Relatório Granulometria

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO-UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA-CCET


COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA-COEQ
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA – DEEQ
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II

EXPERIMENTO V
Granulometria e peneiramento.

ANTONIA WAGLENE COELHO DOS SANTOS 2019058232

SÃO LUÍS – MA

2024.1
ANTONIA WAGLENE C. DOS SANTOS

EXPERIMENTO V
Granulometria e peneiramento.

Relatório apresentado como requisito parcial para


aprovação na disciplina de Laboratório de Engenharia
Química II do curso de Engenharia Química da
Universidade Federal do Maranhão.

Professor: Edilberto C. Dos Santos Junior

SÃO LUÍS-MA

2024.1
1. INTRODUÇÃO

A granulometria ou análise granulométrica dos solos é a determinação das dimensões


das partículas do agregado e de suas respectivas porcentagens de ocorrência. O principal
objetivo é conhecer a distribuição granulométrica do agregado e representá-la através de uma
curva, possibilitando assim a determinação geral de suas características físicas. A análise
granulométrica pode ser realizada por diversos métodos, sendo eles por peneiramento, quando
temos solos granulares como as areias e os pedregulhos; por sedimentação, no caso de solos
argilosos; por difração de laser; por imagem (fotografia e software de análise granulométrica)
entre outros.
A granulometria por peneiramento é amplamente utilizada nos estudos. A análise é
feita através do uso da peneira granulométrica, que são peneiras dispostas na vertical
específicas variadas por diâmetro na passagem dos grãos entre elas, utilizadas no laboratório.
Nas indústrias o peneiramento é feito a seco a fim da separação dos grãos, nas Instalações de
Tratamento de Minério é frequente o uso desse processo nas etapas de cominuição,
peneiramento e classificação.
Para realizar o estudo nos resultados obtidos são utilizadas equações que definem o
valor da massa retida em cada peneira no processo e o somatório dos pesos a fim de chegar na
análise final.
1 OBJETIVO

Caracterizar um determinado material sólido através da análise granulométrica


utilizando a técnica de peneiramento na separação e/ou classificação do material particulado,
determinando o diâmetro médio das partículas avaliadas no processo de separação estudado e
calcular a eficiência de peneiramento.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A análise granulométrica envolve a determinação do tamanho das partículas que


compõem uma amostra e o processamento dessas informações. É necessário determinar as
dimensões das partículas individuais e estudar sua distribuição: pelo peso de cada classe de
dimensão considerada, seu volume ou o número de partículas integradas em cada classe.
Classicamente, a determinação do tamanho de partículas de sedimentos muito grosseiros é
realizada medindo (pesando) cada elemento individualmente e contando-os. No entanto, tais
medições são impraticáveis para sedimentos não muito grossos, muito difíceis e
extremamente demorados em areia, e quase impossíveis em silte e argila. Para estes depósitos,
a análise clássica recorre à separação mecânica em classes de tamanho e determinação do seu
peso.
O método mais comum para análise granulométrica de sedimentos é a peneiração. As
peneiras utilizadas para este tipo de análise sedimentológica consistem em metal cilíndrico
calibrado (latão, alumínio, aço inoxidável, etc.) como exemplo na figura a seguir.
Figura 1 - Peneiras utilizadas para análise granulométrica.

Fonte: https://www.splabor.com.br/blog/mesa-vibratoria-para-peneiras/o-que-e-granulometria-conheca-
as-peneiras-granulometricas-e-seu-agitador/
As peneiras são projetadas para se encaixarem para formar uma coluna filtro, como
pode-se observar na Figura 2. Há uma tampa no topo desta coluna para evitar a perda de
material durante a peneiração e um recipiente chamado “fundo” é instalada na parte inferior
para aceitar partículas menores que passam por toda a coluna sem serem retidas por nenhuma

Peneira.

Figura 2 - Coluna de filtros formado pelas peneiras.

Fonte: https://www.tudoparalaboratorios.com.br/peneiras-granulometria-preco
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais

Os materiais utilizados ao longo do procedimento do experimento foram:


 Balança;
 Jogo de peneiras;
 Agitador de peneiras;
 Material sólido particulado – canjiquinha e floco de milho;
 Espátula; • Pincel;
 Vidro de relógio em diversos tamanho

3.2 Metodologia

Para iniciar o experimento, com a espátula foram coletadas e postas no becker 200g da
amostra utilizada. Em seguida foram pesadas cada uma das peneiras vazias. Após a pesagem
elas foram colocadas na ordem do menor mesh para o maior no agitador e a amostra foi
despejada na primeira peneira.
Ao despejar a amostra e lacrar as peneiras com a tampa de alumínio, o agitador foi
acionado e durante 10 minutos foi deixado em vibração. Após o tempo decorrido, o aparelho
foi desligado e as peneiras foram pesadas com a amostra.
Com o fim do experimento, as peneiras foram limpas com pincel para que novos testes
pudessem ser realizados.

3.3 Equações utilizadas

Para a análise dos resultados obtidos no experimento, serão utilizadas as seguintes


equações para determinar os valores desejados no objetivo do trabalho.
Para o cálculo do diâmetro médio das partículas que passam por cada mesh, foi
utilizada a Equação 1:

Abertura da peneira superior + Abertura da peneira inferior


Dpi = (1)
2
Para determinar o valor da massa retida em cada peneira, foi calculada por meio da
Equação 2:

𝑚𝑖 = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 − 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑎 (2)

A Equação 3 demonstra como foi obtido o valor para a distribuição de frequência, ou a


fração mássica que foi retida na peneira, dos grãos em cada mesh.

mi
Xi = (3)
M

Para o cálculo da fração mássica, ou distribuição cumulativa, dos grãos que passaram
em cada peneira, utilizou-se a Equação 4.
𝑀 − 𝑚𝑖
𝑋𝑖 = 𝑀

Por fim, para determinar o diâmetro médio de Salter, fez-se o uso da Equação 5.
1
𝐷𝑝𝑠 = 𝑛 𝑥𝑖 (5)
∑𝑖=1 ( )
𝐷 𝑝𝑖
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Por meio dos resultados obtidos ao fim do experimento, foi possível realizar os
cálculos para determinar a quantidade de massa que ficou retida em cada peneira, assim como
suas frações mássicas e o diâmetro médio dos grãos da amostra.
Anteriormente, durante a realização do experimento, foi medido as peneiras duas
vezes: uma antes da prática e outra após os 10 minutos no agitador de peneiras. Os dados
coletados de acordo com cada peneira podem ser observados na Tabela 1:
Tabela 1 – Dados obtidos no experimento.
Massa da peneira +
Mesh Di (mm) Massa da peneira (g)
farinha de milho (g)
10 1,700 484,98 614,12
16 1,000 426,68 473,32
60 0,250 286,43 299,19
80 0,180 346,65 348,61
125 0,120 274,53 280,24
Fundo 0,000 366,29 370,00

Fonte: Autor
Através desses dados, foi possível calcular a massa retida em cada peneira por meio da
Equação 2, o diâmetro médio das partículas através da Equação 1, a distribuição de
frequência, ou seja, a fração de massa retida em cada peneira utilizando a Equação 3.
Também foi possível obter o valor da fração cumulativa em cada peneira, isto é, a fração que
passou por cada peneira, por meio da Equação 4.
Tabela 2 – Diâmetro médio, massa retida e frações mássicas para cada peneira.
Mesh Dpi (mm) Massa retida (g) xi (%) Xi (%)
-10 1,700 129,14 64,596 35,404
-10+16 1,350 46,64 23,329 76,671
-16+60 0,625 12,76 6,383 93,617
-60+80 0,215 1,96 0,980 99,020
-80+125 0,150 5,71 2,856 97,144
Fundo 0,063 3,710 1,855 98,144

Fonte: Autor.
Dessa forma, foi possível observar os comportamentos dessas variáveis de acordo com
o diâmetro de cada peneira:
Figura 3 – Variação da massa retida de acordo com o diâmetro.
140

Massa retida (g) 120

100

80

60

40

20

0
1.700 1.000 0.250 0.180 0.125 0.000
Diâmetro (mm)
Fonte: Autor
Por meio dos valores da distribuição de frequência e da distribuição cumulativa
apresentados na Tabela 2, foi possível traçar o perfil dos dois em relação as aberturas das
peneiras, este sendo exibido na Figura 4:
Figura 4 – Variação da distribuição de frequência (xi) e da distribuição cumulativa
(Xi) em relação ao diâmetro.
100
90
80
Distribuição (%)

70
60 Xi
50
xi
40
30
20
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5
Diâmetro (mm)

Fonte: Autor
Por meio dos gráficos apresentados, é possível observar que a maior quantidade de
massa retida se encontra na peneira de menor mesh pois ela tem o maior diâmetro. Isso
ocorreu porque os grãos utilizados foram da farinha de milho que, visualmente, já aparentou
ter grãos de maior tamanho na maioria da amostra utilizada.
Além disso, pode-se observar os meshs -60+80, a massa retida foi de apenas 1,96g e
nos meshs -80+125 ela já foi de 5,71g. Isso pode ser explicado pelo fato que a farinha de
milho não tenha uma uniformização dos seus grãos, como é observado na Tabela 3 o cálculo
do diâmetro de Sauter para sistemas particulados, utilizando a Equação 5:

Tabela 3 – Diâmetro de Salter da amostra de flocos de milho.


xi/Di (mm-1) Dps (mm)
0,380
0,173
0,102 1,122
0,046
0,190
Fonte: Autor.

De acordo como valor encontrado no diâmetro médio de Salter e Gomide (1983), os


grãos dos flocos de milho apresentam característica de sólidos granulados, pois o diâmetro
das partículas está entre os valores de 0,5 mm a 10 mm.
5 CONCLUSÃO

Portanto, para uma operação de fragmentação em meio industrial, é necessário que se


detenha o conhecimento acerca das especificações da finura do sólido desejado como também
do cálculo de energia, e para tal é de extrema importância que se entenda sobre a
granulometria e sobre a geometria que constitui o sólido a ser usado; isso porque no
peneiramento é fornecido informações importantes do material a ser analisado que poderão
ser tiradas através do estudo do Diâmetro (Di). Assim, através do experimento feito, foi
possível fazer a caracterização do material, nesse caso os flocos de milho, por meio da média
dos diâmetros que constatou que na embalagem é fornecido grãos de flocos e não
necessariamente seguem um tamanho padrão, uma vez que variaram desde um tamanho de
1,700 mm até 0,063 mm de diâmetro.
REFERÊNCIAS

BLOG SPLABOR. O que é Granulometria? Conheça as peneiras granulométricas e seu


agitador. Disponível em: https://www.splabor.com.br/blog/mesa-vibratoria-para-peneiras/o-
que-e-granulometria-conheca-as-peneiras-granulometricas-e-seu-agitador/. Acesso em: 01
mai. 2024.

CREMASCO, M. A. Operações unitárias em sistemas particulados e fluidomecânicos. 3


ed. São Paulo: Blucher, 2018.

GOMIDE, R. Operações unitárias: operações com sistemas sólidos granulares. v.1. São
Paulo: R. Gomide, 1983.

TUDO PARA LABORATÓRIOS. Peneiras de granulometria preço. Disponível em:


https://www.tudoparalaboratorios.com.br/peneiras-granulometria-preco. Acesso em: 01 mai.
2024.

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