Apnp5 - 3ºem
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Aluno(a):
APNP5 – 3º EM
2 -
Aluno(a):
APNP5 – 3º EM
2 - (ENEM) Um carro sedã apresenta 2) Qual das seguintes opções NÃO é uma
tipicamente 200 kg de alumínio distribuídos pelo linguagem de marcação usada no
chassi, motor e cabine. Uma amostra de desenvolvimento web?"
bauxita, principal fonte natural do metal, é a) HTML b) CSS c) JavaScript d) XML
composta por 50% em massa de óxido de
alumínio (Al2O3). Considere a massa molar do 3) Crie um mapa mental que ilustra uma rede
alumínio (Al) igual a 27 g mol –1 e a do oxigênio interna de conexões que contenha, 02
(O) igual a 16 g mol–1. computadores, 02 celulares, 01 roteador que
A massa de bauxita que deve ser empregada funciona como Switch e um provedor de Internet
para produzir o alumínio usado na fabricação de que fornece a rede.
um carro desse modelo é mais próxima de
a) 378 kg. b) 400 kg. c) 637kg. PROJETO DE VIDA
d) 756 kg. e) 1 512 kg. Ler e discutir o texto de Clarice Lispector;
• Lembrar algumas histórias e expectativas da família
3 - (ENEM) Na tirinha de Maurício de Sousa, os que antecederam ao nascimento de cada um;
personagens Cebolinha e Cascão fazem uma • Conhecer e entender a influência da família na
brincadeira utilizando duas latas e um barbante. própria formação.
Ao perceberem que o som pode ser transmitido Texto: Pertencer - Clarice Lispector
Um amigo meu, médico, assegurou-me que
através do barbante, resolvem alterar o desde o berço a criança sente o ambiente, a criança
comprimento do barbante para ficar cada vez quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já
mais extenso. As demais condições começou. Tenho certeza de que no berço a minha
primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que
aqui não importam, eu de algum modo devia estar
sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver.
Nasci de graça. Se no berço experimentei esta fome Experimentei-o com a sede de quem está no deserto
humana, ela continua a me acompanhar pela vida e bebe sôfrego o último gole de água de um cantil. E
afora, como se fosse um destino. A ponto de meu depois a sede volta e é no deserto mesmo que
coração se contrair de inveja e desejo quando vejo caminho!
uma freira: ela pertence a Deus. Exatamente porque
é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a a) Por que Clarice Lispector se sentia deserdada da
alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo vida?
de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. b) Para Clarice Lispector, o que significa pertencer?
Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma c) “Nasceu e ficou simplesmente nascida”, “Não
alma. recebeu a marca do pertencer”. Que marca é essa a
E preciso de mais do que isso. Com o tempo, que Clarice se refere?
sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. d) Assim como Clarice Lispector, que histórias você
Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova tem sobre a sua origem?
de "solidão de não pertencer" começou a me invadir
como heras num muro. Se meu desejo mais antigo é
o de pertencer, por que então nunca fiz parte de
clubes ou de associações? Porque não é isso que eu
chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso,
é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de
dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu
pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são
solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se
tornar patética. É como ficar com um presente todo
embrulhado em papel enfeitado de presente nas
mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o!
Não querendo me ver em situações patéticas e, por
uma espécie de contenção, evitando o tom de
tragédia, raramente embrulho com papel de presente
os meus sentimentos. Pertencer não vem apenas de
ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais
forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer
vem em mim de minha própria força - eu quero
pertencer para que minha força não seja inútil e
fortifique uma pessoa ou uma coisa.
Quase consigo me visualizar no berço,
quase consigo reproduzir em mim a vaga e, no
entanto, premente sensação de precisar pertencer.
Por motivos que nem minha mãe nem meu pai
podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.
No entanto fui preparada para ser dada à luz de um
modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por
uma superstição bastante espalhada, acreditava-se
que ter um filho curava uma mulher de uma doença.
Então fui deliberadamente criada: com amor e
esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até
hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma
missão determinada e eu falhei. Como se contassem
comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse
desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu
ter nascido em vão e tê-los traído na grande
esperança. Mas eu, eu não me perdoo. Quereria que
simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer
e curar minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a
meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a
alguém essa espécie de solidão de não pertencer
porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga
que por vergonha não podia ser conhecido. A vida
me fez de vez em quando pertencer, como se fosse
para me dar a medida do que eu perco não