Decreto 10592-2020
Decreto 10592-2020
Decreto 10592-2020
Presidência da República
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 11.952, de 25 de junho de 2009, e na Lei nº 13.465, de 11 de julho
de 2017,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 11.952, de 25 de junho de 2009, para dispor sobre a regularização
fundiária das áreas rurais situadas em terras da União, no âmbito da Amazônia Legal, e em terras do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, por meio de alienação e concessão de direito real de uso de
imóveis.
I - ocupações fora da Amazônia Legal nas áreas rurais do Incra e da União sob gestão do Incra, exceto quanto
ao disposto no art. 11 da Lei nº 11.952, de 2009; e
II - áreas remanescentes de projetos com características de colonização criados pelo Incra, dentro ou fora da
Amazônia Legal, anteriormente a 10 de outubro de 1985.
§ 1º O disposto neste Decreto aplica-se subsidiariamente a outras áreas não mencionadas no art. 3º da Lei nº
11.952, de 2009, sob domínio da União na Amazônia Legal, que serão regularizadas por meio dos instrumentos
previstos na legislação patrimonial.
§ 2º Para fins do disposto no inciso II do caput, consideram-se projetos com características de colonização:
VI - projeto fundiário;
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 1/16
05/01/2021 D10592
§ 3º As áreas remanescentes de projetos, referidas no inciso II do caput, compreendem áreas ainda não
tituladas, áreas não destinadas e tituladas pendentes da verificação das condições resolutivas, observado o disposto
nas cláusulas contratuais do título expedido sobre a área.
Art. 3º Compete ao Incra expedir os títulos das áreas rurais objeto de regularização fundiária nos termos do
disposto neste Decreto.
CAPÍTULO II
Art. 4º Para ser considerado beneficiário da regularização fundiária, o ocupante e o seu cônjuge ou
companheiro deverão cumprir os requisitos previstos no art. 5º da Lei nº 11.952, de 2009.
§ 1º Para fins do disposto no inciso III do caput do art. 2º da Lei nº 11.952, de 2009, será considerada forma de
exploração direta aquela atividade econômica definida em contrato de parceria, conforme os critérios estabelecidos
em ato normativo do Incra.
§ 2º Para fins do disposto no inciso V do caput do art. 2º da Lei nº 11.952, de 2009, será considerada prática
de cultura efetiva a obtenção de renda por meio dos serviços ambientais previstos no inciso I do caput do art. 41 da
Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, conforme os critérios estabelecidos em ato normativo do órgão competente.
§ 3º Não será admitida a regularização fundiária em favor de requerente que conste do Cadastro de
Empregadores, coordenado pela Secretaria do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, que tenha submetido trabalhadores a condições análogas às de escravo.
Art. 5º O procedimento para regularização fundiária de ocupações incidentes em áreas rurais da União e do
Incra será instruído por meio de processo administrativo de habilitação dos imóveis, de acordo com as seguintes
etapas:
c) da documentação de identificação do imóvel, da qual deverá constar a área, a localização e a dimensão, por
meio de planta e memorial descritivo com Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, coordenadas dos vértices
referenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e submetidas ao Sistema de Gestão Fundiária do Incra - Sigef;
2. não sejam proprietários de outro imóvel rural em qualquer parte do território nacional e não tenham sido
beneficiários de programa de reforma agrária ou de regularização fundiária rural;
3. pratiquem cultura efetiva, da qual deverão constar informações sobre a atividade econômica desenvolvida no
imóvel e a atividade complementar;
4. exerçam ocupação e exploração direta, mansa e pacífica, por si ou por seus antecessores, anteriormente a
22 de julho de 2008, da qual deverão constar o tempo da ocupação e a existência ou não de conflito agrário ou
fundiário; e
5. não exerçam cargo ou emprego público no Ministério da Economia, no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, no Incra e nos órgãos estaduais e distrital de terras;
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 2/16
05/01/2021 D10592
7. o imóvel não se encontre sob embargo ambiental e não seja objeto de infração junto ao órgão ambiental
federal, estadual, distrital e municipal;
9. estejam cientes de que as informações ambientais e do CAR declaradas serão passíveis de exame pelos
órgãos ambientais competentes, de acordo com a legislação específica; e
10. estejam cientes de que os demais dados informados serão confirmados pelo Incra;
II - apresentada a documentação de que trata o inciso I do caput, os processos serão submetidos à análise das
ocupações por meio do sensoriamento remoto, que examinará, por meio eletrônico, especialmente:
III - realizada a análise remota, conforme previsto no inciso II, será feita a verificação das informações
declaradas com outras bases de dados do Governo federal quanto à existência de:
b) registro junto ao Cadastro de Empregadores, coordenado pela Secretaria do Trabalho da Secretaria Especial
de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, de que tenha submetido trabalhadores a condições análogas
às de escravo;
d) inscrição no CAR do imóvel objeto de regularização fundiária no mesmo Cadastro de Pessoas Físicas do
requerente; e
IV - realização de vistoria presencial de ocupações nas hipóteses exigidas por este Decreto.
§ 1º Os imóveis com área superior a quatro módulos fiscais até o limite de dois mil e quinhentos hectares terão
os seus processos adicionalmente instruídos com relatório de vistoria presencial, subscrito por profissional habilitado
pelo Poder Executivo federal ou por outro profissional habilitado em razão de convênio, acordo ou instrumento
congênere firmado com órgão ou entidade da administração pública federal, estadual, distrital ou municipal.
§ 2º Independentemente da extensão do imóvel rural, a vistoria presencial para a regularização das ocupações
será obrigatória para a conclusão do processo de regularização fundiária nas seguintes hipóteses:
I - quando não for possível obter análise conclusiva apenas com base na análise remota do processo a que se
refere o inciso II do caput, desde que haja decisão fundamentada do Incra;
II - se o imóvel houver sido objeto de termo de embargo ou infração ambiental, lavrado pelo órgão ambiental
federal responsável;
III - se o requerimento a que se refere o inciso I do caput houver sido realizado por meio de procuração;
V - se houver conflito agrário declarado no ato de requerimento a que se refere o caput ou registrado na
Câmara de Conciliação Agrária do Incra; ou
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 3/16
05/01/2021 D10592
§ 4º O cadastramento das ocupações não implicará o reconhecimento de direito real sobre a área.
§ 5º O profissional habilitado responsável pela elaboração do memorial descritivo, conforme disposto no art. 9º
da Lei nº 11.952, de 2009, deverá estar credenciado no Incra para executar serviços de georreferenciamento de
imóveis rurais.
§ 6º O memorial descritivo elaborado pelo profissional habilitado de que trata o § 5º será submetido ao Incra,
por meio do Sigef, para validação.
§ 7º Os serviços técnicos e os atos administrativos de que trata este artigo poderão ser praticados em parceria
com órgãos ou entidades da administração pública federal, estadual, distrital ou municipal.
Art. 6º O Incra deverá definir processo simplificado para a regularização de imóveis de até um módulo fiscal,
hipótese em que poderá dispensar o cumprimento dos requisitos de que trata o art. 5º deste Decreto, desde que
observado o disposto no art. 5º e no art. 11 da Lei nº 11.952, de 2009.
Art. 7º Identificada a existência de disputas acerca dos limites das ocupações, o órgão competente poderá
buscar estabelecer acordo entre as partes, observado o disposto no art. 8º da Lei nº 11.952, de 2009.
§ 1º Se for estabelecido acordo entre as partes, estas assinarão declaração para validar a concordância
quanto aos limites demarcados.
§ 2º Se não houver acordo entre as partes, a regularização das ocupações será suspensa para decisão
administrativa, nos termos estabelecidos em procedimento definido pelo Incra.
Art. 8º Para fins do disposto no inciso V do caput do art. 5º da Lei nº 11.952, de 2009, será admitida a
regularização fundiária de requerente anteriormente beneficiado por programa de reforma agrária ou regularização
fundiária:
I - sobre ocupação em área diversa do lote originário do programa de reforma agrária ou regularização
fundiária, decorridos mais de quinze anos:
a) da data da expedição de título de regularização fundiária, desde que o referido documento tenha sido emitido
anteriormente à data de publicação deste Decreto, observado o disposto no parágrafo único;
c) de data estabelecida em outras hipóteses definidas pelo órgão competente em regulamento específico; e
II - sobre ocupação na mesma área do lote originário, desde que o imóvel tenha sido destinado à regularização
fundiária nas áreas remanescentes de projetos criados pelo Incra, dentro ou fora da Amazônia Legal, em data anterior
a 10 de outubro de 1985, com características de colonização, nos termos do art. 40-A da Lei nº 11.952, de 2009.
Parágrafo único. O processo que originou a expedição do título anterior deverá ser apensado ao novo
requerimento de regularização fundiária, hipótese em que será realizada a análise das cláusulas resolutivas.
Art. 9º As áreas ocupadas insuscetíveis de regularização por excederem o limite estabelecido no § 1º do art. 6º
da Lei nº 11.952, de 2009, poderão ser objeto de titulação parcial até o limite de dois mil e quinhentos hectares.
Parágrafo único. A titulação, nos termos do disposto no caput, estará condicionada à desocupação da área
excedente.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 4/16
05/01/2021 D10592
Art. 10. O Incra poderá emitir Certidão de Reconhecimento de Ocupação nas hipóteses em que,
cumulativamente:
I - houver requerimento de regularização fundiária para o imóvel, na forma prevista na Lei nº 11.952 de 2009;
III - o imóvel estiver situado em terra pública federal e inexistir sobreposição com as áreas a que se refere o art.
4º da Lei nº 11.952, de 2009; e
III - é documento hábil para comprovar a ocupação da área pública pelo requerente perante as instituições
oficiais de crédito;
IV - não é documento hábil para instruir processos administrativos perante os órgãos ambientais;
CAPÍTULO III
Art. 11. Fica instituída a Câmara Técnica de Destinação e Regularização Fundiária de Terras Públicas Federais
Rurais, com as seguintes finalidades:
IV - um do Incra;
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 5/16
05/01/2021 D10592
§ 2º Cada membro da Câmara Técnica de Destinação e Regularização Fundiária de Terras Públicas Federais
Rurais terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e seus impedimentos.
Art. 12. O Incra definirá as glebas a serem regularizadas após consulta prévia aos seguintes órgãos e
entidades:
III - a Funai;
§ 1º A consulta às entidades e aos órgãos públicos federais de que trata o caput será promovida no âmbito da
Câmara Técnica de Destinação e Regularização Fundiária de Terras Públicas Federais Rurais.
§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado por meio de requerimento fundamentado dos órgãos e das
entidades a que se refere o caput.
§ 5º A manifestação de que trata o § 3º deverá demonstrar a existência de interesse ou o vínculo da área a ser
regularizada com as competências dos órgãos e das entidades a que se refere o caput.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 6/16
05/01/2021 D10592
§ 7º Na hipótese de um ou mais órgãos ou entidades manifestar interesse, na forma prevista no § 3º, caberá
ao Incra declarar a desafetação da área à regularização fundiária e passar a gestão patrimonial da área à Secretaria
de Coordenação e Governança do Patrimônio da União da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e
Mercados do Ministério da Economia, a qual promoverá a destinação da área ao órgão ou à entidade interessada, nos
termos do disposto na legislação patrimonial.
§ 8º Na hipótese de a gleba definida situar-se em faixa de fronteira, o processo de regularização fundiária será
remetido pelo Incra à Secretaria-Executiva do Conselho de Defesa Nacional para fins de assentimento prévio, nos
termos do disposto na Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979.
Art. 13. Para fins da vedação de que trata o inciso III do caput do art. 4º da Lei nº 11.952, de 2009,
consideram-se florestas públicas as áreas de interesse do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, manifestado na forma prevista no § 7º do art. 12.
Art. 14. Na hipótese de a gleba a ser regularizada abranger terrenos de marinha, marginais ou reservados,
seus acrescidos ou outras áreas insuscetíveis de alienação não demarcadas, caberá à Secretaria de Coordenação e
Governança do Patrimônio da União da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do
Ministério da Economia delimitar a faixa da gleba que não será suscetível à alienação.
§ 1º A comissão de que trata o caput poderá incluir agentes públicos de qualquer esfera da administração
pública, a critério da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União da Secretaria Especial de
Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia.
§ 2º A faixa a que se refere o art. 14 será definida em cada uma das glebas, nos termos estabelecidos no
Decreto-Lei nº 9.760, de 5 de setembro de 1946.
Art. 16. A regularização das ocupações inseridas, total ou parcialmente, na faixa a que se refere o art. 14, será
de competência da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União da Secretaria Especial de
Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, por meio da outorga de título de concessão
de direito real de uso.
§ 1º Caberá ao Incra a emissão, em nome da União, do título de concessão do direito real de uso de imóveis
rurais da União situados em glebas públicas arrecadadas pelo Incra no âmbito da Amazônia Legal.
§ 2º A regularização de que trata o § 1º incluirá a análise das condições resolutivas, os atos decisórios
concernentes à concessão do direito real de uso e a competência normativa infralegal correspondente.
§ 3º A identificação das áreas rurais da União para outorga de título de concessão do direito real de uso pelo
Incra será feita pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União da Secretaria Especial de
Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, a partir da definição da faixa inalienável da
gleba, de que trata o § 4º do art. 6º da Lei nº 11.952, de 2009.
§ 6º Na hipótese de apenas parte da área objeto de regularização fundiária rural ser inalienável, poderão ser
expedidos para o ocupante, após a delimitação devida, concomitantemente, título de domínio correspondente à área
alienável e outorga de título de concessão de direito real de uso referente à parte inalienável.
CAPÍTULO IV
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 7/16
05/01/2021 D10592
Art. 17. Os títulos de domínio e de concessão de direito real de uso serão expedidos:
b) quando conviverem em regime de união estável, exceto se houver regime contratual que disponha em
contrário;
Art. 18. O título de domínio ou, na hipótese prevista no § 4º do art. 6º da Lei nº 11.952, de 2009, o título de
concessão de direito real de uso, conterá, dentre outras, cláusulas que determinem, pelo prazo de dez anos, sob
condição resolutiva, além da inalienabilidade do imóvel:
§ 1º O descumprimento das condições resolutivas pelo titulado implicará a resolução de pleno direito do título
de domínio ou do título de concessão de direito real de uso, com a consequente reversão da área em favor da União,
declarada no processo administrativo que apurar o descumprimento das cláusulas resolutivas, assegurados os
princípios da ampla defesa e do contraditório.
§ 2º Na hipótese de a violação de cláusula resolutiva ser identificada por outro órgão ou entidade, o órgão
competente deverá ser informado para que seja instaurado procedimento administrativo destinado à declaração de
reversão do imóvel ao patrimônio da União.
§ 3º O beneficiário que transferir ou negociar, por qualquer meio, o título obtido nos termos estabelecidos na
Lei nº 11.952, de 2009, não poderá ser beneficiado novamente em programas de reforma agrária ou de regularização
fundiária, ressalvadas as hipóteses previstas no art. 8º.
§ 4º A prática de cultura efetiva referida no inciso I do caput poderá ser comprovada por meio de documentos,
técnicas de sensoriamento remoto ou vistoria.
§ 5º A comprovação do cumprimento da cláusula prevista no inciso II do caput ocorrerá por meio da juntada
das certidões negativas de infração ambiental ou instrumento congênere, em âmbito federal, estadual e distrital, e da
inscrição no CAR.
§ 6º Para fins de verificação do cumprimento do disposto no § 5º, os limites declarados no CAR deverão ser os
mesmos registrados na base do Sigef.
§ 7º Não se operará a resolução do título por descumprimento ao disposto no inciso II do caput caso seja
firmado TAC ou instrumento congênere com vistas à reparação do dano.
§ 8º Para fins dispostos no § 6º, o ocupante deverá requerer a regularização de sua situação junto ao órgão
ambiental competente no prazo de até sessenta dias, contado da data da notificação.
§ 9º O órgão competente poderá celebrar acordos de cooperação com os órgãos ambientais, com vistas a
estabelecer mecanismos de comunicação de infrações ambientais.
§ 10. A comprovação do cumprimento da cláusula prevista no inciso III do caput ocorrerá por meio de consulta
ao Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores às condições análogas à de escravo,
coordenado pela Secretaria do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 8/16
05/01/2021 D10592
§ 12. Na hipótese de o beneficiário do título requerer a liberação antecipada das cláusulas resolutivas, ele
deverá, respeitado o prazo de carência estabelecido no art. 17 da Lei nº 11.952, de 2009, realizar o pagamento
integral, no prazo de até cento e oitenta dias, correspondente a cem por cento do valor médio da terra nua por hectare
estabelecido na pauta de valores da terra nua, para fins de titulação e regularização fundiária, elaborada pelo Incra,
vigente à época do pagamento, e desde que atestado o cumprimento das cláusulas resolutivas.
§ 13. O disposto no § 12 poderá ser aplicado aos imóveis de até um módulo fiscal, desde que o interessado
dispense a gratuidade prevista no art. 11 da Lei nº 11.952, de 2009.
§ 14. Na hipótese prevista no § 12, o cálculo do valor para pagamento será realizado após atestado o
cumprimento das demais condições resolutivas.
Art. 19. O ocupante que tenha cumprido as cláusulas contratuais e cujo contrato originário tenha sido expedido
há mais de dez anos será dispensado das condições resolutivas ou, se for o caso, receberá o título de domínio sem
condição resolutiva.
Parágrafo único. Na hipótese de emissão de título de domínio sem condições resolutivas, o pagamento deverá
ser efetuado à vista.
Art. 20. Desde que cumpridas as demais cláusulas resolutivas, o órgão competente concederá, de ofício, a
gratuidade aos títulos emitidos em áreas de até um módulo fiscal, expedidos anteriormente à data de entrada em
vigor da Lei nº 11.952, de 2009.
Art. 21. Resolvido o título de domínio ou o título de concessão de direito real de uso na forma prevista no § 7º
do art. 18 da Lei nº 11.952, de 2009, o contratante:
I - terá direito à indenização pelas acessões e pelas benfeitorias, necessárias e úteis, hipótese em que poderá
levantar as benfeitorias voluptuárias, no prazo de cento e oitenta dias, contado da data da desocupação do imóvel,
sob pena de perda em proveito do alienante;
II - terá direito à restituição dos valores pagos com a atualização monetária devida, deduzido o percentual das
seguintes quantias:
b) três décimos por cento do valor atualizado do contrato por cada mês de ocupação do imóvel desde o início
do contrato, a título de indenização pela fruição; e
III - ficará desobrigado do pagamento de eventual saldo devedor remanescente, na hipótese de o montante das
quantias indicadas nas alíneas “a” e “b” do inciso II exceder ao valor total pago a título de preço.
§ 1º A indenização de que trata o inciso I do caput caberá ao órgão competente pela gestão da área.
§ 2º A atualização monetária prevista no inciso II do caput terá a mesma taxa prevista no art. 24, exceto se
houver disposição contratual mais benéfica ao titular do contrato.
§ 3º O disposto neste artigo se aplica aos títulos emitidos anteriormente à data de entrada em vigor da Lei nº
11.952, de 2009.
CAPÍTULO V
DO PAGAMENTO
Seção I
Art. 22. Na ocupação de área contínua de até um módulo fiscal, a alienação e, na hipótese prevista no § 4º do
art. 6º da Lei nº 11.952, de 2009, a concessão de direito real de uso ocorrerão de forma gratuita, dispensada a
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 9/16
05/01/2021 D10592
licitação.
Art. 23. Na ocupação de área contínua acima de um módulo fiscal e até dois mil e quinhentos hectares, a
alienação e, na hipótese prevista no § 4º do art. 6º da Lei nº 11.952, de 2009, a concessão de direito real de uso
ocorrerão de forma onerosa, dispensada a licitação.
§ 1º O preço do imóvel considerará a extensão da área em módulos fiscais e será estabelecido entre dez e
cinquenta por cento do valor mínimo da pauta de valores da terra nua, para fins de titulação e regularização fundiária,
instrumento elaborado pelo Incra, nos seguintes termos:
I - até um módulo fiscal - dez por cento do valor mínimo da pauta de valores da terra nua, para fins de titulação
e regularização fundiária;
II - acima de um e até quatro módulos fiscais - entre dez e trinta por cento do valor mínimo da pauta de valores
da terra nua, para fins de titulação e regularização fundiária, conforme a fórmula e os coeficientes estabelecidos no
Anexo I e no Anexo III, respectivamente; e
III - acima de quatro módulos fiscais e até dois mil e quinhentos hectares - entre trinta e cinquenta por cento do
valor mínimo da pauta de valores da terra nua, para fins de titulação e regularização fundiária, conforme a fórmula e
os coeficientes estabelecidos no Anexo I e no Anexo IV, respectivamente.
§ 2º Para definir o valor final das alienações a que se referem os incisos II e III do § 1º será utilizada a equação
estabelecida no Anexo II.
§ 3º A pauta de valores prevista no caput será elaborada com base no valor médio dos imóveis avaliados pelo
Incra, para fins de obtenção de terras na mesma região nos últimos vinte anos, corrigidos monetariamente pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E, hipótese em que o valor mínimo equivalerá a setenta e
cinco por cento do valor médio e o valor máximo, a cento e vinte e cinco por cento, conforme estabelecido em ato
normativo do Incra.
§ 4º Na hipótese de inexistir a pauta de valores de preços referenciais de terra nua na região a que se refere o
§ 1º, os órgãos e as entidades da administração pública federal utilizarão como referência, justificadamente, as
avaliações de preços produzidas preferencialmente por entidades públicas.
§ 6º Na hipótese de concessão de direito real de uso de forma onerosa, nos termos estabelecidos neste artigo,
aplica-se a razão de quarenta por cento sobre os percentuais estabelecidos no § 1º.
§ 7º Na hipótese de imóvel cuja área esteja situada em mais de um Município com dimensões de módulos
fiscais diferentes, para efeitos do cálculo da quantidade de módulos fiscais, serão consideradas as dimensões do
Município onde estiver situada a maior porção do imóvel.
Seção II
Art. 24. Para fins do disposto no § 1º do art. 17 da Lei nº 11.952, de 2009, aos títulos e à concessão de direito
real uso onerosos serão aplicados encargos financeiros para atualização dos valores dos títulos, nos seguintes
termos:
II - acima de quatro e até oito módulos fiscais - dois por cento ao ano;
III - acima de oito e até quinze módulos fiscais - quatro por cento ao ano; e
IV - acima de quinze módulos fiscais e até dois mil e quinhentos hectares - seis por cento ao ano.
Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica às hipóteses previstas nos § 13 e § 14 do art. 18.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 10/16
05/01/2021 D10592
Seção III
Art. 25. O valor do título de domínio será pago pelo beneficiário de regularização fundiária, nos seguintes
termos:
I - o pagamento à vista do valor integral, excetuadas as hipóteses previstas nos § 13 e § 14 do art. 18, será
realizado no prazo de cento e oitenta dias, contado da data do recebimento do título, hipótese em que o beneficiário
terá direito a vinte por cento de desconto sobre a quantia devida, nos termos estabelecidos no § 2º do art. 17 da Lei nº
11.952, de 2009; e
II - o pagamento parcelado em prestações anuais e sucessivas será realizado no prazo de até vinte anos, com
carência de trinta e seis meses, contado a da data da emissão do título.
§ 1º O cálculo de pagamento das prestações adotará o sistema de amortização constante e o regime de juros
simples.
§ 2º Os encargos financeiros de que trata o art. 24 serão aplicados a partir da data da expedição do título.
§ 3º O pagamento será efetuado por meio de Guia de Recolhimento da União ou de outro instrumento
decorrente de convênio ou contrato firmado com instituições financeiras, que terá prazo máximo de vencimento de
trinta dias, contado da data da sua emissão.
§ 4º O pagamento efetuado deverá ser comprovado nos autos nos quais tenha sido concedido o título de
domínio.
Seção IV
Art. 26. O inadimplemento da obrigação de pagamento nos prazos pactuados constituirá o beneficiário em
mora de pleno direito.
§ 2º O atraso de até três prestações consecutivas ou cinco alternadas acarretará o vencimento antecipado do
valor total do débito, facultado ao interessado purgar a mora por meio do pagamento das parcelas em atraso,
acrescida de multa e encargos.
§ 3º Na hipótese de vencimento antecipado sem que tenha sido realizado o pagamento, nos termos do
disposto no § 2º, o Incra adotará as medidas de que tratam o art. 18 da Lei nº 11.952, de 2009.
Art. 27. Aos títulos emitidos anteriormente a 10 de dezembro de 2019 que se encontrem em situação de
inadimplência, o Incra poderá conceder o prazo de cinco anos para o pagamento dos valores em atraso, contado de
10 de dezembro de 2019, desde que não exista interesse público e social no imóvel.
Art. 28. Sobre os valores em atraso incidirão juros de mora de cinco décimos por cento ao mês, além da
atualização monetária na forma prevista no art. 24.
CAPÍTULO VI
DA RENEGOCIAÇÃO
Art. 29. A análise quanto ao cumprimento de cláusulas resolutivas ficará restrita aos termos estabelecidos
pelas partes em contrato.
Art. 30. Na hipótese de descumprimento de contrato firmado com os órgãos fundiários federais até 22 de
dezembro de 2016, o beneficiário originário ou os seus herdeiros que ocupem e explorem o imóvel terão o prazo de
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 11/16
05/01/2021 D10592
cinco anos, contado da data de entrada em vigor da Medida Provisória nº 759, de 22 de dezembro de 2016, para
requerer a renegociação do contrato firmado, sob pena de reversão, observadas:
II - a comprovação do cumprimento das cláusulas de que trata o art. 15 da Lei nº 11.952, de 2009.
§ 1º O disposto no caput não se aplica à hipótese de manifestação de interesse social ou de utilidade pública
dos imóveis titulados, independentemente da extensão da área.
§ 2º O georreferenciamento do imóvel, nos termos definidos no art. 9º da Lei nº 11.952, de 2009, será requisito
indispensável ao pedido de renegociação.
Art. 31. Deferida a renegociação, será emitido novo título ou firmado termo aditivo, quando se tratar de
beneficiário originário, nos termos e nas condições estabelecidas pela Lei nº 11.952, de 2009.
Parágrafo único. Constará do anverso do título de que trata o caput o resultado do processo de renegociação
com menção expressa ao número do título anterior.
Art. 32. Não caberá a renegociação de títulos alienados durante a vigência das condições resolutivas, ainda
que demonstrado o distrato posterior.
Art. 33. A renegociação será realizada apenas uma vez, observado o disposto neste Decreto.
Art. 34. Na hipótese de pagamento parcial comprovado nos autos, o valor dos pagamentos será atualizado
com base na taxa referencial, que será descontado do valor estabelecido na renegociação.
Art. 35. Os títulos emitidos anteriormente à data de entrada em vigor da Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017,
terão os seus valores passíveis de enquadramento, conforme estabelecido na Lei nº 11.952, de 2009, por meio de
requerimento do interessado.
§ 1º É vedada a restituição de valores pagos que, em razão do enquadramento, excedam ao valor que se
tornou devido.
§ 2º Na hipótese de deferimento do enquadramento, será emitido termo aditivo ao título anterior e serão
mantidas as demais condições das cláusulas contratuais.
CAPÍTULO VII
DA VENDA DIRETA
Art. 36. A modalidade de alienação estabelecida no art. 38 da Lei nº 11.952, de 2009, se aplica às hipóteses de
venda direta, por meio do pagamento de cem por cento do valor máximo da terra nua definido na pauta de valores da
terra nua, para fins de titulação e regularização fundiária, elaborada pelo Incra.
§ 1º A alienação de que trata o caput será realizada por meio da expedição de título de domínio, nos termos
do disposto nos art. 15 e art. 16 da Lei nº 11.952, de 2009, aos ocupantes de imóveis rurais situados na Amazônia
Legal, até o limite de dois mil e quinhentos hectares, nas seguintes hipóteses:
I - quando se tratar de ocupações posteriores a 22 de julho de 2008 ou em áreas em que tenha havido
interrupção da cadeia alienatória posterior à referida data, desde que observado o disposto nos art. 4º e art. 5º da Lei
nº 11.952, de 2009, e comprovado o período da ocupação atual por prazo igual ou superior a cinco anos, apurado até
23 de dezembro de 2016; e
II - quando o requerente for proprietário de outro imóvel rural, desde que a soma das áreas não ultrapasse o
limite estabelecido no § 1º e observado o disposto nos art. 4º e art. 5º da Lei nº 11.952, de 2009.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 12/16
05/01/2021 D10592
CAPÍTULO VIII
Art. 37. O pagamento da compensação financeira por benfeitorias úteis ou necessárias estabelecida no § 8º do
art. 18 da Lei nº 11.952, de 2009, ficará sob a responsabilidade do órgão ou da entidade que manifestar interesse
social quanto à destinação da área.
Art. 38. As benfeitorias úteis ou necessárias serão avaliadas com base nos critérios estabelecidos pelo manual
de obtenção de terras elaborado pelo Incra.
CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 39. Para a realização de atividades de geomensura, cadastramento, titulação, instrução processual e para
as demais ações necessárias à implementação da regularização fundiária, poderão ser firmados acordos de
cooperação técnica, convênios e outros instrumentos congêneres entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.
Art. 40. As cessões de direitos a terceiros que decorram de contratos firmados entre o órgão competente e o
ocupante serão nulas se efetivadas em desacordo com os prazos e as restrições estabelecidos nos instrumentos
originários de regularização fundiária.
§ 1º A cessão de direitos de que trata o caput será válida somente para comprovação da ocupação atual do
imóvel pelo terceiro cessionário.
§ 2º O terceiro cessionário somente poderá regularizar a área ocupada pelo cumprimento das condições
estabelecidas pela Lei nº 11.952, de 2009.
Art. 41. O disposto neste Decreto não se aplica às alienações ou às concessões de direito real de uso
precedidas de processo licitatório ocorrido posteriormente à data de entrada em vigor da Lei nº 11.952, de 2009.
Art. 42. O sistema informatizado de que trata o art. 34 da Lei nº 11.952, de 2009, estará disponível em sítio
eletrônico e permitirá o acompanhamento:
II - do cadastro de posseiros;
§ 1º Ato do dirigente máximo do Incra disporá sobre a regulamentação das informações apresentadas no sistema
informatizado de que trata o caput.
§ 2º As informações apresentadas no sistema informatizado serão acompanhadas pelo comitê de que trata o
art. 35 da Lei nº 11.952, de 2009, que deverão estar compatibilizadas com os cadastros geoespaciais geridos pela
Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União da Secretaria Especial de Desestatização,
Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia.
Art. 43. A regularização de áreas ocupadas por comunidades de remanescentes de quilombos será efetuada
com base em legislação específica.
Art. 44. A certidão de liberação das condições resolutivas, de caráter declaratório, será averbada à margem da
matrícula do imóvel previamente à alienação do bem pelo beneficiário do título de domínio ou do título de concessão
de direito real de uso.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 13/16
05/01/2021 D10592
ANEXO I
FÓRMULA PARA CALCULAR O PERCENTUAL A SER APLICADO SOBRE O VALOR MÍNIMO DA PAUTA DE
VALORES DA TERRA NUA, PARA FINS DE TITULAÇÃO E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
y = (a x X) + b
Em que:
y - percentual a ser aplicado sobre o valor mínimo da pauta de valores da terra nua, para fins de titulação e
regularização fundiária;
a - coeficiente angular da reta;
X - área total do imóvel em hectares; e
b - coeficiente linear da reta.
ANEXO II
EQUAÇÃO PARA DEFINIR O VALOR FINAL DAS ALIENAÇÕES A QUE SE REFEREM OS INCISOS II e III DO § 1º
DO ART. 23
VFI = [(y÷100) x PVTN] x A
Em que:
VFI - valor final do imóvel, expresso em reais;
y - percentual a ser aplicado sobre o valor mínimo da pauta de valores da terra nua, para fins de titulação e
regularização fundiária, conforme disposto nos incisos II e III do § 1º do art. 23;
PVTN - valor mínimo da pauta de valores da terra nua, para fins de titulação e regularização fundiária,
expresso em reais; e
A - área em hectares.
ANEXO III
COEFICIENTES PARA APLICAR A FÓRMULA DE QUE TRATA O ANEXO I NA HIPÓTESE DE ÁREAS ACIMA DE
UM MÓDULO FISCAL ATÉ QUATRO MÓDULOS FISCAIS
TAMANHO DO MÓDULO
COEFICIENTE ANGULAR COEFICIENTE LINEAR
FISCAL EM HECTARES
5 1,333342222 3,333155554
7 0,952385488 3,333206349
10 0,666668889 3,333244444
12 0,555557099 3,333259259
14 0,476191610 3,333269841
15 0,444445432 3,333274074
16 0,416667535 3,333277778
18 0,370371056 3,333283951
20 0,333333889 3,333288889
22 0,303030762 3,333292929
24 0,277778164 3,333296296
25 0,266667022 3,333297778
26 0,256410585 3,333299145
28 0,238095522 3,333301587
30 0,222222469 3,333303704
35 0,190476372 3,333307936
40 0,166666806 3,333311111
45 0,148148258 3,333313580
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 14/16
05/01/2021 D10592
50 0,133333422 3,333315556
55 0,121212195 3,333317172
60 0,111111173 3,333318519
65 0,102564155 3,333319658
70 0,095238141 3,333320635
75 0,088888928 3,333321481
80 0,083333368 3,333322222
90 0,074074102 3,333323457
100 0,066666689 3,333324444
110 0,060606079 3,333325253
ANEXO IV
COEFICIENTES PARA APLICAR A FÓRMULA DE QUE TRATA O ANEXO I NA HIPÓTESE DE ÁREAS ACIMA DE
QUATRO MÓDULOS FISCAIS ATÉ DOIS MIL E QUINHENTOS HECTARES
TAMANHO DO MÓDULO
COEFICIENTE ANGULAR COEFICIENTE LINEAR
FISCAL EM HECTARES
5 0,008064516 29,83870886
7 0,008090615 29,77346196
10 0,008130082 29,67479592
12 0,008156607 29,60848204
14 0,008183306 29,54173402
15 0,008196722 29,50819588
16 0,008210181 29,47454760
18 0,008237233 29,40691843
20 0,008264463 29,33884212
22 0,008291874 29,27031423
24 0,008319468 29,20133025
25 0,008333334 29,16666580
26 0,008347246 29,13188561
28 0,008375210 29,06197567
30 0,008403362 28,99159576
35 0,008474577 28,81355842
40 0,008547009 28,63247772
45 0,008620690 28,44827493
50 0,008695653 28,26086862
55 0,008771930 28,07017448
60 0,008849558 27,87610522
65 0,008928572 27,67857043
70 0,009009009 27,47747646
75 0,009090910 27,27272624
80 0,009174312 27,06421913
90 0,009345795 26,63551293
100 0,009523810 26,19047506
110 0,009708738 25,72815416
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 15/16
05/01/2021 D10592
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10592.htm#art45 16/16