Aula ÁGUA

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

ÁGUA - PADRÕES DE POTABILIDADE


✓ A água é uma das substâncias mais comuns existentes
na natureza;
✓ Cobre cerca de 70% da superfície do Planeta;
✓ Encontrada principalmente no estado líquido;
✓ Recurso natural renovável por meio do CICLO
HIDROLÓGICO;
✓ Todos os organismos necessitam de água para
sobreviver;
✓ Devem apresentar condições adequadas para ser
utilizadas pelos organismos;
✓ Disponibilidade em quantidade e qualidade;
Massa de água aproximada no Planeta:
265.400 trilhões de toneladas.

97,5% - ÁGUA SALGADA

1,7 % - Água Congelada

2,5% ÁGUA DOCE 0,77 % - Água Subterrânea


0,03 % - Lagos, Rios,
Riachos
CICLO HIDROLÓGICO
A água da Terra - que constitui a hidrosfera, distribui-se
por três reservatórios principais: os oceanos, os
continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma
circulação contínua – ciclo da água ou ciclo hidrológico.
Este ciclo é responsável pela renovação da água no
planeta.

O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido


pela energia solar e pela gravidade.
Na atmosfera, o vapor de água que forma as nuvens
pode transformar-se em chuva, neve ou granizo
dependendo das condições climatológicas. Essa
transformação provoca o fenômeno atmosférico ao qual
se chama precipitação (CHUVA).
CICLO HIDROLÓGICO
➢A demanda de água é inferior à disponibilidade;

Não há propriamente
escassez hídrica e sim má
distribuição espacial e
temporal da água, que
somada à distribuição
irregular da população
humana na Terra, faz com que
algumas regiões sofram com
a falta permanente de água;
BRASIL: Possui uma das maiores reservas
hídricas do Planeta (12% das reservas mundiais
de água doce).

Maior parte dessa água situa-se nas regiões


Norte e Centro-Oeste – problemas de
abastecimento de água nas demais regiões.

Nordeste – Quantidade insuficiente.


Sudeste – Baixa qualidade da água
comprometida pela poluição.
➢ Cerca de 73% da água brasileira – AMAZÔNIA –
4% da população brasileira;

➢ Restantes 27,5% devem suprir 96% da


população;

➢Existência de escassez
localizada: semi-árido nordestino
e regiões metropolitanas de
SP e RJ;
Falsa concepção de
abundância hídrica foi
responsável por
inúmeras mazelas,
dentre elas:

• Cultura do
desperdício;
• Falta de
investimentos em
tratamento de
esgotos;
• Cultura da água
gratuita;
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

A água, embora indispensável ao organismo


humano, pode conter determinadas substâncias
e microrganismos que devem ser eliminados ou
reduzidos a concentrações que não sejam
prejudiciais à saúde.
O que é POTABILIDADE?

Água potável é como chamamos a água que pode ser


consumida por pessoas e animais sem riscos de
adquirirem doenças por contaminação da mesma e não
causar rejeição ao consumo por questões organolépticas
(ou sensoriais).

Ela pode ser oferecida à população urbana ou rural com


ou sem tratamento prévio, dependendo da origem do
manancial.

O tratamento de água visa reduzir a concentração de


poluentes até o ponto em que não apresentem riscos para
a saúde pública.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
PORTARIA N.º 2914 de 12 de Dezembro de 2011

Estabelece os procedimentos e responsabilidades


relativos ao controle e vigilância da qualidade da água
para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá
outras providências.
Padrão de potabilidade brasileiro é composto por:

1) Padrão Microbiológico (Escherichia coli,


coliformes termotolerantes, coliformes totais,
bactérias heterotróficas);
2) Padrão de turbidez para água pós-filtração ou
pré-desinfecção;
3) Padrão para substâncias químicas que
representem riscos à saúde (inorgânicas,
orgânicas, agrotóxicos, desinfetantes e produtos
secundários da desinfecção;
4) Padrão de radioatividade (radioatividade alfa e beta);
5) Padrão de aceitação para consumo humano;
❖ Definem-se como Padrões de Potabilidade os limites
de tolerância das substâncias presentes na água de
modo a garantir-lhe as características de água potável;
❖ Padrão: valor limite adotado como requisito
normativo de um parâmetro de qualidade de água ou
efluente;
❖Na Portaria N.º 2914/11 é definido um plano de
amostragem para águas do sistema de distribuição e
para a água bruta;
❖ O número mínimo de amostras é variável de acordo
com o parâmetro (substâncias ou indicadores) de
qualidade da água, o ponto de amostragem (saída do
tratamento, redes de distribuição, reservatórios), porte
da população abastecida e tipo de manancial
(superficial ou subterrâneo);
Manancial: Reserva de água no ambiente natural
que pode ser utilizada como fonte para o
abastecimento público.
Classificação do Manancial

a) Quanto a forma de apresentação

✓ Subterrânea: captações a partir dos aquíferos;

✓ Sub-superficial: captações a partir de fontes, minas e


afloramentos;

✓ Superficial: qualquer escoamento superficial, rios,


lagos, represas, córregos;

b) Quanto à utilização:

✓ efetivos: quando já está sendo utilizado;

✓ potenciais: quando eles podem ser utilizados.


CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS
Muito utilizadas atualmente em virtude da degradação dos
mananciais superficiais.

Necessitam da utilização de métodos de exploração geofísica para


sua locação. Para sua perfuração é necessário outorga de direito de
uso de recursos hídricos emitida por órgãos competentes.

A água subterrânea sempre foi vista como uma fonte inesgotável de


abastecimento. Com o desenvolvimento das modernas técnicas de
perfuração e extração, essa atitude não pode mais continuar.

Embora seja um recurso renovável, poucos aqüíferos podem


suportar enormes e indefinidas taxas de extração, na maior parte do
mundo.
Aquífero é uma formação ou grupo de formações
geológicas que pode armazenar água subterrânea. São
rochas porosas e permeáveis capazes de reter água e de a
ceder.

Quando a água se infiltra no solo, ela avança verticalmente por


gravidade, através de poros (vazios) existentes entre os grãos, até
chegar ao reservatório subterrâneo.

O reservatório subterrâneo é constituído pelos espaços vazios ou


poros das rochas. Estes se encontram conectados entre si como se
fosse um sistema de pequenos canais, onde a água é armazenada e
circula muito lentamente.

As rochas mais resistentes (ou duras) são impermeáveis, mas


muitas vezes se encontram fraturadas e então a água pode se
armazenar nos espaços de fraturas.
Esquema de Aquifero
O Aqüífero Guarani é o maior manancial de água doce
subterrânea transfronteiriço do mundo.

O Aquífero Guarani
constitui-se em uma
importante reserva
estratégica para o
abastecimento da
população,
desenvolvimento das
atividades econômicas e
lazer.
CAPTAÇÕES SUB SUPERFICIAIS

O lençol freático caracteriza-se por estar assentado


sobre uma camada impermeável de subsolo, rocha por
exemplo e submetido a pressão atmosférica local.

São captações por drenagem à


partir de fontes, brejos e
afloramentos, podem ser
executadas por galerias filtrantes,
drenos, fontes ou poços rasos.

Exemplo de Poço raso


CAPTAÇÕES DE ÁGUAS SUPERFICIAIS

É um conjunto de estruturas e dispositivos construídos


ou montados junto a um manancial para a retirada de
água destinada a um sistema de abastecimento.

As obras de captação devem ser projetadas e construídas para:

❑ Funcionar ininterruptamente em qualquer época do ano;

❑ Permitir a retirada de água para o sistema de abastecimento em


quantidade suficiente ao abastecimento e com a melhor qualidade
possível;

❑ Facilitar o acesso para a operação e manutenção do sistema;


CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS
Sua locação deve ser criteriosamente estudada uma
vez que os mananciais superficiais são os mais
sujeitos a contaminação. “O tratamento da água
começa na captação”.

Assim, devem ser evitados:

❖ Proximidade com qualquer tipo de fonte de


contaminação;
Principais fatores que alteram a qualidade da água dos mananciais:

• Urbanização (desmatamento e impermeabilização do solo)

• Erosão e assoreamento (carreamento de substâncias)

• Recreação e lazer

• Indústrias e minerações

• Resíduos sólidos

• Águas pluviais

• Resíduos agrícolas

• Esgotos domésticos
Tomada de Água: dispositivo da
captação de água superficial que
tem por finalidade conduzir a
água do manancial para as
demais partes constituintes da
captação. Geralmente constituído
por uma tubulação simples.
Grades: reter materiais flutuantes ou em
suspensão de maiores dimensões.
Bombeamento

Adutoras
Caixa de areia

Esquema de Tomada d´água


Desarenador ou Caixa de areia: utilizado
quando o curso de água apresenta transporte
intenso de sólidos. No seu interior ocorre a
sedimentação das partículas.
Adutoras: são canalizações que transportam água desde
o local de captação até o ponto de utilização sem que
ocorra distribuição no trajeto. Possuem poucas ou
mesmo nenhuma ramificação (vazão que circula é
constante)

Adutora de Água Bruta-


Sistema Integrado da
Grande Florianópolis
Estação de Tratamento de Água Convencional
Distribuição da Água

Fornecer água à população:

❑ Dentro dos padrões de qualidade (potabilidade);

❑ Pressão adequada (com vazão);

❑ Continuidade (sem interrupção no sistema);

❑ preço acessível
Distribuição da Água

Partes Constituintes:

a) Redes de Distribuição: é a estrutura do sistema mais


integrada à realidade urbana e a mais dispendiosa. E
constituída de um conjunto de tubulações interligadas
instaladas ao longo das vias públicas ou nos passeios,
junto aos edifícios, conduzindo a água aos pontos de
consumo (moradias, escolas, hospitais, escolas, etc);

b) Reservatórios;
Reservatórios
As unidades de reservação são tradicionalmente
concebidas e operadas enfocando como objetivos
principais:

a) Regularização entre as vazões de adução e distribuição


durante o dia (além de economizar energia);

b) Condicionamento das pressões na rede de


distribuição;

c) Reserva de combate a incêndios ou outras situações


emergenciais;
Tratamento da Água
❖ Quase toda água potável que consumimos se
transforma em esgoto que é reintroduzido nos rios e
lagos.

❖ Estes mananciais, uma vez contaminados, podem


conter microorganismos causadores de várias doenças
como a diarréia, hepatite, cólera e febre tifóide.

❖ Além dos microorganismos, as águas dos rios e lagos


contêm muitas partículas que também precisam ser
removidas antes do consumo humano.

❖Daí a necessidade de se tratar a água para que esta


volte a ser propícia para o consumo humano.
➢ Não é necessário que a água do manancial apresente,
em estado bruto, o padrão de qualidade exigido para
abastecimento público;

➢ É importante que a água do manancial não esteja


deteriorada pois aumentam os custos com tratamento e
pode comprometer a utilização dessa água para
consumo humano;

➢ A possibilidade de tratamento é “ilimitada” do ponto


de vista técnico mas existem restrições econômicas
(?????)
Tratamento de água pode ser feito para atender várias
finalidades:

➢ Higiênicas: remoção de bactérias, protozoários, vírus


e outros microorganismos, substâncias tóxicas ou
nocivas, redução de impurezas, componentes
orgânicos;
➢ Estéticas: correção de turbidez, cor, odor e sabor;
➢ Econômicas: redução de corrosivisidade.

Os processos de tratamento de água quase nunca são


utilizados isoladamente, sendo frequente a associação
de vários processos.
Um sistema de Tratamento Completo consiste
em várias etapas:

a) Coagulação
b) Floculação
c) Decantação ou Sedimentação
d) Filtração
e) Desinfecção
f) Fluoretação
Coagulação: Substâncias coagulantes são adicionadas na água
com a finalidade de reduzir as forças eletrostáticas de repulsão,
que mantém separadas as partículas em suspensão e parcela das
dissolvidas.

Desta forma, eliminando-se ou reduzindo-se a "barreira de


energia" que impede a aproximação entre as diversas partículas
presentes, criam-se condições para que haja aglutinação das
mesmas, facilitando sua posterior remoção por sedimentação e/ou
filtração.

Os coagulantes mais utilizados são o sulfato de alumínio e o


cloreto férrico.

Após a coagulação, a água segue para a câmara de mistura


rápida e depois para os Floculadores.
.
Floculação: Processo físico que promove a aglutinação
das partículas já coaguladas, facilitando o choque entre
as mesmas devido à agitação lenta imposta ao
escoamento da água.

A formação de flocos de impurezas facilita sua posterior


remoção por sedimentação sob ação da gravidade ou
filtração.
Decantação ou sedimentação: Processo no qual a
força da gravidade é utilizada para separar as
partículas de densidade maior que a da água,
depositando-as em uma superfície ou zona de
armazenamento.

A água fica retida no


decantador por
aproximadamente 3
horas e os flocos que
não se depositarem
neles, ficarão retidos
nos filtros.
Filtração: É o processo que permite a remoção das
frações de partículas de impurezas e partículas
suspensas na água que não foram removidas no
decantador. A água é conduzida aos filtros através dos
canais de água decantada.
Desinfecção: Tem por finalidade a
destruição de microorganismos
patogênicos ou não presentes na água. As
principais técnicas empregadas são a
cloração.

Fluoretação: Aplicação de compostos de


flúor na água de abastecimento público, em
teores controlados. O flúor é eficiente na
redução da incidência de cáries.
Aeração

➢Remove substâncias voláteis que podem influenciar no


odor e sabor da água;

➢Remove CO2 (em excesso) que pode causar corrosão na


tubulação;

➢Útil na remoção de sais de ferro (oxidação);


Remoção de sabor e odor

Alguns removidos por aeração ou por


adsorção (carvão ativado).

Exemplo em Goiânia: Geosmína

Geosmina
Carvão Ativado
Carvão Ativado

Este tipo de carvão é obtido a partir da queima controlada com baixo


teor de oxigênio de certas madeiras, a uma temperatura de 800°C a
1000°C, tomando-se o cuidado de evitar que ocorra a queima total do
material de forma a manter sua porosidade.

Os usos mais comuns para o carvão ativado são a absorção de gases


(na forma de filtros) e no tratamento de águas, onde o carvão se
destaca por reter nos seus poros impurezas e elementos poluentes.
O conceito de
Poluição das
Águas deve
associar o uso
à qualidade
Classificação das Águas Doces segundo a
Resolução CONAMA 357/2005:
➢ Classe Especial;
➢ Classe 1;
➢ Classe 2 (Todos os Rios brasileiros são classificados
como Classe 2);
➢ Classe 3;
➢ Classe 4 (não pode ser consumida);

O fato de um trecho de rio estar enquadrado em


determinada classe não significa necessariamente que
esse seja o nível de qualidade que ele apresenta, mas
sim aquele que se busca alcançar ou manter ao longo
do tempo.
Usos da Água e poluição:

➢Abastecimento Humano (mais nobre e


prioritário);
➢Abastecimento Industrial;
➢Irrigação e dessedentação de animais;
➢Geração de energia elétrica;
➢Navegação;
➢Diluição e transporte de poluentes;
➢Preservação da fauna e flora;
➢Aquicultura;
➢Recreação
www.e-geo.ineti.pt/imagens
Os efeitos resultantes da introdução de poluentes
no meio aquáticos dependem:

❖ Natureza do poluente introduzido;


❖ Caminho que o poluente percorre no meio;
❖ Uso que se faz do curso d´água;
Poluição Pontual: São introduzidas por lançamentos
individualizados
➢ Despejo de esgoto sanitário;
➢ Despejos industriais;
Poluição Difusa: São assim chamadas por não terem um
ponto de lançamento específico.
➢ Substâncias provenientes da agricultura;
➢ Monóxido de carbono lançado pelos escapamentos de
carros ou outros gases provenientes da indústria;
Principais poluentes aquáticos:
✓ Poluentes orgânicos biodegradáveis – Diminuição da
concentração de oxigênio dissolvido disponível na água;

✓ Poluentes orgânicos recalcitrantes ou refratários –


Não são biodegradáveis ou a taxa de biodegradação é
muito pequena. O impacto se dá pela alta toxicidade do
composto orgânico, como é o caso de pesticidas,
detergentes sintéticos, petróleo.

✓ Metais: Cromo, chumbo, mercúrio;

✓ Nutrientes – sais de nitrogênio e fósforo provenientes


da erosão natural ou fertilização do solo;
✓ Organismos patogênicos – Saneamento básico precário
ou inexistente;

✓ Sólidos em suspensão ;

✓ Calor – Pode afetar as características físicas, químicas e


biológicas do meio aquático;

✓ Radioatividade – Existe naturalmente no meio ambiente


pela presença de substâncias radioativas;
Comportamento dos poluentes no meio aquático
Mecanismos Físicos: DILUIÇÃO

DILUIÇÃO: RESULTANTE DO PROCESSO DE MISTURA


DO DESPEJO COM A ÁGUA PRESENTE NO CORPO DE
ÁGUA.
Comportamento dos poluentes no meio aquático

Ação Hidrodinâmica – corpos de água não são estáticos,


transportam os poluentes variando a concentração no
espaço e no tempo.

❑ A difusão molecular é um exemplo de fenômeno de


transporte de matéria onde um soluto é transportado devido
aos movimentos das moléculas de um fluido.

❑ Estes movimentos fazem com que, do ponto de vista


macroscópico, o soluto passe das zonas mais elevada de
concentração para zonas de baixa concentração.

❑ Esse efeito é pequeno em corpos de água naturais.


Exemplo de difusão molecular

www.kalipedia.com/kalipediamedia/cienciasnaturais
Difusão turbulenta: a existência de turbulência no
escoamento da água provoca mistura mais rápida (taxa
mais intensa) das substâncias presentes. Mecanismo
muito eficiente para diminuição da concentração de
poluentes.

Interface ar-água com


grande área superficial

Oxigênio penetra com mais


rapidez e os gases
resultantes da decomposição
anaeróbia deixam o meio
aquático.
Dispersão: Fenômeno de transporte de poluentes causados
pela ocorrência conjunta de DIFUSÃO MOLECULAR e/ou
TURBULENTA

Rio sem nenhuma


poluição.
Outros fatores que atuam no comportamento dos
poluentes do meio aquático:

❑ Gravidade;

❑ Luz – condição para existência de algas – produção


endógena de oxigênio;

❑ Temperatura – altera solubilidade dos gases e


cinética das reações;

❑ Mecanismos Bioquímicos;
Equilíbrio natural no ecossistema entre:
➢ Produção e consumo
➢ Produtores e consumidores
➢ Reação de fotossíntese e reação de respiração

Para que tudo isso ocorra são necessários: Nitrogênio,


Fósforo, Hidrogênio, Oxigênio, potássio, ferro, entre
outros...

Esses elementos devem ser devolvidos ao meio após sua


utilização, mesmo que de outra forma para entrar na
cadeia alimentar por meio da fotossíntese.

Devolução ocorre através dos decompositores –


completam o ciclo dos nutrientes.
Oxigênio Dissolvido
Constituinte mais importante dos recursos hídricos

✓ Características do despejo;
✓ Características do corpo d´água;
✓ Produção de oxigênio;

Processo de Autodepuração: Recuperação do equilíbrio


no meio aquático por processos naturais após as
alterações pelo lançamento de efluentes.

1)Decomposição;
2) Recuperação do oxigênio dissolvido ou re-
aeração;
1) Decomposição: A quantidade de oxigênio dissolvido
na água necessário para a decomposição da matéria
orgânica é chamada DBO (Demanda Bioquímica de
Oxigênio);

DBO é uma forma de medição do potencial poluidor de


certas substâncias biodegradáveis em relação ao
consumo de oxigênio dissolvido.

O valor da DBO varia consideravelmente de acordo com


a natureza do despejo;

Águas de uma refinaria de açúcar chegam a ter DBO de 6.000 miligramas


por litro, o que significa que a cada litro dessas águas despejado num rio
farão com que 6.000 mg ou seja, 6g do oxigênio dissolvido na água do rio
desapareçam.
2) Recuperação de Oxigênio Dissolvido: As fontes
contínuas que adicionam oxigênio à água: atmosfera e
fotossíntese.
Regiões características de Autodepuração

➢ 2-Zona de degradação: início após lançamento de


esgoto. Muita matéria orgânica complexa mas
potencialmente decomponível.
➢ 3- Zona de decomposição ativa: microorganismos
desempenhando ativamente suas funções de
decomposição de matéria orgânica. A qualidade da água
está em estado mais deteriorado.
➢ 4- Zona de Recuperação: após intenso consumo de
oxigênio e degradação do ambiente, este tende a se
recuperar gradativamente.
➢ 1- Zona de línguas limpas: As características iniciais
voltam a ser atingidas no que diz respeito a oxigênio
dissolvido, matéria orgânica e bactérias.
Processo de Eutrofização
➢ Eutrofização:Enriquecimento das águas com os
nutrientes necessários ao crescimento da vida aquática
vegetal.
➢ Manifesta-se por meio do aumento da produtividade
biológica do lago, sendo observada a proliferação de
algas e outros vegetais aquáticos devido à maior
quantidade de nutrientes disponível.
➢ Nutrientes: fósforo e nitrogênio
Outros fatores que influenciam na Eutrofização

➢ Radiação solar;
➢ Temperatura;
➢ Lagos com menor profundidade;
➢ Maior tempo de residência (fluxo mais lento)

Consequências da eutrofização:

➢ Diversidade biológica diminui;


➢ Alteração de espécies;
➢ Baixos teores de oxigênio dissolvido;
➢ Utilização do manancial para abastecimento e
irrigação ficam comprometidas;
➢ Perda de valor comercial;
Formas de controle da eutrofização

1) Medidas Preventivas: reduzir a carga externa do


nutriente limitante.

❖ Retirada de nutrientes por tratamento terciário


❖ Tratamento de efluentes industriais
❖ Redução do uso de fertilizantes no solo
❖ Controle de drenagem urbana
Formas de controle da eutrofização

2) Medidas Corretivas: atuam sobre o sistema de


circulação de nutrientes no lago e sobre o
ecossistema.

❖ Aeração da camada superior do lago

❖ Precipitação química do fósforo (adição de


coagulante à base de Ferro)

❖ Redução das macrófitas

❖ Remoção do sedimento do fundo

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