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DOI do artigo publicado: https://doi.org/10.1590/1980-549720230004.supl.1.1

Intervalos de referência de hemograma da população adulta


brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde
Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira de Sá, Nydia Strachman Bacal, Crizian Saar Gomes,
Tércia Moreira Ribeiro da Silva, Renata Patrícia Fonseca Gonçalves, Deborah Carvalho Malta

https://doi.org/10.1590/1980-549720230004.supl.1.1

Submetido em: 2023-01-10


Postado em: 2023-01-10 (versão 1)
(AAAA-MM-DD)

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DOI: https://doi.org/ 10.1590/1980-549720230004.supl.1.1


Elocation: E230004.supl.1

Artigo original

Intervalos de referência de hemograma da população adulta brasileira: Pesquisa


Nacional de Saúde
Blood count reference intervals for the Brazilian adult population: National Health
Survey
Intervalos de referência de hemograma da população adulta brasileira

Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira de Sá1


ORCID: 0000-0002-0122-2727. carolimichelettigomide@gmail.com
1
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem, Escola de Enfermagem. Belo Horizonte, MG - Brasil.
Nydia Strachman Bacal2
ORCID: 0000-0002-0510-1973 nydia.bacal@einstein.br
2
Centro de Hematologia de São Paulo. São Paulo, SP – Brasil.
Crizian Saar Gomes3
ORCID: 0000-0001-6586-4561 criziansaar@gmail.com
3
Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-
Graduação em Saúde Pública. Belo Horizonte, MG - Brasil.
Tércia Moreira Ribeiro da Silva4
ORCID: 0000-0002-5261-2266 tercialud@gmail.com
4
Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem. Belo Horizonte, MG - Brasil.
Renata Patrícia Fonseca Gonçalves5
ORCID: 0000-0002-5292-2053 renata.fonseca@ufvjm.edu.br
5
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de
Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Ensino em Saúde. Diamantina, MG,
Brasil.
Deborah Carvalho Malta6
ORCID: 0000-0002-8214-5734 dcmalta@uol.com.br
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6
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Escola de Enfermagem, Departamento
de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública. Belo Horizonte, MG - Brasil.

Autora correspondente: Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira de Sá. Avenida


Professor Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia, CEP 30130-100, Belo Horizonte, MG,
Brasil. carolimichelettigomide@gmail.com

Fonte de Financiamento: este estudo foi financiado pela Secretaria de Vigilância em


Saúde do Ministério da Saúde –TED 147/2018.

Conflito de Interesse: Nada a declarar.

Agradecimentos: Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico


(CNPq) pela concessão de bolsas de Pós-Doutorado Júnior recebida por Sá ACMGN e
produtividade recebida por Malta DC. A Secretaria de Vigilância em Saúde, pelo apoio
no TED 142/2018.

Aprovação no Comitê de Ética: A PNS foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde sob o parecer nº 328.159.

Contribuições dos autores: ACMGNS participou da concepção, delineamento, análises,


interpretação dos dados, redação das versões preliminares e revisão crítica do artigo.
NSB, CSG, TMRS e RPFG participaram da interpretação dos dados e redação e revisão
do artigo. DCM participou da participaram da concepção, aquisição, interpretação dos
dados e revisão do artigo. Todos os autores aprovaram a versão final a ser publicada e
concordaram em ser responsáveis por todos os aspectos do trabalho, para garantir que as
questões relacionadas à exatidão ou à integridade de qualquer parte da obra sejam
devidamente investigadas e resolvidas.

Resumo
Objetivo: estimar os intervalos de referência (IR) de parâmetros de hemograma completo
na população adulta brasileira. Métodos: Estudo transversal, com dados da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS), entre 2014-2015. A amostra final constitui-se de 2.803 adultos.
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Para estabelecer os IR, aplicou-se critérios de exclusão, removeram-se outliers e feito


particionamentos por sexo, idade e raça/cor da pele. Adotou-se o método não paramétrico.
As diferenças foram avaliadas pelos testes Mann Withney e Kruskal Wallis (p≤0,05).
Resultados: houve diferenças estatisticamente significativas nos IR segundo sexo para
glóbulos vermelhos, hemoglobina, hematócrito, HCM, CHCM, eosinófilos, monócitos,
neutrófilos absolutos e plaquetas (p≤0,05). Quando analisados por idade, houve
diferenças nos IR de mulheres para hematócrito, VCM, glóbulos brancos e RDW e nos
homens de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, eosinófilos, volume plaquetário
médios, VCM, RDW e HCM (p≤0,05). Para raça/cor houve diferenças nos IR de
hemoglobina, HCM, CHMC, glóbulos brancos e volume plaquetário médio, neutrófilos
e eosinófilos absolutos (p ≤ 0,05). Conclusão: As diferenças encontradas nos IR de
alguns em parâmetros de hemograma em adultos brasileiros reafirmam a importância de
se ter padrões de referência laborarias próprios. Os resultados podem subsidiar a
interpretação mais precisa dos exames, identificação adequada e a prevenção de doenças
no Brasil.
Descritores: Inquéritos epidemiológicos; Valores de Referência; Contagem de Células
Sanguíneas; Leucócitos; Brasil.

Abstract
Objective: to estimate the reference intervals (RIs) of complete blood count parameters
in the Brazilian adult population. Methods: Cross-sectional study, with data from the
National Health Survey (PNS), between 2014-2015. The final sample consisted of 2,803
adults. The final sample consisted of 2,803 adults. To establish the RI, exclusion criteria
were applied, outliers were removed and partitions were made by sex, age and race/skin
color. The non-parametric method was adopted. Differences were assessed using the
Mann Withney and Kruskal Wallis tests (p≤0.05). Results: There were statistically
significant differences for the following hematological parameters based on sex, red
blood cells, hemoglobin, hematocrit, MCH, MCHC, eosinophils and absolute monocytes,
neutrophils and platelets (p≤0.05). When analyzed by age, the RIs were statistically
different in females for hematocrit, MCV, white blood cells and RDW and in males for
red blood cells, white blood cells, eosinophils, mean platelet volume, MCV, RDW and
MCH(p≤0.05). For race/color there were differences in the RIs for parameters of
hemoglobin, MCH, MCHC, white blood cells and mean platelet volume, neutrophils and
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absolute eosinophils (p ≤ 0.05). Conclusion: The differences found in the RIs of some in
blood count parameters in Brazilian adults reaffirm the importance of having their own
laboratory reference standards. The results can support a more accurate interpretation of
tests, adequate identification and disease prevention in Brazil.
Keywords: Health Surveys; Reference Values; Blood Cell Count; Leukocytes;
Brazil

Introdução
Os intervalos de referência (IR) de hemograma (séries vermelha e branca) são
importantes informações na prática clínica para a triagem de doadores de sangue,
avaliação geral da saúde, estabelecimento eficaz de diagnóstico2, manejo e tratamento de
doenças1,2,3.
IR fidedignos direcionam a identificação de doenças de importante magnitude,
como, anemia, infecções e neoplasias, e contribuem para o controle e prevenção4. A
anemia representa um problema de saúde global, em 2019, correspondeu a 1,8 bilhões de
casos prevalentes no mundo5 e no Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS),
entre 2014 e 2015, identificou uma prevalência de 9,9% em adultos e idosos6.
Globalmente, o câncer, em 2019, foi segunda causa de óbitos (10.079.637) e no Brasil
correspondeu a 266.034 mortes. AS infecções do trato respiratório, representaram a 4°
causa de óbitos mundiais (2.493.199) e ocupou 3° causa no Brasil (88.640 )7.
Porém, estabelecer IR constitui-se um desafio devido a necessidade do rigor
metodológico com a necessidade de amostra representativa da população, cuidados na
coleta, transporte, análises bioquímicas e estatísticas1,8. Assim, determinar IR não é
realidade de todos os países, restringido-se aos que conduzem estudos populacionais9.
Ademais, os IR são influenciados por fatores, como raça, etnia, índice de massa
corporal (IMC) 10, ritmo circadiano, dieta, gravidez, ciclo menstrual11,12, menopausa11,
atividade física, estresse, tabagismo, uso de medicações, bebidas alcoólicas ou cafeína12.
Por isso, recomenda-se a determinação de IR para população em que serão aplicados10,13,
pois refletem a real condição de saúde11.
Mesmo sendo reconhecida a importância de se ter IR de próprios da população,
no Brasil são adotados IR internacionais1,12. Até o momento têm-se um único estudo, no
qual foram calculados valores de referência para hemograma em adultos brasileiros com
dados da PNS, pelo método paramétrico 1.
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A população tem influências nos valores de IR, por isso avançar em métodos
analíticos de cálculos pode minimizar tal efeito2. A aplicação de uma única abordagem
para cálculo de IR pode levar à imprecisão, sendo recomendado testar outras
metodologias13. Assim, torna-se importante a realização de estudos utilizando a mesma
base de dados da PNS, em que se adotem diferentes métodos de determinação de IR.
Este estudo analisou pela primeira vez os IR de hemograma de adultos brasileiros
com dados laboratoriais da PNS pelo método não-paramétrico, e conforme as
recomendações da Diretriz C28-A314 referência amplamente adotada pelos laboratórios13.
Além disso,avançou ao ampliar os critérios de exclusão, incluir parâmetros de
hemograma segundo raça/cor e nas análises utilizadas para particionamento em relação
ao estudo previamente realizado no Brasil1.
Desta forma, o presente estudo teve como objetivo estimar IR de hemograma na
população adulta brasileira.

Métodos
Desenho do estudo
Estudo transversal, com dados da PNS, entre 2014 a 2015.
Contexto e fonte de dados
A PNS é um inquérito de base domiciliar, realizada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE)15,16. Na PNS 2013 foram entrevistados 60.202 adultos. A
coleta de exames foi planejada em subamostra de 25% dos setores censitários da pesquisa,
e realizada entre 2014 e 2015, em 8.952 adultos16. As coletas de hemograma aconteceram
a qualquer hora do dia em tubos com ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA). As
amostras de sangue foram encaminhadas para o laboratório de referência selecinados por
atender controle de qualidade do Ministério da Saúde. As amostras foram examinadas por
analisador automático de células16.
Devido o desenho complexo de amostragem da PNS e as probabilidades desiguais
de seleção foram calculadas ponderações por procedimentos de pós-estratificação. Os
pesos amostrais foram adotados em todas as análises16. Maiores detalhamentos sobre o
plano amostral da PNS, procedimentos de coleta, envio e armazenamento das amostras
estão disponíveis em outras publicações15,16 A base de dados utilizada encontra-se
disponível em: https://www.pns.icict.fiocruz.br/.
Determinação dos intervalos de referência de hemograma
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Para redução de fatores que podem influenciar nos IR11 e objetivando alcançar
uma população saudável foram aplicados critérios de exclusão embasados na
literatura1,8,14 e foram ampliados os critérios adotados no estudo nacional1.1,8,14. Os
critérios de exclusão utilizados, suas referências e pontos de cortes17-21 estão no Material
Suplementar 1.
Para exclusão de outlier utilizou-se inspeção visual e o método de Tukey. A
identificação de outliers foi feita em intervalos interquartílico (IRQ), considerando-se o
primeiro quartil (Q1) inferior e terceiro quartil (Q3) superior, segundo a fórmula: (Q1-
(1,5xIRQ); Q3+(1,5xIRQ). Em níveis de < Q1 - 1,5 IQR e/ou > Q3 + 1,5 IQR, os outliers
foram descartados13.
A amostra foi particionada segundo sexo, idade e raça/cor da pele, por meio de
testes estatísticos11,14 e considerando-se as condições biológicas que influenciam os IR11.
Os IR foram estimados considerando 95% dos indivíduos saudáveis9, ligados aos
percentis 2,5 e 97,514. Foram utilizadas amostras acima de 120 indivíduos nos
particionamentos por sexo e idade14.
Participantes
Os participantes foram adultos a partir de18 anos). Foi utilizada a base de dados
PNS composta por 8.952 indivíduos . Após procedimentos de exclusão e de retirada de
outliers a amostra final constituiu-se por 2.803 participantes.
Variáveis
As variáveis incluídas foram: sociodemográficas e parâmetros de hemograma
(séries vermelha e branca). A descrição completa das variáveis encontram-se no Material
Suplementar 2.
Análises estatísticas
As medianas foram calculadas para os limites de referência. O LI foi ligado ao
percentil 2,5 e o LS ao percentil 97,5 da distribuição da população de referência, segundo
sexo, idade e raça/cor. Os IR foram estimados pelo método não-paramétrico, que ordena
por tamanho as observações realizadas e as classifica considerando a menor r = 1 até a
maior r = n. O LI correspondeu a r = 0,025 (n+1) e o LS a observação da posição r =
0,975 (n+1) do ranqueamento14.
Avaliaram-se a normalidade dos dados pelo teste de Shapiro Wilk e as diferenças
pelos testes Mann Withney ou Kruskal Wallis com pós teste de Dun com correção de
Bonferroni, com nível de significância de 5%.
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As análises foram feitas no Data Analysis and Statistical Software (Stata), versão 14 e o
Software Package for the Social Science (SPSS) versão 25.0, empregando-se o módulo
survey que considera os pesos de pós-estratificaçãoAspectos éticos
A PNS foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho
Nacional de Saúde (parecer 328.159). A participação do adulto foi voluntária e a
confidencialidade das informações garantidas15.

Resultados
Os IR de glóbulos vermelhos (milhões/mm3) ), hemoglobina (g/dL) e
hematócrito (%)
foram maiores nos homens (4,3-5,7; mediana 5,1; 13,2-16,7; mediana 15,0; 40,4-52,4;
mediana 45,8 que nas mulheres (4,0-5,20; mediana 4,1; 12,0-15,1; mediana 13,2; 36,8-
47,7; mediana 41,0). Os LI de HCM (pg) foram mais elevados nos homens (26,7-32,3;
mediana 29,8) que nas mulheres (26,5-32,3; mediana 29,6). No sexo masculino (30,3-
34,4; mediana 32,8) os LS de CHCM (g/dL) também foram mais elevados que no
feminino (30,4-34,1; mediana 32,6 ) (p ≤ 0,05) (Tabela 1).
IR de eosinófilos ( mm3) e monócitos
(mm3) foram superiores nos homens (17,5-676,4; mediana 167,5; 52,0-782,0; mediana
393,6) comparado as mulheres (11,7-671,6; mediana 150,2; 39,6-752,4; mediana 353,6).
IR de neutrófilos (mm3) e plaquetas (μl) foram mais elevados em mulheres (145.000-
337.000; mediana 234.000; 887,0-6.429,6; mediana 3.374,1) que em homens (143.000-
315.000; mediana 210.000; 798,0-6.114,3; mediana 3.143,7) (p≤ 0,05) (Tabela 2).
Nos homens, os IR de glóbulos vermelhos (milhões/mm3) foram mais elevados
entre 18 a 39 anos (4,4-5,8; mediana 5,1) comparando-se com 40 a 59 anos (4,3-5,7;
mediana 5,0) e 60 anos ou mais (4,2-5,8; mediana 4,8). IR de VCM (fL) e HCM (pg)
foram mais baixos nos homens entre 18 a 29 anos (81,8-100,4; mediana 89,4; 26,4-32,0;
mediana 29,5) e 40 a 49 anos (82,6-101,2; mediana 91,4; 26,0-32,2; mediana 30,0) do
que nos com 60 anos ou mais (83,9-102,0; mediana 92,7 ; 27,2-38,2; mediana 30,7 ) (p≤
0,05). A mediana e LS de RDW (%) foram mais elevados em homens a partir de 60 anos
(12,2-15,5; mediana 13,5), do que nos com 18 a 39 anos (12,4-15,3; mediana 13,3) e 40
a 59 anos (12,3-15,3; mediana 13,3 ) (p≤ 0,05) (Material Suplementar 3).
Nas mulheres, houve diferenças para os LI e LS e a mediana foi mais baixa para
hematócrito (%) entre 18 a 39 anos (36,9-47,3; mediana 40,7) quando se comparou com
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40 a 59 anos (36,6-48,4; mediana 41,3) e 60 anos ou mais (36,5-47,1; mediana 41,2). IR


de VCM (fL) foram mais baixos nas mulheres entre 18 a 39 anos (81,6-100,9; mediana
90,5) do que aos 40 a 59 anos (82,2-100,7; mediana 91,2). Foram mais baixos os LI e
mediana de RDW (%), nas mulheres entre 18 a 39 anos (12,1-15,2; mediana 13,4) do que
nas com 40 e 59 anos (12,3-15,4; mediana 13,5) e 60 anos ou mais (12,3-15,2; mediana
13,7) (p≤ 0,05) (Material Suplementar 4).
Homens tiveram maiores contagens de glóbulos brancos (mm3) entre 18 a 39 anos
(2.970-9.990; mediana 6.000) comparado com 60 anos ou mais (2.600-9.400; mediana
5.640). LI e medianas de eosinófilos (mm3), em foram mais elevados nos homens entre
os 18 a 39 anos (26,1-661,2; mediana 190,1) comparando-se com40 a 59 anos (16,8-
679,8; mediana 141,6 mm3). IR de plaquetas (μl) foram mais baixos nos homens com o
aumento da idade, (18 a 39 anos: 144.000-314.000; mediana 215.000; 40 a 59 anos:
143.000-322.000; mediana 215.000; 60 anos ou mais:138.000-306.000; mediana
203.000; p≤ 0,05) (Material Suplementar 5).
Nas mulheres, houve diferenças para IR de glóbulos brancos (mm3), a mediana e
os LI foram mais proeminentes entre 18 a 39 anos (2.600-10.000; mediana 6.300) e 40
a 59 anos (2.800-9.800; mediana 5.800) do que aos 60 anos ou mais (2.000-9.800;
mediana 5.500 mm3) (p≤ 0,05) (Material Suplementar 6).
IR de hemoglobina g/dL) e de HCM (pg) foram mais elevados nos homens
brancos (13,3-16,8; mediana 15,1; 27,0-32,4; mediana 29,9 ) do que nos pardos (13,1-
17,3; mediana 14,8 g/dL; 26,5-32,2; mediana 29,7) As medianas de HCM foram mais
baixas em homens pretos (29,3 pg) do que nos brancos (29,9 pg). O LS e a mediana de
CHCM (g/dL) foram levemente mais elevados em homens brancos (30,4-34,6; mediana
32,8) que pardos (30,3-34,4; mediana 32,6) e pretos (30,5-34,3; mediana 32,8) (p ≤ 0,05).
IR de eosinófilos(mm3) foram mais baixos nos homens brancos (17,1-648,0; mediana
151,2) do que nos pretos (38,5-678,5; mediana 230,1) e pardos (17,5-688,1; mediana
194,0) (p ≤ 0,05) (Material Suplementar 7).
IR de hemoglobina (g/dL) e HCM (pg) foram mais baixos nas mulheres deraça/cor
branca (12,1-15,1; mediana 13,4; 27,0-32,3; mediana 29,8) do que nas pardas (12,0-15,0;
mediana 13,2 ; 26,4-32,2; mediana 29,4) e pretas (12,0-14,8; mediana 13,1 ; 26,3-31,8;
mediana 28,9). A mediana e LI de VCM (fL) foi mais proeminente nas mulheres brancas
(82,7-100,4; mediana 91,0) do que nas as pretas (82,4-100,9; mediana 89,5). O LS de
CHCM (g/dL) foi mais elevado nas mulheres brancas (30,4-34,2; mediana 32,7) que nas
pardas (30,3-34,0; mediana 32,5) e pretas (30,5-33,7; mediana 32,4). Mulheres brancas
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(2.900-10.000; mediana 6.300) apresentaram maiores valores de mediana e de LI para


glóbulos brancos (mm3) que pardas (2.500-9.700; mediana 5.900) e pretas (2.650-10.100;
mediana 5.600),. Nas Mulheres pardas (mediana 3.129) e pretas (mediana 2.866) as
medianas (mm3) de neutrófilos foram mais elevadas que brancas (966-6.401; mediana
2.597 )Nas mulheres pardas (17,1-648,0; mediana 151,2) foram mais elevados a mediana
e de LS de eosinófilos (mm3) do que nas brancas (9,3-694,4; mediana 150,0 mm3). , A
mediana e o LI de volume plaquetário médio (fL) foi mais elevado nas mulheres brancas
(8,4-12,7; mediana 10,4) que pardas (8,2-12,3; mediana 10,2) e pretas (8,3-12,9; mediana
10,2)(p ≤ 0,05) (Material Suplementar 7).

Discussão
Neste estudo foram estimados IR de hemograma de adultos brasileiros pelos
exames da PNS, pelo método não-paramétrico. Foram observadas diferenças
estatisticamente significativas para alguns componentes do hemograma séries vermelha
e branca quando analisados segundo sexo, idade e raça/cor. Os IR foram calculados por
metodologia até então não testada seguindo recomendações da literatura, no intuito de se
obter valores cada vez mais acurados e confiáveis13. Por conseguinte, diferenciou-se do
único estudo nacional existente em que foram calculados valores de referência para
adultos brasileiros, ao se utilizar abordagem não paramétrica e também pelos testes
aplicados para estratificação da amostra, aplicação do método de Tukey para retirada de
outlier e a ampliação os critérios de exclusão do estudo de Rosenfeld et al1.
A metodologia não-paramétrica aqui adotada está em consonância com estudos
realizados em Gana3, Canadá8, Índia9, Kênia10 e Coreia22. Esse método é recomendado
devido muitos analitos não apresentarem distribuição normal e por ser mais simples,
dependente apenas das classificações dos dados de referência dispostos em ordem
crescente de tamanho.14 A literatura descreve que os resultados encontrados nos métodos
paramétrico e não-paramétricos costumam ser semelhantes14. Como pode se observar
pelos valores de mediana encontrados neste estudo segundo sexo e as médias
identificadas no estudo nacional para glóbulos vermelhos e brancos, que foram de 4,5
milhões/mm3 e 6.120 mm3 em homens e 5,1 milhões/mm3 e 5.900 mm3 em mulheres,
respectivamente1.
Para seleção dos indivíduos saudáveis, as exclusões foram definidas conforme
Diretriz C28-A314 e embasados em estudos1,8-10,23. Os procedimentos aqui adotados para
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remoção de outliers foram utilizados em estudos no Canadá8 e Omã24. O método de Tukey


foi utilizado por ser mais útil e indicado na presença de mais de um oulier13, o que ocorreu
neste estudo e a inspeção visual por ser considerada eficaz13.
Considerando o particionamento como uma ferramenta de poder de diagnóstico
dos IR7, nesta investigação foram empregados testes estatísticos para verificar a sua
necessidade, como em outros estudos22-25. Os particionamentos adotados constam na
Diretriz C28-A315 e também considerou-se as alterações fisiológicas da fase adulta11. No
cálculo de IR, os aspectos fisiológicos são tão importantes quanto os estatísticos11,14, pois
IR diferem-se em crianças, adultos, idosos, homens, mulheres, na puberdade, gravidez e
menopausa por alterações orgânicas no decorrer da vida11.
Os IR mais elevados de hemácias, hemoglobina e hematócrito identificados nos
homens comparado as mulheres e mais elevados de plaquetas em mulheres que nos
homens, também foram encontrados em Gana3, Omã24 e Brasil1. Neste estudo, assim
como em uma investigação realizada no Marrocos25, foram observados IR mais elevados
de HCM e CHCM nos homens em relação as mulheres. São documentadas diferenças
entre sexos para eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, HCM, CMHC, plaquetas e
volume plaquetário1, que podem ser justificadas pelo efeito da menstruação e a maior
demanda por ferro3,23, influências hormonais do androgênio1,3,8 e a forma como a
eritropoiese e a megacariopoiese são reguladas nos homens e mulheres3.
Nossos achados concordam com estudos do Brasil1, Canadá8, Coreia23 e
Marrocos25, em que os níveis de neutrófilos foram mais baixos nos homens que nas
mulheres, possivelmente pelos impactos relacionados ao desenvolvimento sexual na
imunidade, em que o estrogênio estimula resposta imunológica, e alguns hormônios
andrógenos, como a testosterona, suprimem a resposta à infecção, sendo os níveis de
neutrófilos mais elevados em mulheres durante a puberdade e na idade adulta8,23.
Estudos realizados no Brasil1, Canadá8 e China22, encontraram diferenças nos IR
de monócitos segundo sexo8,22, sendo mais elevados nos homens, em consonância com
os nossos resultados. Sabe-se que homens podem apresentar contagens mais elevadas de
monócitos que mulheres, contudo os aspectos fisiológicos e clínicos ainda carecem de
eluciadação8. Os IR mais elevados de eosinófilos em homens que nas mulheres também
foram encontrados em estudos na Coreia23, Marrocos25, China22, Gana3 e Brasil1.
Contudo, são necessárias pesquisas que investiguem os motivos das flutuações biológicas
desses parâmetros leucocitários em populações específicas de distintas localidades
segundo sexos9.
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As diferenças sutis encontradas nos IR de hematócrito de mulheres, sendo mais


elevados a partir os 40 anos em relação a 18 a 39 anos, se justificam pela variabilidade
deste parâmetro que é semelhante ao longo da vida8. O aumento ligeiro de hematócrito
com a idade foi encontrado em adultas chinesas. Esse achado é consistente com os níveis
mais baixos antes da menopausa e mais altos após esse período2. Os valores de glóbulos
vermelhos tenderam a diminuir com a idade nos homens, como em adultos chineses2. A
diminuição pode ser decorrentes da perda gradual de andrógeno2. Os IR mais reduzidos
a partir de 60 anos nos homens, podem estar relacionados a deficiência nutricional,
malignidade oculta e anemia2.
Para IR de glóbulos brancos, os resultados encontrados se assemelham com outros
estudos23,24, em que observaram-se um declínio com o aumento da idade8. Os achados
reafirmam que poderiam ser realizadas duas partições por idade para este parâmetro,
como no estudo brasileiro1, pois não houve diferenças entre as duas faixas etárias de 18 a
39 e 40 a 59 anos. As maiores contagens de leucócitos em adultos jovens de ambos os
sexos quando comparadas as menores contagens em idosos, refletem o desenvolvimento
da resposta imune adquirida e adaptativa à medida que o sistema imunológico está mais
exposto a patógenos e antígenos no ambiente8,23.
Neste estudo, o ligeiro aumento dos LS de eosinófilos com a idade nos homens,
pode estar relacionado a infecções crônicas em idosos que não foram excluídos2. Esse
achado esteve presente em adultos chineses de ambos os sexos.2 As diferenças nos valores
de eosinófilos, podem ser atribuídas às doenças alérgicas e parasitárias nos adultos
aparentemente saudáveis.2
Estudos no Canadá8 e no Brasil,1 também identificaram o aumento ligeiro de
VCM e RDW ao longo da vida, com pequenas mudanças no início da idade adulta,
permanecendo constantes após essa fase8. Estudo na China identificou que idosos de
ambos os sexos apresentaram maiores IR de RDW23. O VCM e o RDW fornecem uma
classificação dos eritrócitos com base no tamanho e distribuição4. Para valores VCM, o
LI é de aproximadamente 70 fL somado a idade (em anos) e o LS pode ser obtido
adicionando 0,6 fL por ano a 84 fL para além do primeiro ano de vida, até se atingir
aproximadamente 96 fL em adultos4, consistentemente com os achados desse estudo. O
RDW é útil na identificação de deficiência de ferro, traço de ꞵ-talassemia, processos
inflamatórios e infecção crônica4. Também é preditor de mortalidade, e sua elevação com
a idade está relacionada a alterações orgânicas do envelhecimento e a doenças crônicas
nesta fase1.
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Neste estudo, as diferenças significativas dos valores de HCM com a idade em


homens, sendo mais elevado em idosos, foi identificada em estudo prévio1. Destaca-se
que os IR para todas as faixas etárias em homens brasileiros foram mais baixos que a
classificação hematrimétrica internacional (27 a 33,7 pg)2. A literatura evidencia
variações regionais para HCM, em chineses IR não diferiram com idade e sexo2, já em
homens marroquinos houve diferenças25. Embora nosso estudo tenha encontrado
diferenças em homens, a classificação internacional abrange os mesmos valores de IR
para HCM segundo e sexo e idade para adultos2. Nesse sentido, novas investigações são
desejáveis, para esclarecer as implicações dessas diferenças na prática clínica.
A menor contagem de plaquetas identificada em homens idosos brasileiros, está
em conformidade com estudo no Canadá8 e foi encontrada em homens após os 40 anos
no Iran9. Possível justificativa é o declínio gradual de trombopoietina, hormônio que
regula a produção de plaquetas nos adultos. A ocorrência de trombocitopenia é mais
comum em homens que nas mulheres e mais frequente em idosos8.
Nesse estudo, foram estabelecidos IR para 16 parâmetros de hemograma segundo
raça/cor. Em pesquisa prévia foram determinados 5 parâmetros1, sendo os valores
encontrados próximos aos descritos.1 Apesar de discretas, as diferenças encontradas
segundo raça/cor para IR de hemoglobina, HCM, CHMC, glóbulos brancos e volume
plaquetário médio, neutrófilos e eosinófilos, apoiam a necessidade de estabelecer IR para
brasileiros. Diferenças nos IR de hemograma foram encontradas em populações de outros
países1-3,8,10,24, reforçando a importância de se considerar as influências geográficas e
étnico-racionais, pois podem ter relação com fatores genéticos, nutricionais,
socioeconômicos, culturais, estilos de vida, exposição a alérgenos, infecções e cargas
parasitárias nas distintas localidades3.
Limitações como a possibilidade de inclusão de doentes sem diagnóstico prévio e
a não obtenção de amostras com 120 indivíduos para alguns estratos de raça/cor devem
ser consideradas. Contudo, em virtude da representatividade da amostra, destaca-se que
este estudo se aproxima da realidade das condições de saúde da população brasileira.
Ainda, a literatura documenta que pode-se estabelecer IR de 95% utilizando até 39
amostras13. Quanto às perdas atribuídas aos procedimentos de exclusão e remoção de
outliers, trata-se de um viés conservador na prática clínica, pois foi possível estimar os
IR de hemograma para adultos brasileiros e predizer que os valores encontrados se
aproximaram do estudo nacional prévio1, levando-se em consideração a recomendações
de se testar outras abordagens metodológicas. Os de IR aqui encontrados conferem
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confiabilidade e permite a generalização dos achados de forma relativamente segura. As


diferenças encontradas em alguns parâmetros de hemograma em adultos brasileiros
segundo sexo, idade e raça/cor mostram que existe a necessidade de se estabelecer IR
adequados a população. Os resultados evidenciam as influências étnico-racionais nos IR
e podem subsidiar a identificação e prevenção de doenças, bem como pesquisas futuras
para validação de IR da população brasileira, contribuindo com melhor interpretação,
precisão diagnóstica e qualidade dos cuidados e tratamento ofertados.

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Recebido: 31/08/2022
Revisado: 02/12/2022
Aprovado: 09/01/2023
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Tabela 1 – Intervalos de referência de hemograma séria vermelha em adultos ≥ 18


anos segundo sexo, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil, 2014-2015
Exames Sexo n Mediana Min-Max LI LS *p
Glóbulos Masculino 1.299 5,1 3,6-6,0 4,3 5,8
vermelhos <0,01
(milhões/mm3) Feminino 1.485 4,5 3,6-6,0 4,0 5,2
Hemoglobina Masculino 1.309 15,0 13,0-17,5 13,2 16,7
<0,01
(g/dL) Feminino 1.486 13,2 12,0-17,3 12,0 15,1
Masculino 1.297 45,8 37,2-54,0 40,4 52,4
Hematócrito (%) <0,01
Feminino 1.485 41,0 34,5-53,3 36,8 47,7
Volume Masculino 1.253 90,3 78,7-102,8 82,0 101,0
Corpuscular 0,5156
Médio (fL) Feminino 1.425 90,7 79,0-102,9 81,9 100,9
Hemoglobina Masculino 1.269 29,8 26,0-33,2 26,7 32,3
Corpuscular 0,0031
Média (pg) Feminino 1.442 29,6 26,0-33,2 26,5 32,3
Concentração de Masculino 1.241 32,8 30,1-35,2 30,3 34,4
Hemoglobina
0,0006
Corpuscular
Média (g/dL) Feminino 1.376 32,6 30,1-35,2 30,4 34,5
Amplitude de Masculino 1.258 13,4 11,7-15,6 12,2 15,4
distribuição
0,2229
dos eritrócitos
(RDW) (%) Feminino 1.422 13,4 11,5-15,6 12,2 15,3
n: amostra. Min-Max: valor mínimo e valor máximo. LI: limite inferior (percentil 2,5). LS: Limite
superior (percentil 97,5%). *Teste Mann Withney.
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Tabela 2 – Intervalos de referência de hemograma séria branca em adultos ≥ 18


anos segundo sexo, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil, 2014-2015
Exames Sexo n Mediana Min-Max LI LS p*
Glóbulos Masculino 1.184 5.900 1.900-10.900 2.800 9.700
Brancos 0,0977
(mm3) Feminino 1.308 6.120 1.300-10.800 2.600 9.900
Neutrófilos Masculino 1.173 3.143,7 399,6-7101,0 798,0 6.114,3
Absolutos 0,0101
(mm3) Feminino 1.283 3.374,1 193,5-7078,5 887,0 6.429,6
Eosinófilos Masculino 1.060 167,5 0,0-765,4 17,5 676,4
Absolutos 0,0006
(mm3) Feminino 1.246 150,2 0,0-775,0 11,7 671,6
Basófilos Masculino 1.165 23,4 0,0-99,2 0,0 78,0
Absolutos 0,1459
(mm3) Feminino 1.295 22,2 0,0-99,0 0,0 80,5
Linfócitos Masculino 1.158 1.996,9 255,6-3.843,0 717,0 3.511,2
Absolutos 0,8142
(mm3) Feminino 1.293 2.002,2 303,4-3.874,2 742,0 3.411,4
Monócitos Masculino 1.157 393,6 3,1-900,6 52,0 782
Absolutos <0,01
(mm3) Feminino 1.301 353,6 0,0-896,0 39,6 752,4
Plaquetas Masculino 1.183 210.000 105.000-365.000 143.000 315.000
<0,01
(μl) Feminino 1.353 234.000 126.000-364.000 145.000 337.000
Volume Masculino 962 10,1 7,5-13,2 8,2 12,6
plaquetário
0,0503
Médio
(fL) Feminino 1.136 10,3 7,6-13,2 8,3 12,6
n: amostra. Min-Max: valor mínimo e valor máximo. LI: limite inferior (percentil 2,5). LS: Limite
superior (percentil 97,5%). *Teste Mann Withney.
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Material Suplementar 1. Critérios de exclusão adotados no estudo. Pesquisa


Nacional de Saúde (PNS), Brasil, 2014-2015
Critérios de exclusão Descrição
Pessoas com idade abaixo de 18 anos Autorreferido*
Obesidade Índice de Massa Corporal aferido ( ≥ 30
kg/m2 )17. Aferido**.
Hipertensão arterial Autorreferida* e aferida** (≥ 140/90
mmHg)18
Doença renal crônica Taxa de filtração Glomerular (TGF)**
calculada pela equação Chronic Kidney
Disease Epidemiology Collaboration (<
60 mL/min/1,73m2)19 (identificada por
creatinina dosada em exame de sangue).
Diabetes Autorreferida e HbA1c** ≥ 6,5%20
(identificado por exame de sangue)
Hemoglobinopatias Traço falciforme, persistência da
hemoglobina fetal, traço falciforme com
hemoglobina C, talassemia menor,
suspeita de talassemia maior e menor e ser
portador de hemoglobina C**
(identificados no exame de sangue)
Anemia Hemoglobina** < 12 g/dL em mulheres e
hemoglobina** < 13 g/dL em homens21
(identificado por exame de sangue)
Adultos sem resultados de exames Dados faltosos
Grávidas Autorreferido*
Tabagismo Autorreferido*
Doença pulmonar obstrutiva crônica Autorreferido*
Câncer Autorreferido*
Doença cardiovascular Autorreferido*
Acidente vascular cerebral; Autorreferido*
Artrite Autorreferido*
Reumatismo Autorreferido*
*Dados autorreferidos da PNS. Dados identificador por exames laboratoriais da PNS. Dados
faltosos: correspondem a adultos sem resultados de exames na PNS.
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Material Suplementar 2 - Variáveis utilizadas no estudo e suas descrições. Códigos


dos indicadores hematológicos no banco de dados da Pesquisa Nacional de Saúde,
Brasil, 2014-2015
Variáveis Descrição das variáveis e códigos dos
indicadores hematológicos no banco de
dados da PNS
Sociodemográficas
Sexo Masculino e feminino.

Idade (faixa etária em anos) 18 a 39 anos, 40 a 59 anos e 60 anos ou


mais.
Raça/cor da pele Branca, parda e preta.
Série vermelha do hemograma
Glóbulos vermelhos Em milhões/mm3. Código Z006.
Hemoglobina Em g/dL. Código Z007.
Hematócrito Em %. Código Z008.
Volume Corpuscular Médio (VCM) Em fL. Código Z009.
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) Em pg. Código Z010.
Concentração de Hemoglobina Em g/dL. Código Z010a.
Corpuscular Média (CHCM)
Amplitude de distribuição dos eritrócitos Em %. Código Z011.
(RDW)
Série branca do hemograma
Glóbulos Brancos Em mm3. Código Z012.

Neutrófilos Absolutos Em mm3. Código Z013.


Eosinófilos Absolutos Em mm3. Código Z015.
Basófilos Absolutos Em mm3. Código Z017.
Linfócitos Absolutos Em mm3. Código Z019.
Monócitos Absolutos Em mm3. Código Z021.
Plaquetas Em μl. Código Z023.
Volume plaquetário Médio (VPM) Em fL. Código Z024.
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Material Suplementar 3 – Intervalos de referência de hemograma série vermelha no


sexo masculino (≥ 18 anos) segundo idade, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil, 2014-
2015
Exames Idade n Mediana Min-Max LI LS p*
Glóbulos 18-39a 637 5,1 3,6-6,0 4,4 5,8
vermelhos 40-59b 507 5,0 4,0-6,0 4,3 5,7 0,0001
(milhões/mm3) 60 ou maisc 155 4,8 4,0-5,9 4,2 5,8
18-39 642 15,1 13,0-17,5 13,3 16,7
Hemoglobina
40-59 511 15,0 13,0-17,5 13,3 16,8 0,821
(g/dL)
60 ou mais 156 14,7 13,0-17,3 13,1 16,8
18-39 638 45,8 38,6-54,0 40,5 52,3
Hematócrito (%) 40-59 504 45,8 38,3-53,8 40,5 52,5 0,4868
60 ou mais 155 45,7 37,2-53,7 39,5 52,9
Volume 18-39a 617 89,4 78,7-102,8 81,8 100,4
Corpuscular 40-59b 496 91,4 79,0-102,8 82,6 101,2 0,0001
Médio (fL) 60 ou maisc 140 92,7 78,8-102,8 83,9 102,0
Hemoglobina 18-39a 626 29,5 26,0-33,2 26,4 32,0
Corpuscular 40-59b 497 30,0 26,0-33,2 26,8 32,4 0,0001
Média (pg) 60 ou maisc 146 30,7 26,9-33,2 27,2 32,8
Concentração de 18-39 612 32,9 30,1-35,1 30,3 34,4
Hemoglobina 40-59 483 32,7 30,1-35,2 30,4 34,3
0,257
Corpuscular
Média (g/dL) 60 ou mais 146 32,5 30,1-35,0 30,2 34,6
Amplitude de 18-39a 628 13,3 11,8-15,6 12,4 15,3
distribuição dos 40-59a 492 13,3 11,7-15,6 12,3 15,3
0,0118
eritrócitos
(RDW) (%) 60 ou maisb 138 13,5 11,9-15,6 12,2 15,5
n: amostra. Min-Max: valor mínimo e valor máximo. LI: limite inferior (percentil 2,5). LS: Limite
superior (percentil 97,5%). *Teste de Kruskal Wallis. a,b,c: letras iguais representam que não
houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p> 0,05); a,b,c: letras diferentes
representam que houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p≤ 0,05).
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Material Suplementar 4 – Intervalos de referência de hemograma série vermelha


no sexo feminino ( ≥ 18 anos) segundo idade, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil,
2014-2015
Exames Idade n Mediana Min-Max LI LS p*
Glóbulos 18-39 840 4,5 3,6-6,0 4,0 5,2
vermelhos 40-59 510 4,5 3,8-5,5 4,0 5,2 0,352
(milhões/mm3) 60 ou mais 135 4,5 4,0-5,6 4,0 5,3

Hemoglobina 18-39 841 13,2 12,0-17,3 12,0 14,9


(g/dL) 40-59 510 13,4 12,0-17,1 12,1 15,3
0,051
60 ou mais 135 13,1 12,0-16,6 12,0 15,2
18-39a 839 40,7 35,4-52,6 36,9 47,3
Hematócrito (%) 40-59b 511 41,3 34,5-53,3 36,6 48,4 0,0093
60 ou maisb 135 41,2 36,0-51,6 36,5 47,1
Volume 18-39a 802 90,5 79,0-102,8 81,6 100,9
Corpuscular 40-59b 494 91,2 79,1-102,9 82,2 100,7 0,0081
Médio (fL) 60 ou maisa,b 129 91,1 79,1-102,4 81,5 101,5
Hemoglobina 18-39 810 29,5 26,0-33,1 26,5 32,3
Corpuscular 40-59 500 29,7 26,0-33,2 26,7 32,3 0,0958
Média (pg) 60 ou mais 132 29,5 26,0-32,4 26,5 31,9
Concentração de 18-39 782 32,6 30,1-35,2 30,4 34,0
Hemoglobina 40-59 472 32,6 30,1-35,1 30,3 34,1
0,9037
Corpuscular
Média (g/dL) 60 ou mais 122 32,5 30,1-34,7 30,4 34,3
Amplitude de 18-39a 808 13,4 11,6-15,6 12,1 15,2
distribuição dos 40-59b 487 13,5 11,5-15,6 12,3 15,4
0,0001
eritrócitos
(RDW) (%) 60 ou maisc 127 13,7 12,1-15,6 12,3 15,2
n: amostra. Min-Max: valor mínimo e valor máximo. LI: limite inferior (percentil 2,5). LS: Limite
superior (percentil 97,5%). *Teste de Kruskal Wallis. a,b,c: letras iguais representam que não
houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p> 0,05); a,b,c: letras diferentes
representam que houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p≤ 0,05).
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Material Suplementar 5 – Intervalos de referência de hemograma série branca no


sexo masculino (≥ 18 anos) segundo idade, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil, 2014-
2015
Exames Idade n Mediana Min-Max LI LS p*
18-39a 587 6.000 1.900-10.800 2.970 9.990
Glóbulos
40-59a,b 463 5.800 2.300-10.900 2.800 9.600
Brancos 0,0318
60 ou
(mm3)
maisb 134 5.640 2.200-9.600 2.600 9.400
18-39 581 3.144,7 400,0-7.091,0 751,6 6.103,0
Neutrófilos
40-59 557 3.128,4 608,0-7.101,0 791,3 6.114,3
Absolutos 0,7167
60 ou
(mm3)
mais 135 3.031,7 640,0-6.999,0 1.014,0 6.274,4
18-39a 517 190,1 0,0-765,4 26,1 661,2
Eosinófilos
40-59b 419 141,6 0,0-763,8 16,8 679,8
Absolutos 0,0089
60 ou
(mm3)
maisa,b 124 173,4 0,0-688,8 0,7 674,0
18-39 576 23,4 0,0-98,7 0,0 79,2
Basófilos
40-59 450 24,0 0,0-99,2 0,0 75,6
Absolutos 0,8203
60 ou
(mm3)
mais 139 23,1 0,0-96,9 0,0 81,4
18-39 576 2.083,2 365,4-3.769,6 725,0 3.525,0
Linfócitos
40-59 447 1.904,0 255,6-3.843,0 716,8 3.488,7
Absolutos 0,5445
60 ou
(mm3)
mais 135 1.683,5 438,4-3.827,0 709,8 2.954,6
18-39 580 413,0 8,8-900,6 45,6 782,6
Monócitos
40-59 443 360,8 3,1-870,0 52,0 778,8
Absolutos 0,1158
60 ou
(mm3)
mais 134 390,5 26,0-868,4 85,1 782,0
18-39a 594 215.000 131.000-357.000 144.000 314.000
Plaquetas 40-59b 465 205.000 112.000-359.000 143.000 322.000
0,0017
(μl) 60 ou
maisb 124 203.000 105.000-365.000 138.000 306.000
18-39 479 10,0 7,5-13,2 8,1 12,6
0,3789
40-59 378 10,3 7,6-13,1 8,1 12,6
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Volume
plaquetário 60 ou
Médio (fL) mais 105 10,2 8,1-12,9 8,5 12,6
n: amostra. Min-Max: valor mínimo e valor máximo. LI: limite inferior (percentil 2,5). LS: Limite
superior (percentil 97,5%). *Teste de Kruskal Wallis. a,b,c: letras iguais representam que não
houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p> 0,05); a,b,c: letras diferentes
representam que houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p≤ 0,05).
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Material Suplementar 6 – Intervalos de referência de hemograma série branca no


sexo feminino (≥ 18 anos) segundo idade, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil, 2014-
2015
18-39a 738 6.300 1.300-10.800 2.600 10.000
Glóbulos 40-
Brancos 59a,a 452 5.800 1.500-10.500 2.800 9.580 0,0077
(mm3) 60 ou
maisb 118 5.500 1.500-10.400 2.000 9.800
18-39 726 3.610,2 194-7.079 882 6.572,0
Neutrófilos
40-59 442 3.129,5 587-7.048 972 6.035,2
Absolutos 0,0831
60 ou
(mm3)
mais 115 2.893,5 594-7.046 756 5.955,0
18-39 700 158,4 0-775,0 22,2 684,0
Eosinófilos
40-59 428 134,4 0-773,5 9,9 627,9
Absolutos 0,0975
60 ou
(mm3)
mais 118 148,5 0-759,5 0,0 672,9
18-39 738 22,0 0-99,0 0,0 82,4
Basófilos
40-59 445 22,0 0-95,2 0,0 79,6
Absolutos 0,3006
60 ou
(mm3)
mais 112 20,0 0-87,5 0,0 84,0
18-39 732 2.025,2 303,4-3.829,8 607,6 3.405,4
Linfócitos
40-59 448 1.995,0 372,0-3.874,2 844,2 3.617,6
Absolutos 0,3242
60 ou
(mm3)
mais 113 1.771,9 402,8-3.374,6 787,4 2.935,8
18-39 738 357,5 0-896,0 44,0 718,9
Monócitos
40-59 449 342,0 10-878,4 39,0 777,2
Absolutos 0,9965
60 ou
(mm3)
mais 114 339,3 6-870,4 36,8 787,2
18-39 764 236.000 126.000-359.000 143.000 337.000
Plaquetas 40-59 464 230.000 138.000-364.000 148.000 338.000
0,2158
(μl) 60 ou
mais 125 223.000 138.000-353.000 146.000 333.000
18-39 633 10,4 7,6-13,2 8,2 12,6
0,2815
40-59 392 10,3 7,8-13,2 8,3 12,5
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Volume
plaquetário 60 ou
Médio (fL) mais 111 10,1 7,9-13,2 8,3 12,7
n: amostra. Min-Max: valor mínimo e valor máximo. LI: limite inferior (percentil 2,5). LS: Limite
superior (percentil 97,5%). *Teste de Kruskal Wallis. a,b,c: letras iguais representam que não
houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p> 0,05); a,b,c: letras diferentes
representam que houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p≤ 0,05).
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Material Suplementar 7 – Intervalos de referência de hemograma séries vermelha e branca em adultos ≥ 18 anos segundo raça cor e
sexo, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil, 2014-2015
Exames Sexo Masculino Sexo Feminino
Raça n Mediana min-max LI LS Raça n Mediana min-max LI LS
Série Vermelha
Glóbulos Branca 522 5,1 3,6-6,0 4,4 5,8 Branca 578 4,5 3,8-6,0 4,0 5,2
vermelhos Parda 658 5,1 3,8-6,0 4,3 5,8 Parda 780 4,5 3,6-6,0 4,0 5,2
(milhões/mm3) Preta 100 5,1 4,0-5,2 4,3 5,8 Preta 98 4,5 3,8-5,9 3,9 5,4
Branca*a 525 15,1 13,0-17,5 13,3 16,8 Branca*a 579 13,4 12,0-16,7 12,1 15,1
Hemoglobina
Parda*b,c 663 14,8 13,0-17,5 13,1 16,7 Parda*b 780 13,2 12,0-17,3 12,0 15,0
(g/dL)
Preta*a,c 102 15,0 13,1-17,3 13,2 17,7 Preta*b 98 13,1 12,0-16,4 12,0 14,8
Branca 520 46,0 38,3-53,2 40,5 52,2 Branca 578 41,0 35,5-51,6 36,8 47,7
Hematócrito
Parda 657 45,8 37,2-54,0 40,5 52,7 Parda 780 40,9 34,5-53,3 36,8 47,8
(%)
Preta 101 45,6 39,2-52,9 39,8 52,3 Preta 98 40,6 36,3-50,0 36,6 45,2
Volume Branca 501 90,5 79,1-102,8 82,8 99,7 Branca*a 559 91,0 79,8-102,1 82,7 100,4
Corpuscular Parda 634 90,3 78,8-102,8 81,8 101,4 Parda*a,b 745 90,7 79,0-102,9 81,3 101,2
Médio (fL) Preta 100 88,5 78,7-100,7 80,8 100,5 Preta* b 93 89,5 80,5-102,0 82,4 100,9

Hemoglobina
Corpuscular Branca*a 509 29,9 26,1-33,2 27,0 32,4 Branca*a 565 29,8 26,0-33,2 27,0 32,3
Média (pg) Parda*b 641 29,7 26,0-33,2 26,5 32,2 Parda*b 754 29,4 26,0-33,1 26,4 32,2
Preta*b 100 29,3 26,1-33,2 26,7 31,9 Preta*c 94 28,9 26,0-32,9 26,3 31,8
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Concentração Branca*a 506 32,8 30,1-35,2 30,4 34,6 Branca*a 541 32,7 30,1-35,2 30,4 34,2
de Parda*b 620 32,6 30,1-35,0 30,3 34,4 Parda*b 718 32,5 30,1-35,1 30,3 34,0
Hemoglobina
Corpuscular
Média (g/dL) Preta*b 97 32,8 30,4-35,1 30,5 34,2 Preta*b 90 32,4 30,3-34,1 30,5 33,7
Amplitude de Branca 511 13,4 11,9-15,6 12,2 15,1 Branca 557 13,4 11,5-15,6 12,1 15,2
distribuição Parda 630 13,6 11,7-15,6 12,2 15,4 Parda 746 13,4 11,5-15,6 12,3 15,2
dos eritrócitos
(RDW) (%) Preta 100 13,3 11,8-15,6 12,2 15,5 Preta 92 13,5 11,9-15,6 12,2 15,6
Série Branca
Glóbulos Branca 479 5.800 1.900-10.900 3.100 9.800 Branca*a 523 6.300 1.300-10.800 2.990 10.000
Brancos Parda 595 6.000 2.100-10.630 2.700 9.600 Parda*b 579 5.900 1.500-10.600 2.500 9.700
(mm3) Preta 93 6.200 2.600-9.900 3.200 9.200 Preta*b 80 5.600 2.400-10.400 2.650 10.100
Neutrófilos Branca 476 3.123 400-7.101 954 6.106 Branca*a 508 2.597 656-7067 966 6.401
Absolutos Parda 588 3.238 551-7.091 699 6.138 Parda*b 670 3.129 194-7079 788 6.511
(mm3) Preta 91 3.006 741-6.232 791 5.888 Preta*b 79 2.866 679-6072 715 6.027

Eosinófilos
Branca*a 442 151,2 0,0-741,0 17,1 648,0 Branca*a 511 140,6 0,0-775,0 14,2 660,0
Absolutos
Parda*b 515 194,0 0,0-765,4 17,5 688,1 Parda*b,c 630 150,0 0,0-768,0 9,3 694,4
3
(mm )
Preta*b 86 230,1 16,5-763,8 38,5 678,5 Preta*a,c 77 162,0 12,8-773,5 13,5 711,7
Branca 462 23,4 0,0-88,9 0,0 71,8 Branca 520 22,0 0,0-96,6 0,0 68,3
Parda 594 22,8 0,0-99,2 0,0 81,5 Parda 667 21,5 0,0-99,0 0,0 80,9
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Basófilos
Absolutos
(mm3) Preta 90 27,6 0,0-80,4 0,0 66,8 Preta 81 24,0 0,0-99,0 0,0 96,8
Linfócitos Branca 463 2.033,5 420,0-3.843,0 775,2 3.557,8 Branca 522 2.032,8 342,0-3.686,0 764,4 3.360,0
Absolutos Parda 585 1.974,0 255,6-3.798,0 709,8 3.439,8 Parda 664 1.930,0 313,4-3.874,2 699,3 3.526,0
(mm3) Preta 91 2.007,5 577,2-3.726,8 744,8 3.492,8 Preta 81 2.128,0 369,0-3.634,0 612,3 3.631,0
Branca 462 35,1 10,3-62,3 14,6 58,5 Branca 523 32,8 5,5-62,3 13,1 56,1
Linfócitos
Parda 584 33,2 8,2-62,4 12,2 58,2 Parda 665 35,5 6,8-62,3 13,1 58,3
(%)
Preta 91 33,0 11,4-60,6 17,0 59,3 Preta 81 35,3 9,0-61,3 12,6 58,7
Monócitos Branca 464 392,4 6,0-868,4 52,8 778,8 Branca 524 348,4 3,9-896,0 45,6 722,0
Absolutos Parda 582 400,4 3,1-900,6 52,2 782,0 Parda 671 343,2 0,0-886,5 39,0 788,8
(mm3) Preta 92 424,0 20,8-843,2 28,7 785,7 Preta 79 368,0 4,1-738,4 4,5 725,2
Branca 476 207.000 112.000-365.000 141.000 323.000 Branca 528 239.000 138.000-360.000 148.000 334.000
Plaquetas (μl) Parda 600 213.000 105.000-358.000 143.000 355.000 Parda 714 226.000 126.000-364.000 143.000 341.000
Preta 89 232.000 134.000-332.000 144.000 314.000 Preta 84 235.000 130.000-353.000 150.000 327.000

Volume
plaquetário Branca 389 10,2 7,7-13,0 8,2 12,4 Branca*a 455 10,4 7,6-13,2 8,4 12,7
Médio (fL) Parda 482 10,1 7,5-13,2 8,2 12,6 Parda*b 596 10,2 7,6-12,2 8,2 12,3
Preta 75 10,0 7,6-12,8 8,1 12,4 Preta*a 63 10,2 8,2-13,2 8,3 12,9
n: amostra. Min-Max: valor mínimo e valor máximo. LI: limite inferior (percentil 2,5). LS: Limite superior (percentil 97,5%). *Valor p ≤ 0,05 pelo Teste
de Kruskal Wallis. a,b,c,d: letras iguais representam que não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p> 0,05); letras diferentes
representam que houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p≤ 0,05).
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