1 Atividade Prática Editorial

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6

Tarefa:

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
9o ano Turma: ___
ALUNO(A): ______________________________________________ do ensino
fundamental Nº: ______
Professores: Valor:
Data:
Jane Silva e Leandro Nº de questões: 01 Unidade: I Nota: _____
____/____/____
Dias

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

Disponível em: <https://i.ytimg.com/vi/d6JS-tOEU1Q/maxresdefault.jpg> Acesso em: 06. 03. 2023.

Queridos(as) alunos(as)!
Iniciamos a I unidade estudando o gênero textual editorial que pressupõe o
posicionamento crítico acerca de um tema contemporâneo. Escrever é, sem dúvida, um ato
político, como já dizia o maior educador brasileiro, Paulo Freire, assim acreditamos que,
cada vez mais, vocês desenvolvem seu senso crítico à medida em que praticam variados
gêneros escritos. Desejamos-lhes uma excelente atividade prática de escrita!
!
Contem sempre conosco,
Jane Silva e Leandro Dias

PARTE 1 - EM CONTATO COM O TEMA

Texto I
O que é trabalho análogo à escravidão, segundo a lei brasileira: Violação do
direito de ir e vir, ameaça de violência física ou psicológica e condições de
vida degradantes são algumas das características apontadas pela legislação
para identificar casos.
Por Lorena Lara, g1

28/02/2023 15h11 Atualizado há 7 horas

Relatos dos trabalhadores da colheita da uva resgatados em Bento Gonçalves (RS) na


última semana descreveram um cenário de violência cotidiana, condições degradantes de
vida e violações a direitos humanos básicos.

O caso é o registro mais recente de trabalho análogo à escravidão no Brasil. Mas, afinal de
contas, o que a lei brasileira reconhece como trabalho escravo?

O artigo 149 do Código Penal Brasileiro traz a definição jurídica do que é trabalho análogo à
escravidão:

"É caracterizado pela submissão de alguém a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva,


quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer
meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou seu preposto."

A lei determina que é crime submeter alguém à condição de trabalho análogo à escravidão
e que também é punível por lei qualquer pessoa que atue para impedir o direito de ir e vir do
trabalhador que esteja nessa condição. Veja o que diz o texto:

"Também é punido com as mesmas penas aquele que, com o fim de reter o trabalhador: a)
cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador; b) mantém vigilância
ostensiva no local de trabalho; ou c) retém documentos ou objetos pessoais do trabalhador".

Disponível em:
https://g1.globo.com/trabalho-e-carreira/noticia/2023/02/28/o-que-e-trabalho-analogo-a-escravidao-se
gundo-a-lei-brasileira.ghtml

Texto II

Resgate de pessoas em situação análoga à escravidão no RS dispara em 3


anos

por WANDERLEY PREITE SOBRINHO

Após uma queda no número de resgates de trabalhadores em situação análoga à


escravidão entre 2013 e 2020, o estado do Rio Grande do Sul viu disparar o número
de pessoas libertadas pelo poder público nessas condições desde 2021. Os dados
de escravidão moderna, como a situação também é chamada, são do MPT
(Ministério Público do Trabalho) do RS e foram repassados com exclusividade ao
UOL.
O recorde foi registrado no dia 22 de fevereiro, em Bento Gonçalves, na Serra
Gaúcha, com a libertação de 207 pessoas. Até o momento, 208 trabalhadores em
condição análoga à escravidão foram resgatados no estado este ano.

Procurada, a Secretaria Estadual de Trabalho do Rio Grande do Sul não comentou


o aumento de resgates ao afirmar que "fiscalização de condições de trabalho é
responsabilidade federal". Procurado, o Ministério do Trabalho não quis comentar.

Em fevereiro deste ano os resgates foram em fazendas que prestavam serviços


para as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton. No ano passado, a maior
ação de resgate no Rio Grande do Sul ocorreu em abril, quando 80 homens foram
salvos depois de aliciados na Bahia, Paraíba e Maranhão para trabalharem na
colheita da maçã em Bom Jesus, a 245 km da capital.

Em março de 2021, 18 trabalhadores foram encontrados em situação semelhante


em uma fábrica clandestina de cigarros na cidade de Triunfo, Região Metropolitana
de Porto Alegre. Eles estavam confinados em um bunker subterrâneo, segundo o
MPT.

O PERFIL DOS TRABALHADORES

Nove a cada 10 resgatados em escravidão contemporânea no Rio Grande do Sul


são homens, mais de um terço têm de 18 a 24 anos e 74% são pretos e pardos,
segundo perfil traçado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

- 22% dos resgatados estudaram até o 5º ano.

- 19% têm até o ensino fundamental.

- 3% eram analfabetos.

FALTA FISCALIZAÇÃO

"Um fator que contribui para aumento de casos de trabalho em condições análogas
à de escravo é a redução das fiscalizações de rotina", afirmou à reportagem o
procurador Italvar Medina, coordenador nacional da Conaete (Coordenadoria
Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas). Não é feito concurso público desde o ano de 2013 e há mais de 1500
cargos vagos, o que representa quase 50% do total de cargos Italvar Medina,
procurador
Embora o Ministério do Trabalho não comente o aumento de resgates no Rio
Grande do Sul, ele confirmou que o quadro de fiscais caiu de 2.496, em 2016
—último dado disponível—, para 1.952 em 2022. Medina também atribui o aumento de
resgates "aos índices de pobreza resultado tanto do agravamento da situação
econômica do país, quanto dos efeitos da pandemia de covid-19".

"As vítimas são pessoas que não tiveram acesso à educação de qualidade. A
maioria não tem nem sequer o ensino primário completo", afirma, e "já foram
anteriormente vitimadas por trabalho infantil".

"Quando a situação econômica se agrava, aumentam as chances de essas pessoas


(...) serem aliciadas para trabalho em locais distantes mediante falsas promessas de
ótimas condições de trabalho e remuneração. Chegando lá, descobrem que a
situação não é como a prometida", diz o procurador.

Em nota, o governo estadual disse que, desde o resgate de trabalhadores nas


vinícolas, foi criado "um grupo de trabalho com diferentes secretarias para
acompanhar as ações". Ele participa de uma força-tarefa para erradicação desse
tipo de exploração pôs à disposição dos resgatados "todos os serviços para
reinserção no mercado de trabalho, bem como realização de qualificações e
capacitações".

Segundo o Ministério do Trabalho, Minas Gerais foi o estado com mais resgates em
2022: 1070. A principal ação ocorreu na cidade mineira de Varjão de Minas, quando
273 trabalhadores eram explorados em atividade de corte de cana-de-açúcar.

Texto adaptado - disponível em:


<https://www.msn.com/pt-br/noticias/other/resgate-de-pessoas-em-situa%C3%A7%C3%A3o-an%C3
%A1loga-%C3%A0-escravid%C3%A3o-no-rs-dispara-em-3-anos/ar-AA18hsmy>

Texto III
Disponível em:
<https://frasesdepaulofreiref.blogspot.com/2019/09/frases-sobre-o-trabalho-escravo.html> Acesso em
06. 03. 2023

Texto III

PARTE 02 – PROPOSTA DE ESCRITA


Suponha que você seja um editorialista de uma revista de grande circulação
nacional e precisa elaborar um Editorial que aborde um tema contextualizado aos
acontecimentos atuais. Tendo como base os textos motivadores, discuta os
caminhos para se combater o trabalho análogo à escravidão no Brasil.
Apresente o ponto de vista adotado pela revista, justificando-o por meio de
argumentos e informatividade.

Em seu texto, observe os seguintes aspectos:

● Escreva entre 20 e 25 linhas.


● Organize as ideias, observando a coerência, coesão, pontuação e ortografia.
● Seja fiel à estrutura de Editorial (Introdução, Desenvolvimento e Conclusão).
● Cuide da objetividade e clareza na argumentação do tema em questão,
atentando à linguagem formal e à pessoa do discurso (3ª pessoa).
● Apresente um título (persuasivo), pois ele é obrigatório.

Você também pode gostar