peças em mãos de seus captores é Abaixo-assinado “Campanha de Verdade e como preservar a identidade paraguaia.
inaceitável”, pontua Martinez. Justiça pelo Paraguai Por isso pedimos sua assinatura e apoio, para exigir do
“Primeiro, porque legitima uma prática de violência e de Presidente da República Federativa do Brasil, Luis Inácio Lula
opressão que viola direitos essenciais, bloqueia a reparação Da Silva, e demais autoridades que devolvam o citado butim de
material e simbólica o apaziguamento da memória coletiva. Queridos amigos e amigas do Paraguai e região! guerra.
Segundo porque esses marcos, em diferentes momentos, são Enviamos as saudações do Paraguai com o objetivo de fazer Tua assinatura representará uma voz que se soma à demanda
convertidos em fontes de ressentimentos que alimentam justiça histórica e preservar nossa memória coletiva. de verdade e justiça histórica, a favor da preservação cultural
novas práticas de opressão e violência”, avalia. Hoje nos dirigimos a vocês para solicitar apoio à nossa paraguaia e latino-americana. Juntos podemos fazer a
campanha para exigir a devolução do arquivo nacional diferença e conseguir que esse acervo imprescindível regresse
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Adaptado de “Os troféus de guerra que o Paraguai quer de paraguaio sequestrado durante a Guerra da Tríplice Aliança, a seu lugar de origem para que as futuras gerações possam
volta”. Edison Veiga 14/08/2023. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/os-trof%C3%A9us-de-
guerra-que-o-paraguai-quer-de-volta/a-66525378 CRÉDITOS: DW PALAVRAS-CHAVE: cultura do canhão Cristiano e de outros butins de guerra levados para conhecê-lo e valorá-lo.
material, patrimônio, guerra do paraguai
o Brasil há mais de 150 anos. Consideramos fundamental que (...)
esse valioso patrimônio cultural e histórico seja devolvido ao IMPORTANTE: a campanha NÃO PEDE nem pedirá nenhum
dono, o Paraguai; será um primeiro passo para uma valor em dinheiro nenhum momento (...). Se aparecer uma
reivindicação de justiça, em relação ao maior genocídio – em mensagem automática do site perguntando se quer doar uma
termos atuais – registrados nos últimos 200 anos na América soma em dinheiro, não o faça. Não é necessário. Simplesmente
Latina. nos ajude com sua assinatura e compartilhando esse link (...)
A guerra da Tríplice Aliança (1864-1870) foi um conflito
transcendental que teve consequências devastadoras para o
Ficha técnica
Paraguai, condenando seu povo ao extermínio e décadas de TIPO DE DOCUMENTO: Abaixo-assinado ORIGEM: Adaptado do texto do Abaixo-assinado “Campanha
de Verdade e Justiça pelo Paraguai – Campanha pela Verdade e Justiça em relação aos crimes de guerra
miséria. O arquivo nacional paraguaio, o canhão cristão e e ao extermínio causados pela Tríplice Aliança contra o povo paraguaio (tradução equipe ONHB)
CRÉDITOS: change.org PALAVRAS-CHAVE: cultura material, guerra do paraguai, patrimônio
demais butins de guerra, sequestrados e levados ao Brasil, são

20

Você também pode gostar