História - 1º Ano - 2ºb

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 2

HISTÓRIA – PROFª GEIZIANE COSTA – 1º ANO – BNCC – 2º BIMESTRE

- Mercantilismo: conjunto de práticas econômicas iniciado no final da Idade Média e desenvolvido durante a Idade
Moderna tendo como princípios: balança comercial favorável, metalismo e protecionismo. Grande importância das colônias
americanas (política colonialista – pacto colonial) – Colbertismo na França.
- Conquista da América Espanhola: genocídios dos povos originários (Incas, Maias, Astecas) por violência e doenças.
1519 – Fernão Cortez no atual México – utilização de armas de fogo, utilização do cavalo (animal desconhecido) 1531 –
Francisco Pizarro no atual Peru - Administração colonial espanhola: ricas jazidas de metais. -Casas de contratação:
organização e fiscalização do comércio entre a Metrópole e as colônias. - Conselho supremo das índias: administração,
elaboração de meia e fiscalização dos funcionários das colônias - Portos únicos: somente alguns portos tinham autorização
para efetuar transações com os produtos coloniais. - Vice-reinos: relativa autonomia administrados por cabildos (câmaras
municipais) através de criollos (espanhóis nascidos na colônia) e chapetones (nascidos em Espanha).
- Trabalho compulsório .Mita: trabalho obrigatório indígena nas minas com pagamento mínimo para sua sobrevivência.
.Encomienda: a coroa dava ao colonizador concessão para dispor dos nativos para trabalhar em suas terras desde que
fossem catequizados.
-Colonização Inglesa: 1584, pela rainha Elizabeth I, colônia Virginia, fundação da companhias de comércio britânicas,
colonos puritanos fugindo da perseguição religiosa na Inglaterra, dando origem às 13 colônias de “povoamento” e
“exploração”.
- Colonização Francesa: 1608, região que hoje corresponde a Québec, Canadá e tentativa de ocupação do Rio de Janeiro
– França Antártica (Villegaignon), expulsos por aliança entre portugueses e indígenas locais (ressalva a Araribóia – Niterói).
- Colonização Holandesa: Companhia de Comércio das Índias Orientais e Ocidentais, monopólio do transporte e mercado
dos gêneros coloniais. Ocuparam a américa do norte, 1623, Nova Amsterdã, atual Nova York, e entre 1630-1654
Pernambuco – Maurício de Nassau, melhorias holandesas, vinda de protestantes, registro da fauna e flora, cientistas e
pintores. Expulsão holandesa, Insurreição Pernambucana, na batalha dos Guararapes, mito da harmonia das raças (Felipe
Camarão, Henrique Dias e André Vidal de Negreiros).
- Colonização Portuguesa 1500-1530: ocupação lenta, exploração de pau-brasil, ausência de metais preciosos, mão-de-
obra indígena por escambo; economia mercantilista, extermínio indígena (eram mais de 1000 povos, hoje, existem apenas
256)
- 1531- Martim Afonso de Sousa: povoação/colonização com a promessa de riquezas e títulos, início da cana de açúcar,
pois o plantio atendia a necessidade de ocupação de terra e o produto era caro e de grande aceitação na Europa garantindo
lucros, com técnicas já conhecidas pelos portugueses. Sistema de plantio voltado para um único produto e realizado em
grandes propriedades (plantation), especialmente em Pernambuco e Bahia, através dos engenhos de açúcar (casa grande,
capela, senzala, mão-de-obra africana escravizada), ratificando o pacto colonial, com atividades complementares à
economia colonial (milho, mandioca, aguardente, rapadura, criação de gado – expansão de fronteiras)
- Escravidão (1531 a 1888): Tráfico de escravos, atividade rentável para comerciantes e para a Coroa portuguesa,
amenizando conflitos com os senhores e jesuítas, que eram contra a escravização indígena. Transporte chegava até 2 meses
por navios negreiros (tumbeiros), cerca de 1/3 morria no translado. Principais portos: Salvador, Recife e Rio de Janeiro
onde eram vendidos como mercadorias, separados de suas comunidades (Bantos, Sudaneses, Nagos, Males). Resistência
ao regime com fugas, lutas, formação dos quilombos, como Palmares.
-1534- Capitanias Hereditárias: 15 extensas faixas de terra a 12 donatários a fim de explorarem com recursos próprios
e pagar a Coroa parte dos lucros obtidos, colonizar e policiar as terras, proteger de ataques indígenas e de estrangeiros, fazer
cumprir o monopólio do pau-brasil e pagar um quinto se encontrassem metais preciosos. As terras não poderiam ser
vendidas, pois pertenciam ao rei, mas doadas em sesmarias. Apenas duas prosperaram devido a distância com a metrópole,
dimensão territorial, desinteresse dos donatários, ausência de recursos, e inúmeros ataques indígenas e de corsários.
-1548 – Governos Gerais (1549 a 1572): D. João III decide centralizar a administração colonial na cidade de Salvador a
fim de tornar mais efetiva a exploração econômica, mas NÃO eliminou as Capitanias Hereditárias, complementando-as
com o ouvidor-mor (responsável pela justiça, perdão ou castigo de réus); provedor-mor( finanças, arrecadação e gastos);
capitão mor ( defesa e vigilância do litoral) - 1549 - Tomé de Sousa: Trouxe muitos colonos e doou sesmarias, desenvolveu
cana-de-açúcar e pecuária, trazendo jesuítas (Manuel da Nóbrega) para catequizar indígenas. -1553- Duarte da Costa:
Trouxe jesuítas (José de Anchieta); ocupação francesa, guerra por 10 anos -1557- Mem de Sá: Organizou missões e
reduções, fortaleceu a colonização portuguesa.
- 1580 – 1640: União Ibérica – Filipe II, dinastia Habsburga, restauração portuguesa pela dinastia de Bragança, com D.
João IV. A união, “rompendo” com o tratado de Tordesilhas, possibilita expedições a região norte motivada pela coleta de
especiarias: drogas do sertão (cacau, baunilha, guaraná, pimenta, cravo, castanha, ervas medicinais e aromáticas).
- Entradas (Expedições militares à serviço do governo) e Bandeiras (expedições particulares): pelo interior da américa
portuguesa para captura indígena para mão-de-obra, ataque a aldeias, e busca de riquezas (pela crise açucareira pela
concorrência holandesa nas Antilhas onde se firmam após a expulsão no Nordeste), em nada tem de heróis nacionais, como
Borba Gato e Anhanguera, pois contribuíram violentamente para a dizimação da população originária.
-1684 - Revolta de Beckman: rebelião nativista ocorrida na cidade de São Luís - MA pela insatisfação dos comerciantes,
proprietários rurais e população em geral com a Companhia de Comércio do Maranhão, que reclamavam do monopólio
(altos preços e baixa qualidade dos produtos) e problemas de mão-de-obra e abastecimento. Os irmãos Manuel e Tomás
Beckman, dois proprietários rurais da região, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depósito da
Companhia de Comércio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas da região e tiraram do poder o
governador. O Objetivo principal era finalizar as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão, para acabar com o
monopólio. A corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador para acabar com a revolta e colocar ordem na
região. Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmãos Beckman e Jorge Sampaio foram condenados a forca.
-1693 - Descoberta de ouro mineiro: mineração passa a ser principal atividade econômica, aumento populacional, novo
eixo econômico-populacional – Centro-sul, com fundação de vilas e cidades. Escravos trabalhando nas minas e não nas
lavouras (crise de abastecimento), aumento da importação de produtos (vinho, azeite, sal, tecidos, calçados, louças,
ferragens) que chegavam pelo porto do Rio de Janeiro e iam para as Minas através dos tropeiros. Transformações sociais e
culturais: estabelecimento de artesãos, comerciantes, intelectuais, crescimento pela primeira vez de uma camada social
intermediária (pequenos proprietários e trabalhadores livres) além de negros alforriados (que compraram ou foram
recompensados com sua liberdade). Criação de irmandades ou ordens terceiras, arquitetura barroca (Aleijadinho).
-1702 – Intendência das Minas: órgão para controlar a exploração da mineração, cobrar dos mineradores os impostos
devidos à Coroa, quinto.
-1703 – Tratado de Methuen ou panos e vinhos: Portugal e Inglaterra.
-1707-1709 - Guerra dos Emboabas: bandeirantes (paulistas), chefiados por Borba Gato, queriam exclusividade na
exploração do ouro nas minas que encontraram, levando ao conflito com os emboabas (forasteiros vindos de outras regiões
do país e de Portugal, liderados por Manuel Nunes Viana). Os paulistas são derrotados e vão para Goiás e Mato Grosso
- 1710 - 1711 - Guerra dos Mascates: ocorrida na capitania de Pernambuco, rebelião nativista pela disputa de poder político
entre a aristocracia açucareira de Olinda e os mascates (comerciantes portugueses) de Recife.
-1720 – Criação das Casas de Fundição: proibição de circulação de ouro em pó ou em pepitas para evitar o contrabando,
devendo ser fundido em barras, leva a Revolta de Filipe dos Santos em Vila Rica, insatisfeitos pela cobrança. O líder
Filipe dos Santos foi preso e condenado à morte pela coroa portuguesa.
-1750 – Governo português definiu o mínimo de 100 arrobas, 1500 quilos de ouro, do contrário, seria declarada a derrama,
em que os soldados portugueses, chamados de dragões invadiriam casas e tomariam o que tivesse valor a fim de completar
o valor devido à metrópole. Diminuição do ouro nas minas pela grande exploração aumenta a pressão do governo português.
Aqueles que eram pegos com ouro “ilegal” (sem ter pagado o "imposto”) sofria duras penas, podendo até ser degredado
(enviado a força para o território africano).
-1763 - Capital do país transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste.
- 1789- Inconfidência Mineira: Brasil sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e impostos de
Portugal, que decretaram leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial do Brasil levando a insatisfação
do povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos impostos e ter mais
participação na vida política do país. Alguns membros da elite brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de
minas), influenciados pelas ideias de liberdade, que vinham do iluminismo europeu, começaram a se reunir para buscar a
conquista da Independência do Brasil. O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por
Tiradentes era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de
Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade definitiva
e implantar o sistema de governo republicano, tendo em sua bandeira um triangulo vermelho num fundo branco, com a
inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia). Joaquim Silvério dos Reis, um dos
inconfidentes, delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dívidas com a coroa.
Todos os inconfidentes foram presos, enviados para a capital (Rio de Janeiro) e acusados pelo crime de infidelidade ao rei.
Alguns receberam como punição o degredo para a África e outros uma pena de prisão. Porém, Tiradentes, após assumir a
liderança do movimento, foi condenado a forca em praça pública.
-1798 – Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates (Bahia, caráter popular). Influenciada pela Revolução Francesa.
Defendeu importantes mudanças sociais e políticas na sociedade: Motivada pela insatisfação popular com o elevado preço
cobrado pelos produtos essenciais e alimentos. Defendiam a emancipação política do Brasil (fim do pacto colonial e a
implantação da República); liberdade comercial no mercado interno e também com o exterior; liberdade e igualdade entre
as pessoas. Favoráveis à abolição dos privilégios sociais e da escravidão; e aumento de salários para os soldados. Líderes:
Cipriano Barata (médico, político e filósofo baiano), Luís Gonzaga das Virgens (soldado) e Manuel Faustino dos Santos
Lira e João de Deus do Nascimento (alfaiates). Contou com a participação de pessoas pobres, letrados, padres, pequenos
comerciantes, escravos e ex-escravos. A revolta estava marcada, porém, o ferreiro José da Veiga, um dos integrantes do
movimento, delatou para o governador que organizou as forças militares para debelar o movimento antes que a revolta
ocorresse. Vários revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro foram executados na Praça da
Piedade em Salvador.

Você também pode gostar