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FORÇA DE ATRITO

XIV
Sempre que tentamos movimentar um corpo sobre uma super- adesão das superfícies e consequentemente maior a força de atri-
fície sentimos uma força de resistência, essa é à força de atrito, to. A força de atrito não depende da área da superfície de contato.
Fat, uma força de oposição ao movimento, que se manifesta sem- As equações que fornecem a intensidade da força de atrito
pre que há escorregamento ou tendência de escorregamento de cinético e estático são dadas por:
um corpo em uma superfície. A força de atrito é paralela à super- Fatc = µcFN
fície de contato entre o corpo e a superfície, e tem sentido oposto Fate máx = µeFN
ao do movimento do corpo.
Estas equações envolvem os módulos da força normal e de
Uma característica que também podemos observar sobre a for- atrito, não os vetores, porque a força de atrito e a normal estão
ça de atrito é que ela é em geral um pouco mais intensa quando o em direções perpendiculares.
corpo está em repouso. Por exemplo, quando tentamos empurrar
um móvel em uma sala, sentimos uma força de resistência por
causa do atrito, e o móvel inicialmente não se move. Quando apli-
camos uma força suficiente para que móvel comece a deslizar, a
força de atrito se reduz, porém continua a existir. Chamamos de
atrito estático, Fate a força de atrito quando o corpo está em
repouso, e de atrito cinético, Fatc, a força de atrito quando o
corpo está em movimento. Enquanto o corpo está em movimen-
to, a força de atrito não depende da velocidade do corpo.
A força de atrito é originada de forças de adesão eletromagné-
ticas entre os materiais, que atuam em nível microscópico. Estas
forças de adesão dependem das substâncias que compõem os
corpos, por isso alguns materiais oferecem grande resistência ao
movimento, enquanto em outros, como o gelo, os corpos desli-
zam quase sem atrito. Para quantificar a resistência ao movimen- A equação da intensidade da força de atrito estático nos dá Fate máx,
to devido aos materiais das superfícies usamos o coeficiente de o valor máximo que essa força pode assumir. A força de atrito
atrito, representado por µ. O coeficiente de atrito é adimensional. estático terá intensidade igual à força aplicada sobre o corpo na
Para um mesmo par de materiais as forças de adesão são mais tentativa de colocá-lo em movimento, assim as duas forças se equi-
intensas quando o corpo está parado, por isso temos a diferença librarão, a força resultante sobre o corpo será zero, e o corpo
entre o atrito estático e cinético. Por causa disso existe um coefi- permanecerá em repouso. A medida que a força aplicada aumen-
ciente de atrito estático, µe, e um coeficiente de atrito cinético, ta, a força de atrito estático também aumenta, até alcançar o valor
µc, sendo que o coeficiente de atrito estático e em geral um pouco máximo dado pela equação acima. Se uma força com intensidade
maior que o cinético para um mesmo par de materiais. A tabela maior que essa for aplicada, a força resultante sobre o corpo não
abaixo mostra alguns valores aproximados dos coeficientes de será mais nula, e ele será colocado em movimento. A partir daí ele
atrito pra alguns materiais. estará sujeito à força de atrito cinético, que possui valor constan-
te.

Além dos materiais que compõem os corpos envolvidos, o atri-


to também depende da força de contato entre os corpos, ou seja,
da intensidade da força normal. Quanto maior essa força, maior a

1) (Unesp) Um bloco de madeira de 2,0 kg, puxado por um fio ao qual se 2) (Pucrs) Um professor pretende manter um apagador parado, pressio-
aplica uma força de 14 N que atua paralelamente à superfície plana e hori- nando-o contra o quadro de giz (vertical). Considerando P o peso do
zontal sobre a qual o bloco se apóia, apresenta uma aceleração de 3,0 m/s2. apagador, e o coeficiente de atrito entre as superfícies do apagador e a do
Este resultado pode ser explicado se admitir que também atua no bloco quadro igual a 0,20, a força mínima aplicada, perpendicular ao apagador,
uma força de atrito cuja intensidade, em newtons, vale para que este fique parado, é:
a) 6 b) 7 c) 8 d) 14 e) 20 a) 0,20 P b) 0,40 P c) 1,0 P d) 2,0 P e) 5,0 P
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3) (Uel) Partindo do repouso, e utilizando sua potência máxima, uma de microfibras sintéticas que utilizam um efeito de altíssima fricção para
locomotiva sai de uma estação puxando um trem de 580 toneladas. So- sustentar cargas em superfícies lisas”, à semelhança dos “incríveis pêlos
mente após 5 minutos, o trem atinge sua velocidade máxima, 50 km/h. das patas das lagartixas”.
Na estação seguinte, mais vagões são agregados e, desta vez, o trem leva (“www.inovacaotecnologica.com.br”).
8 minutos para atingir a mesma velocidade limite. Considerando que, em Segundo esse site, os pesquisadores demonstraram que a malha criada
ambos os casos, o trem percorre trajetórias aproximadamente planas e “consegue suportar uma moeda sobre uma superfície de vidro inclinada
que as forças de atrito são as mesmas nos dois casos, é correto afirmar a até 80°” (veja a foto).
que a massa total dos novos vagões é:
a) 238 ton b) 328 ton c) 348 ton
d) 438 ton e) 728 ton
4) (Ita) A partir do nível P, com velocidade inicial de 5 m/s, um corpo
sobe a superfície de um plano inclinado PQ de 0,8 m de comprimento.
Sabe-se que o coeficiente de atrito cinético entre o plano e o corpo é
igual a 1/3. O tempo mínimo de percurso do corpo para que se torne
nulo o componente vertical de sua velocidade é:

Dados sen 80° = 0,98; cos 80° = 0,17 e tg 80° = 5,7, pode-se afirmar
que, nessa situação, o módulo da força de atrito estático máxima entre
essa malha, que reveste a face de apoio da moeda, e o vidro, em relação
ao módulo do peso da moeda, equivale a, aproximadamente,
Considere a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, sen θ = 0,8, cos θ = 0,6 a) 5,7% b) 11% c) 17% d) 57% e) 98%
e que o ar não oferece resistência.
8) (Pucsp) Um bloco de borracha de massa 5,0 kg está em repouso sobre
a) 0,20 s b) 0,24 s c) 0,40 s d) 0,44 s e) 0,48 s
uma superfície plana e horizontal. O gráfico representa como varia a
5) (Pucsp) Um caixote de madeira de 4,0 kg é empurrado por uma força força de atrito sobre o bloco quando sobre ele atua uma força F de
constante F e sobe com velocidade constante de 6,0 m/s um plano incli- intensidade variável paralela à superfície.
nado de um ângulo α, conforme representado na figura.

senα = 0,6 e cosα = 0,8

A direção da força F é paralela ao plano inclinado e o coeficiente de


atrito cinético entre as superfícies em contato é igual a 0,5. Com base
nisso, analise as seguintes afirmações:
I. O módulo de F é igual a 24 N.
II. F é a força resultante do movimento na direção paralela ao plano
inclinado. O coeficiente de atrito estático entre a borracha e a superfície, e a acele-
III. As forças contrárias ao movimento de subida do caixote totalizam ração adquirida pelo bloco quando a intensidade da força F atinge 30 N
40 N. são, respectivamente, iguais a:
a) 0,3; 4,0 m/s2 b) 0,2; 6,0 m/s2 c) 0,3; 6,0 m/s2
IV. O módulo da força de atrito que atua no caixote é igual a 16 N. d) 0,5; 4,0 m/s2
e) 0,2; 3,0 m/s 2

Dessas afirmações, é correto apenas o que se lê em: 9) (Puc-rio) Um certo bloco exige uma força F1 para ser posto em movi-
a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV mento, vencendo a força de atrito estático. Corta-se o bloco ao meio,
colocando uma metade sobre a outra. Seja agora F a força necessária
6) (Ufg) Aplica-se uma força horizontal F sobre um bloco de peso P que para pôr o conjunto em movimento. Sobre a relação2 F / F , pode-se
2 1
está em repouso sobre um plano que faz um ângulo è 90° com a afirmar que:
horizontal, conforme a figura a seguir. a) ela é igual a 2 b) ela é igual a 1 c) ela é igual a 1/2
d) ela é igual a 3/2 e) seu valor depende da superfície
10) (Unesp) A figura ilustra um jovem arrastando um caixote com uma
corda, ao longo de uma superfície horizontal, com velocidade constante.
A tração (T vetorial) que ele exerce no fio é de 20 N.

O coeficiente de atrito estático entre o bloco e o plano é µ. Nesta situa-


ção, pode-se afirmar que:
a) a força de atrito será nula quando F sen θ = P cos θ.
b) o bloco não se move para cima a partir de um determinado θ < 90°.
c) a força normal será nula para θ = 90°.
d) a força de atrito será igual a Fcos θ + P sen θ na iminência do
deslizamento.
e) o bloco poderá deslizar para baixo desde que µ = tg θ.
7) (Unifesp) Conforme noticiou um site da Internet em 30.8.2006, cien-
tistas da Universidade de Berkeley, Estados Unidos, “criaram uma malha
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a) Desenhe todas as forças que atuam sobre o caixote, nomeando-as. a) Calcule o coeficiente de atrito cinético entre a rampa e o bloco de gelo.
b) Calcule a força de atrito entre o caixote e o solo. b) Considerando que o coeficiente de atrito cinético entre o gelo e o
São dados: sen 37° = cos 53° = 0,6; sen 53° = cos 37° = 0,8. trecho horizontal seja o mesmo do item anterior, determine a distância
que o bloco de gelo percorre até parar.
11) (Ufg) Blocos de gelo de 10 kg são armazenados em uma câmara
frigorífica. Os blocos são empurrados para a câmara através de uma rampa 12) (Unifesp) Em um salto de pára-quedismo, identificam-se duas fases
que forma um ângulo de 20° com a horizontal, conforme a figura adian- no movimento de queda do pára-quedista. Nos primeiros instantes do
te. Suponha que a presença do atrito entre o gelo e a rampa faça com que movimento, ele é acelerado. Mas devido à força de resistência do ar, o
os blocos desçam com velocidade constante de 3 m/s. Ao final da ram- seu movimento passa rapidamente a ser uniforme com velocidade v1,
pa, os blocos passam a se movimentar num trecho horizontal, iniciando com o pára-quedas ainda fechado. A segunda fase tem início no momen-
o movimento com a mesma velocidade de 3 m/s. Dados: aceleração da to em que o pára-quedas é aberto. Rapidamente, ele entra novamente em
gravidade g = 10 m/s2; sen 20° = 0,34 e cos 20° = 0,94. um regime de movimento uniforme, com velocidade v2. Supondo que a
densidade do ar é constante, a força de resistência do ar sobre um corpo
é proporcional à área sobre a qual atua a força e ao quadrado de sua
velocidade. Se a área efetiva aumenta 100 vezes no momento em que o
pára-quedas se abre, pode-se afirmar que
a) v2/ v1 = 0,08 b) v2/ v1 = 0,1 c) v2/ v1 = 0,15
d) v2/ v1 = 0,21 e) v2/ v1 = 0,3

1) [C]
2) [E]
3) [C]
4) [D]
5) [E]
6) [B]
7) [E]
8) [A] b) 16 N
9) [B] 11) a) 0,36 b) 1,25 m
10) a) Observe a figura a seguir: 12) [B]

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