Texto 1
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Texto 1
Orientações:
Texto 1
O direito ao esquecimento é o direito que uma pessoa possui de não permitir que um
fato, ainda que verídico, ocorrido em determinado momento da vida dela, seja exposto ao
público em geral, causando a essa pessoa sofrimento ou transtornos. No Brasil, ele é visto como
uma consequência do direito à privacidade, intimidade e honra, assegurados pela Constituição
brasileira de 1988. Alguns autores também afirmam que esse direito é uma decorrência da
dignidade da pessoa humana.
Atualmente o direito ao esquecimento voltou a ser tema, pois a internet praticamente
eterniza as notícias e as informações, mesmo que uma pessoa almeje que elas sejam esquecidas.
É o caso, por exemplo, de certa apresentadora de televisão que, no passado, fez um filme que
ela não mais deseja que seja exibido ou rememorado por lhe causar prejuízos profissionais e
transtornos pessoais.
Texto 2
A existência de um direito ao esquecimento é tema extremamente controvertido.
Aqueles que sustentam a tese da inexistência desse direito argumentam que: implicaria violação
à liberdade de expressão; seria uma forma de reescrever – ou apagar – a história; sob o
argumento de proteção da intimidade, estaria sendo realizada uma verdadeira censura a
determinadas informações; a proteção à privacidade e intimidade deveria ceder quando em
confronto com o interesse público de acesso à informação; nada haveria de ilícito em registrar –
e reafirmar – um fato que já era público.
Nesse contexto, é nítida a tensão existente entre o direito ao esquecimento e a liberdade
de expressão. Tal tensão é ainda mais intensa na atualidade, quando se fala na existência dos
direitos comunicativos, caracterizados não apenas pela liberdade de todos os cidadãos de
expressar ideias e opiniões, mas também pela garantia de que tais direitos sejam exercidos
livremente. Contudo não se atribui à liberdade de expressão a condição de direito
absolutamente imune a qualquer limite e restrição. A legislação brasileira defende a proteção à
privacidade ao reconhecer que “a vida privada da pessoa natural é inviolável”, o que permite ao
juiz, a requerimento do interessado, adotar as providências necessárias.
Proposta 1. Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um
texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o
tema:
Fatos da vida das pessoas noticiados na internet: entre o direito ao esquecimento e o interesse
público de acesso à informação