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Vida Adulta Intermediária:
desenvolvimento físico 2
Psicologia do Desenvolvimento III
Meia idade: um construto social – o termo apareceu pela primeira vez em 1895, quando a expectativa de vida começou a se prolongar.
Atualidade: fase distinta da vida com suas próprias normas sociais,
papéis, oportunidades, desafios, ...
Até recentemente, a VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA era o período
menos estudado do ciclo vital. Avanços médicos e nutricionais.
Temas que se tornam importantes nesta fase: perdas físicas e outras
características. Quando começa a Vida Adulta Intermediária? Não há um consenso sobre o início ou o fim da vida adulta intermediária. Com os avanços na área da saúde os limites subjetivos máximos deste período estão se elevando. Pessoas de baixo estrato socioeconômico antecipam os pontos iniciais e finais deste período. Vários fatores: transição para a aposentadoria, condição de avôs e avós, saúde mais debilitada, ...). Definição em termos cronológicos: 40 a 65 anos. Mas este período pode ser definido pelo contexto. PCE A experiência da Vida Adulta Intermediária varia de acordo com: Saúde; Gênero; Raça/etnia; Nível socioeconômico; Personalidade; Paternidade/maternidade; Emprego, ... Pesquisa Keegan et al. 2004: satisfação com aspectos da vida (relacionamento com a família e amigos, saúde mental, vida religiosa ou espiritual, trabalho ou carreira, saúde física, atividades de lazer, finanças pessoais) de acordo com a geração.
Resultado: Vida adulta intermediária tendiam a
estar a estar à procura de aperfeiçoamento. Mais satisfeitos: vida adulta tardia e os adultos mais velhos tendiam a estar mais satisfeitos. Os anos intermediários da vida adulta são marcados por crescentes diferenças individuais e por uma multiplicidade de trajetórias da vida. PCE DESENVOLVIMENTO FÍSICO Apesar de algumas transformações fisiológicas serem resultado direto do envelhecimento biológico e da constituição genética, fatores comportamentais e de estilo de vida desde a JUVENTUDE podem afetar a probabilidade, o tempo de ocorrência e a extensão das transformações físicas. Os hábitos de estilo de vida nos anos adultos intermediários influenciam o que acontecerá nos anos posteriores. Pessoas que levam a vida sedentária perdem tônus muscular e energia e são menos inclinadas a se exercitarem fisicamente. Mas . . . sempre é tempo de iniciar um estilo de vida mais saudável.
FUNCIONAMENTO SENSÓRIO E PSICOMOTOR
Problemas visuais: presbiopia (perda progressiva da capacidade dos olhos para focalizar objetos devido à perda de elasticidade do cristalino; miopia (vista curta). Presbiacusia: perda gradual da audição associada à idade. Sensibilidade gustativa e olfativa costuma diminuir na vida adulta intermediária.
Sensibilidade ao tato e à dor após os cinquenta anos. A função
protetora da dor permanece, embora as pessoas a sintam menos, a capacidade de tolerá-la é menor.
Força e coordenação diminuem gradualmente de pois de seu
auge aos vinte anos. Perda de fibra muscular que é substituída por gordura. Exercícios para manter a força muscular podem impedir sua perda e até mesmo reconquistá-la. Perda de resistência: diminuição gradativa na taxa de metabolismo basal ) uso de energia para manter as funções vitais). Destreza manual se torna menos eficiente. Ex. piano, digitar, ...
Atenção: atividades físicas e o conhecimento baseado
na experiência pode compensar mudanças físicas. Exemplo: operários no setor industrial (mais meticulosos e cuidadosos). Transformações Estruturais e Sistêmicas
Mudanças na aparência podem ficar perceptíveis durante os anos
intermediários da vida adulta. Pele menos firme e flácida, cabelos mais finos (diminuição da taxa de substituição, grisalhos à medida que a produção de melanina, o agente de pigmentação diminui). Transpiração em menor quantidade (diminuição do número de glândulas sudoríparas). Ganho de peso, em consequência do acúmulo de gordura corporal. Perda de altura em razão da contração dos discos intervertebrais. Perda óssea, o cálcio absorbido deixa de ser reposto. Coração começa a bombear mais lenta e irregularmente e pode perder até 40% de sua força aeróbica. Doenças cardíacas são mais comuns. Volume de ar que os pulmões são capazes de inspirar e expelir começa a diminuir e pode chegar a 70% aos setenta anos. Controle da temperatura e resposta imunológica começam a se enfraquecer. Sono menos profundo. Funcionamento da Sexualidade e da Reprodução Perda da capacidade reprodutiva e as mulheres tornam- se incapazes de gerar filhos e a fertilidade masculina começa a declinar.
O prazer sexual pode continuar por toda a vida adulta.
Menopausa não é um evento único. Perimenopausa
(período de vários anos durante o qual uma mulher enfrenta modificações fisiológicas). Atividade sexual: frequência e satisfação tendem a diminuir. Este declínio pode estar relacionado à situação física (doenças crônicas, cirurgias, medicações, excesso de comida, excesso de bebidas alcoólicas e/ou monotonia em um relacionamento, preocupações financeiras, cansaço mental, depressão, incapacidade de dar prioridade ao sexo, . . . Nível Socioeconômico e Saúde As desigualdades continuam a afetar a saúde na vida adulta intermediária. As razões para a ligação entre pessoas com baixo nível socioeconômico em saúde podem ser psicológicas. Tendem a ter mais emoções e pensamentos negativos e a viver em ambientes mais estressantes. Pessoas com nível socioeconômico mais alto tendem a ter sensação de controle sobre o que lhes acontece à medida que envelhecem , estão propensas a escolher o estilo de vida mais saudáveis, buscar cuidados médicos e apoio social quando precisam. Raça/Etnia e Saúde
A diferença de saúde entre negros e brancos são
atribuídas pelo estresse e à frustração causados pelo preconceito e pela discriminação. Algumas raças apresentam incidência por acidentes vasculares cerebrais, diabetes, infecção por HIV, cânceres, hipertensão, ... Importante identificar doenças/ raças: abrir caminho para tratamentos direcionados ou medidas preventivas. Influências Psicossociais na Saúde
“O coração alegre é um bom remédio”.
(Provérbio de Salomão 17:22)
Emoções negativas (ansiedade e desespero) frequentemente
estão associadas a condições de saúde física e mental ruins. Emoções positivas, como a esperança estão associadas à boa saúde e maior longevidade. O sistema nervoso interage com todos os sistemas biológicos do corpo, os sentimentos e as crenças afetam as funções corporais, incluindo o funcionamento do sistema imunológico. Estresse e Saúde
Estresse (carga alostática): é o dano que ocorre quando a
capacidade de enfrentamento é insuficiente para satisfazer às demandas ambientais percebidas ou estressores.
“Oque importa não é o que acontece, mas
como você lida com a situação”. Hans Selye, 1994 As pessoas da vida adulta intermediária tendem a experimentar tipos de estressores que são diferentes dos enfrentados por adultos mais jovens e têm melhor percepção do que pode fazer para modificar circunstâncias estressantes. Pode ser uma consequência da mudança de papéis: transições na carreira, filhos que saem de casa, renegociação de relacionamentos familiares (tensões interpessoais). Quanto mais estressantes são as mudanças que se desenvolvem na vida de uma pessoa, maior a probabilidade de ocorrerem doenças graves em 1 ou 2 anos. O estresse pode prejudicar a saúde indiretamente por meio de outros fatores relacionados ao estilo de vida: dormir menos, fumar e beber mais, alimentar-se mal, dedicar pouca atenção à saúde. PCE As pessoas que conseguem controlar suas vidas tendem a envolver-se em comportamentos mais saudáveis.
Estresse e Esgotamento Ocupacional: a combinação de altas
exigências profissionais com baixa autonomia ou controle aliada a pouca satisfação com o resultado é um padrão típico de produção de estresse. Aumenta o risco de hipertensão e doenças cardíacas. jorrnada dupla Mulheres: trabalho e família. Esgotamento: resposta prolongada a estressores crônicos no ambiente de trabalho, comum em pessoas com profissão de apoio: medicina, ensino, trabalho social, trabalho policial, terapia, ...) Estresse e desemprego: dores de cabeça, problemas estomacais, hipertensão arterial, doenças mentais, problemas psicológicos. Impacto psicológico do desemprego geralmente é temporário. Quais alterações físicas ocorrem durante os anos intermediários da vida adulta e qual o impacto psicológico que elas trazem? BIBLIOGRAFIA
PAPALIA, D. E., OLDS, S. W. FELDMAN, R. D. Desenvolvimento
Humano. São Paulo: McGraw-Hill, 2009. p. 549 – 571.