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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

Disciplina de Audiologia II
Módulo Audiologia Infantil / Profa Eliara

Nome: _____________________________________________________________

1) Leia a história clínica e responda as perguntas a seguir: O paciente M.B. sexo masculino, sete anos, foi levado para avaliação
audiológica por indicação do médico otorrinolaringologista, por apresentar queixas recorrentes de otites. M.B. já fez tratamento
medicamentoso em pelo menos três momentos no último ano para tal queixa. Neste ano só está fazendo acompanhamento clínico com
o ORL. Entretanto, apresenta boa saúde geral. Na anamnese, a mãe refere que não houve intercorrências durante a gestação e que o
parto foi à termo. M.B não apresentou Indicador de risco para deficiência auditiva (IRDA) e passou na Triagem Auditiva Neonatal (TAN),
mas nunca mais fez nenhum tipo de avaliação audiológica. Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) adequado até então. Apresenta
distorções na fala (problemas na produção do /R/), parece ter um comportamento desatento frente a sons ambientais e de fala. Não foi
alfabetizado na primeira série, mesmo com o retorno das aulas à presencialidade. Qual o roteiro da avaliação audiológica adequado ao
caso? Qual o possível resultado deste caso?
a) Meatoscopia, medidas de imitância acústica, audiometria tonal limiar, logoaudiometria com figuras e registro e análise das emissões
otoacústicas – Perda Auditiva condutiva de grau moderado bilateral;
b) Meatoscopia, medidas de imitância acústica, audiometria lúdica e logoaudiometria com figuras– Perda Auditiva neurossensorial de
grau moderado bilateral;
c) Meatoscopia, medidas de imitância acústica, audiometria tonal limiar e logoaudiometria com figuras – Limiares auditivos dentro dos
padrões da normalidade
d) Timpanometria, audiometria lúdica, logoaudiometria apontando partes do corpo e registro e análise das emissões otoacústicas –
Perda Auditiva condutiva de grau leve bilateral;
e) Timpanometria, audiometria tonal liminar, logoaudiometria apontando partes do corpo e registro e análise das emissões otoacústicas
– Limiares auditivos dentro dos padrões da normalidade

2) Leia a história clínica e responda as perguntas a seguir. A paciente A.C, sexo feminino, quatro anos, foi levado pelos pais ao
atendimento fonoaudiológico para avaliação audiológica por indicação do médico pediatra. Queixa principal: fala ininteligível e
comportamento desatento (parece não perceber sons fracos do ambiente e não responde bem quando é chamada, em especial quando
está vendo TV e/ou em ambientes ruidosos). Por apresentar queixas recorrentes de otalgia/febre, faz tratamento também com o médico.
Apresenta boa saúde geral. Na anamnese, a mãe refere que não houve intercorrências durante a gestação e que o parto foi à termo. A.C
não apresentou IRDA e passou na TAN e não fez nenhuma avaliação auditiva quando ingressou no maternal. Ao conversar com a paciente
foi difícil de compreendê-la, apesar da ótima interação e excelente compreensão de ordens (até mesmo ordem complexas). DNPM
adequado. Mãe refere ainda que percebe que A.C. ouve a televisão em volume muito alto e na devolutiva da conclusão do ano passado
no maternal a professora relatou que A.C parece muito distraída, não respondendo a alguns chamados, apesar de listar estas queixas
como as únicas (A.C teve excelente relação com os colegas, fez todas as atividades propostas com êxito e apresentou uma evolução
quando as habilidades manuais, reconhecimento de cores, números, letras). Durante o atendimento a fonoaudióloga realizou
meatoscopia, medidas de imitância acústica e audiometria. Responda qual foi a técnica escolhida para fazer a audiometria, o possível
status audiológico e a conduta para este caso?
a) Audiometria de reforço visual / perda auditiva condutiva leve bilateral / retorno ao pediatra
b) Audiometria lúdica / perda auditiva condutiva leve bilateral / retorno ao pediatra e encaminhamento para avaliação fonoaudiológica
c) Audiometria de reforço visual / perda auditiva condutiva moderada bilateral / encaminhamento para o otorrino
d) Audiometria convencional / perda auditiva condutiva leve bilateral / retorno ao pediatra ou otorrino e orientações a família quanto
ao desenvolvimento de linguagem (fala)
e) Audiometria de reforço visual / perda auditiva condutiva leve bilateral / encaminhamento ao otorrino e para avaliação fonoaudiológica

3) Leia a história clínica e responda as perguntas a seguir: O paciente V.H. sexo masculino, cinco meses, foi levado para avaliação
audiológica por indicação do médico pediatra, por falha na TAN e no resteste sem diagnóstico audiológico (foi agendado e a família não
compareceu, pois acredita que ele escuta bem). Atualmente o paciente apresenta boa saúde geral e o desenvolvimento neurospicomotor
está com um pequeno atraso (a mãe não soube explicar muito bem, mas o bebê ainda não controle da cabeça e parecer ser “amolecido”).
Na anamnese, a mãe refere que durante a gestação apresentava pressão alta e V.H nasceu de 34 semanas, com 1.400Kg, ficou na UTI
por 26 dias e fez uso de vancomicina, paracetamol e diuréticos de alça. Mas a mãe não soube dizer quais foram as intercorrências que
sofreu para ficar na UTI, mas lembra que ele precisava “ganhar peso” para ter alta e fez muitos exames e procedimentos. Já foi avaliado
pelo neuro e provavelmente não terá nenhum comprometimento. Na avaliação oftálmica também não teve nenhuma intercorrência,
apenas precisa fazer acompanhamento. Qual o roteiro da avaliação audiológica adequado ao caso? Qual o possível resultado deste caso?
a) Meatoscopia, medidas de imitância acústica, audiometria de reforço visual e registro e análise das emissões otoacústicas – Perda
Auditiva neurossensorial de grau moderado descendente bilateral;
b) Meatoscopia, timpanometria, Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (protocolo neurológico) e registro e análise das
emissões otoacústicas – Perda Auditiva neurossensorial de grau moderado descendente bilateral;
c) Meatoscopia, medidas de imitância acústica, Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (protocolo neurológico e pesquisa dos
limiares eletrofisiológicos), Registro e análise das emissões otoacústicas – Perda Auditiva condutiva de grau leve ou moderada bilateral;
d) Meatoscopia, medidas de imitância acústica, Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (protocolo neurológico e pesquisa dos
limiares eletrofisiológicos) – Perda Auditiva neurossensorial de grau moderado descendente bilateral;
e) Meatoscopia, medidas de imitância acústica, audiometria de reforço visual, Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico
(protocolo neurológico e pesquisa dos limiares eletrofisiológicos) e registro e análise das emissões otoacústicas – Perda Auditiva
neurossensorial de grau moderado bilateral;

4) No Serviço de Atendimento Fonoaudiológico, no durante o acolhimento de uma criança de quatro anos, com queixa de atraso na
aquisição de fala, a nossa conduta foi realizar incialmente avaliação audiológica, para posteriores avaliações fonoaudiológicas. Paciente
não havia realizado a TAN e não apresentava Indicadores de risco para a deficiência auditiva. E sobre o comportamento auditivo: não
presta atenção nas vozes e sons ambientais, além de não ter interesse em músicas, mas sente incômodo com sons fortes. A fonoaudióloga
teve muita dificuldade de interação com a criança. Na avaliação audiológica a Infantil obtivemos os seguintes resultados: timpanometria
do tipo A (não permitiu a realização da pesquisa dos reflexos acústicos), audiometria lúdica sem respostas adequadas (difícil
condicionamento e respostas inconsistentes), presença de emissões otoacústicas transientes e conseguimos apenas realizar o protocolo
neurológico no PEATE, pois não dormiu para a conclusão do exame (latências absolutas e interpicos normais). Ao concluir estas avaliações
audiológicas qual a possível inferência sobre o status audiológico? Qual a melhor conduta?
a) A criança possivelmente apresenta perda auditiva neurossensorial de grau leve bilateral e a melhor conduta é a realização do PEATE-
FE (frequência específica 500, 1K, 2K e 4KHz) para adaptar próteses auditivas;
b) A criança possivelmente apresenta perda auditiva condutiva moderada e a conduta adequada é encaminhar para o otorrino tratar a
condição de orelha média, posteriormente fazer avaliação de fala;
c) A criança possivelmente apresenta perda auditiva neurossensorial de grau acentuada (perda auditiva no mínimo severa), a melhor
conduta é a realização do PEATE-FE (frequência específica 500, 1K, 2K e 4KHz) para adaptar próteses auditivas e fazer avaliação/terapia
de fala;
d) A criança possivelmente apresenta audição normal, mas sugerir nova tentativa de realização do PEATE-FE para pesquisa dos limiares
eletrofisiológicos e fazer avaliação/terapia de fala (investigar possível autismo e/ou outros transtornos de desenvolvimento);
e) A criança possivelmente apresenta alteração retrococlear, a melhor conduta é a realização do PEATE-FE (frequência específica 500,
1K, 2K e 4KHz) para depois encaminhar ao otorrino para investigação médica do problema e posteriormente fazer avaliação de fala.

5) Uma criança de oito anos com doença genética foi encaminhada pelo pediatra para o Ambulatório de Audiologia Infantil para
avaliação audiológica. Após a entrevista com os pais e leitura do relato da avalição médica, a fonoaudióloga coletou as seguintes
informações: queixa de perda auditiva começou aos sete anos (logoaudiometria incompatível com limiares aéreos); comportamento
auditivo: dificuldade em escutar a fala em níveis normais de conversação, além de uma dificuldade grande de compreensão de fala; ataxia
da marcha e propriocepção prejudicada nos membros inferiores; hipotonia e disartria. Qual o IRDA correspondente (possível etiologia)?
Qual o possível laudo audiológico? Local da lesão na via auditiva?
a) Ataxia de Friedreich / Perda Auditiva Neurossensorial de grau moderado bilateral / Alteração no nervo auditivo
b) Síndrome de Down / Perda Auditiva Neurossensorial de grau moderado bilateral / alteração de orelha média
c) Síndrome de Alport / Perda Auditiva Condutiva de grau moderado unilateral / alteração de orelha média
d) Síndrome de Usher / Perda Auditiva Neurossensorial de grau moderado bilateral / Alteração no nervo auditivo
e) Ataxia de Rett / a Auditiva Neurossensorial de grau moderado bilateral / alteração de orelha interna e/ou nervo auditivo

6) Em um programa de TAN de um hospital público do interior do RS, um bebê com Indicador de Risco para deficiência auditiva falhou
na TAN, por meio de EOAT, feito no dia do seu nascimento. No reteste foi feito o registro e análise das EOAT (emissão transiente) e
EOAPD (emissão produto de distorção) e o bebê passou nos dois procedimentos. Ele recebeu alta do programa de saúde auditiva.
Responda duas questões: Qual ou quais a(s) inadequação(ões) deste programa de TAN?
a) Inadequação: fazer a TAN nas primeiras 48hs de vida do bebê, fazer TAN com EOAT e o protocolo de reteste ser EOAT + EOAPD
b) Inadequação: fazer a TAN nas primeiras 24hs de vida do bebê e o protocolo de reteste correto seria PEATEa
c) Inadequação: fazer a TAN nas primeiras 24hs de vida do bebê e o protocolo de reteste correto apenas EOAT
d) Inadequação: fazer a TAN nas primeiras 24hs de vida do bebê e o protocolo de reteste correto seria PEATE (protocolo neurológico)
e deveria realizar acompanhamento da audição e linguagem até um ano de vida
e) Inadequação: fazer a TAN nas primeiras 24hs de vida do bebê, fazer TAN com EOAT e o protocolo de reteste ser EOAT + EOAPD,
além dar alta do programa de saúde auditiva

7) Em um programa de TAN quando a bebê falha na TAN, por meio de EOAT, feito na maternidade e no reteste com PEATE-a tem o
resultado passa. Este bebê é considerado um falso-negativo, falso-positivo, negativo-verdadeiro ou positivo –verdadeiro, por que?
a) Bebê é um falso-negativo, pois falhou na TAN (TAN negativa), mas no reteste passou (Reteste positiva);
b) Bebê é um falso-positivo, pois falhou na TAN (TAN positiva), mas no reteste passou (Reteste negativo);
c) Bebê é um negativo-verdadeiro, pois falhou na TAN (TAN negativa), mas no reteste passou (Reteste positiva);
d) Bebê é um positivo-verdadeiro, pois falhou na TAN (TAN negativa), mas no reteste passou (Reteste positivo);
e) todas as alternativas estão erradas
8) Diretrizes são orientações, guias, rumos. São linhas que definem e regulam um traçado ou um caminho a seguir. Diretrizes são
instruções ou indicações para se estabelecer um plano, uma ação, um negócio etc. Assim as diretrizes para a realização da Triagem
Auditiva Neonatal Universal (TANU), no Brasil, foram publicadas em 2010. Fazem parte das recomendações feitas pelo COMUSA, EXCETO:
a) No caso de neonatos sem indicadores de risco para a deficiência auditiva, o método recomendado para a TANU é o registro das
Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE), por estímulo transiente ou produto de distorção;
b) Nos casos de falha com a utilização do método das EOAE, recomenda-se a utilização do PEATE automático (PEATE-A) antes da alta
hospitalar e/ou no retorno para re-teste;
c) Para os neonatos com indicadores de risco para a deficiência auditiva, recomenda-se como método inicial de triagem o registro dos
PEATE-A na intensidade de 35 dB NA e monitoramento da função auditiva até pelo menos dois anos de idade;
d) Dentre os principais Indicadores de Risco para a Deficiência Auditiva (IRDA), estão anomalias craniofaciais envolvendo orelha e osso
temporal, além de infecções virais ou bacterianas pós-natais, como zica-vírus e meningite;
e) todas as alternativas estão corretas.

9) Analise os dados de um programa de TAN de um hospital público do interior do RS e responda a questão a seguir: Neste hospital
nascem 21 bebês por dia, a TAN acontece todos os dias da semana. No mês passado a fonoaudióloga atendeu 350 bebês, destes 90%
não apresentavam IRDA e 10% apresentavam risco. Este programa de TAN é universal? Justifique.
a) é universal, pois a fono atende bebês com e sem indicadores de risco de risco para a deficiência auditiva e o hospital oferece TAN
todos os dias da semana;
b) é universal, pois a fono atende mais de 85% dos bebês com e sem indicadores de risco para a deficiência auditiva e o hospital oferece
TAN todos os dias da semana;
c) não é universal, pois a fono não atende 95% dos bebês, mesmo que atenda todos os dias da semana e independentemente da presença
ou não dos indicadores de risco para a deficiência auditiva;
d) não é universal, pois a fono não atende 100% dos bebês, mesmo que atenda todos os dias da semana;
e) com estes dados não é possível responder esta pergunta, mas acredito que não seja universal.

10) A sobre a logoaudiomatria nas crianças é incorreto afirmar:


a) A logoaudiometria infantil deve ser feita com figuras quando a criança apresentar diagnóstico de transtornos dos sons da fala, como
por exemplo, em crianças com apraxia de fala ou transtorno fonológico;
b) A logoaudiometria infantil pode ser feita com nomeação das partes do corpo em crianças pequenas e com vocabulário restrito;
c) A logoaudiometria infantil pode ser feita com “apontar as partes do corpo” para crianças sem oralidade, mas que apresentam boa
interação com a fono que está avaliando;
d) A logoaudiometria infantil deve seguir as mesmas regras de execução da técnica dos adultos, ao pensar em nível de apresentação dos
estímulos verbais e os resultados esperados no Limiar de Recepção de fala não são comparados com a média tritonal;
e) Na logoaudiometria infantil devem ser escolhidas palavras que fazem parte do vocabulário da criança e em criança com
desenvolvimento de fala típico podemos solicitar que repitam as palavras, como fazemos com os adultos.

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CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

Disciplina de Audiologia II
Módulo Audiologia Infantil / Profa Eliara

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