Texto 1

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Atividade 18

Orientações:

• Passe seu texto a caneta na folha de redação;


• Identifique-se e indique o número da aula e a atividade escolhida, se houver mais de uma;

Para os alunos on-line:

• Faça o seu rascunho manuscrito para controlar o número de linhas;


• Digite seu texto no Word e anexe o arquivo no e-mail;
• Identifique no assunto do e-mail o número da aula e da atividade escolhida, se houver mais de uma;
• Envie seu texto para: redacaomedmagno@gmail.com

Considere a coletânea a seguir:

Texto 1

O direito ao esquecimento é o direito que uma pessoa possui de não permitir que um
fato, ainda que verídico, ocorrido em determinado momento da vida dela, seja exposto ao
público em geral, causando a essa pessoa sofrimento ou transtornos. No Brasil, ele é visto como
uma consequência do direito à privacidade, intimidade e honra, assegurados pela Constituição
brasileira de 1988. Alguns autores também afirmam que esse direito é uma decorrência da
dignidade da pessoa humana.
Atualmente o direito ao esquecimento voltou a ser tema, pois a internet praticamente
eterniza as notícias e as informações, mesmo que uma pessoa almeje que elas sejam esquecidas.
É o caso, por exemplo, de certa apresentadora de televisão que, no passado, fez um filme que
ela não mais deseja que seja exibido ou rememorado por lhe causar prejuízos profissionais e
transtornos pessoais.

(Flávia T. Ortega. “O que consiste o direito ao esquecimento?”.


https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br, 11.08.2020. Adaptado.)

Texto 2
A existência de um direito ao esquecimento é tema extremamente controvertido.
Aqueles que sustentam a tese da inexistência desse direito argumentam que: implicaria violação
à liberdade de expressão; seria uma forma de reescrever – ou apagar – a história; sob o
argumento de proteção da intimidade, estaria sendo realizada uma verdadeira censura a
determinadas informações; a proteção à privacidade e intimidade deveria ceder quando em
confronto com o interesse público de acesso à informação; nada haveria de ilícito em registrar –
e reafirmar – um fato que já era público.
Nesse contexto, é nítida a tensão existente entre o direito ao esquecimento e a liberdade
de expressão. Tal tensão é ainda mais intensa na atualidade, quando se fala na existência dos
direitos comunicativos, caracterizados não apenas pela liberdade de todos os cidadãos de
expressar ideias e opiniões, mas também pela garantia de que tais direitos sejam exercidos
livremente. Contudo não se atribui à liberdade de expressão a condição de direito
absolutamente imune a qualquer limite e restrição. A legislação brasileira defende a proteção à
privacidade ao reconhecer que “a vida privada da pessoa natural é inviolável”, o que permite ao
juiz, a requerimento do interessado, adotar as providências necessárias.

(Ulisses C. M. de Sousa. “Decisão do STJ contribuiu para o aprimoramento do direito ao


esquecimento”. www.conjur.com.br, 11.05.2018. Adaptado.)
Texto 3
Uma ex-participante do reality show Big Brother Brasil (BBB) ficou conhecida por ter sido
eliminada com a maior rejeição da história do programa. Em 2016, ela foi convidada para
participar novamente da atração, mas negou o convite e afirmou não autorizar que o canal
divulgasse qualquer detalhe sobre a sua vida. Todavia, um site ligado à emissora publicou uma
matéria na internet por meio da qual afirmou que a ex-BBB, após deixar o programa, “enfrentou
problemas de rejeição nas ruas”. A matéria trouxe várias reproduções de fotos da ex-
participante, que foram retiradas de suas redes sociais e replicadas por veículos de comunicação.
Incomodada com a situação, a ex-BBB procurou a Justiça para ser indenizada por danos
morais. Em primeira instância, o pedido dela foi negado. Para o juiz Daniel Fabretti, os sites não
cometeram excesso ao divulgar fatos sobre a participação dela no programa, bem como de sua
vida privada. Segundo o magistrado, “nenhuma informação foi inventada ou aumentada. A
autora, ao participar desse tipo de programa, torna-se uma personalidade e é comum esse tipo
de reportagem, para que o público saiba como está a celebridade nos tempos atuais”.
Entretanto, em segunda instância, ao reexaminar a demanda da ex-BBB, a decisão final
no Tribunal de Justiça de São Paulo atentou ao fato de que a liberdade de imprensa tem como
base o interesse público da obtenção da informação, o que, segundo o desembargador Alcides
Leopoldo e Silva Júnior, não se aplica a esse caso, e as empresas de mídia envolvidas foram
condenadas a indenizar a ex-participante em R$ 20 mil.

(“Ex-BBB tem direito a ser esquecida, decide Justiça”. www.gazetadopovo.com.br, 22.01.2018.


Adaptado.)

Proposta 1. Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um
texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o
tema:

Fatos da vida das pessoas noticiados na internet: entre o direito ao esquecimento e o interesse
público de acesso à informação

Seu texto deve ter entre 15 e 20 linhas.

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