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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ESTADUAL DO PARÁ

REDE DE EDUCAÇÃO TÉCNICA IEEP


CURSO: TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

PROFESSOR: FÁBIO MOREIRA


ALUNO:.............................................................................
TURMA:.............................................................................

INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO

1. Higiene do Trabalho

É a ciência que tem como objetivo reconhecer, avaliar e controlar todos os


fatores ambientais de trabalho que podem causar doenças ou danos à saúde dos
trabalhadores.

2. Riscos Ambientais

Consideram-se riscos ambientais, segundo a NR 9, os agentes físicos,


químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do trabalhador.

Para alguns autores, os riscos ergonômicos e os riscos mecânicos, apesar de


não estarem contemplados na NR 9 como riscos ambientais, devem ser avaliados
num ambiente de trabalho, pois também são considerados causadores de danos à
saúde do trabalhador.

2.1. Agentes Físicos

São representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, tais como


ruído, calor, frio, vibração, pressões e radiações que, de acordo com as características
do posto de trabalho, podem causar danos à saúde do trabalhador.

2.1.1. Ruído

O ruído é considerado um som capaz de causar uma sensação indesejável e


desagradável para o trabalhador.

O primeiro efeito fisiológico de exposição a níveis altos de ruído é a perda de


audição. Outros efeitos causados pelo ruído alto nos seres humanos: aceleração da
pulsão, fadiga, nervosismo, etc.
As medidas de controle do ruído dependem de técnicas de engenharia e de
conhecimento detalhado do processo industrial em questão.

2.1.2. Calor

Os trabalhadores expostos a trabalhos de fundição, siderurgia, indústrias de


vidro estão propensos a problemas como desidratação, cãibras, choques térmicos,
catarata e outros. Esses problemas, geralmente, aparecem devido à exposição
excessiva a situações térmicas extremas com desgaste físico que poderá tornar-se
irreparável, se medidas de controle não forem adotadas.

São medidas de controle para atenuar a exposição ao calor: Aclimatação


(adaptação lenta e progressiva do indivíduo a atividades que o exponham ao calor),
limitação do tempo de exposição, educação e treinamento, controle médico e medidas
de conforto térmico (ventilação, exaustão), etc.

2.1.3. Frio

Se a temperatura interior do corpo baixar de 36°C, ocorrerá redução das


atividades fisiológicas, diminuição da taxa metabólica, queda de pressão arterial e a
consequente queda dos batimentos cardíacos, podendo-se chegar a um estado de
sonolência, redução da atividade mental, redução da capacidade de tomar decisões,
perda da consciência, coma e até a morte.

São medidas de controle para atenuar a exposição ao frio, a utilização de


vestimentas adequadas, a aclimatação e o controle médico.

2.1.4. Vibrações

As vibrações podem reduzir o rendimento do trabalho, afetando a eficiência do


trabalhador e gerando efeitos adversos à sua saúde.

São exemplos de vibrações localizadas as provenientes do vibrador de


concreto, do martelete pneumático, do motosserra, veículos pesados, etc.

2.1.5. Radiações Ionizantes

São provenientes de materiais radioativos como é o caso dos raios alfa, beta e
gama ou produzida artificialmente em equipamentos.

Os raios x e gama possuem alto poder de penetração no organismo, podendo


produzir anemia, leucemia, câncer e alterações genéticas.
2.1.6. Radiações não Ionizantes

As radiações não ionizantes são radiações eletromagnéticas cuja energia não é


suficiente para ionizar os átomos dos meios nos quais incide ou os quais atravessa.
São consideradas pela legislação como não ionizantes, as radiações infravermelhos,
micro ondas, ultravioleta e laser.

2.1.7. Pressões Anormais

São locais de trabalho onde o trabalhador tem de suportar a pressão do


ambiente diferente da atmosférica. As pressões anormais podem causar embolia,
aneurisma, derrame. Estão relacionadas a serviços de mergulho, construção de túneis
ou de fundações submersas, de pontes, escavações de áreas de alicerces.

2.2. Agentes Químicos

Os agentes químicos são substâncias compostas ou produtos que podem


penetrar no organismo humano pela via respiratória na forma de gases e vapores,
poeiras, fumos, névoas, neblinas, ou que pela natureza da atividade de exposição
possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo humano através da pele ou por
ingestão.

2.2.1. Penetração dos Agentes Químicos

A penetração de substâncias tóxicas no organismo humano se dá através de:

a) Via respiratória: Nas operações de transformação de um produto pelo


processamento industrial, dispersam-se na atmosfera substâncias, como
gases, vapores, névoa, fumo e poeiras. É o principal meio de acesso destes
agentes para dentro do nosso organismo.
Exemplos: pintura, pulverização, ácidos, fumos de solda.
b) Via cutânea (pele): Por contato com a pele que absorve a substância tóxica.
A pele tem várias funções; entre elas a principal é a proteção contra as
agressões externas. Há vários grupos de substâncias químicas que penetram
principalmente, pelos poros. Uma vez absorvida, a substância tóxica entra na
circulação sanguínea, provocando alterações, as quais poderão criar quadros
de anemia, alterações nos glóbulos vermelhos e problemas da medula óssea.
c) Via digestiva: Normalmente a ingestão de substâncias tóxicas pode ser
considerada um caso acidental, sendo, portanto, pouco comum. Os poucos
casos encontrados são decorrentes de maus hábitos como roer as unhas ou
limpá-las com os dentes, fumar ou alimentar-se nos locais de trabalho.
2.3. Agentes Biológicos

Os agentes biológicos são micro organismos presentes no ambiente de


trabalho que podem penetrar no organismo humano pelas vias respiratórias através da
pele ou por ingestão.

Exemplos: bactérias, fungos, vírus, bacilos, parasitas e outros.

3. Legislação

O pagamento do Adicional de Insalubridade está previsto na Consolidação das


Leis do Trabalho em seu capítulo V, ao trabalhador que exerça seu ofício em
condições de insalubridade. Essas condições estão regulamentadas na Portaria nº
3214178 do MTb, de 8 de junho de 1978, através da NR-15.

O art. 192 da CLT estabelece que o exercício de trabalho em condições


insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho,
assegura o percentual do adicional podendo variar de 10, 20 ou 40% do salário
mínimo.

De acordo com o artigo 194, “O direito do empregado ao adicional de


insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou
integridade física, nos termos dessa seção e das normas expedidas pelo Ministério do
Trabalho”.

O artigo 191 define que “A eliminação ou a neutralização da insalubridade”


ocorrerá:

• Com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho


dentro dos limites de tolerância.
• Com a utilização de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) que
diminuam a intensidade ou concentração do agente agressivo abaixo
dos limites de tolerância.

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