Análise Ambiental

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Turma: Análise Ambiental

Professor: Ricardo Ferreira

Semestre: 2º 2023

Aluna: Mariangel Chavez

Análise Ambiental

Plantas Transgênicas no Brasil

A transgenia é uma evolução do melhoramento genético convencional, que


permite transferir características de interesse agronômico entre espécies diferentes. Quer
dizer que essa tecnologia permite aos cientistas isolarem genes de microrganismos, e
transferi-los para plantas, com o objetivo de torná-las resistentes a doenças ou mais
nutritivas, entre outras inúmeras aplicações.

Após a obtenção da planta transgênica, segue-se a fase mais longa, que demora
cinco ou mais anos. Milhões de reais são necessários para selecionar e desenvolver o
produto, atividades que geralmente ficam a cargo de empresas de biotecnologia,
incipientes no Brasil, o que poderá nos tornar mais dependentes das grandes empresas
que detêm patentes de processos e produtos biotecnológicos.
No Brasil, foram plantados 40,3 milhões hectares com sementes de soja, milho e
algodão transgênicos em 2013, com um crescimento de 10% em relação ao ano anterior.
Hoje, das culturas cultivadas em nosso país com biotecnologia, 92% da soja é
transgênica, 90% do milho e 47% do algodão também é geneticamente modificado.

Benefícios ambientais
O uso de técnicas de engenharia genética apresenta como principal benefício a
diminuição dos impactos do homem sobre a natureza. As lavouras transgênicas, além de
seguras para o meio ambiente, oferecem benefícios em relação às convencionais no que
diz respeito à preservação do planeta.

Isso acontece porque as plantas transgênicas disponíveis no mercado diminuem


a necessidade de aplicação de defensivos agrícolas para combater as pragas. Assim,
também se gasta menos água na preparação dos agrodefensivos e menos combustíveis
nos tratores e máquinas usados para aplicar esses produtos na lavoura. A engenharia
genética torna algumas lavouras mais produtivas e, desta forma, contribui para reduzir a
necessidade de plantio em novas áreas.

Uma das questões que mais preocupa o consumidor no Brasil é em relação à


segurança dos produtos geneticamente modificados.

Nesse sentido, é importante ressaltar que em 20 anos de uso em todo o mundo,


pessoas de cerca de 50 países consumiram alimentos transgênicos em larga escala, sem
nenhum registro de impacto negativo no meio ambiente ou na saúde humana e animal.
Antes de chegar ao consumidor, todo transgênico é exaustivamente analisado por meio
de rígidos testes laboratoriais e de campo.

Além disso, é fundamental que a sociedade brasileira saiba que o Brasil possui
uma das leis de biossegurança mais rigorosas do mundo. A biossegurança engloba um
conjunto de ações voltadas para a prevenção e minimização de riscos inerentes às
atividades de pesquisa, produção e desenvolvimento tecnológico, visando à saúde do
homem e dos animais, à preservação do meio ambiente e à qualidade dos resultados.

A Lei Brasileira 11.105/05, que regula as atividades com transgênicos e de


Biotecnologia em geral, está entre as leis mais rigorosas do mundo. Essa legislação
determina que, desde a sua descoberta até chegar a ser um produto comercial, um
transgênico é obrigado a passar por muitos estudos, que levam aproximadamente 10
anos de pesquisa. Esses estudos buscam garantir a segurança alimentar e ambiental do
produto final.

Somente depois de analisado e aprovado pela Comissão Técnica Nacional de


Biossegurança (CTNBio) é que o produto vai para o mercado. Ou seja, a produção de
transgênicos é uma atividade legal e legítima, regida por legislação específica e pautada
por rígidos critérios de biossegurança.

Os alimentos ‘orgânicos’, isentos de agrotóxicos e cultivados de forma


primitiva, parecem ideais. Entretanto, sua produção, não passando de 1% do necessário
para a população mundial, é mais cara e demanda muito trabalho e espaço. Os custos
aumentam exponencialmente quando se ampliam as áreas com essas culturas. Os
adubos orgânicos usados na cultura de verduras podem conter bactérias como a
Salmonela e a E. coli 715 H7, potencialmente capazes de fazer vítimas, quando a
desinfecção dos vegetais não for rigorosa.

Portanto, a maior desvantagem das plantas transgênicas é que o povo acredita


facilmente em propaganda contra algo novo, que dependa de conhecimentos científicos
que ele não domina. É mais fácil continuar a usar alimentos conhecidos. Somente as
populações mais instruídas, que têm confiança nos novos produtos resultantes da
biotecnologia, se manterão à frente do progresso científico e tecnológico. A miséria, a
fome e as doenças flagelam mais os povos menos instruídos.

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