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CONSUMO E DIGESTIBILIDADE DE SILAGEM DE SORGO COMO ALTERNATIVA PARA

ALIMENTAÇÃO SUPLEMENTAR DE RUMINANTES NA AMAZÔNIA ORIENTAL

Jaime Édson Simon*


José de Brito Lourenço Júnior**
Geane Dias Gonçalves Ferreira***
Núbia de Fátima Alves dos Santos****
Benjamim de Souza Nahum*****
Edwana Mara Moreira Monteiro******

RESUMO

Este trabalho foi realizado na Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, Pará, para avaliar o efeito
de quatro níveis (0%, 15%, 30% e 45%) de concentrado, com subprodutos da agroindústria regional,
em substituição à silagem de sorgo, no consumo voluntário e digestibilidade aparente da matéria seca
(MS), proteína bruta (PB), energia bruta (EB), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente
ácido (FDA). Foi realizado ensaio metabólico, em 21 dias, com dezesseis ovinos, em delineamento
inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quatro repetições, cujos dados foram analisados
pelo SAS. A inclusão de concentrado na dieta influenciou o consumo voluntário e a digestibilidade
aparente de todos os nutrientes. Constatou-se aumento quadrático nos consumos aparentes da MS e
MO, contudo, com aumento do nível de concentrado na ração, foram observadas diminuições significativas
nos teores de FDN e FDA. Percentagens entre 30% e 45% de concentrado na dieta proporcionam
melhores consumos e digestibilidades dos nutrientes, exceto de FDN e FDA. A utilização de concentrado
na silagem de sorgo, o que proporciona maior disponibilidade de matéria seca na forragem e elevação
do valor nutritivo da ração, é capaz de promover aumento da produtividade animal.

Palavras-chave: Fibra em detergente ácido. Fibra em detergente neutro. Silagem de sorgo.


Subprodutos da agroindústria. Tanino. Valor nutritivo.

*
Engenheiro Agrônomo; Mestre em Ciência Animal. Belém/PA. E-mail: simon@yahoo.com.br
**
Engenheiro Agrônomo; Doutor em Ciências Biológicas/Biologia Ambiental. Professor do Doutorado em Ciências
Agrárias/Agroecossistemas da Amazônia da UFRA/Embrapa e em Ciência Animal da UFPA/Embrapa/UFRA. Belém/PA.
E-mail: lourenco@amazon.com.br
***
Zootecnista; Doutora em Zootecnia; Professora Adjunta da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife/PE.
E-mail: geane@uag.ufrpe.br
****
Engenheira Agrônoma; Doutoranda em Ciências Agrárias da UFRA/Embrapa. Bolsista da CAPES. Belém/PA.
E-mail: nubiasaint@yahoo.com.br
*****
Médico Veterinário; Mestre em Ciência Animal; Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental. Belém/PA.
E-mail: nahum@cpatu.embrapa.br
******
Zootecnista; Doutoranda em Ciências Agrárias da UFRA/Embrapa. Bolsista do CNPq. Belém/PA.
E-mail: edmara6@yahoo.com.br

Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 4, n. 8, jan./jun. 2009. 103


VOLUNTARY INTAKE AND DIGESTIBILITY OF SORGHUM SILAGE AS AN ALTERNATIVE FOR
SUPPLEMENTARY FEEDIND OF RUMINANTS IN THE EASTERN AMAZON

ABSTRACT

This work was carried out in the Embrapa Eastern Amazon, in Belem, Para State, Brazil, to
evaluate the effect of four levels (0%, 15%, 30% and 45%) of concentrate feed, with agroindustry by-
products, in substitution to the sorghum silage, in the voluntary consumption and apparent digestibility
of the dry matter, crude protein, crude energy, neutral detergent fiber and acid detergent fiber of the
diet. A metabolic test was carried out during 21 days, using sixteen sheep, in a completely randomized
experimental design, with four treatments and four repetitions. The data was analyzed by software
SAS. The inclusion of concentrate in the diet influenced the voluntary consumption and the apparent
digestibility of all nutrients. There was a quadratic increase in the apparent consumption of the dry
matter and organic matter. However, it was observed significant reductions in contents of neutral
detergent fiber and acid detergent fiber as concentrate levels in the diet increased. Concentrate
percentages of 30% to 45% in the diet resulted in the highest levels of consumption and digestibility
of nutrients, except neutral detergent fiber and acid detergent fiber. The addition of concentrate to the
sorghum silage increases the dry matter content and nutritive value of the diet, resulting in higher
levels of animal productivity.

Key words: Acid detergent fiber. Neutral detergent fiber. Sorghum silage. Agroindustry by-products.
Tannin. Nutritive value.

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1 INTRODUÇÃO

A globalização da economia, com elevado O uso de silagem pode contribuir para elevar
grau de profissionalismo, exige que os pecuaristas a produtividade animal e, conseqüentemente, a
pratiquem uma pecuária empresarial, com rentabilidade dos sistemas produtivos (LOURENÇO
destacada eficiência (COSTA et al., 2002). Na JÚNIOR et al., 2004). O sorgo é bastante usado
Amazônia, a exploração de ruminantes para para silagem, devido ao seu potencial de produção
produção de carne e leite é desenvolvida em de biomassa, em condições de deficiência hídrica
sistemas de produção que precisam ser ajustados, e solos pobres, tolerância às doenças e pragas,
principalmente na alimentação, fator que facilidade de cultivo e conservação, bom valor
influencia o componente econômico, por ser de nutritivo, fonte de fibra digestível e amido, além
custo elevado (RODRIGUES FILHO et al., 2002). de excelente consumo animal, o que proporciona
Existem condições favoráveis à produção, com destacado desempenho na produção de carne e
suprimento de energia radiante e chuvas leite e pode ser fornecido para animais em pastejo
abundantes, que permitem elevada produção de ou estabulados (FERREIRA et al., 1995; RESTLE et
forrageiras de boa qualidade e ambiente sadio al., 1998).
para o rebanho. Apesar dessas características
favoráveis, a baixa rentabilidade da pecuária Assim, este trabalho visa avaliar o valor
tradicional torna a atividade pouco atrativa, nutritivo da silagem de sorgo, com diferentes
basicamente por produtores que não usam níveis de concentrado, como alternativa para
inovações tecnológicas, como o suprimento das alimentação suplementar de ruminantes em
demandas nutricionais dos animais, em períodos pastejo, na Amazônia Oriental, através da
de menor disponibilidade de forragem, associada composição química, consumo voluntário e
ao menor valor nutritivo. digestibilidade aparente.

2 MATERIAL E MÉTODOS

As diferentes fases do trabalho foram com 1,5 t de calcário/ha, e gradagem para


desenvolvidas na Embrapa Amazônia Oriental, nos nivelamento do solo. Em seguida, foi realizada a
Laboratórios de Nutrição Animal, Solos e semeadura manual do sorgo, de duplo propósito
Ecofisiologia, e na Universidade Federal Rural da (AG 2005-E, da Monsanto do Brasil), com
Amazônia (UFRA), no Laboratório de Nutrição adubação de 80 kg de P2O5/ha e 60 kg de K20/ha.
Animal, em Belém, Pará (1º28´ S 48º27´ W de A adubação nitrogenada (20 kg de N/ha), em
Greenwich), em tipo climático Afi, segundo Köpen, cobertura, foi feita 28 dias após a emergência
com época mais chuvosa, de janeiro a junho, e das plantas. Depois de 90 dias foi realizada a
menos chuvosa, de julho a dezembro, temperatura colheita da forragem, que foi cortada a 15 cm do
média anual de 26ºC, precipitação pluvial anual solo, triturada em máquina forrageira, ensilada
de 3.000,1 mm, umidade relativa do ar de 86% e e compactada, com auxílio de micro trator. No
2.389 horas de insolação (BASTOS et al., 1986). final desse procedimento, fez-se a vedação do
silo. Após 90 dias de ensilagem, o material
O sorgo foi plantado em 0,5 hectare. começou a ser fornecido aos animais, tendo-se o
Inicialmente, a área foi arada e gradeada, para cuidado de vedar, adequadamente, o silo, após a
destorroamento. Posteriormente, fez-se calagem, retirada do material, visando preservar o restante.
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Para estimativa do consumo e diferentes tratamentos, em percentagem da
digestibilidade da silagem de sorgo, com matéria seca (MS), sendo a mistura fornecida aos
diferentes níveis de concentrado, foram utilizados animais, diariamente, as 8h30min e 16h, nos 21
16 ovinos deslanados, castrados e vermifugados, dias. Na fase experimental os animais ficaram
com idade média de cinco meses e 23 kg de peso em gaiolas metabólicas, onde permaneceram por
vivo. Os tratamentos experimentais estão na um período de adaptação de 14 dias, recebendo
Tabela 1. A silagem foi retirada, diariamente, do dieta à vontade, para estabilizar o consumo, e
silo, misturada à ração concentrada, nos sete dias para coleta dos dados experimentais.

Tabela 1 - Tratamentos experimentais.

Fonte: dados da pesquisa.

A pesquisa foi realizada no galpão para consumo da MS. No início e final do segundo
ensaios metabólicos do Laboratório de Nutrição período ou período experimental, os animais
Animal. Antes do período experimental, os foram pesados, pela manhã. Diariamente, os
animais foram alojados em baia coletiva alimentos e sobras foram pesados, bem como
coberta, de cerca de 20 m2, com acesso à coletadas as fezes, dos quais foram retiradas
pastagem de quicuio-da-amazônia (Brachiaria amostras para análise laboratorial, de acordo
humidicola), recebendo, aproximadamente, com a metodologia preconizada por Harris
0,100 kg de farelo de trigo, água e mistura (1970). As amostras coletadas foram secas a
mineral à vontade. Nessa ocasião, foram 65ºC, em estufa de ventilação forçada de ar,
observados detalhadamente os aspectos trituradas em moinho tipo Willey, e
relativos a possíveis anormalidades zootécnicas acondicionadas em sacos de plástico.
e sanitárias, quando foram realizados controles
de endo e ectoparasitos. Como medida Foram realizadas as análises químicas dos
profilática, utilizou-se ivermectina, na proporção teores de MS, matéria orgânica (MO), resíduo
de 0,5 mL/25 kg de peso vivo. mineral fixo (RMF), proteína bruta (PB) e
energia bruta (EB), segundo as marchas
Tanto no período de adaptação, quanto no analíticas descritas por Silva (1992), e lignina
de coleta de dados, os animais foram pesados, (Lig), celulose (Cel), fibra detergente neutro
pela manhã, a fim de possibilitar melhor (FDN), fibra detergente ácida (FDA), segundo
distribuição nos diferentes tratamentos as recomendações de Van Soest (1991). Os
experimentais. Foram fornecidos os alimentos e teores de tanino condensado (TC) foram
coletadas as suas sobras, os quais foram determinados pelo método Vanilina-HCl
devidamente pesados, para determinar o (PRINCE et al., 1978).
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O delineamento foi inteiramente média geral; Ti = efeito de tratamento e Eij = erro
casualizado, com quatro tratamentos e quatro experimental. Para as variáveis estudadas foi usada
repetições, de acordo com o modelo matemático a análise de regressão e utilizado o Statistical
Yij = m+Ti+Eij, onde Yij = variável de resposta; m = Analysis System (SAS INSTITUTE INC., 1988).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados das análises químicas do


sorgo utilizado na elaboração da silagem estão
na Tabela 2.

Tabela 2 - Composição química do sorgo utilizado na elaboração da silagem (%MS).

Fonte: dados da pesquisa.

O sorgo utilizado na preparação da O teor de PB do sorgo, de 8,03%, está dentro da


silagem experimental do presente trabalho faixa considerada ideal para ser ensilado. Pois,
apresentava-se em estádio farináceo, com segundo Pedreira et al. (2003), os teores de PB
32,40% de MS, considerado similar ao teor podem variar entre 6,5% e 9%. O valor de 4.202
indicado por Zago (1999), em torno de 30% de de kcal/kg de EB/MS do sorgo foi semelhante
MS, para obtenção de silagem de sorgo de (3.990 kcal/kg de MS) ao determinado por Zago
elevado valor nutritivo. Os teores de 93,07% e (1997). As frações FDN, FDA, Lig, Cel e TC foram
6,93% de MO e RMF, neste trabalho, são de 67,02%, 42,10%, 4,60%, 37,55% e 1,2%,
considerados como adequados para o processo respectivamente. Valores semelhantes foram
de ensilagem da forragem. Cabral Filho (2004) obtidos por Cabral Filho (2004) e Pedreira et al.
registrou valores de 95% de MO e de 0,5% de (2003). A composição química da dieta
RMF, para o sorgo colhido 90 dias após o plantio. experimental encontra-se na Tabela 3.

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Tabela 3 - Composição química dos tratamentos experimentais, com quatro níveis de concentrado (0, 15, 30 e
45%) na silagem de sorgo.

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: Médias seguidas da mesma letra, na horizontal, não diferem estatisticamente (Duncan 0,05).

Nota-se que houve diferença significativa Observou-se ligeira elevação da matéria


(P<0,05) entre os tratamentos para os teores orgânica, de 93,54% para 94,62%, com elevação
de MS, MO, RMF, PB, FDN, FDA, Lig, Cel e TC. do nível de concentrado na dieta, valores
Sendo que MS, MO e PB aumentaram com a similares aos de Feijó et al. (1996), Cardoso et al.
inclusão do concentrado nas dietas (2006) e Pereira (2006). A concentração de
experimentais. A participação do concentrado matéria orgânica determinada na silagem de
na silagem de sorgo, de 15%, 30% e 45%, sorgo, de 93,54%, é pouco inferior a obtida por
proporcionou aumentos significativos (11,6%, Pereira (2006), de 95,22%, e semelhante às
24,2% e 29,8%) na MS das dietas determinadas por Dias et al. (2001), em silagem
experimentais. Cardoso et al. (2006), incluindo elaborada com sorgo nos estádios leitoso
24,2%, 38,4%, 53% e 67% de ração (92,22%) e de emborrachamento (94,77%).
concentrada, não observaram variações
significativas nos teores de MS da dieta, com a Foram observados aumentos significativos,
elevação de concentrado. de 20,9%, 92,25% e 164,40%, nos teores de PB
com a elevação dos níveis de concentrado
O teor de MS da silagem foi de 34,76%. adicionados na silagem de sorgo,
Este valor é considerado elevado e acima de respectivamente, com 15%, 30% e 45%, em
alguns observados na literatura, que pode ser relação à matéria seca, similares aos encontrados
justificado pelo estádio vegetativo, no por Feijó et al. (1996) e Cardoso et al. (2006).
momento da colheita do sorgo, que foi
realizada no final do estádio farináceo. O teor de PB na silagem de sorgo (7,61%)
Entretanto, Martins et al. (2003a) observaram do presente trabalho, aos 90 dias de ensilado, foi
níveis entre 24,86% e 35,76%. semelhante (7,7%) aos obtidos por Pesce et al.
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(2000), no mesmo cultivar, e superior aos de semelhante tendência foi observada por Cardoso
outros cultivares (SOUZA et al., 2003). Martins et al. (2006), em Santa Maria, Rio Grande do Sul,
et al. (2003a) observaram teores de PB, de 7,0% cuja redução foi em torno de 25%, 45,13% e
e 8,0%, e Pesce et al. (2000), na ordem de 8,0% 73,23%, com adição de 24,2%, 38,4% e 53% de
a 9,5%, respectivamente. Essas variações podem concentrado na silagem de sorgo.
ser explicadas, tanto pela variedade, quanto pelo
estádio fisiológico e, também, altura de corte da O teor de FDA na silagem de sorgo foi
planta (MOLINA et al., 2002). próximo aos registrados por Martins et al. (2003b)
e Pereira (2006). A produção animal está
O teor de PB da silagem de sorgo na intimamente ligada com o consumo de MS
presente pesquisa foi superior aos considerados digestível (MERTENS, 1992). Esse consumo pode
como críticos, abaixo dos quais a ingestão ser estimado com base na composição química
voluntária é reduzida pela deficiência de da forragem. Forrageiras com valor de FDA, em
nitrogênio. De acordo com Minson e Milford torno de 30%, ou menor, são consumidas em
(1967), a faixa crítica está entre 6,0% e 8,5%, o altos níveis, ao contrário daquelas com teores
que significa afirmar que apenas o fornecimento superiores a 40%. Nota-se que no presente
de silagem de sorgo, com 7,6% de PB, atende as trabalho os teores de FDA estão dentro dos limites
demandas nutricionais de manutenção desse recomendados pela literatura.
nutriente para ruminantes.
Foram observadas reduções significativas,
Como se esperava, a adição de 15%, 30% na ordem de 27,10%, 36,82% e 60%, na
e 45% de concentrado na silagem de sorgo percentagem de celulose, com a elevação dos
aumentou a percentagem de energia bruta em níveis de concentrado de 15%, 30% e 45%. A
8,8, 11,32 e 17,0, respectivamente. O teor de percentagem de celulose observada no presente
4.150,21 kcal de EB/kg de MS foi semelhante aos trabalho (35,71%) foi superior aos valores
mencionados por Martins et al. (2003a), de 4.142 registrados por Neumann et al. (2002), em outros
e 4.211 kcal/kg de MS, em diferentes cultivares. cultivares (28,61%). De acordo com os trabalhos
de Martins et al. (2003b), teores de celulose, em
O aumento nos níveis de concentrado de torno de 35%, na silagem de sorgo, possibilitam
15%, 30% e 45% na ração levou ao decréscimo melhores taxas de consumo e digestibilidade das
da FDN na ordem de 24,4%, 36,0% e 46,1%, frações fibrosas.
respectivamente. A percentagem de FDN
(66,30%) na MS da silagem foi similar às Os teores de lignina foram reduzidos, na
mencionadas por Cândido et al. (1999) e Pereira ordem de 14,77%, 46,70% e 94,30%, com adição
(2006), entre 61,5% e 69,5%, entretanto, foi de 15%, 30% e 45% de concentrado na dieta,
superior ao valor de 60%, considerado por Van respectivamente. O teor de lignina da silagem,
Soest (1994), como responsável pela redução de de 4,43%, foi inferior a 9%, determinado por
consumo e digestibilidade. De acordo com o NRC Pereira (2006), e semelhante aos observados por
(1989), a percentagem ideal de FDN dietética Neumann et al. (2002), no mesmo cultivar. Níveis
deve estar entre 25% e 35%. inferiores a 7,3% de lignina na silagem de sorgo
favorecem a elevação do consumo e
A adição de concentrado na dieta, na digestibilidade das frações fibrosas (MARTINS et
ordem de 15%, 30% e 45%, reduziu em 25,6%, al., 2003b), entretanto, outros fatores, além do
37,84% e 63% a percentagem da FDA, teor de lignina, como seu arranjo e seus
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precursores com os demais componentes da classificado como médio a baixo (CABRAL
parede celular, podem ser responsáveis por boa FILHO, 2004). Para Mc Donald et al. (1991),
parte das limitações na digestibilidade das valores inferiores a 1% não afetam o consumo
forragens (FERREIRA, 2003). e digestibilidade MS e PB, devido a formação
de complexos com as proteínas dietéticas e
Observa-se que a adição de concentrado mucosa digestiva, aumentando a perda
na dieta, na ordem de 15%, 30% e 45%, endógena desse nutriente (MC NEIH et al.,
promoveu reduções de 12,5%, 44,0%, 66,2%, 1998). Os consumos de MS, em g/dia e em %
nos teores de TC. O teor de 1,07% de tanino do PV/dia, bem como o consumo de MO, em
condensado, na silagem de sorgo, é g/dia, encontram-se na Tabela 4.

Tabela 4 - Consumos diários de matéria seca, em g e % do PV/dia, e de matéria orgânica, em g/dia, na dieta
experimental.

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: Médias seguidas da mesma letra, na horizontal, não diferem estatisticamente (Duncan 0,05).

Os consumos da MS apresentam o mesmo Os consumos de matéria seca (CMS),


comportamento dos observados por Cardoso et expressos em g/dia e % do PV/dia,
al. (2006), de 765 g/dia, 773 g/dia e 954 g/dia, apresentaram efeito quadrático, em função dos
com 24,4%, 38,00%, 52,70% de concentrado. níveis de concentrado na dieta. De forma
Porém, superiores, em percentuais, aos obtidos semelhante, Véras et al. (2000), Costa et al.
por Pereira (2006) (2,10%, 2,25% e 2,45%), com (2005), Silva et al., (1999) e Ítavo et al. (2002)
uso de 20%, 35% e 50% de concentrado, e por encontraram efeito quadrático para o CMS,
Moreira et al. (2001), de 1,7%, com apenas expresso em g/dia, com máximos de 45,9% e
silagem de sorgo. 55% de concentrado na ração.

Os resultados deste trabalho podem ser Por outro lado, Dias et al. (2000) e Souza
considerados satisfatórios, na silagem com e sem et al. (2002) citam repostas lineares crescentes
concentrado, pois de acordo com NRC (1989), em para o CMS, enquanto Strack et al. (2001) não
condições tropicais, os ovinos e caprinos de corte observaram aumento no consumo de MS, em
consomem entre 1,5% a 3% do PV/dia de MS. Os função dos níveis de concentrado na ração. Essas
consumos de matéria orgânica apresentaram divergências permitem concluir que o consumo
similar tendência aos do consumo de matéria seca, de MS é variável e pode ser afetado por diversos
na silagem de sorgo, com adição de 15%, 30% e fatores, dentre os quais se destacam o estádio
45% de concentrado na dieta experimental. vegetativo do sorgo e, consequentemente, a
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qualidade da silagem, além do concentrado observados os níveis de digestibilidade da
utilizado. Também, condições nutricional, matéria seca (% DMS) e matéria orgânica (%
fisiológica e sanitária do animal e do ambiente DMO), em função do nível de concentrado na
físico exercem influência. Na Tabela 5 podem ser dieta experimental.

Tabela 5 - Digestibilidade da matéria seca e da matéria orgânica, em função do nível de concentrado na dieta
experimental.

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: Médias seguidas da mesma letra, na horizontal, não diferem estatisticamente (Duncan 0,05).

A adição de 15%, 30% e 45% de significativas na DMS (58% e 64%) e na


concentrado na dieta, elevou a digestibilidade digestibilidade da matéria orgânica (DMO) (59%
da MS (DMS), em 62%, 68,1% e 70%, e 65%), com 30%, 50% e 70% e 25%, 30% e
respectivamente, da mesma forma Silva et al. 50% de concentrado na silagem de sorgo,
(1999) registraram valores de 65,5%, 68,96% e respectivamente. Rode et al. (1985) e Van Soest
72,5%, utilizando dieta a base de 20%, 35% e (1994) justificam a elevação na DMS e na DMO,
50% de concentrado, associado a silagem de com a adição de concentrado na ração, devido
sorgo. O valor da DMS da silagem (48,32%) foi a elevação de carboidratos não-estruturais, que
semelhante (50% e 52,2%) aos valores obtidos são mais digestíveis em relação aos estruturais.
por Martins et al. (2003a), embora esse autor O consumo de proteína bruta (CPB), em g/dia, e
tenha determinado nível de digestibilidade de a digestibilidade da proteína bruta (%), em
até 61,8%. No entanto, Pascoal et al. (2001) e função do nível de concentrado da dieta
Pereira (2006) não observaram diferenças experimental estão na Tabela 6.

Tabela 6 - Consumo de proteína bruta (CPB), em g/dia, e digestibilidade da proteína bruta (DPB), em função do
nível de concentrado da dieta experimental.

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: Médias seguidas da mesma letra, na horizontal, não diferem estatisticamente (Duncan 0,05).

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O CPB das dietas experimentais apresenta 42,61%, contudo, quando passou de 52,70% para
efeito quadrático (45,84%, 167,55% e 182,20%), 67%, de concentrado na ração, houve redução de
na medida em que foram aumentados os níveis 5,13% no consumo. A resposta ao consumo de
de concentrado nas dietas, de 15% para 45%. O proteína, em dietas à base de silagem
CPB da silagem de sorgo, 44,48 g/dia, foi inferior suplementadas com concentrado é muito variável,
aos determinados por Martins et al. (2003a), 47, em razão do padrão de fermentação da forragem
57,6 e 66,40 g/animal/dia, e abaixo das ensilada, do concentrado utilizado e do animal.
necessidades de PB para ovinos, de 20 kg, em Para Silva et al. (2000), essas variações constituem
crescimento (NRC, 1985). exemplos típicos de taxa de substituição, quando
silagens de gramíneas de alta digestibilidade são
Os consumos mais baixos de PB foram para suplementadas com concentrado.
os tratamentos com 0% e 15% de concentrado,
respectivamente, o que pode ser explicado pelo Os níveis de DPB apresentaram
menor teor na matéria seca dessas dietas, em crescimento quadrático, em 20,30%, 98,13% e
decorrência da maior proporção de silagem. 120,53%, respectivamente, com inclusão de 15%,
Aumentos da participação de grãos na dieta 30% e 45% de concentrado na dieta. No entanto,
elevam o consumo, devido a maior densidade Pereira ( 2006) não observou diferenças
física do alimento, da diminuição do tamanho das significativas na DPB, com 20%, 35%, 50% e 65%
partículas e dos reflexos na velocidade de de concentrado. A digestibilidade na silagem de
passagem (OWENS; GOETSCH, 1993). Cardoso et sorgo do presente trabalho (37,4%) foi pouco
al. (2006), ao avaliar níveis de concentrado em superior á determinada (32,7%) por Martins et
dietas à base de silagem de sorgo (24,4%, al. (2003a). Os valores de consumo da energia
38,00%, 52,70% e 67,00%), fornecidas a ovinos, bruta (CEB), em kcal/dia, e digestibilidade da
verificaram que o aumento do concentrado na energia bruta (DEB), em função do nível de
dieta elevou o consumo da PB, em 11,30% e concentrado na dieta estão na Tabela 7.

Tabela 7 - Consumo de energia bruta (CEB), em kcal/dia, e digestibilidade da energia bruta (DEB), em função
do nível de concentrado na dieta experimental.

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: Médias seguidas da mesma letra, na horizontal, não diferem estatisticamente (Duncan 0,05).

A adição de 15%, 30% e 45% de o nível de concentrado na silagem de sorgo se


concentrado, na dieta, promoveu elevação de elevou de 52,7% para 67%. Para Martins et al.
27%, 50,7% e 66% no CEB. Cardoso et al. (2006) (2003a), a elevação no CEB nas dietas é
não observaram diferença no CEB, quando elevou proporcionada pelo aumento de energia nos
a percentagem de concentrado na dieta, até 38%, concentrados utilizados. O CEB no presente
mas notaram elevação de 120% e 135%, quando trabalho (2.474,77 kcal/dia), para a silagem de
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sorgo, foi similar ao observado por Martins et al. (47,27% e 59,20%) registrados por Martins et
(2003a). Porém, acima do recomendado pelo NRC al. (2003a). Essas variações podem ser abordadas
(1989), para ovinos com 25 kg de PV. sob diferentes aspectos, como alterações na
fisiologia da digestão, alterações digestivas,
A elevação do coeficiente de velocidade de passagem, nível de consumo,
digestibilidade da energia ocorre tanto em alterações de pH, enfim, fatores que podem afetar
relação ao consumo, devido à diluição do efeito a dinâmica ruminal e modificar a efetividade da
da gordura metabólica fecal, como pelas fermentação e a utilização da energia da dieta,
características da energia no alimento, ao causar fatores esses que não foram avaliados no
diferentes efeitos na sua digestibilidade presente trabalho. Na Tabela 8 estão os valores
(COPPOCK, 1987). O valor da DEB observada para de consumo da fibra detergente neutro (CFDN) e
a silagem de sorgo (52,54%), encontrada no fibra detergente ácida (CFDA), em g/dia, em
presente trabalho, está próximo aos valores função do nível de concentrado na dieta.

Tabela 8 - Consumo da fibra em detergente neutro (CFDN), em g/dia, e da fibra em detergente neutro (CFDA)
g/dia, em função do nível de concentrado na dieta.

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: Médias seguidas da mesma letra, na horizontal, não diferem estatisticamente (Duncan 0,05).

A adição de 15%, 30% e 45% de Rodrigues et al. (2001) não tenham verificado
concentrado na dieta experimental reduziu o efeitos de níveis de concentrado sobre consumo
consumo da CFDN, na ordem de 9,42%, 13,11% do FDN e da FDA, Silva et al. (1999) e Pereira
e 19,63%, e o CFDA, de 10,15%, 18,30% e (2006) observaram decréscimos no consumo
27,45%. Os consumos de FDN e FDA foram dessas frações fibrosas, com o incremento do
semelhantes nas diferentes dietas, equilibrado concentrado na dieta. Essas diferentes respostas
pelo aumento do consumo de matéria seca, com podem ser atribuídas às variações na proporção
teores decrescentes de FDN (66,3% para 45,4%) volumoso:concentrado, tipo de volumoso e
e de FDA (40,14% para 24,63%), com fontes e formas de grãos no concentrado. Na
incremento do concentrado. O consumo da FDN Tabela 9 estão os coeficientes da digestibilidade
e da FDA na silagem de sorgo, foi de 413,20 g/ da fibra em detergente neutro (DFDN) e fibra
dia e 242,38 g/dia, porém, abaixo dos em detergente ácido (DFDA), em função do nível
mencionados por Martins et al. (2003b). Embora de concentrado.

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Tabela 9 - Digestibilidade da fibra detergente neutro (DFDN) e da fibra detergente acida (DFDA), em função do
nível de concentrado da dieta.

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: Médias seguidas da mesma letra, na horizontal, não diferem estatisticamente (Duncan 0,05).

A adição de 15%, 30% e 45% de diferentes cultivares de sorgo. A redução na


concentrado na dieta reduziu os índices de digestibilidade da FDN e da FDA deve-se a
DFDN, na ordem de 20,76%, 43,38% e diminuição dos seus teores na MS e elevação
83,20%, e 10,32%, 34,96% e 51%, de DFDA. dos carboidratos solúveis, o que reduz os
Esses valores foram inferiores aos de Pereira microrganismos celulolíticos no rúmen (ZAGO,
(2006), em silagem de sorgo. Os índices de 1991). As equações de predição das variáveis
DFDN e da DFDA (56,68% e 47,02%), na CMS, DMS, CPB, DPB, CEB, DEB, CFDN, DFN,
silagem de sorgo, foram superiores aos CFDA e DFDA, em função das variáveis
observados por Martins et al. (2003b), em estudadas, são apresentadas na Tabela 10.

Tabela 10 - Equações de predição do CMS, DMS, CPB, DPB, CEB, DEB, CFDN, DFN, CFDA e DFDA, em função das
variáveis estudadas.

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: MS - Matéria seca, PB - Proteína bruta, EB - Energia bruta, FDN - Fibra detergente neutro e FDA - Fibra detergente
ácida.

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4 CONCLUSÕES

O sorgo pode ser utilizado para para manter bons níveis nutricionais e elevar o
elaboração de silagem por possui potencial desempenho animal. A utilização de
produtivo, com elevada disponibilidade de concentrado na silagem de sorgo proporcionou
matéria seca e bom valor nutritivo. Constitui maior disponibilidade de matéria seca na
alternativa para ser conservado e fornecido forragem e elevação do valor nutritivo da ração.
como suplemento alimentar nos sistemas de Níveis entre 30% a 45% de concentrado
produção de ruminantes, principalmente em possibilitam maior consumo e digestibilidade
períodos críticos de forragem, e pode contribuir de MS, MO, PB e EB.

AGRADECIMENTOS

Ao Banco da Amazônia pelo apoio


financeiro concedido ao desenvolvimento da
dissertação do primeiro autor.

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