Grupo 7 Regional 2023
Grupo 7 Regional 2023
Tema: MERCOSUL
Maputo, 2023
Albertina Ernesto Guambe
Maputo, 2023
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Índice
1. Introdução.............................................................................................................. 3
2. Objectivos.............................................................................................................. 4
2.1. Objectivo geral ................................................................................................... 4
2.2. Objectivos específicos ........................................................................................ 4
3. Metodologia .......................................................................................................... 4
4. Conceito de Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) .......................................... 5
5. Países que fazem parte do Mercosul ..................................................................... 5
6. Origem do Mercosul.............................................................................................. 5
7.1. Tratado e protocolos importantes ....................................................................... 8
7.1.1. Tratado de Assunção ....................................................................................... 8
7.1.2. Protocolo de Ouro Preto .................................................................................. 9
7.1.3. Protocolo de Olivos ......................................................................................... 9
7.1.4. Protocolo de Fortaleza ..................................................................................... 9
8. Objectivos e Princípios dos Mercosul ................................................................. 10
9. Estrutura organizacional Mercosul...................................................................... 10
9. 1. O POP.............................................................................................................. 10
9.2. Conselho do Mercado Comum (CMC) ............................................................ 11
9.3. Grupo Mercado Comum (GMC) ...................................................................... 11
9.4. Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM) ............................................ 11
9.5. Comissão parlamentar conjunta (CPC) ............................................................ 12
9.6. Foro Consultivo Económico-Social (FCES) .................................................... 12
9.7. Secretaria Administrativa do MERCOSUL (SAM) ......................................... 13
10. Características do Mercosul .............................................................................. 13
11. Classificação dos blocos económicos ............................................................... 14
12. Evolução do processo de integração do Mercosul ............................................ 15
13. Moeda única no Mercosul ................................................................................. 17
14. Vantagens e desvantagens da implementação de uma moeda única ................. 17
14.1. Estabilidade económica e financeira .............................................................. 18
14.2. Facilitação do comércio entre os países membros ......................................... 18
14.3. Melhoria da competitividade no mercado internacional ................................ 18
14.4. Desvantagens da moeda única do Mercosul .................................................. 18
14.5. Perda de soberania monetária ......................................................................... 19
14.6. Desigualdades económicas ............................................................................. 19
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1. Introdução
Os processos de integração regional surgem como contraponto à globalização
económica, resultante da necessidade de os países situados numa mesma região se
congregarem, para proteger suas economias dos efeitos negativos da mundialização,
reunindo capitais, tecnologias, recursos humanos, e promovendo medidas conjuntas nos
vários campos de actividade para dinamizar o progresso material e social de seus povos
e, por esse meio, lograr o desenvolvimento económico com justiça social, que implica a
melhoria de suas condições de vida. As organizações de integração económica, pois,
traduzem uma reacção necessária dos Estados ao contexto económico internacional. Tal
como os demais processos dessa natureza, o do Mercosul se restringia, de início, ao
desenvolvimento económico, embora seu tratado constitutivo contemple os direitos
sociais. O trato da questão relativa a esses direitos veio depois, como exigência da
integração, que compreende não apenas o factor económico, mas também o social. No
presente trabalho abordaremos aspectos relacionados com a Mercosul, partindo da
definição, origem, características, estrutura, classificação dos blocos económicos da
Mercosul, vantagens e desvantagens da moeda única e por fim os desafios da Mercosul.
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2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
Compreender a Mercosul.
3. Metodologia
De acordo com ANDRADE (2005), a pesquisa bibliográfica trata de uma técnica de
pesquisa que visa o levantamento de fontes escritas ou iconográficas já publicadas que
colaboram para a fundamentação de um texto.
Https://www.paises.da.mercosul.com.br
6. Origem do Mercosul
Afirma ZENI (2008), que a globalização e o desenvolvimento do comércio
internacional geraram a necessidade dos Estados se unirem para juntarem forças e
obterem maior competitividade internacionalmente. Assim, os Estados começaram a se
integrar regionalmente, buscando atingir interesses em comum. Surgiram então as fases
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Não somente, com a Guerra Fria, época de polarização dos blocos económicos, da
Terceira Revolução Industrial que apresentou diversos avanços tecnológicos, época dos
avanços bélicos, expansão do capitalismo, criação de blocos económicos. Dentre tantos
factores que aconteceram neste período, temos duas ideais que abarcam tudo que foi
citado acima. A regionalização, que pode se dizer que é: a formação de blocos para a
liberalização de mercados, foi uma maneira de aliança entre países geralmente unidos
pela geografia, que além das fronteiras, que procuram dividir os comércios vizinhos,
obtendo vantagens comerciais, diferentes de países não pertencentes aos blocos
económicos (ZERBELLI e WAQUIL, 2006).
7. Formação da Mercosul
A formação do bloco implica na livre circulação de bens, serviços e factores
produtivos entre os países, através da eliminação dos direitos alfandegários e restrições
não-tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito
equivalente.
De acordo com ACCIOLY (2002), em Julho de 1986 foi assinado a Ata para
Integração Brasil-Argentina, criando o Programa de Integração e Cooperação
Económica (PICE) e em 1988, a assinatura do Tratado de Integração, Cooperação e
Desenvolvimento (TICD), prevendo formação de um espaço económico em dez anos,
com eliminação de barreiras alfandegárias e não-alfandegárias.
O exemplo mais grave que comprova uma das deficiências do protocolo é que
alguns pontos citados nele ainda impedem um maior estreitamento das acções comuns
de controlo das práticas concorrenciais desleais, como a manutenção do antidumping.
Ainda segundo PORTO, este ponto "além de prejudicar o aprofundamento da
integração, assinala uma falta de credibilidade na capacidade do bloco de resolver
internamente seus problemas no âmbito da concorrência".
A criação desse mercado comum necessita seguir alguns princípios, tais como: livre
circulação de bens, serviços e factores de produção entre os países do bloco;
estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoçam de uma política comercial
conjunta em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de
posições em foros económico-comerciais regionais e internacionais; coordenação de
políticas macroeconómicas e sectoriais entre os Estados-Membros; compromisso dos
Estados-Membros em harmonizar a legislação nas áreas pertinentes, a fim de fortalecer
o processo de integração (BRASIL, 1991).
9. 1. O POP
O POP vem como uma complementação ao Tratado de Assunção, fazendo com que
o MERCOSUL seja melhor coordenado, com melhores tomadas de decisão, correta
execução e criação de leis para reger melhor o bloco, obtendo maior representatividade
do bloco na economia internacional.
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De acordo com o MERCOSUL citado por ZENI (2008), o GMC pode-se reunir
quantas vezes achar necessário e pode convocar pessoas de outros Órgãos Públicos dos
Estados ou mesmo do MERCOSUL, para participar das reuniões. Assim, as reuniões
feitas pelo GMC vão depender das necessidades mediante problemas que venham a
ocorrer e podem ocorrer quantas vezes for necessário.
pelos Estados Partes para o funcionamento da união aduaneira, bem como acompanhar
e revisar os temas e matérias relacionados com as políticas comerciais comuns, com o
comércio intra-Mercosul e com terceiros países.
www.pib.mercosul.com
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No presente, o Mercosul permanece sendo apenas uma união aduaneira, não tendo,
ainda, alcançado o grau de integração previsto no “Tratado de Assunção” (ainda não
houve a formação de um mercado comum). É, portanto, algo maior do que uma zona de
livre comércio (pois, graças à adopção da Tarifa Externa Comum – TEC – as
mercadorias que circulam livremente dentro do bloco podem tanto ser oriundas dos
países membros quanto de terceiros Estados), mas ainda aquém do mercado comum (já
que persistem uma série de restrições à livre circulação do capital e, principalmente, dos
serviços) (VARELLA, 2012).
A implementação de uma moeda única no Mercosul é uma ideia que tem sido
debatida há anos, mas ainda não foi implementada devido a desafios técnicos e
políticos. A unificação monetária é um passo importante para a integração económica e
política na América do Sul, e é vista como uma forma de fortalecer a economia e a
estabilidade da região. No entanto, ainda há desafios a serem superados antes que a
proposta possa ser implementada, incluindo a necessidade de ajustes económicos e
políticos significativos e a obtenção de consenso entre os países membros (CORDEIRO,
2016).
Além disso, o bloco económico apresenta uma população estimada de 296 milhões,
um Produto Interno Bruto que gira em torno de US$1,8 trilhões, exportações na casa
dos US$ 251 bilhões e importações de US$ 176 bilhões.Com esse volume de comércio,
o Mercosul representa 6,6% das exportações globais e 7,3% das importações (BANCO
MUNDIAL, 2023).
Nesse sentido, ainda está presente nos países do bloco um intenso e elevado nível
de pobreza, assimetrias económicas, uma vez que o Brasil desponta como o maior país
do grupo e a necessidade de melhorar a infra-estrutura tanto dentro dos países como
entre os países. Seguindo essa linha, o ponto crucial para o sucesso e o desenvolvimento
do Mercosul é o envolvimento das democracias presentes nos estados membros, a qual
foi utilizada inúmeras vezes para invalidar a entrada da Venezuela no bloco (SANTOS,
2019).
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16. Conclusão
Terminado o trabalho pudemos perceber que o surgimento de comunidades
regionais de países, que consubstancia a integração regional, representa um dos
fenómenos de enorme importância nas últimas décadas, conferindo ao Direito
Internacional feição peculiar. Resulta da necessidade de os países situados em
determinada área geográfica, com traços culturais semelhantes e interesses
socioeconómicos coincidentes, defendê-los ante o processo de globalização, que tem
carácter hegemónico, desenvolvendo-se no sentido de favorecer, no plano geral, os
países de maior potencial e, no tocante às relações sociais, os detentores do capital em
detrimento dos trabalhadores, operando uma odiosa exclusão social. O Mercado
Comum, que em definição seria a forma como o Mercosul actuaria, estabelece um
elevado nível de integração económica, uma vez que permite a livre circulação de
produtos, pessoas, bens, capital e trabalho entre os membros. O bloco é uma potência do
mercado agrícola e energética, principalmente quando a Venezuela participava do grupo
e ainda exportava petróleo em larga escala para o mundo. Entretanto, mesmo após 3
décadas ainda existem pontos soltos no que versa, principalmente, as questões sociais.
Ainda está presente nos países do bloco, um intenso e elevado nível de pobreza,
assimetrias económicas, uma vez que o Brasil desponta como o maior país do grupo e a
necessidade de melhorar a infra-estrutura tanto dentro dos países como entre os países.
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CRETELLA NETO, José. Curso de direito internacional econômico. 1. ed. São Paulo:
Saraiva, 2012.
SANTOS, M. A. D., Felix, G. P. D. A., Correia, R. S., Sousa, R. A. S., & Santos, P. L.
G. (2019). MERCOSUL: origem histórica, actuação e participação do Brasil no bloco.
SEMOC-Semana de Mobilização Científica. Acesso em: 12 Outubro 2023.
THESING, N. J., ALLEBRANDT, S. L., KELM, M. L., GESSI, N. L., & NUSKE, M.
A. (2019). O Mercosul e o desenvolvimento regional: contribuições do fundo de
convergência estrutural do Mercosul–focem. Holos, 7, 1-15.
VARELLA, Marcelo D. Direito internacional público. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.