RESUMO DA MATÉRIA DA PROVA DE HISTÓRIA Cap 8
RESUMO DA MATÉRIA DA PROVA DE HISTÓRIA Cap 8
RESUMO DA MATÉRIA DA PROVA DE HISTÓRIA Cap 8
Na Baixa Idade Média, assim como na Alta Idade Média, várias leis diferentes
existiam ao mesmo tempo. Não havia um governo forte o suficiente para impor suas
regras a todos. (Pense nisso como se várias cidades de um país tivessem suas
próprias leis e nenhuma delas pudesse dizer que suas leis eram melhores ou mais
importantes que as outras).
Durante a Alta Idade Média, os costumes dos povos bárbaros, as leis que
misturavam elementos bárbaros e romanos, e os decretos da Igreja existiam juntos.
Não havia um poder central que unificasse todas essas leis. Quando Carlos Magno
subiu ao poder, ele tentou centralizar o governo e restaurar o Império do
Ocidente. Mas, ao dar terras e privilégios em troca de serviços, ele acabou
acelerando o feudalismo. No feudalismo, os senhores locais tinham muito poder e
suas próprias leis.
O "jus commune" ou direito comum não surgiu porque todas as leis na Europa eram
iguais. Surgiu porque havia características comuns na forma como o direito era
usado durante a Baixa Idade Média e nos séculos seguintes. Isso preparou o
terreno para que, no século XVI, novas concepções jurídicas substituíssem as
antigas.
8.1 Direito Germânico
Personalidade do Direito
1. Pluralismo Jurídico:
○ Imagine um país onde cada bairro tem suas próprias regras. O bairro
A tem suas próprias leis, o bairro B segue outras leis, e o bairro C tem
regras diferentes. Não há um prefeito que diga que uma lei é válida
para todos os bairros.
Durante a Alta Idade Média, o direito romano era usado como uma fonte adicional
de leis, mas foi a partir do século XIII que ele começou a ser utilizado mais
amplamente nos reinos europeus. Isso aconteceu porque as pessoas precisavam
de segurança jurídica para novas relações comerciais, e um direito comum que
pudesse ser aplicado em várias regiões ajudava a facilitar os negócios entre
diferentes áreas.
Exemplo:
Imagine que você tem um livro de receitas antigo, mas perdeu a maioria das
páginas. Você e sua família lembram de algumas receitas e as escrevem de novo,
mas com o tempo, cada um acrescenta ou muda alguma coisa de acordo com o
gosto. Isso é como o direito romano foi mudando ao longo do tempo.
A Igreja desenvolveu seu próprio sistema de leis (direito canônico), que era usado
para resolver questões religiosas e também influenciava a sociedade em geral.
Essas leis estavam registradas em decretos dos concílios (reuniões de bispos), nas
constituições aprovadas em assembleias regionais, e nos decretos papais.
Durante a Idade Média, havia uma disputa constante entre o direito da Igreja (direito
canônico) e as leis seculares (não religiosas). No século XIII, começou a se
desenvolver a ideia de que o direito canônico deveria se concentrar em questões
religiosas, enquanto as leis seculares cuidariam dos assuntos civis. Assim, houve
um reconhecimento mútuo das esferas de poder, com a Igreja e os governos
seculares colaborando para manter a ordem jurídica.
Imagine que em uma escola há duas regras diferentes: uma criada pelo diretor
(direito canônico) para questões de comportamento e outra criada pelo conselho
estudantil (direito secular) para atividades extracurriculares. Se alguém quebrar uma
regra de comportamento, o diretor resolve. Se for sobre atividades, o conselho
decide. Mas ambos concordam e respeitam as regras uns dos outros.
8.4 Costumes
Na Idade Média, a ideia de posse era diferente de hoje. Hoje, quando pensamos em
posse, imaginamos que alguém possui algo e tem todos os direitos sobre isso. No
entanto, na Idade Média, o foco era mais sobre o uso do que sobre a propriedade
em si. As pessoas tinham o direito de usar a terra, mas a terra pertencia à natureza
e não a um indivíduo específico.
Exemplo:
Imagine que você e seus amigos têm acesso a um campo de futebol. Vocês podem
usar o campo para jogar, mas nenhum de vocês é o "dono" do campo. Vocês
apenas têm o direito de usar o campo quando precisarem. Na Idade Média, as
pessoas tinham direitos de uso sobre a terra e outros bens, mas a terra em si não
era considerada propriedade exclusiva de uma pessoa.
Enfiteuse na Idade Média e Hoje
Exemplo:
Exemplo Didático:
Imagine que o prefeito da sua cidade também fosse o juiz e o dono de várias
empresas locais. Ele poderia usar seu poder político para tomar decisões judiciais
que beneficiassem suas empresas. Na Idade Média, essa mistura de poderes era
comum.
Durante a Idade Média, havia muitos conflitos entre diferentes sistemas de leis. O
direito comum muitas vezes entrava em conflito com os costumes locais e com o
direito canônico (da Igreja). Esses conflitos refletiam a diversidade de normas e a
falta de um sistema legal unificado.
Exemplo:
Imagine que em sua cidade existam três tipos de leis: leis da prefeitura, regras da
escola e normas da associação de moradores. Às vezes, essas regras podem entrar
em conflito, e é necessário encontrar uma maneira de decidir qual regra seguir.
Tentativas de Compatibilização
Exemplo:
Imagine que um juiz na Idade Média precisa decidir um caso. Ele não se preocupa
tanto em seguir um sistema legal estrito, mas sim em encontrar a melhor solução
para aquele caso específico. Isso poderia significar usar diferentes leis e normas de
acordo com o que fazia mais sentido para resolver o problema.
Exemplo:
Imagine que um rei medieval precisa garantir seu poder. Ele precisa do
reconhecimento do Papa e de outros reis para evitar contestações e rebeliões. Para
isso, ele estabelece uma rede de alianças e vassalagem, garantindo que sua
vontade seja respeitada como lei.
Exemplo:
Imagine que uma cidade tem suas próprias leis, mas um jurista, formado em uma
escola de direito comum, influencia a forma como essas leis são interpretadas.
Mesmo que a lei local prevaleça, a influência do direito comum ainda é sentida.
Imagine que você vive em uma época onde, ao viajar para outra região, deve seguir
as leis locais daquela região. No entanto, algumas situações, como testamentos e
contratos, ainda seguem as leis de sua região de origem. Isso reflete a transição e
os ajustes entre a aplicação das leis baseadas na territorialidade e na
personalidade.