ESTATUTO SERVIDORES IRATI-Lei 1045-91

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PREFEITURA MUNICIPAL DE IRATI - CNPJ: 75.654.

574/0001-82
Rua Coronel Emílio Gomes nº. 22 – Irati - PR – CEP: 84500-000
Fone (42) 3907-3051 - Fax (42) 3907-3100

LEI Nº 1045/91

ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS

IRATI – PR

JANEIRO – 1991
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PREFEITURA MUNICIPAL DE IRATI - CNPJ: 75.654.574/0001-82
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LEI Nº 1045

Súmula: Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários


Públicos Civis do Município

A Câmara Municipal de Irati, Estado do Paraná, aprovou e eu


Prefeito Municipal sanciono a seguinte LEI:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1 – Esta Lei, institui o regime jurídico dos funcionários civis


do município.
Artigo 2 – Para os efeitos deste Estatuto, funcionário é a pessoa
legalmente investida em cargo público de provimento efetivo ou em comissão; e cargo
público é criado por lei, com denominação própria, em número certo e pago pelos
cofres do município.
Artigo 3 – O vencimento dos encargos públicos obedecerá a
padrões fixados em Lei.

Artigo 4 – É vedada a prestação de serviços gratuitos.

Artigo 5 – Os cargos são considerados de carreira ou isolados.

Artigo 6 – Classe é um agrupamento de cargos da mesma


profissão ou atividade e de igual padrão de vencimentos.

Artigo 7 – Série de classes é o conjunto de classes da natureza


de trabalho, dispostas hierarquicamente conforme o grau de complexidade ou
dificuldades das atribuições e com nível de responsabilidade, constituindo a linha
natural de promoção do servidor.

§ 1º – As atribuições de cada carreira serão definidas em


Regulamento.
§ 2º – Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes
a uma carreira podem ser cometidas, indistintamente, aos funcionários de suas
diferentes classes.
§ 3º – É vedado atribuir-se ao funcionário encargos ou serviços
diferentes dos que os próprios de sua carreira ou cargo, e que como tais sejam
definidos em leis ou regulamentos.

Artigo 8 – Quadro é um conjunto de carreiras e cargos isolados.


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Artigo 9 – Não haverá equivalência entre as diferentes carreiras


quanto as suas atribuições funcionais.

Artigo 10 – Os cargos públicos são acessíveis a todos os


brasileiros, observadas as condições prescritas em lei e regulamento.

TÍTULO II

DO PROVIMENTO E VACÂNCIA

CAPÍTULO I

DO PROVIMENTO

Artigo 11 – Os cargos públicos serão providos por:


I - Nomeação;
II - Promoção;
III - Transferência;
IV - Reintegração;
V - Reversão.

CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 12 – A nomeação será feita:


I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado ou
de carreira;
II - em comissão, quando se tratar de cargo isolado que,
em virtude de Lei, assim deva ser proibido;

Artigo 13 – A nomeação obedecerá a ordem de classificação dos


candidatos habilitados em concurso.

Artigo 14 – Será tomada sem efeito, por decreto, a nomeação, se


a posse não se verificar no prazo estabelecido.

Artigo 15– Estágio probatório é o período de 2 (dois) anos de


efetivo exercício do funcionário nomeado em virtude de concurso.

§ 1º – No período de estágio apurar-se-ão os seguintes


requisitos:
I - idoneidade moral;
II - assiduidade;
III - disciplina;
IV - eficiência;

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§ 2º – Durante o Estágio Probatório o funcionário poderá ser


exonerado justificadamente pelos dados colhidos no serviço independentemente de
inquérito administrativo se não satisfazer as exigências do Parágrafo primeiro e tenha
sofrido ao menos duas advertências por escrito.

§ 3º – Aos chefes de serviço, compete fazer as anotações em


folha de serviço, livro ponto ou ficha de avaliação dos fatos que revelem inaptidão ou
desídia do estagiário que servirão de fundamento à exoneração prevista no parágrafo
anterior.
Artigo 16– Sem prejuízo da remessa periódica do boletim de
merecimento ao órgão de pessoal, o chefe da repartição ou serviço em que sirva o
funcionário sujeito ao estágio probatório, 4 (quatro) meses antes do término deste,
informará reservadamente ao órgão de pessoal sobre o funcionário, tendo em vista os
requisitos enumerados nos itens I à IV do artigo anterior.

§ 1º – Em seguida, o órgão de pessoal formulará parecer escrito,


opinando sobre o merecimento do estagiário em relação a cada um dos requisitos e
concluindo a favor ou contra a confirmação.

§ 2º – Desse parecer, se contrário a confirmação, será dada vista


ao estagiário pelo prazo de 5 (cinco) dias.

§ 3º – Julgando o parecer e a defesa, o chefe imediato, se


considerar aconselhável a exoneração do funcionário, encaminhará ao Prefeito
Municipal o respectivo decreto.

§ 4º – Se o despacho do chefe imediato for favorável a


permanência do funcionário, a confirmação não dependerá de qualquer novo ato.

§ 5º – A apuração dos requisitos de que trata este artigo deverá


processar-se de modo que a exoneração do funcionário possa ser feita antes do findo o
período de estágio.
§ 6º – O procedimento previsto neste artigo e parágrafos primeiro
ao quinto somente se aplica ao funcionário que tenha cumprido mais de três quartos do
estágio probatório e que não tenha sofrido mais do que uma advertência nesse período.

SEÇÃO II

DO CONCURSO

Artigo 17 – A primeira investidura em cargo de carreira e noutros


que a lei determinar efetuar-se-á mediante concurso.

Artigo 18 – O concurso será de provas ou de títulos ou de provas


e títulos, na conformidade das leis e regulamentos.

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§ 1º – Quando o concurso for exclusivamente de títulos e o


provimento depender de conclusão de curso especializado, a prova desse requisito
considerar-se-á título preponderante, levando-se em conta a classificação obtida no
curso pelo candidato.
§ 2º – Não poderão prestar concurso público menores de 14
(quatorze) anos de idade; e acima de 18 anos independerá o limite de idade para
inscrição em concurso público de ocupante de cargo de provimento efetivo do município
ou detentor de estabilidade de acordo com o artigo 19 do ato das disposições
transitórias constitucionais.
§ 3º – O prazo de validade de concursos e os limites de idade
serão fixados em regulamentos e instruções, respeitando o limite de 2 (dois) anos para
a validade do concurso.
§ 4º – O concurso uma vez aberto, deverá ser homologado no
prazo de 12 (doze) meses.
§ 5º – Todo funcionário público do município que possuía cinco
anos ou mais de serviços ininterruptos até a data de 05 de outubro de 1988, somente
prestará concurso interno para efetivação do cargo.
§ 6º – Encerradas as inscrições, legalmente processadas para
concurso a investidura de qualquer cargo, não se abrirão novas antes da sua
realização.

SEÇÃO III
DA POSSE
Artigo 19 – Posse é a investidura em cargo público, ou função
gratificada.
§ único – Não haverá posse nos casos de promoção e
reintegração.
Artigo 20 – Só poderá ser empossada em cargo público quem
satisfazer os seguintes requisitos:
I - ser brasileiro;
II - estar no gozo dos direitos políticos;
III - estar quites com as obrigações militares, exceto para
menores de 18 anos;
IV - ter bom procedimento;
V - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção
médica;
VI - possuir aptidão para o exercício da função;
VII - ter-se habilitado previamente em concurso, salvo
quando se tratar de cargo para o qual não haja essa
exigência;
VIII - ter atendido as condições prescritas em lei ou
regulamento para determinados cargos ou carreiras.

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§ único – A prova das condições a que se referem os itens I e VII


deste artigo não será exigida nos casos dos itens III e V do artigo 11.

Artigo 21 – São competentes para dar posse:


I - O Prefeito Municipal;
II - O Secretario de Administração;
III - O Presidente da Câmara Municipal, no que couber.

Artigo 22 – Do termo de posse, assinado pela autoridade


competente e pelo funcionário, constará o compromisso de fiel cumprimento dos
deveres e atribuições.
§ único – O funcionário declarará para que figure
obrigatoriamente no termo de posse, os bens e valores que constituem seu patrimônio.

Artigo 23 – A autoridade que der posse verificará, sob pena de


responsabilidade, se foram satisfeitas as condições legais para a investidura.

Artigo 24 – A posse terá lugar no prazo de 30 (trinta) dias da


publicação no órgão oficial, do ato de provimento.

§ único – A requerimento do interessado, o prazo de posse


poderá ser prorrogado até 30 (trinta) dias.

SEÇÃO IV
DO EXERCÍCIO
Artigo 25 – O início, a interrupção e o reinício serão registrados no
assentamento individual do funcionário.

Artigo 26 – Ao chefe da repartição para onde for designado o


funcionário compete dar-lhe exercício.

Artigo 27 – O exercício do cargo ou função terá início no prazo de


30 (trinta) dias contados;
I - da data de publicação oficial do ato no caso de
reintegração;
II - da data de posse nos demais casos.
§ 1º – A promoção não interrompe o exercício, que é contado na
nova classe a partir da data da publicação do ato que promover o funcionário.
§ 2º – O funcionário transferido ou removido, quando licenciado
ou quando afastado em virtude do disposto nos itens I, II e III do artigo 82, terá 30
(trinta) dias, a partir do término do impedimento, para entrar em exercício.
§ 3º – Os prazos deste artigo poderão ser prorrogados por mais
30 (trinta) dias, a pedido EXPRESSO do interessado.

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Artigo 28 – O funcionário nomeado deverá ter exercício na


repartição em cuja lotação houver claro.
Artigo 29 – Entende-se por lotação o número de servidores que
devem ter exercício em cada repartição.
Artigo 30 – O afastamento do funcionário de sua repartição para
ter exercício em outra, por qualquer motivo, só se verificará nos casos previstos neste
Estatuto ou mediante prévia autorização do Prefeito Municipal, para fim determinado e
a prazo certo.
Artigo 31 – Ao entrar em exercício, o funcionário apresentará ao
órgão competente os elementos para assentamento individual.
Artigo 32 – Poderá se permitir ao funcionário ausentar-se do
serviço público, mediante autorização do Prefeito Municipal, com prévio conhecimento
da Câmara Municipal para estudos de especialização em matéria relacionada ao cargo
que ocupa.
§ único – A ausência não excederá de 2 (dois) anos e, findos os
motivos da sua concessão, somente decorrido igual período será permitida nova
ausência.
Artigo 33 – Preso previamente, pronunciado por crime comum ou
denunciado por crime funcional ou ainda, condenado por crime inafiançável em
processo no qual não haja pronúncia, o funcionário será afastado do exercício, até
decisão final passada em julgado.

CAPITULO III
DA PROMOÇÃO
Artigo 34 – A promoção obedecerá ao critério de antiguidade na
classe e ao de merecimento, alternadamente.
Artigo 35 – As promoções serão realizadas a cada ano, desde
que verificada a existência de vaga.
§ único – Quando não decretada no prazo legal, a promoção
produzirá seus efeitos a partir do último dia do respectivo semestre.
Artigo 36 – Para todos os efeitos, será considerado promovido o
funcionário que vier a falecer sem que tenha sido decretada, no prazo legal, a
promoção que lhe cabia por antiguidade.
Artigo 37 – Não poderá ser promovido o funcionário que não
tenha o interstício de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias de efetivo exercício na
classe.
Artigo 38 – O merecimento do funcionário é adquirido na classe.

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§ único – O funcionário transferido para carreiras da mesma


denominação levará o merecimento apurado no cargo a que pertencia.
Artigo 39 – O funcionário suspenso poderá ser promovido, mas a
promoção ficará sem efeito, se verificada a procedência da penalidade aplicada.
§ único – Na hipótese deste artigo, o funcionário só perceberá o
vencimento correspondente a nova classe quando tornada sem efeito a penalidade
aplicada, caso em que a promoção surtirá efeito a partir da data de sua publicação.
Artigo 40 – A antiguidade será determinada pelo tempo de efetivo
exercício na classe.
§ único – Havendo fusão de classes, a antiguidade abrangerá o
efetivo exercício na classe anterior.
Artigo 41 – Para efeito de apuração de antiguidade de classe será
considerado como efetivo exercício de afastamento previsto no artigo 32.
§ único – Computar-se-ão ainda as faltas previstas no artigo 115.
Artigo 42 – Ocorrendo empate na classificação por antiguidade,
terá preferência o funcionário de maior tempo de serviço público sob regime estatutário;
havendo ainda empate, o de maior tempo de serviço público, o de maior prole e o mais
idoso, sucessivamente.
§ único – Na classificação inicial, o primeiro será determinado
pela classificação em concurso.
Artigo 43 – Será apurado em dias o tempo de exercício na classe
para efeito de antiguidade.
Artigo 44 – Em benefício daquele a quem de direito cabia
promoção, será declarado sem efeito o ato que a houver decretado indevidamente.
Artigo 45 – O funcionário ficará obrigado a restituir o que a mais
tiver recebido, se promovido indevidamente.
§ único – O funcionário a quem cabia a promoção será
indenizado da diferença de vencimento ou remuneração a que tiver direito.
Artigo 46 – Compete ao órgão de pessoal processar as
promoções.
CAPÍTULO IV
DA TRANSFERÊNCIA E DA REMOÇÃO
Artigo 47 – A transferência far-se-á:
I - a pedido do funcionário, atendida a conveniência do
serviço;
II - ex-ofício, no interesse da administração, mediante
justificativa documentada do respectivo Secretário;
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§ único – A transferência a pedido para cargo de carreira só


poderá ser feita para vaga a ser provida por merecimento.

Artigo 48 – Caberá a transferência:


I - de uma para outra carreira de denominação diversa;
II - de um cargo de carreira para outro isolado, de
provimento efetivo;
III - de um cargo isolado, de provimento efetivo, para outro
da mesma natureza.

§ 1º – No caso do item II, a transferência só poderá ser feita a


pedido escrito do funcionário.
§ 2º – A transferência prevista nos itens I e II deste artigo fica
condicionada a habilitação em concurso, na forma do artigo 16.

Artigo 49 – A transferência far-se-á para cargo de igual


vencimento ou remuneração.

Artigo 50 – O interstício para a transferência será de 365


(trezentos e sessenta e cinco) dias na classe e no cargo isolado.

Artigo 51 – A remoção a pedido ou ex-ofício far-se-á:


I - de uma para outra repartição;
II - de um para outro órgão da mesma repartição.

Artigo 52 – A transferência e a remoção por permuta serão


processadas a pedido escrito de ambos os interessados e de acordo com o prescrito
neste capítulo.

CAPÍTULO V

DA REINTEGRAÇÃO

Artigo 53 – A reintegração, que decorrerá de decisão


administrativa ou judiciária, é o reingresso no serviço público, com ressarcimento das
vantagens ligadas ao cargo.

§ único – Será sempre proferida em pedido de reconsideração


em recurso ou em revisão de processo a decisão administrativa que determinar a
reintegração.

Artigo 54 – A reintegração será feita no cargo anteriormente


ocupado; se este houver sido transformado, no cargo resultante da transformação e, se
extinto, em cargo de vencimento ou remuneração equivalente, atendida a habilitação
profissional.
Artigo 55 – Reintegrado judicialmente o funcionário, quem lhe
houver ocupado o lugar será destituído de plano ou será reconduzido ao cargo anterior,
mas sem direito a indenização.
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Artigo 56 – O funcionário reintegrado será submetido à inspeção


médica e aposentado quando incapaz.

CAPÍTULO VI

DO APROVEITAMENTO

Artigo 57 – Aproveitamento é o reingresso no serviço público do


funcionário em disponibilidade.

Artigo 58 – Será obrigatório o aproveitamento do funcionário


estável em cargo de natureza e vencimento ou remuneração compatíveis com o
anteriormente ocupado.

§ único – O aproveitamento dependerá de prova de capacidade


mediante inspeção médica.

Artigo 59 – Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá


preferência o de maior tempo disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo
de serviço público.

Artigo 60 – Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a


disponibilidade se o funcionário não tomar posse no prazo legal, salvo caso de doença
comprovada em inspeção médica.

§ único – Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica,


será decretada a aposentadoria.

CAPÍTULO VII

DA REVERSÃO

Artigo 61 – Reversão é o reingresso no serviço público do


funcionário aposentado, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria.

Artigo 62 – A reversão far-se-á de preferência no mesmo cargo.

CAPÍTULO VIII

DA READAPTAÇÃO

Artigo 63 – Readaptação é a investidura em função mais


compatível com a capacidade do funcionário e dependerá, de inspeção médica.

Artigo 64 – A readaptação não acarretará decesso nem aumento


de vencimento ou remuneração que será feita mediante transferência.
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CAPÍTULO IX
DA SUBSTITUIÇÃO
Artigo 65 – Haverá substituição no impedimento de ocupante de
cargo isolado, de provimento efetivo ou em comissão, e de função gratificada.
Artigo 66 – A substituição será automática ou dependerá de ato
da administração.
§ 1º – A substituição automática será gratuita; quando, porém,
exceder de 30 (trinta) dias será remunerada e por todo período.
§ 2º – A substituição remunerada dependerá de ato da
autoridade competente para nomear ou designar.
§ 3º – O substituto perderá, durante o tempo de substituição, o
vencimento ou remuneração do cargo de que for ocupante efetivo, salvo no caso de
função gratificada e opção.
CAPÍTULO X
DA VACÂNCIA
Artigo 67 – A vacância do cargo decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - transferência;
V - aposentadoria;
VI - posse em outro cargo;
VII - falecimento.
Artigo 68 – Dar-se-á a exoneração:
I - a pedido;
II - ex-ofício:
a) quando se tratar de cargo em comissão;
b) quando não satisfeitas as condições de estágio
probatório.
c)
Artigo 69 – Ocorrendo vaga, considerar-se-ão abertas, na mesma
data, as decorrentes de seu preenchimento.
§ único – A vaga ocorrerá da data:
I - do falecimento;
II - da publicação:
a) da lei que criar o cargo e conceder dotação para seu
provimento ou da que determinar esta última medida,
se o cargo estiver criado;
b) do decreto que promover, transferir, aposentar,
exonerar, demitir ou extinguir cargo excedente cuja
dotação permitir o preenchimento do cargo vago;
III - da posse em outro cargo.
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TÍTULO III

DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I

DO TEMPO DE SERVIÇO

Artigo 71 – Será feita em dias a apuração do tempo de serviço.


§ 1º – O número de dias será convertido em anos, considerando
o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

§ 2º – Feita a conversão, os dias restantes, até 182 (cento e


oitenta e dois), não serão computados, arredondando-se para um ano, quando
excederem esse número, em casos de cálculo para efeito de aposentadoria.

Artigo 72 – Será considerado de efetivo exercício o afastamento


em virtude de:
I - férias;
II - casamento;
III - luto;
IV - exercício de outro cargo de provimento em comissão;
V - convocação para o serviço militar;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - desempenho de função legislativa;
VIII - licença especial;
IX - licença à funcionária gestante, ao funcionário
acidentado em serviço ou atacado de doença
profissional, na forma dos artigos 98 e 101;
X - missão ou estudo no estrangeiro quando o afastamento
houver sido autorizado pelo Prefeito Municipal;
XI - licença, até o limite de 2 (dois) anos, ao funcionário
acometido de moléstia consignada no artigo 98 e outras
indicadas em lei.

Artigo 73 – Para efeito de aposentadoria e disponibilidade,


computar-se-á integralmente:
I - o tempo de serviço público federal, estadual ou
município;
II - o período de serviço ativo nas forças armadas;
III - o tempo de serviço prestado sob qualquer regime e
forma de admissão, desde que remunerado pelos
cofres públicos;
IV - o tempo em que o funcionário esteve em
disponibilidade ou aposentado;
V - o tempo de serviço prestado em atividades abrangida
pela Previdência Social Urbana na forma do constante
neste capítulo;
VI - o tempo em que o funcionário esteve afastado em
licença para tratamento da própria saúde.

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Artigo 74 – É vedada a acumulação de tempo de serviço prestado


correspondente em 2 (dois) anos ou mais cargos ou funções da União, Estado, Distrito
Federal e Município, Autarquias e Sociedades de Economia Mista.
Artigo 75 – O funcionário público civil do município com 5 (cinco)
anos de efetivo exercício, no mínimo, conta para efeito de aposentadoria por invalidez,
por tempo de serviço ou compulsória o tempo de serviço prestado em atividade
abrangida pela Previdência Social Urbana, observadas quanto a contagem as seguintes
normas além de outras previstas legalmente:
I - é vedada a acumulação de tempo de serviço público
com o de atividade privada quando concomitantes;
II - não é contado o tempo de serviço que serviu de base
para a concessão de aposentadoria por qualquer outro
sistema;
III - não é admitida a contagem em dobro ou outras em
condições especiais.
§ 1º – As disposições deste capítulo se estendem aos
funcionários ocupantes de cargos em comissão.
§ 2º – Quando a soma dos tempos de serviço supera os limites
estipulados no artigo 157, o excesso não será considerado para qualquer efeito.

CAPÍTULO II
DA ESTABILIDADE
Artigo 76 – O funcionário ocupante de cargo de provimento em
efetivo adquire estabilidade depois de 2 (dois) anos de efetivo exercício.
§ 1º – O disposto neste artigo não se aplica aos cargos em
comissão;
§ 2º – A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao
cargo.
Artigo 77 – O funcionário público perderá o cargo:
I - quando estável, somente em virtude de sentença
judiciária;
II - quando estável, no caso de ser demitido mediante
processo administrativo, em que se lhe tenha
assegurada ampla defesa.
§ 1º – O funcionário em estágio probatório só será demitido do
cargo após a observância dos artigos 15 e 16 e seus parágrafos.

CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS
Artigo 78 – O funcionário gozará obrigatoriamente 30 (trinta) dias
consecutivos de férias por ano, de acordo com a escala organizada pelo chefe da
repartição.
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§ 1º – As férias do pessoal do magistério, regentes de classe,


observarão o período ou períodos fixados pelo órgão de educação, nunca inferior a 60
(sessenta) dias por ano;
§ 2º – É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao
trabalho;
§ 3º – Somente depois do primeiro ano de exercício, adquirirá o
funcionário direito a férias;
§ 4º – O gozo das férias não será interrompido por motivo de
promoção, transferência ou remoção.
Artigo 79 – É proibido a acumulação de férias salvo imperiosa
necessidade de serviço e pelo máximo de 2 (dois) anos.
Artigo 80 – Ao entrar em gozo de férias o funcionário perceberá
importância correspondente a 1/3 (um terço) de sua remuneração normal a título de
Adicional de Férias.
§ único – O pessoal do magistério, regente de classe, terá direito
ao adicional previsto neste artigo, somente sobre 30 (trinta) dias de férias.
Artigo 81 – Ao entrar em férias, o funcionário comunicará ao chefe
da repartição o seu endereço eventual.
CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Artigo 82 – Conceder-se-á licença:
I - para tratamento de saúde;
II - por motivo de doença em pessoa da família;
III - para repouso à gestante;
IV - para paternidade;
V - para o trato de interesses particulares;
VI - em caráter especial.
Artigo 83 – Ao funcionário em comissão não se concederá, nessa
qualidade, licença para o trato de interesses particulares.
Artigo 84 – A licença dependente de inspeção médica será
concedida pelo prazo indicado no laudo ou atestado.
§ único – Findo o prazo haverá nova inspeção e o atestado ou
laudo médico concluirá pela volta, ao serviço pela prorrogação, da licença ou pela
aposentadoria.
Artigo 85 – Terminada a licença, o funcionário reassumirá
imediatamente o exercício, ressalvado o caso de artigo anterior, parágrafo único.
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Artigo 86 – A licença poderá ser prorrogada ex-ofício ou a pedido.


§ único – O pedido será apresentado antes do findo o prazo da
licença; se indeferido, contar-se-á como licença o período compreendido entre a data
do término e a do conhecimento oficial do despacho.
Artigo 87 – A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias,
contados da terminação anterior será considerada como prorrogação.
Artigo 88 – O funcionário não permanecerá em licença por prazo
superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo no caso do item VI do artigo 82 e nos casos
das moléstias previstas no artigo 98.
Artigo 89 – Expirado o prazo citado no artigo antecedente, o
funcionário será submetido a nova inspeção e aposentado, se for julgado inválido para
o serviço público em geral.
§ único – Na hipótese deste artigo, o tempo necessário à
inspeção médica será considerado como de prorrogação.
Artigo 90 – O funcionário em gozo de licença comunicará ao chefe
da repartição o local onde poderá ser encontrado.

SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Artigo 91 – A licença para tratamento de saúde será a pedido ou


ex-ofício.
§ único – Num e noutro caso, é indispensável a inspeção médica,
que deverá realizar-se, sempre que necessário, na residência do funcionário.
Artigo 92 – Para licença até 90 (noventa) dias, a inspeção será
feita por médicos credenciados pelo órgão de pessoal, admitindo-se na falta, laudo de
outros médicos oficiais, ou, ainda e excepcionalmente, atestado passado por médico
particular.
§ 1º – No caso da parte final deste artigo, o atestado só
produzirá efeito depois de homologado pelo órgão de pessoal, com audiência de
médico atestante.
§ 2º – No caso de não ser homologada a licença, o funcionário
será obrigado a reassumir o exercício do cargo, sendo considerados como de falta
justificada os dias em que deixou de comparecer ao serviço por esse motivo, ficando,
no caso, caracterizada a responsabilidade do médico atestante.
Artigo 93 – A licença superior a 90 (noventa) dias dependerá de
inspeção por junta médica.

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§ 1º – A prova de doença poderá ser feita por atestado médico


se, a juízo da administração, não for conveniente ou possível a ida de junta médica à
residência do funcionário.
§ 2º – Será facultado à administração, em caso de dúvida
razoável, exigir a inspeção por outro médico ou junta oficial.
Artigo 94 – O atestado médico e o laudo da junta nenhuma
referência farão ao nome ou à natureza da doença de que sofra o funcionário, salvo se
tratar-se de lesões produzidas por acidente, de doença profissional ou das moléstias
referidas no artigo 98.
Artigo 95 – No caso de licença, o funcionário abster-se-á de
atividade remunerada, sob pena de interrupção imediata da mesma licença, com perda
total do vencimento ou remuneração, até que reassuma o cargo.
Artigo 96 – Será punido disciplinarmente o funcionário que se
recusar a inspeção médica, cessando os efeitos da pena, tão logo que se verifique a
inspeção
Artigo 97 – Considerado apto em inspeção médica, o funcionário
reassumirá o exercício sob pena de se apurarem como faltas os dias de ausência.
§ 1º – No curso da licença poderá o funcionário requerer
inspeção médica caso se julgue em condições de reassumir o exercício.
Artigo 98 – A licença a funcionário atacado de tuberculose ativa,
alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia ou cardiopatia grave
será concedida quando a inspeção médica não concluir pela necessidade imediata da
aposentadoria.
§ único – A inspeção será feita obrigatoriamente por uma junta de
3 (três) médicos.
Artigo 99 – Será integral o vencimento ou a remuneração do
funcionário licenciado para tratamento de saúde, acidentado em serviço, atacado de
doença profissional ou das moléstias indicadas no artigo anterior.

SEÇÃO III
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Artigo 100 - O funcionário poderá obter licença por motivo de


doença em pessoa de ascendente, descendente, colateral, consangüíneo ou afim, até o
segundo grau civil e do cônjuge do qual não esteja legalmente separado desde que
prove ser indispensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo.
§ 1º – Provar-se-á a doença mediante inspeção médica.

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§ 2º – A licença de que trata este artigo será concedida com


vencimento ou remuneração até seis meses, com 2/3 (dois terços) do vencimento ou
remuneração excedendo esse prazo até 1 (um) ano e, caso persista a necessidade do
funcionário manter-se afastado, poderá o mesmo solicitar novamente o pedido de seu
afastamento.
SEÇÃO IV
DA LICENÇA À GESTANTE

Artigo 101 - À funcionária gestante será concedida mediante


inspeção médica, licença remunerada por 120 (cento e vinte) dias.
§ único – Salvo prescrição médica em contrário, a licença será
concedida a partir do início do oitavo mês de gestação.

SEÇÃO V
DA LICENÇA À PATERNIDADE

Artigo 102 - O funcionário poderá obter licença por motivo de


nascimento de filho, por 5 (cinco) dias, com vencimento ou remuneração.
§ 1º – Para se habilitar a licença de que trata este artigo, o
funcionário, até o oitavo mês de gestação da cônjuge, comprovará essa condição
mediante laudo médico.
§ 2º – Fica o funcionário condicionado a posterior apresentação
de prova do nascimento de filho, através de certidão de registro civil.

SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA O TRATO DE INTERESSES PARTICULARES

Artigo 103 - Depois de 2 (dois) anos de efetivo exercício, o


funcionário poderá obter licença sem vencimentos ou remuneração, para tratar de
interesses particulares.
§ 1º – O requerente aguardará em exercício a concessão da
licença.
§ 2º – Será negada a licença quando inconveniente ao interesse
do serviço.
§ 3º – A licença quando concedida terá com prazo máximo de 2
(dois) anos.
Artigo 104 - Não se concederá licença a funcionário nomeado,
removido ou transferido, antes de assumir o exercício.

Artigo 105 - Só poderá ser concedida nova licença depois de


decorridos 2 (dois) anos do término da anterior.
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Artigo 106 - O funcionário poderá a qualquer tempo desistir da


licença, porém somente reassumirá suas funções se houver interesse da administração.

Artigo 107 - Quando o interesse do serviço público exigir, a licença


poderá ser cassada a juízo da autoridade competente.

SEÇÃO VII

DA LICENÇA ESPECIAL

Artigo 108 - Após cada decênio de efetivo exercício, em cargo de


provimento efetivo, ao funcionário que a requerer, conceder-se-á licença especial de 6
(seis) meses com todos os direitos e vantagens de seu cargo efetivo.

§ único – Não se concederá licença especial se houver o


funcionário em cada decênio:
I - sofrido pena de suspensão;
II - faltado ao serviço injustificadamente;
III - gozado licença:
a) para tratamento de saúde por prazo superior a 6
(seis) meses ou 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos ou não;
b) por motivo de doença em pessoa da família, por
mais de 4 (quatro) meses ou 120 (cento e vinte)
dias;
c) para o trato de interesses particulares.

Artigo 109 - Para efeito de aposentadoria, será contado em dobro


o tempo da licença especial que o funcionário não houver gozado.

CAPÍTULO V

DO VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO E DAS VANTAGENS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 110 - Além do vencimento e remuneração, poderão ser


deferidas as seguintes vantagens:
I - diárias;
II - auxílio para diferença de caixa;
III - salário-família;
IV - auxílio-doença;
V - gratificações.

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SEÇÃO II

DO VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO

Artigo 111 - Vencimento é a retribuição pelo efetivo exercício do


cargo, correspondente ao padrão fixado em lei.

Artigo 112 - Remuneração é a retribuição paga ao funcionário pelo


efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão do vencimento e mais as
vantagens acessórias atribuídas em lei.

Artigo 113 - Perderá o vencimento ou remuneração do cargo


efetivo o funcionário:
I - nomeado para cargo em comissão, ressalvado o direito
de optar;
II - quando no exercício de mandato eletivo remunerado,
federal, estadual ou municipal.

§ único – Não se aplica o disposto neste artigo quando o


mandato for de vereador e houver compatibilidade de horários para o exercício do
cargo e mandato.

Artigo 114 - O funcionário perderá:


I - O vencimento ou remuneração do dia, se não
comparecer ao serviço, salvo motivo legal ou moléstia
comprovada;
II - 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração diária
quando comparecer ao serviço dentro da hora seguinte
a marcada para o início dos trabalhos, ou quando se
retirar antes do findo o período de trabalho;
III - 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração
durante o afastamento por motivo de prisão preventiva,
pronunciará por crime comum ou denúncia por crime
funcional ou, ainda, condenação por crime inafiançável
em processo no qual não haja pronúncia, com direito a
diferença, se absolvido;
IV - 2/3 (dois terço) do vencimento ou remuneração durante
o período do afastamento em virtude de condenação,
por sentença definitiva, a pena que não determine
demissão.

Artigo 115 - Serão relevadas até 3 (três) faltas durante o mês,


motivadas por doença comprovada em inspeção médica.

Artigo 116 - Compete ao chefe da repartição antecipar ou


prorrogar o período de trabalho, quando necessário, respondendo pelos abusos que
cometer.
Artigo 117 - As reposições e indenizações à Fazenda Pública
serão descontadas em parcelas mensais não excedentes da décima parte do
vencimento ou remuneração.
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Artigo 118 - Não caberá o desconto parcelado quando o


funcionário solicitar exoneração ou abandonar o cargo.

Artigo 119 - O vencimento, remuneração ou qualquer vantagem


pecuniária atribuída ao funcionário não será abjeto de arresto, seqüestro ou penhora,
salvo quando se tratar:
I - de prestação de alimentos;
II - de dívida à Fazenda Pública.

SEÇÃO III

DAS DIÁRIAS

Artigo 120 - Ao funcionário que se deslocar do município, a serviço


conceder-se-á uma diária a título de indenização das despesas de alimentação e
pousada.

§ único – Não se concederá diária quando o deslocamento


constituir exigência permanente do cargo ou da função.

Artigo 121 - As diárias serão arbitradas consultando-se a natureza,


o local e as condições de serviço, respondendo o chefe da repartição pelos abusos
cometidos.

SEÇÃO IV

DO AUXÍLIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA

Artigo 122 - Ao funcionário que no desempenho de suas


atribuições, pagar ou receber em moeda corrente, poderá ser concedido auxílio fixado
em 5% (cinco por cento) do vencimento para compensar diferenças de caixa.

SEÇÃO V

DO SALÁRIO-FAMÍLIA

Artigo 123 - O salário-família será concedido ao funcionário ativo


ou inativo:
I - por filho menor de 14 (quatorze) anos;
II - por filho inválido.

§ único – Compreende-se neste artigo os filhos de qualquer


condição, os enteados, os adotivos e o menor que, mediante autorização judicial, viver
sob a guarda e sustento do funcionário.

Artigo 124 - Quando pai e mãe forem funcionários ou inativos e


viverem em comum, o salário-família será concedido a quem de direito couber.
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§ 1º – Se não viverem em comum, será concedido ao que tiver


os dependentes sob a sua guarda.

§ 2º – Se ambos os tiverem, será concedido a um e outro dos


pais, de acordo com a distribuição dos dependentes.

Artigo 125 - Ao pai e a mãe equiparam-se o padastro, a madastra


e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

SEÇÃO VI

DO AUXÍLIO-DOENÇA

Artigo 126 - Após 12 (doze) meses consecutivos de licença para


tratamento de saúde, em conseqüência das doenças previstas no artigo 98, o
funcionário terá direito a um mês de vencimento ou remuneração, a título de auxílio-
doença.

Artigo 127 - O tratamento do acidentado em serviço correrá por


conta dos cofres públicos ou de instituição de assistência social mediante acordo com o
município.

SEÇÃO VII

DAS GRATIFICAÇÕES

Artigo 128 - Conceder-se-á gratificação:


I - de função;
II - pelo exercício do magistério;
III - pela prestação de serviço extraordinário;
IV - pela execução de trabalho de natureza especial, com
risco de vida ou saúde;
V - pela execução de trabalho técnico ou científico;
VI - adicional por tempo de serviço;
VII - adicional noturno;
VIII - gratificação de Natal.

§ 1º – Estas gratificações são acessórias, não se incorporando


ao vencimento.

§ 2º – As gratificações a que se referem os itens IV e VII serão


concedidas de conformidade com a legislação federal.

Artigo 129 - Gratificação de função é a que corresponde a encargo


de chefia e outros que a lei determinar.

§ único – Não perderá a gratificação de função o que se ausentar


em virtude de férias, luto, casamento, doença comprovada ou serviço obrigatório por lei.
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Artigo 130 - Pelo exercício do magistério serão atribuídas


gratificações não acumulativas, num mínimo de 5% (cinco por cento) e num máximo de
50% (cinquenta por cento) conforme escala a ser estabelecida em regulamento, nos
seguintes casos:
a) Ao professor de Classe Especial;
b) Ao professor de Ciclo Básico conforme definição do
Órgão Municipal de Educação;
c) Ao professor de Escola Rural, que tiver que se deslocar
da sede municipal;
d) Ao professor de classe de alfabetização, que for
regente único de turma de, pelo menos, 25 alunos;
e) Ao professor de classe multiseriada
Artigo 131 - O valor da hora extraordinária será paga por hora de
trabalho prorrogado ou antecipado.
§ 1º – A gratificação não excederá 1/3 (um terço) do vencimento
ou remuneração mensal e será calculada por hora de trabalho prorrogada ou
antecipada.
§ 2º – O valor da hora será acrescido de 50% (cinquenta por cento)
§ 3º – O exercício de cargo em comissão ou função gratificada
exclui a gratificação por serviço extraordinário.
Artigo 132 - Por tempo de serviço serão concedidos os seguintes
adicionais:
a) qüinqüênio: a cada cinco anos de efetivo exercício
será atribuída uma gratificação adicional de 5%
(cinco por cento) do respectivo vencimento até o
limite de 25% (vinte e cinco por cento);
b) especial: ao funcionário que completar 30 (trinta)
anos de serviço efetivo, será atribuída uma
gratificação igual a 5% (cinco por cento) do
respectivo vencimento, por ano de serviço
excedente a 30 (trinta) anos, até o máximo de 25%
(vinte e cinco por cento);
§ único – Para concessão da gratificação de que trata este artigo,
será contado o tempo de serviço prestado ao Município de Irati sob qualquer regime.
Artigo 133 - No mês de dezembro de cada ano, o funcionário ativo
ou inativo terá direito a gratificação de Natal independentemente da remuneração a que
fizer jus.
§ 1º – A gratificação corresponderá a 1/12 (um doze ávos) da
remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.
§ 2º – A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho
será havida como mês integral para efeitos do parágrafo anterior.
§ 3º – A gratificação será paga até o dia 20 de dezembro de
cada ano.
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§ 4º – Esta gratificação é extensiva aos pensionistas.

SEÇÃO VIII
DAS CONCESSÕES

Artigo 134 - Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou de


qualquer direito ou vantagem legal, o funcionário poderá faltar ao serviço até 8 (oito)
dias consecutivos por motivo de:
I - casamento;
II - falecimento de cônjuge, pais, filhos ou irmãos.
Artigo 135 - Ao licenciado para tratamento de saúde será
concedido transporte por conta do município, fora da sede do serviço e por exigência do
laudo médico.
Artigo 136 - A família do funcionário falecido, ainda que ao tempo
da sua morte estivesse ele em disponibilidade ou aposentado, será concedido o auxílio-
funeral correspondente a 1 (um) mês de vencimento, remuneração ou provento.
§ 1º – Em caso de acumulação, o auxílio será pago somente em
razão do cargo de maior vencimento do servidor falecido;
§ 2º – A despesa ocorrerá pela dotação própria do cargo, não
podendo, por esse motivo, o nomeado para preenchê-lo entrar em exercício antes de
decorridos 30 (trinta) dias do falecimento do antecessor.
§ 3º – Quando não houver pessoa da família do funcionário no
local do falecimento, o auxílio-funeral será pago a quem promover o enterro, mediante
prova das despesas.
§ 4º – O pagamento de auxílio-funeral obedecerá a processo
sumaríssimo, concluído no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da apresentação do
atestado de óbito, incorrendo em pena de suspensão o responsável pelo retardamento.
Artigo 137 - O vencimento, a remuneração e o provento não
sofrerão desconto além dos previstos em lei.

CAPÍTULO VI
DA ASSISTÊNCIA

Artigo 138 - O município prestará assistência ao funcionário e a


sua família.
Artigo 139 - O plano de assistência compreenderá:
I - assistência médica, dentária e hospitalar e creches;
II - previdência;
III - pensão especial;
IV - cursos de aperfeiçoamento e especialização
profissional;
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V - centros de aperfeiçoamento moral e intelectual dos


funcionários e famílias, fora das horas de trabalho.
Artigo 140 - Serão reservados, com rigorosa preferência, aos
servidores públicos municipais e suas famílias, os serviços das organizações
assistenciais que lhes forem destinados.
Artigo 141 - Leis especiais estabelecerão os planos, bem como as
condições de organização e funcionamento dos serviços assistenciais referidos neste
capítulo.
Artigo 142 - É assegurado ao cônjuge e aos filhos do funcionário
ou funcionária (vetado) que vier a falecer em acidente de trabalho o direito de
perceberem mensalmente uma pensão correspondente a 100% (cem por cento) da
remuneração do mês anterior ao seu falecimento e aos (vetado) que vierem a falecer
por morte natural 80% (oitenta por cento) da remuneração do mês anterior ao seu
falecimento.
§ 1º – A pensão que acompanhará os aumentos de vencimentos
e suas alterações será paga:
a) metade aos cônjuges;
b) metade aos filhos e filhas até atingirem a maioridade
e sem limite de idade desde que sofram de moléstia
que os impossibilite de trabalhar.
c)
§ 2º – Perderão o direito a pensão prevista no artigo o cônjuge
pensionista que contrair núpcias, os filhos que se casarem, que atingirem a maioridade
ou que, possuam recursos próprios a sua subsistência.

CAPÍTULO VII
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Artigo 143 - É assegurado ao funcionário o direito de requerer ou


representar.
Artigo 144 - O requerimento será dirigido a autoridade competente
para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver diretamente
subordinado o requerente.
Artigo 145 - O pedido de reconsideração será dirigido a autoridade
que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
§ único – O requerimento e o pedido de reconsideração de que
tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e
decididos dentro de 30 (trinta) dias, improrrogáveis.
Artigo 146 - Caberá recurso:
I - se indeferido pedido de reconsideração;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente
interpostos.
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§ 1º – O recurso será dirigido a autoridade imediatamente


superior a que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em
escala ascendente, as demais autoridades.
§ 2º – No encaminhamento do recurso, observar-se-á o disposto
na parte final do artigo 144.
Artigo 147 - O pedido de reconsideração e o recurso não tem
efeito suspensivo; o que for provido retroagirá, nos efeitos, a data do ato impugnado.
Artigo 148 - O direito de pleitear na esfera administrativa
prescreverá:
I - em 2 (dois) anos, quanto aos atos dos quais decorram
demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos.

Artigo 149 - O prazo de prescrição contar-se-á da data da


publicação oficial do ato impugnado ou, quando este for de natureza reservada, da data
da ciência do interessado.
Artigo 150 - A instalação de inquérito administrativo interrompe a
prescrição.
Artigo 151 - Em relação ao abandono de cargo, a prescrição
começa a correr no trigésimo primeiro dia de faltas consecutivas ao serviço.
Artigo 152 - O pedido de reconsideração e o recurso, quando
cabíveis, interrompem a prescrição até duas vezes.
Artigo 153 - O funcionário que se dirigir ao Poder Judiciário ficará
obrigado a comunicar essa iniciativa ao seu chefe imediato para que esse providencie a
remessa do processo, se houver, ao juíz competente, como peça instrutiva da ação
judicial.
Artigo 154 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos
neste capítulo.

CAPÍTULO VIII
DA DISPONIBILIDADE

Artigo 155 - Extinguindo-se o cargo, o funcionário ficará em


disponibilidade com provento igual ao vencimento ou remuneração até seu obrigatório
aproveitamento em outro cargo de natureza e vencimento compatíveis com o cargo que
ocupava.
§ único – Restabelecido o cargo, ainda que modificada sua
denominação, será obrigatoriamente aproveitado nele o funcionário posto em
disponibilidade quando da extinção.

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Artigo 156 - O funcionário em disponibilidade poderá ser aposentado.

CAPÍTULO IX
DA APOSENTADORIA

Artigo 157 - O funcionário será aposentado:


I - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;
II - voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de efetivo exercício, se
homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com proventos
integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções
de magistério, se professor e 25 (vinte e cinco), se
professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem e aos 25
(vinte e cinco) se mulher, com proventos
proporcionais;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem
e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
III - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais
quando decorrentes de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificada em lei, e proporcional nos demais casos;
IV - nos demais casos previstos em lei complementar.
§ 1º – A aposentadoria por invalidez será precedida de licença
para tratamento de saúde por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses, salvo
quando o laudo médico concluir pela incapacidade definida para o servidor público.
§ 2º – Será aposentado o funcionário que, após 24 (vinte e
quatro) meses de licença para tratamento de saúde, for considerado inválido para o
serviço.
Artigo 158 - O provento de aposentadoria será:
I - integral, quando o funcionário:
a) contar tempo de serviço bastante para
aposentadoria voluntária (item II do artigo 157); ou
b) se invalidar por acidente de serviço, por moléstia
profissional ou em decorrência de tubercoluse ativa,
alienação mental, neoplasia maligna, cegueira
posterior ao ingresso no serviço público,
hanseníase, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante,
espondiloartrose arquilosante, nefropatia grave,
estados avançados de doença de Paget (osteíte
deformante) ou outra moléstia que a lei indicar com
base nas conclusões da medicina especializados.
II - proporcional ao tempo de serviço, nos demais casos.

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§ único – Os proventos da aposentadoria serão revistos, na


mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos
servidores em atividade, sendo estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a
aposentadoria, na forma da lei.
Artigo 159 - As despesas decorrentes da concessão da
aposentadoria serão suportadas por recursos dos cofres municipais enquanto não
constituído sistema previdenciário próprio, Fundo de Aposentadoria ou outra forma de
custeio equivalente
TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA ACUMULAÇÃO

Artigo 160 - É vedada a acumulação de quaisquer cargos.


§ único – Será permitida a acumulação quando houver
compatibilidade de horários:
I - de dois cargos de professor;
II - de um cargo de professor, com outro técnico ou
científico;
III - de dois cargos privativos de médico.
Artigo 161 - O funcionário não poderá exercer mais de uma função
gratificada, nem participar de mais de um órgão de deliberação coletiva.
Artigo 162 - Salvo o caso de aposentadoria por invalidez, é
permitido ao funcionário aposentado exercer cargo em comissão e participar de órgão
de deliberação coletiva, desde que seja julgado apto em inspeção de saúde que
precederá sua posse e respeitado o disposto no artigo anterior.
Artigo 163 - Verificada acumulação proibida, em processo
administrativo, é provada a boa fé, o funcionário optará por um dos cargos.
§ único – Provada a má fé, perderá também o cargo que exercia
há mais tempo e restituirá o que tiver percebido indevidamente.

CAPÍTULO II
DOS DEVERES
Artigo 164 - São deveres do funcionário:
I - assiduidade;
II - pontualidade;
III - discrição;
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IV - urbanidade;
V - lealdade as instituições constitucionais e administrativas
a que servir;
VI - observância das normas legais e regulamentares.
VII - obediência às ordens superiores, exceto quando
manifestadamente ilegais;
VIII - dar conhecimento à autoridade superior, das
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
IX - zelar pela economia e conservação do material que lhe
for confiado;
X - providenciar para que esteja sempre em ordem no
assentamento individual, a sua declaração de família;
XI - atender prontamente:
a) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;
b) à expedição das certidões requeridas para a defesa
de direito.

CAPÍTULO III

DAS PROIBIÇÕES

Artigo 165 - Ao funcionário é proibido:


I - referir-se de modo depreciativo publicamente ou em
informação, parecer ou despacho, às autoridades e a
atos da administração pública, podendo, porém, em
trabalho assinado, criticá-los de ponto de vista
doutrinário ou da organização do serviço;
II - retirar, sem prévia autorização da autoridade
competente, qualquer documento ou objeto da
repartição;
III - promover manifestações de apreço ou desapreço e
fazer circular ou subscrever lista de donativo no recinto
da repartição;
IV - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em
detrimento da dignidade da função;
V - coagir ou aliciar subordinado com objetivos de natureza
partidária;
VI - participar da gerência ou administração de empresa
industrial, comercial ou prestadora de serviços, com
objetivos econômicos;
VII - exercer atividade econômica ou participar de sociedade
exceto como acionista, cotista ou comanditário.
VIII - praticar usura em qualquer de suas formas;
IX - pleitear como procurador ou intermediário junto às
repartições públicas, salvo se tratar-se de percepção de
vencimentos e vantagens de parente até segundo grau;
X - receber propinas, comissões, presentes e vantagens de
qualquer espécie em razão das atribuições;
XI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora nos casos
previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe
competir ou a seus subordinados.

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CAPÍTULO IV
DA RESPONSABILIDADE

Artigo 166 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o


funcionário responde civil, penal e administrativamente.
Artigo 167 - A responsabilidade civil decorre de procedimento
doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Municipal ou de terceiros.
§ 1º – A indenização de prejuízo causado à Fazenda Municipal
no que exercer as forças de fiança, poderá ser liquidada mediante o desconto em
prestações mensais não excedentes da décima parte do vencimento ou remuneração, à
míngua de outros bens que respondam pela indenização.
§ 2º – Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
funcionário perante a Fazenda Municipal, em ação regressiva, proposta depois de
transitar em julgado a decisão de última instancia que houver condenado a Fazenda a
indenizar o terceiro prejudicado.
Artigo 168 - A responsabilidade penal abrange os crimes e
contraversões imputados ao funcionário nessa qualidade.
Artigo 169 - A responsabilidade administrativa resulta de atos ou
omissões praticados no desempenho do cargo ou função.
Artigo 170 - As cominações civis, penais e disciplinares poderão
cumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil,
penal de administrativa.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Artigo 171 - São penas disciplinares:


I - repreensão;
II - multa;
III - suspensão;
IV - destituição de função;
V - demissão;
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Artigo 172 - Na aplicação de penas disciplinares serão
consideradas a natureza, a gravidade na infração e os danos que dela provirem para o
serviço público.
Artigo 173 - Será punido o funcionário que, sem justa causa, deixar
de submeter à inspeção médica determinada por autoridade competente.
Artigo 174 - A pena de repreensão será aplicada por escrito nos
casos de desobediência ou falta de cumprimento dos deveres.
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Artigo 175 - A pena de suspensão, que não excederá de 90


(noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave ou de reincidência.
§ único – Quando houver conveniência para o serviço, a pena de
suspensão poderá ser convertida em multa na base de 50% (cinquenta por cento) por
dia de vencimento ou remuneração, obrigado, neste caso, o funcionário, a permanecer
em serviço.
Artigo 176 - A destituição de função terá por fundamento a falta de
exação no cumprimento do dever.
Artigo 177 - A pena de demissão será aplicada nos casos de:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - incontingência pública e escandalosa, vício de jogos
proibidos e embriaguez habitual;
IV - insubordinação grave em serviço;
V - ofensa física em serviço contra funcionário ou particular,
salvo em legítima defesa;
VI - aplicação irregular dos dinheiros públicos;
VII - revelação de segredo que o funcionário conheça em
razão do cargo;
VIII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
municipal;
IX - corrupção passiva nos termos da lei penal;
X - transgressão de qualquer dos itens IV a XI do art. 165.
§ 1º – Considera-se abandono do cargo a ausência do serviço,
sem justa causa por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
§ 2º – Será ainda demitido o funcionário que, durante o período
de 12 (doze) meses, faltar ao serviço 60 (sessenta) dias interpoladamente, sem causa
justificada.
Artigo 178 - O ato de demissão mencionará sempre a causa da
penalidade.
Artigo 179 - Atenta a gravidade da falta, a demissão poderá ser
aplicada com a nota “a bem de serviço público” a qual constará sempre dos atos de
demissão fundada nos itens I, VI, VII, VIII e IX do artigo 177.
Artigo 180 - Para imposição de pena disciplinar são competentes:
I - o Prefeito Municipal, nos casos de demissão, de
cassação de aposentadoria e disponibilidade;
II - o Prefeito Municipal, no caso de suspensão por mais de
30 (trinta) dias;
III - o chefe da repartição e outras autoridades, na forma
dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos
de repreensão ou suspensão até 30 (trinta) dias.
§ único – A pena de destituição de função, caberá a autoridade
que houver feito a designação do funcionário.

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Artigo 181 - Além da pena judicial que couber, serão considerados,


como de suspensão, os dias em que o funcionário deixar de atender às convocações
do júri sem motivo justificado.
Artigo 182 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se
ficar provado o inativo:
I - praticou falta grave no exercício do cargo ou função;
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
III - praticou usura em qualquer das suas formas.
§ único – Será igualmente cassada a disponibilidade ao
funcionário que não assumir no prazo legal o exercício do cargo ou função em que for
aproveitado.
Artigo 183 - Prescreverá:
I - em 2 (dois) anos, a falta sujeita as penas de
repreensão, multa ou suspensão;
II - em 4 (quatro) anos, a falta sujeita:
a) a pena de demissão, no caso do § 2º do artigo 177;
b) a cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
§ único – A falta também prevista na lei penal como crime
prescreverá juntamente com este.

CAPÍTULO VI
DA PRISÃO ADMINISTRATIVA

Artigo 184 - Cabe ao Prefeito Municipal solicitar fundamentalmente


a prisão administrativa do responsável por dinheiros e valores pertencentes à Fazenda
Municipal ou que se acharem sob a guarda desta no caso de alcance ou omissão em
efetuar as entradas nos devidos prazos.
§ único – Ordenada a prisão, se providenciará no sentido de ser
realizado, com urgência, o processo de tomada de contas.

CAPÍTULO VII
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Artigo 185 - A suspensão preventiva até 30 (trinta) dias será


ordenada pelo diretor da repartição desde que o afastamento do funcionário seja
necessário, para que este não venha influir na apuração da falta cometida.
§ único – Caberá ao Prefeito Municipal prorrogar até 90 (noventa)
dias o prazo da suspensão já ordenada, findo o qual cessarão os respectivos efeitos,
ainda que o processo não esteja concluído.
Artigo 186 - O funcionário terá direito:
I - à contagem de tempo de serviço relativo ao período em
que tenha estado preso ou suspenso, quando do
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processo não houver resultado pena disciplinar ou esta


se limitar a repreensão;
II - à contagem do período de afastamento que exceder do
prazo de suspensão disciplinar aplicada;
III - à contagem do período de prisão administrativa ou
suspensão preventiva e ao pagamento do vencimento
ou remuneração e de todas as vantagens do exercício,
desde que reconhecida a sua inocência.

TÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E SUA REVISÃO

CAPÍTULO I
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Artigo 187 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no


serviço público, é obrigada a promover-lhe a apuração imediata em processo
administrativo, assegurando-se ao acusado, ampla defesa.
§ único – O processo precederá à aplicação das penas de
suspensão por mais de 30 (trinta) dias, destituição de função, demissão e cassação de
aposentadoria e disponibilidade.
Artigo 188 - São competentes para determinar a abertura do
processo os chefes de repartição ou serviços em geral.
Artigo 189 - Promoverá o processo uma comissão designada pela
autoridade que o houver determinado e composta de três funcionários.
§ 1º – Ao designar a comissão, designada a autoridade indicará
dentre seus membros o respectivo presidente.
§ 2º – O presidente da comissão, designará o funcionário que
deva servir de secretário.
Artigo 190 - À comissão, sempre que necessário, dedicará todo o
tempo aos trabalhos do inquérito, ficando seus membros, em tais casos, dispensados
do serviço na repartição durante o curso das diligências e elaboração do relatório.
§ único – O prazo para o inquérito será de 60 (sessenta) dias,
prorrogável por mais 30 (trinta) dias, pela autoridade que tiver determinado a
instauração do processo, nos casos de força maior.
Artigo 191 - A comissão procederá a todas as diligências
convenientes, recorrendo, quando necessário, a técnicos ou peritos.
Artigo 192 - Ultimada a instrução, citar-se-á o indicados, o prazo
de 10 (dez) dias, apresentar defesa, sendo-lhe facultada vista do processo na
repartição.
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§ 1º – Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum


e de 20 (vinte) dias.
§ 2º – Achando-se indiciado em lugar incerto, será citado por
edital, com prazo de 15 (quinze) dias.
§ 3º – O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para
diligências reputadas imprescindíveis.
Artigo 193 - Será designado ex-ofício, sempre que possível,
funcionário da mesma classe e categoria para defender o indiciado revel.
Artigo 194 - Concluída a defesa, a comissão remeterá o processo
à autoridade competente, acompanhado de relatório, no qual concluirá pela inocência
ou responsabilidade do acusado, indicando, se na hipótese for esta última, à disposição
legal transgredida.
Artigo 195 - Recebido o processo, a autoridade julgadora proferirá
decisão no prazo de 20 (vinte) dias.
§ 1º – Não decidido o processo no prazo deste artigo, o indiciado
reassumirá automaticamente o exercício do cargo ou função, aguardando aí o
julgamento.
§ 2º – No caso de alcance ou malversação de dinheiros públicos,
apurado em inquérito, o afastamento se prolongará até a decisão final do processo
administrativo.
Artigo 196 - Tratando-se de crime, a autoridade que determinar o
processo administrativo, providenciará a instauração de inquérito policial.
Artigo 197 - A autoridade a quem for remetido o processo, proporá
a quem de direito, no prazo do artigo 192, as sanções e providências que excederem a
sua alçada.
§ único – Havendo mais de um indiciado e diversidade de
sanções, caberá o julgamento à autoridade competente para imposição de pena mais
grave.
Artigo 198 - Caracterizado o abandono de cargo ou função, e
ainda no caso do § 2º do artigo 177, será o fato comunicado ao serviço do pessoal, que
procederá na forma dos artigos 187 e seguintes.
Artigo 199 - Quando a infração estiver capitulada na lei penal, será
remetido o processo à autoridade competente, ficando translado na repartição.
Artigo 200 - Em qualquer fase do processo, será permitida a
intervenção do defensor constituído pelo indiciado.
Artigo 201 - O funcionário só poderá ser exonerado a pedido, após
a conclusão do processo administrativo a que responder, desde que reconhecida sua
inocência.
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CAPÍTULO II
DA REVISÃO

Artigo 202 - A qualquer tempo, poderá ser requerida a revisão o


processo administrativo de que resultou pena disciplinar, quando se aduzam fatos ou
circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do requerente.
§ único – Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a
revisão poderá ser requerida por qualquer das pessoas constantes do assentimento
individual.
Artigo 203 - Correrá a revisão em apenso ao processo originário.
Artigo 204 - O requerimento será dirigido ao Prefeito Municipal que
o encaminhará à repartição onde se originou o processo.
§ único – Recebido o requerimento, o chefe da repartição o
distribuirá a uma comissão composta de três funcionários sempre que possível de
categoria igual ou superior à do requerente.
Artigo 205 - No inicial, o requerente pedirá dia e hora para
inquirição das testemunhas que arrolar.
§ único – Será considerada informante, a testemunha que
residindo fora da sede onde funcionar a comissão, prestar depoimento por escrito.
Artigo 206 - Concluindo o encargo da comissão, em prazo não
excedente de 60 (sessenta) dias, será o processo com respectivo relatório
encaminhado ao Prefeito Municipal que o julgará.
§ 1º – Caberá ao Prefeito Municipal, o julgamento, com ciência
ao Legislativo Municipal, quando no processo revisto houver resultado pena de
demissão ou cassação de aposentadoria e disponibilidade.
§ 2º – O prazo para julgamento será de 30 (trinta) dias podendo,
antes, a autoridade determinar diligências, concluídas as quais se renovará o prazo.
Artigo 207 - Julgada procedente a revisão, tornar-se-á sem efeito a
penalidade imposta, restabelecendo-se todos os direitos por ela atingidos.

TÍTULO VI
CAPÍTULO ÚNICO
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 208 - O dia 28 de outubro será consagrado ao Funcionário
Público.

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Artigo 209 - Consideram-se da família do funcionário, além do


cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam as suas expensas e constem de seu
assentamento individual.
Artigo 210 - Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos
neste Estatuto.
§ único – Não se computará no prazo, o dia inicial, prorrogando-
se o vencimento, que incidir em domingo ou feriado, para o primeiro dia útil seguinte.
Artigo 211 - É vedado ao funcionário servir sob a direção imediata
do cônjuge ou parente até o segundo grau, salvo em função de confiança ou livre
escolha, não podendo exceder de 2 (dois) o seu número.
Artigo 212 - São isentos de taxas ou prêmios públicos os
requerimentos, certidões e outros papéis que, na ordem administrativa, interessarem à
qualidade do servidor público, ativo ou inativo.
Artigo 213 - Por motivo de convicção filosófica, religiosa ou
política, nenhum servidor poderá ser privado de qualquer de seus direitos, nem sofrer
alterações em sua atividade funcional.
Artigo 214 - É vedado exigir atestado de ideologia como condição
para posse ou exercício de cargo ou função pública.
§ único – Será responsabilizada criminal e administrativamente a
autoridade que infringir o disposto neste artigo.
Artigo 215 - As vagas dos cargos de classe inicial das carreiras
consideradas principais, nos casos de nomeação, serão providas da seguinte forma:
I - metade por ocupantes das classes finais das carreiras
auxiliares e metade por candidatos habilitados em
concurso;
II - o acesso obedecerá ao critério de merecimento
absoluto, apurado na forma da legislação vigente.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Artigo 216 - O Poder Executivo, dentro do prazo de 12 (doze)
meses, promoverá as medidas para a execução do plano de assistência referido no
artigo 139 desta lei.
§ único – O Plano de Classificação de Cargos será apresentado
ao Legislativo Municipal dentro do prazo de 90 (noventa) dias contados da publicação
desta lei.
Artigo 217 - A edição de Lei Complementar a Constituição Federal
instituindo disposições aplicáveis aos servidores das três esferas governamentais ou da
Constituição Estadual ocasionará a revisão da presente lei visando a sua
compatibilização com os princípios naquelas estabelecidas.

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§ único – O presente Estatuto não gera direito adquirido naquilo


que contrariar as mencionadas leis.

Artigo 218 - O servidor celetista, detentor de estabilidade conforme


os preceitos do artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias terá,
concomitamente a sua nomeação em cargo de provimento efetivo decorrente da
aprovação em teste seletivo, decretada a sua efetivação.

§ único – É assegurada vaga, ao servidor considerado estável,


independente da colocação obtida em teste seletivo, desde que obtenha a nota mínima
para aprovação.

Artigo 219 - Ao ser nomeado para o cargo de provimento efetivo


regido pelas normas do presente Estatuto, o servidor celetista implicitamente se
desligará do regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, sendo-lhe,
entretanto, assegurados os direitos trabalhistas resultantes do vínculo celetista, os
quais serão obrigatoriamente saldados pelo município quando da ocorrência de
rompimento de novo vínculo disciplinado por este Estatuto ou aposentadoria ou ainda
falecimento do funcionário.

Artigo 220 - O tempo de serviço efetivamente prestado ao


município, independentemente da espécie de vínculo será computado para efeito de
concurso de títulos em com peso nunca inferior a 40% (quarenta por cento).
Artigo 221 - Enquanto não for instituído o Plano de Assistência
referido no Capítulo VII ou Sistema Previdenciário Próprio, os Funcionários Públicos
Civis do Município, inclusive cargos em comissão, serão filiados à Previdência Social
Urbana em regime especial conforme o estipulado no artigo 6, § 2º e 3º da CLPS e se
submeterão ao regime especial de contribuições constantes dos incisos IV e XII do
artigo 122 da CLPS, expedida pelo Decreto Federal nº 89.312 de 23/01/1984.

Artigo 222 - Este Estatuto entrará em vigor na data de sua


publicação

Artigo 223 - Revogam-se as disposições em contrário.

GABINETE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE IRATI em 14 de


janeiro de 1991.

ALFREDO VAN DER NEUT


Prefeito Municipal

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