Embriologia Fundamentação

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INTRODUÇÃO

A gravidez é um período que dura cerca de 40 semanas (280 dias) e é o resultado do processo
de fecundação de um ovócito por um espermatozoide e posterior fixação do zigoto na
cavidade uterina. A gravidez envolve o desenvolvimento do feto no interior do útero da
mulher e é um período que se estende até a expulsão do bebê no momento do parto.
É um momento bastante delicado na vida de uma mulher e envolve modificações no corpo e
alterações psicológicas. Diante desse momento delicado, é importante que a mulher conheça
bem as mudanças que irão ocorrer em seu corpo durante esses meses e tenha
acompanhamento especializado. Os cuidados deverão ser ainda maiores naquelas gravidezes
consideradas de risco.
Normalmente durante uma gravidez, o zigoto implanta-se no útero, onde ele completa seu
desenvolvimento até o momento do parto. Entretanto, em algumas mulheres, o zigoto pode
implantar-se em outras regiões fora da cavidade uterina. Quando isso ocorre, temos a
chamada gravidez ectópica.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A gravidez ectópica é a ligação ou implantação de um óvulo fertilizado em um local anômalo


que não seja o útero, como por exemplo, nas trompas de Falópio.O feto não consegue
sobreviver na gravidez ectópica.

95% dos casos de gravidez ectópica ocorre na tuba uterina, entretanto, pode ocorrer no ovário,
no colo uterino, no ligamento largo e até mesmo na cavidade peritoneal. Nesse tipo de
gestação, é comum que ocorra aborto espontâneo, sendo que, em alguns casos, pode ocorrer a
morte da mãe, constituindo uma das principais causas de mortalidade materna no primeiro
trimestre de gestação. Entre os principais problemas, pode-se citar o rompimento da tuba com
o extravasamento de sangue, que pode gerar choque hemorrágico.

O feto de uma gravidez ectópica, por vezes, sobrevive por várias semanas. No entanto, como
os tecidos fora do útero não podem proporcionar o fornecimento de sangue e o suporte
necessário, em última análise, o feto não sobrevive. A estrutura que contém o feto
normalmente se rompe após aproximadamente seis a 16 semanas, muito antes de o feto
conseguir sobreviver sozinho e quando ocorre a ruptura de uma gravidez ectópica, o
sangramento pode ser grave e até mesmo trazer risco de morte. Quanto mais tarde as
estruturas rompem, pior é a perda de sangue e tanto maior o risco de morte, no entanto, se a
gravidez ectópica for tratada antes de se romper, a mulher raramente morre.

Causas Da Gravidez Ectópica


Os fatores que aumentam os riscos de ter uma possível gravidez ectópica, incluem:

❖ Uma gravidez ectópica anterior;


❖ Um procedimento cirúrgico anterior, como um aborto ou uma laqueadura tubária;
❖ Anomalias das trompas de Falópio;
❖ Uso atual de um DIU (dispositivo intrauterino);

❖ Fertilização in vitro na gravidez atual;


❖ Uso atual de contraceptivos orais;
❖ Histórico de doença inflamatória pélvica ou infecções sexualmente
transmissíveis (sobretudo infecção por Chlamydia trachomatis)
❖ Infertilidade;
❖ Tabagismo;
❖ Histórico de aborto espontâneo ou de aborto induzido.

É importante frisar que esse tipo de gravidez pode ocorrer em mulheres que não apresentam
nenhum dos fatores de risco.

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Quadro Clínico Da Gravidez Ectópica

Geralmente a gravidez ectópica pode não ser notada, e os primeiros sintomas podem incluir:

• Atraso menstrual;
• Sangramento vaginal;
• Dor pélvica;
• Dor abdominal;
• Aumento abdominal;
• Dor à mobilização do útero.

Além disso, é importante observar a dosagem de Beta-hCG e realizar uma ultrassonografia


para observar a ausência de gravidez intrauterina. A dosagem de Beta-hCG deve ser
observada, pois, se os níveis séricos não duplicarem em 48 horas, significa que há uma falha
na gestação, que pode estar associada com gravidez ectópica ou aborto.

Quando ocorre a ruptura de uma gravidez ectópica, geralmente a mulher tem dor abdominal e
sangramento vaginal que, se não for tratado, pode ser fatal. Os médicos fazem um diagnóstico
com base nos resultados de exames de sangue e de ultrassonografia, cujo objetivo principal é
determinar a localização do feto.

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Diagnóstico Diferencial

Normalmente algumas doenças podem ser confundidas com a gravidez ectópica devido ao
quadro clínico que pode ser muito semelhante em alguns aspetos, e incluem:

➢ Doença inflamatória pélvica (DIP);

➢ Apendicite;

➢ Torção do ovário;

➢ Cisto hemorrágico;

➢ Aborto espontâneo;

➢ Diverticulite;

➢ Ovulação.

Tratamento Da Gravidez Ectópica

Após o diagnóstico, o médico deverá definir qual será a conduta adequada, levando em
consideração a idade e a vitalidade fetal. O médico poderá optar por cirurgias, tratamento
medicamentoso ou, ainda, a conduta expectante. A cirurgia normalmente é o procedimento
padrão para casos de gravidez ectópica, sendo fundamentais em casos de rompimento das
tubas.

Quando o tratamento é medicamentoso, utiliza-se o metotrexato (MTX), que é uma


substância antagonista do ácido fólico. Já a conduta expectante é realizada quando os níveis
de Beta-hCG estão em decréscimo e a paciente apresenta pouca dor ou sangramento.

Prevenção

A prevenção da gravidez ectópica está diretamente ligada ao tratamento das doenças


sexualmente transmissíveis, o uso dde preservativo e planejar a gravidez para entre os 20 e
40 anos,pois a idade também constitui um dos fatores de risco. Caso já esteja grávida é
importante fazer os exames ou consultas para verificar as condições do feto logo nos
primeiros meses.

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CONCLUSÃO

A gravidez significa um momento único e sublime na vida da mulher, gerando uma imensidão
de sentimentos, emoções e adaptações para a chegada do novo membro da família. Quando a
mulher descobre que sua gravidez é ectópica e não pode progredir, todos os sentimentos
anteriores passam a se transformar em frustrações, medo e dúvidas, desta feita, chegamos pois
a conclusão de que, a gravidez ectópica é um grave e sério problema de saúde, considerado
como uma das maiores causas de morte materna que afeta cerca de 2% das mulheres em idade
fértil.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Gravidez"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez.htm. Acesso em 19 de abril de 2024.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez.htm
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Gravidez ectópica"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez-ectopica.htm. Acesso em 19 de abril de
2024.

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