Apostila CPA 20

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CPA-20
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SUMÁRIO
MÓDULO 1 - Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado
(5% a 10%) ......................................................................................................................

MÓDULO 2 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) .

MÓDULO 3 – Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos


(17% a 25%) ....................................................................................................................

MÓDULO 4 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor


(15% a 25%) ....................................................................................................................

MÓDULO 5 – Fundos de Investimento (18% a 25%) ...................................

MÓDULO 6 – Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL


(5% a 10%) ..................................................................................................................

MÓDULO 7 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos


(10% a 20%) ...................................................................................................................

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Este material foi desenvolvido para auxílio nos estudos para prova de certifica-
ção CPA-20 - ANBIMA. Não pode ser comercializado, pois os direitos autorais são
da Eu me Banco Educação Ltda.
SOBRE O CEO
FABIO A. LOUZADA
Prepara diariamente milhares de profissio-
nais especialistas em investimentos com
calls e conteúdos em redes sociais, além de
auxiliar pessoas que buscam seu lugar ao
sol no mercado financeiro em cursos e
mentorias.
Economista e graduado em Gestão
Financei-ra pela FGV com pós-graduação
em Finanças, Investimentos e Banking pela
PUC/RS.
Experiência de 11 anos no mercado
financeiro com passagem pela Bradesco
Corretora, Bradesco Prime, Santander
Select, Citibank e Itaú Personnalité como
Especialista de Investimentos.
Candidato CFA® Level II.

Industry Mentor do CFA® Society Brazil

Sócio-fundador do Eu Me Banco!

Aprovado nas certificações CPA-10, CPA-20,


CEA, CFP®, CGA, CNPI, PQO, ANCORD e CFA
Level I.
Conecte-se
youtube.com/fabiolouzada

@fabioalouzada_
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MÓDULO 1 - Sistema Financeiro Nacional e


Participantes do Mercado (5% a 10%)

Composição do SFN: órgãos de regulação, autorregulação,


fis- calização e demais participantes do mercado
O Principais funções do SFN:
▶ 1. Intermediação financeira

▶ 2. Gerenciador de recursos:
⚪ A existência de um sistema de pagamentos para transferência de recursos e arrecadação de
tributos;
⚪ A disponibilização de meios de pagamento, tais como cartões de crédito e cheques;
⚪ A disponibilização de seguros para as mais diferentes finalidades (automóvel, viagem, vida,
saúde, entre outros).
⚪ O serviço de custódia (guarda) de valores, bens e títulos;

No Sistema Financeiro Nacional encontramos 3 tipos de agentes:

Agente Normativo Determinam regras gerais.

Agente Supervisor Supervisionam as determinações dos agentes


normativos.
Instituições que atuam na porta, realizando a
Agente Operacional intermediação.

CMN – Conselho Monetário Nacional

Órgão Normativo com autoridade máxima no SFN

Composição:
Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho)
Presidente do Banco Central
Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento

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Principal função:
Busca promover o crescimento econômico e social do país. Tem a responsabilidade
de determinar a política da moeda, crédito e de câmbio.

Principais funções

Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública,


interna e externa.
Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras (públicas e privadas).

Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.

Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros.

Outras funções do CMN

Fixar as diretrizes e normas da política cambial


Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades
Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercem
atividades subordinadas a esta lei, bem como aplicação de penalidades previstas

O BANCO CENTRAL - BACEN

Órgão Supervisor/ Regulador

▶ O que muda com a autonomia do BACEN?


O Banco Central do Brasil é autarquia de natureza especial caracterizada pela ausência de vinculação
a Ministério ou de subordinação hierárquica, pela autonomia técnica, operacional, administrativa e
financeira e pela estabilidade durante seus mandatos.
Tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de preços.
Faz cumprir todas as determinações do Conselho Monetário Nacional no que diz respeito a política
monetária e cambial.
Composição do Banco Central do Brasil:

Composto por 1 Presidente e 8 diretores nomeados pelo Presidente da Repú-


blica e aprovados pelo Senado Federal.

▶ Mandato:
⚪Presidente: Fixo por 4 anos, com início do terceiro ano de mandato do Presidente da Repú-
blica. Permite uma recondução.

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⚪ Diretores fixo por 4 anos *


Início: no terceiro ano do mandato do Presidente da República.
Término: no segundo ano do mandato subsequente.
Isso ocorre para trazer autonomia para o Banco Central. Lembre-se, trata de
autonomia e não independência.
Com o mandato fixo, os membros do Banco Central podem exercer de forma
autônoma sua função de assegurar a estabilidade de preços.

▶ São competências do Bacen:


⚪ Assegurar a estabilidade de preços;
⚪ Conduzir as políticas monetárias e cambial dentro do SFN. Conduz dentro das diretrizes do
CMN;
⚪ Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional;
⚪ Determinar via COPOM a taxa SELIC;
⚪ Emitir papel-moeda;
⚪ Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB e o meio circulante;
⚪ Controlar o fluxo de capitais estrangeiros e receber os recolhimentos compulsórios dos
bancos;
⚪ Autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras, punindo-as se for o caso;
⚪ Exercer o controle do crédito.

A diretoria colegiada do Bacen é composta por 9 membros: presidente + 8


di- retores (todos nomeados pelo Presidente da República, sujeito à
aprovação no Senado).

O COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07/12/1976 pela lei 6.385/76. Com o objetivo
de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.

Composição:


Presidente

4 diretores

Todos nomeados pelo Presidente da República e sujeitos a aprovação pelo senado federal.

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▶ Objetivos da CVM:
⚪Órgão normativo voltado para o desenvolvimento do mercado de títulos e valores mobiliá-
rios;
⚪Estimular investimentos no mercado acionário e assegurar o funcionamento das Bolsas de
Valores, mercado de balcão e futuros;
⚪Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos títulos emitidos pelas so-
⚪ciedades anônimas de capital aberto;
Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação que criem condições artificiais
⚪de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;
Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobi-
liários.

O CNSP- Conselho Nacional de Seguros Privados

▶ Órgãos Normativo
O CNSP desempenha, entre outras, as atribuições de fixar as diretrizes e nor-
mas da política de seguros privados, regular a constituição , organização, fun-
cionamento e fiscalização das Sociedades Seguradoras, de Capitalização , Enti-
dades Abertas de Previdência Privada, Resseguradoras e Corretores de Seguros.

O SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP

▶ Órgãos Supervisor
A Superintendência de Seguros Privados - Susep é uma autarquia federal vincu-
lada ao Ministério da Economia, órgão responsável pelo controle e fiscalização
dos mercados de seguros, previdência privada aberta, capitalizações e res-
seguros.

▶ Compete à Susep:
⚪ Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Segura-
doras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qua-
lidade de executora da política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP;
⚪ Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das
operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
⚪ Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados.

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O CNPC- Conselho Nacional de Previdência Complementar

▶ Órgãos Normativo
O CNPC tem a função de regular o regime de previdência complementar ope-
rado pelas entidades fechadas de previdência complementar (Fundos de Pen-
são).

O PREVIC - SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

▶ Órgão Supervisor
Vinculado ao Ministério da Previdência Social.

▶ Responsável por:
⚪Previdência Complementar Fechada;
⚪Fundo de Pensões.
⚪ Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados.

ANBIMA
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais representa as
instituições do mercado de capitais brasileiro. A entidade possui 1.100 instituições participantes -
bancos comer- ciais, bancos múltiplos e bancos de investimento, empresas de gestão de ativos,
corretoras, distribui- doras de valores mobiliários e gestores de patrimônio. A ANBIMA é também a
associação responsável pela sua prova.
É a ANBIMA que dispõe da autorregulação de ofertas públicas de títulos e valores mobiliários e que
cria procedimentos que permitem a autorregulação do mercado de capitais.

A atividade da associação se divide em 4 frentes:

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Os códigos da ANBIMA não substituem a regulação da CVM, apenas a


comple- menta.

O Códigos ANBIMA de regulação e melhores práticas para o programa de Certificação


Continuada

▶ Deve assegurar que os seus profissionais não tenham:


⚪Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras e demais entidades
autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM , SuperintendÊncia Nacional de Previdência Com-
plementar (Previc) ou Susep.
⚪Sua autorização para o exercício da atividade suspensa, cassada ou cancelada.
⚪Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência da sua atuação como
administrador ou membro do conselho fiscal de entidade sujeita a controle e fiscalização
dos órgãos reguladores mencionados.
⚪Exerçam suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade.
Cabe salientar que as instituições participantes que descumprirem as regras do
Código de Certificação, ou cujos profissionais o façam, estão sujeitas às penali-
dades previstas, que incluem:

•advertência pública;
•multa de até 100 vezes o valor da maior mensalidade recebida pela ANBIMA;
•desligamento da ANBIMA.

O BANCOS COMERCIAIS
▶ São instituições Privadas ou Públicas que:
⚪ Devem ser constituídos como S.A;
⚪ Depósito à vista e a prazo (curto e médio prazo);
⚪ Cheque Especial;
⚪ Prestação de serviços como pagamentos, tarifas, produtos etc.

O BANCOS DE INVESTIMENTOS
▶ São instituições Privadas que:
⚪ Não possuem conta corrente, capta apenas depósitos à prazo;
⚪ Administram Fundos de Investimentos;
⚪ Podem comprar ativos no mercado de capitais;

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⚪ Concede empréstimos para capital de giro e fixo das


⚪ empresas; Foco em empréstimo de longo prazo.

O BANCOS MÚLTIPLOS
Para serem considerados Bancos Múltiplos, devem obrigatoriamente
possuir pelo menos duas das carteiras, sendo uma delas comercial ou de
investimen- tos.

▶ Pode ser umas instituição Pública ou Privada.

⚪ Tipos de carteiras existentes: Comercial, Investimentos, Crédito Imobiliário, Desenvolvi-


⚪ mento e Leasing;
Um banco múltiplo deve ser constituído com um CNPJ para cada carteira, podendo

publicar
um único balanço.
O DISTRIBUIDORA – DTVM E CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS – CTVM

⚪ Constituídas sob a forma de S.A., dependem da autorização da CVM para


⚪ funcionar. Não existe diferença entre as DTVM´s e as CTVM´s.

▶ Principais Funções:
⚪ Podem representar o direito dos debenturistas, atuando como agentes fiduciários;
⚪ Operam em bolsa de valores, por conta própria ou de terceiros;
⚪ Organizam e Administram clubes de investimentos e fundos;
⚪ Podem intermediar operações de câmbio;
⚪ Podem comprar ou vender títulos e valores mobiliários, por conta própria;
⚪ Podem custodiar títulos e valores mobiliários
▶ Custos :
⚪ Corretagem;
⚪ Custódia;
⚪ Rebate;
⚪ Spread.

São fiscalizados pelo Banco Central do Brasil

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O B3 – BOLSA DE VALORES
A B3 é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado
financeiro no mundo, com atuação em ambiente de bolsa e de balcão.

▶ Pontos Relevantes:
⚪Sociedade de capital aberto (B3SA3);
⚪Ambiente para negociação de valores mobiliários;
⚪ A B3 visa a melhor formação de preços de um ativo, em tempo real, traduzindo em maior
transparência;
⚪Maior câmara de ativos do país;
⚪Opera como contraparte central para a maior parte das operações realizadas em seus mer-
cados;
⚪Regulada pela CVM;
⚪Regula bolsa e balcão.
O CLEARING HOUSES
▶ Câmara de Compensação

Responsáveis pelas liquidações das operações no mercado financeiro


como um todo. É a Clearing House que garante a entrega dos produtos
financeiros, por registrar as operações em seu sistema.

SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia

B3 Títulos Privados

O SPB – SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO


O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos, re-
gras, instrumentos e operações integrados que, por meio eletrônico, dão
supor- te à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos
do merca- do brasileiro.

Sua função básica é permitir a transferência de recursos financeiros, o processamento e liquidação


de pagamentos para pessoas físicas, jurídicas e entre governamentais, reduzindo o risco
sistêmico.
▶Exemplo de operações:

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⚪ Compensação de Cheques;
⚪ TED, DOC e PIX;
⚪ Ativos Financeiros.

Compensação de cheques TED, DOC e PIX Ativos Financeiros

É a transferência de fundos interbancários próprios ou de terceiros que é


feita em tempo real com a consequente redução do risco sistêmico.

▶ Fiscalizado pelo BACEN.

O PPE – PESSOA POLITICAMENTE EXPOSTA


O que são PPE´S ou PEP´s?

▶ I. Os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União;


▶ II. Os ocupantes de cargo no Poder Executivo da União:
a) De ministro de Estado ou equiparado;
b) De natureza especial ou equivalente;
c) De presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fun-
dações públicas , empresas públicas ou sociedade de economia mista; e
d) Do Grupo Direção e Assessoramento Superiores – DAS, nível 6 e equivalentes.

▶ I. Os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribu-


nais Superiores, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho,
dos Tribunais Regionais Eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do
Con- selho da Justiça Federal;
▶ II. Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, O Procurador – Geral da Repú-
blica, o Vice - Procurador- Geral da República, o Procurador – Geral do Trabalho, o Procura-
dor – Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores – Gerais da República, os Procuradores
– Gerais da Justiça dos Estados e do Distrito Federal;
▶ III. Os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador – Geral do Ministério Públi-
co junto ao Tribunal de Contas da União;
▶ IV. Os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou equivalentes, de partidos políticos;

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▶ V. Os governadores de Estado e do Distrito Federal, os presidentes de Tribunal de Justiça, de


Assembleia Legislativa ou da Câmara Distrital, e os presidentes de Tribunal ou Conselho de
▶ Contas de Estado, de Municípios e do Distrito Federal; e
VI. Os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os presidentes, ou os
equivalentes de entidades da administração pública indireta municipal e os Presidentes de Contas
ou equivalentes dos Municípios.

O INVESTIDORES PROFISSIONAIS
Únicos que podem constituir fundos exclusivos!
▶ O Investidor Profissional tem o benefício de aplicar recursos em aplicações ex-
tremamente restritas

▶ São considerados Investidores Profissionais


⚪PF ou PJ com investimentos financeiros em valor superior a R$ 10 milhões ou mais para
aplicações e atestem por escrito sua condição de investidor profissional mediante a termo
próprio;
⚪Instituições financeiras autorizadas pelo BACEN;
⚪Companhias Seguradoras e Sociedades de Capitalização;
⚪Fundos de investimento;
⚪Entidade aberta e fechada de previdência complementar;
⚪Clubes de Investimentos.
⚪Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM em
relação a recursos próprios.

O INVESTIDORES QUALIFICADOS

Segundo a CVM, investidores qualificados entendem mais do mercado financei-


ro e têm acesso a fundos restritos.

▶ Quem são:
⚪Investidores profissionais;
⚪PF ou PJ com investimentos financeiros em valor superior a R$ 1 milhão ou mais para aplica-
ções e atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio.
⚪Clubes de Investimentos.
Exemplo: Fundo de Investimento em Direitos Creditórios - FIDC, destinado ape-
nas para investidores qualificados.

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O INVESTIDORES NÃO RESIDENTES

Qualquer Pessoa Física ou Pessoa Jurídica, inclusive fundos de investimentos


ou outras entidades de investimentos coletivos , com residência, sede ou
do- micílio no exterior.

▶ I. Deve constituir 1 ou mais representantes no Brasil;


▶ II. Constituir um ou mais Custodiantes autorizados pela CVM;
▶ III. Obter registro da CVM.

IMPORTANTE
▶ Função do CMN - Definir as diretrizes e normas referentes ao câmbio.
▶ Previc é responsável por fiscalizar o mercado de previdência complementar fechada.
▶ Todo investidor profissional é também um investidor qualificado.
▶ Nem todo Investidor PF ou PJ com mais de R$ 1.000.000,00 é investidor qualificado. Para se
tornar um, é necessário assinar o termo de investidor qualificado.
▶ É função da CVM: limitar os valores máximos de comissão que podem ser cobrados pelas
instituições que participam do mercado de distribuição de valores mobiliários.
▶ Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB é o conjunto de entidades, sistemas e mecanismos
relacionados com o processamento e a liquidação de operações de transferência de fun-
dos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores mobiliários.

A CVM é responsável por regulamentar as matérias previstas na Lei das Sociedades Anôni-
mas.

Bancos de investimentos: assessoram empresas em operações de fusões e aquisições,
emissões de valores mobiliários e ofertas públicas, além de fornecer crédito para médio e
▶ longo prazo.
Compete privativamente ao Bacen fiscalizar as instituições financeiras e conduzir a política
▶ monetária.
Função do Bacen: realizar, através de operações de redesconto bancário, empréstimos de

assistência à liquidez para as instituições financeiras.
▶ SPB: é a transferência de fundos próprios e de terceiros realizados entre bancos em tempo
real, com o objetivo de reduzir o risco sistêmico.
▶ A CVM protege os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra emis-
sões irregulares de valores mobiliários.

A negociação de valores mobiliários em bolsa tem como objetivo principal alcançar melho-
res formações de preços.
É permitido às corretoras de títulos e valores mobiliários intermediar as operações de câm-
bio.

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MÓDULO 2 – Compliance Legal, Ética e Análise do


Perfil do Investidor (15% a 25%)
▶ RISCOS
⚪ Risco de Imagem: Impacto negativo na opinião pública. Afeta diretamente a reputação da
empresa. Exemplo: Lava Jato

⚪ Risco Legal/Jurídico: Não executar um contrato por falta de documentação, falta de


assi- natura ou qualquer outro problema (Risco Jurídico).

O CONTROLES INTERNOS
▶ Resolução CMN 2.554/98

Art. 1° As Instituições financeiras autorizadas pelo BACEN devem implantar controles internos
voltados para as atividades desenvolvidas:
▶ I. Independente do porte da instituição;
▶ II. Fica como responsabilidade da diretoria:

- A implantação e implementação de uma estrutura de controles internos efetivos;


- O estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos;
- A verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos de-

finidos.

Art. 2° Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os funcionários da
instituição.
▶ 1. A definição de responsabilidades dentro da instituição;
▶ 2. A segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma que seja
evitado o conflito de interesses;
▶ 3. Meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que possam afetar adversa-
mente a realização dos objetivos da instituição;
▶ 4. A existência de canais de comunicação;
▶ 5. A contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da instituição;
▶ 6. O acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas;
▶ 7. A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em es-
pecial para mantidos em meios eletrônicos.

A atividade de auditoria interna faz parte dos controles internos.

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O PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO


A Convenção de Viena de 1988, foi o primeiro tratado Global com o objetivo
de frear o tráfico de entorpecentes e a consequente lavagem de dinheiro
oriunda dessa atividade ilícita.

Em 1998, foi criada a 1° lei no Brasil voltada para a prevenção à lavagem de


dinheiro.

Definição conforme Art 1° - Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movi-
mentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de in-
fração penal. Com outras palavras, podemos dizer que Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o
criminoso transforma, recursos obtidos através de atividades ilegais, em ativos com uma origem
aparentemente legal.

▶ QUEM DEVE SEGUIR A LEI DE PREVENÇÃO E COMBATE A LAVAGEM DE DINHEIRO?


⚪ Instituições Financeiras;
⚪ Bolsa de Valores;
⚪ Corretora de Imóveis;
⚪ Joalherias e metais preciosos;
⚪ Agentes de grandes artistas e atletas;
⚪ Juntas comerciais;
⚪ Empresas de transportes de valores.
▶ INDÍCIOS DE LAVAGEM DE DINHEIRO:
⚪ Aumento no volume de depósitos, sem causa aparente;
⚪ Troca de grande quantidade de notas de pequeno valor por notas de maior valor;
⚪ Grandes quantias de troca por moedas estrangeiras;
⚪ Cheques administrativos e ordens de pagamentos;
⚪ Movimentação de recursos em fronteiras;
⚪ Movimentação incompatível com patrimônio;
⚪ Numerosas contas bancárias;
⚪ Abertura de conta em agência localizada em aeroportos, rodoviária e porto;
⚪ Utilização de cartão de crédito não compatível com capacidade financeira.

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▶ FASES DA LAVAGEM DE DINHEIRO:

Colocação: é a colocação do dinheiro no sistema econômico. A colocação se efetua por meio


de depósitos, compra de instrumentos negociáveis e compra de bens.

Ocultação: consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. Os


criminosos bus- cam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas
anônimas – preferen- cialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou
realizando depósitos em contas "fantasmas".

Integração: os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. É nessa fase que
ele volta com "cara de limpo".

O COAF – CONSELHO DE CONTROLE DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS


Conhecida também como Unidade de Inteligência Financeira do Brasil,
o COAF é o órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro e está
vinculado ao BACEN.

▶ Principais Funções:
⚪ Receber, examinar e fiscalizar as ocorrências suspeitas;
⚪ Coordena e propõe mecanismos de cooperação e troca de informações;
⚪ Disciplina e aplica penas administrativas;
⚪ Regular os setores econômicos para os quais não haja órgão regulador;
⚪ Não prende, mas comunica os órgãos cabíveis.
▶ Composição:


1 Presidente;
⚪ 11 Conselheiros;

▶ Indicado pelo Presidente da República por indicação do Ministério da Economia.

▶ Penalidades cabíveis para praticantes:


⚪ Reclusão de três a dez anos e multa.

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A Pena poderá ser reduzida de um a dois terços e começará a ser


cumprida em regime aberto, se o autor, coautor ou partícipe colaborar
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à
localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.

▶ A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos na lei forem cometidos
de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
▶ A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável e não superior:
⚪ Ao dobro do valor da operação;
⚪ Ao dobro do lucro real obtido ou que seria obtido pela realização da operação;
⚪ Ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).

▶ COMUNICAR AO COAF VIA SISCOAF:


⚪ Operações suspeitas em espécie acima de R$ 2.000,00;
⚪ Operações suspeitas em espécie em um mesmo mês acima de R$ 2.000,00;
⚪ Depósito em espécie ou saque, em valor igual ou acima de R$50.000,00, independente-
⚪ mente de ser suspeito ou não.
Toda operação acima de R$ 2.000,00 deve ficar registrada no banco. Sendo considerada
⚪ suspeita ou não (CTE).
O registro das operações deve ser guardado em um prazo mínimo de 10 anos.

▶ Em caso de depósito acima de R$ 50.000,00:


⚪ I. O nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, do pro-
⚪ prietário dos recursos;
II. O nome e o respectivo número de inscrição no CPF do portador dos recursos;
⚪ III. A origem dos recursos depositados ou aportados.
▶ Em caso de saque acima de R$ 50.000,00:
⚪ I. O nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, do pro-
prietário dos recursos;
⚪ II. O nome e o respectivo número de inscrição no CPF do portador dos recursos;
⚪ III. A finalidade do saque.

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▶ REGISTRO DE TRANSAÇÃO EM ESPÉCIE


Toda transação financeira liquidada em espécie acima de R$2.000,00 deve ser
registrada em controle interno com CPF do portador. RELATÓRIO DE EFETIVI-
DADE
A Circular BC 3978/20 prevê que as Instituições elaborem um relatório específico que avalie a efetivida-
de do cumprimento da Política, regras e procedimentos.

A norma prevê, também, a obrigação de elaborar um documento referente a avaliação interna de


risco, devendo este documento ser aprovado pelo diretor de prevenção à lavagem de dinheiro e
financiamento do terrorismo e encaminhado ao comitê de auditoria, quando houver, e ao conselho de
admnistração ou diretoria, conforme aplicável.

Recomenda-se às Instituições incluir na Política indicadores de efetividade que permitam estabelecer


estatísticas e que possibilitem comprovar que foram efetivos e que conseguiram mitigar os riscos de
LD-FT.

Esses indicadores de efetividade são considerados pelos reguladores como de extrema importância
no que se refere às normas de PLD-FT e sua implementação e manutenção.

INDÍCIOS
I – Aumento volume de depósitos, sem causa aparente
II – Troca de grande quantidade de notas de pequeno valor por notas de maior valor
III – Grande quantias de troca por moedas estrangeiras
IV – Cheques administrativos, ordens de pagamento
V – Movimentação de recursos em fronteiras
VI – Movimentação incompatível com patrimônio
VII – Numerosas contas
VIII – Abertura de conta em agência localizada em aeroporto, rodoviária ou porto
IX – Utilização de cartão de crédito não compatível com capacidade financeira

O CVM 617 E CIRCULAR 3.978/20 DO BANCO CENTRAL

▶ 1. AVALIAÇÃO INTERNA DE RISCO

Art. 10. As instituições referidas devem realizar avaliação interna com o objetivo de identificar e men-
surar o risco de utilização de seus produtos e serviços na prática da lavagem de dinheiro e no
financia- mento do terrorismo.

▶ Para identificação do risco, a avaliação interna deve considerar, no mínimo, os perfis


de risco:

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⚪ I. dos clientes;
⚪ II. da instituição, incluindo o modelo de negócio e a área geográfica de atuação;
⚪ III. das operações, transações, produtos e serviços, abrangendo todos os canais de distri-
buição e a utilização de novas tecnologias; e
⚪ IV. das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceiri-
zados.
O risco identificado deve ser avaliado quanto à sua probabilidade de ocorrência e à magnitude dos
impactos financeiro, jurídico, reputacional e socioambiental para a instituição.
A avaliação interna de risco pode ser realizada de forma centralizada em instituição do conglomerado
prudencial e do sistema cooperativo de crédito.
▶ A avaliação interna de risco deve ser:
⚪ I. documentada e aprovada pelo diretor de PLD;
⚪ II. encaminhada para ciência:
a) ao comitê de risco, quando houver;
b) ao comitê de auditoria, quando houver; e
c) ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria da instituição; e

⚪ III. revisada a cada dois anos, bem como quando ocorrerem alterações significativas nos
perfis de risco.

O 2. CONHEÇA SEU PARCEIRO E SEU FUNCIONÁRIO


A Instituição deve ficar atenta ao comportamento dos Colaboradores, parceiros, terceiros e
prestadores de serviços relevantes, de modo a detectar e subsequentemente relatar quaisquer
atividades atípicas, tais como ações e condutas não compatíveis com o padrão de vida do
Colaborador.

Recomenda-se que as questões relevantes decorrentes do monitoramento feito nos Colaboradores,


parceiros, terceiros e prestadores de serviços relevantes, conforme aplicável, sejam investigadas e, se
apropriado, comunicadas à área responsável para que se decida se é necessário comunicar o
regulador competente.

O 3. CONHEÇA SEU CLIENTE – KNOW YOUR CUSTOMER


▶ Cadastro do cliente:
⚪ Feito na abertura de conta;
⚪ Atualização constante.
▶ Documentos necessários:
⚪ RG ou CNH, CPF/ CNPJ;
⚪ Comprovante de Endereço;
⚪ Nível de escolaridade;

22
23

⚪ Profissão;
⚪ Patrimônio.
Serve para cumprir as regulamentações do BC e também traz segurança a instituição.

ÉTICA NA VENDA
▶ Venda casada = Proibida
Não confundir com:

• Venda cruzada = Melhores condições;


• Ordem casada = Duas operações na Bolsa de Valores.

▶ Restrições ao investidor:
⚪ Idade;
⚪ Horizonte de investimento;
⚪ Conhecimento sobre o produto;
⚪ Tolerância ao risco.
O NORMAS E PADRÕES ÉTICOS
▶ Informações Privilegiadas: Toda e qualquer informação relevante, fora do domínio públi-
co.

▶ Insider Trader:
Qualquer pessoa que possua ou receba informações privilegiadas e utilize dessas informações antes
delas se tornarem públicas, para auferir ganhos.
▶ Front Runner:
Conceito de “operar na frente.” Utiliza ordens de cliente para o seu próprio benefício, realizando antes,
para si, e posteriormente para o cliente.

▶ PENALIDADES:
⚪ Insider Trader:
Reclusão de 1 a 5 anos.
Multa de até 3 vezes o valor da vantagem ilícita obtida.

⚪ Front Runner:
Reclusão de 1 a 8 anos.

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⚪ Multa de até 3 vezes o valor da vantagem ilícita obtida.


▶Confidencialidade:
O Profissional deve manter restrita informações dos clientes, a menos que a Lei exija divulgação.

▶Conflitos de Interesse:
Tem algum conflito e precisa falar para o cliente (Exemplo: Esposa é Presidente da Petrobrás, e
cliente quer comprar ações da Petrobrás)
Crimes contra o mercado de capitais

CRIMES CONTRA O MERCADO DE CAPITAIS


Realizar operações simuladas ou executar outras manobras fraudulentas destinadas a elevar,
manter ou baixar a cotação, o preço ou o volume negociado de um valor mobiliário, com o fim de
obter vanta- gem indevida ou lucro, para si ou para outros, ou causar dano a terceiros:

🦅 Pena
Reclusão de 1 a 8 anos + Multa de até 3x o montante da vantagem ilícita obtida em decor-
rência do crime
🦅 Os ilícitos de mercado.

✓ Condições artificiais de demanda, oferta ou preços de valores mobiliários:

Aquelas criadas em decorrência de negociações pelas quais seus participantes ou inter-


mediários, por ação ou omissão dolosa provocarem, direta ou indiretamente, alterações
no fluxo de ordens de compra ou venda de valores mobiliários;

✓ Manipulação de preços:

A utilização de qualquer processo ou artifício destinado, direta ou indiretamente, a elevar,


manter ou baixar a cotação de um valor mobiliário, induzindo terceiros à sua compra e
venda;

✓ Operação fraudulenta:

Aquela em que se utilize ardil ou artifício destinado a induzir ou manter terceiros em erro,
com a finalidade de se obter vantagem ilícita de natureza patrimonial para as partes na
operação, para o intermediário ou para terceiros

✓ Prática não equitativa:

Aquela de que resulte, direta ou indiretamente, efetiva ou potencialmente, um tratamento


para qualquer das partes, em negociações com valores mobiliários, que a coloque em uma

24
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indevida posição de desequilíbrio ou desigualdade em face dos demais participantes da


operação.

🦅 Spoofing
Spoofing é a pratica que envolve manipular o preço do mercado através de ordens de com-
pra e venda. Ou seja, cria-se uma liquidez artificial entre oferta e demanda para lucrar
com o preço do ativo gerado através dessa falsa liquidez. Normalmente feita uma ordem
grande em vez de várias.

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🦅 Layering
Parecida com a anterior, possui o mesmo objetivo de manipulação, porém é feita em várias
camadas, ou seja, ao invés de uma ordem, são feita várias, sem intenção de concretizá-las
para atrair novos compradores /vendedores

Parecida com a anterior, possui o mesmo objetivo de manipulação, porém é feita


em várias camadas, ou seja, ao invés de uma ordem, são feita várias, sem intenção
de concretizá-las para atrair novos compradores /vendedores

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🦅 Manipulação de Benchmark

Após os graves questionamentos envolvendo a LIBOR, o Reino Unido adotou, de


forma inédita, padrões para a regulação de benchmarks financeiros, abrindo
precedente para o tratamento da questão em outras jurisdições.

Além da definição de princípios genéricos referentes à produção de benchmarks – que


englobam os mais diversos índices, taxas etc. –, o documento traz princípios voltados
para os agentes envolvidos com essa atividade, contemplando cinco tipos:

1 - Além da definição de princípios genéricos referentes à produção de benchmarks – que


englobam os mais diversos índices, taxas etc. –, o documento traz princípios voltados
para os agentes envolvidos com essa atividade, contemplando cinco tipos:

2 - Fornecedores de informação/formadores de preços (submitters), referindo-se ao esta-


belecimento de uma política mitigadora de eventuais conflitos de interesse e a uma
estru- tura de governança;

3 - Agentes de cálculo, voltando-se à transparência e manutenção de registros;

4 - Divulgadores do benchmark (publishers), com foco igualmente dedicado à transparên-


cia;

5 - Usuários, cujas provisões estão relacionadas à promoção de uma avaliação contínua


acerca da adequação do benchmark a seus fins e das responsabilidades dos demais
agen- tes.

USO DE INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA


🦅 Insider Trading
Utilizar informação relevante de que tenha conhecimento, ainda não divulgada ao mer-
cado, que seja capaz de propiciar, para si ou para outros, vantagem indevida, mediante
negociação, em nome próprio ou de terceiros, de valores mobiliários.

Primário: Quando o crime financeiro é cometido por um indivíduo que possui acesso natu-
ral direto à informação privilegiada.

Secundário: Acontece quando o crime é cometido por alguém que recebe a informação
confidencial de um agente primário.

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Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa de até 3 (três) vezes o montante da vantagem
ilícita obtida em decorrência do crime.

🦅 Front Running

Front running tem seu significado voltado ao mercado de capitais definido como o ato de
correr na frente, se antecipar a um fato, com o intuito de auferir lucro.
Consiste em prática ilegal e realizada, geralmente, por um corretor ou intermediário finan-
ceiro. Essa operação financeira é realizada por um operador que, ao tomar conhecimento
de uma grande operação que será realizada por um cliente e que seja capaz de alterar o
valor do ativo, se antecipa e registra uma ordem em seu nome antes de registrar a ordem
para o cliente.

✓ Reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa de até 3 (três) vezes o montante da vantagem ilícita
obtida em decorrência do crime.

🦅 Exercício Irregular de Cargo, Profissão, Atividade ou Função

Exercer, ainda que a título gratuito, no mercado de valores mobiliários, a atividade de ad-
ministrador de carteira, de assessor de investimento, de auditor independente, de analista
de valores mobiliários, de agente fiduciário ou qualquer outro cargo, profissão, atividade
ou função, sem estar, para esse fim, autorizado ou registrado na autoridade administrativa
competente, quando exigido por lei ou regulamento

🦅 Pena

✓ Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.


🦅
Omissão Imprópria

O que acontece quando pessoas em posições de responsabilidade deixam de agir para


evitar a ocorrência de crimes)

✓ Exemplo

Se um agente possuir uma obrigação ou um dever de evitar a ocultação ou dissimulação


de valores oriundos de infrações penais e, ao perceber a ocorrência do crime, não impede
ou interrompe o resultado, lesionando o bem jurídico tutelado –estará aberta a possibili-
dade de imputação do crime de lavagem de dinheiro por omissão imprópria.

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NOVAS RESOLUÇÕES ESG


🦅 O que são?
Um conjunto de propostas normativas para o aprimoramento das regras de gerenciamen-
to do risco social, do risco ambiental e do risco climático aplicável às instituições financei-
ras e demais autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

✓ 1 - Risco Social foi relacionado a práticas de violação de direitos fundamentais ou de interesses


coletivos.

✓ 2 - Risco Ambiental foi associado a atos de degradação do meio ambiente.

✓ 3 - Risco Climático foi relacionado ao processo de transição para uma economia de baixo car-
bono, e de risco climático físico, relativo à ocorrência cada vez mais frequente de condições am-
bientais extremas

Resolução CMN 4.943/2021

A Resolução CMN 4.943 dispõe sobre a estrutura de gerenciamento de riscos, a estrutura


de gerenciamento de capital e a política de divulgação de informações e se destina às
financeiras autorizadas a funcionar pelo BCB que se enquadrem nos Segmentos 1,2,3 ou
4 (veremos em breve.)

Os riscos ambiental e social passarão a ser tratados de maneira isolada e foi incluída a ob-
servância dos riscos climáticos

1 Risco Social: é a possibilidade de ocorrência de perdas para a instituição ocasionadas


por eventos associados à violação de direitos e garantias fundamentais ou a atos lesivos a
interesse comum.

Exemplos

🦅 Resolução CMN 4.943/2021


I - Ato de assédio, de discriminação ou de preconceito com base em atributos pessoais, tais
como etnia, raça, cor, condição socioeconômica, situação familiar, nacionalidade, idade,
sexo....

II - Prática relacionada ao trabalho em condições análogas à escravidão;

III - Tratamento irregular, ilegal ou criminoso de dados pessoais, sem prejuízo do disposto
no art. 32;

IV - Ato ou atividade que, apesar de regular, legal e não criminoso, impacte negativamente
a reputação da instituição, por ser considerado lesivo a interesse comum.

29
30

2. Risco Ambiental: Define-se o risco ambiental como a possibilidade de ocorrência de


perdas para a instituição ocasionadas por eventos associados à degradação do meio am-
biente, incluindo o uso excessivo de recursos naturais

Exemplos;

I - Poluição irregular, ilegal ou criminosa do ar, das águas ou do solo;

II - Ato ou atividade que, apesar de regular, legal e não criminoso, impacte negativamente
a reputação da instituição, em decorrência de degradação do meio ambiente.;

III - Descumprimento de condicionantes do licenciamento ambiental;

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31

✓ 3. Risco Climático: Para essa resolução define-se o risco climático, em suas vertentes de risco de
transição e de risco físico, como:

✓ 1. Risco climático de transição: é a possibilidade de ocorrência de perdas para a instituição


ocasionadas por eventos associados ao processo de transição para uma economia de baixo car-
bono, em que a emissão de gases do efeito estufa é reduzida ou compensada e os mecanismos
naturais de captura desses gases são preservados; e

✓ 2. Risco climático físico: é a possibilidade de ocorrência de perdas para a instituição ocasiona- das
por eventos associados a intempéries frequentes e severas ou a alterações ambientais de
longo prazo, que possam ser relacionadas a mudanças em padrões climáticos.

Exemplos

✓ No âmbito do risco climático de transição:

I - Inovação tecnológica associada à transição para uma economia de baixo carbono que
impacte negativamente a instituição;

II - Percepção desfavorável dos clientes, do mercado financeiro ou da sociedade em geral


que impacte negativamente a reputação da instituição relativamente ao seu grau de con-
tribuição na transição para uma economia de baixo carbono;

III - Alteração em legislação, em regulamentação ou em atuação de instâncias governa-


mentais, associada à transição para uma economia de baixo carbono, que impacte nega-
tivamente a instituição.

Exemplos

✓ No âmbito do risco climático físico:

I - Condição climática extrema, incluindo seca, inundação, enchente, tempestade, ciclone,


geada e incêndio florestal

II - Alteração ambiental permanente, incluindo aumento do nível do mar, escassez de re-


cursos naturais, desertificação e mudança em padrão pluvial ou de temperatura

A Resolução CMN 4.943 exige a identificação, a avaliação, a mensuração e o monitoramento dos ris-
cos, assim como o estabelecimento de mecanismos de identificação e monitoramento dos riscos e o
estabelecimento de uma estrutura de gerenciamento e requerimentos mínimos prudenciais a serem
observados para cada tipo de risco.

31
32

A instituição deve ficar atenta para:

Mecanismos para a identificação e o monitoramento do risco social, do risco ambiental e do risco


cli- mático incorridos pela instituição em decorrência dos seus produtos, serviços, atividades ou
proces- sos e das atividades desempenhadas por entidades controladas pela instituição,
fornecedores e pres- tadores de serviços

Registro de dados relevantes para o gerenciamento, incluindo, quando disponíveis, dados referentes
às perdas incorridas pela instituição, identificação tempestiva de mudanças políticas, legais, regula-
mentares, tecnológicas ou de mercado que possam impactar de maneira relevante.

🦅 Resolução CMN 4.944/2021


I - critérios para identificação dos riscos como fontes significativas de risco;

II - mecanismos para identificação e monitoramento dos riscos incorridos pela instituição


em decorrência dos produtos/serviços/atividades/processos próprios ou de contrapartes/
controladas/fornecedores/prestadores de serviços terceirizados;

III - identificação, avaliação, classificação e mensuração dos riscos; e

IV - procedimentos para a adequação do gerenciamento às mudanças políticas, legais, re-


gulamentares, tecnológicas ou de mercado que possam impactar a instituição de maneira
relevante

🦅 Resolução CMN 4.945/2021


A resolução CMN 4.945, dispõe sobre Política de Responsabilidade Social Ambiental e Cli-
mática (PRSAC) e sobre as ações com vistas à sua efetividade. As instituições financeiras
e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil enquadra no
segmentos S1, S2, S3, S4 e S5), devem estabelecer a PRSAC e implementar ações com vista
à sua efetividade, nos termos desta Resolução.

Sobre a PRSAC >>

A PRSAC consiste no conjunto de princípios e diretrizes de natureza social, de natureza


ambiental e de natureza climática a ser observado pela instituição na condução dos seus
negócios, das suas atividades e dos seus processos, bem como na sua relação com as par-
tes interessadas, assim sendo definidos:

1. Natureza Social: o respeito, a proteção e a promoção dos direitos e garantias funda-


mentais e dos interesses comuns;

2 .Natureza Ambiental: a preservação e a reparação do meio ambiente, incluindo sua


recuperação, quando possível;

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33

3. Natureza Climática: a contribuição da instituição na transição para uma economia de


baixo carbono e na redução dos impactos ocasionados por intempéries frequentes e se-
veras ou por alterações ambientais de longo prazo associadas a mudanças em padrões
climáticos;

4. Interesse Comum: interesse associado a grupo de pessoas ligadas jurídica ou factual-


mente pela mesma causa ou circunstância, quando não relacionada à natureza ambiental
ou à natureza climática; e

5. Partes interessadas: Clientes e usuários dos produtos/serviços da IF, fornecedores e


prestadores de serviços terceirizados, investidores em títulos e valores mobiliários emiti-
dos pela instituição, entre outros...

🦅 A PRSAC e as ações devem ser:


I - Proporcionais ao modelo de negócio, à natureza das operações e à complexidade dos
produtos, dos serviços, das atividades e dos processos da instituição; e

II - Adequadas à dimensão e à relevância da exposição ao risco social, ao risco ambiental e


ao risco climático, de que tratam a Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, para ins-
tituição enquadrada no S1, no S2, no S3 ou no S4, e a Resolução nº 4.606, de 19 de outubro
de 2017, para instituição enquadrada no S5

A instituição deve indicar diretor responsável pelo cumprimento do disposto nesta Resolu-
ção perante o BACEN, e suas atribuições serão:

I - participação no processo de tomada de decisões relacionadas ao estabelecimento e à


revisão da PRSAC, auxiliando o conselho de administração;

II - implementação de ações com vistas à efetividade da PRSAC;

III - monitoramento e avaliação das ações implementadas;

IV - aperfeiçoamento das ações implementadas, quando identificadas eventuais deficiên-


cias; e

V - divulgação adequada e fidedigna das informações

A constituição de comitê de responsabilidade social, ambiental e climática, vinculado ao


conselho de administração, é:

I - obrigatória, para instituição enquadrada no S1 ou no S2; e

II - facultativa, para instituição enquadrada no S3, no S4 ou no S5.

33
34

Atribuições do comitê

I - propor recomendações ao conselho de administração sobre o estabelecimento e


a revi- são da PRSAC;

II - avaliar o grau de aderência das ações implementadas à PRSAC e, quando necessário,


propor recomendações de aperfeiçoamento; e

III - manter registros das recomendações de que tratam os incisos I e II

Revisão da PRSAC

Deve ser feita no mínimo a cada 3 anos ou quando acontecer da ocorrência dos
eventos abaixo:

I - oferta de novos produtos ou serviços relevantes;

II - modificações relevantes nos produtos, nos serviços, nas atividades ou nos processos
da instituição;

III - mudanças significativas no modelo de negócios da instituição;

IV - reorganizações societárias significativas;

Divulgação das informações:

Devem ser divulgadas ao público externo, em local único e de fácil identificação no sítio da instituição
na internet, as seguintes informações:

I - obrigatoriamente, a PRSAC;

II - obrigatoriamente, as ações implementadas com vistas à efetividade da PRSAC, bem


como os critérios para a sua avaliação;
III - inconsistências ou erros nas informações anteriormente divulgadas.

🦅 Considerações finais:
Deve ser mantida à disposição do Banco Central do Brasil, por cinco anos, a documenta-
ção relativa ao estabelecimento da PRSAC e à implementação de ações com vistas à sua
efetividade.

34
35

Caso seja identificada inadequação ou insuficiência nos controles e nos procedimentos


relativos ao estabelecimento da PRSAC e à implementação de ações com vistas à sua efe-
tividade, o Banco Central do Brasil poderá determinar aperfeiçoamentos.

🦅 Resolução Bacen n°139


Dispõe sobre a divulgação do Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e
Climáticas (Relatório GRSAC).

As instituições enquadradas no Segmento 1 (S1), (S2), (S3), (S4), devem divulgar o Relató-
rio GRSAC.

🦅 Qual objetivo?
Visa a “promoção da transparência e da disciplina de mercado, de forma a permitir a iden-
tificação do nível de comprometimento das instituições com a economia sustentável e in-
clusiva, aprimorar a percepção de riscos e tornar mais fundamentadas as decisões dos
agentes”[3].

🦅 O que deve ter no relatório?


O Relatório GRSAC deve abranger a governança do gerenciamento dos riscos, os impactos
reais e potenciais dos riscos nas estratégias adotadas pela instituição nos negócios e no
gerenciamento de risco e de capital e os processos de gerenciamento dos riscos ambien-
tais, sociais e de governança corporativa.

As informações de que trata o art. 3º devem ser divulgadas na forma das seguintes tabelas:

Tabela GVR: Governança do gerenciamento do risco social, do risco ambiental e do risco


climático

Tabela EST: Estratégias utilizadas no tratamento do risco social, do risco ambiental e do


risco climático

Tabela GER: Processos de gerenciamento do risco social, do risco ambiental e do risco


climático

Tabela MEM: Indicadores utilizados no gerenciamento do risco social, do risco ambiental


e do risco climático

Tabela OPO: Oportunidades de negócios associadas aos temas social, ambiental e climá-
tico

35
36

🦅 Sobre as divulgações:
O Relatório GRSAC deve ser divulgado com periodicidade anual, relativamente à data-base
de 31 de dezembro, observado o prazo máximo de noventa dias após a referida data-base.

Segmentos 1 e 2 devem publicar todas as tabelas, Segmentos 3 e 4 devem divulgar somente


Tabela GRV .

🦅 Considerações Finais:
O Relatório GRSAC deve estar disponível no sítio da instituição na internet, pelo período de cinco
anos contados a partir da data de sua divulgação, em um único local, de acesso público e de fácil
localização.

As informações requeridas no Relatório GRSAC devem estar disponíveis também em forma de dados
abertos, segundo especificações estabelecidas pelo Banco Central do Brasil.

O Relatório GRSAC deverá ser imediatamente atualizado e novamente divulgado na hipó-


tese de serem identificadas inconsistências nas respectivas informações

🦅 Resolução Bacen n°153


✓ Estabelece as tabelas padronizadas para fins da divulgação do Relatório de Riscos e Oportuni-
dades Sociais, Ambientais e Climáticas (Relatório GRSAC).

🦅 05 tabelas
01 - Tabela GVR: Governança do gerenciamento do risco social, do risco
ambiental e do risco climático

02 - Tabela EST: Estratégias utilizadas no tratamento do risco social, do risco


ambiental e do risco climático

03 - Tabela GER: Processos de gerenciamento do risco social, do risco ambiental e do risco


climático

04 - Tabela MEM: Indicadores utilizados no gerenciamento do risco social, do risco am-


biental e do risco climático

05 - Tabela OPO: Oportunidades de negócios associadas aos


temas social, ambiental e climático

Quem deve observar a tabela?

🦅 Resolução nº 4.553 do BCB:


Estabelece a segmentação do conjunto das instituições financeiras e demais

36
37

instituições autorizadas funcionar pelo Banco Central do Brasil.

I - Segmento 1 (S1);
II - Segmento 2 (S2);
III - Segmento 3 (S3);
IV - Segmento 4 (S4);
V - Segmento 5 (S5).

🦅 Segmentação de instituições financeiras


✓ I – Segmento 1 (S1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais,
bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que:
I - tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto (PIB); ou
II - Exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da instituição.
✓II – Segmento 2 (S2): pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, ban-
cos de câmbio e caixas econômicas, de porte inferior a 10% (dez por cento) e igual ou superior a
1% (um por cento) do PIB; e, também, pelas demais instituições de porte igual ou superior a 1%
(um por cento) do PIB.
✓III – Segmento 3 (S3): composto pelas instituições de porte inferior a 1% (um por cento) e igual
ou superior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB.
✓IV – Segmento 4 (S4): composto pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cen-
to) do PIB.
✓V – Segmento 5 (S5): pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB
que utilizem metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de
Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal, exceto bancos múltiplos, bancos
comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas
Tabela 01 – GVR

Governança do gerenciamento do risco social, do risco ambiental e do risco climático.


🦅 Obrigatório – S1, S2, S3 e S4.
Objetivo – Descrição da governança do gerenciamento do risco social, do risco ambiental
e do risco climático.
Frequência – Anual

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38

🦅 Tabela 02 – EST
Estratégias utilizadas no tratamento do risco social, do risco ambiental e do risco climático

Obrigatório – S1 e S2

Facultativo – S3 e S4

Objetivo – Identificação e descrição dos impactos reais e potenciais, quando considera-


dos relevantes, do risco social, do risco ambiental e do risco climático sobre os negócios,
as estratégias e o gerenciamento de risco e de capital da instituição.

Frequência – Anual

38
39

🦅 Tabela 03 – GER
Processos de gerenciamento do risco social, do risco ambiental e do risco climático
Objetivo – Descrição da estrutura de gerenciamento do risco social, do risco ambiental e
do risco climático.
Frequência – Anual

39
40

O CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA DISTRIBUIÇÃO DE


PRO- DUTOS DE INVESTIMENTOS

▶ O presente Código tem como objetivo estabelecer princípios e regras para Distribuição de
Produtos de Investimento visando, principalmente:
⚪I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da institucionalização
⚪de práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais;
⚪II. A concorrência leal;
⚪III. A padronização de seus procedimentos;
⚪IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos de Investimentos;
V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal utilizado
⚪e as características dos investimentos; e
VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na Distribuição de Pro-
dutos de Investimentos.

▶ A quem se destina o código: Instituições financeiras que distribuem produtos de investi-


mentos.
O código alerta que fica vedado ao distribuidor recomendar produtos ou serviços quando:

⚪ O perfil do cliente não seja adequado ao produto ou serviço;


⚪ Não sejam obtidas informações que permitam a identificação do perfil do cliente; ou
⚪zação
As informações relativas ao perfil do cliente não estejam atualizadas, uma vez que a atuali-
deve ocorrer em prazo inferior a 24 meses.

*Caso o cliente insista na operação, o distribuidor deve obter


declaração ex- pressa do cliente de que deseja manter a decisão de
investimento nessa cate- goria de ativo, mesmo estando ciente da
ausência, desatualização ou inade- quação de perfil.

▶ Selo Anbima
Tem por finalidade exclusiva demonstrar o compromisso das Instituições Participantes em atender às
disposições deste Código.
A Anbima não se responsabiliza pelas informações constantes nos documentos divulgados, mesmo
com o uso do Selo Anbima.
▶ Remuneração do Distribuidor
As Instituições Participantes devem disponibilizar informações referentes à remuneração recebida, di-
reta ou indiretamente, pela Distribuição de Produtos de Investimentos.

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41

É importante ressaltar que as mesmas Instituições devem incluir, em seção exclusiva em seu site na
internet, Informações sobre o recebimento de remuneração pela Distribuição de Produtos de
Inves- timentos distribuídos.
rrer em prazos inferiores a 24 meses.
▶ API - ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR
O API é uma metodologia desenvolvida para obter o perfil de investidor do cliente pessoa física e veri-
ficar a adequação dos investimentos pretendidos a esse perfil, através de um questionário.
Três Fatores:

PERÍODO RISCOS FINALIDADE

Somado aos três fatores citados anteriormente, o especialista de investimento complementa as


infor- mações necessárias para realizar as indicações de produtos:

⚪ Receitas;
⚪ Patrimônio;
⚪ Necessidades Futuras.

O API não será obrigatório para:


⚪ Investidores Qualificados;
⚪ Pessoa Jurídica de Direito Público;
⚪ Cliente que tiver carteira administrada discricionariamente por um administrador de cartei-
ra de valores mobiliários, autorizado pela CVM.

Já o profissional não poderá recomendar produtos de investimentos, quando:


⚪ O perfil do cliente estiver desatualizado;
⚪ O cliente não possuir perfil de investidor;
⚪ Se o perfil do cliente estiver desenquadrado.

▶ O API terá validade de 24 meses.


Para definição do objetivo de investimento do cliente, as Instituições devem considerar no mínimo, as
seguintes informações:
⚪ Período em que será mantido o investimento;
⚪ As preferências declaradas quanto à assunção de riscos; e
⚪ As finalidades do investimento.

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42

Para definição da situação financeira do investidor, as Instituições devem considerar no mínimo, as


seguintes informações:
⚪ O valor das receitas declaradas;
⚪ O valor e os ativos que compõem seu patrimônio; e
⚪ A necessidade futura de recursos declarada.
Para definição do conhecimento do investidor, as Instituições devem considerar no mínimo,
as se- guintes informações:

⚪ Os tipos de produtos, serviços e operações com os quais o investidor tem familiaridade;


⚪ A natureza, volume e frequência das operações já realizadas pelo investidor, bem como o
⚪ período em que tais operações foram realizadas; e
A formação acadêmica e a experiência profissional do investidor, salvo quando tratar-se de
pessoa jurídica.

▶ FINANÇAS PESSOAIS
Existem quatro etapas/estágios de vida dos investidores.
1º) FUNDAÇÃO:
Estabelecimento de bases para geração de riqueza.
Foco: educação, empreendedorismo, desenvolvimento e habilidades.
2º) ACUMULAÇÃO:
Utilização das habilidades para a geração de renda cada vez maior.
Foco: aumento de patrimônio.

3º) MANUTENÇÃO:
Usufruto do patrimônio e estabilidade do padrão de vida.
Foco: preservação da riqueza acumulada.

4º) DISTRIBUIÇÃO:
Transferência de riqueza para outros indivíduos ou entidades.

O OBJETIVOS DO INVESTIDOR
▶ Os investidores devem ser tratados de forma individual, não existe uma resposta fechada
quando se trata de investimentos.
Observe os exemplos abaixo:

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1. Um casal de jovens, com idade de 28 e 26 anos, desejam investir na carreira visto o momento de
vida, onde estão ainda na fase de acumulação. Possuem R$60.000,00 juntos e pretender
seguir acumulando.

2. Um executivo de empresa multinacional, divorciado e com três filhos, deseja seguir sua
acumulação, visto que possui 45 anos e precisa de aposentar aos 60 anos.

3. Um casal de aposentados possui rendimentos provenientes da aposentadoria do INSS, além de


um pequeno complemento que recebe de uma previdência privada.

É perceptível que no caso número 1, o casal é jovem, está em fase de acumula-


ção de recursos e invariavelmente como seu horizonte de tempo é maior,
pode- rão tomar mais risco visando o longo prazo.

No caso número 2, o executivo ainda está em fase de acumulação, mas seu ho-
rizonte de tempo é menor, consequentemente, há de se esperar uma cautela
maior se comparado ao caso 1.

É importante ressaltar que o executivo possui herdeiros e um tempo menor de


acumulação para a sua aposentadoria.
No caso número 3, o grande objetivo é a manutenção do patrimônio,
justamente em um cenário onde os custos com saúde acabam aumentando
drasticamente.

A nova fase, não permite correr grandes riscos, pois caso o seu patrimônio seja afetado, o padrão de
vida do casal poderá sofrer grandes impactos.

O RISCO X RETORNO: CAPACIDADE DE ASSUMIR RISCOS

A tolerância ao risco se divide em: a capacidade para assumir riscos e a disposição para assumir ris-
cos.33

Capacidade: condiz com o indivíduo levar em consideração os recursos que possui atualmente, seus
objetivos a serem alcançados e o horizonte de tempo que possui para investir.

Disposição: está relacionado a elementos mais subjetivos e pessoais. Eu quero assumir risco nessa
fase da minha vida?

O BALANÇO PATRIMONIAL PESSOAL

▶ 1° Passo:

Ativos (patrimônios, propriedades)
Ativo de uso (casa)

43
44

Ativo de não – uso (casa de aluguel)

▶ 2º Passo:

Passivo (dívida)
Definição: O balanço patrimonial é uma fotografia atual dos ativos (valores a
receber, saldo em conta corrente, veículos, imóveis, joias, aplicações financei-
ras) e dos passivos (dívidas) de um indivíduo ou de uma família. Ao final, subtrai
o valor de passivo do valor de ativo e, caso negativo, o indivíduo tem um déficit
(ou seja, está endividado), entretanto se essa diferença for positiva ele está com
um superavit (os bens superam a dívida).

O FLUXO DE CAIXA

▶ 3° Passo:
⚪ Para construir o fluxo de caixa do cliente, é fundamental registrar todas as suas fontes de
receita e despesas.

⚪ Despesas Fixas:
Obrigação (água, luz, aluguel).
Facultativo (academia, clube).

⚪ Despesas Variáveis:
Obrigatório (gasolina/metrô).
Facultativo (cerveja, lanches, cinema).

⚪ Receitas:

Obrigatório (salário, recebimento de


aluguéis). Esporádicos (dividendos).

Definição: O fluxo de caixa é a base mensal de entrada e saída de recurso fi-


nanceiro de um indivíduo ou de uma família com o intuito de entender qual
sua capacidade de gerar poupança. Caso as despesas (aluguel,
mensalidade da escola, mercado, cartão de crédito) sejam menores que as
receitas (dividendos, salário etc.) então, seu cliente está preparado para
− iniciar seus investimentos.

44
45

O ORÇAMENTO DOMÉSTICO
▶ 4° Passo:
⚪ De acordo com o PL e com o fluxo de caixa, elabora-se um orçamento doméstico.
⚪ R – D = Capacidade de Poupança
Definição: O orçamento doméstico é similar ao fluxo de caixa, tem como fun-
ção analisar os próximos passos.

As informações encontradas até aqui servirão como base para lidar com suas finanças de
agora em diante.

O FINANÇAS COMPORTAMENTAIS
▶ Razão x Emoção
Esse campo de estudo explica como o nosso comportamento emocional nos influência em relação a
atitudes racionais que deveríamos tomar.
⚪ Pré-julgamento;
⚪ Atalhos mentais.
Daniel Kahneman (Rápido e Devagar duas formas de pensar)
▶ Sistema 1 x Sistema 2: Razão x Emoção

Finanças Comportamentais tentam identificar e compreender as ilusões cognitivas.

▶ HEURÍSTICAS

Disponibilidade: Eventos recentes ou de fácil acesso na memória (informações disponíveis).


O investidor assume que a informação que ele possui (a mais recente), é a única informação
necessária para se tomar uma decisão.

Exemplo clássico: Avião caiu, muitos cancelam a passagem (não considera estatística)
Investimentos: Olham o lucro e compram as ações.

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46

Representatividade: Utiliza de estereótipos já formados para tomar decisão.

Pré-conceitos já concebidos pelo indivíduo atrapalham no processo de tomada de decisão de


seus aportes.
Exemplos:
• Celular APPLE;
• Desvalorização das ações no início da pandemia.

Ignora o tamanho da amostra.

Investimentos: olha apenas para a rentabilidade passada, sem considerar outros fatores como
cenário.

Ancoragem: O indivíduo se ancora a um preço ou situação.Uma informação nos leva a considerá-


la fortemente na tomada de decisão ou na formulação de estimativas, independente da sua
relevância para o que é decidido ou estimado.

Exemplo clássico: Pipoca (P/M/G) ou “De R$ 3.000 por R$ 1.800”


Comum a ancoragem se basear em valores.

Exemplo: Comprou Petrobras a R$25,00, só venderá acima de R$25,00.


Aversão a perda (não a risco), o medo de perder. Não é heurística e sim um viés comportamental.
Maior importância as perdas. A dor de perder R$1.000,00 é muito maior do que a felicidade de
ganhar R$1.000,00.
Mantém em sua carteira ações perdedoras e se desfaz facilmente de posições ganhadoras.
Ação sobe de R$25,00 para R$28,00. Vende e ganha o lucro.
Ação cai de R$25,00 para R$23,00, não vende, pois tem medo de perder, quer esperar a ação voltar
para R$25,00.
Efeitos de estruturação: A maneira como um problema é estruturado ou a forma como a
informação é apresentada, exerce um impacto importante no processo decisório (framing), ou
seja, podemos
influenciar o processo de tomada de decisão pela forma que anunciamos/ escrevemos algo.
Você tem 90% de chance de ganhar se apostar.
Você tem 10% de chance de perder se apostar.
Mesma pergunta.
▶ ASG – AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA
Desde janeiro de 2022, as instituições financeiras devem identificar os fundos com objetivo de
investimentos 100% sustentável com o sufixo IS – Investimento Sustentável.

46
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Os fundos que não tiverem objetivo 100% sustentável, mas que ainda assim, atuem com questões
ASG – Ambiente, Social e Governança, não poderão usar o sufixo IS, mas terão uma diferenciação
dos demais, utilizando a frase “esse fundo integra questões ASG em sua gestão” em seus materiais.

▶ Mas o que é ASG/ESG?


A sigla ESG é a abreviação de “Environment, Social & Governance” (Ambiental, Social e Governança,
ou ASG no português). Esse conceito refere-se às boas práticas empresariais que se preocupam
com critérios ambientais, sociais e parâmetros de excelente governança corporativa.

As análises de ASG são baseadas em três importantes pilares.

▶ Pilar 1 – Ambiental:
Uso de fontes renováveis de energia pelas empresas, gestão de resíduos, problemas com poluição
atmosférica ou hídricas, desmatamento decorrentes de sua operação, ou seja, a preocupação da em-
presa com as questões de mudanças climáticas. Inclui-se:
⚪ Perda da biodiversidade;
⚪ Emissão de gases de efeito estufa;
⚪ Mudanças climáticas;
⚪ Energias renováveis;
⚪ Eficiência energética;
⚪ Escassez ou poluição da água, ar e outros recursos;
⚪ Mudanças no uso do solo- Ciclos de nitrogênio e fósforo.

▶ Pilar 2 – Social:
Elementos ligados às pessoas, como: cultura corporativa, programa de educação, formação dos
funcionários, o nível de rotatividade dos funcionários, ou seja, ações que podem impactar a vida dos
funcionários, clientes e fornecedores, internamente ou na sociedade. Inclui-se:
⚪ Direitos humanos e trabalhistas;
⚪ Trabalho infantil, escravo ou degradante;
⚪ Saúde e segurança no trabalho;
⚪ Diversidade;
⚪ Relacionamento com comunidades locais;
⚪ Atividade em gestão de conflito;
⚪ Saúde e acesso a medicina;
⚪ Proteção aos direitos do consumidor.

▶ Pilar 3 – Governança Comportamental:


Como a gestão executiva e o conselho de administração atendem aos interesses dos stakeholders da
empresa - qualquer pessoa ou grupo que tenha interesse em um projeto, negócio ou empresa como

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48

clientes, fornecedores, colaboradores etc. Inclui-se:


⚪ Estrutura, tamanho, diversidade, competências e independência do Conselho Administra-
tivo;
⚪ Remuneração de executivos;
⚪ Ética nos negócios;
⚪ Suborno e corrupção;
⚪ Relacionamento entre Conselho, executivos, acionistas e stakeholders.
A ANBIMA dispõe em seu material “REGRAS E PROCEDIMENTOS PARA IDEN-
TIFICAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL (IS)”. Precisamos
nos atentar a:

▶ Capítulo I – Objetivo e Abrangência:


O normativo estabelece regras e normas para os Fundos 555 de Renda Fixa e Ações que adotem as
nomenclaturas IS – Investimento Sustentável ou ASG – Ambiental, Social e Governança.

É vedado há quem não opte por identificar seus Fundos como de Investimentos Sustentáveis
incluir na razão social do Fundo o sufixo IS ou qualquer outro termo que possa levar o
investidor ao erro.

⚪ Seção II – Governança:
Art. 6º. O Gestor de Recursos deverá dispor de uma estrutura funcional, organizacional e de tomada
de decisões adequada para que sejam cumpridas suas responsabilidades relacionadas à Gestão
dos Fundos de Investimento Sustentável, conforme previsto neste normativo.

▶ Capítulo II– Requisitos aplicáveis ao gestor de fundos de investimentos sustentáveis.


⚪Seção I – Compromisso:
Art. 5º. O Gestor de Recursos deve atestar seu compromisso por meio de documento escrito,
elaborado e implementado que descreva as diretrizes, regras, procedimentos, critérios e controles
que serão adotados pela instituição referentes à integração de Questões ASG e/ou de investimentos
Sustentáveis.
O documento deve ser:
⚪ I. Aprovado pela alta administração da instituição, ou órgão equivalente;
⚪ II. Disponibilizado para consulta interna e pública, observado no artigo 7° deste normativo;
⚪ III. Atualizado em períodos não superiores a 24 (vinte e quatro) meses ou quando houver
alteração na Regulação.

▶ Capítulo III– Requisitos para o Fundo de Investimento Sustentável:


O Fundo identificado como de Investimento Sustentável deve:

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⚪ Incluir em sua denominação o sufixo “IS”;


⚪ Explicitar em seu regulamento um resumo do objetivo de Investimento Sustentável do Fun-
do;
⚪ Demonstrar quais ações, métricas e/ou indicadores materiais são utilizados para o monito-
ramento quanto à aferição do(s) objetivo(s) de investimento do Fundo IS;
⚪ Assegurar, caso seja utilizado índice como referência, que este índice esteja igualmente ali-
nhado com o(s) objetivo(s) de Investimento Sustentável do Fundo IS.

▶ Capítulo IV – Fundos que integram questões ASG:


Como já vimos, esses fundos não possuem objetivo 100% sustentáveis, mas aderem questões ASG
em sua gestão e por isso, devem:
⚪ Informar em sua documentação as linhas gerais da metodologia adotada para essa finali-
dade;
⚪ No que se refere à transparência, o Gestor deve divulgar publicamente em seu site e manter
atualizada, e em linha com as melhores práticas internacionais de relato e expectativas do
mercado, a forma como integra sistematicamente as Questões ASG na Gestão de Ativos.

IMPORTANTE
▶ O risco de imagem está associado a má reputação da empresa.
▶ Em um processo de lavagem de dinheiro. Os participantes que cooperarem com a investi-
gação podem ter suas penas reduzidas em até 2/3 da pena total.
▶ Como parte do conheça o seu cliente, o gerente terá que obter informações sobre o valor e
os ativos que compõe o patrimônio e a necessidade futura de recursos declarada.
▶ Exemplo de Front Running:
▶ Um operador da bolsa de valores é funcionário de uma corretora de valores e recebe uma
ordem de compra de um determinado cliente. Porém, antes de repassar essa ordem de
compra, o funcionário prioriza as ordens da sua Corretora na frente do cliente.
▶ Único fundo para aplicar com o API vencido: Fundo de Renda Fixa Simples
▶ O cadastro dos dados dos clientes das instituições financeiras deve estar completo e atua-
lizado para auxiliar na verificação da capacidade financeira desses clientes com o objetivo
de prevenir o crime de lavagem de dinheiro.
▶ É de responsabilidade da DIRETORIA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA a implantação e imple-
mentação de uma estrutura efetiva de controles internos, mediante a definição de ativida-
des de controle para todos os níveis de negócios da instituição financeira.

Exemplo de Insider Trading:

Um determinado profissional tem acesso a uma informação que não está disponível para
o mercado e poderá afetar consideravelmente o lucro de uma empresa positivamente. Ele

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decide então contar para um amigo essa informação e esse amigo compra as ações dessa
empresa.
▶ Um investidor que apresenta o viés de “Aversão à Perda”, tende a manter posições perde-
doras e se desfazer rapidamente de posições vencedoras.
▶ Para atender as normas de conduta conhecidas como Chinese Wall, uma instituição finan-
ceira deve segregar as atividades de administração de recursos próprios e de terceiros.

Exemplo na fase de colocação: Compra de propriedade rural. Direto com o dinheiro do cri-
▶ me
Ancoragem: Investidor que busca sempre uma determinada cotação/preço para definir a
sua decisão de compra de um certo ativo.

Comentários pertinentes:

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MÓDULO 3 – Princípios Básicos de Economia e Finanças


(5% a 10%)
O PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO
Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços finais, em termos monetários e a
va- lor de mercado, produzidos em uma determinada região durante certo período de tempo.
Calculado pelo método do valor agregado.
Só considera bens e serviços finais!

PIB = C + I + G + (X – M)
Para lembrar:
CIGARRO do X-MAN
Pode cair na sua prova também:

⚪ PIB = C + I + G + EL
⚪ PIB = C + I + G + NX
⚪ C = Consumo
⚪ I = Investimentos
⚪ G = Gastos
⚪ X = Exportações
⚪ M = Importações
⚪ EL = Exportações Líquidas
⚪ NX = Net Exports
O PIB Nominal:
Crescimento absoluto em relação ao período anterior.

O PIB Real:
Desconta-se a inflação a fim de verificar se houve crescimento real.

O PIB Per Capta:


Valor do PIB divido pela quantidade de pessoas da região.

O IPCA – ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO

Índice oficial de inflação do Brasil | Calculado pelo IBGE

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▶ Meta de inflação 2022:


⚪ 2,0% – 3,5% – 5,0%
▶ Quem determina a meta para inflação e quem a conduz?

O CMN determina a meta da inflação e o Banco Central através do COPOM


irá estabelecer a taxa de juros com o objetivo de atingir a meta estabelecida.

É importante ressaltar que ao aumentar a taxa de juros, o objetivo do Banco Central é conter a infla-
ção e consequentemente diminuir o consumo.

Ao diminuir a taxa de juros, o Banco central tem como objetivo estimular a economia, barateando o
crédito para a PF e PJ, com isso gerando empregos e aumentando o consumo.

População objetivo para o IPCA > famílias com rendimentos mensais de 1 a 40 salários mínimos, qual-
quer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões metropolitanas de
Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre,
Brasília e município de Goiânia.

Fonte: Banco Central do Brasil

O IGP-M – ÍNDICE GERAL DE PREÇOS – MERCADO

▶ O IGP-M olha a inflação sob a ótica do mercado.


⚪ Calculado pela FGV;
⚪ Divulgado mensalmente.
▶ Duas mensurações:
⚪ IGP-M = (21 até dia 20);
⚪ IGP-DI = (01 até 30).

▶ Composição:

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IPA (Índice Geral de Preços ao Produtor Amplo) 60%

IPC (Índice de Preços ao Consumidor 30%

INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) 10%

O SELIC META X SELIC OVER

SELIC META → Determinada pela COPOM

Taxa média das operações de financiamento de um dia, fei-


SELIC OVER → ta pelos bancos, lastreadas em TPF, realizadas pela SELIC,
ponderada pelo volume das operações.

TPF

Pago no dia seguinte

$$$$
Banco A Banco B

O CDI – CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO


Banco emprestando dinheiro para outro banco. Muito parecido com o sistema da Selic Over, o
que muda é o lastro da operação.

CDI

Gera a taxa DI

$$$$
Banco A Banco B

▶ Dois fatores devem ser atendidos:


⚪ 1. Operações iguais ou superiores a 100.
⚪ 2. Somatório dos volumes das operações igual ou superior a 30 (trinta) bilhões.

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Caso não seja atendido um dos dois critérios, será divulgado como taxa DI a
SELIC Over diária.

O TR – TAXA REFERENCIAL
Calculada pelo BACEN com base na média das taxas de juros negociadas no mercado secundário
com Letras do Tesouro Nacional (LTN), conforme metodologia própria. A essa média, denominada
Taxa Bá- sica Financeira (TBF), é aplicado um fator redutor, para então se chegar ao resultado da TR.

LTN → TBF → R → TR
TBF = Média das
LTNs TR = TBF –
Redutor

Utilizada para: FGTS, Poupança e financiamentos imobiliários.


⚪ O BC calcula e divulga a TR.
⚪ TR – TAXA REFERENCIAL
O POLÍTICA MONETÁRIA
Diretrizes definidas pelo CMN e conduz realizada pelo BACEN

▶ Conjunto de medidas /instrumentos que tem como finalidade a estabilidade da moeda.


Duas direções:

⚪ I. Política Monetária Expansionista


Aumento da base monetária para estimular o consumo/demanda.

⚪ II. Política Monetária Contracionista


Diminuição da base monetária para frear consumo/demanda

O INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA


▶ OPEN MARKET

Definição: Open Market (Operações de mercado aberto) - Compra e venda


de T.P.F pelo BACEN (comprando os títulos que estão nas mãos dos DEALERS
(BAN- COS) ou vendendo para os DEALERS).

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É o instrumento de política monetária mais ágil.

▶ O BACEN não emite Título Público Federal, mas possui em sua carteira para efeito de
con- trole de liquidez da economia.

⚪ I. Política Monetária Expansionista


BACEN compra Título Público Federal do Mercado
⚪ II. Política Monetária Contracionista
BACEN vende Título Público Federal no Mercado

Ex e mpl o:

Cenário de IPCA elevado

BC vende TPF para os Dealers

Menos $$ em caixa

Taxa de Juros sobe

Reduz Consumo e Inflação

Ex e mpl o:

Cenário de IPCA baixo

BC compra TPF para os Dealers

Mais $$ em caixa

Taxa de Juros cai

Sobe Consumo e Inflação

▶ DEPÓSITO COMPULSÓRIO

Definição: Depósito Compulsório - A taxa do Depósito Compulsório é


definida pelo CMN e quem recolhe de fato o compulsório é o BACEN.
Compulsório é todo dinheiro que entra no banco aquele dia, uma % dele os
bancos precisam guar- dar e enviar para o BACEN.

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⚪ O Banco Central define a alíquota;


⚪ A alíquota que os Bancos devem repassar em espécie para o Banco do Brasil diariamente,
que faz a custódia do valor;
⚪ Entra no compulsório: depósitos à vista, depósitos à prazo e caderneta de poupança.
⚪ I. Política Monetária Expansionista
BACEN diminui alíquota do Recolhimento

⚪ II. Política Monetária Contracionista


BACEN aumenta alíquota do Recolhimento

Ex e mpl o:

Cenário de IPCA elevado

BC aumenta alíquota

menos $ para emprestar

Taxa de Juros sobe

Reduz Consumo e Inflação

Ex e mpl o:

Cenário de IPCA baixo

BC diminui alíquota

mais $ para emprestar

Taxa de Juros cai

Sobe Consumo e Inflação

O REDESCONTO

Definição: Redesconto - Empréstimo de última instância feito pelo BACEN aos


bancos, vamos imaginar que o banco XPTO não tem o dinheiro dos Compulsó-
rios hoje, ele pode emprestar do próprio BACEN esse dinheiro. Claro que vai
ser uma taxa bem mais salgada, do que fosse emprestado entre bancos
(interfinan- ceiro).

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⚪ I. Política Monetária Expansionista


BACEN diminui a taxa de juros do Redesconto
⚪ II. Política Monetária Contracionista
BACEN aumenta a taxa de juros do Redesconto

Ex e mpl o:

Cenário de IPCA elevado

BC aumenta tx de empréstimo

Diminui oferta de crédito

Taxa de Juros sobe

Reduz Consumo e Inflação

Ex e mpl o:

Cenário de IPCA baixo

BC diminui tx de empréstimo

Aumenta oferta de crédito

Taxa de Juros cai

Sobe Consumo e Inflação

O PIB X JUROS X INFLAÇÃO


Os juros altos, freiam a economia, com isso a população para de gastar e a in-
flação cai, desse modo o país não produz e o PIB cai. Logo depois o BC dimi-
nui juros para melhorar a atividade econômica do país, com isso muitos
pegar empréstimos e capital de giro aproveitando a taxa menor, aumenta a
procura por bens e o preço sobe, o PIB também sobe. Como a inflação sobe
muito o BC aumenta os juros para conter a inflação.

O COPOM – COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA

▶ Órgão do BACEN que define a cada 45 dias a taxa SELIC


⚪Criado em junho de 1996;

57
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⚪ Junho de 1999 o Brasil passou a adotar as “Metas de Inflação” (definida pelo CMN);
⚪ Índice utilizado na meta: IPCA;
⚪ A reunião do COPOM acontece sempre nas terças e quartas-feiras, sendo 8 (oito) reuniões
por ano, podendo ter reuniões extraordinárias;
⚪ Participam da reunião o Presidente do BC e seus 8 (oito) diretores;
⚪ Na quarta que antecede a reunião, inicia-se um silêncio absoluto dos participantes e na
terça subsequente é divulgada a Ata da reunião;

INFLAÇÃO CONTAS PÚBLICAS

CENÁRIO EXTERNO ATIVIDADE ECONÔMICA


Fonte: Banco Central do Brasil

Fonte: Banco Central do Brasil

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O POLÍTICA FISCAL
▶ Necessidade de Financiamento do setor público

Conjunto de medidas para o Governo Federal arrecadar receitas e realizar despesas, para
cumprir três funções essencialmente:
⚪ I. Estabilização da Macroeconomia;
⚪ II. Redistribuição de Renda;
⚪ III. Alocação de Recursos.

É comum o Governo ter uma despesa maior que a receita , que é financiado pelos Títulos Públicos
Federais
▶ Resultado Fiscal
⚪ Dívida Bruta
Total da dívida pública

⚪ Dívida Líquida
Exclui a dívida que está nas mãos do BACEN

⚪ Resultado Nominal
Tudo o que o governo arrecada, menos suas despesas

⚪ Resultado Primário
Superávit Nominal, menos os juros da dívida pública

⚪ Relação Dívida/PIB
Importante indicador de saúde fiscal do país. Quanto maior, pior o cenário
⚪Regra de Ouro
O governo não pode se endividar para pagar despesas correntes sem a aprova-
ção do Senado Federal. Pode acarretar em crime de responsabilidade.

▶ Arrecadação > Gastos => Superávit fiscal


▶ Gastos > Arrecadação => Déficit fiscal

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▶ Política Fiscal Expansionista:

⚪ Governo aumenta os gastos


⚪ Estímulo as exportações
⚪ Diminuição da carga tributária
⚪ Tarifas e barreiras às importações
▶ Política Fiscal Contracionista:
⚪ Governo diminui os gastos $$$ + juros
⚪ Aumenta os impostos
O CONTAS DO SETOR PÚBLICO

DESPESAS SUPERÁVIT/
RECEITA NÃO DÉFICIT
FINANCEIRAS NOMINAL

DESPESAS PAGAMENTO DE
SUPERÁVIT/
RECEITA NÃO JUROS SOBRE A DÉFICIT
DÍVIDA PÚBLICA
FINANCEIRAS PRIMÁRIO

POLÍTICA CAMBIAL

Define as relações financeiras entre os países

Brasil Perfeitamente flutuante Câmbio fixo

Flutuação suja Bacen não intervém Taxa fixada pelo governo

▶ Conjunto de medidas que define o regime da taxa de câmbio.


⚪ CMN determina o regime cambial.
⚪ Bacen conduz a política cambial com seus instrumentos.
⚪ I. Política de Câmbio Flutuante;

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⚪ II. Política de Câmbio Flutuante sujo;


⚪ III Política de Câmbio Fixo;
⚪ IV. Política de Bandas Cambiais.
O Conceito de Desvalorização e Valorização

A volatilidade na taxa de câmbio afeta a toda a população

▶ Desvalorização
⚪ Melhora exportações e diminui importações;
⚪ Tende a trazer inflação para a economia.

▶ Valorização

⚪ Melhora importações e diminui exportações;


⚪ Desvaloriza cenário nacional.
O TAXA DE CÂMBIO
▶ Comparação entre moedas

A taxa de câmbio, que nada mais é do que o preço de uma moeda comparado
ao de outra moeda.

No Brasil, a taxa de câmbio mais observada é a BRL/USD, ou seja, a taxa de


câmbio entre o dólar norte-americano e o real brasileiro.

Ex.: Dólar fechou em R$ 3,85, ou seja, são necessários 3,85 reais para trocar por
1 dólar.

Dólar subiu para R$ 3,90, quer dizer que são necessários R$ 3,90 reais para tro-
car por 1 dólar, ou seja, o real se desvalorizou.

Dólar caiu para R$ 3,70, quer dizer que são necessários agora apenas R$ 3,75
para trocar por 1 dólar, ou seja, o real se valorizou.

▶ A taxa de câmbio spot é a taxa para compra e venda imediata de dólares.


Taxa PTAX: média das cotações do dólar no mercado, calculada pelo Banco Central do
Brasil por meio de metodologia própria, com base em quatro janelas de consulta ao longo
de cada dia.

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Essa taxa é utilizada como referência para diversos contratos no mercado


finan- ceiro, incluindo derivativos.

▶ Reservas Internacionais:

▶ Ativos do Brasil em moeda estrangeira

As reservas Internacionais de um país são formadas por ativos em moedas estrangeiras, como títulos,
depósitos bancários, que podem ser usados para pagamento de dívidas internacionais.
Funcionam como espécie de seguro para:
− País fazer frente as obrigações no exterior;
− Evitar choques de natureza externa;
− Segurança para o investidor internacional.

O Banco Central do Brasil aloca as reservas internacionais em moeda forte, assim como títulos da
dívida dos EUA.
O CONTAS EXTERNAS
▶ Balanço de Pagamentos:
⚪ Registro de tudo o que entra e sai de fluxos financeiros do país.
⚪ Balança de Pagamento = Conta Corrente + Conta Capital.
⚪ Conta Corrente = Balança Comercial + Balança de Serviços + Rendas e Transferências Uni-
laterais.
⚪ Conta Capital = Mercado de Capitais.
O CUPOM CAMBIAL
▶ Taxa de juro em dólares no Brasil

⚪O Cupom Cambial é a remuneração dos dólares que são investidos aqui no país.
⚪ Quanto maior o Cupom Cambial, maior será a atratividade de capital estrangeiro para o país.
⚪ Um aumento na taxa de juros doméstica ou valorização cambial (do real), causa uma elevação do
Cupom Cambial.

▶ Cálculo do CUPOM cambial

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Exemplo:

Investidor americano trouxe U$10.000 para o Brasil a cotação de R$3,00. Ga-


nhou 10% de rentabilidade aqui no país e depois levou o capital novamente
para os Estados Unidos a uma cotação de R$2,00. Qual a rentabilidade desse
investidor?

R$10.000,00 X R$3.000,00 = R$30.000,00 + 10% = R$33.000,00/ R$2,00 =

R$16.500 R$10.000,00 Δ% R$16.500,00 = 65%

O JUROS SIMPLES X JUROS COMPOSTOS


▶ CAPITALIZAÇÃO SIMPLES E CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA

▶ Juros Simples è Taxa Proporcional


⚪Juros incide apenas sobre o capital.
▶ Juros = Capital x taxa x Tempo (período).

Um regime de capitalização simples no cálculo da remuneração devida em um título, o valor


de refe- rência para o cálculo dos juros é sempre o montante inicial, isto é, o valor presente do
título.

▶ Juros Compostosè Taxa Equivalente


⚪Juros compostos = Juros sobre juros.
▶ Juros = Capital x (1 + taxa)n

No regime de capitalização composta tende a ser preferido. Nesse regime, o montante inicial cresce
de maneira geométrica ao longo do tempo, e o valor de principal acrescido de juros em um dado
período serve como base de cálculo para os juros do período subsequente.

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TAXAS DE JUROS NOMINAL X TAXA DE JUROS REAL

Taxa de juros nominal = Todo o juro que o investidor recebe na

operação. Taxa de juros real = Taxa de juros nominal – Taxa de inflação.

Se a taxa de inflação for maior do que a taxa de juros nominal durante o período de um
investimento, a taxa de juros real ficará abaixo de zero.

Se a taxa de inflação for negativa, isto é, se houver deflação, a taxa de juros real será superior à taxa
de juros nominal.

O NOÇÕES DE FINANÇAS
▶ Fluxo de Pagamentos

⚪ Valor Presente
Quanto vale um montagem atualmente.

⚪ Valor Futuro

Preço que o montante terá uma data futura (caso investido).

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▶Taxa de desconto
O cálculo aplicado sobre um valor futuro para determinar sua equivalência no presente.

Cupom
Pagamento, por parte do título, de juros periodicamente.
Importante = O valor presente é inversamente proporcional a taxa de juros

Exemplos:

1) Bruno pegou emprestado R$5.000,00 com o Banco, para pagar em 12 meses a uma taxa de juros
compostos de 2% a.m. Qual o valor total da dívida do cliente?
PV = R$5.000,004
n = 12
i = 2%
FV= R$6.341,21
2) Bruno aplicou R$8.000,00 em um título com pagamento de cupom semestral que remunera 5% a.s.
Sabendo que o título tem vencimento de 3 anos, qual o retorno efetivo deste título contratado?

Valor de face = R$1.000,00


3 ANOS = 6 SEMESTRES
5% de R$1.000,00 = R$50,00

R$1050,00
R$50,00 R$50,00 R$50,00 R$50,00 R$50,00

R$800,00

G CF0 = - R$800,00
G CFJ = R$50,00
G NJ = 5
G CFJ = 1050
F IRR = 9,53

O NOÇÕES DE FINANÇAS
▶ Fluxo de Pagamentos


Taxa Interna de Retorno (TIR)

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66

Essa é a taxa que iguala a entrada com a saída, trazendo assim, tudo a
valor presente.

O objetivo é mostrar a viabilidade do projeto/investimento.

▶ Prazo médio
Medida estatística que calcula o prazo médio de recebimento de uma
carteira de investimentos.

ATIVO Vencimento Aplicação

CDB A 24 meses R$200.000,00

CDB B 6 meses R$20.000,00

6 ENTER R$20.000,00 Σ6+ 24 ENTER R$200.000,00 Σ+ G xw (tecla 6) = 22,36

▶ PMC = 15 ▶ (
24+6/2) PMP =
22,36
O Custo de Oportunidade
▶ Benefício perdido por uma determinada escolha


Qual o custo de oportunidade que você tem exatamente agora, estudando para a
certifica- ção?
− Você poderia estar curtindo com a sua família, amigos.
− Mas você terá a certificação, qualificação caso faça isso.
▶ Exemplo:

⚪ Investiu R$100.000,00
⚪ 1° ano – R$20.000,00
⚪ 2° ano – R$30.000,00
⚪ 3° ano – R$60.000,00
▶ Taxa Livre de Risco

▶ Risco de Crédito

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Teoricamente é possível aplicar em títulos do Tesouro Nacional, obter rentabilidade, sem a existência
do risco de crédito.

Prêmio pelo risco = Percentual pago acima dos ativos livre de risco

▶ Custo Médio Ponderado de Capital


WACC – Weighted Average Cost of Capital

Conceito: Quanto em média está custando o capital de uma empresa?

▶ Capital de Terceiros:
⚪ Mais arriscado para a empresa;
⚪ Menos risco para o investidor.
▶ Capital de Próprio – Acionistas:
⚪ Pouco risco para a empresa;
⚪ Maior risco para o acionista.
▶ Alavancagem
Quanto maior o peso de capital de terceiros que uma empresa tem,
maior será sua alavancagem.

CMPC = (% CP X Custo CP) + (% CT x Custo CT) + (1- IR)


WAAC

Exemplo: Se CMPC der 20%, a margem de lucro do produto / serviço da


em- presa deve ser maior que 20%, pois o custo do dinheiro para a
empresa é de 20%.

▶ Retorno Histórico e Retorno Esperado

Fundos EMB:

Mês Rentabilidade
jun/21 3%
jul/21 1%
ago / 1%
21 se 2%
t/21 3%
out/21 2%
Média

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Média = Expectativa de Rentabilidade no mês de dezembro, o retorno esperado é

de 2%. Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

IMPORTANTE
▶ O Produto Interno Bruto de uma economia representa, em valores monetários e para deter-
minado período, a soma de todos os bens e serviços finais, a valor de mercado.
▶ O índice de inflação oficialmente utilizado pelo governo brasileiro para verificar o cumpri-
mento da meta de inflação é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
▶ A taxa de referência para o cálculo da remuneração devida em empréstimos realizados en-
tre instituições financeiras no Brasil é a Taxa DI.
▶ A taxa DI é apurada diariamente e aplicada com base em dias úteis.
▶ A taxa de juros utilizada para o cálculo da remuneração dos saldos das contas vinculadas
▶ ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é a Taxa Referencial.
▶ Um dos objetivos do Comitê de Política Monetária (Copom) é definir a meta da taxa Selic.
▶ A diferença entre as taxas de juros nominal e real é dada pela taxa de inflação.
A utilização de um índice de referência (benchmark) para um fundo de investimento permi-
▶ te a verificação do desempenho relativo do fundo.
▶ Para um ativo financeiro qualquer, a volatilidade é uma medida de risco.
▶ Em um cenário de elevação da taxa básica de juros (SELIC) é esperado, por consequência,
redução do IPCA.
▶ As reservas internacionais de um país representam o saldo que o governo dessa país detém
em moedas estrangeiras.
O prazo médio ponderado de um título financeiro é igual ao prazo até a sua data de venci-
mento quando a taxa de cupom é igual a zero, e o valor de principal é integralmente devido
▶ no vencimento.
Ao longo de um mesmo dia, a marcação a mercado de um título com taxa de remuneração
▶ fixa apresentará resultado negativo se a taxa de desconto permanecer constante.
Após a sua emissão, a negociação de títulos e valores mobiliários ocorre no mercado se-
▶ cundário.
Instrumento utilizado pelo banco central do brasil para controlar a liquidez do mercado

financeiro: Política Monetária
▶ A diferença entre as taxas de juros nominal e real é dada pela taxa de inflação
▶ O preço unitário (PU) de um título de renda fixa é o valor presente das amortizações e do
principal.
▶ O valor presente em um fluxo de pagamento é inversamente proporcional a taxa de des-
conto.
▶ Taxa de juros utilizada para cálculo da remuneração dos saldos das contas vinculadas ao
FGTS é a TR – Taxa Referencial
São princípios da marcação a mercado, segundo a Anbima (lembrar COMEÇO: Consistência,
Objetividade, Melhores Práticas, Equidade e Comprometimento)

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MÓDULO 4 – Instrumentos de Renda Variável, Renda


Fixa e Derivativos (17% a 25%)
O RENDA FIXA
▶ O que caracteriza um título como Renda Fixa?

Para um título ser considerado de Renda Fixa, deve-se atender a três critérios:

▶1. Dívida;
▶2. Vencimento/Prazo;
▶ 3. Rentabilidade.

TABELA REGRESSIVA DE IMPOSTO DE RENDA

▶ IR Regressivo para CDB, DPGE, LF, Debêntures, Notas promissórias e Títulos Públicos Fede-
rais.
▶ Cobrança: no resgate ou no vencimento.
▶ Isenção PF para: Poupança, Debênture Incentivada, CRI, CRA, LCI, LCA e CPR.

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)


Será cobrado IOF em investimentos resgatados até o 29° dia, após isso o
inves- tidor ficará isento desta cobrança. Caso haja necessidade de cobrança,
1° será cobrado o IOF e em 2° o IR.

IOF antes do

IR; 4 – 3 – 3

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70

% do IOF % do IOF % do IOF


Prazo Prazo Prazo
sobre sobre sobre
(dias corridos) (dias corridos) (dias corridos)
rendimento rendimento rendimento

1 96 11 63 21 30

2 93 12 60 22 26

3 90 13 56 23 23

4 86 14 53 24 20

5 83 15 50 25 16

6 80 16 46 26 13

7 76 17 43 27 10

8 73 18 40 28 6

9 70 19 36 29 3

10 66 20 33 30 0

O FGC (FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO)


O FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, estabelecida em novembro de 1995 com
personalidade jurídica de direito privado. O propósito fundamental do FGC é resguardar depositantes
e investidores contra os riscos de crédito, dentro do âmbito do Sistema Financeiro Nacional,
respeitando os limites estipulados pela regulamentação vigente.
Instituições Associadas ao FGC:
• Bancos Múltiplos
• Bancos Comerciais
• Bancos de Investimento
• Bancos de Desenvolvimento
• Caixa Econômica Federal
• As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras)
• Sociedades de Crédito Imobiliário
• Companhias Hipotecárias
• Associações de Poupança e Empréstimo

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71

▶ Limites por cobertura:


− R$250.000,00 por CPF/CNPJ e por instituição;
− Conta conjunta possui a regra de limitação por instituição, no valor máximo de R$250 mil.
− R$1.000.000,00 de limitação, com renovação em 4 anos.

O FGC possui um valor de R$ 250 mil em garantia, limitado por CPF e por instituição. Na prática, caso
a conta corrente possua mais de R$ 250 mil, o valor da garantia será limitado a este. Além disso, a
garantia do valor é por instituição, o que implica que, mesmo que um investidor possua contas em
diferentes instituições financeiras, o limite de R$ 250 mil será aplicado separadamente para cada
uma delas.

▶ Cobertura:
⚪ Depósito à vista ou sacáveis mediante aviso prévio.
⚪ Depósito de Poupança;
⚪ Letra de Câmbio;
⚪ Letras Hipotecárias;
⚪ Letras de Crédito Imobiliário;
⚪ Letras de Crédito do Agronegócio;
⚪ Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado RDB (Recibo de Depósito Bancário) e
CDB (Certificado de Depósito Bancário);
⚪ Depósitos mantidos em contas não movimentadas por cheques destinadas ao registro e
controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamentos de salários,
vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
⚪ Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE) - ·A garantia oferecida pelo FGC é de até R$
40 milhões por titular, e por instituição financeira emissora.
⚪ Operações Compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março de
2012 por empresa ligada;
Operações Compromissadas – representam estratégias utilizadas por
bancos para captar recursos quando não têm a intenção de emitir novas
dívidas. Nesse contexto, o banco adquire um ativo, como um título público
federal, e o repassa ao investidor. Este, por sua vez, desfruta do prazo e
rentabilidade associados ao título, enquanto o banco assume o
compromisso de recomprar a dívida em uma data preestabelecida.

Operação
compromissada

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Nesse exemplo, o Itaú realiza três operações compromissadas para


investidores. A primeira operação foi a compra de debêntures da Alpargatas
(empresa pertencente ao grupo Itausa, holding que gere o mesmo grupo
financeiro do Itaú), e que tem proteção do FGC (considerando uma debênture
emitida após 08/03/2012), pois possui empresa ligada. A segunda operação foi
a compra de debêntures da Ecorodovias, sem proteção do FGC por se tratar de
empresa sociedade anônima não financeira. A terceira operação foi a compra
de LFTs, sem proteção do FGC.

Investimentos QUE NÃO ESTÃO COBERTOS pelo FGC:


Fundos de Investimento, CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRA (Certificado de Recebíveis
do Agronegócio), Debêntures, Ações, Commercial Papers (Notas Promissórias), Opções, Swap,
Mercado a Termo, Mercado Futuro e LF.

O FGCOOP (FUNDO GARANTIDOR DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO)

O FGCoop foi criado em 2014 para proteger pessoas que confiam suas economias às
cooperativas de crédito e aos bancos cooperativos associados ao Fundo, nas condições do
seu regulamento. Ele protege as emissões de dívidas de cooperativas de crédito em seus
ativos, assim como o FGC.
Principais diferenças do FGC para o FGCOOP

O CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO


Definição: O CDB, Certificado de Depósito Bancário, é um título privado para a captação de
recursos de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos. É um investimento
“protegido” pelo FGC.
▶ Emissor: Banco Comercial, de Investimentos ou múltiplo.

$$

$$$ + JUROS

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▶ Características:
⚪ Valor de emissão: Não há regra;
⚪ Rentabilidade: prefixada, pós-fixada ou híbrido;
⚪ Prazo: Não há regra;
⚪ Liquidez: A depender do emissor;
⚪ Transferência: Mercado secundário;
⚪ Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito;
⚪ Garantia: FGC;
⚪ Tributação: IOF (até o dia 29) + Tabela Regressiva de IR.

▶ IR: Tabela regressiva


⚪ 22,5% até 180 dias
⚪ 20% de 181 a 360 dias
⚪ 17,5% de 361 a 720 dias
⚪ 15% mais de 720 dias

O RDB – RECIBO DE DEPÓSITO


O BANCÁRIO Fluxo idêntico ao do CDB.

Características:
Valor de emissão: Não há regra;
Rentabilidade: prefixada, pós-fixada ou híbrido;
Prazo: Não há regra;
Liquidez: Não tem;
Transferência: Mercado secundário;
Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito;
Garantia: FGC;
Tributação: IOF (até o dia 29) + Tabela Regressiva de IR.

POUPANÇA
A poupança não é tecnicamente um instrumento de renda fixa.

Pontos relevantes:
Sua rentabilidade será mensal se o investidor for PF e trimestral se for PJ;
Poupança antiga (até 03/05/2012): 0,5% a.m. + TR (Taxa Referencial);

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73
74

Após 04/05/2012:
Se a SELIC estiver acima de 8,5% a.a
0,5% a.m. + TR
Se a SELIC estiver abaixo de 8,5% a.a
70% da SELIC + TR

Exemplo:
▶ Selic hoje: 13,25% a.a
▶ Poupança = 9,28% a.a.

▶Informações importantes:

⚪ Investimento mais tradicional do Brasil;


⚪ Possui FGC;
⚪ Isento de IR para PF;
⚪ Liquidez diária;
⚪ Possui aniversário;
⚪ Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de aniversário o dia
01 do mês subsequente;
⚪ Rentabilidade - Vale o dia do depósito;
⚪ Remunera o menor saldo do período.

Tributação
⚪ PF= Isento
⚪ PJ= Tabela Regressiva de IR;
⚪ PJ Isentos: Igrejas, Organização sem fins lucrativos.

O TPF – TÍTULO PÚBLICO FEDERAL

▶ Emitido pelo Tesouro Nacional


Definição: Instrumento de Renda Fixa que financia a dívida pública, ou seja, o
investidor está emprestando dinheiro para o Governo financiar seus projetos.

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▶ TIPOS DE NEGOCIAÇÃO

▶ 5 TÍTULOS NEGOCIADOS
⚪ LFT – Tesouro Selic: Remunera a variação da taxa Selic over (pós-fixado);
⚪ LTN – Tesouro Prefixado: Remunera uma taxa prefixada;
⚪ NTN-F – Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (prefixado – CUPOM 10% a.a);
⚪ NTN-B – Tesouro IPCA + Juros Semestrais (Híbrido: IPCA+ taxa prefixada CUPOM 6%
a.a);
⚪ NTN-B Principal – Tesouro IPCA + (Híbrido: IPCA+ taxa prefixada).
▶TRIBUTAÇÃO:
IR: Tabela regressiva
⚪22,5% até 180 dias
⚪20% de 181 a 360 dias
⚪17,5% de 361 a 720 dias
⚪15% mais de 720 dias
Uma LFT negociada com ágio terá rendimento inferior a SELIC. Uma LFT negociada com deságio,
terá rendimento Superior a SELIC.
LFT é interessante em um cenário de alta de taxa de juros. Já a LTN é interessante em um cenário de
queda de taxa de juros.

▶ CARACTERÍSTICAS DOS TPF


Características da negociação

⚪ Valor de Emissão: R$1.000,00 em todos os casos.
VNA (Valor Nominal Atualizado): Os Títulos foram emitidos em 01/07/2000 por R$1.000,00.
⚪ Porém, os títulos pós-fixados são atualizados constantemente.

⚪ PU: Preço Unitário.

⚪ Ágio: Paga-se mais caro pelo título.

⚪ Deságio: Paga-se mais barato pelo título.

⚪ Cupom: Recebimento periódico de caixa.


Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito.

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O TESOURO DIRETO
Definição: Plataforma de negociação desenvolvida para facilitar a visualização
do investidor e dar mais acesso à Pessoa Física na negociação de Títulos Públi-
cos Federais.

▶ Características:

⚪ Necessário um agente de custódia intermediador;


⚪ Investimento mínimo: 1% do Preço Unitário do Título ou R$30,00;
⚪ Investimento máximo de R$1.000.000,00 por mês;
⚪ Liquidez diária, porém, liquidação em D+1;
⚪ Registro na Clearing da B3;
▶ RECOMENDAÇÕES DE TPF
⚪ Cliente quer fazer uma reserva de emergência: LFT
⚪ Cliente aposta na alta da taxa de juros: LFT
⚪ Cliente deseja se proteger da Inflação e ter caixa periódico: NTN-B
⚪ Cliente aposta na queda da taxa de juros e quer seu pagamento no vencimento: LTN
⚪ Cliente aposta na queda da taxa de juros e quer recebimentos periódicos: NTN-F

O TESOURO RENDA + e TESOURO EDUCA +

Renda+
Título emitido pelo Tesouro Nacional com objetivo de criar renda complementar na aposentadoria do
investidor.

Educa+
Título emitido pelo Tesouro Nacional com objetivo de criar renda para financiar a educação superior.

76
77

NTN-B1: Pagamento da variação percentual do IPCA + taxa de juros pré-fixada


Carência: O investidor poderá realizar os resgates somente após a carência de 60 dias da data
do aporte
Fluxo de Recebimento: Possuem um período um pouco mais longo, com o Educa+ chegando
a 60 meses, e o Renda+ chegando até 240 meses.
Investimento a partir de: Mantém o valor mínimo de R$ 30,00 como os demais títulos públicos
federais
Taxa de custódia zerada: Quando se adquire um título público federal através do Tesouro
Direto, é cobrada uma taxa de custódia para a B3, porém para esses dois títulos a taxa será
zerada quando na conversão da renda, o investidor receber uma renda até 6 salários mínimos
(para o Tesouro Renda +) e até 4 salários mínimos (para o Tesouro Educa+)

▶ Fluxo dos Títulos

Para ambos os títulos, o fluxo é bem parecido, o que muda é o tempo de recebimento. Em
ambos os títulos, o investidor realiza aportes mensais (onde já incide a remuneração
contratada IPCA + % prefixado), e em determinado período no vencimento do título
contratado encerram-se os aportes, e o valor acumulado é convertido em renda.

Um título cuja nomenclatura inicia com Renda+, ele terá uma data de vencimento, e de forma
implícita, 20 anos antes do vencimento o investidor para de realizar os aportes mensais, e
passa a receber o valor em forma de renda.
De forma parecida, o título Educa+ também possui uma data de vencimento, porém o
encerramento dos aportes mensais se darão 5 anos antes do vencimento do título, conforme
exemplos.

Renda+ 2080

Aportes Recebimento da
mensais renda mensal

2024 2060 2080

Educa+ 2040

Aportes Recebimento da
mensais renda mensal

2024 2035 2040

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O LETRA FINANCEIRA
Definição: Letras financeiras são títulos emitidos por instituições financeiras,
que consistem em promessa de pagamento.

Emissor: Bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades de crédito,


finan- ciamento e investimento, caixas econômicas, companhias hipotecárias ou sociedades de
crédito imo- biliário e BNDES;

⚪ Aplicação mínima: R$ 50 mil sem subordinação; R$300 mil com subordinação;


⚪ Admite pagamento de cupons periódicos.
⚪ Prazo mínimo: 24 meses, vedado o resgate total ou parcial antes do vencimento;
⚪ Não conta com a cobertura do FGC;
⚪ Tributação: IR de 15%;
O DPGE – DEPÓSITO A PRAZO COM GARANTIA ESPECIAL
Definição: Os DPGEs são depósitos a prazo emitidos por instituições financei-
ras.

Emissor: Bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento e investimento, as sociedades


de crédito, financiamento e investimento e as caixas econômicas.
▶Características:
⚪ Aplicação mínima: Não há;
⚪ A remuneração pode ser em pré ou pós-fixadas;
⚪ O prazo do resgate é definido no momento da contratação, mas não pode ser inferior a 6
meses nem superior a 36 meses. NÃO PODE SER RESGATADO ANTECIPADAMENTE NEM PAR-
CIALMENTE.
⚪ Aplicação garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores até R$40 mi-
lhões, por CPF ou CNPJ, por instituição ou conglomerado financeiro;
⚪ IR via tabela regressiva.

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O LCI – LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO

Definição: Instrumento de renda fixa que possui como lastro créditos


imobiliá- rios.
O LCI é um título de dívida emitido por uma instituição financeira.

Emissor: Banco Comercial, Banco de investimentos ou múltiplo, além de sociedade de crédito


imobiliário.
Instituição
TOMADOR Investidor
Pagar em 30 anosfinanceira

Empresta 150k $$$


▶ Características:
⚪ Valor de Emissão: não há regra;
⚪ Rentabilidade: prefixada ou pós-fixada;
⚪ Prazo mínimo: São 36 meses quando o título for atualizado mensalmente por índice de pre-
ços ou 12 meses se for atualizado anualmente por esse indexador. Se não utilizar índice de
preços, é de 90 dias;
⚪ Liquidez: regra de prazo;
⚪ Transferência: Mercado Secundário;
⚪ Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito;
⚪ Garantia: FGC e lastro real;
⚪ Tributação: Pessoa Física isenta e Pessoa Jurídica IOF + Tabela regressiva.
▶ LCA – LETRA DE CRÉDITO DO AGRONEGÓCIO
LCA foi criada para oferecer às instituições financeiras públicas e privadas a possibilidade de captarem
recursos para o financiamento das atividades do setor do agronegócio.
Emissor: Banco Comercial, Banco de investimentos ou múltiplo, além de sociedade de crédito
imobiliário.

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▶ Características:
⚪ Prazo mínimo: Serão 12 meses quando indexado a índice de preços e 90 dias se não houver
atualização por índice de preços.
⚪ Protegido pelo FGC
⚪ PF isenta de IR
⚪ PJ tabela regressiva
⚪ Pode negociar no mercado secundário
⚪ Só pode ser emitido por bancos ou cooperativas de crédito

O CPR – CÉDULA DE PRODUTO RURAL


Definição: A Cédula do Produto Rural (CPR) é um título de promessa de
entrega de produtos rurais que pode ser emitida pelos agricultores e suas
associações, inclusive cooperativas.

O emitente deve procurar uma instituição que dá garantia a CPR, aumentando o universo de
compradores interessados em adquiri-la.
▶ Características:
⚪ Rentabilidade: Pode ser prefixada ou pós-fixada;
⚪ Prazo: Não há regra;
⚪ Sua liquidação só é permitida por meio da entrega física da mercadoria;
⚪ Por meio da CPR, o produtor antecipa a venda da produção, e pode ser negociada nos mer-
cados de bolsas e de balcão;
⚪ Garantia: Não conta com a cobertura do FGC, mas há garantia do avalista (o mais utilizado
⚪ éTributação:
o penhor rural);
PF Isento de IR / PJ tabela regressiva.

O CDCA – CERTIFICADO DE DIREITOS CRÉDITOS DO AGRONEGÓCIO


Definição: O CDCA é um título de crédito nominativo, de livre negociação e
re- presentativo de promessa de pagamento em dinheiro, vinculado a direitos
cre- ditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais e
terceiros, inclusive financiamento ou empréstimos.

Seria a continuação da CPR, o produtor rural repassa os direitos de créditos do agronegócio, e a


coo- perativa que ajudou a financiar a CPR, pode criar um CDCA.
▶ Características:
⚪ Não conta com o FGC;

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⚪ PF isento, PJ tabela regressiva;


⚪ Lastreado em produtos agrícolas.

O CRI – CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS


Definição: O Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é um título de renda
fixa baseado em créditos imobiliários (pagamentos de contraprestações de
aquisição de bens imóveis ou de aluguéis).

Emissão: Instituições não financeiras.

A oferta pública de distribuição de CRI só pode ser iniciada após a concessão de registro e estando o
registro da companhia aberta da companhia securitizadora atuando junto a CVM.
Não tem cobertura de FGC e é isento de IR.

Investimento de longo prazo com rentabilidade acima dos títulos públicos.

Somente CRI com valor mínimo de R$300.000,00 pode ser objeto de distribuição pública.
Fluxo: Construtora vende apartamentos, e fica com o direito de receber os valores por 20 anos.
Construtora não quer esperar e procura uma securitizadora para receber esses valores antes, porém
com desconto.
A securitizadora compra esses ativos e empacota em forma de CRI, oferecendo aos investidores.

Quando os proprietários pagam a parcela do apartamento, o valor vai para a Securitizadora que repas-
sa em forma de rentabilidade aos investidores.
Características:

▶ Emissão
⚪ Não tem FGC;
⚪ Isento de IR para PF.

O CRA – CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO
Definição: Os CRA’s ou Certificados de Recebíveis do Agronegócio são títulos
de crédito. Emitidos por empresas securitizadoras de direitos creditórios do
agro- negócio.

▶ Características:
⚪ Isento de IR para PF
⚪ Não tem cobertura do FGC

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O DEBÊNTURES
Definição: São Títulos emitidos apenas por Sociedade Anônimas não
financei- ras de capital aberto ou fechado, que as lança no mercado para
obter recursos de médio e longo prazo, destinados a projetos de
investimentos ou alongamen- to do perfil do passivo.

▶ Somente companhias abertas com registro na CVM podem efetuar emissões


públicas de debêntures.
⚪ Prazo: regra somente nas incentivadas;
⚪ Rentabilidade: Prefixada, pós-fixada e admite pagamento de CUPOM;
⚪ Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito;
⚪ Garantias: Não possui FGC, mas garantias específicas;
⚪ Tributação: IOF e Tabela Regressiva de IR;
⚪ Liquidez: A depender do emissor;
⚪ Escritura de emissão;
⚪ Repactuação: O agente fiduciário (inst. Finan.) representa os debenturistas.
▶ Tipos de Debêntures

⚪Debênture Simples;
⚪Debêntures Conversíveis em ações
Definição: As debêntures conversíveis são aquelas que conferem aos
debentu- ristas a opção de convertê-las em ações da mesma empresa, a um
preço pré- es- pecificado, em datas determinadas ou durante um período.
Debêntures permu- táveis: troca por ação de outra companhia.

▶ IR: Regressivo.


Debêntures Incentivadas

Definição: Emissão de título destinada ao financiamento de projetos


voltados para a implantação, ampliação, manutenção, recuperação ou
modernização, entre outros, do setor de logística e transporte, o qual está
inserido o segmento portuário.

▶ Benefício Fiscal:
⚪I – Menor IR para PJ (15%);

82
83

⚪ II – Isento para PF.


▶ Prazo mínimo para emissão: 48 meses.
▶ Prazo mínimo para resgate: 24 meses.

▶ Tipos de garantias:

⚪ Real: bens como garantia, não pode trocar


⚪ Flutuante: prioridade em relação aos bens, pode mudar
⚪ Quirografária: Iguais aos demais credores.
⚪ Subordinada: Apenas prioridade em relação aos acionistas.

Para lembrar:
REFLUXO
RE FLU Q SU

▶ Garantia adicional e opcional:


▶ Fidejussória: É a garantia dada por um indivíduo a fim de certificar que um débito de um
terceiro será pago adequadamente, ou seja, é um instrumento jurídico utilizado como
proteção para o credor.

▶ Agente Fiduciário: Protege o interesse dos debenturistas! (Pode requerer falência da emi-
tente, executar garantias reais, representar os debenturistas nos processos ou tomar qual-
quer providência para que o debenturista realize o seu crédito.

▶ Cross Default: Se uma dívida do emissor vencer e ele ficar inadimplente, as debêntures
também estarão vencidas automaticamente.
▶ Escritura: Documento legal, que declara as condições sob as quais a debênture foi emitida.

O NOTA PROMISSÓRIA
Definição: É um título de curto prazo emitido por instituições não financeiras.

Foram criadas com o objetivo de que as empresas possam obter recursos de curto prazo para resolver
problemas de caixa.
▶ Características:
⚪ Emitido por S/A aberta e S/A fechada;

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⚪ O prazo máximo da NP é de 360 dias;


⚪ Se não for objeto de oferta pública, o prazo máximo será de 90 dias;
⚪ Não conta com a cobertura do FGC;
⚪ IR Regressivo;
⚪ Por ser um título de curto prazo, a menor alíquota é de 20%;
⚪ Rentabilidade: Préfixada, pós-fixada e admite pagamento de CUPOM.

O COE – CERTIFICADO DE OPERAÇÃO ESTRUTURADA


Definição: É instrumento inovador e flexível, que mescla elementos de
Renda Fixa e Renda Variável. Traz ainda o diferencial de ser estruturado com
base em cenários de ganhos e perdas selecionadas de acordo com o perfil de
cada inves- tidor. É a versão brasileira das Notas Estruturadas, muito
populares na Europa e nos Estados Unidos.

A emissão desse instrumento poderá ser feita em duas modalidades: valor nominal protegido, com
garantia do valor principal investido, ou valor nominal em risco, em que há possibilidade de perda
até olimite do capital investido. Nos dois casos deve ser observada a regra de suitability, ou seja, o
inves- timento deve ser adequado ao perfil do investidor.
⚪ Emissão: Os Bancos;
⚪ Operação estruturada: Reúne ativos de renda fixa e renda variável.
⚪ Vencimento: Não há regra;
⚪ Possui trava alta na rentabilidade;
⚪ Datas de Observação;
⚪ O COE tem vencimento, valor mínimo de aporte, indexador e cenário de ganhos e perdas
definidos pelos bancos para diferentes perfis de investidor;
⚪ Tributação: O Imposto de Renda ocorre sobre o lucro conforme o prazo da aplicação, pela
tabela regressiva, recolhido pela instituição emissora;
⚪ Pode ter ou não liquidez antecipada ao vencimento;
⚪ A “Lâmina” do COE é chamada de DIE - Documento de Informações Essenciais.
⚪ Termo de adesão e ciência de risco – Obrigatório;
⚪ Instrução CVM nº 569 (14/10/2015)
⚪ Trata da oferta pública de distribuição de COE realizada com dispensa de registro.
⚪ Cap II: Os bancos comerciais, as caixas econômicas e os bancos múltiplos sem carteira de
investimento ficam dispensados da exigência da contratação de intermediários integrantes
do sistema de distribuição de valores mobiliários na distribuição pública de COE de sua
⚪ emissão, desde que atendido o disposto nesta Instrução.
Cap IV – Material Publicitário

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⚪ Usar linguagem serena e moderada, advertindo para os riscos do investimento,


inclusive que o investidor está sujeito ao risco de crédito do emissor do certificado;
⚪ Mencionar que se trata de material publicitário;
⚪ Alertar para a existência do DIE e os meios para a obtenção de um exemplar, além da ad-
vertência em destaque com a seguinte redação: “LEIA O DOCUMENTO DE INFORMAÇÕES
⚪ ESSENCIAIS ANTES DE APLICAR NESTE CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS”;
⚪ Destacar
Risco”,
que o certificado é da modalidade de “Investimento com Valor Nominal em

⚪ quando for o caso;


Caso o material publicitário do COE contenha cenários, não poderá ser dado destaque

ao
⚪ Exmemelhpolor dcen CáOriEo: em detrimento dos outros cenários;
⚪ 1.M Seen oc Iiobnoaver sqpuae caa rire n→t Cabapiliidtaald Per olítqeugiiddao depende da
⚪ tributação aplicável.
⚪ 2. Se o Ibovespa subir até 10% → Ganho de 15%
3. Se o Ibovespa subir até 20% → Ganho de 25%
▶ 4. Se o Ibovespa subir mais do que 25% → Ganho de 10%
▶ No fechamento, o Ibovespa subiu 13%. Qual será o ganho?
O ganho será de 25% bruto (Tabela regressiva de IR)

O INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL

⚪ Rendimento não conhecido, pois dependem de fatores futuros.

⚪ Possibilitam maiores ganhos, porém maiores riscos. Maior exemplo: Ações

▶ AÇÕES
Ações, também chamadas simplesmente de “papéis”, são as parcelas que compõem o capital social de
uma empresa, ou seja, são as unidades de títulos emitidas por sociedades anônimas.
▶ Formas de Negociação:

⚪ Lote padrão: 100 ações;


⚪ Lote fracionário: 1 ação. Normalmente, seu preço é maior que as ações do lote padrão, pela
menor liquidez;
⚪ Liquidação física e financeira: D+2.
▶ ON (Ordinárias):
⚪ Garantem o direito a voto nas assembleias aos acionistas (1 ação equivale a 1 voto – 100%
ordinária).

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▶ PN (Preferenciais):
⚪Tem preferência no recebimento de dividendos em relação as ordinárias;
⚪Recebem 10% a mais de dividendos em relação as ordinárias;
⚪Não tem direito a voto, salvo uma exceção;
⚪Caso a companhia fique 3 anos (exercícios consecutivos) sem distribuir dividendos, passa a
ter direito a voto (temporariamente).

▶ UNITS: SANB11


Conjunto de ações negociadas na B3 que podem conter tanto ações PN quanto ON.


Canais de distribuição:
⚪ CTVM/DTVM;
⚪ Agências bancárias/plataforma digitais;
⚪ Home broker.
O DIREITO DOS ACIONISTAS

▶ Dividendos e JSCP – Juros Sobre Capital Próprio

O Ganho de Capital

Definição: É a diferença positiva entre o valor da compra da ação e o seu


valor de venda.

▶ Compra a ação e vende por um preço maior.

O Dividendos
Definição: São parte do lucro líquido de empresas listadas na bolsa de
valores que, por lei, deve ser distribuído entre os acionistas.

⚪ Parte do lucro líquido;


⚪ Pago em dinheiro;
⚪ Isento de IR;
⚪ Mínimo 25% do lucro líquido repassado aos acionistas.

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O Juros Sobre Capital Próprio

Definição: São proventos pagos em dinheiro aos acionistas, porém


dedutível do lucro tributável da empresa. Trata-se de lucros retidos.

⚪ Reinveste o lucro da empresa e paga juros para o investidor;


⚪ Benefício fiscal para a empresa;
⚪ 15% de IR (investidor).

O Bonificação e Subscrição

▶ Bonificação
Definição: Novas ações aos acionistas em função do aumento de capital (dimi-
nuir o preço e aumentar a quantidade de ações tem efeito zero no patrimônio).

⚪ Distribuição de ações aos acionistas;


⚪ Aumenta a quantidade de ações, mas não o
⚪ patrimônio. Não paga Imposto de Renda.

▶ Subscrição
Definição: A preferência de subscrição é o direito que possuem os atuais
acio- nistas de subscrever o aumento de capital na mesma proporção de sua
partici- pação no capital da companhia, prioritariamente.

⚪ Novas ações no mercado;


⚪ O acionista detém o direito de comprar as novas ações antes do mercado.

O INPLIT X SPLIT
Grupamento (Inplit): Reduz a quantidade de ações aumentando o valor de
cada ação
(Objetivo: Menor risco).

Desdobramento (Split): Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da


ação
(Objetivo: Maior liquidez – Visa diminuir o risco de liquidez).

▶ Capital não se altera.

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O DEPOSITARY RECEIPTS (DR’S)


ADR = Receipts, são certificados de depósito representativos de ações de
em- presas de qualquer país (empresas brasileiras, por exemplo),
negociadas nas bolsas de valores do próprio país de origem e que são em
bolsas de valores norte-americanas (NYSE, por exemplo).

BDR= São certificados ou direitos representativos de valores mobiliários emi-


tidos por companhias abertas com sede no exterior, negociáveis no mercado
brasileiro e emitidos por instituição depositária no Brasil.

▶ ADR = Ambev (lembrar de empresa estrangeira com ações nos EUA)


▶ BDR = Boeing (lembrar de empresa estrangeira com ações no
Brasil)
O AGO X AGE
▶ AGO é a Assembleia Geral Ordinária, convocada anualmente para deliberar sobre as de-
monstrações contábeis do Fundo.

Deve ocorrer em até 120 dias após o término do exercício social. Esta Assembleia Geral
Ordinária somente pode ser realizada no mínimo 30 dias após estarem disponíveis aos
tistas as demonstrações contábeis auditadas relativas ao exercício encerrado.
▶ A ata da AGO, bem como o sumário de decisões tomadas, deve ser disponibilizada em até 7
dias úteis da sua realização.
▶ AGO - Aprova demonstrações financeiras!
▶ O acionista exerce seu direito de fiscalização por meio da eleição dos membros do Conse-
lho Fiscal, que deve ter representantes dos acionistas minoritários e dos acionistas
▶ preferenciais.
▶ Quaisquer outras Assembleias são chamadas de AGE.

O TAG ALONG

Definição: O Tag Along é a extensão do prêmio de controle, direito conferido aos acionistas
minoritários em caso de alienação de ações realizadas pelos controles da companhia.
Oferta de no mínimo 80%.
Com outras palavras é um mecanismo de defesa do acionista minoritário.

▶ Direitos dos acionistas minoritários:


⚪Participar dos lucros sociais
⚪Comparecer à assembleia
⚪Ter acesso a demonstrações financeiras
⚪Fiscalizar a gestão
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⚪ Receber extratos da posição acionária


⚪ Exercer direitos de subscrição
⚪ Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação
⚪ Dispor dos meios e procedimentos legais para fazer assegurar os seus direitos, que não po-
dem ser afastados pelo Estatuto.
⚪ Acionista Controlador: Maioria das ON (PF ou PJ)

Oferta pública de valores mobiliários e participantes da oferta

Oferta pública de valores mobiliários


A importância do financiamento das empresas.

Participantes da oferta pública


Instituições intermediadoras e Underwriting
Instituições intermediadoras:

• Banco Coordenador Líder


• Banco Mandatário
• Banco Liquidante
• Banco Escriturador

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• Central Depositário
• Agente de Rating
• Agente Fiduciário

Underwriting:
• Garantias

Participantes da oferta pública


Instituições intermediadoras

• Banco Coordenador Líder (Underwriter)

Lidera e co•ordena a oferta pública

• Ponto central de contato entre a empresa emissora e os participantes da oferta.

• Auxilia na definição dos termos da oferta e na elaboração do prospecto e lâmina.

• Coordena a distribuição dos valores mobiliários

Participantes da oferta pública


Instituições intermediadoras

• Banco Mandatário
• Responsável pela confirmação financeira

• Realiza as reservas dos players de mercado

Participantes da oferta pública


Instituições intermediadoras
• Banco Liquidante

• Responsável pela liquidação financeira da oferta.

• Realiza o pagamento aos subscritores pelos valores mobiliários adquiridos.

• Recebe os recursos dos investidores que adquiriram os valores mobiliários.

• Garante a correta transferência de valores mobiliários e recursos financeiros

Participantes da oferta pública


Instituições intermediadoras

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• Banco Escriturador
• Mantém o registro dos acionistas ou detentores de valores mobiliários.

• Realiza a escrituração dos valores mobiliários emitidos.

• Processa a transferência de valores mobiliários entre investidores.

• Fornece serviços relacionados à administração e controle dos valores mobiliários.


Participantes da oferta pública
Instituições intermediadoras

Central depositário
• B3
Agente de Rating (risco de crédito)
•Classifica os títulos de renda fixa de acordo com o risco da empresa e operação
Agente Fiduciário (debêntures)
• Instituição financeira que faz intermediação e defende o direito dos debenturistas

Underwriting

Podem realizar o processo de Underwriting:


- Bancos múltiplos
- Bancos de investimentos
- CTVM e DTVM

O que torna uma oferta como pública


Arts. 1 e 3
• Âmbito, definições e finalidade
• Material publicitário
• Procura de investidores
• Consulta sobre a viabilidade da oferta
• Negociação destinada a subscritores

Âmbito, definições e finalidade


Art. 1
Assegurar a proteção dos interesses do público investidor em geral e promover a eficiência e o
desenvolvimento do mercado de valores mobiliários.
A resolução se aplica a toda e qualquer oferta pública, exceto a:

I – Quando a oferta dos valores mobiliários e dos referidos títulos e instrumentos financeiros forem
expressamente tratados em regulamentação específica diversa; e
II – Nas hipóteses previstas no art. 8º.

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Ofertas não sujeitas a regulamentação


Art. 8

I – Cotas de fundos fechados exclusivos, conforme regulamentação específica;

II – Cotas de fundos fechados destinadas exclusivamente a cotistas do próprio fundo nos casos de
fundos com menos de 100 cotistas
III – Decorrentes de planos de remuneração para administradores, funcionários e pessoas que
prestem serviços ao emissor
IV – Lote único e indivisível de valores mobiliários destinados a um único investidor

V – De valores mobiliários oferecidos por ocasião de permuta no âmbito de OPA – Oferta Pública de
Aquisição
VI – Iniciais e subsequentes em negociações de mercados estrangeiros, com liquidação e moeda no
exterior, quando adquiridos por investidor profissional residente no Brasil
VII – De ações de propriedade da União, Estados, Distrito Federal, municípios e demais entidades
da administração pública, que, cumulativamente:

a)não objetive colocação junto ao público em geral; e


b)seja realizada em leilão organizado por entidade administradora de mercado
organizado, nos termos da legislação que estabelece normas gerais sobre licitações
e contratos administrativos.
Material publicitário
Art. 3, inciso I
São exemplos que caracterizam uma oferta como pública:
I – A utilização de material publicitário dirigido ao público investidor em geral;

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Procura por investidor


Art. 3, inciso II

São exemplos que caracterizam uma oferta como pública:

II – A procura de investidores indeterminados para os valores mobiliários, por meio de quaisquer


pessoas naturais ou jurídicas, integrantes ou não do sistema de distribuição de valores mobiliários,
atuando em nome do emissor, do ofertante ou das instituições participantes do consórcio de
distribuição

Consulta sobre viabilidade da oferta


Art. 3, inciso III

São exemplos que caracterizam uma oferta como pública:

III – A consulta sobre a viabilidade da oferta ou a coleta de intenções de investimento junto a


potenciais subscritores ou adquirentes indeterminados, ressalvada a hipótese prevista no art. 6;

• A consulta pode ser realizada pelo ofertante ou instituição intermediária (em nome do
ofertante).

• Não será permitido vincular as partes (consultores e consultados), incluindo recebimento


de qualquer valor ou bem.

• A consulta deve ser sigilosa até a publicação ao mercado.

• Os consultores devem manter à disposição da CVM uma lista com a identificação das
pessoas consultadas, assim como a data e materiais utilizados.

Negociação destinada a subscritores


Art. 3, inciso IV

São exemplos que caracterizam uma oferta como pública:


IV – a negociação feita em loja, escritório, estabelecimento aberto ao público, página na rede
mundial de computadores, rede social ou aplicativo, destinada, no todo ou em parte, a
subscritores ou adquirentes indeterminados;

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Prospecto, prospecto preliminar e lâmina de oferta

Prospecto
Seção III, Arts. 16, 17 e 18

Art. 16º – O prospecto deve ser elaborado pelo ofertante em conjunto com o coordenador líder.

Art. 17º – Não deve-se emitir informações relevantes, nem deve conter informações imprecisas ou que
possam induzir ao erro. O prospecto deve conter:

I – A oferta, incluindo seus termos e condições;


II – Os valores mobiliários objeto da oferta e os direitos que lhes são inerentes;
III – O ofertante, caso diferente do emissor;
IV – O emissor e sua situação patrimonial, econômica e financeira;
V – Os terceiros garantidores de obrigações relacionadas com os valores mobiliários objeto da oferta, se
houver, incluindo sua situação patrimonial, econômica e financeira;
VI – Os principais fatores de risco relacionados com o emissor, com o valor mobiliário, com a oferta, e
com o terceiro garantidor;

VII – Os terceiros que venham a ser destinatários dos recursos captados com a oferta primária.

Art. 18º – O prospecto deve obrigatoriamente:

I – Ser apresentado na ordem específica estabelecida no respectivo anexo a esta Resolução;


II – Ter apresentação e disposição que facilitem a leitura; e
III – Ser escrito com caracteres de tamanho legível

Prospecto Preliminar
Seção III, Art. 20º

Art. 20 – O prospecto preliminar deve atender a todas as condições de um prospecto definitivo, exceto
por não conter:

I – o número de registro da oferta na CVM; e


II – o preço ou a taxa de remuneração definitivos.

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Lâmina da Oferta
Seção IV, Art. 23º

Art. 23 – A lâmina da oferta deve ser elaborada pelo ofertante em conjunto com o coordenador líder em
adição ao prospecto e de forma consistente com ele, servindo para sintetizar o seu conteúdo e
apresentar as características essenciais da oferta.

• A lâmina não será obrigatória nas ofertas em que a elaboração do prospecto é dispensada.

A lâmina da oferta deve:

I – Ser útil para fins da decisão de investimento;


II – Ser escrita de forma clara, concisa e efetiva quanto ao objetivo de permitir que o público investidor em
geral compreenda a oferta;
III – Ser precisa, apropriadamente balanceada na ênfase dada a informações positivas e negativas, e não
deve induzir o investidor a erro;
IV – Ser de fácil leitura e escrita em linguagem simples, abstendo-se de fazer comentários por referência
ao prospecto nas seções destinadas a sintetizar as informações solicitadas;
V – Seguir o modelo e os requisitos de tópicos abordados na ordem apresentada nos Anexos F a J desta
Resolução;
VI – Estabelecer, adicionalmente, os termos e condições gerais da oferta; e
VII – Ser elaborada de forma a permitir a leitura adequada inclusive em dispositivos eletrônicos móveis,
programas e aplicativos em geral.
Fatores de riscos:

Devem ser listados os 5 (cinco) principais fatores de risco, em ordem decrescente de materialidade, com base
na probabilidade de ocorrência e na magnitude do impacto negativo, caso concretizado.
A probabilidade de ocorrência e a magnitude do impacto negativo dos fatores de risco devem ser expressas
em uma escala qualitativa de níveis “menor, médio e maior”, quando requerido nos anexos a esta Resolução.

Ritos de registro de distribuição de ofertas públicas

IPO e Follow-on

Diferença entre distribuições

IPO – Inicial Public Offering

Primeira oferta de ações da empresa para o mercado

Follow-on – Oferta subsequente

Oferta de ações ou demais ativos de uma empresa que já possui capital aberto e ações negociadas na bolsa
de valores

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Rito de Registro de Valores Mobiliários


Automático e Ordinário

Rito automático e ordinário

Rito automático e ordinário


Follow-on

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⇨ ⇨
Empresa decide captar Ações passam a ser ne-
Procura um B.I.. para
recursos via emissão de gociadas no mercado SE-
realizar um IPO (Mercado
Ações CUNDÁRIO.
primário)

▶ Garantia firme: IF subscreve integralmente a emissão das ações e revende ao público. Ris-
co do intermediário financeiro.
▶ Garantia Melhores esforços: IF se compromete a realizar melhores esforços para coloca-
ção. Risco da empresa.

Garantia Residual: IF coloca as sobras junto ao público, em determinado espaço de tempo,
ele mesmo subscreve o total das ações. Risco do intermediário financeiro.
Roadshow: Apresentação da empresa aos investidores.

Bookbuilding: Formação de preços do ativo, normalmente por meio de um lei-


lão de ofertas.
Prospect: folheto ou folder de oferta pública: O prospecto deverá não omitir
fatos relevantes, nem conter informações que possam induzir investidores ao
erro.

É obrigatória a entrega de exemplar do prospecto preliminar ao investidor, ad -


mitindo-se seu envio ou obtenção por meio eletrônico.

▶ PARTICIPANTES

Banco Coordenador: Instituição financeira contratada pela empresa para fazer a intermediação.
Podem ser: Corretoras, Distribuidoras ou Banco de Investimento.
Pode ser mais de 1 coordenador, mas 1 será o líder.

⚪ Banco Mandatário: Tem a função de processar a liquidação física e financeira entre


a sua tesouraria e a instituição custodiante. Além disso verifica a autenticidade do
negócio.

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⚪ Market Maker: É uma entidade que proporciona liquidez para o mercado. Tem como ob-
jetivo estimular a negociação dos ativos e consequentemente aumentar a liquidez desses
ativos.
⚪ Auditor Independente: Realiza a auditoria contábil apresentada pelo administrador.

⚪ Agente Fiduciário: Protege os direitos dos investidores.

⚪ Agência da Rating: São empresas que fazem uma avaliação de risco das organizações pri-
vadas ou públicas e de países.

⚪ Custodiante: É uma instituição financeira designada para custodiar ações e ativos


de fundos, seja de pessoas físicas ou de jurídicas.

▶ ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
Analisa os fundamentos da empresa.

Definição: A análise fundamentalista se preocupa com os resultados, perspec-


tivas econômicas, tecnológicos, setoriais e específicos de cada empresa
dentro do contexto da economia.

▶ Indicadores – Precificação da ação:


LPA - Lucro por Ação
Lucro líquido÷Nº de Ações
Quanto maior, melhor!

▶ P/L – Preço sobre o lucro


Preço por ação÷lucro por ação
Quantidade de anos que levaria para recuperar o capital investido por meio de
dividendos.

⚪ Exemplo:
Preço ação A: R$20,00
Dividendos (lucro por ação): R$2,00
P/L = 20/2 = 10
Preço ação B: R$10,00
Dividendos (lucro por ação): R$2,00

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P/L = 10/2 = 5

Quanto menor, melhor!

O ANÁLISE TÉCNICA
Não se preocupa com os fundamentos, pois já estão refletidos nos preços.

Definição: Também conhecida como análise gráfica, tem como base os volumes
e o preços pelos quais foram comercializadas as ações nos pregões.

Sua premisssa é de que o gráfico é a soma de todos os conhecimentos, esperanças e expectativas


so- bre uma determinada ação, ou seja, reflete o preço que o mercado está, naquele momento,
disposto a pagar pela ação.

▶ NEGOCIANDO AÇÕES
INVESTIDOR -> CORRETORA -> BOLSA DE VALORES
Liquidação: D+2

Home Broker: Canal de relacionamento prático, usando na internet.


Lote-Padrão: Lotes idênticos negociados na bolsa (100 para ações à vista)

▶ Custos:

⚪ Corretagem: Custo pago para as corretoras


⚪ Emolumentos: Cobrados pela bolsa, 0,035% do valor financeiro da operação, por pregão.
⚪ Custódia: tarifa de manutenção
▶ IMPOSTO DE RENDA SOBRE AÇÕES
⚪ Ações com 15% de IR, exceto Day-Trade, que é 20%
⚪ Não tem IOF
⚪ Quem recolhe o IR, é o próprio investidor, via DARF.
⚪ Alíquota fonte: Day trade (1% sobre os rendimentos) e Swing trade (0,005% sobre o valor da
venda).
⚪ PF é isenta na venda de ações de R$ 20.000,00 por mês.
⚪ Fato gerador: resgate

99
100

Operação Alíquota na fonte Ajuste Isenção Responsável

1% sobre os Próprio Investidor,


Day-Trade 20% Não tem
rendimentos via DARF

Na venda de
0.005% sobre o valor da Próprio Investidor,
Swing-Trade 15% R$20.000,00 por
venda (alienação) via DARF
PF, por mês

O SEGMENTOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

Tradicional Nível 1 Nível 2 Novo Mercado

25%/15%
Free Float Não há regra No mínimo 25% No mínimo 25%
(R$25MM)

Ações emitidas ON e PN ON e PN ON e PN Somente ON

Conselho de Mínimo 3 Mínimo de 3 membros, dos Mínimo de 5 membros, dos quais, Mínimo 3
quais, pelo menos 20% pelo menos, 20% devem ser
administração membros devem ser independentes independentes, com mandato membros
unificado de até 2 anos

Demonstrações
financeiras
em padrão Facultativo Facultativo Obrigatório Obrigatório
internacional

Tag Along 80% ON 80% ON 100% ON e PN 100% ON

Câmara de
Arbitragem Facultativo Facultativo Obrigatório Obrigatório

▶ NÍVEL 1: Mínimo de 3 membros, dos quais, pelo menos 20% devem ser independentes

NÍVEL 2: Mínimo de 5 membros, dos quais, pelo menos, 20% devem ser independentes,
com mandato unificado de até 2 anos

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▶ NOVO MERCADO: Transparência maior na gestão e na publicação;


⚪è 100% das ações devem ser ordinárias (ON);
⚪è 100% tag along;
⚪è IPO de no mínimo 10 milhões;
⚪è Manter no mínimo 25% das ações em circulação.

O CLUBE DE INVESTIMENTOS

O clube de investimento é uma comunhão de recursos de pessoas físicas, criado com o objetivo de
investir no mercado de títulos e valores mobiliários.

De acordo com a norma reguladora, todo clube deve ter no mínimo 3 e no máximo 50 cotistas, e ne-
nhum cotista pode ter mais do que 40% do total das cotas do clube.

Uma das características que diferenciam o clube do fundo de investimento é a possibilidade de que a
carteira de ativos do clube seja gerida por um (ou mais) de seus próprios cotistas, que não necessita
da autorização da CVM para exercer tal função.

Em um clube de investimento, ao menos 67% do patrimônio líquido deve ser investido em instrumen-
tos de renda variável ou com exposição ao risco do mercado de ações.

A tributação dos clubes de investimento segue regra similar à dos fundos de investimento em ações: a
alíquota de imposto de renda é de 15%, e o pagamento do imposto é devido quando do resgate das
cotas.

O DERIVATIVOS

São Instrumentos Financeiros cujos preços derivam de um ativo, tornando possível, entre outras coi-
sas, a gestão do risco de preço de diversos ativos. Quatro modalidades de contratos são negociadas
nesses mercados:

⚪ 1. Termo
⚪ 2. Futuros
⚪ 3. Swaps
⚪ 4. Opções

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102

▶ Participantes:
⚪HEDGER: Os hedgers atuam nestes mercados visando proteção contra as oscilações de preços
dos ativos com os quais trabalham. A principal preocupação do hedger não é obter lucro por meio
de operações com derivativos, mas garantir o preço de compra ou de venda de determinado ativo
numa data futura e eliminar o risco de variações adversas de preço.
Ex1.: Produtor agrícola que participa do mercado futuro para travar o preço de
venda, visando gerenciar o risco de queda da cotação da commodity produzida;

Ex2.: Uma empresa que tem um passivo em dólares. Como seu risco está asso-
ciado à alta do dólar, ela compra contratos de taxa de câmbio de reais por dólar
no mercado futuro.

⚪ ESPECULADOR: Os especuladores são participantes cujo principal objetivo é a obtenção de


lucro. Sua atuação consiste na negociação de derivativos apenas com o objetivo de ganhar
odiferencial entre o preço de compra e o de venda, não tendo nenhum interesse no ativo- -
objeto.
A operação de especulação mais conhecida é a de Day trade, que consiste na
abertura e no encerramento da posição no mesmo dia.

⚪ ARBITRADOR: O arbitrador é um participante que tem como objetivo o lucro, evitando as-
sumir riscos diretamente. Sua atividade consiste em identificar distorções de preços entre
mercados e tirar proveito dessa diferença ou da expectativa futura dessa diferença.
A estratégia do arbitrador consiste em comprar no mercado em que o preço
está mais baixo e vender naquele em que está mais alto, tendo como lucro o
diferencial de compra e de venda. Atuando geralmente com operações simul-
tâneas, elimina riscos de mercado porque ele sabe exatamente por quanto ele
comprará e por quanto venderá.

O MERCADO DE SWAP
Definição: A palavra swap significa troca. Neste sentido, um contrato de
swap representa um acordo no qual as contrapartes trocam fluxos futuros de
caixa.

É um tipo de contrato que não tem padronização, uma vez que ele atende necessidades
específicas de prazo e fluxo financeiro.
▶ Características:
⚪ Ponta Ativa: É o que o investidor recebe após a contratação;
⚪ Ponta Passiva: É o que o investidor deixa de receber após a contratação;
⚪ Ajuste;

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⚪ Negociação: Mercado de Balcão organizado;


⚪ Margem para garantia: Contratos específicos (B3);
⚪ Tributação: Tabela Regressiva.

▶ Exemplos:
Swaps de taxas de juros, por exemplo, são utilizados por investidores para eli-
minar sua exposição a uma exposição a taxas de juros incertas ou que causam
algum tipo de descasamento no balanço.

⚪ Exemplo 1: Cliente possui dívida indexada à variação da inflação, mas, não possui
nenhum tipo de receita que acompanha perfeitamente a inflação.
⚪ Exemplo 2: Cliente possui uma dívida em Dólar com taxa de juros de 6% a.a. (linear),
mas, quer trocar o risco cambial resultante pelo indexador %CDI
É um derivativo que tem Risco de Crédito dada a possibilidade de que a contraparte não efetue o pa-
gamento contratado, quando esta for devedora. A exigência de garantias é a forma convencional de
proteção contra esse tipo de risco.

▶O Imposto de Renda segue a tabela regressiva de renda fixa.

O MERCADO DE OPÇÕES

Definição: Os contratos de opções representam acordos nos quais uma


parte adquire o direito de comprar (ou vender) um ativo a um preço
preestabelecido até certa data e a contraparte se obriga a vender (ou
comprar) esse ativo, em troca de um único pagamento inicial.

▶ Características:

⚪ Lançador: Obrigação;
⚪ Titular: Direito;
⚪ *Call: Compra;
⚪ *Put: Venda;
Prêmio: Valor da opção;

⚪ Strike: Preço de exercício;
⚪ Ativo objeto: Ativo em questão.
⚪ *Call - Direito de decidir pela compra do ativo no futuro a preço pré-determinado.

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⚪ *Put - Direito de decidir pela venda do ativo no futuro a preço pré-determinado.

Em ambos os casos, o direito adquirido na negociação tem prazo de validade (um dia ou um
período), refere-se a um produto denominado ativo-objeto (definido no contrato) e é exercido a um
preço de exercício previamente estabelecido.
▶ Exemplo:
Uma analogia é o seguro de um carro. No seguro, é pago um prêmio para a seguradora e se o
carro for batido ou roubado seu valor é recuperado.
▶Tipos de Opções:
⚪Opções Europeias - Podem ser exercidas apenas na data de vencimento;
⚪Opções Americanas - podem ser exercidas a qualquer momento ou em determinadas datas
ou períodos entre a data de emissão e a data de vencimento.

▶ IN THE MONEY: Dentro do dinheiro;


Exercer a opção resultará em lucro para o seu titular.

▶ OUT THE MONEY: Fora do dinheiro;


Exercer a opção resultará em prejuízo para o seu titular.

▶ AT THE MONEY: No dinheiro.


Exercer a opção não resultará nem em lucro nem em prejuízo.

Participante Titular Lançador


Tipo de opção Paga prêmio Recebe prêmio

CALL Direito comprar Obrigação de vender

PUT Direito de vender Obrigação de comprar

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FORMA GRÁFICA:
Compra de CALL Compra de PUT
Compra do ATIVO
Titular de CALL Titular de PUT

Venda do ATIVO Venda de CALL Venda de PUT


Lançador de CALL Lançador de PUT

▶ Fatores que afetam os preços:

Opção de compra Opção de venda

Preço à vista do ativo + -

Preço de exercício - +

Volatilidade + +

Prazo para o vencimento + +

▶ Tributação:
⚪Alíquota: 15%. Há incidência do imposto de renda retido na fonte à alíquota de 0,005% so-
bre o resultado positivo (dedo duro);
⚪Fator gerador: Auferir ganho líquido na negociação ou no exercício da opção;
⚪Recolhimento: Apurado em períodos mensais e pago até o último dia útil do mês subse-
quente ao da apuração;
⚪Responsabilidade pelo Recolhimento: Do investidor;
⚪Compensação de Perdas: as perdas incorridas poderão ser compensadas com os ganhos
auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes, em outras operações realizadas nos
mercados à vista, de opções, futuro e a termo, exceto no caso de perdas em operações de
Day trade, que somente serão compensadas com ganhos auferidos em operações da mes-
ma espécie.

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106

O Day trade

▶ Na fonte:
Alíquota de 1% aplicada sobre o resultado positivo apurado em operação
de Day trade;

▶ Mensal:
Os ganhos líquidos mensais auferidos em operações de day trade são
tributa- dos à alíquota de 20%.

O MERCADO A TERMO
Nesses mercados são realizados acordos privados de compra e venda de um ativo para liquidação em
data futura por preço predeterminado.
▶ Características:
Contratos não padronizados: itens do contrato negociáveis entre as partes e
preços são determinados privadamente pelo comprador e pelo vendedor

Os riscos são assumidos pela contraparte. Não existe um mecanismo de segurança de


recebimento (físico ou financeiro)>>> Risco de Crédito!

Exemplo:
Imagine um produtor e um torrefador de café no início da safra. O produtor não tem nenhuma garantia
do preço que poderá ser praticado ao final da safra e o torrefador, que compra o café do produtor e
vende para o consumidor final, também não sabe a que preço poderá negociar o café no final da safra.
A fim de eliminar os riscos de variações adversas de preços ambos podem assumir um compromisso de
compra e entrega no futuro por um preço pré-estabelecido.

O NDF - Non Deliverable Forward

As operações a termo recebem a denominação de “NDF” (No0n Deliverable Forward) quando, no dia
do vencimento, as partes somente liquidam a diferença entre o preço negociado no contrato a
termo e o observado, nesse dia, no mercado a vista.
▶ Tributação:
⚪ Alíquota: 15%;
⚪ Fato gerador: Encerramento da posição, ou seja, a liquidação do termo;
⚪ Responsabilidade pelo Recolhimento: Do investidor;
⚪ Compensação de Perdas: as perdas incorridas poderão ser compensadas no próprio mês ou nos
meses seguintes em outras operações no mercado a vista, exceto no caso de perdas em operações de
Day trade, que somente serão compensadas com

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⚪ ganhos auferidos em operações de Day trade.

O MERCADO FUTURO

São muito semelhantes aos contratos a termo, pois são utilizados em operações de compra e venda de
um ativo para uma data futura por um preço determinado pelas partes na data de negociação.

Todo contrato tem um comprador e um vendedor e cada um deles assume uma obrigação, sendo que
no vencimento a liquidação pode ser por entrega do ativo negociado (menos comum) ou a liquidação
financeira.

Até o vencimento do contrato há o sistema de ajuste diário que é um mecanismo de acerto financeiro
diário pelas diferenças de preços.
▶ Importância do Mercado Futuro:
A incerteza dos preços futuros é uma das maiores causas de ineficiência dos negócios!

Exemplo:
⚪ 1. Na agropecuária a produção tem forte dependência dos fatores climáticos;
⚪ 2. No Setor Financeiro a incerteza sobre o preço do dólar no futuro dificulta o planejamento
e a execução da atividade industrial quando há insumos importados.
⚪ 3. Em ambos os casos o Mercado Futuro pode servir como Hedge.
Diferenças dos mercados

A Termo X Futuro

Acerto no vencimento X Ajustes diários

Negociação entre as partes (Balcão) X Negociação em

Bolsa Contratos personalizados X Contratos padronizados

Tem risco de crédito X Não tem risco de crédito

As semelhanças é que as partes acordam a compra/venda de certa quantidade de uma


commodity (ou ativo financeiro) a determinado preço e em determinada data futura.

▶ Tributação:
⚪Alíquota: Sobre o lucro líquido o investidor deve pagar 20% para operações Day trade e
15% para operações normais com antecipação de 0,005% na fonte;

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⚪ Fator gerador: O investidor deve calcular o resultado positivo dos ajustes diários no mês
e ofato gerador é a obtenção de ganhos sobre mercados futuros, ou seja, o encerramento
⚪ da posição;
Responsabilidade pelo Recolhimento: Do investidor;

▶ Day trade: 20% com antecipação de 1% na fonte;


▶ Compensação de Perdas: As perdas incorridas poderão ser compensadas com os ganhos
auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes, em outras operações de futuros,
exceto Day trade.

IMPORTANTE

▶ Conferem direito a voto nas assembleias de acionistas as ações ordinárias.


▶ A prioridade no recebimento dos dividendos distribuídos por uma empresa é característica
das ações preferenciais.
▶ Em uma companhia, os lucros repetidos em exercícios anteriores podem ser distribuídos
por meio de juros sobre capital próprio.
▶ O rendimento obtido com as operações no mercado à vista (swing trade) e nas operações
de day trade são tributados respectivamente em 15% e 20%

Em relação ao número mínimo e máximo de cotistas, um clube de investimentos deve ter
▶ entre 3 e 50.
O prazo mínimo de vencimento de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do
▶ Agronegócio (LCA) é de 90 dias.
▶ O principal documento legal em uma emissão de debêntures é a escritura de emissão.
Considerando os tipos de garantias e as espécies de debêntures, corre maior risco de crédi-

to o investidor que adquirir títulos da espécie subordinada.
▶ O órgão responsável pela emissão dos títulos públicos federais é a Secretaria do Tesouro
Nacional.
▶ Uma Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) tem o seu valor nominal atualizado pelo
IPCA.
▶ A Nota do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) remunera os investidores com juros semestrais,
com base em taxa fixa de 10% a.a.

O investidor que deseja se proteger da queda de preços do dólar e deseja fazer um hedge

com opções deve comprar uma opção de venda do dólar.
▶ Os termos call e put correspondem respectivamente a opção de compra e opção de venda.
Entende-se por renda variável aqueles cuja a remuneração ou retorno do capital não po-
dem ser determinados no momento da aplicação.
Em uma emissão de debêntures ou notas promissórias, é função de uma agência classifi-
cadora de risco conceder uma nota de crédito, que significa a possibilidade do emissor não
honrar com o seu compromisso.

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▶ O Governo Federal emite títulos públicos para financiar a sua dívida através do Tesouro Na-
cional. Uma das formas de comercialização desses títulos é através do Tesouro Direto, que
possui como característica liquidez diária para os títulos através do programa de recompra
do Tesouro Nacional.
▶ Para o lançador, uma opção de compra, se exercida, representa uma obrigação de vender.
▶ A lei 6404/79 legisla que é obrigatória a distribuição de, pelo menos, 25% do lucro líquido
por meio de dividendos.
▶ O Certificado de Operações Estruturadas – COE é um instrumento moderno de investimen-

tos que combina aplicações de renda fixa e variável. Para uma pessoa física que aplicações

em COE, a tributação do Imposto de Renda será conforme tabela regressiva de



22,5% até 15%, conforme prazo.
No mercado a termo de ações, as operações podem ser encerradas em no mínimo 16
dias, e no máximo 999 dias corridos.

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MÓDULO 5 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


O FUNDOS DE INVESTIMENTO

O investidor pode comprar ativos diretamente no mercado financeiro (ten-


do restrições em alguns tipos de ativos) ou pode investir em fundos de in-
vestimentos, onde um gestor profissional, irá gerenciar os recursos dos co-
tistas.

Um fundo de investimento opera como uma prestação de serviços profissionais, reunindo


investidores que confiam a gestão de seus recursos financeiros a um fundo comum. Nesse contexto,
o gestor do fundo desempenha um papel crucial ao consolidar os recursos coletados e direcioná-los
de maneira estratégica no mercado, com sua responsabilidade abrangendo a seleção de ativos,
determinando os momentos oportunos para aquisições e vendas. Em essência, o gestor atua como
um profissional especializado na tomada de decisões financeiras, visando otimizar o desempenho
do fundo e, por conseguinte, proporcionar retornos sólidos aos investidores.

▶ Vantagens:

O Acessibilidade – Os fundos de investimento oferecem acessibilidade ao mercado financeiro,


mesmo para investidores com montantes menores disponíveis para aplicação. Ao adquirir cotas de
um fundo, os investidores se beneficiam da soma de capital do conjunto de participantes,
facilitando o acesso a ativos financeiros que, individualmente, exigiriam aporte mínimo elevado.

Gestão Profissional – Os investidores delegam a gestão de seus recursos a profissionais


O especializados, como gestores de fundos, que utilizam análises e conhecimento de mercado para
tomar decisões estratégicas de compra e venda de ativos.

Diversificação – A diversificação contribui para reduzir o risco associado a investir em um único


O ativo, tornando a carteira mais resiliente a movimentos de mercado adversos.

Liquidez - Os investidores podem comprar ou vender suas cotas a qualquer momento,


O proporcionando flexibilidade e adaptabilidade às necessidades individuais. Essa liquidez é uma
vantagem em comparação com investimentos em ativos individuais que podem ter prazos ou
condições mais restritas para negociação.

Como ativos dos fundos pertencem aos cotistas, não contam


com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

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Diferença entre Fundo de Investimento e Fundo de Investimento Financeiro

⚪ Fundo de Investimento (FI) – É uma comunhão de recursos, constituído sob a forma de


condomínio, destinado à aplicação em ativos financeiros, bens e direitos. Pode adquirir uma
variedade de ativos, incluindo ativos financeiros e não financeiros. Exemplos incluem investimentos
em ativos imobiliários, participações em empresas e direitos creditórios.

⚪ Fundo de Investimento Financeiro (FIF) – Um Fundo de Investimento pode comprar apenas


ativos que sejam financeiros (CDBs, Ações, Títulos Públicos Federais). Esse já é restrito a ativos
financeiros, tais como Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Ações, Títulos Públicos Federais e
outros instrumentos financeiros.

Características dos fundos de investimentos

CNPJ próprio - significa que é uma entidade jurídica independente. A administração desse CNPJ
é realizada por uma Instituição Financeira, que atua como administradora do fundo.
Registro na CVM - A constituição de um fundo passa pelo processo de registro na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado de capitais no Brasil. O
administrador do fundo deve apresentar uma série de documentações e seguir as normas
estabelecidas pela CVM.
Regras de gestão no regulamento do fundo – Todo fundo de investimento é regido por
um regulamento que contém as regras de gestão e funcionamento do fundo. Essas regras
incluem a política de investimentos, os direitos e obrigações dos cotistas, critérios de
resgate, entre outros aspectos essenciais.
Prestação de serviços fiduciário – Isso significa que há uma relação de confiança, onde o
administrador atua no melhor interesse dos cotistas para gerir os recursos de forma diligente.
Prestação de serviços essenciais – Administrador e Gestor - O Administrador é responsável
pela administração do fundo, incluindo questões legais e operacionais. O Gestor, por sua vez, é
encarregado da gestão da carteira de investimentos, tomando decisões sobre compra e venda
de ativos.

Documentos para o funcionamento de um fundo

Regulamento – Documento que contém todas as regras de um fundo de investimento


Lâmina de informações básicas – Documento que contém as informações básicas que o
investidor precisa ter para a aplicação naquele determinado fundo
Termo de adesão – Documento que atesta que o investidor leu todos os documentos
pertinentes ao fundo, e que está ciente dos riscos, das regras e das informações

Divulgação de informações aos cotistas

Diariamente – divulgar PL (patrimônio líquido) e valor de cota.


Mensalmente – extrato do fundo, que detalha as movimentações e composição da carteira ao longo
do mês.
Anualmente – demonstrações financeiras auditadas do fundo.
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O GARANTIA EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Os Fundos de Investimentos não contam com garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), visto
que, os ativos do fundo pertencem aos cotistas e não ao fundo,

O DIREITOS E DEVERES DOS COTISTAS

▶ Deveres dos cotistas:


⚪Aportar novos recursos em caso de PL negativo.
⚪Pagará taxas descritas.
⚪Comparecer as assembleias gerais.
⚪Manter cadastro atualizado.
▶ Direito dos Cotistas:
⚪Devem ser informados sobre:
Objetivo, política, taxas e carência.

▶ Incluir advertência:
− Os investimentos em fundos não são garantidos pelo administrador ou por qualquer
mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo garantidor de crédito.
− A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.

▶ Cotista deve ter acesso:


− Ao regulamento, formulário de informações complementares, valor do patrimônio líquido,
valor da cota e a rentabilidade no mês e composição da carteira.

▶ Cotista deve receber:


− Extrato mensal, demonstrativo de IR anual, número de cotas e valor das cotas.

⚪ Todas as informações:
⚪ Não devem ser expressas para induzir ao erro.
⚪ Em linguagem simples.
⚪ Simultânea para todos os cotistas.
⚪ Informações úteis.
Não pode assegurar resultado.

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5.2 COTAS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Muitos investidores optam por canalizar seus recursos por meio de Fundos de Investimentos,
nos quais um gestor especializado assume a responsabilidade pela seleção e aquisição de ativos
financeiros no mercado. Essa abordagem elimina a necessidade do investidor de realizar a
compra individual de ações ou títulos públicos, por exemplo, permitindo-lhe investir seus
recursos através de um prestador de serviços qualificado, resultando na aquisição de cotas nos
respectivos Fundos de Investimentos.

O que são Cotas

Art. 14. As cotas são escriturais, nominativas e correspondem a frações do patrimônio da classe de
cotas, conferindo direitos e obrigações aos cotistas, conforme previstos no regulamento.
§ 1° O valor da cota resulta da divisão do valor do patrimônio líquido da respectiva classe
pelo número de cotas da mesma classe.
▶Cálculo do valor da cota:
PL ➗ Número de cotas = (Ativos – Despesas) ➗ Número de cotas
Quando falamos em escriturais, significa que as cotas são mantidas de forma eletrônica, registradas
em um sistema de custódia, eliminando a necessidade de certificados físicos. Esse registro
eletrônico facilita a administração e a transferência de cotas de maneira eficiente.
Já ao falarmos nominativas, as cotas são registradas no nome do investidor, vinculadas ao seu
Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). A nominação
das cotas identifica claramente quem é o detentor das cotas, proporcionando transparência e
rastreabilidade.

Tipos de Cotas

▶ Aberta – permite que os investidores comprem e resgatem cotas a qualquer momento. Nesse
caso, o investidor tem a flexibilidade de entrar e sair do fundo conforme suas necessidades.
Exemplo:

1.Um investidor adquire 1.000 cotas do Fundo AB em janeiro de 2024 por R$ 10,00 cada cota,
totalizando um investimento de R$ 10.000,00. Após alguns meses, o valor de cada cota do fundo
valoriza-se para R$ 20,00. Nesse cenário, o investidor decide realizar seu lucro.
2.O investidor solicita o resgate de suas 1.000 cotas junto ao administrador do fundo. O
administrador, seguindo as regras do fundo, procede com o resgate. O valor correspondente ao
número de cotas a ser resgatado (1.000 cotas x R$ 20,00) é transferido para a conta do investidor.
3.Ao mesmo tempo, as 1.000 cotas resgatadas retornam ao fundo, mantendo a dinâmica do
número total de cotas em circulação.

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▶ Fechada – os investidores não têm a flexibilidade de resgatar suas cotas diretamente junto ao
administrador do fundo a qualquer momento. Em vez disso, eles podem vender suas cotas no
mercado secundário ou aguardar o vencimento do fundo para recuperar o valor investido.
Exemplo:

1.Um investidor adquire 1.000 cotas do Fundo FE em janeiro de 2024 por R$ 10,00 cada cota,
totalizando um investimento de R$ 10.000,00. Após alguns meses, o valor de cada cota do fundo
valoriza-se para R$ 20,00. Nesse cenário, o investidor decide realizar seu lucro.
2.Ao contrário dos fundos abertos, o investidor não pode solicitar o resgate de suas 1.000 cotas
junto ao administrador do fundo. Em vez disso, o investidor precisa vender suas cotas no
mercado secundário a outro investidor interessado.
3.Alternativamente, se o fundo tiver uma data de vencimento predeterminada, o investidor pode
aguardar até essa data para que o fundo seja encerrado, e ele receba de volta o valor investido,
conforme as regras estabelecidas no regulamento do fundo.

Deve-se marcar a mercado todos os ativos do fundo.

✓ Cota de abertura: ✓ Cota de fechamento:


Cotização = D+0Cotização = D+1
Descotização a partir de D+0Descotização a partir de D+1

▶ Restritiva – investidores qualificados ou profissionais


Para ser considerado um investidor qualificado e, portanto, ter acesso a fundos restritivos, o cliente
precisa atender a certos critérios financeiros. Neste contexto, um investidor qualificado deve possuir
um montante mínimo de R$ 1.000.000,00 em aplicações financeiras, além de fornecer uma
declaração por escrito atestando seu status.
Já para ser considerado um investidor profissional, o cliente precisa ter um valor mínimo de R$
10.000.000,00 em aplicações financeiras, e fornecer uma declaração por escrito para comprovar seu
status.

▶ Exclusiva – um único investidor, desde que profissional


A criação e operação de fundos exclusivos estão sujeitas a regulamentações específicas e,
geralmente, envolvem uma relação mais próxima entre o gestor do fundo e o investidor, permitindo
uma gestão mais personalizada do patrimônio.

Subclasses de cotas
Em conformidade com a Instrução CVM 175, instituições financeiras, que anteriormente
necessitavam criar múltiplos fundos, cada qual com um CNPJ específico para atender às diversas
demandas das distintas classes de investidores, agora têm a prerrogativa de consolidar essas
estratégias em um único veículo de investimento, denominado Fundo Master, detentor de um único
CNPJ.

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Dentro desse Fundo Master, uma estrutura de classe de cotas foi implementada, possibilitando a
criação de diversas subclasses. Essa abordagem inovadora proporciona uma gestão mais eficiente e
flexível, permitindo que a instituição ofereça uma variedade de estratégias de investimento em
diferentes segmentos do mercado, sem a necessidade de criar CNPJs individuais para cada classe.
Este avanço regulatório visa otimizar a administração de fundos de investimento, oferecendo maior
praticidade e adaptabilidade à dinâmica do mercado financeiro.

FI Ações

Classe: Ações

Subclasse: Subclasse: Subclasse:


VAREJO ALTA RENDA PRIVATE
Capital Inicial: R$ 1.000,00 Capital Inicial: R$ 100.000 Capital Inicial: R$ 1.000.000
Taxa Adm: 1% a.a Taxa Adm: 0,5% a.a Taxa Adm: 0,25% a.a

Serão definidas por:

Público Alvo - as subclasses podem ser direcionadas a diferentes segmentos de investidores,


considerando suas necessidades e objetivos específicos.

Prazo e condições de aplicação e resgates - cada subclasse pode ter prazos e condições de
aplicação e resgates distintos, adaptados às características da estratégia de investimento e ao perfil
do público-alvo. Essa flexibilidade proporciona maior adequação às expectativas dos investidores.

Taxas: administração, gestão, máxima de distribuição, ingresso e saída - Essa personalização


reflete a diversidade nas estratégias de investimento, oferecendo transparência e alinhamento
com os custos associados a cada subclasse.
Apesar de ser um único fundo (no exemplo, as Ações), com uma única classe (no exemplo, Ações),
as subclasses são individuais, pois terão patrimônios líquidos diferentes, número de cotas
diferentes, consequentemente alocações diferentes e rentabilidades diferentes.

Segregação de patrimônio:

§ 2° Caso a classe tenha subclasses, o valor da cota de cada subclasse resulta da divisão do valor
do patrimônio líquido atribuído à respectiva subclasse pelo número de cotas da mesma
subclasse. Dessa forma, assegura-se uma alocação precisa e proporcional dos ativos dentro de
cada subclasse, proporcionando transparência e refletindo a individualidade das estratégias de
investimento adotadas por cada segmento.

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Transferência de titularidade de cotas/cessão de cotas

Cota aberta – A transferência de titularidade de cotas ou cessão de cotas em um fundo


aberto é geralmente limitada, exceto em circunstâncias específicas definidas pela
regulamentação, como:
Decisão judicial ou arbitral - A cessão de cotas pode ser autorizada por decisão judicial ou
arbitral, especialmente em situações em que um cliente possui um recurso aplicado em um
fundo aberto e o tribunal determina a venda das cotas para cumprir uma obrigação legal,
comopagamento de uma dívida.
Operações de cessão fiduciária - Em operações que exigem garantias, o valor aplicado em
um fundo aberto pode ser utilizado como garantia por meio de uma cessão fiduciária.

Execução de garantia - Se ocorrer uma situação que envolva a execução de garantia, as cotas
do fundo aberto podem ser utilizadas para efetuar o pagamento relacionado à cessão
fiduciária.

Sucessão universal - Em caso de falecimento do titular das cotas, as cotas do fundo aberto
podem ser transferidas ou cedidas ao herdeiro legal por meio de sucessão universal.

Dissolução de sociedade conjugal ou união estável por via judicial ou escritura pública que
disponha sobre a partilha de bens - Por decisão judicial ou por escritura pública que disponha
sobre a partilha de bens, a cessão de cotas do fundo aberto pode ocorrer em caso de dissolução
de sociedade conjugal ou união estável, como em situações de divórcio.

Substituição do administrador fiduciário ou portabilidade de planos de previdência - A


transferência de titularidade das cotas pode ser autorizada em casos de substituição do
administrador fiduciário ou em processos de portabilidade de planos de previdência.

O DESPESAS DE UM FUNDO
De acordo com a CVM 409 são encargos dos fundos de investimentos:
−Despesas com impressão, expedição e publicação de qualquer material.
−Despesas inerentes a constituição ou liquidação do fundo.

O TAXAS COBRADAS EM UM FUNDO DE INVESTIMENTOS

▶ Taxa de administração:
−Percentual pago pelos cotistas.
−Expressa ao ano e paga diariamente.
−Afeta o valor da cota e não a quantidade de cotas.
−O fundo divulga para o mercado o valor líquido da taxa de administração.

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▶ Taxa de performance:
−Cobrado apenas em um fundo ativo.
−Cobrança limitada em 20%.
−Pode ser cobrada somente se exceder o benchmark em 100%.
−Periodicidade de 6 meses.
−Cobrada após a taxa de administração.

▶ Taxa de entrada e saída:


−Pouco utilizada.

O CHINESE WALL

Definição: Segregação das atividades, para não gerar conflitos de interesse:

▶ Gestão x Fusão e aquisição

O ASSEMBLEIA GERAL DE COTISTAS


⚪ Demonstrações contábeis > AGO
⚪ Substituição do administrador, gestor ou custodiante > AGE
⚪ Fusão ou incorporação > AGE
⚪ Aumento da taxa de administração > AGE
⚪ Alteração da política de investimento > AGE
⚪ Emissão de novas cotas > AGE
⚪ Alteração do regulamento > AGE

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O CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA:
⚪ Deve ser feita por correspondência encaminhada a cada cotista.
⚪ Convocada por: Administrador, gestor, custodiante ou grupo de cotistas
⚪ > 5% Presença de qualquer número de cotistas.
⚪ No máximo 120 dias, após o término do exercício.
⚪ No mínimo de 10 dias de antecedência em relação a data de realização.
⚪ No mínimo 30 dias após a divulgação das demonstrações contábeis.

31 de Agosto 01 de Outubro 21 de Outubro 31 de Outubro

Término do exercício social Divulgação das D.C. Convocação Assembléia

Exercício Fiscal é o último dia útil do ano.

Exercício social é uma data determinada pela empresa para a empresa fazer
olevantamento do seu ativo, passivo e patrimônio líquido, após 12 meses de
atividade

Prestadores de Serviços em um Fundo de Investimento


O funcionamento do fundo de investimento se materializa por meio da atuação dos
prestadores de serviços essenciais e terceiros por eles contratados, por escrito, em nome do
fundo.
Funções do Administrador
Prestador essencial, responsável legal pelo fundo, junto com o gestor. Apesar de responsabilidade
em conjunto, algumas funções permanecem distintas:
▶ Cumprir as deliberações da assembleia de cotistas - Garantindo a execução das decisões
tomadas pelos cotistas durante as assembleias, assegurando que as políticas e estratégias
aprovadas sejam implementadas conforme acordado.
▶ Supervisionar as operações do gestor (limites de concentração, política de investimentos) -
Monitorando as atividades do gestor de investimentos para garantir que esteja em conformidade
com as políticas de investimento estabelecidas, incluindo limites de concentração e outras
diretrizes estabelecidas

▶ Gerenciar o risco de liquidez (junto com o gestor) - Juntamente com o gestor, avaliar e
gerenciar o risco de liquidez do fundo, garantindo que haja recursos adequados para atender
aos resgates dos cotistas e que o fundo mantenha uma adequada capacidade de negociação.

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▶ Supervisionar as atualizações necessárias dos prestadores de serviços e dos cotistas -


Mantendo contato regular com os prestadores de serviços do fundo, como custodiantes e
auditores, para garantir que estejam cumprindo suas responsabilidades. Além disso, garantir
que as informações dos cotistas estejam atualizadas e em conformidade com os requisitos
regulatórios.

O Administrador poderá contratar serviços de Tesouraria, Escrituração das cotas


(Custodiante) e Auditoria independente.

Tesouraria – Não é obrigatório, o administrador pode optar por gerenciar a tesouraria


internamente, utilizando os recursos da sua instituição financeira. Isso oferece controle direto
sobre as operações financeiras do fundo, mas também implica em responsabilidades adicionais.

Custodiante – Não é obrigatório, pois assim como a Tesouraria, a custódia interna pela
instituição financeira do administrador é uma opção. Porém, a custódia externa pode oferecer
maior segurança e transparência na guarda dos ativos do fundo, evitando conflitos de interesse.

Auditoria Independente – É obrigatório, em todo final de exercício o fundo de


investimento precisa entregar para seus cotistas as demonstrações contábeis, e para isso é
preciso ter uma auditoria totalmente fora da administração, sendo uma prática
fundamental para garantir a transparência e a conformidade. Uma auditoria externa
proporciona uma avaliação imparcial das demonstrações contábeis do fundo, aumentando
a confiança dos cotistas.

Funções do Gestor
Prestador essencial, responsável pela gestão da carteira de investimentos, nos investimentos
(compras de ativos) e desinvestimentos (vendas de ativos) do fundo. As funções do gestor são:
▶ Responsável por manter a carteira adequada as regras: limites por emissor, limites por
modalidade e concentração de risco – A gestão da carteira de investimentos visa realizar
compras e vendas de ativos de acordo com a política de investimentos do fundo, mantendo a
carteira alinhada aos objetivos do fundo e às regras estabelecidas, como limites por emissor,
limites por modalidade e critérios de concentração de risco.

▶ Comunicar a CVM em caso de fechamento de cotas (e esse fechamento será para aplicações
tanto de novos cotistas, quanto para os atuais cotistas, e também para resgates) - O
fechamento de cotas pode ocorrer em situações específicas, como para acomodar novos
investidores, lidar com resgates ou cumprir determinadas condições previstas
no regulamento do fundo.

O Gestor poderá contratar serviços de Distribuidor, Classificadora de risco e Cogestão da carteira.

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Distribuidor – O distribuidor é responsável pela distribuição das cotas do fundo aos investidores.
Embora não seja obrigatório, a contratação de um distribuidor pode ser benéfica para ampliar a
base de investidores do fundo e aumentar sua visibilidade no mercado.

Classificadora de risco – A classificadora de risco avalia e atribui classificações de risco aos


ativos presentes na carteira do fundo. Embora não seja obrigatório, a contratação de uma
classificadora de risco pode fornecer aos investidores informações adicionais sobre a
qualidade e a segurança dos ativos, contribuindo para uma avaliação mais transparente do
risco do fundo.
Cogestão da carteira – A cogestão da carteira envolve a contratação de uma empresa de gestão
de investimentos adicional para trabalhar em conjunto com o gestor principal na tomada de
decisões e execução das estratégias de investimento. Isso não é obrigatório, mas em fundos
com várias subclasses de cotas, pode ser uma abordagem para lidar com diferentes estratégias
de investimento.

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O DINÂMICA DE APLICAÇÃO E RESGATE DE COTAS

⚪ 1. Aplicação.
⚪ 2. Cotização: Só começa a valorização/desvalorização após o dinheiro virar cota.
⚪ 3. Descotização: Quando o cotista solicita resgate do curso, o capital segue se valorizando/
desvalorizando até voltar a ser dinheiro. O administrador definirá o prazo para descotizar.
⚪ 4. Resgate: No máximo em D+5 para creditar o investidor após a descotização.

O PRECIFICAÇÃO DAS COTAS

Deve-se marcar a mercado todos os ativos do fundo.

▶ Cota de abertura:
Cotização = D+0
Descotização a partir de D+0

▶ Cota de fechamento:
Cotização = D+1
Descotização a partir de D+1

O FECHAMENTO DO FUNDO PARA RESGATES E APLICAÇÕES

O administrador poderá suspender novas aplicações no fundo, desde que isso se aplique tanto
aos novos investidores quanto aos cotistas atuais.

O administrador, em casos excepcionais de falta de liquidez, poderá declarar o fechamento do fundo


para realização de resgate.

O MARCAÇÃO A MERCADO

Conceito: Precificar um ativo pelo valor que ele é negociado ou


apreçamento de ativos.

⚪ Serve para evitar transferência de riquezas entre cotistas.


⚪ A responsabilidade da marcação a mercado é do administrador (por ser o responsável le-
gal), mas o mesmo pode delegar ao Custodiante.

112
122

O OBJETIVOS E POLÍTICAS DE UM FUNDO


⚪ Objetivo = Onde o gestor quer chegar;
⚪ Políticas = Como o gestor irá atingir essa meta/ objetivo.

As duas informações devem estar descritas no FIC – Formulário de Informações Complementares.

Exemplo:
1.Objetivo do Fundo:
O objetivo do fundo será buscar acompanhar seu benchmark, para que desta forma, o investidor esteja
protegido contra a variação do índice oficial de preços do país (IPCA).

2.Política do Fundo:
Para atingir seu objetivo, o gestor irá buscar ativos que beneficiem o investidor com rentabilidade, ou
seja, rentabilidade híbrida: pós-fixada pela variação do IPCA, mais uma percentual fixo.

▶ Estratégia de Gestão
⚪ Aplicação x Resgate;
⚪ Fundo passivo (indexado) x fundo ativo;
⚪ Fundo alavancado: superior ao PL do fundo.

⚪ Benchmarks DI;
⚪ IPCA;
⚪ IBOVESPA;
⚪ IBRX50;
⚪ IBRX100;
⚪ PTAX;
⚪ S&P500.
▶ Suspenções
⚪ Suspensão do fundo para entrada: Cotista e novos Cotistas.
⚪ Suspensão do fundo para resgate: Falta de Liquidez.

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▶ LIMITES POR EMISSOR



Até 100% do PL do fundo pode estar aplicado em ativos de emissão da União Federal.


Até 20% do PL do fundo pode estar em aplicado em ativos de emissão de instituições fi-
nanceiras.


Até 10% do PL do fundo pode estar aplicado em ativos de emissão de companhias
abertas.

Até 5% do PL do fundo pode estar aplicado em ativos de emissores privados que não se-
jam companhia aberta, nem instituição financeira.

▶LIMITES POR MODALIDADE


Alguns ativos financeiros possuem limitação de alocação.
Um Fundo de Investimentos pode alocar no máximo 20% do Patrimônio Líquido em:
⚪ FI - Fundo de Investimento;
⚪ FII – Fundo de Investimentos Imobiliários;
⚪ FIDC – Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios;
⚪ ETF – Exchange Traded Fund;
⚪ CRI e CRA.

TIPIFICAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS


De maneira análoga à classificação, temos a tipificação, indicando a identificação do tipo ou
categoria de um fundo com base em suas características particulares. Dentro da tipificação, é visível
a necessidade de analisar como as estratégias de investimento e os ativos subjacentes de um fundo
se alinham aos riscos associados a essa categoria específica.

O FI Ações – A concentração de riscos se dá principalmente em renda variável, incluindo ações,


BDRs, e outros ativos relacionados ao mercado de ações.
Estratégias:

▶ Arbitragem (Long and Short): Compra e venda de ativo.


▶ Market Timing: Aumento ou diminuição a exposição da bolsa.
▶ Stock Picking: Aposta em ações com maior potencial de retorno.
▶ Carregamento: Foco no longo prazo.
▶ Trading: Movimentações de curto prazo, tentando aproveitar o mercado.

▶ IR – Fixo em 15% e isento IOF

123
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Lastro:
Ações, bônus ou recibo de subscrições;
Cotas de fundos de ações;
Cotas de fundos de índices de ações;
BDR;

O FI Cambial – A concentração de riscos é direcionada para ativos lastreados em câmbio,


refletindo a exposição às variações cambiais.

O FI Renda Fixa – A concentração de riscos está centralizada em ativos de renda fixa,


caracterizados por títulos com rendimentos preestabelecidos.

FI Multimercado – Não há uma concentração de riscos, com ausência de foco em um ativo


O
específico; o fundo tem a flexibilidade de acessar diversos mercados e está exposto a
diferentes fatores de risco.

O FI Incentivado em Infraestrutura – Este fundo, agora incluído nas tipificações após a iCVM
175, é categorizado como Fundo de Renda Fixa. De acordo com suas novas diretrizes, no
mínimo 85% de seu patrimônio deve ser alocado em debêntures incentivadas, além de
possuir o benefício fiscal de isenção de Imposto de Renda para Pessoas Físicas, por outro
lado Pessoas Jurídicas que investem no fundo, são sujeitas à tributação de 15% de Imposto
de Renda sobre os ganhos obtidos.

O FI destinado à Garantia de Locação Imobiliária – Este fundo é classificado como Fundo


Aberto, tendo como propósito principal atuar como garantia para contratos de locação
imobiliária. Diferentemente de fundos convencionais, esse possui a particularidade de permitir
a cessão de cotas, possibilitando que o fundo seja utilizado como garantia executória.

O contexto típico envolvendo a locação de imóveis frequentemente exige a prestação de uma


garantia. Nesse cenário, se um indivíduo possuir cotas desse fundo, essas cotas podem ser utilizadas
como uma alternativa para cumprir tal exigência de garantia. Vale ressaltar que este fundo não
estabelece um percentual fixo de alocação, proporcionando flexibilidade aos investidores.

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125

▶ Os Fundos de Investimentos Cambial, Renda Fixa e Multimercado podem ter


uma subclasse chamada Crédito Privado. Para ser considerado como tal, a
regra é que a carteira tenha no mínimo 50% do Patrimônio Líquido alocado em
crédito privado (CDBs, LFs, LCIs, LCAs, Debêntures, entre outros).

O TRIBUTAÇÃO EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS


▶ Imposto sobre Operações Financeiras – IOF em Fundos de Investimentos.
ISENÇÃO DE IOF PARA FUNDO DE AÇÕES E INCENTIVADO EM INFRAESTRUTURA
IOF antes do IR;
TÁTICA 4-3-3.

125
126

Tempo de
Tempo de Tempo de
aplicação IOF IOF IOF
aplicação (dias) aplicação (dias)
(dias)

1 96% 11 63% 21 30%

2 93% 12 60% 22 26%

3 90% 13 56% 23 23%

4 86% 14 53% 24 20%

5 83% 15 50% 25 16%

6 80% 16 46% 26 13%

7 76% 17 43% 27 10%

8 73% 18 40% 28 6%

9 70% 19 36% 29 3%

10 66% 20 33% 30 0

O IR EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS – COME COTAS

Os fundos de: renda fixa, multimercado e cambial antecipam semestralmente a cobrança de IR dos
investidores.
Os investidores ficam no fundo por prazo indeterminado, mas os ativos dentro do fundo possuem
prazo de vencimento.
O come-cotas incide nos últimos dias úteis de: MAIO E NOVEMBRO.

CURTO PRAZO: 20%;

LONGO PRAZO: 15% (receita federal considera 365 dias).


*Fundos de ações não tem come-cotas
15% de IR

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O FUNDO DE INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITÓRIOS – FIDC

Faz antecipação de Direitos Creditórios


Definição: É um tipo de aplicação em que a maior parte dos recursos é destina-
da à aquisição de direitos creditórios.

Os direitos creditórios vêm dos créditos que uma empresa tem a receber, como duplicatas, cheques,
contratos de aluguel e outros. O direito de recebimento desses créditos é negociável, quer dizer, a
em- presa o cede a terceiros e isso é feito por meio de um FIDC.

▶ Características:
⚪Estes fundos podem ser ABERTOS ou FECHADOS.
⚪Destinado à investidores em geral*
⚪O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em direitos creditórios.
⚪Não há valor mínimo para aplicação.
⚪Tributação: Tabela Regressiva de Imposto de Renda, apenas no resgate.
▶ Benefícios
⚪Para quem cede: diminuição dos riscos e “liberação de espaço no balanço”;
⚪Para as empresas: mais liquidez no mercado de crédito.
⚪Para os investidores: uma alternativa de investimento que tende a oferecer maior rentabili-
dade do que a renda fixa tradicional.

▶ Tipos de cotas
⚪Cota sênior: Aquela que não se subordina às demais para efeito de amortização e resgate.
⚪Cota subordinada: Aquela que se subordina à cota sênior.
⚪Riscos: O principal risco para o investidor é a carteira de recebíveis.

O FUNDO IMOBILIÁRIO - FII

Definição: Os Fundos de Investimento Imobiliário - FII destinam-se ao desen-


volvimento de empreendimentos imobiliários, construção de imóveis e aquisi-
ção de imóveis prontos.

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128

Esses fundos são comercializados na forma de fundos fechados, que podem ter duração
determinada ou indeterminada. E, além disso, devem distribuir, no mínimo, 95% do lucro auferido,
apurados segun- do o regime de caixa.

Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do fundo, admite-se que 25% de seu patrimônio,
no máximo e temporariamente, seja investido em cotas de FI e/ou em títulos de renda fixa. Uma con-
sideração importante a fazer é sobre o resgate das cotas: só pode ser feito no vencimento ou na liqui-
dação do fundo.

▶ Riscos
⚪ Mercado;
⚪ Liquidez;
⚪ Vacância.

▶ Tributação e Recolhimento


Ganho de Capital
⚪ Pessoa física e Jurídica – Alíquota de 20%.
⚪Deve ser feito pelo investidor via DARF.

Rendimentos de Aluguel
⚪Pessoa Jurídica – Alíquota de 20%.
⚪ Pessoa física – Isenção de IR, desde que se respeite os seguintes critérios:
−Menos de 10% da totalidade das cotas do fundo;
−Fundo que as cotas sejam negociadas em Bolsa de Valores;
−Tenha mais de 50 cotistas no fundo.

⚪ No caso dos rendimentos de aluguel, quem irá recolher o IR será o administrador do fundo.

Aplicações do Fundo.

▶ Fundos de Tijolos
⚪ Shoppings; ⚪ Fundos de Papeis
⚪ Galpões Logísticos; ⚪ LCI;
⚪ Prédios Comerciais; ⚪ CRI;
⚪ Agências Bancárias; ⚪ LH
⚪ Complexos Educacionais; ⚪ Cotas de outros FIIs
⚪ Unidades de Saúde.

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9

O FUNDOS DE INVESTIMENTOS EM PARTICIPAÇÕES - FIP

⚪ Constituídos sob a forma de condomínio


⚪ FECHADO. Não há aplicação mínima.

Definição: Fundos de Investimento em Participação (FIP) foram criados para


se investir ativamente através da compra de participações em empresas ou
em- preendimentos específicos.

O acesso às aplicações em FIP é restrito aos investidores qualificados, ou seja,


instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de capitaliza-
ção, entidades abertas e fechadas de previdência complementar, por exemplo.

O fundo deverá participar do processo decisório da companhia investida, com


efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua gestão, nota-
damente através da indicação de membros do Conselho de Administração.

▶ Características
O fundo deve manter, no mínimo, 90% de seu patrimônio investido em
ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores
mobiliários conver- síveis ou permutáveis em ações de emissão de
companhias, abertas ou fecha- das, que o fundo tenha por objetivo participar
do processo decisório. Com ex- ceção para FIP de empresas emergentes,
onde o percentual mínimo é de 75%.
O FIP pode incluir na sua carteira compromissos de investimento, para poste-
riores chamadas de aporte de capital.

Podem investir até 20% do seu capital em ativos no exterior que possuam
a mesma natureza econômica dos ativos mencionados.

Permite apenas Investidores Qualificados.

Tributação: 15%, apenas no resgate.


▶ OS FIPS SÃO DIVIDIDOS EM 4 SEGMENTOS:
• Capital semente: Restrito a participações em companhias ou sociedades limitadas com
receita bruta anual de até R$ 16 milhões;
• Empresas emergentes: Nessa categoria o limite de receita bruta anual sobe para R$ 300
milhões;
• Infraestrutura e Produção Econômica intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação: O
patrimônio é investido em companhias que desenvolvam, novos projetos de infraestrutura ou de
produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação nas áreas de energia,
transporte, água e saneamento básico, irrigação e outras áreas prioritárias para o governo federal.
Os FIPs de infraestrutura também apresentam uma vantagem exclusiva: pessoas físicas ficam isentas
de imposto de renda tanto para o ganho de capital quanto para os dividendos;

129
130

Multiestratégia: Investem em diferentes tipos e portes de sociedades. Além disso, esses


fundos podem aplicar até 100% de seu capital subscrito em ativos no exterior, porém,
são acessados exclusivamente por investidores profissionais.

O EXCHANGED TRADED FUNDS - ETF

▶ Fundo de Investimento que replica um índice de mercado


Definição: ETF é um fundo de investimento em índice, com cotas negociáveis
somente em bolsa.

O ETF busca obter desempenho semelhante à performance de um determinado índice de mercado


e, para tanto, sua carteira replica a composição desse índice.
Isso significa que ao investir em um ETF você está investindo, ao mesmo tempo, em uma carteira de
ações de diferentes companhias.

Exemplos:
⚪ BOVA11 – Ibovespa;
⚪ BRAX11 – IBrX-100;
⚪ SMAL11 – Small Cap;
⚪ PIBB11 – IBrX-50.

O Fundo deve manter 95%, no mínimo, de seu patrimônio aplicado em valores mobiliários ou
ativos de renda variável autorizados pela CVM, na proporção em que estes integram o índice de
referência, ou em posições compradas no mercado futuro do índice de referência, de forma a
refletir a variação da rentabilidade de tal índice.

▶ • Características:
⚪ - Fundo aberto (conforme Portal do Investidor da CVM);
⚪ -Negociado em Bolsa de Valores ou mercado de balcão organizado;
⚪ -Replica um índice;
⚪ -IR swing trade 15%;

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▶Carteira administrada
A administração de carteira de valores mobiliários consiste na gestão profissional de recursos ou valo-
res mobiliários, sujeitos à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários.
Gestão discricionária: Permite delegar a gestão da totalidade ou de parte dos ativos a uma equipe
profissional e experiente
Gestão não discricionária: Mesmo que um fundo ou recursos de uma carteira seja administrado por
terceiros, o investidor é o gestor dos recursos, tomando todas as decisões de acordo com sua vontade.

O CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA


ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS

▶ Objetivos e Abrangência: Art, 2°


⚪I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da institucionalização
de práticas equitativas nos mercados financeiros e de capitais;
⚪II. A concorrência leal;
⚪III. A padronização de seus procedimentos;
⚪IV. A maior qualidade e disponibilidade de informações, especialmente por meio do envio
de dados pelas Instituições Participantes à ANBIMA; e
⚪V. A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.
Princípios gerais de conduta, art. 6°

⚪ I. Exercer suas atividades com boa-fé, transparência, diligência e lealdade;


⚪ II. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios
contidos neste Código e na Regulação em vigor.

Selo ANBIMA, art 56°: Tem por finalidade exclusiva demonstrar o compromisso das Instituições
Partici- pantes em atender às disposições deste Código.

⚪ A ANBIMA não se responsabiliza pelas informações constantes nos documentos.

▶ Vedações:

⚪ Comparações entre fundos de diferentes classes e estratégias.


⚪ Divulgar
CVM.
histórico de rentabilidade de fundos que tenham menos de 6 meses de registro na

▶ Aplicado ao Administrador e Gestor do fundo:


⚪O lucro para a empresa/administrador vem das taxas cobradas pelo fundo;
⚪Devem ser diligentes, como se fosse dinheiro próprio;

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132

⚪ Manter relação fiduciária (confiança);


⚪ Transferir para o fundo qualquer vantagem que o administrador possa eventualmente a ter;
⚪ Rebate.

O CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS ANBIMA


▶ Estrutura e adequação de produtos em função dos objetivos do investidor


Primeiro Nível – Classificação
⚪ CVM: I. Fundos de Renda Fixa;
⚪ II. Fundos de Ações;
⚪ III. Fundos Multimercados;
⚪ IV. Fundos Cambiais.
▶ Segundo Nível – Tipos de Gestão:

⚪ I. Fundos Indexados (passivos);


⚪ II. Fundos Ativos;
⚪ III. Fundos de Investimentos no Exterior.
▶ Terceiro Nível – Estratégia:
⚪ I. Classificados de acordo com a estratégia;
A ANBIMA agrupa fundos de investimento com as mesmas características, identificando-os pelas suas
estratégias e fatores de risco.

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133

IMPORTANTE
▶ O administrador de um fundo de investimento é responsável por registrar o fundo na CVM. Os ativos
▶ em que um fundo de investimento investe são considerados de propriedade DOS COT I STA S .
O número de cotas de um fundo de investimento diminui em determinado dia se houver

mais resgates do que aplicações.
▶ O número de cotas que um investidor possui em um fundo de investimento diminui quando
houver recolhimento de IR na forma de come-cotas.
▶ A barreira de informação é utilizada para evitar possíveis conflitos de interesse entre o ban-
co e a sua empresa de administrador de recursos de terceiros.

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▶ O gestor de um fundo de investimento é responsável por comprar e vender os ativos do


fundo.
▶ Um investidor solicitou o resgate de suas cotas antes de transcorridos 60 dias de sua aplica-
ção e perdeu a rentabilidade acumulada. Essa característica é de um fundo COM CARÊNCIA.
▶ Considere um fundo com data de conversão de cotas em D+0 e data para pagamento do
resgate em D+3. Nesse caso, a contar da data de solicitação, o cálculo do valor das cotas é
realizado no mesmo dia.
▶ Considere um fundo com data de conversão de cotas em D+0 e data para pagamento do
resgate em D+3. Nesse caso, a contar da data de solicitação, o pagamento do resgate é rea-
lizado após três dias úteis.
▶ Para atender às solicitações de resgate que ocorrem em determinado dia, o gestor de
um fundo de investimento venderá ativos.

Uma das vantagens de investir em fundos de investimento é possibilidade de diversificação
▶ de ativos com aplicação baixa.
A aplicação em fundos de investimento permite equidade no tratamento dos cotistas, inde-
▶ pendentemente do número de cotas que possui.
O gestor de um fundo com estratégia de investimento ativa investe com objetivo de obter

rentabilidade superior à do índice de referência do fundo.
A taxa de administração de um fundo de investimento é o valor cobrado pela instituição

financeira que administra o fundo para pagar por todos os serviços.
▶ Um fundo de ações deve comprar pelo menos 67% em ativos de renda variável. Entre eles,
pode estar cotas de fundos de ações ou cotas de fundos de índices.
▶ O nível 2 da classificação Anbima significa o tipo de risco que esse fundo tem como objetivo
(exemplo: Indexado, Ativo, no Exterior).

Um fundo de tipo “Capital Protegido” segundo a nova classificação da Anbima para Fundos
▶ de Investimentos, pertence a classe de Ativos Multimercado.
Primeiro nível: Classe de ativos / Segundo nível: Riscos / Terceiro nível: Estratégias de In-
vestimentos
▶ Sobre o limite de concentração em fundos de investimentos, para ativos de um mesmo
emissor presentes na carteira, esse limite para emissores financeiros e não financeiros é de,
▶ respectivamente 20% e 10%
Em um fundo de investimento a taxa de performance é cobrada dos cotistas somente quan-
▶ do a rentabilidade do fundo supera a de um indicador de referência.
Em um fundo de investimento a responsabilidade pelo recolhimento do IOF é do adminis-
▶ trador do fundo.
Uma das vantagens de investir em fundos de investimento é a possibilidade de

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MÓDULO 6 – Previdência Complementar Aberta: PGBL e


VGBL (5% a 10%)

O PREVIDÊNCIA SOCIAL X PREVIDÊNCIA PRIVADA

Previdência Social Previdência Privada


INSS Complementar (aberta e fechada)

O RGPS –Regime Geral da Previdência

O Social Sistema de Repartição Simples

▶ Fontes de recursos:
⚪Trabalhador;
⚪Empregador;
⚪Governo.
▶ Limite de pagamento:

⚪Mínimo: R$1.212,00 em 2022


⚪Máximo: R$7.079,50 em 2022
▶ Benefícios:
⚪Aposentadoria;
⚪Pensão;
⚪Auxílio-Doença;
⚪Auxílio Reclusão;
⚪Auxílio Maternidade, entre outros.
▶ RGPS –Regime Próprio de Previdência
⚪Social Se aplica a servidores públicos.
O Complemento a Previdência Social

Definição: O Regime de Previdência Complementar – RPC tem objetivo de ofe-


recer uma proteção a mais ao trabalhador durante a aposentadoria. A adesão
ao RPC é facultativa e desvinculada da previdência pública (RGPS ou RPPS).

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▶ Características:
⚪ Sistema de Capitalização
⚪ Fonte de Recurso
Duas fases:
• Diferimento
• Benefício

▶ Limite de Recebimento:


Aplicação em Previdência Complementar

PGBL

FIE Ativo do Mercado Financeiro

VGBL

O TAXAS COBRADAS NA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

▶ Custos da Previdência
▶ Taxa de Carregamento
⚪Incide sobre todos os aportes;
⚪Pode ser cobrado na entrada, saída ou ambos;
⚪Apenas sobre o principal e não juros;
⚪Não pode exceder 10%.
▶ TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO

⚪Expressa ao ano, deduzida diariamente e fixa;


⚪Incide sobre o FIE;
▶ Portabilidade, Transferências e Resgates
⚪O investidor pode solicitar a portabilidade do recurso para outra instituição.
⚪A primeira instituição não pode negar a portabilidade.
⚪Não incide IR na portabilidade.
⚪Só pode ser feito a portabilidade entre mesmo CPF.
⚪Só pode ser feito portabilidade entre mesmos planos.

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⚪ Pode incidir carregamento de saída, mas não de entrada.


⚪ Alteração de tributação apenas de progressiva para regressiva.
⚪ Prazo mínimo para nova portabilidade, transferência de planos e resgate:
60 dias

▶ REGIME DE TRIBUTAÇÃO
⚪Tributação: Regressiva e Progressiva
Regressiva = Definitiva

Progressiva = Compensável

▶ Tributação: Regressiva ou Definitiva


▶ Regime focado no longo prazo.

Período de acumulação dos recursosAlíquota do IR na Fonte

Até 2 anos 35%


De 2 a 4 anos 30%
De 4 a 6 anos 25%
De 6 a 8 anos 20%
De 8 a 10 anos 15%
De 10 anos em diante 10%

Observação:
Em caso de falecimento até o sexto ano, de diferimento a tributação será fixa
em 25%.

▶ Tributação: Progressiva ou Compensável


⚪Regime focado no valor da renda e necessita de ajuste anual.
⚪Aplica-se somente na conversão de renda.
⚪Aplicação fixa de 15% na fonte.

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Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$)

Até R$22.847,76 ------------ ------------


De R$22.847,76 até R$33.919,80 7,50% R$ 1.713,58
De R$33.919,81 até R$45.012,60 15,00% R$ 4.257,57
De R$45.012,61 até R$55.976,16 22,50% R$ 7.633,51
Acima de R$55.976,12 27,50% R$ 10.432,32

▶ Exemplo: R$100.000,00 em previdência complementar.


Resgate total = 15% de IR na fonte = R$15.000,00

Ajuste Anual de IR:


Resgate prev + Renda anual = R$60.000,00
Qual a alíquota de ajuste?

▶ 27,5%

O Modelo de Tributação Anual


▶ Simplificado e Completo

Modelo Simplificado:
▶ Renda anual: R$100.000,00
▶ IR 27,5% = R$27.500,00
▶ Livre de IR = R$72.500,00

Modelo Completo:
▶ Renda anual: R$100.000,00
▶ Dedução educação: R$10.000,00
▶ Dedução Saúde = R$10.000,00

▶ Base de cálculo = R$80.000,00


⚪ IR 27,5% = R$22.000,00
⚪ R$22.000,00 – R$10.432,32 = R$11567,68
⚪ Livre de IR
⚪ R$100.000 – R$11.567,68
⚪ R$88.432,32

129
139

O PLANO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR


▶ VGBL E PGBL

VGBL PGBL

Aporte R$ 100.000,00 R$ 100.000,00

Rendimento R$ 50.000,00 R$ 50.000,00

Total R$150.000,00
R$150.000,00 R$

Base de Cálculo R$150.000,00


50.000,00
Dedução da base
Benefício Fiscal --------------------- fiscal em até 12%

▶ VGBL: Vida Gerador de Benefício Livre


▶ IR incide apenas sobre o rendimento, seja tributação: Regressiva ou Progressiva.
Agente Fiduciário: Protege o interesse dos debenturistas! (Pode requerer fa-
lência da emitente, executar garantias reais, representar os debenturistas nos
processos ou tomar qualquer providência para que o debenturista realize o seu
crédito.

▶ PGBL: Plano Gerador de Benefício Livre


⚪IR cobrado sobre capital mais juros;
⚪Benefício fiscal: Deduz até 12% da base fiscal;
⚪Para obter esse benefício fiscal: declaração anual de ajuste de IR completo e ser contribuin-
te da previdência social (INSS ou RPPS).

▶ TIPOS DE RENDA

▶ Renda Mensal Vitalícia: Consiste em uma renda vitalícia e paga exclusivamente ao partici-
pante a partir da data de concessão do benefício. O benefício cessa com o falecimento do
participante.

▶ Renda mensal temporária: Consiste em uma renda temporária e paga


exclusivamente ao participante. O benefício cessa com o falecimento do participante
ou o fim da temporarie- dade contratada, o que ocorrer primeiro.

139
140

▶ Renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido: Consiste em uma renda paga vita-
liciamente ao participante a partir da data da concessão do benefício, sendo garantido aos
beneficiários um prazo mínimo de garantia que será indicado na proposta de inscrição e é
contado a partir da data do início do recebimento do benefício pelo participante.

▶ Renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado: Consiste em uma renda paga
vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do benefício escolhida. Ocor-
rendo o falecimento do participante durante a percepção dessa renda, o percentual do
seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao
beneficiário indicado.

▶ Renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores: Consiste
em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do
benefí- cio escolhida. Ocorrendo o falecimento do participante durante a percepção dessa
renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido
vitaliciamente ao cônjuge e, na falta deste, reversível temporariamente ao(s) menor(es)
até que comple- te(m) a idade para maioridade (18, 21 ou 24) estabelecida no regulamento
e conforme o percentual de reversão estabelecido.

▶ Pagamento único (pecúlio): Benefício sob forma de pagamento único, cujo evento
gera- dor é a morte ou a invalidez do participante.


Renda mensal por prazo certo: Consiste em uma renda mensal a ser paga por
um prazo pré-estabelecido ao participante/assistido. Na proposta de inscrição, o
participante indica- rá o prazo máximo, em meses, contado a partir da data de
concessão do benefício, em que será efetuado o pagamento da renda.

IMPORTANTE
▶ Um gerente de conta sabendo que seu cliente faz declaração de imposto de renda por meio de
formulário completo, explica a seu cliente que caso ele venha a investir em um Plano Gerador de
Benefícios Livres (PGBL) ele poderá deduzir até 12% da renda bruta anual tributável na
Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda da pessoa física.
▶ Previdência oferece uma série de benefícios para o trabalhador e sua família, como
aposensentadorias, salário-maternidade, salário-família, auxílio-doença, auxílio-acidente e por
morte. Os planos de previdência complementar são facultativos e podem complementar os
benefícios da Previdência Social.
▶ Os Planos de Previdência Complementar do tipo Vida Gerador de Benefício Livre –VGBL
têm incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos das aplicações no momento do
resgate, ou no período de concessão de benefícios.
▶ Um cliente que possui um plano de previdência complementar do tipo Plano Gerador
de Benefício Livre – PGBL Renda Fixa foi a seu banco para trocar o perfil de sua aplicação
para outro plano que aplica até 15% em renda variável. Seu gerente afirmou que ele poderá tro-

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141

car de perfil e não precisará resgatar seus recursos, nem recolher o imposto de renda, mas
terá que permanecer em um plano do tipo PGBL.
▶ Uma das diferenças entre o Plano Gerador de Benefício Livre - PGBL e o Vida Gerador de
Benefício Livre - VGBL é o fato de que apenas no PGBL é possível deduzir as contribuições
na declaração anual de imposto de renda da pessoa física.

A Taxa de Carregamento de um Plano de Previdência Complementar é um percentual que
▶ incide sobre as contribuições realizadas para custear as despesas administrativas do plano.
Quando acontece um investimento em previdência privada, do tipo PGBL, onde ocorre a
escolha pelo regime tributário progressivo (compensável), a alíquota de 15% que é cobrada
na fonte no momento do resgate pode ocorrer complementação ou restituição da mesma
na declaração anual de ajuste do I.R, chegando em uma alíquota máxima de 27,5%.
▶ Os planos de previdência complementar do tipo VGBL tem incidência de IR sobre os rendi-
mentos das aplicações no momento do resgate, ou no período de concessão dos benefícios.

Seu cliente contratou um plano de previdência do tipo PGBL com regime tributário pro-
gressivo (compensável) e permaneceu no plano pelo prazo de 12 anos. Quando o mesmo
efetuar o resgate, a alíquota de I.R na fonte será de 15%.

VGBL portabiliza apenas para VGBL e PGBL para PGBL.

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MÓDULO 7 – Mensuração e Gestão de Performance e


Riscos (10% a 20%)

▶ ESTATÍSTICA APLICADA

⚪Média simples ;
⚪ Mediana: Valor central de um conjunto de dados ordenados;
⚪Moda: Valor mais frequente na amostra.
▶ MEDIDAS DE DISPERSÃO
Variância e Desvio padrão (volatilidade)

⚪ Medem a dispersão em torno da média;


⚪ O quanto o resultado está distante da média;
⚪ Desvio padrão = -representado pela letra grega “sigma” σ.

▶ MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO ENTRE DUAS VARIÁVEIS

⚪ Covariância – quanto os dados se movem em conjunto


⚪ Coeficiente de correlação (R) – usada para medir a força da associação entre as variáveis
Coeficiente de determinação (R²) – assume valores entre +1 e -1

▶ (R) – INTERPRETAÇÃO
⚪ R = + 1 associação linear positiva forte
⚪ R = 0 ausência de associação linear
⚪ R = - 1 associação linear negativa forte
EXEMPLOS:

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R + 1 = Relação Perfeita R + 0,8

R0 R – 0,8

R – 1 = Relação Perfeita

O DISTRIBUIÇÃO NORMAL

▶ Características:
⚪Modelo de distribuição de variável contínua mais utilizado
⚪Simétrica em relação à média e curva na forma de sino.

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Exemplo: distribuição do consumo de lubrificantes no período entre o pedido de compra e a entrega.


⚪ 15 litros.
⚪ σ 6 litros.

▶ Probabilidade de consumir entre 9 e 21 litros no período é de 0,68.


▶ Probabilidade de consumir entre 3 e 27 litros no período é de 0,95.

Em 2,5% das vezes o consumo é superior a 27 litros.


Em 50% das vezes o consumo é superior a 15 litros.

REGRA :
1 σ = 68
2 σ = 95
3 σ = 99

▶ INTERPRETAÇÃO

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⚪ 68% dos valores da amostra encontram-se dentro de 1 desvio padrão da


⚪ média 95% dentro de 2 desvios padrão
⚪ 99,7% abrange 3 desvios padrão

▶ Intervalo de confiança em uma distribuição normal


⚪Os intervalos de confiança são usados para indicar a confiabilidade de uma estimativa.
⚪São uma forma de estimativa.
⚪O intervalo de confiança pode ser usado para descrever o quão confiáveis são os resultados
de uma pesquisa.

▶ Exemplo
⚪De acordo com uma pesquisa sobre intenção de votos, 40% dos entrevistados pretendem
votar em um certo partido. É possível calcular um intervalo de confiança de 99% para a
proporção de toda a população com a mesma intenção de voto, que pode ficar entre 30%
e 50%.
⚪ Também é possível calcular um intervalo de confiança de 90% para a proporção de toda a
população com a mesma intenção de voto, que neste caso pode ficar entre 37% e 43%.

Nível de confiança * Intervalo de confiança

90% a 0,1 1,64

95% a 0,05 1,96

99% a 0,01 2,57

*lado positivo da curva de Gauss

RISCO DOS ATIVOS


▶ Tipos de Risco:
⚪Mercado - Risco da variação dos preços dos Ativos;
⚪Liquidez - Risco de não conseguir se desfazer dos Ativos a qualquer momento a um preço
justo;
⚪Crédito - Risco de o tomador de recursos não honrar suas dívidas;

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⚪Operacional - Risco de falha no processamento da operação.


** Na análise de Portfólios o principal risco analisado é de Mercado.

▶Todo investimento tem risco de Mercado?


Todo investimento em ativos com volatilidade maior que zero corre risco de mercado, portanto apenas
os investimentos prefixados podem ser considerados livres de risco de mercado (*considerando a taxa
básica de juros que não muda) – SE O INVESTIDOR MANTER OS RECURSOS ATÉ A DATA DE VENCIMEN-
TO.
▶Todo investimento tem risco de Crédito?
A princípio todo investimento em ativos financeiros tem risco de crédito. Os investimentos em ativos
reais podem correr risco de crédito se o custodiante não for o próprio detentor dos ativos.

▶Todo investimento tem risco de Liquidez?


A princípio todo investimento tem risco de liquidez uma vez que não existe garantia da compra ou
venda de seus ativos a qualquer momento a um preço justo.
▶Todo investimento tem risco Operacional?
Um investimento terá risco operacional se houver algum processo envolvido desde a contratação até
a sua liquidação.

▶ SELEÇÃO DE CARTEIRAS E MODELO DE MARKOWITZ

▶ DESVIO PADRÃO DA CARTEIRA E O BENEFÍCIO DA DIVERSIFICAÇÃO

Objetivo da DIV

ERSIFICAÇÃO
REDUZIR O RISCO TOTAL!!!

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▶ RISCO DIVERSIFICÁVEL E RISCO SISTEMÁTICO (NÃO DIVERSIFICÁVEL)

⚪ Uma carteira bem diversificada terá o RISCO TOTAL menor do que a soma do risco indivi-
dual de cada um de seus ativos;
⚪ Apenas o chamado Risco Diversificável poderá ser diluído pela diversificação;
⚪ Quanto maior a quantidade de ativos diferentes agregados ao portfólio o risco tende a
di- minuir.


BETA DA CARTEIRA E SUA INTERPRETAÇÃO

Definição: É um indicador do risco sistemático de uma ação que mede a sensi-


bilidade de um ativo em relação ao comportamento do mercado.

•Permite diferenciar ativos defensivos de ativos agressivos.

•É usado para medir o risco não diversificável, ou seja, fatores de mercado que
afetam todas as empresas, como guerras ou crises internacionais.

•O Beta do IBOVESPA é sempre igual a 1

Se o Beta de uma ação for:

⚪ b > 1, a ação é mais agressiva que o Ibovespa – ATIVO AGRESSIVO.


⚪ b = 1, sua volatilidade é igual à do mercado – ATIVO NEUTRO.
⚪ b < 1, a ação é mais defensiva que a média do mercado – ATIVO DEFENSIVO.

O RISCO ABSOLUTO E RISCO RELATIVO

▶ Risco de Mercado Absoluto:


⚪Probabilidade de perdas em carteiras não comparadas ou relacionadas a índices de merca-
do, ou benchmarks, ou seja, exposição ao risco em termos absolutos percentuais ou mone-
tários
⚪Outubro – 0,50%; novembro -0,65%
▶ Risco de Mercado Relativo:

⚪Probabilidade
benchmark
de perdas em carteiras em relação a um índice de referência utilizado como

⚪Outubro – 0,80% do CDI; novembro -123% do CDI


O MEDIDAS DE PERFORMANCE

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▶ Índice de Sharpe – Original

⚪ IS mede a relação de risco x retorno de cada ativo, ou seja, quanto de retorno um ativo
está gerando para cada unidade de risco assumida

Quanto maior, melhor!

▶ Índice de Sharpe – modificado

⚪ É a relação entre o retorno excedente dividido pelo VaR (veremos à frente);


⚪ Indicado para carteiras cuja distribuição de retornos não seja distribuída de forma estatis-

⚪ ticamente normal;
Quando as carteiras apresentam grandes oscilações (de ganhos ou perdas) o IS normal não
atende a análise de performance.

▶ Índice de Treynor

⚪ É uma medida similar ao Índice de Sharpe, onde a diferença é que ao invés de usar
o Desvio Padrão como risco usa o coeficiente Beta b.

** Semelhante ao Índice de Sharpe, quanto maior, melhor! **

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▶ Risco de Taxa de Juros

Definição: É o risco de variação nos preços dos ativos de renda fixa devido flu-
tuações nas taxas de juros

Títulos prefixados perdem valor com altas de juros e vice-versa.

▶ Duration de Macaulay e Duration Modificada

▶ Duration de Macaulay - Prazo médio das operações ponderado pelo Valor


Presente dos fluxos de caixa. Descontados à taxa de juros de mercado.

▶ Duration Modificada - Serve para avaliar quanto o preço do título vai subir ou cair se a
taxa de juros subir ou cair. Quanto maior a DM, maior oscilação de preços causada pelos
juros.
Convexidade Títulos com a mesma Duration podem apresentar comportamentos diferentes frente à
mesma mudança da taxa de juros.

▶ Convexidade

⚪ O papel com maior convexidade é menos afetado por estas mudanças ***maior
convexida- de, menor risco de mercado

⚪ No conceito, os títulos de renda fixa têm representação gráfica em formato convexo


entre seu preço e rendimento.

⚪ Maior convexidade do título A, menor risco de mercado.


⚪ Quando a taxa de juros SOBE, o valor do título A Cai menos que B.
⚪ Quando a taxa de juros CAI, o valor do título A SOBE mais do que o B.

▶ Imunização
A ideia é ter uma carteira imune às variações das taxas de juros.

Combina-se a duração dos ativos e passivos, de forma que quando as taxas se


movimentam ambos os lados do balança são afetados da mesma maneira,
mantendo o Valor presente inalterado.

▶ Risco de Liquidez: Negociabilidade

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▶ Mercado: capacidade de comprar e vender um ativo sem afetar substancialmente seu pre-
ço.

▶ Liquidar a Preço Justo

⚪ Ativo: para mitigar o risco de liquidez o gestor deve comprar ativos de primeira linha, com
bom histórico de liquidez.
⚪ Evitar concentração em um único emissor;
⚪ Consequências sobre precificação – a liquidez no mercado secundário é definida pela
⚪ liqui- dez dos ativos;

⚪ Dificuldade de negociar reflete em queda nos preços;


Formas de controle de risco - Limites de exposição em relação ao tamanho do mercado e a
⚪ sua carteira;
Planejamento prévio das necessidades de caixa antes de montar as posições.

Risco de Crédito

Avaliação da capacidade de pagamento de um credor, onde antes de efetuar


a operação de crédito deve se levar em conta a atual alavancagem,
endividamen- to, estrutura de capital, geração de caixa.

⚪ Risco País: É o Risco Soberano, que indica o grau de confiança dos investidores em um país.
⚪ Riscos de Mercado Externo: Possibilidade de perdas pelo não cumprimento dos termos
acordados por um emissor fora do país.
−Oscilações nas taxas de câmbio.
−Mudanças do cenário econômico internacional.
−Questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um país.

▶ Classificação de risco
▶ Principais agências:

⚪ Standars & Poor’s


⚪ Moody’s
⚪ Fitch
Classificam papeis e países como Grau de Investimento ou não.

***Risco de crédito aumenta, juros sobem, preço do papel cai

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GESTÃO DE RISCO DE CARTEIRAS


▶ Value at Risk (VaR)
Perda máxima de uma carteira dentro de um intervalo de confiança.
Um único valor que resume a exposição ao risco de mercado com uma probabi-
lidade de oscilação adversa.

Ex.: VaR diário é de R$ 35 MM ao nível de confiança de 99%, ou seja, há 1% de


chance de que a perda seja superior a R$ 35 MM
Limitação – pressupõe mercados operando em condições de normalidade.

▶ Stop Loss
Medida tomada pelo gestor que visa limitar as perdas (ainda que tenha
que rea- lizar prejuízo para sair do investimento).

▶ Stress Test
São construídas simulações para preventivamente conhecer a perda
máxima que pode acontecer em cenários extremos de crise.

▶ Back Testing
Testa a veracidade do modelo de VaR com dados históricos.

▶ Tracking Error
Mensuração de quão próxima a performance de uma carteira em relação
ao seu benchmark.

▶ Erro Quadrático Médio


É uma medida de como o retorno do fundo se afasta do retorno do benchmark.

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IMPORTANTE
▶ Com relação ao Value At Risk – VAR, significa a perda máxima que um investidor pode ter,
com um determinado nível de confiança.

Riscos básicos do investidor: Mercado, Crédito e Liquidez
▶ O Risco de uma carteira de ações, pode ser calculado com base no desvio padrão da
carteira.

Um índice correlação -1 indica que se movem direções opostas.

Um cliente possui NTN-B Principal e uma NTN-F, ambos com mesma duration, qual
terá mais risco de mercado? O título prefixado apresentar maior risco de mercado
(Pré tem mais risco que indexado com o mesmo vencimento
▶ O limite máximo de concentração por emissor de cada ativo nos fundos de investimento
tem como objetivo reduzir o risco de crédito.

Possibilidade de ser possível comercializar um ativo pelo seu preço justo, por falta de
▶ demanda no mercado é o risco de liquidez.
Quando comparado ao Ativo Livre de Risco, o “Spread de Crédito” é uma medida que
▶ representa a probabilidade de inadimplência do emissor do título.
Coeficiente Beta da carteira é igual a 1, o retorno esperado desta carteira será igual ao re-

torno esperado pelo mercado
▶ A utilização de stop loss é uma forma de limitar as perdas em uma estratégia de investimen-
▶ to, buscando a redução de posição de risco.
O Back Test serve para testar a eficiência do modelo VaR.
▶ O índice de Sharpe serve para medir o retorno em função do risco assumido de uma
carteira.
A medida de risco utilizada no cálculo do Índice de Sharpe e Índice de Treynor são respec-
tivamente, desvio padrão e beta.

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