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Trabalho de Cartografia ELSA NUNES

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TEMA: IMPORTÂNCIA DA CARTOGRAFIA PARA A GESTÃO DE DESASTRES

NATURAIS EM MOÇAMBIQUE.

Nome do Estudante: Elsa José Abílio

Código do Estudante: 81231828

Nampula, 25 de Maio de 2024

Nome do Tutor: Nelito António Evaristo

Introdução

O presente trabalho da disciplina de Cartografia Temática, que tem como tema: a


Importância da Cartografia para a Gestão de Desastres Naturais em Moçambique. Para
alcançar os objectivos, o trabalho irá conceitualizar a cartografia, desastres naturais,
vulnerabilidade sócio ambiental, também irá tentar identificar e descrever os factores de
risco a desastres naturais, bem como os desastres naturais predominantes em
Moçambique e a importância da cartografia para gestão de desastres naturais. O
Planeta Terra é um sistema dinâmico, ou seja, está em constante modificação pela
ocorrência dos fenómenos naturais. Alguns desses fenómenos têm origem na dinâmica
interna da Terra, Como a movimentação de placas tectónicas que geram actividades
vulcânicas, terremotos e tsunamis.

Objectivos Específicos:

Definir o conceito de cartografia, desastres naturais e vulnerabilidade socio-ambiental;

Identificar os factores de risco a desastres naturais;

Descrever os desastres naturais predominantes em Moçambique;

Apresentar no mapa geográfico a localização dos desastres naturais;

Descrever a importância da cartografia para a gestão de desastres naturais em


Moçambique.
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Concepções sobre a Cartografia

Segundo a Associação Cartográfica Internacional (1966), A Cartografia apresenta-se


como o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por
base os resultados de observações directas ou a análise de documentação, se volta
para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de
objectos, elementos, fenómenos e ambientes físicos e socioeconómicos, bem como a
sua
utilização. Nem é necessário muito esforço para afirmar o viés técnico citado no conceit
o da AssociaçãoCartográfica Internacional (ACI). Cartografia sempre se fez com o apoio
de instrumentos para abordar e ler o espaço físico e para transformar as informações
espaciais reais em imagens que auxiliem na interpretação dessas informações.

Desastres naturais

Denomina-se de Desastre Natural a ocorrência de um fenómeno natural que modifica a


superfície terrestre e atinge áreas ou regiões habitadas, causando danos materiais e
humanos. A ocupação e intervenção humana em áreas de perigo geológico
potencializam a ocorrência de desastres. O tipo de ocupação também é um factor que
deve ser considerado: a resistência das construções (por exemplo, se são de madeira,
alvenaria) e a existência de protecções da infra-estrutura, como fundações adequadas.
Conjuntamente, os factores económicos, sociais, políticos, ideológicos, culturais,
educacionais, entre outros, definem a vulnerabilidade das comunidades em risco. A
capacidade de enfrentar os perigos e de se recuperar dos desastres reduz a
vulnerabilidade da comunidade. Por outro lado, o desconhecimento do perigo faz com
que a vulnerabilidade seja maior. Quanto mais frágil for a comunidade, maior o impacto
do desastre e maior o dano potencial

3. Conceito de vulnerabilidade socioambiental

A vulnerabilidade está relacionada à capacidade da comunidade suportar e


responderadequadamente a determinado evento. O grau de vulnerabilidade da área

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geográfica e/ou dacomunidade afectada é um dos factores preponderantes para a
intensificação de suasconsequências. (SOBRAL et al, 2010).Em síntese, a
vulnerabilidade socioambiental, resultado de estruturas socioeconómicas
que produzem, simultaneamente, condições de vida precárias e ambientes deteriorados
, também éresponsável por uma menor capacidade de gestão do risco de desastres e
pela baixa resiliência local a esses eventos (Narváez; LAVELL; pérez ORTEGA, 2009;
Natenzon, 2002).

Nesse sentido, a análise da vulnerabilidade socioambiental deve envolver um


entendimento integrado das condições de vida de uma população, compreendendo que
os impactos advindos dos desastres naturais reconfiguram os cenários urbanos e
impactam a forma e condição de vida das pessoas, mas também, que o contexto de
construção da sociedade e do processo de expansão urbana nas cidades brasileiras faz
com que uma parte da população desconheça seus direitos à cidadania e experimente
de forma intensa uma sobreposição de desigualdades sociais, dentre as quais:
pobreza, segregação espacial e ausência de conforto urbano.

Desastres Naturais em Moçambique

Moçambique tem sido vítima particular de variações climáticas bruscas, sofrendo


regularmente o flagelo de secas, chuvas torrenciais com cheias, e ventos ciclónicos.
Nos vinte e cinco anos de independência o país foi atingido por duas violentas secas
com a duração de mais de dois anos cada uma, pelo menos dezasseis ciclones
registados e várias cheias, duas das quais de grandes dimensões. Estes fenómenos
são vulgarmente designados por "calamidades naturais".

O termo "calamidades" ganhou, após a independência, uma dimensão bastante lata,


referida a todo o tipo de malefícios que se abatem sobre a sociedade, num contexto de
procura da definição do "inimigo" associada ao esforço de construção do Estado-Nação.
Assim, a par das calamidades provocadas pelos inimigos regionais (sobretudo
o apartheid), surgiu, por extensão, a definição da natureza como inimiga quando o seu
comportamento fugia à normalidade. Mais tarde, "calamidades" passaram a ser
também, por exemplo e por antinomia, os bens doados pela comunidade internacional
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para socorrer as vítimas das situações de emergência criadas pela guerra e por esses
fenómenos naturais (assim, roupa das calamidades, milho das calamidades, etc.).
Neste texto, as calamidades naturais são manifestações climáticas extremas (sobretudo
secas, cheias e ciclones) caracterizadas por desvios acentuados e muitas vezes
bruscos dos padrões normais de comportamento dos factores climáticos, com efeitos
frequentemente catastróficos para a economia e sociedade. Esses efeitos consistem na
ameaça à segurança das comunidades, suas culturas e bens, quer de forma absoluta e
repentina (ciclones, cheias), quer lentamente, provocando a escassez de água e
alimentos (seca).

Moçambique não é, obviamente, uma vítima extraordinária das manifestações


climáticas extremas. De facto, elas tornaram-se actualmente num dos problemas
globais do planeta. Acentuadas por diversos factores, naturais ou produzidos pelas
sociedades, têm como causas desde a industrialização ao crescimento populacional e à
utilização intensiva dos recursos - muitas vezes impedindo a sua renovação. Algumas
dessas causas são identificadas (embora nem sempre de maneira consensual ou
definitiva) e produzem efeitos sobretudo negativos e frequentemente regionais ou
mesmo globais

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Conclusão

Moçambique não é, obviamente, uma vítima extraordinária das manifestações


climáticas extremas. De facto, elas tornaram-se actualmente num dos problemas
globais do planeta. Acentuadas por diversos factores, naturais ou produzidos pelas
sociedades, têm como causas desde a industrialização ao crescimento populacional e à
utilização intensiva dos recursos - muitas vezes impedindo a sua renovação. Algumas
dessas causas são identificadas (embora nem sempre de maneira consensual ou
definitiva) e produzem efeitos sobretudo negativos e frequentemente regionais ou
mesmo globais.

De uma maneira geral, a identificação científica dos factores que provocam as


manifestações climáticas extremas é levada a cabo pelos países mais desenvolvidos,
com maior capacidade de investigação científica e mais mecanismos para "enunciar"
essa identificação. Normalmente essas duas capacidades - de identificação e
enunciação - residem nos Estados do norte.

Por outro lado, e de forma de alguma maneira correspondente, os Estados do sul,


periféricos, são não só considerados como importantes agentes dos processos de
produção das "manifestações climáticas extremas" (sobretudo no que respeita a uma
má utilização dos recursos) como se encontram destituídos de capacidade científica e
social de identificação dos factores que potenciam esses processos (de os "ver" como
factores globais).

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Referências Bibliográficas

Abrahamson, H., A. Nilsson (1993), Moçambique em Transição. Um estudo da história


de desenvolvimento durante o período 1974-1992. Gotemburg; PADRIGU - Peace and
Development Research Institute.

Borges Coelho, J.P. (1987), «Historical notes on the conservation of soil and natural
resources in Mozambique», in SADC, History of Soil Conservation in the SADC Region
(Report no. 8). Maseru: SADC Soil and Water Conservation and Land Utilization
Programme.

Borges Coelho, J. P. (1993), Protected villages and communal villages in the


Mozambican province of Tete (1968-1982): A history of state resettlement policies,
development and war. Bradford: Universidade de Bradford (tese de doutoramento).

Borges Coelho, J. P., G. Littlejohn (2000), Mozambique case study (the case of the
1997-98 El Niño). Boulder: UNEP/NCAR.

Borges Coelho, J. P., P. Macaringue (1999), From negative peace to positive peace: An
historical approach to the role of Mozambique’s armed forces in a changing security
context. Bona: BICC/CCR.

Brito, Luís de (1991), Le Frelimo et la construction de l’etat national au Mozambique: Le


sens de la référence au marxisme (1962-1983). Paris: Universidade de Paris VIII (tese
de doutoramento).

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