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UNIVERSIDADE WUTIVI

FACULDADE DE ENGENHARIA, ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FISICO

ENGENHARIA DE MINAS B

TEMA: Dobramentos

DOCENTE:

ELEMENTOS DO 5 GRUPO:

Ana Maria Chauque

Eugénia Maria Mazula

Monia Mulhui

Denisse Mangue

Sidalia Mandlate

Maputo, Boane Junho de 2021


Introdução
No presente trabalho falaremos sobre dobramento e seus processos de formação. Os
dobramentos são áreas de bacias sedimentares que foram dobradas pela compressão tectônica
lateral e que correspondem aos grandes curvamentos côncavos e convexos presentes na
superfície terrestre.
Metodologia:
O processo de dobramento envolve duas areas de formação, sendo uma ligada a formação
geologica recente e a outra a formação geologica antiga. Para alcancar os objectivos propostos,
utilizou-se variadas fontes de informação, afim de detalhar os varios processos que envolvem o
dobramento, formação e ensaios.

3. Objectivos
3.1. Objectivo geral

· Falar dos processos de dobramento.

3.2. Objectivos especificos

· Analisar como e feito o processo de dobramento.

· Descrever os diferentes tipos de dobramento e seus processos de ensaio.


DOBRAMENTOS
O planeta Terra possui uma estreita camada denominada de crosta terrestre, é sobre a mesma que
os homens habitam e desenvolvem todas as suas actividades, além é claro, dos outros seres
vivos. A superfície terrestre é composta por placas litosféricas que deslizam sobre o manto,
evento que recebe o nome de deriva continental. Durante a deriva das placas acontecem colisões
entre elas, e são justamente tais movimentos que produzem os dobramentos.

Definição:
Para Baggio e Belém (2010), os dobramentos são áreas de bacias sedimentares que foram
dobradas pela compressão tectônica lateral e que correspondem aos grandes curvamentos
côncavos e convexos presentes na superfície terrestre.

Ocorrencia
Os dobramentos acontecem com maior freqüência em áreas onde ocorre formação geológica
sedimentar. Surgem a partir de pressões exercidas por placas litosféricas que se movem no
sentido horizontal, essa força provoca o enrugamento do relevo. Os dobramentos são
movimentos responsáveis pelo surgimento de regiões de grandes altitudes, das quais podemos
destacar os Alpes, a Cordilheira dos Andes e do Himalaia, todas surgiram por meio do encontro
entre duas placas litosféricas.
Mecanismos de dobramento:

Fred Donath e Ronald Parker em 1964 apresentaram uma classificacao totalmente diferente das
dobras com base no mecanismo de sua formacao, para a qual consideraram a ductilidade media e
o contraste de ductilidade nos estratos dobrados. Com base nisso, as dobras sao categorizadas em
dobras flexurais em que a estratificacao e a anisotropia mecanica entre as camadas desempenham
o papel dominante (a ductilidade media e baixa a moderada); dobramento passivo em que a
anisotropia intercamada e ineficaz (a ductilidade media e alta); dobramento quase flexural em
que a geometria da dobra parece ser flexural, mas com o comportamento geral da sequencia
dobrada e passiva ( a ductilidade media e muito alta). A ultima categoria corresponde
amplamente ao dobramento desarmonico. As duas primeiras categorias, flexural e passiva,
podem ser subdvididas em deslizamento (entre camadas) e fluxo (dentro das camadas).

Três mecanismos distintos foram identificados para o dobramento de rochas: flexão,


flambagem e dobramento passivo.

A flexão das rochas ocorre quando a força de deformação é aplicada nas camadas rochosas (em
alto ângulo). A dobra freqüentemente produz dobras suaves ou largas, especialmente em
interiores continentais (cratões) situados longe dos limites das placas, mas sujeitos a algumas
tensões verticais.
A flambagem ocorre quando a força de deformação é aplicada paralelamente às camadas de
rocha. Isso geralmente é causado por forças tectônicas de compressão horizontais e resulta em
encurtamento de rochas paralelas à camada e espessamento (relevo) do corpo de rocha
perpendicular à direção da tensão.

Geólogos desenvolveram relações matemáticas entre o comprimento de onda de uma dobra


em fivela e a espessura da camada rígida embutida em uma massa de rocha dúctil. Como regra
geral, em um determinado campo de tensão e contraste de ductilidade entre as camadas, leitos
rígidos mais espessos terão comprimentos de onda de dobra mais longos e leitos rígidos mais
finos terão comprimentos de onda menores.

A flexão e a flambagem também podem ser descritas como dois modos de dobramento ativo
em que as camadas de rocha com suas propriedades mecânicas inerentes (principalmente rigidez
ou ductilidade) participam do processo de deformação e controlam a forma da dobra. Em
contraste, no dobramento passivo, a estratificação de rocha em si não desempenha um papel
ativo no dobramento e, em vez disso, a massa de rocha como um todo é sujeita a dobramento e
geralmente é marcada por clivagem penetrativa desenvolvida em uma direção quase paralela à
superfície axial da dobra .
O dobramento passivo ocorre em uma massa de rocha mecanicamente isotrópica e em uma
escala de grãos ao invés de uma escala de camada. As dobras passivas podem ser subdivididas
em dobras de deslizamento passivo e dobras de fluxo passivo. Em dobras passivas-deslizantes,
há um deslocamento menor, mas discreto, através das camadas de rocha (perpendicular às) e,
mais convenientemente, ao longo dos planos de clivagem; eles também são chamados de dobras
de cisalhamento. Em dobras de fluxo passivo, há fluxo de material em todas as camadas em um
ambiente dúctil e na direção da dobra.
A dobra passiva produz dobras semelhantes nas quais a forma da dobra é preservada ao longo da
sequência em camadas devido à falta de diferenças mecânicas entre as camadas. Exemplos de
dobramento passivo incluem dobramento de rochas em zonas de cisalhamento dúctil e dobras de
arrasto ao longo de falhas quebradiças.

A flexão e a flambagem produzem dobras flexurais nas quais (como afirmado antes) o contraste
de viscosidade entre as camadas de rocha competentes (rígidas) e incompetentes (dúcteis)
desempenham um papel importante no processo de dobramento. Nas dobras flexurais, as
camadas competentes não mudam sua espessura e as camadas incompetentes são marcadas por
conjuntos de clivagem quase paralelos à superfície axial da dobra. As dobras flexurais são as
dobras mais comuns em bacias sedimentares.

As dobras flexurais são subdivididas em dobras deslizantes de flexão e dobras de fluxo flexural.
Nas dobras deslizantes flexíveis, há deslocamentos ao longo das superfícies da cama, de forma
muito semelhante à dobra de uma lista telefônica. Essas cunhas são maiores ao longo das
extremidades dobradas e se aproximam de zero ao longo da dobradiça. O deslizamento flexural
normalmente produz dobras paralelas ou concêntricas nas quais a atitude e a espessura das
camadas permanecem as mesmas em toda a sequência dobrada.

Classificacao dos dobramentos


Dobramentos modernos
Os dobramentos modernos também chamados de dobramentos terciários ou cadeias orogênicas
são um tipo de estrutura geológica que possui uma formação recente. Esses dobramentos
consistem basicamente nas grandes cadeias de montanhas existentes no planeta, como a
Cordilheira dos Andes, na América do Sul; os Alpes, na Europa; as Rochosas, na América do
Norte; a Cordilheira do Himalaia, na Ásia; entre outros casos.

A formação dos dobramentos modernos ocorreu graças aos movimentos orogenéticos da


crosta terrestre, que são caracterizados pelo choque entre duas placas tectônicas, sendo
geologicamente rápidos e formando áreas instáveis. O início da formação das principais cadeias
de montanhas da Terra não ocorreu antes de 250 milhões de anos atrás, durante o período
terciário.

Quando os pesquisadores do século 19 e início do século passado observavam as diferentes


formas de relevo, perguntavam-se por que alguns lugares possuíam montanhas elevacoes com
picos pontiagudos, outros eram montanhas arredondadas e outros eram planícies (áreas amplas e
planas, geralmente muito baixas). Para tentar explicar a questão, chegaram a propor que a Terra
estava se expandindo e conforme se expandia apareciam essas diferenças de altitude e formas da
superfície (essas desigualdades são chamadas de relevo).

Outros pesquisadores pensavam que a Terra estaria se encolhendo como uma ameixa que seca e
ao encolher apareceriam as montanha s e depressões. Então o pesquisador Alfred Wegener
elaborou a teoria da deriva continental. A teoria foi confirmada com o surgimento da teoria de
movimento das placas tectônicas. A teoria da Tectônica de Placas afirma que o planeta Terra é
dividido em várias placas tectônicas que se movimentam, pois estão flutuando sobre o magma
(como a lava vulcânica derretida que sai dos vulcões). Ao se movimentarem, formam as
montanhas mais recentes (dobramentos modernos), fossas oceânicas, atividade vulcânica,
terremotos, cordilheiras meso-oceânicas, tsunamis, etc.

Por serem áreas de formação geologicamente recente, os dobramentos modernos ainda estão
passando por um lento processo de erosão, haja vista que não houve muito tempo para que os
agentes externos ou exógenos pudessem atuar no sentido de modelar as suas formas.

Por se constituírem em áreas posicionadas no encontro entre duas placas tectônicas, os


dobramentos modernos costumam estar acompanhados de falhas geológicas e apresentam
ocorrências de vulcanismos intensos e fortes terremotos. As rochas predominantes nessas áreas
são as ígneas e as metamórficas, haja vista que as rochas sedimentares são recorrentes em áreas
mais antigas.

Os dobramentos modernos são, portanto, um exemplo de como o relevo terrestre é um


componente dinâmico, que está em constante transformação. Hoje essas cadeias montanhosas
representam as maiores altitudes do mundo, mas daqui a alguns milhões de anos, elas serão mais
baixas e poderão até se transformar em vales ou áreas mais planas.
Na imagem A, podemos notar as consequências do encontro entre placas convergentes, onde a
mais pesada afunda e a mais leve eleva-se, formando, sobre essa última, enrugamentos que dão
origem aos dobramentos modernos e às cadeias de montanhas. A imagem B permite-nos
visualizar mais de perto como os processos endógenos do tectonismo provocam o soerguimento
do relevo e a sua consequente ondulação.

Podemos então concluir que, por serem formações geologicamente recentes, os dobramentos
modernos sofreram em menor grau a ação dos agentes externos ou exógenos de transformação da
superfície, o que ajuda a explicar o fato de seu relevo ser mais acidentado.

4.3.2. Características do dobramento moderno:


- Sua formação, assim como a das antigas, está estreitamente relacionada à tectônica de placas;

- Constituem terrenos instáveis, pois geralmente se encontram nas bordas dos continentes ou na
zona de contato entre as placas tectônicas e apresentam intensa atividade tectônica, destacando-
se os terremotos, o vulcanismo, as intrusões magmáticas e os falhamentos;

- Apresentam elevadas altitudes e picos culminantes, destacando-se os montes Everest (8872 m)


e Canchenjunga (8603m) na Cordilheira do Himaláia, o Aconcágua (6960m), na Cordilheira dos
Andes; e o McKinley (6194m), nas Montanhas Rochosas.
4.4. Dobramento antigo:

Dobramentos Antigos são blocos imensos de rocha, constituídos por Rochas Cristalinas
( magma), formados no pré-cambriano, ou por Rochas Metamórficas ( o material sedimentar),
formadas no Paleozóico, com alta resistencia, mas com o passar do tempo vem se
desgastando.Nos maciços apareceram as jazidas minerais metálicos (ferro, ouro, manganês,
prata, cobre, alumínio e estanho).

Conclusão
Dobramentos sao estruturas geologicas muito interessantes e a geomorfologia relacionada a elas
e presente em diversas partes do mundo. Estudar e entender sobre o relevo em que vivemos
pode nos ajudar a compreender melhor como ele funciona. Os relevos citados no texto formam-
se a milhoes de anos por conta de muitas condicoes especificas para que isso acontecesse. Isso
demonstra como a passagem do ser humano e pequena perto de tudo que a terra viveu.
Referencia bibliografica:
· PENA, Rodolfo F. Alves. "Dobramentos modernos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/dobramentos-modernos.htm.

· http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/
index.html&conteudo=./natural/geomorfologia.html- Página Ambiente Brasil - seção
"Bases Geológicas Brasileiras".

· http://www.geomundo.com.br/meio-ambiente-40106.htm - Página Geo Mundo - artigo -


"Movimento das Placas muda relevo"
· Porto Editora – dobra (geologia) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult.
2021-06-17 09:59:00]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$dobra-(geologia)

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