Aula 03 - Item 03 - AFT
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Nem só de projetos vive uma organização. Na verdade, grande parte das atividades de uma
organização envolve atividades contínuas e repetitivas. Essas atividades é que mantém a
organização funcionando. São as atividades do dia a dia. Tais atividades são chamadas pelo Guia
PMBOK de operações.
As operações são contínuas (não são temporárias) e repetitivas (não são únicas). Ou seja,
envolvem trabalho recorrente e sem data de término. Além disso, o objetivo das operações é
manter a organização funcionado. Por exemplo, atividade de fazer o pagamento dos salários dos
empregados, ocorre todos os meses, é uma operação e não um projeto.
Elaboração Progressiva
Projetos são complexos e não é possível prever todos os detalhes desde o início. As
características do produto evoluem gradualmente ao longo do tempo, em um processo chamado
de elaboração progressiva (ou Rolling Wave Planning). O gerente de projetos utiliza o Rolling
Wave Planning para refinar o planejamento à medida que o projeto avança.
Stakeholders (Partes Interessadas)
Uma parte interessada é um indivíduo, grupo ou organização que pode afetar, ser
afetada ou sentir-se afetada por uma decisão, atividade ou resultado de um projeto. As
partes interessadas do projeto podem ser internas ou externas ao projeto, e podem
estar envolvidas ativamente ou passivamente, ou não estar cientes do projeto.
Conceito de Gerenciamento de Projetos
Escritório de Projetos
O gerenciamento de projetos em uma organização é apoiado pelo Escritório de Gerenciamento
de Projetos (EGP), também conhecido como Project Management Office (PMO) em inglês.
O PMO é uma estrutura centralizada que padroniza processos de governança relacionados a
projetos, compartilhando recursos e metodologias. Existem três tipos principais de PMO: de
suporte, de controle e diretivo. O PMO de suporte fornece consultoria e recursos, mas não
gerencia projetos diretamente. O PMO de controle além de suporte, exige conformidade com
suas práticas. O PMO diretivo assume a gestão direta dos projetos.
É importante lembrar que a presença de um PMO não é obrigatória, mas pode ser útil para
aplicar boas práticas de gerenciamento de projetos na organização. O papel do gerente de
projetos difere do PMO, com o gerente focando no projeto e o PMO tendo uma visão
organizacional.
Meta Geral Atingir os requisitos do projeto Atingir metas do ponto de vista corporativo
Influências Organizacionais
Projetos são significativamente influenciados pela cultura e estilos organizacionais. A cultura,
formada pelas experiências dos membros da organização, estabelece normas seguidas por todos
e é considerada pelo PMBOK como um fator ambiental empresarial. Além disso, a comunicação
organizacional, que varia entre formal e informal dependendo da organização, impacta o sucesso
dos projetos. Portanto, é essencial que o gerente de projetos compreenda e adapte-se à cultura
e ao estilo de comunicação da organização para gerenciar efetivamente os projetos.
Tipos de Estruturas Organizacionais
Existem três tipos principais de estruturas organizacionais:
• Funcional
• Matricial
• Projetizada
A estrutura escolhida influencia diretamente a gestão do projeto, especialmente no que tange à
autoridade do gerente de projeto. É crucial entender como cada estrutura impacta a gestão do
projeto, conforme resumido no PMBOK.
Uma organização funcional é um modelo clássico e tradicional de estrutura empresarial. Nela, a
organização é dividida em departamentos especializados como engenharia, pessoal,
contabilidade e marketing, cada um liderado por um gerente funcional, conforme o PMBOK.
Caracteriza-se pela especialização dos trabalhadores em áreas específicas e uma hierarquia
clara, com uma cadeia de comando definida onde os funcionários reportam ao chefe do
departamento. Acredita-se que agrupar pessoas com habilidades e experiências semelhantes
facilita a gestão.
A figura a seguir, retirada do PMBOK, mostra uma organização funcional.
A figura a seguir mostra todo ciclo de vida e suas fases. Note que o nível de custo e
pessoal começa baixo e vai subindo. O seu pico ocorre na execução do trabalho, depois volta a
cair de maneira mais rápida.
Um ponto importante de é guardar que quando uma fase termina, ela serve como um
ponto de controle. Nesse momento, é possível, por exemplo, fazer uma avaliação se o projeto
deve continuar ou não. Também é comum que sejam feitas entregas parciais relevantes para o
projeto ao final de cada fase.
É preciso notar que um ciclo de vida proposto pelo PMBOK é geral. Ele oferece uma
estrutura básica para o gerenciamento do projeto, independentemente do projeto no caso
concreto. Além disso, os grupos de processos possuem processos não se confundem com essas
fases. Na verdade, os processos são executados ao longo de todo projeto.
A figura a seguir mostra as interações entre os grupos de processos em um projeto ao
longo do tempo. Em projetos com várias fases, os processos são repetidos em cada fase até que
os critérios para a conclusão das fases sejam cumpridos.
Lembre-se que o PMBOK não é uma metodologia. Contudo, cada organização pode criar
a sua e definir o ciclo de vida dos seus projetos. E este ciclo de vida pode ser documentado em
uma metodologia.
O ciclo de vida apresentado pelo PMBOK tem algumas características que são
apresentadas na figura seguir.
O primeiro ponto a ser notado é que os riscos e incertezas são maiores no início do
projeto. Com o andamento do projeto, os riscos e incertezas vão diminuindo. Isso vem do fato
que o trabalho do projeto está sendo entregue à medida que o ciclo de vida avança.
Já vimos que os níveis de custo e de pessoal são baixos no início, atingem um valor
máximo na execução e caem rapidamente conforme o projeto é finalizado. Esse padrão faz com
que no início do projeto (quando ainda não se gastou muito), o custo para fazer mudanças no
projeto seja baixo. Contudo, esse custo sobe a medida que o projeto anda. Esse fato também
impacta a capacidade das partes interessadas influenciarem nas características finais do
produto.
Logo no início (quando os custos ainda são baixos), a capacidade de influenciar no
projeto é mais alta e diminui à medida que o projeto caminha para o seu término.
Atenção! A curva de custo e pessoal apresentada pode não se aplicar a todos os
projetos. Um projeto pode exigir, por exemplo, despesas substanciais logo no início do seu ciclo
de vida.
Relação entre as fases de um projeto
Já sabemos que um ciclo de vida se estrutura em fases. Essas fases podem ter uma
relação sequencial. Além disso, essa relação também pode ser de sobreposição.
Em uma relação sequencial, uma fase só inicia depois que a fase anterior terminar.
Segundo o PMBOK, “A natureza passo a passo desta abordagem reduz incertezas, mas pode
eliminar opções de redução do cronograma geral”
Em uma relação sobreposta, uma fase tem início antes do término da anterior. As fases
sobrepostas podem exigir mais recursos, pois temos trabalhos em paralelo sendo executados.
Além disso, podem resultar em retrabalho caso uma fase subsequente avance antes entradas
que viriam da fase anterior estejam prontas.
Podemos ter ainda uma relação iterativa, onde apenas uma fase está planejada e o
planejamento da próxima é feito à medida que o trabalho avança na fase atual e nas entregas.
Tipos de ciclo de vida
Os ciclos de vida previstos, inteiramente planejados ou preditivos são aqueles em que
o escopo do projeto, bem como o tempo e custos exigidos para entregar tal escopo são
determinados o mais cedo possível no ciclo de vida do projeto. Esse tipo de ciclo de vida também
é chamado de cascata. Nesse tipo de ciclo, as fases tipicamente têm atividades diferentes.
Os ciclos de vida iterativos e incrementais são assim chamados pois apresentam essas
duas características. Eles são iterativos, pois cada uma das fases tem diversas atividades
repetidas. Uma fase pode ser vista como um mini-projeto do ponto de vista um ciclo de vida
preditivo. Assim, as iterações propriamente ditas são executadas de maneira sequencial ou
sobreposicional. Durante uma iteração, as atividades de todos os grupos de processos de
gerenciamento de projeto serão executadas. Ser incremental quer dizer que em cada fase uma
parte do produto é entregue. Ou seja, o produto é entregue em incrementos. Esses incrementos
geralmente são funcionais.
Por fim temos os ciclos de vida adaptativos (também conhecidos como direcionados à
mudança ou utilizadores de métodos ágeis). Esse tipo de ciclo foi pensado para ser utilizado em
um ambiente onde ocorrem muitas mudanças. Esse é caso de projetos de pesquisa ou
desenvolvimento de software.
Os ciclos de vida adaptativos são também iterativos e incrementais. E qual seria a
diferença entre eles e os ciclos iterativos e incrementais? A diferença é o tamanho das iterações.
Em ciclos adaptativos, as iterações são muito rápidas. Isso significa que elas duram de 2 a 4
semanas. O tempo e recursos são fixos durante a iteração. Um exemplo prático de
gerenciamento ágil é o adotado pelo Scrum no desenvolvimento de software. O escopo geral
do projeto faz parte uma lista chamada backlog do projeto ou backlog do produto. No início de
cada iteração, a equipe escolhe quais itens do backlog serão executados. No final de cada
iteração, um produto funcional (incremento) deve estar pronto para a análise pelo cliente.
Escopo do Projeto e Escopo do Produto
Quando falamos em escopo devemos pensar naquilo que deve ser entregue. Existem
dois tipos de escopo: do produto e do projeto. O examinador tentará confundir você, fazendo
trocas na prova.
Segundo o PMBOK, “o escopo de projeto é todo o trabalho necessário para entregar um
produto, serviço ou resultado” (grifo nosso)
Note que palavra-chave é trabalho. Ou seja, quando montamos o escopo do projeto
estamos identificando o trabalho que precisa ser feito para chegamos ao produto, serviço ou
resultado do projeto. Normalmente, esse trabalho é acompanhando pelas linhas base de
orçamento e cronograma.
Ao definir o escopo do produto, o PMBOK afirma que: “são as características e
funções que descrevem um produto, serviço ou resultado”
Assim, quando pensar no escopo do produto, as palavras-chave são: características e
funções. Note que o escopo de produto forma uma linha de base que pode ser usada para
comparar se o produto final está concluído. O escopo do produto envolve coisas como:
• Detalhar os requisitos do produto do projeto
• Criando um plano de gerenciamento de escopo do projeto
• Criando uma EAP
Note que escopo do projeto, tem como foco as atividades que serão realizadas. Já o
escopo do produto tem relação com que será entregue ao final do projeto. Ou seja, descreve o
produto, serviço ou resultado esperado.
Termo de Abertura
Para reconhecermos formalmente que um projeto ou fase foi iniciado fazemos uso de
um documento chamado termo de abertura.
Um projeto pode surgir como resultado de uma necessidade, demanda, oportunidade
ou problema. Depois que essas necessidades e demandas são identificadas, o próximo passo
lógico pode incluir a realização de um estudo de viabilidade para determinar a viabilidade do
projeto. De posse dessas informações é criado o termo de abertura.
Segundo o PMBOK, desenvolver o termo de abertura do projeto é o processo de
desenvolver um documento que formalmente autoriza a existência de um projeto e dá ao
gerente do projeto a autoridade necessária para aplicar recursos organizacionais às atividades
do projeto.
Note que termo de abertura tem dois papéis importantes. O primeiro é autorizar de
maneira formal o início do projeto. Antes do projeto começar nós temos diversas atividades.
Essas atividades estão relacionadas à aprovação do projeto. Por isso, é tão importante ter um
documento que marque o início do projeto. Quando o termo de abertura é assinado todos os
envolvidos sabem que o projeto foi iniciado de fato.
Geralmente, o termo de abertura é assinado em uma reunião chamada de reunião de
abertura. Nessa reunião, são apresentadas as principais partes envolvidas no projeto. Um
termo de abertura do projeto também serve para estabelecer acordos internos no âmbito de
uma organização para garantir a entrega nos termos do contrato.
Outro papel importante do termo de abertura é dar poder ao gerente de projeto. Esse
também é um aspecto importantíssimo, basta lembrarmos que o poder do gerente de projetos
varia com a estruturas organizacionais. Sem um documento que formal que autorize o gerente
de projetos a utilizar recursos da organização para a condução do projeto, dificilmente suas
ordens seriam acatadas. Por exemplo, em organizações funcionais o poder é tipicamente do
gerente funcional. Nesse tipo de organização o termo de abertura é ainda mais importante para
que o gerente de projetos consiga atuar.
Segundo o PMBOK, o gerente de projeto é identificado e designado o mais cedo possível,
preferivelmente enquanto o termo de abertura está sendo desenvolvido e sempre antes do
início do planejamento
Business Case
Uma necessidade de negócios de uma organização pode surgir devido a diferentes
fatores:
• Demanda de mercado;
• Avanço tecnológico;
• Requisito legal;
• Regulamentação governamental;
• Consideração ambiental.
Uma demanda do mercado pode ser a necessidade de um novo tipo serviço ou produto.
Por exemplo, um software que permita a comunicação remota entre pessoas.
Um avanço tecnológico também pode impulsionar um projeto. Novas descobertas
podem gerar produtos que podem ser usados no dia a dia das pessoas. Por exemplo, serviços
de comunicação a distância puderam ser possíveis após o lançamento de satélites.
Um requisito legal também pode motivar um projeto. Por exemplo, uma indústria pode
ser obrigada a produzir um nível menor de poluentes. Para isso, terá que implantar um novo
sistema de filtragem, por exemplo. No mesmo sentido, regulamentações governamentais ou
restrições ambientais podem levar a criação de novas projetos.
Seja qual for o motivo do projeto, essa necessidade de negócios precisa passar por uma
análise de custo benefício. Essa análise está contida em um documento chamado business case.
Ou seja, é criado para justificar o projeto. Ele para convencer a alta direção de que vale a pena
investir no projeto.
Segundo o PMBOK,
Estimativa de Custos
O que você deve levar para prova é que a estima ROM é uma estimativa grosseira, pois
não temos muito detalhes. À medida que você tem mais informações a sua estimativa melhora
de precisão.
Existem vários métodos de seleção de projetos. Eles são úteis ao processo de tomada
de decisão. Usando tais métodos as organizações podem decidir entre dois projetos
alternativos, por exemplo. Essa decisão é baseada em benefícios tangíveis. Esses métodos
também podem ser usados escolher entre formas alternativas de implementar um determinado
projeto. Ao aplicar os métodos de seleção de projeto, pode-se usar um ou vários métodos de
medição de benefícios isoladamente ou em combinação para chegar a uma decisão de seleção.
De forma geral, os métodos de seleção de projetos podem ser divididos em dois grandes
grupos:
• Linear
• Dinâmico
• Inteiro
• Não linear
• Programação multi-objetivo
Os métodos de medição de benefícios, também conhecidos como modelos de decisão,
empregam formas comparativas de abordagens para tomar decisões de projeto. Esses métodos
incluem:
• Análise de custo-benefício
• Modelos de pontuação
• Análise de fluxo de caixa
Para Carvalho,
Para Carvalho,