E Livroestudosaplicadosemeconomiaregional2016
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ESTUDOS APLICADOS EM
ECONOMIA REGIONAL
reitor
Prof. Dr. Angelo Roberto Antoniolli
vice-reitor
Prof. Dr. André Maurício Conceição de Souza
coordenador gráfico
Vitor Braga
conselho editorial
Adriana Andrade Carvalho
Antônio Martins de Oliveira Junior
Ariovaldo Antônio Tadeu Lucas
Aurélia Santos Faroni
José Raimundo Galvão
Luisa Helena Albertini Pádula Trombeta
Mackely Ribeiro Borges
Maria Leônia Garcia Costa Carvalho
Messiluce da Rocha Hansen
Sueli Maria da Silva Pereira
Ubirajara Coelho Neto
Valter Cesar Pinheiro
editoração eletrônica
Adilma Menezes
capa
Adilma Menezes
Este livro, ou parte dele, não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização escrita da
Editora.
Este livro segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, adotado no Brasil
em 2009.
Luiz Carlos de Santana Ribeiro
José Ricardo de Santana
Dean Lee Hansen
(ORGANIZADORES)
ESTUDOS APLICADOS
EM ECONOMIA REGIONAL
São Cristóvão-SE
2016
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CDU 332.1(81)
APRESENTAÇÃO
Werner Baer
University of Illinois
SUMARIO
APRESENTAÇÃO 5
PREFÁCIO 9
INDÚSTRIA,
FINANCIAMENTO E
DESENVOLVIMENTO
01 DESCONCENTRAÇÃO DA INDÚSTRIA
EM SERGIPE? UMA ANÁLISE
DO PERÍODO 2000-2010
Luiz Carlos de Santana Ribeiro1 4
Marco Antônio Jorge2 5
Italo Spinelli da Cruz3 6
Resumo:
1. INTRODUÇÃO
Nesta seção será feita uma breve discussão da dinâmica recente dos
vetores de desenvolvimento da economia sergipana, iniciando-se na
década de 1960 com a implantação da indústria petrolífera no estado
e a atuação do CONDESE – Conselho de Desenvolvimento de Sergipe –,
passando pela retomada do planejamento na segunda metade da dé-
cada de 1990 com a elaboração do PDSI e finalizando com a criação dos
territórios de planejamento em 2007.
4 Além dos três, atualmente o estado possui distritos industriais nos municípios de Nos-
sa Senhora do Socorro, Boquim, Itabaiana, Tobias Barreto, Lagarto, Maruim, Itaporanga
D’Ajuda e Carmópolis.
DESCONCENTRAÇÃO DA INDÚSTRIA EM SERGIPE? 21
5 A receita pública, por sua vez, estava relativamente protegida em função dos mecanis-
mos de indexação existentes. Para mais detalhes acerca desta linha de argumentação,
vide Bacha (1994).
22 Luiz Carlos de Santana Ribeiro; Marco Antônio Jorge; Italo Spinelli da Cruz
3. METODOLOGIA
3.1 SHIFT-SHARE
(1)
(2)
28 Luiz Carlos de Santana Ribeiro; Marco Antônio Jorge; Italo Spinelli da Cruz
8 Este tópico foge ao escopo deste trabalho e não será abordado aqui. Para maior detal-
hamento vide Hair Jr. et al. (2005, cap. 3) ou Scandar Neto (2006).
30 Luiz Carlos de Santana Ribeiro; Marco Antônio Jorge; Italo Spinelli da Cruz
i. PIB Municipal:
O Produto Interno Bruto (PIB) municipal consiste no rateio do PIB es-
tadual conforme critérios estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE). É calculado conjuntamente por esta instituição
e a SEPLAG – Secretaria estadual de Planejamento e Gestão –. A inclusão
da variável tem por objetivo retratar o tamanho da economia de cada
localidade;
v. % de Emprego Industrial:
Esta informação consiste no percentual do emprego industrial no to-
tal do emprego dos indivíduos de 18 ou mais anos de idade. O emprego
industrial inclui cinco setores: indústria extrativa, indústria de transfor-
mação, construção civil, energia e gás, água e saneamento. A variável
também é proveniente do Atlas de Desenvolvimento Humano 2013 e
busca retratar a importância da indústria na geração de empregos em
cada localidade;
(4)
11 Vale salientar, no entanto, que esta limitação afeta menos os dados referentes ao
número de empregados na indústria, uma vez que este segmento, tradicionalmente,
aporta maior parcela de postos de trabalho formais, ao contrário, por exemplo, do seg-
mento de serviços, no qual a informalidade desempenha um papel relevante.
DESCONCENTRAÇÃO DA INDÚSTRIA EM SERGIPE? 33
(5)
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
12 Este tema será tratado com mais rigor na apresentação dos resultados da Análise Ex-
ploratória de Dados Espaciais (AEDE).
36 Luiz Carlos de Santana Ribeiro; Marco Antônio Jorge; Italo Spinelli da Cruz
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
Correlation Matrix
Correlation PIB 1,000 ,071 ,526 ,071 -,015 ,531 ,182 ,333
Resumo:
1. INTRODUÇÃO
3. ANÁLISE EMPÍRICA
Grupo 1: alto RPC – baixo RRO, que agrega municípios com alto vo-
lume de royalties por habitante, com pequena importância desse com-
ponente na receita arrecadada pelo município;
Grupo 2: alto RPC – alto RRO, que agrega municípios com alto volu-
me de royalties por habitante, com grande importância desse compo-
nente na receita arrecadada pelo município;
Grupo 3: baixo RPC – baixo RRO (abaixo da mediana), que agrega
municípios com baixo volume de royalties por habitante, com pequena
importância desse componente na receita arrecadada pelo município;
Grupo 4: baixos RPC – baixo RRO (acima da mediana), que agrega
municípios com baixo volume de royalties por habitante, também com
pequena importância desse componente na receita arrecadada pelo
município.
Exibe-se, na Tabela 4, a contribuição dos municípios de cada esta-
do para a formação dos grupos de dependência. O grupo 1, que detém
4,40% do total de royalties petrolíferos (R$ 1,5 bilhões), é formado em
sua maioria pelos municípios potiguares (RN), capixabas e sergipanos.
Em relação ao grupo 2, que concentra 94,84% do total de royalties pe-
trolíferos (R$ 32,6 bilhões), é destacada a presença dos municípios do
Rio de Janeiro, seguido dos capixabas, sergipanos, potiguares e baianos.
No grupo 3, que detém 0,12% dos royalties distribuídos, a composição
está concentrada pelos 135 municípios baianos. Quanto ao grupo 4, que
concentra apenas 0,65% dos royalties distribuídos, o destaque vai para
os 67 municípios cearenses.
APLICAÇÃO DOS ROYALTIES PETROLÍFEROS E IMPACTOS NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO 61
Estados AL AP AM BA CE ES PA PR PE RJ RN RS SC SP SE Total
Grupo 1 4 0 7 5 3 43 1 7 0 3 68 1 1 3 39 185
Grupo 2 9 0 1 17 8 33 0 3 1 63 14 4 5 5 21 184
Grupo 3 6 1 0 135 1 0 1 5 0 0 0 0 0 36 0 185
Grupo 4 31 0 2 24 67 1 2 20 0 0 3 0 0 19 15 184
Total 50 1 10 181 79 77 4 35 1 66 85 5 6 63 75 738
Fonte: Elaborado pelos autores
IFDM-Educaçãoi,tG4 = β 0G4 + β1G4 RROi,tG4 + β 2G4 IFDM-Renda i,tG4 + β3G4 IFDM-Saúdei,tG4 + CiG4 + ε i,tG4
62 Diego Araujo Reis; José Ricardo Santana; Fábio Rodrigues de Moura; Rafaela Nascimento Santos
víduos, E (ε 2 ) = ,σdependência
2 cross-section (correlação espacial ou
it i
correlação contemporânea), E (ε it ε jt ) = σ ij , e correlação serial (de ordem
arbitrária), E (ε itε is ) = ωts . Na presença destas categorias de distúrbios
não esféricos, os coeficientes estimados tornam-se ineficientes, e os
erros-padrão tornam-se viesados, o que requer um método adequado
para a estimativa da matriz de variância-covariância dos distúrbios.
Stock e Watson (2008) propõe um estimador de variância-covariân-
cia em cluster do tipo Huber/White/sandwich para o modelo de efeitos
fixos, o qual é robusto a formas gerais de heterocedasticidade e correla-
ção serial, sob a hipótese de N e/ou T → ∞ . Atualmente, este estima-
dor é disponível em softwares econométricos também para o modelo de
efeitos aleatórios.
Contudo, o estimador em cluster de Stock e Watson (2008) não ajusta
os erros-padrão para a hipótese de dependência cross-section nos dis-
túrbios. Em painéis com grande N , é possível a presença de grupos de
indivíduos com características semelhantes (cohorts) não explicitamente
modeladas, o que aumenta a probabilidade de uma correlação contem-
porânea significativa. Em geral, quando a correlação espacial existe e é
ignorada, as estimativas dos erros-padrão tornam-se otimistas, com viés
para baixo (HOECHLE, 2007).
Para decidir entre o modelo de efeitos fixos ou aleatórios, será utili-
zado o teste de especificação de Hausman. A estimação dos coeficien-
tes da equação (3) via modelo de efeitos fixos pode ser feita através
do estimador within, onde primeiramente os efeitos fixos são filtrados,
centrando-se as variáveis em torno da média anual em cada unidade
cross-section, e em seguida aplica-se o método de mínimos quadrados
ordinários (OLS) sobre os dados transformados. Para a estimação do mo-
delo de efeitos aleatórios, utiliza-se o estimador de mínimos quadrados
generalizados (GLS).
Devido ao potencial número de outliers presente no banco de da-
dos, em especial para o indicador de dependência de royalties, as equa-
ções de regressão também serão estimadas com o uso do método MM
(YOHAI, 1987), o qual é robusto a outliers verticais e outliers de alavan-
cagem. Os outliers verticais prejudicam as estimativas OLS, em espe-
cial o intercepto. Os outliers de alavancagem se dividem em dois tipos:
outliers de boa alavancagem e de má alavancagem. Os outliers de má
64 Diego Araujo Reis; José Ricardo Santana; Fábio Rodrigues de Moura; Rafaela Nascimento Santos
4. ANÁLISE DE RESULTADOS
Tabela 5 – Resultado dos testes utilizados para identificação de erros não esféricos
Teste Valor Hipótese Nula
W = 1.1e+34
Greene para heterocedasticidade Homocedasticidade entre os grupos
p = 0,0000
Fonte: Elaboração própria.
APLICAÇÃO DOS ROYALTIES PETROLÍFEROS E IMPACTOS NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO 67
Tabela 7 – Sergipe: Estimativas dos parâmetros para a relação entre a Qualidade da Educa-
ção (IFDM-Educação) e Royalties Receita Orçamentária (RRO), 2000-2010
Variável Efeitos Efeitos MM Reg
Fixos Aleatórios
RRO 0,0870 0,0807 0,0535
(0,125) (0,053) (0,039)
IFDM_Ren 0,2194*** 0,1257*** 0,1280*
(0,050) (0,040) (0,069)
IFDM_Sau 0,6206*** 0,5439*** 0,8224***
(0,050) (0,047) (0,039)
Interpceto 0,1016 *** 0,1865 ***
-
(0,031) (0,029)
R 2
W. = 0,6405
B. = 0,1261 0,4109
O. = 0,4036
Teste Hausman Chi2 = 29,36
p = 0,0000
Fonte: Elaboração própria. Notas: *** significante a 1%; ** significante a 5%; * significante a 10%. Erros-
-padrão robustos entre parênteses.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Anexo A
Resumo:
1. INTRODUÇÃO
cursos federais das mais diversas ordens que sendo utilizados corrobo-
raram para que houvesse uma diminuição das desigualdades regionais
e uma melhoria nas bases produtivas das regiões mais pobres. O que por
sua vez, possibilitou um aumento da participação dessas regiões (Norte,
Nordeste e Centro-Oeste) na composição do PIB nacional.
Porém, por conta da crise do Estado e mediante a inflexão das políti-
cas regionais, enfrenta-se o esvaziamento paulatino dos recursos que até
então davam ao governo a capacidade de financiar o desenvolvimento
regional e continuar como ator principal nesse processo. Dito de outra
forma arrefeceu-se o poder central de programar e impulsionar políticas
de desenvolvimento, visto que a visão de exaltação às leis de mercado
contribuiu para que o Estado perdesse gradativamente o comando do
planejamento e da coordenação das políticas necessárias ao desenvolvi-
mento regional, em especial no caso do Nordeste.
Assim, como fruto desse momento de crise e da pressão exercida por
certas representações inquietas com a falta de políticas direcionadas a
promoção do desenvolvimento regionalizado, ainda no final da década
de 80 surgiram os Fundos Constitucionais de Financiamento. Estes foram
criados com objetivo de promover o aumento da produtividade, criar em-
pregos, elevar as receitas e tornar mais equitativa a distribuição de renda.
Isso incorporando recursos que teriam a sua aplicação voltada para o fi-
nanciamento de setores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O presente trabalho está dividido em quatro sessões, contando com
esse introito. Na segunda serão apresentados os fundamentos dos Fun-
dos Constitucionais de Financiamento, com seus objetivos, diretrizes,
recursos e administração. Na sessão terceira será discutido o papel do
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e seus desdobra-
mentos sobre a economia do estado da Bahia. Na ultima sessão serão
destacadas as considerações finais.
Tabela 1 - FNE*: Participação do estado da Bahia nas operações e contratações e valor uni-
tário médio das contratações 1989 – 2010
Custo unitário médio
Participação da Bahia no total do FNE (%)
Período das contratações (R$)
Operações Valores contratados Bahia FNE FNE-BA
1989/1994 16,1 23,7 43.975 29.831 27.116
1995/2000 23,3 24,3 13.162 12.653 12.498
2001/2005 19,2 29,2 19.410 12.797 11.223
2006/2010 17,5 25,1 25.339 17.677 20.227
Média 19,0 25,5 25.471 18.239 17.766
Fonte: SIG/MI Fonte: SIG/MI www.integracao.gov.br
*Inclui partes de Minas Gerais e Espírito Santo inseridas na área de abrangência do FNE.
Valores atualizados pelo BTN e pela TR, a preços de dezembro de 2010.
alta renda, ou seja, com alto rendimento domiciliar por habitante (inde-
pendente do dinamismo observado) concentraram o maior percentual
médio de recursos, 34,3%.
4. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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201207b2p.pdf>. Acesso em 12/04/2014.
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Uma Análise das Liberações Considerando a Lógica de Operação do
Sistema Bancário Nacional. Dissertação de Mestrado – Universidade
Federal de Uberlândia/MG, 2010.
DINÂMICA DO MERCADO DE TRABALHO NO SETOR PRIVADO EM SERGIPE NOS ANOS 2000 99
PARTE II
MERCADO
DE TRABALHO
04 DINÂMICA DO MERCADO DE
TRABALHO NO SETOR PRIVADO
EM SERGIPE NOS ANOS 2000:
UMA APLICAÇÃO DO MÉTODO
DIFERENCIAL-ESTRUTURAL
Hilbério Santos Silva1
Resumo:
1, INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
Já Herzog e Olsen (1977), por sua vez, buscam a união das propostas
anteriores, usando o ano final (E1ij) como referência e adaptando o efeito
alocação à nova abordagem:
Dij’’ = (rij-rit) (6)
Pela análise da Variação Bruta Total (%) das ocupações no setor pri-
vado de Sergipe (tabela 1), percebe-se, em primeiro lugar, que apenas
duas microrregiões conseguiram melhores índices de crescimento das
ocupações no setor privado que Sergipe (29,3%), são elas: Sergipana do
Sertão (32,3%) e Aracaju (45,1%).
Em segundo lugar, em praticamente todos os setores de atividade a
taxa de crescimento das ocupações no setor privado cresceram mais que
106 Hilbério Santos Silva
Setor IBGE
Sergipana do
sertão do São
Francisco
Carira
Nossa Senhora
das Dores
Agreste de
Itabaiana
Tobias Barreto
Agreste de
Lagarto
Propriá
Cotinguiba
Japaratuba
Baixo Cotinguiba
Aracaju
Boquim
Estância
Sergipe
Extrativa mineral 161,5 66,7 97,4 66,4 88,2 42,9 0,0 185,4 252,2 168,2 309,7 27,0 77,8 206,1
Indústria de transformação 3,7 302,9 -33,4 19,2 48,6 20,4 -10,2 48,6 0,0 29,4 5,3 1,5 -0,8 14,8
Serviços industriais de utilidade
122,1 150,0 164,2 328,3 117,8 607,1 133,0 112,9 296,7 267,8 118,1 212,5 182,7 154,4
pública
Construção Civil 92,5 38,7 24,9 79,1 59,0 53,4 33,0 88,8 54,4 74,9 71,4 53,1 67,8 66,5
1
Comércio 82,2 44,6 28,3 33,2 41,5 47,7 42,4 9,1 36,3 30,9 50,4 29,4 28,4 44,4
2
Serviços 14,3 19,6 2,1 18,3 10,0 26,8 7,7 -1,4 17,4 6,4 42,9 12,9 9,3 29,0
Agropecuária, extração vegetal,
29,8 -1,9 -6,2 12,8 5,0 18,6 15,5 -9,3 18,9 -0,2 42,1 18,9 7,1 13,9
caça e pesca
Total 32,3 22,6 0,4 22,4 19,2 27,3 14,7 8,6 21,9 22,9 45,1 18,4 15,4 29,3
automotores.
2 Serviços = Transporte, armazenagem e comunicação + Alojamento e alimentação + Intermediação financeira + Atividades imobiliárias, alu-
guéis e serviços prestados às empresas + Educação + Saúde e serviços sociais + Outros serviços coletivos, sociais e pessoais + Serviços domésti-
107
das
Setor IBGE
108 Hilbério Santos Silva
Senhora
Sergipana do sertão
do São Francisco
Carira
Nossa
Dores
Agreste de Itabaiana
Tobias Barreto
Agreste de Lagarto
Propriá
Cotinguiba
Japaratuba
Baixo Cotinguiba
Aracaju
Boquim
Estância
Sergipe
Indústria de transformação 526 270 524 1.410 1.284 1.098 899 260 314 729 6.252 1.578 962 16.106
Serviços industriais de utilidade
60 15 20 33 30 21 29 25 9 26 538 38 90 933
pública
Construção Civil 538 397 344 792 469 497 406 225 239 533 5.065 564 627 10.696
Comércio 857 570 741 2.636 1.429 1.285 899 334 325 551 12.407 1.509 1.293 24.838
Serviços 2.701 1.619 1.465 4.718 2.816 2.812 2.172 959 1.061 2.152 33.618 3.739 3.229 63.060
Agropecuária, extração vegetal,
6.932 3.739 2.760 6.336 4.670 4.898 2.549 1.344 2.202 1.013 1.873 6.764 3.703 48.783
caça e pesca
Total 11.622 6.611 5.865 15.956 10.708 10.642 6.968 3.161 4.164 5.110 60.097 14.277 9.915 165.096
Microrregiões de Sergipe
Setor IBGE
112 Hilbério Santos Silva
Sergipana do sertão
do São Francisco
Carira
Nossa Senhora das
Dores
Agreste de Itabaiana
Tobias Barreto
Agreste de Lagarto
Propriá
Cotinguiba
Japaratuba
Baixo Cotinguiba
Aracaju
Boquim
Estância
Sergipe
Indústria de transformação (261) (134) (260) (700) (638) (545) (446) (129) (156) (362) (3.103) (783) (478) (7.995)
Serviços industriais de utilida-
255 65 84 141 126 88 125 106 38 113 2.290 160 384 3.974
de pública
Construção Civil 681 502 435 1.002 594 628 513 284 303 675 6.407 714 793 13.530
Comércio 439 292 379 1.349 731 658 460 171 167 282 6.349 772 662 12.710
Serviços (29) (18) (16) (51) (31) (31) (24) (10) (12) (23) (366) (41) (35) (686)
Agropecuária, extração vege-
(3.642) (1.964) (1.450) (3.329) (2.454) (2.574) (1.339) (706) (1.157) (532) (984) (3.553) (1.946) (25.630)
tal, caça e pesca
Total (2.512) (1.251) (760) (1.399) (1.611) (1.590) (624) (199) (736) 786 12.667 (2.214) (557) -
Setor IBGE
Sergipana do sertão
do São Francisco
Carira
Nossa Senhora das
Dores
Agreste de Itabaiana
Tobias Barreto
Agreste de Lagarto
Propriá
Cotinguiba
Japaratuba
Baixo Cotinguiba
Aracaju
Boquim
Estância
Sergipe
Extrativa mineral (12) (4) (42) (150) (40) (171) (101) (10) 21 (136) 1.216 (525) (46) -
Indústria de transformação (198) 2.651 (860) 212 1.480 212 (766) 300 (158) 364 (2.014) (711) (512) -
Serviços industriais de utili-
(66) (2) 7 197 (37) 317 (21) (35) 43 102 (665) 74 87 -
dade pública
Construção Civil 478 (375) (486) 341 (120) (222) (463) 171 (98) 153 851 (258) 28 -
Comércio 1.105 5 (406) (1.002) (142) 147 (60) (401) (89) (252) 2.571 (771) (704) -
Serviços (1.360) (522) (1.342) (1.726) (1.822) (216) (1.581) (994) (421) (1.657) 15.864 (2.055) (2.168) -
Agropecuária, extração ve-
3.748 (2.021) (1.895) (244) (1.418) 786 140 (1.063) 376 (489) 1.801 1.136 (857) -
getal, caça e pesca
Total 3.696 (270) (5.024) (2.373) (2.099) 853 (2.853) (2.033) (326) (1.915) 19.624 (3.110) (4.171) -
Fonte: CENSO/IBGE (2000 e 2010)
DINÂMICA DO MERCADO DE TRABALHO NO SETOR PRIVADO EM SERGIPE NOS ANOS 2000
115
116 Hilbério Santos Silva
Efeito Alocativo Global positivo. Este fato indica que os números das ocu-
pações nestas regiões cresceram acima da média nos setores em que, no
ano 2000, eram especializadas, como é caso da aptidão do interior do
estado no ramo da Agropecuária, como é o caso das microrregiões: Ser-
gipana do Sertão do São Francisco, Agreste de Lagarto, Propriá, Japara-
tuba e Boquim. Em suma, o resultado das microrregiões supracitadas foi
positivo, principalmente, porque são Competitivas e Especializadas no
setor agrícola, isto é, apresentam vantagem competitiva especializada
para o referido setor.
Por outro lado, os resultados positivos atribuídos às microrregiões:
Nossa Senhora das Dores, Tobias Barreto, Cotinguiba e Estância foram
devido ao crescimento do trabalho abaixo da média de Sergipe, mas em
setores onde as regiões não eram especializadas no ano 2000, princi-
palmente no Setor de Serviços, então esse movimento de aumento de
vagas no setor de serviços, mesmo abaixo dos índices do estado, é con-
siderado positivo, já que tem alocado pessoas, mesmo em setores onde
não há competitividade e nem especialização.
Já o Efeito Alocação positivo da Microrregião de Itabaiana é resulta-
do da associação de especialização e desvantagem competitiva no Co-
mércio e Agropecuária mais geração de postos de trabalho nos ramos
dos Serviços, onde há baixa competitividade e especialização.
O resultado do Baixo do Cotinguiba também foi positivo, mas não foi
melhor, porque não houve competitividade na geração de ocupações
no principal setor de especialização da microrregião: a indústria extrati-
vista mineral (petróleo, cimento, fertilizantes, etc.).
As microrregiões de Carira e Aracaju apresentaram resultado ne-
gativo por motivos semelhantes, mas de direções contrárias. Pois, na
Microrregião de Carira foi Competitiva na Indústria de Transformação
onde não conseguiu se especializar na geração de empregos, sobretu-
do devido aos incentivos locais do Programa Sergipano de Desenvol-
vimento Industrial. Já o resultado negativo para o Efeito Alocação da
Microrregião de Aracaju é devido, especialmente, ao crescimento das
ocupações acima da média Sergipana no setor Agropecuária, extração
vegetal, caça e pesca, onde a microrregião não apresentou especializa-
ção no ano 2000.
Tabela 5: Sergipe e Microrregiões - Componente Diferencial Homotético das Ocupações no setor privado – 2000 e 2010
Microrregiões de Sergipe - Componente Diferencial das Ocupações no Setor Privado – 2000/2010
Setor IBGE
118 Hilbério Santos Silva
Sergipana do sertão
do São Francisco
Carira
Nossa Senhora das
Dores
Agreste de Itabaiana
Tobias Barreto
Agreste de Lagarto
Propriá
Cotinguiba
Japaratuba
Baixo Cotinguiba
Aracaju
Boquim
Estância
Sergipe
EXTR. MIN. (73) (129) (89) (313) (177) (244) (202) (9) 27 (27) 874 (359) (179) (900)
IND. TRANS. (426) 6.333 (939) 234 1.204 200 (579) 356 (205) 249 (1.889) (628) (514) 3.396
S.I.U.P. (72) (6) 11 534 (75) 928 (29) (25) 114 112 (420) 160 54 1.286
CONST. CIV. 669 (405) (538) 445 (177) (308) (515) 156 (111) 95 654 (422) 29 (429)
COM. 2.253 8 (483) (913) (160) 183 (70) (571) (171) (352) 1.874 (1.098) (812) (312)
SERV. (2.235) (815) (2.052) (2.230) (2.647) (312) (1.938) (1.252) (630) (1.503) 10.832 (2.998) (2.542) (10.322)
AGR.E.V.C.P. 1.857 (1.056) (1.190) (182) (961) 505 113 (739) 210 (729) 17.077 708 (678) 14.937
Total 1.972 3.930 (5.280) (2.424) (2.993) 952 (3.219) (2.084) (766) (2.155) 29.003 (4.636) (4.642) 7.657
Setor IBGE Microrregiões de Sergipe – Efeito Alocação das Ocupações no Setor Privado - 2000/2010 Sergipe
EXTR. MIN. 61 125 47 164 137 73 101 (1) (6) (109) 341 (166) 132 900
IND. TRANS. 229 (3.682) 79 (22) 276 12 (187) (56) 46 115 (125) (83) 3 (3.396)
S.I.U.P. 6 3 (5) (338) 38 (611) 7 (10) (71) (10) (245) (85) 33 (1.286)
CONST. CIV. (191) 30 51 (104) 57 86 52 15 12 58 197 165 (1) 429
COM. (1.148) (3) 77 (90) 18 (36) 10 170 82 100 697 327 108 312
SERV. 875 292 710 504 824 96 357 258 210 (154) 5.032 942 375 10.322
AGR.E.V.C.P. 1.891 (965) (705) (62) (457) 281 27 (324) 166 240 (15.276) 427 (179) (14.937)
Total 1.724 (4.200) 255 52 894 (99) 367 52 440 240 (9.379) 1.526 471 (7.657)
Setor IBGE
Itabaiana
Sergipana do
sertão do São
Francisco
Carira
Nossa Senhora das
Dores
Agreste de
Tobias Barreto
Agreste de Lagarto
Propriá
Cotinguiba
Japaratuba
Baixo Cotinguiba
Aracaju
Boquim
Estância
Sergipe
EXTR. MIN. (148) (247) (124) (644) (327) (589) (447) (6) 19 41 (421) (1.030) (319) (4.243)
IND. TRANS. (265) (4.823) (1.045) 191 830 195 (854) 141 (175) 279 (2.450) (732) (528) (9.236)
S.I.U.P. (101) (7) 7 303 (95) (212) (29) (24) 75 (13) (658) 129 (3) (629)
CONST. CIV. 506 (464) (522) 327 (144) (300) (556) 81 (108) 94 811 (342) 23 (593)
COM. 1.271 5 (349) (1.004) (136) 154 (55) (486) (118) (305) 2.435 (898) (738) (221)
SERV. (1.881) (602) (1.316) (1.904) (2.139) (242) (1.739) (1.113) (483) (1.890) 13.911 (2.333) (2.349) (4.081)
AGR.E.V.C.P. 2.939 (2.145) (1.875) (227) (1.395) 701 120 (1.129) 320 (550) 5.792 952 (806) 2.696
Total 2.321 (8.283) (5.225) (2.956) (3.405) (294) (3.560) (2.536) (470) (2.344) 19.419 (4.255) (4.720) (16.308)
Setor IBGE Microrregiões de Sergipe – Efeito Alocação Puro Modificado das Ocupações no Setor Privado - 2000/2010 Sergipe
EXTR. MIN. 136 243 82 495 287 417 346 (4) 3 (177) 1.637 505 273 4.243
IND. TRANS. 67 7.474 185 20 650 17 89 159 17 85 436 21 16 9.236
S.I.U.P. 35 4 (0) (107) 58 529 8 (11) (33) 115 (7) (54) 90 629
CONST. CIV. (28) 89 36 14 24 78 93 90 9 59 40 85 5 593
COM. (167) (1) (57) 1 (6) (7) (6) 85 29 53 136 126 34 221
SERV. 521 79 (26) 177 317 26 158 119 63 233 1.954 278 181 4.081
AGR.E.V.C.P. 809 123 (20) (17) (23) 85 21 67 56 61 (3.991) 184 (50) (2.696)
DINÂMICA DO MERCADO DE TRABALHO NO SETOR PRIVADO EM SERGIPE NOS ANOS 2000
Total 1.375 8.013 200 584 1.306 1.147 707 503 144 429 205 1.145 549 16.308
Fonte: CENSO/IBGE (2000 e 2010)
121
122 Hilbério Santos Silva
4. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Resumo:
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO.
(1)
132 Rafaela Rodrigues Gomes; Fernanda Esperidião
(2)
onde: n é o período de trabalho, ws os rendimentos anuais de uma
pessoa com s anos de escola, Vs o valor presente (no início da escola) dos
rendimentos totais obtidos pelo indivíduo ao longo de sua vida, r a taxa
de desconto, t o tempo medido em anos, e d diferença de escolaridade
medida em anos.
IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NOS RENDIMENTOS DO TRABALHADOR A PARTIR DE DADOS DAS PNADS DE 2001 E 2012 133
(3)
(4)
134 Rafaela Rodrigues Gomes; Fernanda Esperidião
(5)
em que H é uma variável binária que assume valor zero, caso s≤ e va-
lor um quando s > , em que = limiar, valor da escolaridade a partir do
qual a taxa de retorno da educação torna-se muito elevada. Assim, para
Hoffmann e Simão (2005) uma função de rendimentos deve especificar
o efeito limiar, pois caso contrário, o modelo pode acabar por chegar
a conclusões errôneas, ao analisar as taxas de retorno provenientes da
escolaridade. Além disso, podem-se usar variáveis dummies para estimar
isoladamente o retorno da educação distinto em cada ano a mais de es-
colaridade, ao invés de apenas considerar um ponto limiar. Dessa forma,
para fins comparativos a análise de retornos a educação utilizando dum-
mies para cada ano de estudo também será feita no presente trabalho.
(6)
onde:
(7)
IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NOS RENDIMENTOS DO TRABALHADOR A PARTIR DE DADOS DAS PNADS DE 2001 E 2012 137
onde:
4. ANÁLISE EMPÍRICA
Tabela 01: Estatísticas descritivas para variável anos de estudos, segundo as características
dos indivíduos- Gênero e Raça – Região Nordeste e Sergipe – 2001/2012.
Região Nordeste Sergipe
Características 2001 2012 2001 2012
do individuo Média Desvio Média
Desvio
Média
Desvio
Média
Desvio
-padrão -padrão -padrão -padrão
Todos os
6,22 4,76 8,21 4,56 6,18 4,69 7,81 4,63
indivíduos
Homens 5,47 4,61 7,39 4,58 5,42 4,53 6,95 4,55
Mulheres 7,40 4,74 9,34 4,27 7,41 4,70 9,08 4,45
Brancos 7,75 4,96 9,33 4,52 8,18 4,66 8,41 4,79
Não Brancos 5,53 4,49 7,77 4,50 5,55 4,53 7,62 4,57
Fonte: elaborado a partir dos dados das Pnad - 2001/2012-IBGE.
Tabela 03: Estatísticas descritivas para variável rendimento segundo o nível escolar -
Região Nordeste e Sergipe – 2001/2012.
Região Nordeste Sergipe
2001 2012 2001 2012
Nível Escolar Desvio- Desvio- Desvio- Desvio-
Média Média Média Média
-padrão -padrão -padrão -padrão
Fundamental 377,82 518.51 811,52 786.93 337,26 287.66 877,58 805.49
Médio 579,18 719.01 1.082,3 1082.17 522,87 518.19 1.196,57 1446.32
Superior 1451,41 1700,79 2.409,5 2572.95 1159,83 1025.07 2.494,78 2616.01
Fonte: elaborada a partir de dados da Pnad - 2001/2012, IBGE.
10 Segundo Hoffmann e Simão (2005), o cálculo para cada ano adicional de escolaridade
é dado por: [exp(educ)-1]x100 = % retorno. Onde exp é a constante matemática neper-
iana em que a base do logaritmo neperiano = 2,7182. Como exemplo, a partir da ex-
pressão citada, o cálculo do impacto da educação nos rendimentos dos trabalhadores
sergipanos em 2012, é tal que: [exp(0,11702) - 1]x100 =12,41%.
144 Rafaela Rodrigues Gomes; Fernanda Esperidião
Tabela 06: Resultado da estimação da equação Minceriana usando variáveis dummies para
escolaridade – Região Nordeste– 2001/2012.
Pnad 2001 Pnad 2012
Variáveis Efeito no Efeito no
Coef. Valor t Coef. Valor t
rendimento rendimento
Constante -1,37535 - -0,30* 0,33113 - 9,65*
Educ(1 ano) 0,12801 13,65% 3,86* 0,05867 6,04% 1,67**
Educ(2 anos) 0,25470 29,00% 9,35* 0,04039 4,12% 1,27
Educ(3 anos) 0,33590 39,91% 10,82* 0,15172 16,38% 5,52*
Educ(4 anos) 0,50157 65,13% 20,58* 0,24711 28,03% 9,68*
Educ(5 anos) 0,63527 88,75% 19,89* 0,34145 40,70% 11,95*
Educ(6 anos) 0,73887 109,35% 20,58* 0,40471 49,89% 12,80*
Educ(7 anos) 0,80535 123,74% 22,81* 0,48030 61,66% 14,41*
Educ(8 anos) 0,93617 155,01% 29, 83* 0,49601 64,22% 19,31*
Educ(9 anos) 1,09190 197,99% 29,24* 0,58679 79,82% 16,91*
Região Nordeste
Tabela 07: Resultado da estimação da equação Minceriana usando variáveis dummies para
escolaridade – Sergipe– 2001/2012.
Pnad 2001 Pnad 2012
Variáveis Efeito no Efeito no
Coef. Valor t Coef. Valor t
rendimento rendimento
Constante -1,51755 - -10,22* 0,028261 - 0,19
Educ(1 ano) 0,55028 - 0,91 0,062268 6,42% 0,59
Educ(2 anos) 0,38176 46,48% 2,81* -0,02195 -2,17% -0,25
Educ(3 anos) 0,38430 46,85% 5,15* 0,06878 7,12% 0,55
Educ(4 anos) 0,63566 88,82% 8,95* 0,19384 21,39% 2,36*
Educ(5 anos) 0,61307 84,60% 5,13* 0,33590 39,92% 4,07*
Educ(6 anos) 0,55679 74,50% 4,90* 0,33720 40,10% 3,38*
Educ(7 anos) 0,69200 99,77% 6,27* 0,50558 65,79% 5,31*
Educ(8 anos) 0,83125 129,61% 9,02* 0,53666 71,03% 6,18*
Educ(9 anos) 0,94101 156,25% 7,71* 0,54880 73,12% 5,34*
Educ(10 anos) 1,19757 231,20% 7,96* 0,64995 91,54% 5,95*
Sergipe
11 Para Hoffmann e Simão (2005), o threshold effect (efeito limiar) ocorre, quando a taxa
de retorno da escolaridade se torna relativamente maior a partir de certo ponto.
IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NOS RENDIMENTOS DO TRABALHADOR A PARTIR DE DADOS DAS PNADS DE 2001 E 2012 149
Tabela 08: Resultado da estimação da equação de rendimentos com dummies e com efeito
limiar na Região Nordeste e Sergipe – 2001/2012.
Pnad 2001 Pnad 2012
Variáveis
Efeito no Efeito no
Coef. Valor t Coef. Valor t
rendimento rendimento
Constante -1,43573 - -30,93* -0,07732 - -2,10*
Educ 0,13525 14,48% 39,47* 0,09848 10,35% 47,93*
Limiar_NE 0,18273 20,05% 7,76* 0,50837 66,26% 23,21*
Exp
Região Nordeste
Assim, com base nos resultados da Tabela 08, para 2001, o retorno
da escolaridade na Região Nordeste para indivíduos com até 10 anos
de estudo era de 14,48% passando para 20,05% a partir dos 11 anos ou
mais de estudo, conforme a equação de Mincer adaptada com dummies
e considerando o efeito limiar. Já em 2012, as taxas de retorno para os
indivíduos da região Nordeste que possuíam 11 anos de estudo foi de
10,35% passando para 66,26% a partir dos 12 anos ou mais de estudo.
Para Sergipe, em 2012 o retorno da escolaridade foi de 9,40% para os in-
divíduos com até os 10 anos de estudo passando para 78,9% a partir dos
11 anos ou mais de escolaridade. Assim, observa-se que o aumento do
150 Rafaela Rodrigues Gomes; Fernanda Esperidião
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Resumo:
INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Esta seção tem como objetivo fazer uma revisão da literatura que
busca explicar os diferenciais regionais de renda entre cidades ou re-
giões. Com base nesta, há uma diferença salarial favorável aos traba-
lhadores dos grandes centros urbanos, a qual pode ser explicada tan-
to por fatores relacionados à oferta de trabalho – trabalhadores mais
escolarizados, maiores habilidades, maior experiência – quanto pelo
lado da demanda por trabalho – maior mix de indústrias na localidade,
maior demanda por trabalhadores mais escolarizados, etc –. A partir
dessas ideias surgiram estudos sobre economias de aglomeração urba-
na e prêmio salarial.
Os estudos apontam para ganhos de aglomeração urbana, mesmo
quando controlados pelas características individuais dos trabalhadores,
como idade, gênero, cor, educação, entre outras. Não considerar os fato-
res específicos dos trabalhadores pode tornar a estimativa viesada, pois
CAPITAL HUMANO, INFORMALIDADE E GANHOS DE AGLOMERAÇÃO 161
Continuação
Dummy = 1 mais de uma hora para chegar ao trabalho, = 0 menos
Commuting
de uma hora
horas Número de horas trabalhadas por semana
Formalizado Dummy = 1 empregado com carteira assinada, = 0 outros
agri Dummy = 1 trabalha no setor primário, = 0 outros
ind_extr Dummy = 1 trabalha no setor de indústrias extrativas, = 0 outros
Dummy = 1 trabalha no setor de indústrias de transformação, = 0
ind_trans
outros
comercio Dummy = 1 trabalha no setor comercial, = 0 outros
adm_public Dummy = 1 trabalha na administração pública, = 0 outros
construçao Dummy = 1 trabalha no setor de construção, = 0 outros
transporte Dummy = 1 trabalha no setor de transporte, = 0 outros
inform_comunic Dummy = 1 trabalha no setor de comunicação, = 0 outros
dir_ger Dummy = 1 se ocupava o cargo de diretor geral, = 0 outros
nivel_medio Dummy = 1 se ocupava o cargo de nível médio, = 0 outros
apoio_adm Dummy = 1 se ocupava o cargo de apoio administrativo, = 0 outros
vend_comercio Dummy = 1 trabalhava no setor de serviços, = 0outros
qualif_agrop Dummy = 1 trabalhador qualificado do setor primário, = 0 outros
Dummy = 1 trabalhador qualificado do setor da construção, = 0
qualif_constru
outros
operad_instal Dummy = 1 operadores de instalações e máquinas, =0 outros
ocup_elementares Dummy = 1 trabalhadores elementares, =0 outros
ciencias Dummy = 1 profissionais das ciências e intelectuais, = 0 outros
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Censo Demográfico 2010.
Tabela 2. Renda Média Total dos Indivíduos por Gênero e Formalização do trabalho
Carteira Assinada
Não Possui Possui
Feira de Santana 596.68 1230.38
Salvador 839.32 1541.63
Carteira Assinada
Não Possui Possui
Mulher Homem Mulher Homem
Feira de Santana 409.82 738.03 1174.64 1265.25
Salvador 639.29 1112.78 1358.28 1685.35
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Censo 2010.
166 Manuela Macedo Oliveira; Henrique Zardo Motté; Rodrigo Carvalho Oliveira
4 METODOLOGIA
4 Optou-se por excluí-la do texto devido ao seu tamanho, o que poderia prejudicar a
fluidez da leitura.
CAPITAL HUMANO, INFORMALIDADE E GANHOS DE AGLOMERAÇÃO 167
8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7 Para uma revisão sobre este debate ver Firpo, Fortin e Lemieux (2010).
CAPITAL HUMANO, INFORMALIDADE E GANHOS DE AGLOMERAÇÃO 179
APÊNDICE
Resumo:
1 INTRODUÇÃO
2 LITERATURA TEÓRICA
remuneração pelo uso do capital, durante o tempo que este fosse utiliza-
do. Nasce dessa forma então à operação de crédito e a expressão “juro”.
(BANCO DO BRASIL, 2014)
A palavra crédito deriva da expressão crer, um termo que traduz con-
fiança, acreditar em algo, ou alguém. Da perspectiva financeira o crédito
tem o papel de financiar um tomador de empréstimo que pode usar o
recurso para fazer frente a despesas ou investimentos e financiar a com-
pra de bens. O crédito funciona como o estabelecimento de uma relação
de confiança entre duas (ou mais) partes numa determinada operação.
(BANCO DO BRASIL, 2014)
O conceito de crédito abrange uma operação de crédito em que todo
ato de vontade ou disposição de alguém de lançar ou ceder, tempora-
riamente, parte de seu patrimônio a outra pessoa, com a expectativa
de que esta parcela volte à sua posse integralmente, após decorrer o
tempo estipulado. As operações de crédito são normalmente praticadas
por instituições financeiras que assumem o risco de inadimplência de
obrigações assumidas contratualmente por clientes. (SCHRICKEL, 1997;
ORTOLANI, 2000)
No entanto, a definição de crédito irá depender do contexto em que
está inserido, pois pode ter diversos significados. Por exemplo, a palavra
crédito num sentido restrito e específico consiste na entrega de um va-
lor presente mediante uma promessa de pagamento. (SECURATO, 2002;
SILVA, 2000)
Securato (2002) pontua o crédito em seu cerne, ou mais necessaria-
mente a operação de crédito, como uma intervenção de empréstimo
que sempre pode ser considerada dinheiro, ou no caso comercial o que
equivale a dinheiro, sobre o qual incide um custo que é denominado
juros. Os juros consistem na quantia que é paga além do que foi empres-
tado, ou seja, é o lucro da entidade que emprestou o capital.
Pode-se entender o empréstimo do crédito como uma operação nos
quais capitais oficiais ou privados, nacionais ou estrangeiros, são cedidos
mediante cláusulas e condições, definidas em contratos, quanto a sua
aplicação, juros, prazo de vigência, épocas de pagamento ou reembolso.
A instituição financeira compra uma promessa de pagamento, pagan-
do ao tomador um determinado valor, para no futuro receber um valor
maior. (SILVA, 2000)
190 Priscila Jesus Mendonça; Tácito Augusto Farias; Marco Antônio Jorge
que o problema em cada uma delas poderá refletir-se nas demais situ-
ações, caracterizando o que no mercado financeiro é conhecido como
“efeito dominó”. (SILVA, 2000)
Com foco na assistência das políticas públicas na obtenção de cré-
dito, é percebido um desenvolvimento da região onde estão inseridas
tais políticas. Llorens (2001) pressupõe um desenvolvimento econômico
através de ações integradas nas dimensões econômica, sócio-cultural,
ambiental e político-institucional, através da criação de ambientes favo-
ráveis capazes de proporcionar um crescimento adequado com melho-
ria na qualidade de vida da população.
A importância dos bancos é de grande relevância dentro da economia,
pois o Sistema Financeiro Nacional, através dos bancos, aproxima os agen-
tes econômicos com situação orçamentária superavitária dos agentes com
situação orçamentária deficitária. Os agentes com posição deficitária neces-
sitam de recursos para atenderem as suas necessidades de consumo e in-
vestimentos, enquanto que os agentes com situação superavitária precisam
de alternativas para aplicar seus excedentes de recursos. (SILVA, 2000)
Silva (2000) destaca ainda que através dos instrumentos e as institui-
ções do Sistema Financeiro Nacional, estes viabilizam seus recursos para
que os dois tipos de agentes econômicos (superavitários e deficitários)
possam ter as suas expectativas atendidas, e desta forma estimula a ele-
vação das taxas de consumo e de investimentos. E consequentemente
adquire-se maior produção e maior demanda agregada.
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é integrado por instituições pú-
blicas e privadas que têm como objetivo intermediar o fluxo de recursos
entre os agentes econômicos, além de formular as políticas monetárias e
de crédito da economia. No Brasil, o órgão máximo do Sistema Financei-
ro Nacional é o Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão que define
normas e diretrizes de funcionamento do sistema e formula as políticas
monetárias e de crédito da economia. (SOBRAL E PECI, 2008)
Sobral e Peci (2008) ainda explicam que vinculados ao CMN está duas
entidades supervisoras do funcionamento dos mercados e suas institui-
ções: o Banco Central do Brasil (BACEN) que atua como órgão executivo,
fiscalizando e executando a política monetária do governo e a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) que regula e controla o mercado de valores
mobiliários, a bolsa de valores.
194 Priscila Jesus Mendonça; Tácito Augusto Farias; Marco Antônio Jorge
Onde:
Y= emprego formal
X1= operação de microcrédito
X2= geração de valor agregado
X3= remuneração média nominal
X4= população economicamente ativa
a) Setor agrícola
A figura 1 ilustra a correlação entre as quatro variáveis independen-
tes estudadas para o setor agrícola operações de microcrédito, valor
adicionado, salário e população economicamente ativa na relação com
a variável dependente que é o emprego formal para o setor agrícola.
Analisando a figura observa-se que as variáveis que influenciam com
maior intensidade no emprego formal são valor adicionado e população
economicamente ativa. A operação de microcrédito não é significativa
na relação com o emprego formal.
IMPACTO NA GERAÇÃO DE EMPREGO NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SERGIPE DECORRENTE DO FATOR CRÉDITO 203
b) Setor industrial
A figura 3 apresenta a matriz do setor industrial que demonstra uma
situação em que o microcrédito não favorece no caso desse setor, pois
embora estatisticamente significativo, a correlação é negativa, com a
variável dependente que é o emprego formal. Pode-se supor que para
este setor o crédito à micro e pequena empresa seja para a aquisição
de máquinas e equipamentos, ocorrendo dessa forma a substituição da
mão-de-obra humana que resulta em um impacto negativo quando há
as operações de crédito
c) Setor de serviços
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, José Pereira da. Gestão e análise de risco de crédito. 3. Ed. – São
Paulo : Atlas, 2000.
SOBRAL, Filipe e PECI Alketa. Administração: teoria e prática no con-
texto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
SOUZA, Nilson Araújo de. Economia brasileira contemporânea: de Ge-
túlio a Lula. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
TEIXEIRA, Rodrigo Alves; PINTO, Eduardo Costa; A economia política dos
governos FHC, Lula e Dilma: dominância financeira, bloco no poder e
desenvolvimento econômico. Economia e Sociedade, Campinas, v. 21,
Número Especial, p. 909-941, dez. 2012.
TOMISLAV, R. Femenick. Alavancagem operacional, financeira e com-
binada. Disponível em: <http://www.tomislav.com.br/alavancagem-
-operacional-financeira-e-combinada/>. Acesso em 16 jul. 2014.
VENTURA, Osvaldo de Sousa. Mapa da Inclusão Financeira no Estado
de Sergipe. 122f. Dissertação Mestrado – Universidade Federal de Ser-
gipe. Em Desenvolvimento Regional e Gestão De Empreendimentos Lo-
cais, São Cristovão - SE. 2013.
Formato 15cm x 21cm
Tipografia Myriad Pro
Software de editoração Adobe InDesign
Número de páginas 218
IMPACTO NA GERAÇÃO DE EMPREGO NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SERGIPE DECORRENTE DO FATOR CRÉDITO 221
14.12.1931 † 31.03.2016
Foi um enorme privilégio ter o prefácio deste livro escrito pelo professor Werner
Baer, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, EUA. Ele aceitou de imediato
a tarefa de prefaciar a obra resultante dos trabalhos do I Encontro de Economia
Aplicada de Sergipe, realizado em 2015, no qual ele proferiu a palestra de abertura.
O fato ilustra a personalidade do prof. Werner, reconhecido estudioso da
economia brasileira, sempre predisposto a apoiar os pesquisadores brasileiros,
con ando nas suas iniciativas acadêmicas. Foi o caso I Encontro de Economia Aplicada
de Sergipe, cuja participação do professor teve origem numa conversa ainda em
Urbana, em 2014, quando o prof. Werner me disse que Aracaju/SE era uma das poucas
capitais do Nordeste que ainda não conhecia. A partir dali z o convite, que foi aceito,
resultando na sua participação, no encontro e no presente livro.
Muitas lembranças carão guardadas para sempre na minha memória. Serei
eternamente grato pelo apoio que recebi dele nos EUA, durante o meu doutorado-
sanduiche. Alegre, bem humorado e sempre disposto e interessado em conversar
sobre a economia brasileira. Fui um dos pesquisadores brasileiros que teve a honra de
conviver com o prof. Werner.
Perdemos um grande mestre e amigo, mas suas obras e seus ensinamentos serão
perpetuados por seus inúmeros discípulos.
Você fará falta, Werner. Obrigado por tudo.