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UNIVERSIDADE POLITECNICA

A POLITÉCNICA

INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO UNIVERSITÁRIO DE NAMPULA

Curso de Engenharia Mecânica 11ª Edição

Tema: Determinação de uma Matriz

Discentes:
Nurfaz Ismail
Adolfo José
Erickson
Pedro Cesar
Nildo Jaime
Marcos

Docente: José Manuel

Trabalho em Grupo de Caracter avaliativo

Nampula, 2024

1
Índice
Introdução........................................................................................................................2

Determinante................................................................................................................... 3

Notação de determinantes................................................................................................3

Propriedades dos determinantes.......................................................................................3

Permutações e suas classificações....................................................................................5

Tipos de Permutação........................................................................................................5

Termo principal e termo secundário................................................................................8

Propriedades de um sistema homogêneo.......................................................................10

Teorema de Laplace.......................................................................................................11

Passos do Teorema de Laplace......................................................................................11

Cálculo de determinante com o Teorema de Laplace.....................................................12

Conclusão...................................................................................................................... 14

Referencias bibliográficas..............................................................................................15

2
Introdução
A Análise Combinatória é a área da Matemática que estuda as formas de resolver
problemas com contagem de elementos ou possibilidades de algo ocorrer. Ela vai nos
dizer quais as técnicas e métodos para cada tipo de situação.
As Matrizes e os Determinantes são conceitos utilizados na matemática e em outras áreas
como, por exemplo, da informática. São representadas na forma de tabelas que
correspondem a união de números reais ou complexos, organizados em linhas e colunas

O determinante de uma matriz é uma “operação” que associa todas as matrizes quadradas
a uma constante, ou seja, transformando-a em um escalar. Esta função é importante
quando queremos saber se dada uma matriz, ela possui ou não uma inversa, mas não
trataremos sobre isto neste artigo. É muito importante ao leitor que visite o artigo sobre
matrizes para melhor compreensão do texto. Quando nos referimos ao determinante de
uma matriz A geral.

3
Determinante
Determinante da matriz é um valor que está associado à matriz. Utilizamos o
determinante para resolução de sistemas lineares, para verificar se três pontos são
colineares, entre outras aplicações. Calculamos o determinante de matrizes quadradas, ou
seja, matrizes que têm o mesmo número de linha e de coluna.

A regra de Sarrus é um importante método de cálculo de determinante, utilizado


principalmente no cálculo de matrizes de ordem 3 devido a sua complexidade, mas
também no caso de matrizes de ordem 2. Existem algumas propriedades importantes para
o cálculo de determinantes.

Notação de determinantes
Sabendo que o determinante de uma matriz é associado a uma matriz e que apenas as
matrizes quadradas possuem determinantes, conhecendo a matriz A, o cálculo do
determinante da matriz A é denotado por det(A). Quando listamos o termo da matriz, o
determinante dessa matriz é representado pelos elementos da matriz entre duas barras
retas. Por exemplo, em uma matriz 2x2, temos que:

det(A)=|aa2111 |
a 12
a 22

Propriedades dos determinantes


As propriedades dos determinantes ajudam a simplificar os cálculos e até mesmo
dispensam o processo algébrico utilizado para encontrar o determinante.

 1ª propriedade: se uma linha ou uma coluna da matriz possui todos os


elementos igual a zero, então o determinante da matriz será igual a zero.

Exemplo:

det(A)=|02 03|=0
 2ª propriedade: se duas linhas da matriz forem iguais, então o seu
determinante é zero.

Exemplo:

4
1 2 3
det(B)=9 −2 1 = 0
1 2 3
 3ª propriedade: se as linhas ou as colunas forem proporcionais, então o
determinante da matriz é zero.

Exemplo:

1 2 3
det(B)=9 −2 1= 0
2 4 9
Note que a linha 3 da matriz é igual ao dobro da linha 1, logo, o determinante da matriz é
zero.

 4ª propriedade: dadas uma matriz A e uma constante k, temos que:

𝑑𝑒𝑡(𝑘⋅𝐴)=𝑘𝑛⋅𝑑𝑒𝑡(𝐴)
O n é a ordem da matriz.

Exemplo:

det(A)= |31 42|=0


det(3·A)= |93 126 |=54-36=18
Sabemos que essa matriz é de ordem 2, logo, temos n = 2. Note então
que:

det(3⋅A)=32⋅det(A)=9⋅2=18𝑑𝑒𝑡(3⋅𝐴)=32⋅𝑑𝑒𝑡(𝐴)=9⋅2=18
5ª propriedade: o determinante do produto de duas matrizes é igual ao produto dos seus
determinantes.

det(A⋅B) = det(A)⋅det(B)
Exemplo:

Veja o cálculo do determinante do produto entre as matrizes A e B.

5
A= [ 53 42] e B=[ 24 13]
det(A)= |53 42|=5 ⋅2 − 4 ⋅3 = 10−12=−2
det(B)=|24 13|=2⋅3−1⋅4 = 6−4 = 2
Então o determinante do produto entre as matrizes A e B é igual a:

det(A⋅B) = det(A)⋅det(B) = −2⋅2= −4

Permutações e suas classificações


Permutação é a quantidade de formas que podemos trocar os elementos de um conjunto
“n”. Nessa contagem, buscamos identificar quais são as formas de reorganizar um mesmo
conjunto inicial, trocando seus elementos de lugar/ordem.
Quando observamos um conjunto, podemos pegar seus componentes e trocá-los de
posição, sem acrescentar ou tirar partes. Assim, o número de elementos do grupo se
mantém, mas a ordem desses elementos interfere e nos dá novos resultados.

Exemplo:
Vamos tomar como base um conjunto “n”, que será uma palavra de 3 letras: “SOL”. Se
nós queremos ver quais são as possibilidades totais de organizar uma palavra com essas
letras, teremos 6 resultados de permutações ao trocá-las de lugar:
SOL / SLO / LOS / LSO / OSL / OLS
Cada uma dessas palavras, existentes ou não, é uma permutação de 4 elementos (letras)
do conjunto “n” (palavra).
Por isso, dizemos que se x é uma permutação de n, então x e n são constituídos pelos
mesmos elementos, ordenados de formas diferentes.
Podemos fazer permutação com vários temas diferentes, como números e pessoas. No
caso da permutação de letras, chamamos de Anagrama.
O símbolo que representa a definição de Permutação é:
Pn
símbolo da permutação
Lemos assim: “permutação de n elementos”
Em que:
n = número de elementos do conjunto inicial.

6
P = quantidade de permutações possíveis.

Tipos de Permutação
 Permutação Simples
A permutação Simples é aquela em que precisamos fazer as trocas dos elementos de um
conjunto, sendo que não há nenhum elemento repetido.
Exemplo:
1) A senha de chamada de um escritório possui 4 algarismos. Além disso, ela é sempre
formada pelos números do conjunto {2,5,6,8}. Quantas são as senhas disponíveis?
Solução
O primeiro passo é notar que estamos falando de uma permutação, pois a senha tem que
ter 4 dígitos e há 4 algarismos diferentes para preenchê-la.
Agora, basta aplicar na fórmula:
P4 = 4!
P4 = 4.3.2.1
P4 = 24 senhas
 Permutação com Repetição
A permutação com Repetição é aquela em que precisamos fazer as trocas dos elementos
de um conjunto, mas há elementos repetidos nele. Por causa disso, o raciocínio muda um
pouco:
Se um conjunto tiver um determinado elemento repetido, como duas letras “A”, a troca
entre esses dois elementos iguais não gera um grupo novo. Por isso, essa repetição deve
ser retirada da fórmula de permutações.
Para subtrair as repetições, devemos dividir o número normal de permutações (n!) pela
quantidade de repetições do elemento repetido (k!).
Se houver dois elementos repetidos, devemos acrescentar ao denominador a quantidade
de vezes que este outro elemento se repete (j!), e assim por diante.
Exemplo
1) Qual é a diferença entre o número de anagramas da palavra ANAGRAMA e ARARA?
Solução
O primeiro passo é sabermos que todos os anagramas são calculados por meio de
permutações. Além disso, devemos ficar atentos e observar que cada uma dessas palavras
têm um determinado número de elementos que se repetem tantas vezes.

7
Por isso, vamos usar a fórmula de permutação com repetição e calcular o número de
anagramas de cada uma delas, separadamente.
Palavra ANAGRAMA: Possui 8 letras mas apenas 5 são diferentes (A,N,G,R,M).
Observamos então que a letra A aparece 4 vezes. Então:
P8(4) = 8! / 4!
P8(4) = 8·7·6·5·4! / 4!
P8(4) = 8·7·6·5
P8(4) = 1 680 anagramas possíveis

Palavra ARARA: Possui 5 letras mas apenas 2 são diferentes (A,R). Observamos então
que a letra A aparece 3 vezes e a letra R aparece 2 vezes. Então:
P5 (3,2) = 5! / 3! . 2!
P5 (3,2) = 5·4·3! / 3! . 2!
P5 (3,2) = 5·4 / 2.1
P5 (3,2) = 20 / 2
P5 (3,2) = 10 anagramas possíveis
Portanto, a diferença entre o número de anagramas da palavra ANAGRAMA e ARARA
é: 1680 – 10 = 1670.
Permutação Circular [Exemplo]
A permutação circular é uma permutação com as mesmas bases das outras, a diferença é
que ao invés de os elementos estarem posicionados em uma fila, eles estão em círculo.

Isso muda tudo, pois um círculo não tem início nem fim. Por isso, dependendo de onde
começamos a contar, pode ser que vejamos agrupamentos iguais. Então precisamos
retirá-los do número total de permutações.
Para entender melhor, vamos resolver um exemplo:
Exemplo
1) De quantas maneiras uma professora pode organizar 4 criancinhas em uma roda de
ciranda?
Solução
Vamos supor que as crianças são Miguel, Carla, Fábio e Alice. A professora colocou-os
exatamente nessa ordem, depois, pediu que Miguel e Alice dessem as mãos, formando
uma roda.

8
Se tomarmos como primeira referência o Miguel, teríamos uma possibilidade de roda que
começa nele e termina em Alice. Se tomarmos como referência Carla (é uma roda, não
tem início nem fim), o último a contar seria Miguel. E assim por diante.
Porém, ainda que tomemos referenciais diferentes para começar a contar, eles não são
absolutos já que não se trata de uma fila, mas de uma roda. Por isso, independente de
onde começamos a contar, a ordem entre as crianças permanece a mesma.
Nesta disposição e independente de onde contamos, Carla sempre estará entre Miguel e
Fábio. Assim como Fábio sempre estará entre Carla e Alice e assim por diante.
Por isso, nesta disposição, há 4 referenciais que nos dão uma mesma ordem. Logo,
teremos que retirar 3 casos para não repetir a ordem.
A partir daí surge a fórmula de permutação circular PC n = (n-1)!
Então, o número de permutações circulares diferentes entre 4 crianças será:

PC 4 = (4-1)!
PC 4 = 3!
PC 4 = 3.2.1
PC 4 = 6 possibilidades

Termo principal e termo secundário


O determinante de uma matriz de Ordem 1, é igual ao próprio elemento da matriz,
pois esta apresenta apenas uma linha e uma coluna.
Exemplos:
det X = |8| = 8
det X = |−5| = 5
det espaço reto X espaço igual a espaço linha vertical 8 linha vertical espaço igual a
espaço 8 espaço det espaço reto Y espaço igual a espaço linha vertical menos 5 linha
vertical espaço igual a espaço 5
As matrizes de Ordem 2 ou matriz 2x2, são aquelas que apresentam duas linhas e duas
colunas.
O determinante de uma matriz desse tipo é calculado, primeiro multiplicando os valores
constantes nas diagonais, uma principal e outra secundária.
A seguir, subtraindo os resultados obtidos dessa multiplicação.
Exemplos:
Matriz A =

9
det(A)= |27 53|

Matriz B =

det(A)= |48 13|

As matrizes de Ordem 3 ou matriz 3x3, são aquelas que apresentam três linhas e três
colunas:

Para calcular o determinante desse tipo de matriz, utilizamos a Regra de Sarrus, que
consiste em repetir as duas primeiras colunas logo a seguir à terceira:

Sistema homogéneo
Um sistema de equação é conhecido como linear quando é composto exclusivamente por
equações do primeiro grau, e como homogêneo quando o seu termo independente é igual
a zero, então um sistema é classificado como linear homogêneo quando é composto por
equações do 1º grau que têm termo independente igual a zero, o que significa que todas

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as equações serão igualadas a zero. De modo geral, representamos o sistema linear
homogêneo por:

Segunda representação de como o sistema linear homogêneo pode ser descrito.

Propriedades de um sistema homogêneo


A principal propriedade de um sistema linear homogêneo é que ele tem como solução,
pelo menos, a solução trivial, conhecida também como nula, pois todas as incógnitas
iguais a 0 são solução do sistema linear homogêneo, ou seja, a terna (0, 0, ... 0).
Um sistema homogêneo pode ser classificado de duas formas.
Sistema possível determinado (SPD): quando o sistema linear tem somente a trivial
como solução.
Sistema possível indeterminado (SPI): quando o sistema linear tem infinitas soluções.
Sistema Impossível (SI): não é possível apresentar qualquer tipo de solução.
As matrizes associadas a um sistema linear podem ser completas ou incompletas. São
completas as matrizes que consideram os termos independentes das equações.
Importante: Um sistema linear nunca será impossível, pois sabemos que ele tem, pelo
menos, a solução trivial.
Teorema de Cramer
A regra de Cramer é um método para classificar e solucionar sistemas lineares. Ele
consiste no seguinte passo a passo:
1. Escrever a equação matricial do sistema.
Exemplo
A equação matricial do sistema

É:

A primeira matriz é a dos coeficientes.


2. Calcular o determinante D, da matriz dos coeficientes:

11
3. Calcular os determinantes Dx e Dy.
Para calcular Dx, substituímos na matriz dos coeficientes a primeira coluna pela matriz
dos termos independentes.

Para calcular Dy, substituímos na matriz dos coeficientes a segunda coluna pela matriz
dos termos independentes.

4. Para determinar os valores de x e de y, calculamos uma razão entre o determinante de x


ou y, pelo determinante principal D.

O par ordenado (6, -4) é a solução do sistema.

Teorema de Laplace
O Teorema de Laplace é um método para calcular o determinante de matrizes quadradas
de ordemn, ou seja, de qualquer ordem.
Esse método é frequentemente utilizado em matrizes de ordem igual ou superior a 4, dado
que, para matrizes de ordens menores, há outros métodos, por vezes mais rápidos.
Esse método foi desenvolvido pelo matemático e físico Pierre-Simon Laplace (1749 –
1827).

Passos do Teorema de Laplace


Para calcular os determinantes, devemos seguir os seguintes passos:
1. Selecionar uma fila qualquer (linha ou coluna), dando preferência a fila que
contenha a maior quantidade de elementos iguais a zero, por tornar os cálculos
mais simples;
2. Somar os produtos dos números da fila selecionada pelos seus respectivos
cofatores.
Cálculo do cofator
O cofator de uma matriz de ordem n ≥ 2 é definido como:

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Onde:
Aij: cofator de um elemento aij
i: linha onde se encontra o elemento
j: coluna onde se encontra o elemento
Dij: é o determinante da matriz resultante da eliminação da linha i e da coluna j.

Cálculo de determinante com o Teorema de Laplace


Encontre o determinante da matriz B, indicada abaixo:

Resolução
Selecionamos a linha 1, visto possuir um elemento igual a zero.

O determinante será encontrado fazendo:

Onde

 é o determinante da matriz B;
 são os elementos da linha 1 (4, 5, -3, 0);
 são os correspondentes cofatores de cada elemento da linha
1.

A partir daqui, como zero multiplicado por qualquer número é zero, o cálculo fica mais
simples, pois neste caso a14 . A14 não precisa ser calculado.

Vamos então calcular cada cofator:

13
para determinar o cofator é necessário calcular o determinante de cada matriz de ordem 3
indicada acima. Para esse tipo de matriz, é mais prático aplicar a regra de Sarrus.

14
Conclusão
O Determinante é um número associado a uma matriz quadrada, ou seja, uma matriz que
apresenta o mesmo número de linhas e de colunas (m = n). Neste caso, é chamada de
Matriz Quadrada de ordem n. Em outras palavras, toda matriz quadrada possui um
determinante, seja ele um número ou uma função associado à ela.
Indicamos o determinante de uma matriz A por det A. Podemos ainda, representar o
determinante por duas barras entre os elementos da matriz.
Os tipos de matrizes incluem as diversas maneiras de representação de seus elementos.
São classificadas em: matriz linha, coluna, nula, quadrada, transposta, oposta, identidade,
inversa e iguais.
Existem várias técnicas utilizadas para calcular o determinante de uma matriz, entre elas
estão: Regra de Sarrus, Teorema de Laplace, Teorema de Jacobi, Teorema de Binet e a
Regra de Chió. Mas todas essas técnicas podem ser facilitadas se aplicarmos as
propriedades dos determinantes. Vale lembrar que os determinantes, bem como suas
propriedades, são aplicados apenas em matrizes quadradas

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Referencias bibliográficas
Asth, R. C., (2023). Determinantes
Asth, R. C., (2016). Sistemas Lineares
Beduka, R., (2021). Entenda o que é permutação, tipos e fórmulas
Lessa, J. R., (2020). Determinante de Matrizes
Oliveira, R. R. de., (2019). Determinante
Oliveira, R. R. de., (2019). Sistema linear homogêneo

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