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PCA 636 Rev1 2024 - 05

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UN 636
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
Revisão: Data:
01 Mai/24

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO
AUDITIVA – PCA

FORTES ENGENHARIA LTDA


30.677.132/0001-13

UN 636 Implantação dos Reservatórios


Circulares

Número do Contrato: 5900101086

Maio/2024
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Revisão: Data:
01 Mai/24

Segue abaixo planilha de monitoramento das revisões permitindo evidenciar o acompanhamento periódico das
medidas preventivas estabelecidas neste programa.

Planilha de controle das revisões

Revisão
Nº Rev Justificativa Responsável
Sim Não

( ) (x) 00 Emissão Inicial Milena Serafim Scarpat

(X) ( ) 01 Avaliação do programa. Revisão de cronograma Vanessa Michele de Castro

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ÍNDICE

 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA........................................................................................................................ 5

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 6

2. OBJETIVO.................................................................................................................................................... 6

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA..................................................................................................................... 7

4. RESPONSABILIDADES................................................................................................................................... 7

5. CONCEITOS BÁSICOS.................................................................................................................................... 8

5.1. Sistema auditivo..................................................................................................................................... 8


5.2. O som, o ruído e as interações com os indivíduos......................................................................................9
5.2.1. Duração da exposição................................................................................................................9
5.2.2. Distância da fonte......................................................................................................................9
5.2.3. Tipos de ruído............................................................................................................................9
5.2.4. Frequência.................................................................................................................................9
5.2.5. Intensidade..............................................................................................................................10
5.2.6. Susceptibilidade individual......................................................................................................10
5.3. Espectro audível e o decibel (dB).................................................................................................10
5.3.1. Adição de níveis de pressão sonora.........................................................................................11
5.3.2. Curvas de compensação..........................................................................................................11
5.4. Efeitos do ruído à saúde do exposto....................................................................................................... 12
5.4.1. PAIR – Perda permanente........................................................................................................13
5.4.2. Trauma acústico.......................................................................................................................14
5.4.3. Mudança temporária do limiar auditivo ou “Temporary TresholdShift” (TTS).........................14
5.5. Fatores para a perda da audição............................................................................................................ 14
6. ASPECTOS LEGAIS...................................................................................................................................... 15

7. PROTEÇÃO DA AUDIÇÃO............................................................................................................................ 16

7.1. Qualificação do EPI............................................................................................................................... 16


7.2. Tipos de protetores auriculares.............................................................................................................. 16
7.3. Como identificar um bom protetor auricular...........................................................................................19
7.4. Escolha dos protetores auriculares......................................................................................................... 19

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7.4.1. Protetores usados pela empresa.............................................................................................19


8. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO........................................................................................................................ 20

8.1. Medidas de controle do ruído................................................................................................................ 20


9. CÁLCULO DA REDUÇÃO DO RUÍDO.............................................................................................................. 20

9.1. Grupos homogêneos de exposição ao ruído............................................................................................ 21


9.2. Resumo de resultados das avaliações de ruído........................................................................................ 23
10. SELEÇÃO DOS PROTETORES AURICULARES................................................................................................... 23

10.1. Como selecionar um bom protetor auricular........................................................................................... 23


10.2. Elementos da proteção efetiva............................................................................................................... 24
10.3. Colocação e uso correto........................................................................................................................ 24
10.4. Distribuição dos protetores auriculares................................................................................................... 25
10.5. Inspeção, manutenção, limpeza e guarda................................................................................................ 25
10.6. Treinamento........................................................................................................................................ 26
10.7. Monitoramento do uso......................................................................................................................... 27
11. AVALIAÇÃO MÉDICA – CONTROLE MÉDICO.................................................................................................. 27

11.1. A importância da audiometria no PCA.................................................................................................... 28


12. ANEXOS..................................................................................................................................................... 28

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 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Empresa: FORTES ENGENHARIA LTDA


Endereço: Avenida Maruípe 2793 – Santa Luiza – Vitória/ES – CEP: 29045-235
CNPJ: 30.677.132/0001-13

Código e Descrição da Atividade Econômica Principal:


41.20-4-00 - Construção de edifícios

Código e Descrição da Atividade Econômica Secundárias:


71.12-0-00 - Serviços de engenharia
42.99-5-99 - Outras obras de engenharia civil não especificadas anteriormente
Grau de Risco: 3 (três)

DADOS DA OBRA:

Empresa: VALE S.A.


CNPJ: 33.592.510/0001-54

Código e Descrição da Atividade Econômica Principal:


07.10-3-01 - Extração de minério de ferro
Grau de Risco: 4 (quatro)
Objeto do contrato: Implantação dos reservatórios circulares em placas pré-moldadas protendidas, incluindo serviço
de construção das fundações e fornecimento e montagem dos sistemas pré-moldados, localizada na região das Usinas
5 a 7 – Pátio k e TPM, na Unidade Tubarão, em Vitória/ES.

O grau de risco do Projeto será o grau de risco n. 04

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1. INTRODUÇÃO
As exigências de caráter legal e normativas em relação à segurança no trabalho são conhecidas pela Fortes Engenharia
que atua de acordo as mesmas.
A segurança e o bem-estar dos funcionários são de fundamental importância para a Empresa que procura diminuir
perdas, acidentes e doenças do trabalho. Toda movimentação executiva tem que ter embasamento prevencionista,
isto é, nenhum trabalho pode ser feito sem segurança e sem que todos recebam treinamentos e orientações
específicas para prevenção de acidentes. São fornecidos Equipamentos de Proteção Individual a seus funcionários,
recebem a orientação necessária e é verificada a sua efetiva utilização nas atividades diárias.

2. OBJETIVO
O objetivo deste programa é assegurar a todos os trabalhadores proteção contra ruídos que possam causar danos ao
aparelho auditivo e procurar eliminar ou minimizar a exposição ao ruído no local de trabalho.
O PCA vem de uma integração entre o PGR e o PCMSO como no esquema abaixo:

PGR Integração dos


PCMSO
Programa de Programas Programa de Controle
Gerenciamento de
Médico de Saúde
Riscos
Ocupacional

Avaliação dos Riscos Ambientais Avaliação dos Efeitos nos


Expostos

PCA
Programa de Conservação
Auditiva

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3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
 Normas Regulamentadoras - Portaria N. º 3214/78
 PGR: Programa de Gerenciamento de Riscos
 PCMSO: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
 CAT: Comunicação de Acidente do Trabalho
OBS: Este documento é parte integrante do PGR e PCMSO da empresa.

4. RESPONSABILIDADES
Do empregador
 Fornecer o protetor auricular, conveniente e apropriado, para proteger à saúde do trabalhador.
 Permitir ao empregado, que usa o protetor auricular, deixar a área de risco por qualquer motivo relacionado
com seu uso:
 Falha do protetor auricular que altere a proteção proporcionada pelo mesmo;
 Grandes desconfortos devido ao uso do protetor, ou grande aumento de ruído no local;
 Mal-estar sentido pelo usuário, tais como: dor de cabeça, zumbido no ouvido, dificuldade para se
comunicar, e outros;
 Trocar componentes do protetor, sempre que necessário.
 Treinar quanto à utilização adequado da proteção auricular.

Do empregado
 Usar o protetor auricular de acordo com as instruções e treinamentos recebidos.
 Guardar o protetor auricular, de modo conveniente para que não o danifique ou deforme.
 Comunicar aos profissionais de segurança do trabalho, qualquer alteração do seu estado de saúde quanto sua
capacidade auditiva.
 Fazer higiene adequada dos protetores auriculares.

Do SESMT
 Realizar o monitoramento dos riscos auditivos;
 Investigar a causa do mau funcionamento do protetor auricular e tomar providências para saná-la. Se o defeito for
de fabricação, deve ser comunicado ao fabricante.
 Treinar todos os funcionários expostos ao risco, quanto ao uso do protetor auditivo.

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5. CONCEITOS BÁSICOS
3.1. Sistema auditivo
O nosso sistema auditivo está dividido em três partes principais: orelha externa, orelha média e orelha interna.
De uma maneira bem simplificada, podemos dizer que a orelha externa é composta pelo pavilhão da orelha, que é
uma fina cartilagem elástica recoberta de pele, que capta e direciona as ondas sonoras, canalizando-as até o tímpano e
pelo meato acústico externo, que é um canal que se estende até a membrana do tímpano e é bastante sinuoso. Este
canal tem aproximadamente 3,5cm, variando de uma pessoa para outra.
Fazem parte da orelha média a membrana timpânica, que é constituída por um material muito fino de espessura de
0,1mm, os três ossículos (bigorna, estribo, martelo), que transmitem as vibrações da membrana e a tuba auditiva, que
mantém o arejamento das cavidades da orelha média, através de uma abertura intermitente que se dá no ato de
deglutir, bocejar ou espirrar. No final da orelha média, está a janela oval.
A janela oval está ligada à orelha Interna, que é composta por um conjunto de cavidades. Uma delas é a cóclea,
parecida com um caracol e possui duas e meia espiras enroladas ao redor de uma área central, repleta de células
ciliares externas e internas, responsáveis por transmitir as vibrações do líquido coclear para o nervo acústico, que leva
os impulsos aos centros corticais da audição no cérebro, onde se dá o fenômeno consciente da sensação sonora.
No processo da fala, por exemplo, estão sendo formadas ondas, devido a uma variação de pressão no ar. Se esta
variação de pressão possuir uma intensidade suficiente para vibrar a membrana timpânica, essas vibrações são
transmitidas à orelha média, através da alavanca formada pelos três pequenos ossículos, chegando à orelha interna e
ao nervo acústico.

Sistema Auditivo Humano

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3.2. O som, o ruído e as interações com os indivíduos.


Podemos entender o som como qualquer variação de pressão em um meio elástico (no ar, água ou outro meio) que o
ouvido humano possa detectar, ou seja, uma vibração que é transmitida na forma de ondas e percebida pelo indivíduo
como “agradável”. O meio mais importante neste trabalho é o aéreo.
Quando o som não é desejado ou incômodo, ou possui uma combinação não harmoniosa, dizemos que o mesmo se
transformou em ruído ou barulho. Uma das principais características do ruído é a mistura de sons, cujas frequências
não seguem uma regra precisa.
Existem alguns fatores responsáveis por transformar um som agradável em um ruído irritante e desagradável. São eles:
 Duração da exposição
 Distância da fonte geradora de ruído
 Tipos de ruídos
 Frequência / intensidade
 Susceptibilidade individual

3.2.1. Duração da exposição


Quanto menor o tempo de exposição, menor a probabilidade de desenvolvimento de problemas auditivos. Quanto
maior o tempo de exposição ao ruído, maior a possibilidade de desenvolvimento de problemas auditivos.

3.2.2. Distância da fonte


Quanto mais próximo estivermos do ruído, maior a probabilidade de “ferirmos” ou causarmos traumas acústicos,
como rompimento da membrana timpânica. Quanto mais nos afastamos da fonte do ruído, menor será o nível ao qual
estaremos expostos. Porém, dependendo da intensidade e tempo de exposição a este ruído, ainda corremos riscos de
perdas auditivas.

3.2.3. Tipos de ruído


O ruído contínuo é o que permanece estável com variações máximas de 3 a 5 dB(A)durante um longo período.
Exemplo: máquina trabalhando - furadeira ou britadeira em operação, o trânsito na cidade.
O ruído intermitente é um ruído com variações, maiores ou menores de intensidade em períodos muito curtos.
Exemplo: o alarme do rádio relógio ou alarme de carros.
O ruído de impacto apresenta picos com duração menor de 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo. Exemplo: o
disparo de armas de fogo ou explosões em pedreiras.

3.2.4. Frequência
É o número de vezes que a oscilação de pressão é repetida, na unidade de tempo. Normalmente, é medida em ciclos
por segundo ou Hertz (Hz). Por exemplo:

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 Alta frequência: são os sons agudos


 Baixa frequência: são os sons graves

3.2.5. Intensidade
Podemos entender a intensidade como o volume do som ou ruído, cuja unidade é o decibel (dB). É caracterizada por
som forte ou fraco. Por exemplo:
 Alta intensidade: o volume do rádio quando alto
 Baixa intensidade: o volume do rádio quando baixo

3.2.6. Susceptibilidade individual


Cada indivíduo possui uma sensibilidade diferente do outro no que se refere à audição. Isto significa que cada pessoa
percebe os sons de formas diferentes. A sensibilidade pode e geralmente varia com a idade, sexo, etnia, exposições
anteriores. Pessoas jovens geralmente escutam bem enquanto pessoas mais idosas têm diminuição de limiar de
audição.

3.3. Espectro audível e o decibel (dB)


O alcance da audição humana se estende de aproximadamente 20 Hz até 20.000 Hzd e freqüência e de
aproximadamente 0 dB até 120 dB de intensidade, para um ouvido jovem e saudável. Os sons que são produzidos
abaixo dos 20 Hz são denominados infra-sons e os produzidos acima dos 20.000 Hz, denominados ultra-sons.
Dentro do espectro audível, o ser humano não escuta de maneira linear em todas as frequências. Existem frequências
em que o sistema auditivo do humano faz menos “esforço” para entender os estímulos e em outras, esta percepção
torna-se um pouco mais “difícil”. A fala, por exemplo, está compreendida numa faixa de frequência entre500 Hz e
4000 Hz, dependendo do locutor, e pode se apresentar numa intensidade que varia entre 50 dB a 80 dB,
aproximadamente. Vozes de frequências mais altas(agudas) são mais fáceis de serem percebidas pelo humano. Isso é
explicado pelo fato do ouvido ser mais sensível na faixa de 2 KHz a 5KHz e menos sensível nas mais altas e mais baixas
frequências. A faixa audível de certos animais, como por exemplo, o cachorro, é diferente da faixa do ser humano,
iniciando próximo dos 100 Hz e atingindo a região do ultrassom.
O som mais fraco que o ouvido humano saudável pode detectar é de 20 micro Pascais (a máximo que o ouvido
humano pode suportar é 200 Pa de pressão, ou seja, pressões um milhão de vezes mais alta. Devido a essa grande
diferença de escala de pressão, outra foi criada – o decibel (dB). Podemos dizer que o 0 dB (limiar da audição)
corresponde aos 20 µPa ou pressão de referência. Da mesma maneira que 140 dB (limiar da dor) corresponde aos 200
Pa.
O Nível de Pressão Sonora (NPS) em dB é o parâmetro empregado em instrumentos de medição. Sua expressão é dada
por:
NPS (dB) = 20 log P/Po

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Onde: P = pressão sonora a ser medida


Po = pressão de referência = 2x10-5 Pa

Note-se que o Po corresponde ao limiar da audição ou 0 dB. Para calcular o limiar dador, temos:

NPS (dB) = 20 log (2x102 / 2x10-5) = 20 log 107 ~ 140 dB

3.3.1. Adição de níveis de pressão sonora


Quando se utiliza a escala em dB, a soma de NPS não pode ser feita algebricamente.
Na realidade, quando se deseja conhecer o valor total da combinação de dois ou mais níveis, é preciso transformá-los
em pressão sonora (Pa), somá-los e novamente retornar ao dB, através da relação logarítmica. Para tornar os cálculos
mais fáceis e rápidos, pode ser utilizada a regra de Thumb, como se segue:

- Se a diferença entre dois níveis estiver entre:


0-1 dB => adicione 3 dB ao maior valor
2-3 dB => adicione 2 dB ao maior valor
4-7 dB => adicione 1 dB ao maior valor
8 dB ou mais => adicione 0
A acuidade deste método é 1 dB. Exemplo: 90 dB + 90 dB = 93dB
Lembrando que este método não deve ser utilizado para estimar exposição individual ao ruído.

3.3.2. Curvas de compensação


Estudos demonstraram que o ouvido humano não responde linearmente às diversas frequências, como visto
anteriormente. Um dos estudos mais importantes que revelaram tal não linearidade foi a experiência realizada por
Fletcher e Munson nos anos 30, que resultaram nas curvas isoaudíveis, levando à introdução de curvas de
compensação nos instrumentos de medição de som, simulando o sistema auditivo.

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Destas curvas, a “A” e a “C” são as mais empregadas, sendo que a “A” é a mais amplamente empregada na avaliação
do ruído ocupacional, pois é a que melhor correlaciona Nível Sonoro com probabilidade de dano auditivo.

3.4. Efeitos do ruído à saúde do exposto


O ruído é um fator de risco presente em várias atividades humanas, fazendo parte do cotidiano da comunidade, no
ambiente doméstico e também na maioria dos processos de trabalho.
Sem dúvida alguma, a perda auditiva ou diminuição da acuidade auditiva é a consequência mais imediata causada pela
exposição excessiva ao ruído e este risco da lesão auditiva aumenta com o nível de pressão sonora e com a duração da
exposição, mas depende também das características do ruído e da suscetibilidade individual.
Mas os efeitos do ruído não se limitam a isso, a exposição em excesso ao ruído pode acarretar outros problemas de
saúde ou piorá-los, além de impactos na qualidade devida do indivíduo exposto. Por exemplo, aumento da pressão
sanguínea, provocar ansiedade, perturbar a comunicação, provocar irritação, fadiga, diminuir o rendimento do
trabalho, impotência sexual, hipertensão, entre outros. Segue abaixo figura ilustrativa.

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Depressão
Zumbido e insônia
Dilatação da pupila e dor
de cabeça
Aumento de produção de
hormônios da tireoide

Nervosismo
Contração de vasos
sanguíneos
Aumento do ritmo do
batimento cardíaco
Impotência sexual

Alterações gástricas e
intestinais (azia, diarreia)
Hipertensão

Efeitos do ruído no organismo

Entre os danos no aparelho auditivo que a exposição a níveis excessivos de ruído pode causar, citamos a Perda Auditiva
Induzida pelo Ruído (PAIR), o Trauma Acústico e o “Temporary Treshold Shift” (TTS) ou mudança temporária do limiar
auditivo.

3.4.1. PAIR – Perda permanente


Em ambiente ocupacional, também denominada por Disacusia, Hipoacusia ou Surdez Ocupacional, é causada pela
exposição prolongada a níveis elevados de ruído.
A perda auditiva induzida pelo ruído é indolor, gradual e seus sinais são quase imperceptíveis (zumbidos no ouvido
durante ou após a exposição a níveis altos de ruído, dificuldade de manter uma conversação normal, sensação dos
sons estarem abafados).

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Com a destruição das células ciliadas da cóclea, a orelha interna perde a capacidade de transformar as ondas sonoras
em impulsos nervosos e, consequentemente, é o fim da audição. Infelizmente, não se conhece ainda a cura para
células ciliadas destruídas.

 Caracterização da PAIR
As perdas auditivas induzidas pelo ruído são sempre do tipo neuro sensorial, geralmente bilaterais e simétricas,
iniciando nas frequências de 4000, 6000 ou 3000 Hz, com uma perda mais acentuada nessas frequências do que nas
frequências de 500, 1000 ou 2000 Hz. Geralmente a maior perda é na faixa de 4000 Hz. As frequências mais altas e
mais baixas que 4000 e 6000 levam mais tempo para serem afetadas. Iniciam-se nos primeiros anos de exposição e
atingem um limiar máximo de 10 a 15 anos de exposição. Geralmente não progridem significativamente depois de
cessada as exposições.

3.4.2. Trauma acústico


É conceituado como uma perda auditiva súbita, causa por uma única exposição a níveis de ruído muito altos. Em geral,
acompanha-se de zumbido imediato, podendo acontecer rompimento do tímpano, hemorragia ou danos na cadeia
ossicular.

3.4.3. Mudança temporária do limiar auditivo ou “Temporary TresholdShift” (TTS)


A perda auditiva temporária é um efeito em curto prazo de uma mudança temporária do limiar auditivo e depende da
suscetibilidade individual, tempo de exposição, intensidade e frequência do ruído. A audição volta ao normal após
algum tempo longe do ruído ou após o chamado repouso acústico. O zumbido, após a exposição a um ruído alto pode
ser sinal de perda temporária.

3.5. Fatores para a perda da audição


Existem diversos fatores que podem levar à perda na audição, além da PAIR ocupacional. No ambiente de trabalho, as
diversas combinações entre agentes físicos agressivos e agentes químicos facilmente encontrados, tornam-se riscos à
saúde dos expostos. Por esse motivo, as Perdas Auditivas Ocupacionais não devem ser restritas a Perda Auditiva
Induzida por Ruído, pois podem ocorrer casos de perdas auditivas ocupacionais e não ocupacionais sem que haja,
necessariamente, exposições ao ruído.
Outros fatores, além da PAIR ocupacional, que podem levar à perda auditiva:
 Exposição durante lazer ou segundo ofício: diversas ocupações e atividades, pela natureza do trabalho,
acabam por expor indivíduos a níveis excessivos de ruído, tais como: prática de tiro ao alvo, música alta,
marcenaria doméstica, etc;
 Presbiacusia: perda auditiva ocasionada por envelhecimento do sistema auditivo;

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 Causas patológicas: como rubéola, meningite, infecções do aparelho auditivo;


 Surdez hereditária
 Trauma na cabeça
 Drogas ototóxicas: existem casos de problemas auditivos relacionados ao consumo de medicamentos,
como por exemplo, certos antibióticos, antidepressivos, etc.;
 Agentes químicos ototóxicos, que por si só ou quando combinados ao ruído, podem causar danos à
audição.
Este último fator merece destaque

3. ASPECTOS LEGAIS
Devido ao desconhecimento do número real de trabalhadores expostos e ao sub-registro ou mesmo não notificação
dos casos, os dados disponíveis sobre os acidentes de trabalho, em particular dos traumas acústicos e das doenças
profissionais relacionadas a PAIR, nas estatísticas oficiais, não permitem mensurar o impacto do que representa a
exposição ocupacional ao ruído em epidemiologia ocupacional, mas existem registros indicando que no Brasil, a surdez
é a segunda maior causa de doença profissional.

NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional: instrui sobre os parâmetros de monitoramento da


exposição ocupacional ao risco de exposição à pressão sonora elevada. O critério de aptidão é dado pelo médico
coordenador do PCMSO e não deve ter caráter discriminatório. Além do audiograma, deve ser levado em consideração
a anamnese, idade, exame otoscópico, a demanda auditiva na função, exposição não ocupacional, capacitação
profissional e o PCA da empresa. Também instrui que o funcionário deve ser enquadrado no relatório anual do PCMSO.

NR 9 – AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS:


estabelece como condição fundamental no controle dos processos de trabalho em que há produção de ruído, o
monitoramento regular das fontes de emissão e a adoção de equipamentos de proteção coletiva - EPC, como
enclausuramento ou abafamento e de proteção individual - EPI os denominados “protetores auditivos”.
O planejamento de Programas de Prevenção da Perda Auditiva Induzida pelo Ruído impõe-se como principal medida
de preservação da capacidade auditiva e de prevenção de outros agravos à saúde da força de trabalho, decorrentes
das PAIR, especialmente o risco a que estão expostos estes trabalhadores a acidentes do trabalho, pela redução do seu
campo de percepção neuro sensorial.

NHO 01 - Normas de Higiene Ocupacional da Fundacentro: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído. O Decreto
presidencial 4.882, de 18/11/03, assinado pelo presidente da República, que altera dispositivos do Regulamento da
Previdência Social, transforma em referência oficial as Normas de Higiene Ocupacional, elaboradas e editadas pela
Fundacentro.

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4. PROTEÇÃO DA AUDIÇÃO
5.1. Qualificação do EPI
Em se tratando de proteção no trabalho, o EPI (Equipamento de Proteção Individual) é o último recurso, pois deve-se
primeiramente eliminar o risco, caso não seja possível, deve-se implantar EPC (Equipamento de Proteção Coletiva)
buscando proteger todos os trabalhadores de uma única vez, não sendo viável, será fornecido o EPI.
Conforme a NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI:
Item 6.5: Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, ouvida
a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade.
6.5.1: Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco,
mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e
trabalhadores usuários.
6.9.3: Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o
lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o
número do CA.

5.2. Tipos de protetores auriculares


 Protetor tipo concha
As conchas assemelham-se a fones para ouvir música. Os coxins plásticos e macios estão cheios de espuma ou um
líquido, e devem se adaptar bem de encontro ao rosto. Se você estiver exposto a ruído muito alto, você pode
necessitar de conchas e plug juntos.
Mantenha os coxins limpos com um pano úmido quando se tornarem sujos. Verifique os coxins frequentemente e
substitua-os se ficarem duros, desgastados, cortados ou rasgados. Não modifique suas conchas de nenhuma maneira.

Vantagens:

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 Único tamanho
 Colocação rápida
 Pode ser utilizado com infecções mínimas no canal auditivo
 Atenuação uniforme nas duas conchas
 Partes substituíveis
 Modelos variados

Desvantagens:
 Desconforto em áreas quentes
 Dificuldade em carregar e guardar
 Interfere no uso de outros EPIs
 Pode restringir movimentos da cabeça
 Desconfortável para 8 horas de trabalho
 Não recomendado uso com cabelos compridos, barba, óculos, etc.

 Protetores de inserção ou plug


 Tipo moldado

Tipo silicone Tipo borracha

Vantagens:
 Diversos modelos
 Compatível com outros equipamentos
 Reutilizáveis ou descartáveis
 Pequenos e facilmente transportados e guardados
 Relativamente confortáveis em ambientes quentes

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 Não restringe movimentos em áreas muito pequenas


 Pode ser usado por pessoas de cabelos longos, barba e cicatrizes
Desvantagens:
 Necessidade de diferentes tamanhos
 Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o plug
 Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação
 Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis
 Fáceis de perder

 Tipo moldável

Vantagens:
 De espuma macia, não machuca o ouvido
 Utilizado por pessoas de cabelos compridos, barba e cicatriz
 Ajusta-se bem a todos os tamanhos de canais auditivos
 Compatível com outros equipamentos
 Descartáveis
 Pequenos e facilmente transportados e guardados
 Relativamente confortáveis em ambiente quente
 Não restringe movimentos em áreas muito pequenas
 Excelente vedação no canal auditivo

Desvantagens:
 Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o plug
 Necessidade de treinamento específico
 Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação
 Não recomendado manuseio com mãos sujas
 Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis
 Fáceis de perder

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5.3. Como identificar um bom protetor auricular


Um bom protetor auricular deve ter as seguintes características:

7.4. Escolha dos protetores auriculares


Definir o melhor protetor auricular para determinada exposição ao ruído e conforto.
A seleção do protetor auricular será feita baseada nos seguintes critérios:
 A natureza da operação, considerando a atividade do trabalhador e interferência do protetor com outros EPI
´S;
 Características da exposição – tempo de exposição, nível de ruído, e as características e limitações do
equipamento de proteção, como vida útil, preço e fator de atenuação.
Os protetores auriculares foram escolhidos usando os parâmetros descritos acima.

6.1.1. Protetores usados pela empresa

Fabricante: CAMPER EQUIPAMENTOS DE PROTECAO LTDA


Modelo: Protetor Auditivo tipo concha
CA: 36312
Atenuação: vide CA. – NRRsf 16 Db

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Fabricante: E. V. DE FREITAS PROTETORES AUDITIVOS LTDA


Modelo: Protetor Auditivo tipo plug
CA: 18189
Atenuação: vide CA. – NRRsf 13 Db

Fabricante: 3M DO BRASIL LTDA


Modelo: Protetor Auditivo tipo plug
CA: 29176
Atenuação: vide CA. – NRRsf 18 Db

7. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

Todas as áreas de trabalho onde haja presença de ruído e funcionários expostos foram avaliadas com métodos
apropriados de análise quantitativa.
Foram utilizados técnicas e instrumentos de acuidade e precisão reconhecidos como próprios para o tipo de avaliação
que se deseja executar, os ambientes onde estão os riscos presentes foram amostrados e analisados de modo a
identificar os níveis de ruídos existentes.
Cuidados especiais foram tomados nesta avaliação de modo que as operações e/ou processos que estiveram sendo
realizadas no momento da amostragem sejam representativos do trabalho diário no local.

5.1. Medidas de controle do ruído


As ações existentes no escopo da obra é sempre buscar dentro da dinâmica da execução as medidas abaixo:
• Realizar a manutenção preventiva de máquinas e equipamentos;
• Instalar silenciadores de ruído nos escapamentos;
• Enclausurar as fontes de emissão de ruído sempre que possível;
• Substituição de equipamentos por outros menos ruidosos;
• Desligar equipamentos que estejam funcionando sem necessidade;
• Fazer o revezamento de trabalhadores expostos nos locais mais críticos de ruído, durante a jornada diária de
trabalho.
8. CÁLCULO DA REDUÇÃO DO RUÍDO
Em conformidade com normativas do Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS e Norma ANSI S.12.6-1984
(NRR), para os cargos/atividades avaliados que estejam expostos ao ruído, realizamos o “Cálculo de atenuação do EPI”
e para isto utilizamos o protetor auricular com menor NRRsf.
Para definirmos qual o nível em dB(A) que atinge os ouvidos dos usuários ao utilizar os mesmos, realizamos as
seguintes operações conforme fórmula abaixo:

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NPSc = NPSa – (NRRsf), sendo:


NPSc: nível de pressão sonora no ouvido em dB(A) quando utilizando-se o protetor
NPSa: nível de pressão sonora no ambiente de trabalho em dB(C)
NRRsf: nível de redução de ruído do protetor – vide CA nas páginas seguintes

5.2. Grupos homogêneos de exposição ao ruído


Foram determinados grupos homogêneos de exposição – GHE, para as avaliações da exposição dos funcionários ao
agente físico ruído. O GHE corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de
forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador do grupo seja representativo da
exposição do restante dos trabalhadores do mesmo grupo - conforme LTCAT.

GHE Nº Função em exposição


- Administrativo de Obras
- Analista de Responsabilidade Social
- Analista de SGI
- Analista de TI e Comunicação
- Apontador
- Assistente Administrativo de Obras
- Assessora de Comunicação
- Assistente Social
GHE 01
- Auxiliar Administrativo de Obras
- Auxiliar Técnico de TI e Comunicação
- Controlador de Manutenção
- Diretor Técnico
- Gerente de Contrato
- Técnico de SGI
- Técnico de TI e Comunicação
- Vigia
- Almoxarife
GHE 02
- Auxiliar de Almoxarife
GHE 03 - Analista Técnico
- Auxiliar Técnico
- Auxiliar Técnico de Segurança do Trabalho
- Auxiliar de Meio Ambiente
- Encarregado de Equipamentos
- Engenheiro Civil
- Engenheiro de planejamento
- Engenheiro de Segurança do Trabalho
- Supervisor de Obras
- Técnico de Edificações
- Técnico de Meio Ambiente

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GHE Nº Função em exposição


- Técnico de Planejamento
- Técnico de Segurança do Trabalho
- Técnico de Controle de Qualidade Civil
GHE 04 - Armador
- Encarregado de Obras
GHE 05
- Sub Encarregado de Obras
GHE 06 - Auxiliar de Serviços Gerais

GHE 07 - Carpinteiro
- Motorista Carreteiro
- Operador de Equipamentos
GHE 08
- Operador de guindaste
- Motorista de Caminhão Basculante
GHE 09 - Pedreiro

GHE 10 - Montador de Andaime (Civil)

GHE 11 - Auxiliar de Obras

GHE 12 - Operador de Martelete

GHE 13 - Soldador (civil)


- Auxiliar de Elétrica
GHE 14 - Eletricista
- Encarregado de Elétrica
- Oficial Polivalente
GHE 15
- Oficial Polivalente “E”
- Auxiliar de Comboio
GHE 16 - Motorista de Caminhão Comboio
- Operador de Comboio
- Eletricista Automotivo
GHE 17
- Técnico de Manutenção
GHE 18 - Ferramenteiro

GHE 19 - Motorista

GHE 20 - Bombeiro hidráulico


- Médico do Trabalho
- Enfermeiro do Trabalho
GHE 21
- Técnico de Enfermagem do Trabalho
- Técnico de Enfermagem
GHE 22 - Sinaleiro

GHE 23 - Pintor

GHE 24 - Lubrificador

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GHE Nº Função em exposição


- Mecânico de Equipamentos
GHE 25 - Meio Oficial

GHE 26 - Greidista

GHE 27 - Operador de espargidor

5.1. Resumo de resultados das avaliações de ruído


** As avaliações executadas serão anexadas ao PCA após realização, conforme cronograma de avaliações
quantitativas do PGR.

Nível de ação de 82 Cálculo de


GHE Nº Função em exposição NEN dB (A) dB(A) – NHO-01 atenuação protetor
ultrapassado? CA NRRsf= dB(A)

9. SELEÇÃO DOS PROTETORES AURICULARES


A consideração mais crítica na seleção e uso de protetores auriculares é a habilidade em ajustar os protetores, a fim de
que eles proporcionem uma vedação ao ruído de maneira confortável e que a vedação possa ser consistentemente
mantida durante todas as exposições ao ruído. Outras considerações importantes incluem: capacidade de redução de
ruídos do protetor auditivo (atenuação), a exposição diária ao ruído (uso diário), variações no nível de ruído (dose),
preferências do usuário (conforto), necessidades de comunicação, perda auditiva (se houver), compatibilidade com
outros equipamentos de segurança, habilidades físicas, clima e outras condições de trabalho e requerimentos de troca,
cuidado e uso.

3.1. Como selecionar um bom protetor auricular


É de responsabilidade das áreas de Segurança e Saúde a escolha pela proteção apropriada, em termos de atenuação
mínima necessária, após a avaliação das exposições dos trabalhadores (dose de exposição). Porém, deverão ser
consideradas as opiniões finais dos usuários em relação a alguns pontos muito importantes, que aumentarão as
chances do uso correto e eficácia da proteção.
Para que o protetor seja utilizado adequadamente, vários aspectos deverão ser observados, dependendo das
condições de trabalho em cada área e do tipo de ruído existente.

3.2. Elementos da proteção efetiva


Existe uma diferença entre os termos “eficiência” dos protetores e sua “eficácia”.
A eficiência de atenuação está relacionada à capacidade que os protetores têm de amenizar os ruídos externos, ou
seja, poder de redução ou nível de redução do ruído.

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Esta medida de eficiência é realizada em laboratório, através de uma metodologia de ensaio conforme sugerido em
uma norma.
Atualmente, no Brasil, são seguidos os critérios da ANSI S12.6/1997 – método B, cujo resultado é denominado NRRsf
(nível de redução de ruído – “subject fit”), cujo resultado está explícito no certificado de aprovação (C.A.), emitido pelo
Ministério do Trabalho.
No entanto, a eficácia do protetor depende de alguns fatores, que são os elementos da proteção efetiva:
 Colocação e uso corretos
 Qualidade da vedação no canal auditivo
 Porcentagem do tempo de uso
 Atenuação oferecida

Portanto, a seleção do protetor auricular precisa ser realizada a partir de um trabalho individual, no qual sejam
considerados todos os elementos da proteção efetiva, além das características pessoais do usuário (formato da cabeça
e rosto, tamanho do conduto auditivo, tipo de atividade, compatibilidade com outros EPI’s) e conforto proporcionado
ao usuário pelo protetor, lembrando que o aspecto conforto é extremamente subjetivo, ou seja, o protetor não deve
incomodar quem o utiliza.
Os protetores auriculares somente protegerão os funcionários se for absolutamente reforçada a necessidade do uso
apropriado como uma condição mandatória. Para o PCA ser efetivo, é preciso dar a mesma prioridade no uso dos
protetores auriculares como no uso de qualquer outro equipamento de segurança.

3.3. Colocação e uso correto


Em consequência do pouco conforto, pela falta de treinamento e motivação ao uso, os protetores auditivos muitas
vezes são impropriamente inseridos (plugues) ou ajustados (tipo concha); e finalmente, a partir de algumas horas de
utilização, eles ficam fora de posição - devido ao suor, movimentos da cabeça e/ou da boca (para falar, mascar ou
bocejar). Por isso é necessário que sejam retirados e recolocados, fora da área de riscos, após algumas horas de uso,
ajustando-o novamente.

Instruções para colocação


Antes de utilizar o produto, conforme exigência na NR. 6 e da CLT, o usuário deve ser informado pelo empregador
sobre a obrigatoriedade do uso e devidamente treinado para a correta utilização do mesmo.

 Protetor tipo inserção moldável


1 - Com as mãos limpas, rolete o protetor deslizando-o entre o seu polegar e os dois primeiros dedos, até que o
protetor seja reduzido ao menor diâmetro possível e mantenha-o neste formato.
2 - Passe a outra mão ao redor da cabeça e puxe o topo de sua orelha para abrir o canal auditivo.

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3 - Mantendo o canal auditivo aberto, leve a mão, que ainda está pressionando o protetor roletado, em direção à
orelha e insira o protetor no canal auditivo, o mais profundamente possível.
4- Mantenha a ponta do seu dedo pressionando a extremidade do protetor para dentro do canal auditivo por 10
segundos, para que o protetor se expanda e vede o canal auditivo.

 Protetor tipo inserção pré-moldado


1 - Segure firmemente a haste do protetor auditivo por trás da maior flange.
2 - Passe a outra mão por cima da cabeça e puxe o topo da orelha para abrir o canal auditivo.
3 - Insira completamente o protetor no canal auditivo, deixando a haste de fora, para permitir sua remoção.

 Protetor tipo concha


1 - Para ajustar a pressão aplicada à cabeça, movimente o cursor lateral do braço da haste para cima e para baixo,
até que se obtenha um ajuste confortável.
2 - Retire com as mãos o máximo possível o excesso de cabelo que possa interferir no bom contato entre as
almofadas dos protetores e a sua cabeça. Certifique-se de que a vedação entre as almofadas pretas externas da
concha e a cabeça não tenha interferência de objetos, tais como hastes de óculos, brincos, a fim de se obter o
melhor desempenho.
3 - Com a haste do protetor sobre a cabeça, posicione as conchas de maneira a cobrir completamente as orelhas.
4 - As conchas podem ser deslizadas na haste, para cima ou para baixo, mantendo a haste sobre a cabeça, para
que se obtenha um ajuste firme e confortável.

3.4. Distribuição dos protetores auriculares


Deve-se estabelecer uma forma única de distribuição dos protetores auriculares.
A distribuição será feita pelo almoxarife que registrará o fato na ficha de EPI do funcionário. Consta em anexo modelo
de ficha para devida orientação.
O funcionário deve assinar a ficha de EPI e fazer uma inspeção ao receber o protetor auricular, para averiguar possíveis
anormalidades. Em caso positivo, o funcionário deve comunicar o fato ao departamento de segurança do trabalho, que
inspecionará o protetor, sugerindo se for o caso a sua substituição.

3.5. Inspeção, manutenção, limpeza e guarda


Todos os funcionários devem ser orientados quanto à limpeza, inspeção, manutenção e guarda dos protetores
auriculares.
Os funcionários deverão inspecionar os protetores auriculares antes e após o uso para averiguar possíveis
anormalidades. Caso positivo, o funcionário deve solicitar a troca do protetor auditivo.
Não existe uma política de manutenção uma vez que se optou pela troca por um novo toda vez que o protetor
apresentar defeito.

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Os protetores auriculares serão limpos e higienizados pelos próprios usuários. Esse tipo de equipamento é pessoal e só
é devolvido após término de vida útil ou defeito para efeito de controle.

Os equipamentos de proteção tipo plug devem ser guardados em local protegidos contra calor, umidade e agentes
químicos, porém devem ficar dentro de seu estojo original e ser higienizado antes do uso.
Os equipamentos tipo abafador são embutidos no capacete, logo podem ser guardados em lugares onde ficam
pendurados ou em malões, porém deve ter uma atenção maior quanto à higienização dos mesmos.

3.6. Treinamento
Todos os funcionários de áreas ou atividades que requerem o uso de protetores auriculares deverão ser instruídos
sobre suas responsabilidades no PCA. Eles devem ser treinados sobre a necessidade, uso, limitações e cuidados com os
protetores. O treinamento seguira o cronograma de ações do PGR e conforme treinamentos admissionais.

PLANEJAMENTO E CRONOGRAMA DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

AÇÕES RESPONSÁVEL DATA

Capacitar os empregados em matéria de PCA* SESMT Conforme cronograma do


PGR, conforme demanda de

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admissões ou quando houver


necessidade.
Avaliação quantitativa SESMT Previsto para início em
julho/2024
Revisão do PCA SESMT Anual

* deverá haver periodicidade na capacitação e reciclagem dos colaboradores

3.7. Monitoramento do uso


O monitoramento do uso se dará nas inspeções de SSMA e ou desvios onde será evidenciado o uso correto dos
protetores auriculares bem como aplicação de medidas administrativas para o não uso deste EPI.

10.AVALIAÇÃO MÉDICA – CONTROLE MÉDICO


 Exame médico – Audiometrias
Todos os trabalhadores que forem incluídos no programa de conservação auditiva deverão passar por uma avaliação
médica, que contemplará também as audiometrias.
Deverão ser estipulados os critérios de periodicidade destas avaliações.
Outro papel fundamental do médico é o de permitir ou restringir o uso de um determinado equipamento de proteção.
Não é necessário que o médico divulgue informações sobre o estado de saúde do trabalhador, ele deve apenas
informar se o trabalhador está apto ou não ao uso do equipamento. O objetivo é assegurar que o trabalhador se
encontra física e psicologicamente habilitado a executar suas atividades e utilizar o protetor auditivo.

Segue abaixo fluxograma de avaliação em caso com piora auditiva:

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10.1. A importância da audiometria no PCA


As audiometrias identificam os indivíduos que estão inadequadamente protegidos, mas somente oferecerão dados
confiáveis e úteis para uma intervenção se forem conduzidas adequadamente, se os resultados forem avaliados
apropriadamente e comunicados para os trabalhadores submetidos aos exames.
As audiometrias funcionam como um “guia de detecções e tomadas ações corretivas”, não apenas documentando a
perda auditiva, se houver, e sim, avaliando e acompanhando cada caso.
É importante lembrar que as audiometrias, somente, não previnem perda auditiva, mas as análises dos resultados
obtidos através das audiometrias podem prevenir.

11. ANEXOS
 ANEXO 1 - Modelo de Registro de Fornecimento de EPI
 ANEXO 2 - Certificado de Aprovação do protetor auricular utilizado

Vitória - ES, 20 de maio de 2024.

Vanessa Michele de Castro Carvalho Flávio Sant’ana Maduro


Engenheira de Segurança do Trabalho Preposto do Contrato
CREA GO 1011531526D-GO

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ANEXO 01
Modelo do Registro de Fornecimento de EPI

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ANEXO 02
Certificado de Aprovação do protetor auricular utilizado

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