Armazenamento e Germinação de Mogno Brasileiro em Diferentes Ambientes
Armazenamento e Germinação de Mogno Brasileiro em Diferentes Ambientes
Resumo
O mogno brasileiro é uma espécie encontrada naturalmente na região amazônica. Por apresentar alto
valor comercial sofreu intensa extração de suas matrizes. Atualmente, a espécie é amparada por lei a
fim de evitar o risco de extinção. Uma das alternativas para manter a disponibilidade da espécie é o
armazenamento das sementes, já que elas são classificadas como ortodoxa/intermediária. Nesse
sentido, o objetivo do estudo foi avaliar o tempo de armazenamento e a germinação em diferentes
condições ambientais. O experimento foi realizado no Laboratório de Sementes Florestais da UFOPA
com sementes coletadas na rodovia PA-170. Utilizou o delineamento inteiramente casualizado (DIC)
com o controle e dois tratamentos caracterizados pelos diferentes ambientes, câmara úmida e
geladeira. As variáveis avaliadas foram porcentagem de Germinação (G%), Coeficiente da
Velocidade de Germinação (CVG), Tempo Médio de Germinação (TM) e Índice de Velocidade de
Germinação (IVG). A porcentagem de germinação variou bastante entre os tratamentos, 83% em T0,
47% em T1 e 26% em T2. Logo, os resultados mostraram que o armazenamento em câmara úmida
apresentou melhor desempenho em relação a geladeira, entretanto, o dado teve decréscimo
relevante em relação ao controle.
Introdução
Material e Métodos
Resultados e Discussão
Nos testes aplicados para avaliação dos tratamentos observou-se as médias dos itens da
porcentagem de germinação (Tabela 1), com 83% para T0, 47% em T1 e 26% em T2. Os tratamentos
apresentaram significância entre si, sendo o T0 o tratamento com melhor desempenho já que não
houve a influência do tempo e da condição do ambiente. O tratamento T1 foi o de melhor
desempenho a considerar o armazenamento, tal condição descreve o comportamento das sementes
estudadas por Vianna (1982) sob as mesmas condições, porém a câmara seca se sobressaiu nos
testes indicados por ele. Entretanto, nesse estudo as sementes mantiveram integridade até o sétimo
mês, o que divergiu na presente pesquisa. Em outro estudo com mogno brasileiro recomendou-se o
armazenamento no refrigerador pois apresentava 90% de germinação após 1 ano (LEMOS FILHO;
DUARTE, 2001), contudo a mesma avaliação aplicada não foi eficaz, uma vez que o tratamento
apresentou o pior desempenho germinativo.
Segundo estudos realizados por Carvalho & Leão (1995), as sementes de Swietenia
macrophylla se mantem conservadas secas e em embalagens impermeáveis, isso explica uma das
hipóteses para os resultados expressos onde as sementes mostraram-se intolerantes a umidade.
Os resultados obtidos pelo CVG (tabela 1) descrevem que o T2 foi o que apresentou maior
coeficiente sendo estatisticamente igual ao coeficiente de T1 que, por sua vez, não diferiu do T0. Para
o TMG (tabela 1), houve significância do T0 em relação aos outros dois, com médias estatisticamente
iguais. O IVG (tabela 1) foi significativo para os tratamentos T0 e T1. A taxa germinativa diária foi
constante para T0 ao longo dos 14 dias avaliados, seguido por T1 e T2, respectivamente. De
qualquer forma, T1 e T2 foram os que apresentaram mais indivíduos com a eclosão da radícula nos
primeiros dias.
Conclusões
Referências Bibliográficas
LIMA JÚNIOR, M. de J. V.; GALVÃO, M. S. Mogno Swietenia macrophylla King. Informativo Técnico
da Rede de Sementes da Amazônia, n. 8, 2005. 2p.
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for Statistical Computing, Vienna, Austria. URL https://www.R-project.org/.