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Trabalho Lei 7

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GRAU TÉCNICO

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM TURMA ENF08-M


PROF. REINALDO VIEIRA

DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ENFERMAGEM, ÉTICA E LEGISLAÇÃO.

ALEX LOPES MOREIRA


GYOVANA SOUZA

JULIANA GOIS
LETICIA DANDARA DA SILVA

MARCELO AUGUSTO DOS SANTOS

LEI N° 7498 DE 25 DE JUNHO DE 1986.

Regulamentação do exercício de enfermagem e de outras


providencias.

PRESIDENTE PRUDENTE-SP

2024
A Lei 7.498/86 foi criada em 25 de junho de 1986. Ela foi promulgada para
regulamentar o exercício da enfermagem no Brasil, estabelecendo as competências,
atribuições e responsabilidades dos profissionais de enfermagem, incluindo
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Antes da promulgação dessa lei, havia uma falta de regulamentação específica para
a prática da enfermagem no país, o que resultava em incertezas quanto às
competências e responsabilidades dos profissionais, além de possíveis problemas
relacionados à qualidade e à segurança dos cuidados de saúde prestados à
população. A Lei 7.498/86 foi, portanto, uma medida importante para garantir
padrões mínimos de qualidade e segurança na assistência de enfermagem, além de
estabelecer parâmetros claros para o exercício da profissão.

LEI No 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte lei:

Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional, observadas as


disposições desta lei.

Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por
pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com
jurisdição na área onde ocorre o exercício.

Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo


Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os
respectivos graus de habilitação.

Art. 3º O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem


planejamento e programação de enfermagem.

(O planejamento e a programação de enfermagem são dois aspectos importantes da


gestão da assistência de enfermagem que visam garantir a eficiência, a eficácia e a
qualidade dos cuidados prestados aos pacientes. Em resumo, o planejamento de
enfermagem envolve a definição de metas e estratégias de cuidado, enquanto a
programação de enfermagem diz respeito à organização prática e temporal da
assistência de enfermagem. Ambos os processos são fundamentais para garantir uma
abordagem sistemática e integrada no fornecimento de cuidados de enfermagem,
visando promover a saúde e o bem-estar dos pacientes.)

Art. 4º A programação de enfermagem inclui a prescrição da assistência de


enfermagem.

(A prescrição da assistência de enfermagem refere-se ao processo pelo qual o


enfermeiro, com base na avaliação da condição de saúde do paciente, determina as
intervenções e os cuidados necessários para atender às suas necessidades. Isso
pode incluir a administração de medicamentos prescritos por médicos, a realização
de procedimentos de enfermagem, a monitorização de sinais vitais, entre outras
atividades.)

Art. 6º São enfermeiros:


I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos
da lei;
II - O titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica,
conferido nos termos da lei;

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado


de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola
estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio
cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica
ou de Obstetriz;

IV - Aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiverem título de


Enfermeiro conforme o disposto na alínea d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de
março de 1961.
(DECRETO Nº 50.387, DE 28 DE MARÇO DE 1961

Regulamenta o exercício da enfermagem e suas funções auxiliares no território


nacional.
a) os portadores de diploma expedido no Brasil, por escolas oficiais ou reconhecidas
pelo Governo Federal, nos termos da Lei nº 775, de 6 de agosto de 1949 e seu
regulamento;
b) Os diplomados por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis de seu país e de
padrão de ensino equivalente ao estabelecimento no Brasil, após a revalidação de
seus diplomas e registro nos termos do Art.1º;

c) Os portadores de diploma de enfermeiro, expedido pelas escolas ou cursos de


enfermagem das forças armadas nacionais e forças militarizadas, depois de
aprovados nas disciplinas e estágios obrigatórios constantes do currículo estabelecido
pelo regulamento da Lei nº 775-49 aprovado pelo Decreto nº 27.426, de 14 de
novembro de 1949, devidamente discriminados por instruções a serem baixadas pelo
Ministério da Educação e Cultura;

d) as pessoas registradas como tal nos termos dos artigos 2º e 5º do Decreto 20.931,
de 11 de janeiro de 1932, e, até, a promulgação da Lei número 775, de 6 de agosto
de 1949, aquelas a que se refere o art. 33 parágrafo 2º do Decreto nº 21.141, de 10
de março de 1932.)

Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:

I - O titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de


acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente;
II - O titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso
estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem.

Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:


I - O titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de
ensino, nos termos da lei e registrado no órgão competente;

II - O titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;


(LEI No 2.822, DE 14 DE JULHO DE 1956.

Dispõe sobre o registro de diploma de enfermeiro, expedido até o ano de 1950, por
escolas estaduais de enfermagem não equiparadas nos termos do Decreto nº 20.109,
de 15 de junho de 1931, e da Lei nº 775, de 6 de agosto de 1949, e dá outras
providências.)

III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso III do art. 2º da Lei nº
2.604, de 17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20
de dezembro de 1961;
(inciso III do art. 2° n° 2.60: Na qualidade de auxiliar de enfermagem, os portadores
de certificados de auxiliar de enfermagem, conferidos por escola oficial ou
reconhecida, nos termos da Lei nº 775, de 6 de agosto de 1949 e os diplomados pelas
forças armadas nacionais e forças militarizada que não se acham incluídos na letra c
do item I do art. 2º da presente lei.
LEI Nº 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961:Fixa as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.)
IV - O titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido
até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério
da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da
Federação, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-
lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
(Decreto-lei n°23.774:Torna extensiva aos enfermeiros práticos as regalias
concedidas aos farmacêuticos e dentistas práticos quanto ao exercício de suas
respectivas funções. REVOGADO.
Lei n°8.778: Regula os exames de habilitação para os Auxiliares de Enfermagem e
Parteiras Práticas.
Lei nº 3.640: Revigora o Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e lhe altera
o alcance do art. 1º. O Ministério da Saúde notificará as instituições hospitalares
que se utilizam dos serviços de enfermeiras e parteiras práticas, religiosas ou leigas,
para que, dentro desse prazo, se submetam elas aos exames de habilitação
previstos no citado Decreto-lei.
V - O pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei
nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;
(Decreto-lei nº 299: Reorganiza o Grupo Ocupacional P-1700 do Anexo I da Lei nº
3.780, de 12 de julho de 1960 e dá outras providências.)

VI - O titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro,


segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou
revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.

Art. 9º São Parteiras:

I - A titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro


de 1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
(art. 1º do Decreto-lei nº 8.778: Art. 1º Os enfermeiros práticos e as parteiras que
tenham mais de dois anos de efetivo exercício de enfermagem em estabelecimento
hospitalar, poderão submeter-se aos exames de habilitação que lhes facultem o
certificado de "prático de enfermagem" e de "parteira prática", respectivamente.

Lei nº 3.640: O Ministério da Saúde notificará as instituições hospitalares que se


utilizam dos serviços de enfermeiras e parteiras práticas, religiosas ou leigas, para
que, dentro desse prazo, se submetam elas aos exames de habilitação previstos no
citado Decreto-lei.)

II - A titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, conferido por escola


ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de intercâmbio
cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos após a publicação desta lei, como
certificado de Parteira.

Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:


I - Privativamente:

a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de


saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas
e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da
assistência de enfermagem;

h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;


i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;

l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;


m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas;

II - como integrante da equipe de saúde:

a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de


saúde;
(programação de saúde: programação de saúde refere-se ao processo de
planejamento e organização das ações e serviços de saúde em uma
determinada área geográfica, visando atender às necessidades de saúde da
população de forma integral e eficaz. Esse processo envolve a definição de
prioridades, objetivos, estratégias e ações específicas para melhorar a saúde
da comunidade.
Em resumo, a programação de saúde é um processo abrangente e participativo
que visa melhorar as condições de saúde da população, garantindo o acesso
equitativo a serviços de saúde de qualidade e promovendo o bem-estar geral.)
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de
saúde;
(assistência a saúde: Assistência à saúde é um termo abrangente que se refere
ao conjunto de ações e serviços prestados com o objetivo de promover,
proteger e restaurar a saúde das pessoas. Essas ações e serviços são
oferecidos por profissionais de saúde em diversos níveis de atenção, desde a
prevenção de doenças até o tratamento e reabilitação.)
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em
rotina aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças
transmissíveis em geral;

(infecção hospitalar: Uma infecção hospitalar, também conhecida como infecção


relacionada à assistência à saúde (IRAS), é uma infecção adquirida por pacientes
durante a prestação de cuidados de saúde em um ambiente hospitalar ou de saúde,
incluindo hospitais, clínicas, centros de saúde, lares de idosos e outros
estabelecimentos de saúde.)

f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela


durante a assistência de enfermagem;
(Esses conceitos são aplicados em diversas áreas da saúde, algumas das principais
estratégias utilizadas são: Identificação de Riscos, Analise de incidentes, Padrões e
Protocolos, treinamento e educação, Gestão de riscos, Engajamento dos pacientes,
melhoria continua.)
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
(Parturiente: Este termo se refere à mulher que está em trabalho de parto.

Puérpera: Esse termo se refere à mulher que acabou de dar à luz e está no período
pós-parto imediato.)
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;

i) execução do parto sem distocia;


(Um parto sem distocia refere-se a um parto que ocorre sem complicações
significativas ou dificuldades adicionais. "Distocia" é um termo médico usado para
descrever qualquer tipo de complicação ou dificuldade que possa surgir durante o
trabalho de parto e o parto.)
j) educação visando à melhoria de saúde da população.

Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art. 6º desta lei incumbe,


ainda:
a) assistência à parturiente e ao parto normal;

b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do


médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando
necessária.

(A episiotomia e a episiorrafia são procedimentos obstétricos relacionados ao períneo,


área entre a vagina e o ânus, que podem ser realizados durante o parto vaginal para
facilitar a passagem do bebê ou reparar danos causados durante o parto.
Episiotomia: A episiotomia é um procedimento cirúrgico no qual um corte é feito na
região do períneo para ampliar a abertura vaginal durante o parto.
Episiorrafia: A episiorrafia é o procedimento de sutura (costura) realizado para
reparar uma episiotomia ou laceração perineal que ocorreu durante o parto.)

Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo


orientação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e
participação no planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe
especialmente:
a) participar da programação da assistência de enfermagem;

b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro,


observado o disposto no parágrafo único do art. 11 desta lei;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;

d) participar da equipe de saúde.

Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza


repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como
a participação em nível de execução simples, em processos de tratamento, cabendo-
lhe especialmente:
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;

b) executar ações de tratamento simples;


c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;

d) participar da equipe de saúde.

Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei, quando exercidas em
instituições de saúde, públicas e privadas, e em programas de saúde, somente podem
ser desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro.

Art. 15-A. O piso salarial nacional dos Enfermeiros contratados sob o regime da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º
de maio de 1943, será de R$ 4.750,00 (quatro mil setecentos e cinquenta reais)
mensais. (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022) (Vide ADI 7222)
(Decreto-Lei nº 5.452: Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
Lei nº 14.434, de 2022: instituiu o piso salarial nacional para enfermeiras, técnicas
em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras).
Parágrafo único. O piso salarial dos profissionais celetistas de que tratam os arts. 7º,

8º e 9º desta Lei é fixado com base no piso estabelecido no caput deste artigo, para
o Enfermeiro, na razão de: (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
I - 70% (setenta por cento=3.325,00 três mil trezentos e vinte e cinto reais) para o
Técnico de Enfermagem;(Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
II - 50% (cinquenta por cento=2.375,00 dois mil trezentos e setenta e cinco reais) para
o Auxiliar de Enfermagem e para a Parteira. (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)

Art. 15-B. O piso salarial nacional dos Enfermeiros contratados sob o regime dos
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais,
nos termos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, será de R$ 4.750,00 (quatro
mil setecentos e cinquenta reais) mensais. (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
(Vide ADI 7222)

Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta
Lei é fixado com base no piso estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro,
na razão de:(Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)

I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem;(Incluído pela Lei nº


14.434, de 2022)
II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de Enfermagem e para a Parteira.
(Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)

Art. 15-C. O piso salarial nacional dos Enfermeiros servidores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios e de suas autarquias e fundações será de R$ 4.750,00
(quatro mil setecentos e cinquenta reais) mensais. (Incluído pela Lei nº 14.434, de
2022) (Vide ADI 7222)

Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta
Lei é fixado com base no piso estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro,
na razão de:(Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)

I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem;(Incluído pela Lei nº


14.434, de 2022)
II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de Enfermagem e para a Parteira.
(Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
Art. 15-D. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)

Art. 15-E. As instituições de saúde, públicas e privadas, ofertarão aos profissionais de


enfermagem referidos no parágrafo único do art. 2º condições adequadas de repouso,
durante todo o horário de trabalho. (incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)
(Lei nº 14.602: Altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, para dispor sobre as
condições de repouso dos profissionais de enfermagem durante o horário de
trabalho.)

Parágrafo único. Os locais de repouso dos profissionais de enfermagem devem, na


forma do regulamento:(incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)

I - Ser destinados especificamente para o descanso dos profissionais de enfermagem;


(incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)

II - Ser arejados;(incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)


III - Ser providos de mobiliário adequado;(incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)

IV - Ser dotados de conforto térmico e acústico;(incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)


V - Ser equipados com instalações sanitárias; (incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)

VI - Ter área útil compatível com a quantidade de profissionais diariamente em serviço.


(incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)

Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, federal,


estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios observarão, no provimento de
cargos e funções e na contratação de pessoal de enfermagem, de todos os graus, os
preceitos desta lei.

Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas


necessárias à harmonização das situações já existentes com as disposições desta lei,
respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.

Art. 23. O pessoal que se encontra executando tarefas de enfermagem, em virtude de


carência de recursos humanos de nível médio nessa área, sem possuir formação
específica regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de Enfermagem,
a exercer atividades elementares de enfermagem, observado o disposto no art. 15
desta lei.
Parágrafo único. A autorização referida neste artigo, que obedecerá aos critérios
baixados pelo Conselho Federal de Enfermagem, somente poderá ser concedida
durante o prazo de 10 (dez) anos, a contar da promulgação desta lei.

Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de enfermagem, admitidos antes da


vigência desta lei, o exercício das atividades elementares da enfermagem, observado
o disposto em seu artigo 15. (Redação dada pela Lei nº 8.967, de 1986)

(Redação dada pela Lei nº 8.967, de 1986: Altera a redação do parágrafo único do art.
23 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do
exercício da enfermagem e dá outras providências.)

Parágrafo único. (VETADO).

Art. 25. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias
a contar da data de sua publicação.
Art. 26. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 27. Revogam-se (VETADO) as demais disposições em contrário.


Brasília, 25 de junho de 1986; 165º da Independência e 98º da República.

JOSÉ SARNEY
Almir Pazzianotto Pinto

Em resumo de si a lei defini as regras para exercer a profissão e esse artigo


esclarece:

Definição das Profissões de Enfermagem: A lei estabelece as profissões de


enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteira, delineando
suas atribuições, responsabilidades e competências.
Competências Privativas do Enfermeiro: Define as atividades que são exclusivas
do enfermeiro, como coordenar e executar a assistência de enfermagem, planejar e
organizar os serviços de saúde, entre outras.
Registro Profissional: Determina a obrigatoriedade do registro no Conselho Regional
de Enfermagem (COREN) para o exercício legal da profissão de enfermagem.
Organização do Exercício Profissional: Estabelece normas para a organização e
funcionamento dos serviços de enfermagem, incluindo aspectos como jornada de
trabalho, escalas de plantão e condições de trabalho.
Direitos e Deveres dos Profissionais de Enfermagem: Define os direitos e deveres
dos profissionais de enfermagem, bem como as penalidades aplicáveis em caso de
infrações éticas ou legais.
Ensino e Formação Profissional: Estabelece diretrizes para os cursos de graduação
e técnico em enfermagem, bem como para a educação continuada e aperfeiçoamento
profissional.
Atuação em Saúde Pública e Privada: Regula a atuação dos profissionais de
enfermagem em diversos cenários de saúde, incluindo hospitais, clínicas, unidades
básicas de saúde, escolas, empresas e outros.

PARTES VETADAS: ART. 5 E SEUS PARÁGRAFOS; ART. 10; LETRA D, DO INCISO


I, DO ART. 11; LETRA E, F E G DO INCISO I, DO ART. 11; ARTS. 14, 16 E 17; PAR.
ÚNICO, DO ART. 18 E ART. 19; ARTS. 21 E 22; PAR. ÚNICO, DO ART. 24; ART. 27.

MENSAGEM DE VETO Nº 280, DE 25 DE JUNHO DE 1986.

EXCELENTÍSSIMOS SENHORES MEMBROS DO CONGRESSO NACIONAL:

Tenho a honra de comunicar a Vossas Excelências que, nos termos dos artigos 59,
parágrafo 1º, e 81, inciso IV, da Constituição Federal, resolvi vetar, parcialmente, o
Projeto de Lei da Câmara nº 60, de 1982 (nº 3.427, de 1980, na Casa de origem), que
"Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras
providências".

Ouvidos os Ministérios da Educação, Trabalho e Saúde, julguei por bem vetar os


seguintes artigos considerados contrários ao interesse público:
Art. 5º e seus §§: a obrigatoriedade da inclusão de órgão de enfermagem na instituição
de saúde seria desnecessariamente onerosa para pequenas unidades hospitalares.
O assunto foi, ademais, considerado no art. 15;

Art. 10: a enfermagem designa atividade genérica exercida por diversas categorias
profissionais. Ao limitá-la ao Enfermeiro apenas, o artigo colide com o sentido geral
do Projeto. Além disso, é discutível, a autonomia na execução dos serviços e da
assistência de enfermagem, sem a supervisão médica;
O Ministério da Educação assim se manifesta sobre o assunto, sugerindo veto dos
dispositivos abaixo:

"Art. 11, inciso I, letra "d": propõe que seja atividade privativa do enfermeiro a
"direção de escola, chefia de departamento e coordenação de cursos para formação
de pessoal de enfermagem em todos os graus".
Ora, essa matéria não diz respeito ao exercício de enfermagem, cuja regulamentação
pretende o Projeto de Lei, mas sim à estrutura e à organização administrativa da
educação, as quais possuem legislação própria. Assim se "escola", expressão usada
no texto do Projeto de Lei, significa, a nível de 3º grau, a unidade da Universidade,
oficial e particular, responsável pela formação de enfermeiros, a nomeação de seu
diretor obedece ao prescrito na Lei nº 6.420, de 3 de junho de 1977, que regulamenta
também a nomeação do dirigente de estabelecimentos isolados de nível superior.
Cabe acrescentar que os Chefes de departamentos e coordenadores de cursos são
escolhidos na forma dos estatutos e regimentos das instituições de ensino superior.

Quanto aos cursos eventualmente desenvolvidos a nível de 1º e 2º graus, a escolha


e nomeação de seus dirigentes são de competência dos Governos Estaduais, uma
vez que o ensino de 1º e 2º graus pertencem aos sistemas estaduais, ou ao Governo
Federal, pelo Ministério da Educação, quando se tratar da direção de
estabelecimentos do sistema federal;

Art. 11, inciso I, letra "e": dispõe, indevidamente, sobre o exercício do magistério que
obedece a legislação própria, quando o Projeto de Lei pretende a regulamentação do
exercício da enfermagem:
Art. 11, inciso I, letra "f": ao atribuir exclusivamente ao enfermeiro o planejamento,
programação e avaliação dos cursos formadores de pessoal de enfermagem, impede
a participação, nessas tarefas, de outros profissionais responsáveis por disciplinas
básicas de tais cursos e que não possuem formação no campo da enfermagem. Tais
atividades são exercidas por colegiados de curso, com composição multiprofissional;
Art. 11, inciso I, letra "g": por ser privativa do enfermeiro há exclusão de outros
profissionais na composição das bancas examinadoras;
Art. 14: volta a tratar de matéria referente ao exercício do magistério agora,
especificadamente, a nível de 1º grau, quando a Lei nº 5.692, de 1971, e a Lei nº
7.044, de 1982, que altera dispositivos da primeira, dedica ao assunto o Capítulo V -
Dos professores e especialistas.

É de notar-se, entretanto, ser inadmissível o pretendido pelo texto deste artigo - o


exercício do magistério por um enfermeiro ou um técnico de enfermagem". Ademais
há que se considerar ainda os seguintes enfoques:
Art. 16: a enfermagem abrange atividades exercidas por várias categorias além da de
Enfermeiro, conforme ressalta o parágrafo único do art. 2º do Projeto e, portanto, não
poderia ser exclusiva de uma só;
Art. 17: coerentemente com o veto ao artigo 5º e seus parágrafos, a disposição do
artigo 17 estaria prejudicada;

Art. 18, seu parágrafo único, e art. 19: afigura-se estranho, também, que as entidades
de direito privado que exerçam atividades de formação ou treinamento de recursos
humanos de enfermagem devam ser registradas no Conselho Regional de
Enfermagem, quando é notória a competência do Ministério da Educação, por seus
órgãos próprios, e a das Secretarias de Educação das Unidades Federadas quanto à
autorização do funcionamento e inspeção das instituições de ensino em sus diferentes
graus e modalidades;

Art. 21: questão disciplinada pelo art. 295, inciso VII, do Código de Processo Penal;
Art. 22: citação de lei já modificada pela de nº 7.044, de 18 de outubro de 1982. Cria-
se situação excepcional, a critério do Conselho Federal de Enfermagem, para
profissionais habilitados segundo instruções do Conselho Federal de Educação.

O enquadramento desse pessoal não deveria depender desse Conselho;


Art. 24, e seu parágrafo único: não cabe estabelecer limite de prazo, sem justificativa
temporal válida, para fixação das condições necessárias às atividades da espécie;
Art. 27, a expressão "a Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, e ": a manutenção
em vigor da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, torna-se necessária para a
solução de casos omissos, em face da imprecisão do Projeto quanto a algumas
situações, especialmente a das Parteiras, cujas funções não foram definidas.

Estas, as razões que me levaram a vetar, parcialmente, o referido Projeto, as quais


ora submeto à elevada apreciação dos Senhores Membros do Congresso Nacional.
Brasília, em 25 de junho de 1986.

JOSÉ SARNEY
Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 de
26/06/1986.

Fontes de pesquisa: https://www4.planalto.gov.br/legislacao


Fontes de pesquisa:
https://souenfermagem.com.br/biblioteca/termos_tecnicos/Dicionario_de_termos_me
dicos_e_de_enfermagem.pdf

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