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Com o desenvolvimento da medicina a partir do século XX, identificaram-se
muitos casos de doenças derivadas do trabalho em indústrias e muitos casos
de doenças insidiosas crônicas, como a fibrose pulmonar.
Nos anos 30 e 40, ocorreu grande avanço da Higiene Ocupacional nos Esta-
dos Unidos, estimulados por profissionais de Higiene Industrial formados em
escolas de engenharia e saúde pública da universidade de Harvard.
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Em 1939, foi fundada a American Industrial Hygiene Association (AIHA), por
profissionais envolvidos com a promoção da saúde, composta por químicos,
engenheiros e médicos.
Em 1943, os padrões foram compilados em uma tabela com o nome dos con-
taminantes e limites máximos permissíveis para 63 contaminantes atmosfé-
ricos.
Entre 1960 e 1970, nos países desenvolvidos, como Inglaterra, França Alema-
nha, Itália e EUA, surgiram movimentos sindicais representando as reivindi-
cações dos trabalhadores, eles exigiam a participação dos seus representan-
tes nas decisões sobre saúde e segurança.
A partir dos anos 70, o modelo de atuação da Saúde Ocupacional não conse-
gue mais atender a todas as necessidades, devido às mudanças dos processos
de trabalho, trazendo a terceirização da economia dos países desenvolvidos,
mudanças tecnológicas, transferência da indústria para os países do tercei-
ro mundo, automação e informatização como os principais aspectos que in-
fluenciaram essa defasagem da saúde ocupacional.
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A partir dos anos 80, observa-se um avanço nos estudos toxicológicos, es-
pecialmente com relação a fatores de risco com potencial genotóxico1. Vários
limites de tolerância foram revisados, em razão destes estudos, e recomenda-
ções de organismos internacionais, visando a não utilização destas substân-
cias ou processos.
Entre 1880 e 1903, foram relacionadas algumas doenças nas fábricas de cha-
ruto e rapé, em fábricas de vela de sebo e trabalhos sobre intoxicação por
chumbo foram desenvolvidos na Universidade da Bahia, que são reconheci-
dos até hoje.
1. Genotóxico
Em genética, genotoxicidade é a capacidade de alguns agentes químicos de danificar a
informação genética no interior de uma célula.
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Vários estudos faziam referências às más condições de trabalho, jornadas
prolongadas sem remuneração de hora extra, mão de obra feminina e infan-
til, e ocorrências de acidentes e doenças profissionais.
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Durante o governo Getúlio Vargas e após a reestruturação do estado, ficou
definida a atuação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, no campo
da higiene e segurança do trabalho, retirando da saúde pública suas funções
anteriores neste campo.
Entre os anos 30 e 50, a higiene contou com os trabalhos realizados pelo De-
partamento Nacional de Produção Mineral, sendo alguns deles em conjunto
com o Ministério do Trabalho, nas minas de Minas Gerais, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul.
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Nos anos 70, surgiram várias instituições que contribuíram para a dissemina-
ção dos conhecimentos de Higiene Ocupacional, tais como Sesi nos estados
do Rio e São Paulo, Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes, Serviço
Especial de Saúde Pública, e as Faculdades de Direito, de Engenharia e de Me-
dicina, ressaltando que várias delas continuam atuando até hoje.
Nos anos 80, surgiram outros centros de estudo sobre saúde e segurança do
trabalhador, com o Centro de Estudos sobre Saúde do Trabalhador e Ecologia
Humana (CETESH), ligado à fundação Oswaldo Cruz e à Escola Nacional de
Saúde Pública no Rio de Janeiro; o Departamento Intersindical de Estudos e
Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (DIESAT), em São Paulo; e o
Instituto Nacional de Saúde no Trabalho (INST) da Central Única dos Traba-
lhadores (CUT).
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