Desenvolvimento e Aprendizagem Motora 2
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Sumário
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
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NOSSA HISTÓRIA
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1. CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO MOTOR
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Para Haywood e Getchell (2004) dá-se como desenvolvimento motor um
processo contínuo e sequencial ligado a idade cronológica, na qual o indivíduo
progride de um movimento simples, sem habilidade, até atingir o ponto das
habilidades motoras mais complexas e organizadas e assim chegar ao ajuste
dessas habilidades que irá acompanhá-lo até o envelhecimento.
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Figura: 1
Figura: 2
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Fase de movimentos rudimentares: os movimentos rudimentares são
determinados de forma maturacional e caracterizam-se por uma
sequência de aparecimento previsível. Esta sequência é resistente a
alterações em condições normais. Elas envolvem movimentos
estabilizadores, como obter o controle da cabeça, pescoço e músculos do
tronco; as tarefas manipulativas de alcançar, agarrar e soltar, e os
movimentos locomotores de arrastar-se, engatinhar e caminhar.
Figura: 3
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categorias: Estabilizadores, Locomotores e Manipulativos. Essas
categorias pertencem às experiências motoras e devem estar presentes
no dia-a-dia das crianças. Tais categorias são representadas por toda e
qualquer atividade corporal realizada em casa, na escola e nas
brincadeiras.
Figura: 4
Paim (2003) considera a idade pré-escolar como sendo uma fase áurea da vida,
pois a criança se torna estruturalmente capacitada a desenvolver tarefas
psicológicas mais complexas.
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Segundo Garcia, citada por Gallahue e Ozmun (2001), nesse período da vida –
a infância – o movimento passa a ser um dos meios mais importantes do
aprendizado e um aspecto muito valioso na vida da criança. Esse é o momento
em que as crianças começam a explorar seu ambiente e suas habilidades
corporais, o que representa o começo do aprendizado.
2. APRENDIZAGEM MOTORA
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► Até que ponto a aprendizagem é semelhante para todos os tipos de
comportamento, ou muito diferenciada para cada tipo de comportamento
DOMÍNIOS
Exemplos:
● Responder.
● Valorizar.
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● Caracterização de um valor ou complexo de valores.
Sendo assim, Jean Piaget trouxe aos seus experimentos e constatações que a
criança vivencia diferentes fases de desenvolvimento para adquirir habilidades
fundamentais para sua vida, como o pensamento e a linguagem.
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conhecimento e aprendizado. Confiram abaixo quais são eles, de acordo com a
visão de Jean Piaget.
O campo sensorial é o que rege a vida da criança em tal período. Isso quer dizer
que ela só considera algo existente, aquilo que esteja em seu campo de visão
e/ou pode ser tocado por ela. Isso é extensivo a tudo que faz parte do seu mundo,
pode ser um brinquedo ou até a mamãe. Por isso é normal os bebês chorarem
quando não conseguem ver suas mães. É como se ela tivesse deixado de
“existir”.
O egocentrismo tão perceptível nos pequenos dessa faixa etária não é um traço
de personalidade, mas apenas parte do desenvolvimento cognitivo normal para
esta etapa.
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passam a fazer mais sentido. Os conceitos abstratos ainda não são possíveis
para a sua compreensão.
3.IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO NO
DESENVOLVIMENTO HUMANO
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aplicação: a exploração lúdica, o controle motor, a percepção figura-fundo,
integração Inter sensorial (sentidos), noção de corpo, espaço e tempo, etc.
TERMOS CHAVE
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Capacidades motoras globais
Aos três anos uma criança é capaz desenhar um círculo e uma pessoa
rudimentar. Aos quatro anos a criança é capaz de recortar sobre uma linha,
desenhar uma pessoa razoavelmente completa e fazer desenhos e letras
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grosseiras. E aos cinco anos, a criança é capaz de se vestir sem muita ajuda,
copiar um quadrado ou um retângulo e desenhar uma pessoa mais
elaboradamente que antes (PAPALIA, 2000).
Padrão de movimento:
Ex. chutar a gol, em queda livre, em movimento ou no chão, uma bola redonda,
oval, pequena, grande, etc.
Ex. Lançar (no handebol, no basquete, o dardo, etc.) Se preocupa mais com o
comportamento global do indivíduo.
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Figura: 5
Generalização motora:
Locomoção:
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Contato: Manipulação visando informação dos objetos através dos sentidos:
a) abordagem (apanhar);
b) preensão (manipular);
Postura:
Atitude:
Lateralidade:
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Imagem corporal:
Generalizações:
● Habilidades Locomotoras:
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correr combinado, quicar – lançar para cima e pegar (antecipação) – saltitar –
subir – trepar – equilibrar – saltar, etc.
Figura: 6
Figura: 7
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● Habilidades motoras:
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Para Oliveira (2002) existem várias etapas de aquisição de habilidades motoras
ao longo da vida, no qual o surgimento de padrões fundamentais de movimento,
trabalhando atividades motoras concretas na educação física, se torna essencial
para o desenvolvimento da criança.
3.2Comportamento motor
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neurais específicos, que ocorrem desde a percepção do estímulo até a
efetivação da resposta selecionada. Esses processos neurais possibilitam o
comportamento e o aprendizado, que acontecem de maneiras diferentes no
cérebro. Desde que nascemos, a maturação do sistema nervoso possibilita o
aprendizado progressivo de habilidades. À medida que uma determinada área
cerebral amadurece, a pessoa exibe comportamentos correspondentes àquela
área madura, desde que tal função seja estimulada.
Figura: 8
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para a estruturação de um plano de ensino que considere as fases de
desenvolvimento neural da criança, maximizando assim o aprendizado.
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O conhecimento da célula nervosa é essencial para entender o funcionamento
do sistema nervoso e seus processos maturacionais, pois os neurônios são
dotados de extensa plasticidade e adaptabilidade, o que lhes permite serem os
grandes responsáveis pelos sistemas de informação e comunicação dos seres
vivos.
Figura: 9
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com humanos parece muito simplista. Para suprir esta lacuna entre estímulo e
resposta, Magill (2001) desenvolveu o "Modelo de processamento de
informação" que envolve o estímulo, a percepção, o processamento central, a
decisão da resposta e a sua efetivação (que é o comportamento) (Cox, 1994).
O impulso, transportado pela inervação sensitiva, passa pelo tronco cerebral, via
tálamo, e chega até um centro nervoso do córtex cerebral correspondente a
natureza do estimulo. Desta forma, o estimulo visual termina no lobo occipital, o
auditivo no temporal, o táctil ou somestésico no lobo parietal (Behar et al, 2001).
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conhecimento nem elaboração de significado, constituindo-se de uma passagem
obrigatória para a percepção. Ao estimular eletricamente as áreas primárias o
sujeito vivencia sensações vagas como escutar um “zunido” ou ver estrelinhas,
sentir um formigamento, sem identificação de significado. (Romanelli, 2003).
Figura: 10
Por meio dos neurônios associativos, a informação que chegou a área primária
é transmitida para área secundária. A decodificação da informação na área
secundária proporciona a “percepção’ que consiste na formação de imagens
sensoriais correspondentes ao estimulo. Na percepção, as imagens (auditivas,
visuais e tácteis) recebem significados, de forma que permitem que a pessoa
veja e reconheça, por exemplo, esse é o rosto de minha mãe, essa voz é do meu
amigo, etc. (Bittencourt, 1985).
A sensação é comum no recém nato, pois suas áreas secundárias ainda não
amadureceram, no entanto, os adultos dificilmente vivenciam sensação devido
a informação passar para as áreas mais complexas assim que chega, de forma
que estamos sempre questionando: o que é isso? De quem é essa voz? O que
está encostando-se a mim? A percepção requer um ótimo estado de atenção.
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Pense em uma pessoa acordando com o despertador. Primeiro ela escuta ruídos
vagos e depois de um pequeno tempo identifica que é o despertador, que precisa
desliga-lo e acorda (Romanelli,2003).
É no ato de brincar que a criança aprende a esperar sua vez, conviver com outras
pessoas, ganhar e perder. Quando a mesma não encontra oportunidade de
interação com o ambiente e seus mais variados desafios acaba tendo
dificuldades no seu desenvolvimento. Além de diversão a ludicidade deve ser
vista como forma de aprendizado e de desenvolvimento intelectual.
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Piaget (1972) classificou essas atividades em 3 fases:
Figura: 11
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Figura: 12
Jogos de regras – São mais indicados a partir dos 5 anos, porém se desenvolve
principalmente na fase dos 7 e 12 anos. São classificados em jogos de exercício
sensórios motor, o futebol e intelectual, o xadrez. O que caracteriza o jogo de
regras é existência de um conjunto de leis impostas pelo grupo.
Figura: 13
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capacidade de agir, interagir e reagir afetivamente com as outras crianças e
consigo mesmo. Um aspecto importante a ser considerado é a formação do
autoconceito, o qual parte do princípio do que a criança sente e vê de que é
capaz e do que não é capaz, percebe o certo e o errado, o bom e o ruim,
possibilitado, de certa forma, através do jogo social. Deste modo, a partir do
momento que a criança aprende sobre si mesmo, está em condições de
participar de jogos e competições, pois está emocionalmente em condições de
perceber o grupo e as demais pessoas.
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REFERÊNCIAS
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GONZÁLES RODRIGUES, C. Educação física infantil: motricidade de 1 a
6 anos. [Tradução de Roberto Francine Júnior]. – São Paulo, 2005.
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_______, A equilibração das estruturas cognitivas: problema central do
desenvolvimento. Rio de Janeiro, Zahar, 1976 (b)
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