Artigo Científico II. Grupo 2
Artigo Científico II. Grupo 2
ISCED – CABINDA
COORDENAÇÃO DA 2ª EDIÇÃO DO MESTRADO EM ENSINO DE
MATEMÁTICA
ARTIGO CIENTÍFICO
Autores:
1. António Gime Cunzi Tati
2. Clara Sidónia Inês Pango
3. Filipe Panda Kivado
4. Isidoro Domingos Manuel
5. João Maria Conde Chianga
6. Pedro Cláver Mavinga Tibúrcio
7. Pedro Tati Guala
Nesta conformidade, o presente artigo tem como finalidade reconhecer a importância das
formas organizativas do ensino-aprendizagem, sua relação com os métodos e meios de
ensino. Como metodologia utilizou-se a pesquisa bibliográfica.
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ABSTRACT
The teaching-learning process integrates both active and passive participants,
demonstrating an articulated system between all components. It is considered imperative
to highlight some of these relationships in this system, in this case organizational forms
of teaching, which are basically activities organized by teachers and students, with
methods and means. There is an urgent need to increasingly relate these three components
in order to have more satisfactory results.
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INTRODUÇÃO
Quase nenhuma ênfase é dada as formas organizativas do PEA bem como a sua relação
com os métodos e meios de ensino, pois que esses componentes são considerados de
extrema importância para o alcance dos objectivos preconizados.
Outro sim, é notável o desconhecimento desta relação e o desinteresse por parte dos
professores para a aplicação de determinadas formas organizativas para fazer acontecer o
processo de ensino-aprendizagem singindo-se apenas no ensino frontal que por vezes
trazem resultados não satisfatórios sobre o que se pretende.
Nesta óptica, o presente artigo tem como finalidade Reconhecer a importância das formas
organizativas do processo de ensino-aprendizagem de Matemática sua relação com os
métodos e meios de ensino.
A escola Primária S. José Ngongo pertencente a zona escolar de Siamazi é uma amostra
das escolas de Cabinda que usa o ensino frontal como forma organizativa predominante
tornando o professor como um mero expositor dos conteúdos, usando métodos e meios
não deversificados resultando um aluno apreciador. Não obstante de se tratar duma aldeia
pequena cujos habitantes são camponeses, porém é preciso pensar no aluno potenciando-
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o com outras habilidades que só será possível através dum trabalho individual ou em
grupo e não limitando-o a um ensino frontal que depende totalmente do professor.
Processo de ensino-aprendizagem
De acordo com Fernández (1998), as reflexões sobre o estado atual do processo ensino-
aprendizagem nos permite identificar um movimento de idéias de diferentes correntes
teóricas sobre a profundidade do binômio ensino e aprendizagem.
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para resolver as situações. Ele tem que desenvolver sua inteligência e isso só será possível
se ele for formado mediante a utilização de atividades lógicas. O educativo se logra com
a formação de valores, sentimentos que identificam o homem como ser social,
compreendendo o desenvolvimento de convicções, vontade e outros elementos da esfera
volitiva e afetiva que junto com a cognitiva permitem falar de um processo de ensino-
aprendizagem que tem por fim a formação multilateral da personalidade do homem
(FERNÁNDEZ, 1998).
Para Shokirova (2021), Formas organizacionais de ensino são atividades organizadas por
professores e alunos de uma maneira especialmente organizada e de um determinado
modo. Esta ou aquela forma organizacional de ensino é caracterizada pela combinação de
ensino coletivo e individual em diferentes formas, diferentes níveis de independência dos
alunos no ensino, diferentes métodos de orientação do professor para a aprendizagem
dos alunos. A escolha das formas de organização da educação é determinada pelas tarefas
educativas e depende do conteúdo e dos métodos do trabalho educativo.
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formas tocam fortemente questões da diferenciação externa. Diferenciamos as seguintes
formas de organização:
- Ensino frontal
- Trabalho em grupo
- Trabalho individual
- Trabalho em colectivo
A) Ensino frontal
É útil quando todo o colectivo recebe informações, quando se elabora a matéria com o
colectivo, quando se exercita amplamente. Existe uma relação fundamental entre o
professor e cada um dos alunos. O professor lecciona a matéria, o aluno assimila, pensa
e toma notas. É portanto, um ensino frontal sob a direcção do professor.
B) O trabalho em grupo
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C) O trabalho individual
É o trabalho no qual cada aluno soluciona uma tarefa por si só ou elabora novos
conhecimentos, para o qual recebe a ordem correspondente. A atenção do aluno durante
o trabalho está dirigida à tarefa dada, a qual ele realiza no seu local de trabalho (assento).
O professor diminui a sua direcção e a sua atenção já não está no conteúdo senão nos
distintos alunos e nos seus progressos na aquisição do conteúdo. Por outra parte, o
trabalho individual pode ser realizado também mediante o trabalho de um aluno no quadro
ou mediante uma exposição do aluno.
D) Trabalho em colectivo
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Aula como forma básica do ensino
Antes de mencionarmos tal assunto, queremos frisar que não é objectivo deste artigo
elencar todos itens inerentes a aula, porém abordaremos tal assunto de forma sintética e
superficial.
A idéia mais comum que nos vem à mente quando se fala de aula é a de um professor
expondo um tema perante uma classe silenciosa. É a conhecida aula expositiva, tão
criticada por todos e, apesar disso, amplamente empregada nas nossas escolas.
Devemos entender a aula como o conjunto dos meios e condições pelos quais o professor
dirige e estimula o processo de ensino em função da atividade própria do aluno no
processo da aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente e activa dos
conteúdos. Em outras palavras, o processo de ensino, através das aulas, possibilita o
encontro entre os alunos e a matéria de ensino, preparada didaticamente no plano de
ensino e nos planos de aula (LIBÂNEO, 1990).
A realização de uma aula ou conjunto de aulas requer uma estruturação didática, isto é,
etapas ou passos mais ou menos constantes que estabelecem a seqüência do ensino de
acordo com a matéria ensinada, características do grupo de alunos e de cada aluno e
situações didáticas específicas.
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considerados componentes extremamente importantes dentro deste processo, pois que
através deles garantem o alcance dos objectivos preconizados.
Ao determinar a essência dos métodos as opiniões dos pedagogos divergem: uns definem
o método como sendo um conjunto de procedimentos do trabalho docente; outros o
definem como uma via através da qual o professor conduz aos alunos do
desconhecimento ao conhecimento; outros professores o consideram uma forma do
conteúdo do ensino; e por último, não falta quem o considera como sendo uma actividade
de inter-relação do professor e alunos dirigida a alcançar os objectivos do ensino
(DIDÁTICA ESPECIAL DA MATEMÁTICA).
De acordo com Garcia, método é uma sequência de operações com vista a determinado
resultado esperado. Método é um procedimento didático caracteizado por certas fases e
operações para alcançar um objectivo previsto (DIDÁTICA GERAL, 2016).
A classificação dos métodos varia coonforme os critérios de cada autor. Libâneo (1990),
classificou os métodos de ensino segundo os seus aspectos Externo e Interno do ensino-
aprendizagem.
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Podemos definir os meios de ensino sendo os recursos materiais que, utilizados pelo
professor e aluno no processo de ensino-aprendizagem, sob determinadas condições
planificadas, facilitam a comunicação docente e do aluno, seja pela apresentação de
informação gráfica, pela sua ocasionalidade como pela sua representação dos aspectos da
realidade concorrentes ao currículo (DIDÁTICA GERAL, 2016).
O objectivo dos meios de ensino é de facilitar a compreensão por parte dos alunos
assuntos a serem abordados em relação aos objectivos e conteúdos ou ainda aproximar os
alunos das ideias à realidade das coisas (DIDÁTICA GERAL, 2016).
Defendemos a ideia de manter uma relação sólida entre esses três componentes do
processo de ensino-aprendizagem. Tal como existe uma relação de inter dependência
entre conteúdo-objectivo-método, também é emergente a interligação desses componetes
nas nossas salas de aula, porém ainda temos tratado de forma isolada.
A correcta adequação desses três componentes na sala de aula torna o processo de ensino-
aprendizagem mais compacto, eficiente colmatando assim as inúmeras insuficiências que
se registam até agora no nosso ensino.
Por exemplo, para uma aula de Geometria sobre sólidos geométricos pode-se usar o
trabalho em grupo como forma organizativa, método de trabalho em grupo e como meios
de ensino sólidos geométricos.
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Logo, para esta aula é notória a relação desses três componentes o que implica uma
transformação total da sala onde os alunos vão cooperando e desenvolvendo o senso
crítico o que é totalmente diferente daquilo nós praticamos nas nossas escolas.
Pensamos nós que com a relação desses três componentes e a sua aplicação na escola
Primária S. José Ngongo os alunos terão um PEA mais robusto.
Metodologia
No presente artigo usamos a pesquisa bibliográfica, pois nos baseamos em obras de
determinados autores que abordam o tema em questão. Tal como salienta Fachin (2017)
“é um conjunto de conhecimentos reunidos em obra de toda natureza. Tem como
finalidade conduzir o leitor a pesquisa de um determinado assunto, proporcionando o
saber. Ela se fundamenta em vários procedimentos metodológicos, desde a leitura até
como fichar, organizar, arquivar, resumir o texto; ela é a base para as demais pesquisas”.
Para Marconi e Lakatos (2019) a sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto
directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive
conferências seguidas de debates que tenham sido transcritas de alguma forma.
Considerações finais
O presente artigo destacou a importância das formas organizativas do PEA sua relação
com métodos e meios de ensino, pelo que estabelecendo esta relação o processo de
ensino-aprendizagem é mais eficiente, garantido maior aprendizagem por parte dos
alunos sendo eles o centro de todo processo. Defendemos cada vez mais a relação sólida
desses componentes de modo a garantir uma aprendizagem mais robusta.
Referências bibliográficas
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FERNÁNDEZ. Fátima Addine (1998). Didática y optimización del processo de
enseñanzaaprendizaje. IN: Instituto Pedagógico Latinoamericano y Caribeño – La
Havana – Cuba
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