Observação Anatômica - Daniel S. Bohn - 11.04

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA COMPLETA 1

Daniel Bohn
Campeão Brasileiro da 3ª Olimpíada de Anatomia Elsevier

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA 2

Sobre:
Daniel Strohschoen Bohn

Autor do Material. Ex-Acadêmico do Curso de


Medicina da Universidade de Caxias do Sul.
Acadêmico de Medicina da Universidade
Federal de Pelotas (UFPel).

Lucas G. Bigarella

Editou grande parte do material.


Acadêmico de Medicina da UCS.

Curso de Dissecação em Cadáver Fresco -


University of South Florida (USF) – FL, USA

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA 3

BEXIGA .................................................................... 204


Sumário URETRA .................................................................... 206
Aparelho Genital Masculino .......................... 211
HISTÓRIA DA ANATOMIA ...................................... 6
APARELHO REPRODUTOR FEMININO ............ 222
INTRODUÇÃO À ANATOMIA .................................. 10
DORSO .................................................................. 229
CONCEITOS BÁSICOS ................................................ 11
COLUNA VERTEBRAL ................................................ 230
POSIÇÃO ANATÔMICA ............................................ 13
PLANOS ANATÔMICOS ............................................. 13
MÚSCULOS DO DORSO........................................... 245
OSSOS (OSTEOLOGIA) ................................................... 20 ESPAÇOS...................................................................... 251
ARTICULAÇÕES............................................................ 26 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE ..................................... 254
TECIDO E SISTEMA MUSCULAR ................................ 29 MEMBRO INFERIOR ............................................... 256
ESPLANCNOLOGIA .................................................... 39
SISTEMA TEGUMENTAR............................................... 40 OSSOS DO MEMBRO INFERIOR ............................. 258
ANGIOLOGIA ............................................................... 46 Clínica: Ossos Membro Inferior ...................... 267
MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR .................... 271
TÓRAX ..................................................................... 57 Clínica: Músculos Membro Inferior ............... 285
OSSOS ............................................................................. 58 ESTRUTURAS NEUROVASCULARES ........................ 286
CARTILAGENS E ESPAÇOS ........................................ 61 Aplicações Clínicas: Lesões Nervosas ........ 299
MÚSCULOS .................................................................... 62 ESPAÇOS E CANAIS DO MEMBRO INFERIOR .... 302
NERVOS .......................................................................... 64 ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR ............ 311
VASCUARIZAÇÃO....................................................... 65 Clínica: Articulações ......................................... 322
MAMAS........................................................................... 70 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE ..................................... 324
PULMÕES........................................................................ 76 MARCHA HUMANA .................................................. 329
ANATOMIA PULMONAR ...................................... 78 MEMBRO SUPERIOR .............................................. 330
HILO PULMONAR ................................................... 82
VASCULARIZAÇÃO (PULMÕES E PLEURAS) .. 84 OSSOS ........................................................................... 331
INERVAÇÃO (PULMÕES E PLEURA) ................. 86 Aplicações Clínicas: Fraturas ........................ 343
MEDIASTINO .................................................................. 86 MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR ................... 347
PERICÁRDIO.................................................................. 92 Clínica Músculos MS .......................................... 360
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO ................. 93 VASCULARIZAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR.... 362
SEIOS PERICÁRDICOS .......................................... 94 Aplicações Clínicas Vasculares .................... 367
CORAÇÃO .................................................................... 95 INERVAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR................. 368
Aplicações Clínicas ........................................... 373
ABDOME ............................................................... 110 ESPAÇOS E CANAIS .................................................. 379
MÚSCULOS .................................................................. 114 ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR........... 386
FÁSCIAS, CAMADAS E ESTOJO APONEURÓTICO ...... 116 Aplicações Clínicas ........................................... 392
REGIÃO INGUINAL .................................................... 122 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE ..................................... 394
Hérnias Inguinais: ..................................................... 127
DIAFRÁGMA ............................................................... 129 CABEÇA ................................................................ 398
PERITÔNIO E CAVIDADE PERITONEAL ................ 132 OSSOS ........................................................................... 399
VÍCERAS ABDOMINAIS ............................................ 139 FACE .............................................................................. 413
ESÔFAGO .............................................................. 139 Couro cabeludo: ................................................ 414
ESTÔMAGO ........................................................... 140 MÚSCULOS DA FACE ......................................... 415
INTESTINO DELGADO ......................................... 143 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO ....................... 417
INTESTINO GROSSO............................................. 146 INERVAÇÃO DA FACE ....................................... 418
BAÇO ...................................................................... 153 VASCULARIZAÇÃO DA FACE .......................... 422
FÍGADO .................................................................. 155 ÓRBITA..................................................................... 423
DUCTOS BILIARES E VESÍCULA BILIAR ............ 162 CAVIDADE ORAL (BOCA) ................................ 429
PÂNCREAS ............................................................. 165 CAVIDADES NASAIS ................................................. 439
VASCULARIZAÇÃO DO ABDOME.................. 169 ORELHA ........................................................................ 444
EMBRIOLOGIA, INERVAÇÃO E DOR ABDOMINAL ... 172
Drenagem Linfática........................................... 176 PESCOÇO ............................................................. 446

PELVE E PERÍNEO................................................... 180 OSSOS ........................................................................... 447


FÁSCIA DO PESCOÇO............................................. 448
OSSOS ........................................................................... 182 MÚSCULOS .................................................................. 450
ASSOALHO DA CAVIDADE PÉLVICA - MÚSCULOS: ...... 183 VASCULARIZAÇÃO................................................... 455
PERITÔNIO E A CAVIDADE PERITONEAL PÉLVICA INERVAÇÃO................................................................ 460
........................................................................................ 185 TRÍGONOS ................................................................... 466
ESTRUTURAS NEUROVASCULARES DA PELVE .... 187 VÍSCERAS DO PESCOÇO ........................................ 469
PERÍNEO ....................................................................... 191 FARINGE ................................................................. 469
MÚSCULOS DO PERÍNEO ........................................ 192
Anel de Waldeyer .............................................. 472
VÍSCERAS PÉLVICAS ................................................. 197
LARINGE ................................................................. 473
RINS .......................................................................... 197
TIREOIDE ................................................................. 481
GLÂNDULAS SUPRARRENAIS (ADRENAIS) ... 202
PARATIREOIDE ...................................................... 483
URETERES ................................................................ 203
ALGUNS EPÔNIMOS: ........................................................... 484

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA COMPLETA 4

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA COMPLETA 5

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA HISTÓRIA 6

História da
Anatomia

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7
HISTÓRIA

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA
História dos nomeados com
Epônimos em ordem cronologia nas
últimas folhas. Olhar e Relacionar
OBSERVAÇÃO ANATÔMICA HISTÓRIA 8

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA HISTÓRIA 9

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 10

Introdução à
Anatomia

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 11

CONCEITOS BÁSICOS

MÉTODOS PARA O ESTUDO DE ANATOMIA


➢ Anatomia Regional (topográfica):
• Estudo pelo foco de atenção em parte específica.

Por exemplo:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 12

✓ Anatomia de superfície: (AS)


• É uma parte da anatomia regional
• Estudo sobre estruturas palpáveis ao toque e visíveis
superficialmente
✓ Anatomia Sistêmica:
• Estudo de sistemas complexos que atuam em conjunto para
realizar funções complexas

Ex.: Esquelético, Muscular, Articular, Nervoso, Circulatório, Respiratório...

➢ Anatomia Clínica:
• Aplicação da anatomia na prática.

Ex.: Nervo Fibular Profundo é responsável por inervar a loja anterior da perna, a
qual realiza dorsiflexão. E quando lesionado causa a patologia de alteração
de marcha pé em gota.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 13

POSIÇÃO ANATÔMICA
• Corpo Ereto

• Palmas das mãos voltadas


anteriormente

• Olhos Abertos,
com olhar no
horizonte (Plano
Orbitomeático/ de Frankfurt)*

*orbitomeático: orbitas (olhos) na


mesma linha do meato acústico
externo (ouvido).

• Pés juntos, apoiados nos


calcanhares

• ♂ : Pênis na posição
vertical, longitudinal
encostado na parede
abdominal. (Não ereto, mas
rebatido em direção ao
umbigo). Obs.: A frente –
parte anterior – do pênis é
parte de baixo.

PLANOS ANATÔMICOS
➢ Plano Mediano:
• Corta o corpo
longitudinalmente
exatamente ao meio,
dividindo em metades
direita e esquerda –
ANTÍMEROS
• Define a linha
mediana do corpo

Obs.: Linha mediana não é o


mesmo que plano mediano.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 14

➢ Planos Sagitais:
• Planos verticais paralelos
ao plano mediano
• Todo plano paralelo ao
plano mediano é, por
definição, sagital.
• Pode ser chamado de
plano Parassagital ou
Paramediano
• Ex.: um corte longitudinal
entre a cabeça e ombro
do Drauzio delimita um
plano sagital.

➢ Planos Frontais
(coronais):
• Planos Verticais que
atravessam o corpo
perpendicularmente ao
plano mediano
• Divide o corpo em uma
parte frontal e outra
dorsal - PAQUÍMEROS.

➢ Planos Transversos (transaxiais, axiais):


• Dividem o corpo em metade superior e inferior – METÂMEROS

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 15

Obs.: Lembrar da segmentação de anelídeos (minhocas) e seus cortes


transversais.

TERMOS DE RELAÇÃO, COMPARAÇÃO


• Adjetivos para comparações de localização (sintopia) baseados
sempre na posição anatômica
➢ Proximal:
• Parte mais próxima da inserção de um membro ou da parte central
de uma estrutura linear
➢ Distal:
• O oposto de proximal
➢ Rostral:
• Termo é empregado corriqueiramente no lugar de anterior ao se
referir assuntos tangentes ao encéfalo.

Obs.: Termos como superior (cranial), caudal (inferior), medial, lateral, interno,
externo, interno são autoexplicativos.

TERMOS DE LATERALIDADE
• Unilaterais: só tem em um lado. Ex.: Baço, apêndice vermiforme
• Bilaterais: estão nos dois lados. Ex.: Rins, pulmões
• Ipsilateral: do mesmo lado
• Contralateral: lado oposto

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 16

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 17

MOVIMENTO
• Abdução: afastar do eixo mediano
• Flexão: diminuir ângulo da articulação
• Adução: Aproximar do eixo mediano
• Extensão: Aumentar ângulo da articulação
• Pronação: rotação medial do membro
• Supinação: rotação lateral do membro
• Circundução: Integração dos movimentos de flexão, abdução, extensão e
adução

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 18

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 19

ALTERAÇÕES CORPORAIS
• VARIAÇÕES ANATOMICAS
Os livros descrevem o padrão comum, que, eventualmente, pode ser
diferente das estruturas encontradas nos corpos na prática. Muitas vezes, a
forma mais comum demonstrada nos atlas de anatomia é daquela forma em
menos da metade das pessoas. Há variação no tamanho e formato de ossos,
vasos e músculos e suas inserções. O que mais varia são as veias e as estruturas
com menor discrepância (que menos variam) são os nervos. Também
merecem destaque, além das variações do sistema vascular, as variações do
sistema urinário.

• Termos

- Normal: Frequente

- Variação: Alteração SEM Prejuízo e Função

- Anomalia: Alteração COM Prejuízo e Função. Quando incompatível com a


vida = Monstruosidade.

SISTEMA ESQUELÉTICO
Esqueleto
Esqueleto Axial
Apendicular
• Cabeça •Membros
•Pescoço •Ossos de seus
•Tronco Cíngulos (cinturas
escapulas e pélvica)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 20

OSSOS (osteologia)
Tecido Conjuntivo vivo e especializado. É recoberto por tecido conjuntivo fibroso (periósteo), o
qual, majoritariamente, realiza e nutrição, drenagem e inervação do osso. Obs.: Fraturas ósseas
são dolorosas em função da grande inervação sensitiva do periósteo.

• Camadas do Periósteo:
1. Fibrilar (externa): tecido conjuntivo denso, possui alguns fibroblastos
2. Celular (interna): células osteoprogenitoras, que se diferenciarão em osteoblastos
• Funções do Periósteo resumidas:
• Nutrição • Inervação • Proteção • Fixação de tendões e ligamentos (Fibras
de Sharpey) • Produção de osteoblastos (osteogênese)

• Funções dos Ossos resumidas:


1.Sustentação 2. Proteção 3. Alavanca para movimentos 4. Armazenamento de sais e
nutrientes 5. Hematopoese na medula

➢ Medula Óssea
➢ Vermelha: No início da vida todos os ossos possuem medula óssea vermelha, com
função hematopoética*. A díploe é o local com mais medula óssea vermelha.
Medicação em crianças, por exemplo esterno e bacia. Bacia também é local de
punção do doador de medula óssea.
➢ Amarela: Com o passar dos anos – envelhecimento –, os ossos vão perdendo sua
capacidade de produzir elementos figurados do sangue (hemácias, leucócitos e
plaquetas) – hematopoese –, e a medula vermelha vai sendo transformada em medula
amarela, com função de preenchimento.

Obs.: vale ressaltar que não apenas a medula óssea vermelha pode realizar hematopoese. Na vida jovem
outros órgãos também realizam esse papel: fígado e baço.

▪ A unidade funcional dos ossos é o ósteon

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 21

➢ Tipos de Ossos:
• Todos os ossos contêm partes compactas e esponjosas, variando a
proporção de acordo com a forma do osso e sua localização
• São divididos, quanto
a sua forma, em:
✓ Longos
✓ Curtos
✓ Planos
✓ Irregulares
✓ Sesamóides

➢ Ossos Longos:
• Formato tubular. Ex.:

Anatomia dos Ossos Longos:


→ Epífise: Local do centro de ossificação secundário

→ Metáfise: Parte alargada da diáfise mais próxima da epífise. Fica perto


da lâmina epifisal (linha de fusão entre epífise e diáfise, sempre do mesmo
lado da linha que a diáfise.

→ Diáfise (corpo): É corpo do osso. Local do centro de ossificação primário.

Obs.: O crescimento de um osso longo ocorre nas margens das lâminas


epifisais, de modo que os dois centros de ossificação vão se fundir e
calcificar a lâmina. Quando isso ocorre, cessa o crescimento ósseo. O
processo da fusão dos centros de ossificação e a calcificação do disco
epifisário é chamado sinostose

➢ Ossos Curtos:
• Formato cuboide

Ex.: ossos do tarso (tornozelo) e do carpo (punho)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 22

➢ Ossos Planos (Chatos):


• Funções protetoras
• Formado por duas camadas de osso compacto,
separadas por uma de osso esponjoso, a qual, no
crânio, é chamada de díploe.

Ex.: ossos do crânio, escápula...

➢ Ossos Irregulares:
• Formatos não seguem um padrão

Ex.: vértebras, ossos da face, como o esfenoide.

➢ Ossos Sesamóides:
• Estão incluídos nos tendões
• Proteção aos tendões do atrito excessivo
• Ajudam na biomecânica, ao exemplo da
patela (aumentam o braço de alavanca =
maior eficiência)
• Presentes em número variável

Ex.: Patela, Sesamóides do Pé, Fabela do m.


gastrocnêmio

DESENVOLVIMENTO ÓSSEO
• Todos os ossos derivam do mesênquima (tecido conjuntivo embrionário)
• Há dois (2) tipos de ossificação, uma delas utiliza inicialmente um molde
cartilaginoso (ossificação endocondral) e a outra não (intramembranosa)

➢ Ossificação Endocondral:

a) Células do Mesênquima (que provém do mesoderma) →


Condroblastos → Molde Cartilaginoso (apenas cartilagem)
b) Calcificação na região intermediária (diáfise, local do centro de
ossificação primário) Obs.: centro de ossificação primário inicia na 12ª
semana em todos ossos longos → Crescimento no local da
Lâmina epifisal
c) Crescimento simultâneo das Epífises (centro de ossificação
secundária) Obs.: essa etapa ocorre apenas após o nascimento,
com exceção do fêmur e tíbia distais.
d) Fim do crescimento ocorre quando os lados de
crescimento, diafisário (primário) e epifisário (secundário)
fundem-se, num processo chamado de sinostose e que
ocorre ente a puberdade e a maturidade.
Exemplos (maioria dos ossos): • Tronco • Membros • Base do Crânio

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 23

➢ Ossificação Intramembranosa:
• Ossificação direta do mesênquima formando Osteoblastos
• Inicia no período fetal (ocorre antes da endocondral)
• Exemplos (há poucos exemplos, pois, a maioria é endocondral):
✓ Calvária
✓ Ossos da Face
✓ Clavícula (único osso longo que não possui canal medular

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Processos de Desenvolvimento e Remodelação Óssea
• Desenvolvimento é proporcional a Remodelação, bem como o crescimento ocorre
concomitantemente à Remodelação. Isso resulta:
o No Ajuste funcional às necessidades, como a o fortalecimento do osso em local que
passa a ter maior tensão. Isso pode ser visto em um corte coronal na cabeça e colo do
fêmur, onde são visíveis as linhas de tensão onde o osso esponjoso vira lamelar. Outro
exemplo é que o osso pode crescer em espessura devido a maiores forças exercidas
sobre ele durante tempo considerável.
o No reparo de Microfraturas
o Na rápida disponibilização de Ca+2 do osso para o sangue
o E também no Desgaste Natural. Ex.: mandíbula, a qual perde seus traços e
proeminências com a senescência.
• Informações interessantes sobre a Remodelação
o 10% do esqueleto adulto remodela por ano.
o Assim, em 10 anos, temos uma Renovação Total
• Ossos podem sofrer atrofia (diminuição do tamanho), como quando ocorre uma paralisia, e
hipertrofia (aumento) quando expostos a maiores cargas durante tempo considerável

• Crescimento ósseo:
o Espessura: pela Bainha Pericondral (Pericôndrio). Essa não deixa de ser uma ossificação
intramembranosa
o Comprimento (de osso longo): por Ossificação Endocondral

Fraturas ósseas e Consolidação


Fraturas: Classificação, Consolidação e Tratamento
➢ Classificação (quanto a ≠ critérios)
A. Mecanismo de Desenvolvimento: como ocorreu
▪ Traumática
o Impacto Direto (no local do impacto)
o Impacto indireto (fratura na clavícula após cair sobre a mão)
▪ Não Traumática
o Doença óssea
generalizada/Patológica
(tumor, osteomielite,
osteoporose...)
o Microtrauma (fratura por
estresse)
B. Morfologia da Fratura: principais
formatos e deslocamento típicos
▪ Formatos: Imagem ao lado --------→

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 24

▪ Deslocamentos:
o Não desviada, desviada, minimamente
desviada
C. De acordo com a extensão das lesões das partes
moles
o Fechada
o Aberta: emergência cirúrgica pelo risco
de infecção. É subdivida segundo Gustilo
e Anderson em (I, II, III a, b, c)

Além disso, em ossos longos são classificadas pela


localização anatômica (epifisária, metafisária,
diafisária)

➢ Consolidação
➢ Pré-requisitos: reorganização no lugar correto e estabilização para a posterior
fixação. Isso pode ocorrer por meio conservador (gesso) ou cirúrgico. Além disso, é
necessário um bom suprimento sanguíneo (mais importante) e repouso mecânico.
➢ Pode ocorrer de duas maneiras:
▪ Indireta (natural ou secundária; mais comum)

▪ Direta (primária; raramente ocorre):


✓ Sem calo de fratura cartilaginoso
✓ Exige cirurgia de osteossíntese, a qual
envolve parafusos, placas, fios, agulhas, tal
como possui diversas técnicas

➢ Tratamento
▪ Conservador (gesso) ou Cirúrgico (em casos de fratura direta)
▪ Além disso, a fisioterapia durante a consolidação diminui a atrofia muscular e
a osteoporose por inatividade, tal como aumenta a circulação sanguínea, a
qual é um pré-requisito (vide página anterior) à consolidação da fratura

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 25

CARTILAGEM
Tem função de suporte de tecidos moles, revestimento de articulações, absorvendo choques e
facilitando o deslizamento.

• Composição: colágeno ou colágenos mais elastina, macromoléculas de


proteoglicanas, ácido hialurônico e glicoproteínas.
❖ Pericôndrio: Responsável pela nutrição, oxigenação e produção de novos
condroblastos (osteoblastos da cartilagem), visto que o tecido cartilaginoso é
avascular e depende dele para realizar tais funções. Em cartilagens articulares
não há pericôndrio e seu papel de nutrição é realizado pelo líquido sinovial da
cápsula articular.
❖ Há três tipos de cartilagem no corpo humano: hialina, elástica e fibrosa

• A mais comum • Encontrada em • Encontrada nos

FIBROSA
HIALINA

ELÁSTICA

• Fibras colágeno tipo locais como epiglote, discos intervertebrais,


II tubas auditivas e sínfises e inserções de
• Cor branco-azulada cartilagem ligamentos e tendões
e translúcida cuneiforme da nos ossos
laringe • Colágeno tipo I e
• Encontrada nas
articulações, fossas •Fibras colágeno tipo com grande
nasais, traqueia, II e elastina quantidade de fibras
brônquios, costelas e colágenas
no primeiro esqueleto
do embrião

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 26

Diferença de Tendão e Ligamento


→ Tendão: Liga Músculo ao Osso
O tendão pode ser circundado por uma bainha sinovial quando há muito atrito, um exemplo é o
tendão do m. fibular longo, que desliza ao redor do maléolo lateral.
Ex.: Tendão de Aquiles (do Calcâneo)
Obs.: APONEUROSE é um tipo de tendão (tecido conj., denso), porém achatado /mais fino
→ Ligamento: Liga Osso a Osso
Ex.: Ligamento Patelar, o qual é chamado incorretamente, segundo a regra, de tendão patelar.

* OBS.: porém, esse Ligamamento possui características histológicas de tendão, pois ao nascimento o
osso Sesamoide Patela não está formado (não está presente), sendo o Tendão Quadricipital (tendão
que liga o m. Quadríceps a Patela) a mesma estrutura que o Ligamento Patela ("Ligamento" que liga à
Patela à TUberosidade da Tíbia).

ARTICULAÇÕES
❖ “Solução de contiguidade (união ou junções) entre dois ou mais ossos ou partes
rígidas”
❖ Possuem 3 classificações baseadas em suas características Anatômicas/Estruturais
(Sinoviais, Fibrosas e Cartilagíneas) e 3 classificações baseadas na Funcionalidade
– grau de movimento: Sinartrose, Anfiartrose ou Diartrose.

▪ Quanto a Funcionalidade – Grau de Movimento (3 tipos)


1. Sinartrose: Fixa. Sem movimento..
Sin...Sem Movimento
2. Anfiartrose: Pouco Móvel.
3. Diartrose: Com liberdade de movimentos.
Todas diartroses são sinoviais.

▪ Quanto a Estrutura (3 tipos): essa classificação se baseia em 2 critérios:


1. Presença de Cavidade Articular (sinovial)
2. Tipo de Tecido Conjuntivo que une os ossos (fibroso ou cartilagíneo)
1. Articulações Sinoviais:
• Possui Cavidade Articular
• É a que permite maior movimentação. Todas as
sinoviais são diartroses (ampla liberdade de
movimento).
• Apresenta estruturas exclusivas, conforme a
imagem, que a permitem realizar suas funções.
• Cartilagem articular: lâmina de cartilagem
hialina (colágeno tipo II) que recobre (não une)
os ossos. Reduz o atrito e ajuda a absorver os
impactos.
• Cápsula articular: envolve a articulação e une
os ossos. Composto por 2 camadas:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 27

✓ Cápsula Fibrosa Externa:


▪ Continuação do Periósteo
▪ Tecido Conjuntivo Denso NÃO Modelado (Fibras Colágenas ↑) + Tecido Conjuntivo Denso
MODELADO = Ligamentos (em algumas cápsulas). A força desses ligamentos são um dos
principais fatores mecânicos mantenedores da união articular
▪ Considerável mobilidade; no entanto, grande resistência à tração
✓ Membrana Sinovial Interna:
▪ Tecido Conjuntivo Areolar (Fibras Elásticas)
▪ Produz o Líquido Sinovial
▪ Em muitas articulações sinoviais há acúmulos de tecido adiposo (corpos adiposos
articulares), como a gordura infrapatelar (de Hoffa) no joelho.

Curiosidade: Pessoas com muita flexibilidade corporal possuem maior flexibilidade nas cápsulas articulares e
ligamentos, aumentando sua amplitude de movimento. Exs.: colocar polegar no punho, tornozelos atrás da
cabeça ou lamber cotovelos. Todavia, tais articulações são estruturalmente menos instáveis e suscetíveis a
luxações. Ps.: Lamber o cotovelo não

• Líquido Sinovial:
✓ Secretado pela Membrana Sinovial por células semelhantes a fibroblastos; é semelhante a
clara de ovo crua
✓ Basicamente, consiste em ácido hialurônico e Líquido intersticial filtrado do plasma
✓ Reduz atrito e impactos, Lubrifica, Nutre a cartilagem articular (com O2 e nutrientes) e
remove CO2 e resíduos (contém células fagocíticas). Ps.: a cartilagem articular não possui
pericôndrio.
✓ Quando uma articulação fica muito tempo imobilizada → Líquido Muito viscoso. Na medida
que movimento aumenta → Líquido menos viscoso.
✓ Aquecimento antes de exercícios: estimula produção de líquido sinovial e diminui tensão
nas articulações

Curiosidade: Estalos nas articulações. Quando cavidade sinovial se expande ao tracionar os dedos, é diminuída
a pressão do líquido sinovial, o que cria vácuo parcial. A sucção do vácuo forma bolhas de gás (O2 e CO2)
imersas no líquido da cápsula. Quando os dedos são fletidos as bolhas estouram, causando os barulhos. O
motivo para que não é possível estalar desenfreadamente como loucos é porque as bolhas de gás levam certo
tempo para se formarem novamente.

• Ligamentos Acessórios: chamados de Ligamentos extracapsulares (colaterais fibular e tibial) e


intracapsulares (cruzados anterior e posterior), esses estão dentro da cápsula, mas mantidos fora da
cavidade articular por pregas da membrana sinovial, as quais formam “tuneis” para os ligamentos
que os isolam da cavidade.
• Discos Articulares e Meniscos: algumas articulações sinoviais podem conter fibrocartilagem que
facilita o encaixe e movimentos articulares, como os meniscos do joelho, ou discos articulares, que
subdividem a cavidade sinovial em dois espaços, como na ATM.

• É subdividida em 6 grupos:
✓ Sinovial Plana
✓ Sinovial Gínglimo
✓ Sinovial Selar
✓ Sinovial Elipsóidea
✓ Sinovial Esferóidea
✓ Sinovial Trocóidea

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 28

2. Articulações Fibrosas:
▪ Não possui Cavidade Articular
▪ Ossos são fixados por tecido fibroso (conjuntivo denso não modelado -
TCDNM)
▪ Possuem Pouco (anfiartroses) ou nenhum (sinartroses) movimento

Obs.: Quanto maior o comprimento das fibras, maior o movimento, como é caso da membrana
interóssea entre tíbia e fíbula. Já no caso das suturas do crânio, onde as fibras são mais curtas, a
movimentação é nula.

▪ É subdivida em 4 grupos:
1. Suturas
✓ Apenas entre os ossos do crânio. Ex.: Sutura Sagital
✓ São fixas = sinartroses
✓ Algumas suturas são substituídas por osso na vida
adulta = sinostose (fusão de 2 ossos separados). Se
a sutura permanecer após os 6 anos = sutura
metotópica
2. Sindesmoses
✓ Tecido conjuntivo denso não
modelado disposto como um feixe
(ligamento), o que permite
movimento limitado = Anfiartrose.
Ex.: Ligamento Tibiofibular Anterior.
✓ Outro exemplo são as Sindesmoses
Dentoalveolares ou Gonfoses. Único
exemplo são as articulações das
raízes dos dentes e seus alvéolos, na
maxila e mandíbula. O tecido
conjuntivo denso não modelado
nesse local é chamado de
periodonto. Esse tipo de Sindesmose
não permite movimento =
Sinartrose. A doença periodontal
acomete essa região.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 29

3. Membrana Interóssea
✓ Lâmina de TCDNM que une dois ossos adjacentes. Só há dois
exemplos no corpo. Entre Radio e Ulna; entre Tíbia e Fíbula.
✓ Permite pouco movimento = Anfiartrose
4. Esquindilese
✓ Um osso se encaixa na ranhura ou fenda
de outro. Ex.: Entre Vômer e Esfenóide
✓ Não permite movimento = Sinartrose.

3. Articulações Cartilagíneas:
▪ Não possui Cavidade Articular
▪ Permite pouco (anfiartroses) ou nenhum (sinartroses) movimento
▪ Ossos unidos por Cartilagem Hialina ou Fibrocartilagem
▪ É classificada em 2 grupos:
a. Cartilagínea Sincondrose
✓ Material de conexão: Cartilagem Hialina. Ex.:
Cartilagem Epifisal ou Art. Costela e Manúbrio
do Esterno. Quando o alongamento do osso
cessa, ocorre a união entre as duas partes do
osso (1º exemplo) ou dois ossos adjacentes (2º
exemplo). Esse processo recebe o nome de
sinostose, e a cartilagem hialina é substituída
por osso.
✓ Sinartrose (nenhum movimento). Sincondrose = Condrose
(art. Carilagínea) + Sin (sem movimento – lembrar trident “sin açúcar”)
b. Cartilagínea Sínfise
✓ Sínfise = crescendo junto
✓ Extremidades dos ossos recobertas por cartilagem
hialina, mas disco plano largo de fibrocartilagem
une os ossos. Ex.: discos intervertebrais
✓ Pouco móvel = Anfiartroses
✓ Todas as sínfises ocorrem na linha média do corpo.
Exs.: sínfise púbica, manúbrio e corpo do esterno,
entre corpos das vértebras.

Informações Complementares:
➢ Lei de Hilton: Nervos que suprem uma articulação também inervam os
músculos que realizam seu movimento e a pele.

TECIDO E SISTEMA MUSCULAR


• Os músculos são classificados de acordo com:
o Controle de sua contração (voluntária
ou involuntária)
o Aparência estriada ou não estriada (lisa)
o Velocidade de contração (rápida ou
lenta).
• Sinteticamente, esses critérios os dividem em 3
tipos: Músculo Estriado Cardíaco, Músculo
Estriado Esquelético e Músculo Liso.
❖ Funções dos músculos

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 30

o Movimentação do Corpo
o Estabilização do Corpo
o Movimento e Armazenamento de Substâncias
o Regulação do Volume dos Órgãos

Músculo Estriado Esquelético


➢ Informações Gerais: composto por aproximadamente 220 músculos individuas
➢ Em média, 40 a 50% do peso do corpo humano (é o órgão mais pesado)

a. Músculos Posturais e de Movimento


➢ Posturais
Tendem a prevalecer as Fibras Vermelhas (tipo I); possuem, conseq., muita
mioglobina e mitocôndrias; metabolismo aeróbico; pouco glicogênio; tendem a se
encurtar pelo tônus aumentado em repouso, precisando ser estendida regularmente.
Exemplos: intercostais, mastigatórios, trapézio (em especial o descendente),
isquiocrurais, reto femoral, ilopsoas, sóleo, eretor da espinha, adutores

➢ De Movimento
Tendem a prevalecer as Fibras Brancas (tipo II); possuem, conseq., poucas mitocôndrias e
mioglobina; muito glicogênio; tendência a atrofiar. Exemplos: bíceps braquial, vastos lateral e
medial, tibial anterior, glúteo máximo, gastrocnêmio (ainda é um músculo de fibras vermelha
devido a sua localização, porém é ele quem traz potência ao movimento de flexão plantar)

b. Formato dos Músculos


• Bicipital (2 cabeças/ 2 origens) *Ceps = cabeça
• Tricipital (3 cabeças/ 3 origens)
• Quadricipital (4 cabeças / 4 origens)
• Digástrico (2 ventres)
• Multigástrico (múltiplos ventres; ex.: m. reto abdominal)
• Radial (m. esfíncter ext. do ânus)
• Plano (m. oblíquo ext. abd.)
• Policaudado (mais de uma inserção)
c. Peniformes e Não Peniformes
➢ Peniformes:
Fibras musculares formam ângulo de inclinação com o tendão. Dessa forma,
apenas parte da força é transmitida. Porém, o corte transversal fisiológico é maior que
o anatômico (mais fibras podem se iniciar no tendão devido a inclinação), o que
compensa dando mais força. Exemplos:

• Unipeniforme: Semimebranáceo
• Bipeniforme: Tibial Anterior
• Multipeniforme: Deltóide

➢ Não Peniformes:
• Fibras alinhadas como tendão ➔ mais força, pois o cos 0 é igual
a 1, o valor máximo. Assim ocorre transmissão direta de força e
máximo encurtamento.
• Fibras fusiformes/ paralelas

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 31

Curiosidade: as células precursoras da musculatura esquelética são os mioblastos, de origem mesodérmica.


Diversos mioblastos se fundem para formar uma célula muscular esquelética, em função disso que elas são
polinucleadas.

➢ Estrutura:
a) De um Músculo E. E.
✓ Composto por: Ventre, Tendão/Aponeurose

Curiosidade: Lesão musculares próximas à Junção Musculotendínea ao invés do Ventre tem pior prognóstico. A
recuperação é mais lenta e ocorre maior limitação funcional de movimento.

✓ Geralmente:
Origem (inserção proximal): presa na peça óssea que não se move
Inserção (inserção distal): extremidade presa a peça que se desloca

Os seguintes envoltórios estão enumerados de externo para interno:

1. Epimísio: Camada mais externa do músculo, associado com a fáscia muscular (fica
abaixo da fáscia); tecido conjuntivo frouxo
2. Perimísio: é quem transmite a força do músculo ao tendão; envolve os fascículos e
é visível a olho nu
3. Endomísio: o mais interno; circunda cada fibra muscular individualmente; reúne em
torno de 200 a 250 miofibrilas; também inclui ramificações
terminais de axônios e numerosos capilares

b) De uma Fibra Muscular E. E.


✓ Diâmetro médio cél. Muscular: 60 micrometros / Comprimento: até 20 cm
✓ Principais estruturas:
✓ Miofibrilas: unidade contrátil (funcional)
onde estão os sarcômeros
✓ Mitocôndrias: fonte energética
✓ Sistemas de Túbulos T e L
▪ T (túbulos Transversos): invaginações
da membrana plasmática
(sarcolema); aumenta a superfície de
contato e, conseq., a velocidade de
propagação do Potencial de Ação
para a parte profunda.
▪ L (túbulos Longitudinais): são o reticulo
sarcoplasmático; paralelo às
miofibrilas; reservatório de Ca++ para
a contração muscular
▪ 1 túbulo Transverso + 2 Cisternas
Terminas (extremidades dos túbulos Longitudinais) = Tríade

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 32

Curiosidade: o músculo esquelético e cardíaco é chamado de estriado devido às suas estriações formadas por
faixas claras e escuras, que são resultado da configuração alternada e regular de actina e miosina, o que não
ocorre no músculo liso.

✓ Presença de numerosos núcleos (50/mm) na periferia


✓ Células Satélite: células tronco (mioblastos) em repouso; responsáveis pela
regeneração, a qual é limitada pois não restaram muitos mioblastos, dessa
forma, se a lesão muscular for muito grande ocorre fibrose; situam-se entre a
membrana basal e o sarcolema.
o De uma Sarcômero
✓ Disposição paralela de filamentos de:
▪ Miosina – dividida em Cabeça Colo e Cauda;
macete: é Maior (filamento grosso), está no Meio do
sarcômero, bem como na linha M; são as cabeças
de miosina que deslizam sobre a actina por meio de,
entre outros, da ATPase da cabeça da miosina e do
aumento de Ca++ citosólico
▪ Actina – são os filamentos finos; é ela quem está na
periferia (nas bordas laterais e superiores) do
sarcômero. No limite entre dois sarcômeros, e
filamentos de actina, está a linha Z; macete: Z está
no final do alfabeto, tal como no final do sarcômero. Junta dos
filamentos de actina também estão as proteínas associadas:
✓ Tropomiosina
✓ Troponina (C, I, T)

Troponina Cardíaca:
Em pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio, são solicitados testes para verificar
a concentração de troponina I e T cardíacas (TnIc e TnTc) na corrente sanguínea visto que a
morte do miócito cardíaco leva a perda da integridade celular e consequente
extravasamento das proteínas do interior celular. Os níveis de TnIc e TnTc podem estar elevados
em outras patologias como as infecções do músculo cardíaco.

o De uma Unidade Motora


✓ Definição: motoneurônio motor da medula (tipo )
além de todas fibras que ele inerva.

Curiosidade: fibras com unidades motoras grandes (muitas fibras para


um neurônio) = menos coordenação fina, ex.: músculos posturais do
tronco; fibras com unidades motoras pequenas (poucos ou única fibra
por neurônio) = mais coordenação fina, ex.: dedos das mãos.

o De uma Placa Motora


✓ Região anatômica
onde o
motoneurônio entra
em contato com a
membrana da
célula muscular,
liberando moléculas
de acetilcolina
(Ach) na fenda
sináptica.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 33

CONTRAÇÃO MUSCULAR
Para identificar o sentido de contração: sempre observar o sentido das fibras

➢ Tipos de Contração
o Contração Reflexa:
▪ Movimentos respiratórios
do diafragma, reflexo
miotático (arco reflexo)

o Contração Tônica:
▪ Leve contração dos músculos que mantém o músculo firme,
também chamado tônus muscular.

o Contração Fásica:

Obs.: A contração excêntrica gera mais tensão e rompimento de fibras que a concêntrica.

➢ Funções dos Músculos:


➢ Agonista:
❖ Responsável pela produção do movimento
➢ Fixador:
❖ Estabiliza a parte proximal, como o ombro, quando a parte
distal está em movimento

Ex.: trocar uma lâmpada.


➢ Sinergista:
❖ Complementa o agonista
❖ Pode haver mais de um
➢ Antagonista:
❖ Contrário à ação do agonista

Ex.: bíceps x tríceps.


Relembrar:

➢ 2 origens ou cabeças → ex.: bíceps ,tríceps, quadríceps


➢ Mais de uma inserção: policaudado

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 34

Tendões e Mecanismo que apoiam a Função


Muscular:
▪ Tendão
o Função: fixação do músculo ao osso para que o
músculo realize sua função
o Anatomia:

Vários formatos e tamanhos. Tal como os músculos e


nervos, possui camadas que envolvem suas fibras (fibrilas),
que são: epitendão, peritendão e endotendão. O tecido
tendíneo é basicamente composto por Colágeno do tipo I
e as células predominantes são os fibroblastos (também
chamados de tendinócitos nesse tecido). Há dois padrões
da vascularização nos tendões, pois existem tendões
Vasculares e Avasculares (com bainha):

➢ Vasculares: há um tecido que contém vasos sanguíneos e envolve as fibrilas


tendíneas; esse tecido pode ser chamado de paratendão ou paratendíneo.
➢ Avasculares: Esses tendões possuem uma bainha sinovial (será abordada mais
adiante) para facilitar seu deslizamento. Essa bainha é perfurada por vínculos
tendíneos (curtos ou longos) que contém vasos para sua nutrição. Esses ligamentos
de sustentação vascularizados também podem ser chamados de mesotendão.

✓ Inserção dos tendões nos ossos:


Tecido Tendíneo Fibrocartilagem Calcificada Osso/
Fibrocartilagem (Fibras de Sharpey)
(colágeno Tipo I) Periósteo

Curiosidade: A transição do músculo para o tendão é chamada de junção


musculotendínea. É nesse local que ocorre a maioria das lesões, pois é a porção mais
fraca do complexo miotendíneo (músculo + tendão)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 35

▪ Fáscia Muscular
o Função: mantém a forma, posição;
facilita deslizamento, diminuindo o
atrito e a perda de força
o Anatomia:
✓ São bainhas fibrosas que
envolvem os músculos
✓ Consistem em tecido conjuntivo
colagenoso denso
✓ Há 3 fáscias de Superficial a
Profundo:
1. Fáscia da Região (Ex.: fáscia
lata, fáscia do braço)
2. Fáscia da Loja Muscular (Ex.:
Fáscia da Loja medial da
perna)
3. Fáscia do Músculo (ex.:
fáscia do m. adutor magno)

Obs.: A Fáscia da Loja Muscular (2.) forma os septos intermusculares que dividem as lojas.

▪ Bolsa Sinovial (Bursa)


o Função: amortecimento (absorver
impactos); diminuir atrito dos
movimentos
o Anatomia:
✓ Estruturas achatadas/saculares
com líquido sinovial
✓ Parede semelhante à cápsula
articular
✓ São exemplos as bolsas sinoviais da
região do ombro (subacromial,
subdeltóidea, subescapular) o do
joelho (suprapatelar, pré-patelar,
infrapatelares)

Obs.: A inflamação das bolsas sinoviais se chama bursite, causando dor.

▪ Bainha Tendínea Sinovial


o Função: proteção e diminuição do atrito dos
tendões que encostam diretamente no osso
o Anatomia: basicamente, é uma membrana
sinovial com dois folhetos (externo e interno)
que, entre eles, contém líquido sinovial. Essa
bainha envolve o tendão. Especificações:
✓ Folheto Sinovial Externo: conectada à
membrana fibrosa externa
✓ Espaço de deslizamento para o tendão:
entre os folhetos
✓ Folheto Sinovial Interno: conectado ao
tendão

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 36

✓ Vínculos Curtos/Longos (mesotendão): transmite os


vasos sanguíneos

Ex.: Bainha tendínea dos mm. fibulares, que é póstero-lateral


ao maléolo lateral. Pode ser vista e palpada nos cadáveres
do anatômico.

▪ Ossos Sesamóides: já foram abordados anteriormente. Mesmo assim, revisão:


o Função: aumentar braço de alavanca de um músculo e proteger tendões
o Anatomia: ossos incluídos nos tendões.

Obs.: sua ocorrência e número é variável; porém, alguns são certos, ao exemplo da patela.

Nervos Periféricos
✓ Estruturas que seguem o padrão microscópico semelhante aos tecidos
muscular e tendinoso, abordados acima. No caso dos nervos estão presentes
o epineuro (camada mais externa), perineuro (reveste os fascículos nervosos)
e o endoneuro (reveste cada axônio)
✓ Serão abordados apenas os nervos periféricos, parte do SNP periférico, pois o
SNC está mais relacionado à Neuroanatomia, matéria que não é o foco de
nossa #OBSERVAÇÃO
✓ Breve noção do sistema nervoso periférico (SNP): “formado por fibras nervosas
e corpos celulares (gânglios) fora do SNC que conduzem impulsos que chegam ou saem do SNC. O
SNP é organizado em nervoso periférico é organizado em nervos que unem a parte central às
estruturas periféricas”.
✓ No SNP quem envolve os axônios e formam a bainha de mielina são as células de Schwann.
Obs.: imagem resumindo o SNP a seguir na página abaixo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 37

Lesões de Nervos Periféricos

• Nervo Periférico:
conjunto de feixe de
axônios que podem ser

➢ Aferentes: dor, temperatura,


pressão, vibração,
propriocepção
➢ Eferentes: motores
somáticos (musculatura) e
motores viscerais (órgãos,
glândulas)

▪ Podem ocorrer
Compressões ou Transecções:
➢ Compressões:
✓ Nervos periféricos são muito sensíveis a
pressões agudas
✓ Estímulo leve → sensações estranhas ou
parestesia
Ex.: Toque na região medial do
cotovelo (sulco do n. ulnar) = “amor
de sogra”; apoiar braço na região
do n. ulnar em poltrona durante
viagem = parestesia região do nervo
✓ Pressões mais longas e intensas → perda
parcial ou total de sensibilidade
✓ Já as deficiências motoras ocorrerão em
caso de lesões no sistema eferente
✓ Corpo possui passagens estreitas (canais
fibrosos) com túneis e fendas. Um
exemplo é o túnel do carpo, compartimento onde pode ocorrer uma síndrome compressiva
do nervo mediano, causando dor e perda
funcional dos músculos afetados. Além de Local
pode ocorrer....
➢ Transecções:
✓ Secção completa. Por exemplo, em nervo misto
sistema aferente e eferente são comprometidos
✓ Paralisia Flácida: músculos do nervo não podem
mais se movimentar; perda da sensibilidade +
distúrbios vegetativos (distúrbios de sudorese e
aumento da perfusão sanguínea cutânea).

Obs.: sintomas vegetativos ocorrem devido ao


comprometimento simpático, pois músculos lisos de
maioria dos vasos do corpo, bem como glândulas da
pele não possuem inervação parassimpática.

▪ A fibra sensitiva nervosa conduz a informação ao encéfalo, o qual interpreta a


informação (percepção consciente). Em caso de lesão, o encéfalo passa a não receber
a informação da área de distribuição do nervo seccionado, a perda sensitiva pode não
estar localizada exatamente na região onde foi a secção.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 38

▪ Regeneração após transecção:


✓ O nervo pode
ter seus axônios
regenerados se
ocorrerem as
condições
ideais
✓ O processo todo
envolve as
etapas de Dias
(1.), Semanas (2.)
Meses (3.)

1. Alguns Dias após a transecção


Não há mais suprimento pelo Corpo Células de
Degeneração do Axônio bainha mielina se
celular/Pericário. Nos próprios corpos Schwann
desintegra e
(região distal 1º) celulares os corpúruculos de Nissl são proliferam (bandas
axônio degrada
Dissolvidos de Bügner)

2. Semanas mais tarde...


Axônios começam a emitir brotamentos (no Axônios adjacentes O progresso dos brotamentos pode ser
coto proximo) podem emitir colaterais avaliado Sinal de Hoffman-Tinel: palpação ao
axônicos para a região longo do nervo = formigamento na região da
1mm/dia em direção a suaregião de inervação
afetada emissão de novos brotmanetos

3. Meses mais tarde...


Axônios que alcançaram as Axônios que NÃO atingiram
células Musculares
esqueléticas =
Reinervação ou as células Musculares
esqueléticas
Degeneração

Consequências:

✓ Posição dos núcleos de neurônios e Corpúsculos de Nissl são normalizados


✓ Condução Mais Lenta:
Células distais de Schwann se Quantidade maior de células de Schwann Condução saltatória mais Lenta (menos
proliferam e, conseq., de Nodos de Ranvier velocidade de condução do nervo)
Neurorrafia
✓ Reconstrução Cirúrgica/Sutura do nervo
✓ Aproxima as extremidades seccionadas
✓ Objetiva a manutenção da continuidade dos envoltórios de
tecido conjuntivo. Tecido Conjuntivo? Sim, pois as colunas das
células de Schwann são estrutura-guia para os brotamentos
axônicos. Esses axônios condutores devem seguir por essa vida de
conexão e não podem penetras nas cicatrizes de tecido
conjuntivo, caso contrário, é formado um neuroma da
amputação (aglomerado de brotamentos e céls. Schwann).
✓ Se ocorre a perda de grande fragmento de nervo → transplante de nervo para preencher o
espaço e formar via condutora aos brotamentos.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 39

ESPLANCNOLOGIA
É o estudo das vísceras, dos órgãos internos. Tem origem no grego
Splanchnos = órgão interno.

Víscera Oca:
• Maioria
• Existência de luz central
• Inervação e vascularização em inúmeros pontos (forma segmentar)

Ex.: esôfago, intestino delgado, útero, coração...

➢ Camadas (da interna para externa):


o Mucosa (interna) - A
o Submucosa - B
o Muscular (1 – 3 camadas) - C
o Adventícia (serosa) – D

Obs.: ordem das fibras das camadas dificulta herniação

Víscera Maciça:
• Compactas, sem solução de continuidade central
• Sem luz central macroscopicamente visível

Exemplo: Rim, baço, tireoide, pulmão, glândulas salivares

➢ Parênquima: parte funcional (tecido nobre)


➢ Cápsula: sustentação. Arcabouço de tecido conjuntivo, esqueleto
fibroso
➢ Estroma: sustentação. Revestimento externo que está aderido a superf.
do parênquima.

Obs.: Vascularização e inervação entra e sai por um Local: Hilo.


Consequência clínica: uma obstrução total da artéria hilar necrosa o
órgão.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 40

➢ Hilo x Pedículo: Hilo é o local que entram e saem estruturas


vasculonervosas e condutos excretores do órgão maciço. Pedículo é o
conjunto de estruturas: (nervos, vasos e linfáticos), formam feixe vasculo-
nervoso
➢ Víscera endócrina: sem ductos
➢ Víscera exócrina: com ductos

Glândulas:
Formadas por agrupamentos de células epiteliais secretoras → secretam
substâncias com uma função predeterminada. As glândulas podem ser:

Exócrinas
•Ductos → eliminam secreções que atingirão cavidades de outros órgãos.
•Ex.: gl. Mamárias, sebáceas, sudoríparas, lacrimais, salivares, pâncreas

Endócrinas
•Não possuem ductos → secreção passa par o sangue através das paredes dos
capilares e daí é distribuída para todo corpo.
•Ex.: hipófise, tireoide, SR, testículos, ovários pâncreas

Mistas
•Pâncreas secreta insulina no sangue e enzimas digestivas no duodeno

SISTEMA TEGUMENTAR
Formado por pele (epiderme + derme) + anexos (pelos, unhas, glândulas
sudoríparas, sebáceas e mamárias)

Pele:
• 2m² de área
• Membrana que
recobre o corpo
• Contínua com a
mucosa que
recobre órgãos
naturais
• É um dos maiores
indicadores de
saúde geral
• Se apoia sobre a
tela subcutânea
(fáscia superficial)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 41

➢ Características:
• Distensibilidade: ligamentos cutâneos

A pele estica de acordo com o tamanho dos ligamentos cutâneos

o Longos: dorso da mão


o Curtos: planta do pé
• Elasticidade
• Mobilidade (cicatrizes)
• Impermeabilidade (queratinização – cornificação das células
superficiais)
• Coloração da pele: quantidade de melanina produzida nos
melanócitos (o nº de melanócitos não se altera). Existem áreas mais
pigmentadas, como, por exemplo, mamilos, grandes lábios,
escroto... A cor também depende da:
o Espessura da pele (EX.: bebes rosados)
o Outros pigmentos cutâneos: caroteno (hipercarotenemia –
mãos amareladas), bilirrubina, Hb reduzida, oxi Hb)

Obs.: Idade + desnutrição + desidratação → prega cutânea (impressão que


fica após puxar a pele)
A permanência da prega cutânea após ser puxada
pode ser um sinal de desidratação. Entretanto, em
idosos, esse sinal pode não estar relacionado a hidratação
visto que sua concentração de fibras elásticas está
normalmente diminuída.

➢ Funções principais:
• Proteção: traumatismo, temperatura externa, substâncias nocivas, radiação
U.V.
• Contenção das estruturas
• Controle da temperatura:
o GL. Sudoríparas → sudorese → suor absorve calor da pele (energia
térmica) e evapora → calor é retirado e ocorre resfriamento
o Vasos sanguíneos superficiais:
▪ Vasodilatação: perda de temperatura
▪ Vasoconstrição: retenção de calor

• Regulação Hídrica: evita perda de líquidos, pois a pele é impermeável (Em


grandes queimaduras → desidratação por extravasamento de plasma)

• Sensibilidade: Terminações Sensitivas:


o Tátil: Meissner
o Térmica: Ruffini (calor, mas não é classificado como termorreceptor),
termorreceptores (Krause → frio)
o Dor: Nociceptores → Terminações nervosas livres
o Pressão: Pacini

• Síntese vitamina D

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 42

➢ Tipos de Pele:
Glabra: sem pelos

Pilosa: com pelos

Obs.: Os pelos são formados na epiderme e vão para a derme

➢ Camadas da pele (2):


• Epiderme (5) e Derme (ou Cório)

➢ Epiderme (Externa)
• Derivada do ectoderma: possui 5 camadas (córnea, lúcida, granulosa,
espinhosa, basal)
• Avascular (não possui vasos sanguíneos e linfáticos)
• Epitélio queratinizado
• Camada córnea protege a camada profunda regenerativa (camada basal
ou germinativa)
• Apresenta película protetora (sebo secretado pelas glândulas sebáceas)
• Nutrição: por difusão, através da derme. Eficiente para as células mais
próximas a ela. A medida que as células se dividem são empurradas para
cima → menos nutrição → morte celular → queratinização → descamação.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 43

• Principais camadas:
o Córnea: membrana celular forte, elástica
(proteção); semitransparente; barreira à
passagem de água; células são achatadas,
mortas, citoplasma cheio de queratina; sofre
constante descamação: substituída uma vez
por mês pelas células provenientes das
camadas inferiores.
o Basal (Germinativa): onde ocorre a mitose
para a substituição das células perdidas na
camada superficial; onde a melanina se
deposita.

➢ Derme (Cório)
• Derivada do Mesoderma
• Principal porção da pele
• Tecido conjuntivo denso (fibras colágenas e
elásticas entrelaçadas → responsáveis pelo
tônus cutâneo e contribuem para a
resistência, firmeza e elasticidade da pele
• Contém:
o Estruturas formadas por invaginaçoes da epiderme: glândulas
e folículos pilosos
o Vasos sanguíneos e linfáticos
o Receptores para tato, temperatura, pressão e dor. A maioria
das terminações nervosas da pele encontram-se nesta
camada
➢ Linhas de Clivagem (de Langer):
Constituem a base anatômica na
orientação das incisões cirúrgicas. São
determinadas pelo padrão predominante
de fibras colágenas que tendem a ser: Quando a incisão e transversal
as linhas de clivagem, é mais
provável que se abra. Há
• Longitudinais e espirais: membros prolongamento do tempo de
cicatrização e aumento do
• Transversais: pescoço e tronco tecido cicatricial.

• Paralelas pregas transversais: punho,


cotovelo, joelho e tornozelo

Consequentemente, incisões ou
lacerações paralelas tendem a formar
cicatrizes menores (rompem menor número
de fibras colágenas e tendem a manter
bordos aproximados)
A incisão paralela as
linhas de clivagem tem
menos tendência a abrir,
regeneram mais rápido
e com menos tecido
cicatricial.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 44

➢ Anexos da Pele (5)


1.Pelos; 2.Gl. Sebáceas; 3.Gl. Sudoríparas; 4.Unhas; 5.Mamas

1.Pelos: Brotamentos da epiderme que invadem


a derme; Função: Proteção (sol, lesões); controle
da temperatura corporal (camada isolante);
facilita a evaporação do suor; Atuam como
órgãos sensoriais (bulbo circundado por plexo
nervoso); possuem características diferentes
conforme localização (cabelo, barba, pelos
pubianos, axilares). Cada pelo apresenta:
terminação nervosa que envolve o folículo;
vascularização própria (Obs.: Insuficiência
vascular periférica causa a perda de pelos por
má nutrição dos mesmos; pode ocorrer por meias
apertadas); músculo eretor do pelo (m. liso,
localizado na derme). Como o m. é estimulado:
fibras simpáticas → contração → ereção do pelo
em resposta (aspecto de “pele-de-galinha). Obs.:
a glândula sebácea fica do lado inclinado do
pelo. Quando o pelo está arrepiado (pelo m.
eretor) é secretado óleo que ajuda a manter a
temperatura.

2.Gl. Sebáceas: Localizadas na derme (ângulo entre m. eretor do pelo e folículo


piloso); desembocam por meio de um ducto na luz do folículo (maioria) ou
diretamente na pele (pequenos lábios e aréola mamária); ausentes na região plantar
palmar. Função: manter a estabilidade do estrato córneo, conservar o calor corporal
por dificultar a evaporação e auxiliar na impermeabilização da pele.
Estão relacionadas a formação de acnes e cistos sebáceos quando obstruídas ou
estimuladas (em atletas que utilizam esteroides anabolizantes, por exemplo).
Medicamentos como o Roacutan (Isotretinoína) realizam a supressão da atividade e
diminuição do tamanho das Gl. Sebáceas no tratamento da acne.

3.Gl. Sudoríparas (sudoríferas): Função: regulação da temperatura: Gl. Sudoríparas →


sudorese → suor absorve calor da pele (energia térmica) e evapora → calor é
retirado e ocorre resfriamento; localização: derme ou tecido subcutâneo; numerosas:
palma da mão ou planta do pé; são invaginações da epiderme → ducto se abre na
pele através de um poro (orifício); estímulos para a secreção: calor e emoções
(fronte, axila, palma das mãos e planta dos pés); composição do suor: água, NaCl,
ureia e dejetos nitrogenados.

4.Unhas: Placas queratinizadas. Função: proteção da ponta digital. Composta


por quatro partes: • Raiz (parte proximal), oculta por uma prega de camada
córnea, o eponíquio (ou cutícula); chamada matriz: quem produz a unha.
•Corpo (placa ungueal): parte distal exposta. • Borda livre (parte branca):
forma com a unha o sulco sub-ungueal. • Lúnula. Crescimento: 2 ~ 4,5 mm por
mês.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 45

Hipocratismo Digital (Dedos em Baqueta):


Sinal clinico decorrente do aumento de tecido sob o leito ungueal e
consequente aumento do ângulo formado pelo leito da unha. Pode estar
relacionado a diversas doenças que causam hipóxia crônica (cardio e
pneumopatias). Apesar de ser um sinal comum na clínica médica, sua
fisiopatologia ainda é pouco conhecida.

5.Mamas: São anexos pois seu parênquima são glândulas


sudoríparas modificadas. Ver Mamas em TÓRAX (cap 2.)

➢ Tela Subcutânea (hipoderme, fáscia superficial):


• Abaixo da derme e acima da fáscia muscular
• Formada por: TCF, Tecido adiposo
• Ausente em raras exceções: “canela”.
• Derivado do Mesoderma primitivo
• Contém Gl. Sudoríparas, vasos sanguíneos (maioria veias) e linfáticos, além
de terminações nervosas
• Também é chamado de fáscia superficial, pois fica acima da fáscia
profunda (muscular)
• Funções: reserva nutritiva, regulação temperatura corporal, proteção
mecânica, fixação da pele e estruturas.

Queimaduras:
➢ 1º grau: Afeta apenas a epiderme. Apresenta eritema
(vermelhidão) e edema (inchaço) no local.
➢ 2º grau: Bolhas (tirar a pele acima, remover tecido das
bolhas -pele morta-, é o tratamento para não ter cicatriz)
➢ 3º grau: morte de tecidos. Regeneração apenas com
transplante.

Filtro solar: precisa ser aplicado de 15 a 30 minutos


antes da exposição solar para que a pele absorva o produto e ocorra o efeito
químico de proteção.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 46

ANGIOLOGIA
∙ Artéria – parede elástica (elastina) – sempre cilíndrica

∙ Veia – Pode ser achatada (sem sangue) ou cilíndrica (com sangue)

Parede Vascular:
❖ 3 Camadas (ou túnicas)
▪ Túnica Interna:
Formada por: • Endotélio, • Membrana Basal, • Fibras
orientadas Longitudinalmente. Função: • Trocas.
▪ Túnica Média:
Formada por: • Músculo Liso (+ espesso nas artérias), • Fibras
elásticas, • Colágeno, • Fibras Orientadas Circularmente.
Função: • Regular a corrente.
▪ Túnica Externa:
Formada por: • Tecido Conjuntivo (+ espesso nas veias. Vv.)
• Vv. também podem conter músculo liso nessa, • Neurônios
autônomos que vão para musculatura lisa, • Vasa Vasorum,
• Fibras Orientadas Longitudinalmente (como a 1ª
camada). Função: • Integrar vasos sang. ao entorno.
Obs.: aa. elásticas possuem duas membranas extras (uma interna
e outra externa) que envolvem a túnica média, tal como mostra a
imagem.

Aneurisma:
Dilatação vascular (quase sempre arterial) gerada por um
enfraquecimento da parede do vaso (principalmente túnica média)
em decorrência de trauma, inflamação (sífilis, por exemplo) ou
alterações congênitas (defeito na produção de Fibrilina na síndrome
de Marfan). Costumam ser assintomáticas, sendo um problema
normalmente só quando se rompem, causando hemorragia no local
(aumento da pressão intracraniana em aneurismas de artérias
encefálicas, bem como diminuição da pressão arterial). Além disso,
provocam isquemia das áreas que seriam irrigadas pelo vaso rompido.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 47

Artérias:
❖ Os Tipos de Artérias:

❖ Elásticas:
▪ Grande Calibre.
▪ Túnica média com maior quantidade de fibras elásticas.
▪ Auxiliam a propelir o sangue durante relaxamento ventricular: alta
elastância = capacidade de retração elástica. Essas Aa. dilatam-se
durante a sístole para, durante a diástole, retornarem ao seu tamanho por
meio da energia potencial elástica acumulada, auxiliando no
bombeamento sanguíneo.
▪ Alguns exemplos são as Aa. Carótidas, Aorta e Ilíacas.
❖ Musculares:
▪ Tamanho Médio
▪ Túnica média com mais tecido muscular em relação às fibras elásticas
▪ Capazes de dilatar e contrair para regular fluxo de acordo com a
temperatura, por exemplo (frio: menos fluxo. Calor: mais fluxo.)
▪ Alguns exemplos são a Radial e a Braquial.
❖ Arteríolas:
▪ Muito pequenas, quase microscópicas
▪ Contém inicialmente todas as camadas (íntima, média e ext.), depois,
apenas endotélio com algumas fibras
▪ Controlam o fluxo para os capilares (vasoconstrição ou dilatação),
regulando significativamente a Pressão Arterial, bem como a Resistência
Vascular e o Suprimento Sanguíneo Local
❖ Artérias podem ser Profundas e Superficiais:
▪ Profundas:
✓ Grande maioria ao nível da articulação flexora.
✓ Acompanhadas, em geral, por duas veias que tem o mesmo trajeto,
calibre semelhante e mesmo nome das artérias. As veias em questão são
chamadas de Vv. Satélites.
▪ Superficiais:
✓ Irregulares
✓ Minoria (há mais veias superficiais). Isso se justifica pois internamente há
mais proteção, o que evita o rompimento arterial, o qual é perigoso devido
ao grande fluxo sanguíneo.

Veias:
• Diferenças da estrutura arterial
e venosa: ( A. ≠ V.)
✓ 3 Camadas, mas não há definição clara
como nas artérias.
✓ Túnica Média das veias:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 48

▪ Presença de Válvulas:
✓ Auxiliam o Retorno Venoso
✓ Nem todas as veias possuem.
No cérebro e em algumas do
tronco e pescoço não têm, pois
fluem a favor da gravidade.
▪ Veias são menos tensas.
▪ Espessuras e proporções das fibras
são diferentes.
✓ Túnica mais espessa:
Das veias: externa
Das artérias: média
▪ TRIBUTÁRIAS, AFERENTE OU AFLUENTES:
drenam para veias de maior calibre.
▪ Veias são mais numerosas que artérias.
▪ Veias possuem muitas anastomoses, bem como, são as estruturas com
mais variações anatômicas do corpo humano.

❖ Tipos de Veias:

▪ Satélites/acompanhantes: acompanham
as Aa. profundas. Geralmente 2 Vv.
satélites e 1 A. profunda.
▪ Comunicantes / Perfurantes: Comunicam
Veias Superificais e Profundas.
▪ Solitárias: São profundas e em nº de 1,
bem como não acompanham Aa. (por
isso o nome).
▪ Superficiais:
✓ Sem correspondência arterial – não acompanham Aa.
✓ Subcutâneas
✓ Grandes auxiliares da circulação profunda: MI = 15 ~ 20% e MS = 40 ~ 60 %
✓ Aplicação: injeções endovenosas e coleta de sangue venoso (mais
comum é a v. mediana do cotovelo)
▪ Profundas
✓ Vv. solitárias são sempre profundas

• Retorno venoso:
✓ Envolve:
• Válvulas e Contração dos mm. esqueléticos (vide imagem das válvulas acima)
• Variação no tórax e abdome durante respiração (Inspiração diminui pressão
torácica e facilita o retorno).
o Inspiração profunda facilita o retorno venoso e, inclusive, causa um
desdobramento fisiológico da 2ª Bulha (Valva pulmonar demora mais pra
fechar do que a aórtica devido ao retorno venoso aumentado).
• Músculos lisos vasculares, vide o papel em especial das arteríolas e sua relação
com a resistência vascular periférica

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 49

o Diferenças de pressão entre artérias


e veias.
o Posição ortostática.
✓ Dificulta o Retorno Venoso →
Edema e acúmulo de líquido
no MI (até 500 ml ao final de
um dia). Obs: perceber pés,
tornozelos e até mesmo perna
inchada ao final do dia).
o Não são sentidas Pressões Sistólica e
Diástólica nas veias.

• Vasa Vasorum:
• Vasculatura do vaso, localizado em sua parede
(túnica externa ou adventícia)
• Leva oxigênio e nutrientes para o próprio vaso
• Nas veias aparecem em grande quantidade,
penetrando mais profundamente que nas
artérias

Varizes (veias anormais, distorcidas e tumefeitas)


▪ Maior frequência nas pernas
▪ Perda da elasticidade das veias → enfraquecimento
▪ Pressão da sustentação de coluna de sangue → dilatação
(maior calibre)
▪ Válvulas incompetentes (ou foram destruídas) → sangue
ascende continuamente, o que causa maior pressão e
consequentemente mais dilatação, agravando o problema.
▪ Também podem ocorrer por degeneração da fáscia
muscular. Dessa forma, a bomba musculovenosa é ineficaz.

Capilares:
• Características:
✓ Camadas única composta por: Camada Endotelial e Membrana Trocas ↑
Basal
(gases, nutrientes,
✓ Grande Área (↑ 800x) metabólitos com
✓ Velocidade do Fluxo ↓ ( 50 cm/s na aorta → 0,05 cm/s ) o instesrtício)
✓ ↓ Pressão sanguínea

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 50

✓ Segundo local em Resistência Vascular (arteríolas ↑... capilares ↑)


✓ Vasos Microscópicos
✓ Há 3 Tipos de capilares:
➢ Contínuos: sem orifícios. Espaço intracelular vedado por junções de oclusão. Há
dois tipos:
• Vedado sem frenestrações. Ex.: Sistema Nervoso
• Vedado com atividade pinocitária. Ex.: Músculo Cardíaco e Esquelético
➢ Frenestrados: muitas frenestrações (aberturas) na parede e diafragma. Ex.:
Sistema Digestório
➢ Sinusoides : irregulares e maiores. Com Lacunas Intercelulares (frenestras amplas)
sem lâmina basal contínua. Permitem passagem de proteínas. Ex.: Fígado

❖ Metarteríolas:
▪ Ramos comunicantes entre arteríola e vênula
▪ Capilares emergem das metarteríolas
▪ Na junção entre metarteríolas e capilares
estão os esfíncteres pré-capilares
▪ Os esfíncteres pré- capilares:
✓ Regulam o fluxo sanguíneo das redes
capilares
✓ Contraem: bloqueando o fluxo aos
capilares, diminuindo as trocas e
formando um “shunt” arteriovenoso.
✓ Relaxam: deixando o fluxo mais lento,
pois ele é desviado aos capilares (+
área, - pressão, - velocidade de fluxo),
onde o sangue permanece por mais
tempo realizando trocas.

Sistema Linfático:
❖ Vasos + Órgãos Linfáticos
❖ Os órgãos podem ser:
▪ Primários: Timo (produz LT, T de timo), Medula Óssea (produz LB, B de bone)
o Linfócitos T (LT) → Resposta Celular; Linfócitos B (LB) → Resposta Humoral
▪ Secundários: Baço, Linfonodos, Tonsilas e Tecidos Linfáticos Associados à:
o MALT (mucosas); GALT (intestino); BALT (brônquios)
❖ Paralelo ao Sistema Venoso
❖ Coloração: incolor ou amarelada
❖ Fluxo: Líquido intersticial → Vasos Linfáticos → Linfonodos (“filtragem”) → Grandes
troncos linfáticos (ducto torácico - 3/4, ducto linfático direito – ¼ ) → ângulo venoso
(direito ou esquerdo) → Sistema Venoso

➢ Funções do Sistema Linfático:


✓ Drenagem do Líquido Tecidual. A linfa é muito parecida com o Líquido
Intersticial (LIQ), ela recolhe o excesso de líquido e proteínas plasmáticas do
LIQ.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 51

✓ Remoção lipídios de alto peso molecular dos nutrientes do quilo (absorvidos


no intestino)
✓ Eferência para a corrente sanguínea. Por exemplo, de linfócitos dos órgãos
✓ Destruir bactérias, remover partículas estranhas
✓ Linfonodos atuam como filtros, retirando da linfa material estranho, como
Microorganismos e Toxinas. Ex.: Linfonodos que drena pulmão de fumantes
são enegrecidos, o mesmo acontece com linfonodos que drenam uma
tatuagem escura

➢ Troca de Líquidos Capilares:


▪ Ocorre pela disputa entre:

Pressão Capilar: pressão interna que


Empurra (para fora).

Pressão Coloidosmótica: pressão feita


pelos solutos que Puxa (para dentro).

➢ Linfonodos:
▪ Estrutura:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 52

▪ Resumo:
✓ Linfa chega pela periferia e sai pelo Hilo
✓ Sangue entra e sai pelo Hilo
▪ Córtex: Região dos Linfócitos B (folículo secundário)
▪ Paracórtex: Região dos Linfócitos T
▪ Região Vênulas pós capilares: onde os Linfócitos T, após diferenciação, saem
para a corrente sanguínea
▪ Obs.: Temos de 600 a 700 Linfonodos e a maioria está na região craniocervical

➢ Capilares Linfáticos:
▪ Mais calibrosos que vasos sanguíneos
▪ Vasos Linfáticos possuem válvulas como as veias
▪ Estão ausentes no SNC, Medula e músculos esquelético
▪ Maior tronco linfático: ducto torácico (ver tórax).

Pacientes que foram submetidos a uma mastectomia por tumor e a consequente


remoção da linfa daquele lado estão sujeitos a:
❖ Mais Infecções
❖ Mais Edema
❖ Proibição de punções (não se deve coletar sangue)
❖ Elefantíase: causada por parasita que obstrui linfa, causando proliferação fibrosa.
Sistema circulatório:
• Grande circulação: coração – corpo – coração
• Pequena circulação: coração – pulmão – coração
• Circulação colateral: anastomoses entre vasos. Em função da circulação
colateral ocorrer por angiogênese ao longo da vida, indivíduos jovens são muito
mais propensos a morrer de uma isquemia coronariana em relação a alguém
mais velho. Isso se deve, pois, o meliante com maior idade desenvolveu mais
anastomoses colaterais.
• Circulação porta: 2 redes capilares e uma veia entre elas. Conexão em série
entre 2 redes capilares.
Circulação Fetal
Difere da neonatal devido aos pulmões não estarem em uso e
o oxigênio chegar ao feto da placenta, por meio da veia
umbilical. A divergência envolve, basicamente, 4 estruturas
que desaparecem/se modificam na circulação neonatal:

1. Veia Umbilical
✓ Placenta ↔
Fígado/Ducto Venoso
✓ Vira o Ligamento
Redondo do Fígado
2. Ducto venoso
✓ Veia Umbilical/Fígado ↔ V.C.I
✓ Vira o Ligamento Venoso, que compõem o “H
hepático” (ver cap. abdome)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 53

3. Forame Oval
✓ Átrios Esquerdo ↔ Direito
✓ Vira a Fossa Oval (Forame de
Botallo)
✓ Normalmente se fecha ao
nascimento. O fechamento
anatômico ocorre no 3º mês
✓ A permanência do Forame
resulta na patologia Forame
Oval Patente, o que faz que
ocorra a mistura de sangue
venoso e arterial, tal como fluxo
turbulento.

4. Ducto Arterial
✓ Tronco Pulmonar
(Artéria
Pulmonar) ↔
Aorta
✓ Vira o Ligamento
Arterial

Obs.: Úraco é o canal que no feto liga a Alantoide à Bexiga Urinária. Como o sangue chega ao Feto por
meio de Veia (Umbilical) e sai por meio de Artérias (Umbilicais), as excretas são eliminadas da alantoide
às Aa. Umbilicais. No adulto o Úraco vira um ligamento da Bexiga Vesical que a liga ao umbigo, isto é,
uma corda fibrosa chamada Ligamento Umbilical Mediano.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 54

❖ Como funciona a circulação feral?


* Mistura de sangue com alto teor de 02 c/ sangue
vindo da VCI com sangue pobre em O2 vindo das
vv. Pulmonares, pois nessa fase os pulmões apenas
extraem 02

* Ao desviar sangue da A. Pulmonar para a


Aorta protege os pulmões de sobrecarga e
permite que o ventrículo direito se fortaleça

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 55

Circulação Neonatal de Transição


• Mecanismos de Fechamento

➢ Forame Oval
▪ O Aumento da Pressão no Átrio Esquerdo pressiona a sua válvula
contra o septo secundário
➢ Ducto Arterial
▪ Ocorre por ação da Bradicina, um potente vasoconstritor que é
liberado pelos pulmões em sua distensão inicial*. Para a bradicinina agir
ela necessita de alto teor de 02 no sangue aórtico (maior que
50mmHg); quando isso ocorre, ocorre a contração do Ducto Arterioso.
*Já que o assunto é embriologia e falamos sobre distensão pulmonar, vale lembrança de que os
pulmões sofrem distensão por meio da facilitação do Surfactante Pulmonar, o qual inicia sua
produção entre a 20ª e 22ª semana. O Surfactante evita o colabamento dos alvéolos (que eles
grudem/colem impedindo a entrada de ar) ao diminuir sua tensão superficial, bem como
diminui o trabalho inspiratório. O surfactante é um fosfolipídio produzido pelos pneumócitos tipo
II.

➢ Ducto Venoso
o A contração de seu
esfíncter desvia o
sangue que iria
diretamente do Ducto à
V.C.I. para o Fígado,
que passa a percorrer os
seus sinusóides
hepáticos.
Posteriormente, o
sangue chegará às veias
hepáticas (esquerda,
intermédia e direita)
que, então, conduzirão
o sangue à V.C.I.
➢ Veia Umbilical
o Com o corte do Cordão
Umbilical a veia para de
receber sangue da
placenta, assim sofrendo
obliteração e virando o
Ligamento Redondo do
Fígado

Obs.: Essas mudanças no padrão


da circulação não ocorrem
repentinamente: vão da 1ª
respiração até horas ou dias.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA INTRODUÇÃO 56

TERMINOLOGIA
• SINTOPIA: relação de uma estrutura com as suas
imediatamente vizinhas

• Holotopia: situação de uma estrutura ou víscera dentro de uma


cavidade. Ex.: fígado superior e no lado direito do abdome

• Estratigrafia: como o nome radical latino stratus – estrato – sugere,


refere-se a camadas. É a descrição de camadas de uma víscera ou
estrutura anatômica. Ex.: histologia e camadas de tecido.

• Histotropia: descrição histológica das camadas que compõem uma


víscera ou estrutura. Ex.: Estratificado, simples...

• Paquimeria: divisão do corpo em duas metades, uma anterior e


outra posterior

• Antimeria: divisão do corpo em duas metades, uma direita e uma


esquerda

• Anquilose: perda da mobilidade dos ossos. Ex.: calcificação de dois


ossos adjacentes em uma articulação; pode acontecer em casos de
artrose.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 57

Tórax

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 58

ESQUELETO TORÁCICO
OSSOS
❖ 12 costelas
❖ 12 vértebras torácicas
❖ Osso esterno

➢ Costelas:
➢ Ossos planos, curvos e esponjosos que contêm medula
➢ São classificadas de duas (2) formas:

(1) (2)

VERDADEIRAS
• 1ª – 7ª Costela
• Fixam-se ao esterno
diretamente por cartilagem
própria
FALSAS
•8ª – 10ª Costela
• Fixam-se ao esterno por meio
de cartilagem comum.
Portanto, indiretamente
FLUTUANTES
• 11ª e 12ª Costela
• Não se articulam com o
esterno
• Também podem ser
consideradas falsas, como consta no
atlas Netter

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 59

TÍPICAS
• 3ª – 9ª Costela
• Possuem Cabeça (que se
articula com as 2 faces
articulares da vértebra superior
e inferior), Colo, Tubérculo (que
se artircula com o processo
transverso da vértebra de mesmo
nível) e Corpo (nele está o ângulo
e o sulco, que fica na margem
inferior e protege nervo e vasos
intercostais)

ATÍPICAS
•Fogem à anatomia geral
•1ª Costela
•Mais larga
•Mais curta
•Articula-se apenas com a vértebra T1
•Possui dois sulcos separados pelo tubérculo do músculo escaleno anterior
(de Lisfranc), onde se insere o m. Escaleno Ant. Os sulcos são causados
pelos vasos subclávios. Anteriormente ao m. Escaleno Ant. transita a veia
subclávia e, posteriormente, a artéria subclávia.
•2ª Costela
•Possui a Tuberosidade do Músculo Serrátil Anterior* (onde o mesmo se
origina)
• 10ª – 12ª Costela
•Possuem apenas uma face articular nas cabeças. 11ª e 12ª costelas são
curtas e não tem colo nem tubérculo.

*Obs.: m.
Serrátil Anterior
tem origem na
1ª a 8 ou 9ª
costela e se
insere na
escápula
(margem
medial,
anteriormente).
Esse m. é
inervado pelo
n. torácico
longo (plexo
braquial).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 60

➢ Articulações Costovertebrais:
A costela (cabeça) articula-se com a fóvea costal inferior do corpo da
vértebra de cima e com a fóvea costal superior do corpo da vertebra abaixo.
Portanto, a cabeça da costela articula-se com duas vértebras. A costela
(tubérculo) também se articula com a fóvea costal do processo transverso da
vértebra de mesmo número. Isto é, com a vértebra inferior com a qual a
cabeça articula-se. Anteriormente as costelas articulam-se e fixam-se ao osso
esterno por meio de cartilagem (tipo hialina), com exceção das flutuantes –
11ª e 12ª.

➢ Vértebras Torácicas:
• Ver parte de DORSO

➢ Esterno:
• Protege o coração
• Local de articulação das costelas
• É composto por 3 partes (Manúbrio, Corpo e Processo
Xifoide) unidas por articulações cartilagíneas.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 61

➢ Articulações do Tórax:
• Não apresentam grande mobilidade
• Têm papel fundamental, principalmente na respiração
• A maioria é do tipo sinovial plana ou cartilagínea. A exceção é a
esternoclavicular, que é sinovial selar

CARTILAGENS E ESPAÇOS
❖ Entre as cartilagens costais, se forma o espaço intercostal
❖ Existem 11 espaços intercostais, por onde passam 11 nervos intercostais.
❖ O local abaixo da 12ª costela é denominado Espaço Subcostal,
onde passa o nervo subcostal (esse mesmo nervo faz conexão com L1 e está
no Plexo Lombar)

❖ No espaço intercostal, ocorre a passagem de estruturas


neurovasculares. São elas, em sintopia crânio-caudal: V. intercostal, A.
intercostal, N. intercostal, R. colateral, A. intercostal colateral, V.
intercostal colateral (VAN RAV)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 62

PAREDE TORÁCICA
MÚSCULOS
Obs.: Serão abordados os músculos torácicos ventrais, os dorsais (mm.
Levantadores das Costelas, Serrátil Posterior Superior e Inferior) estarão
em Dorso. Além desses, os mm. toracoapendiculares anteriores (m.
peitoral maior e menor, serrátil anterior e subclávio) estão em membros

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 63

ORIGEM VASCULARIZ INERVAÇ FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO ÃO
(proximal) AÇÃO (principal)
(distal) (motora)

1ª Costela
Clavícula R. Clavicular da Fixa a clavícula na
(junção N.
Subclávio (superfície A.
Subclávio
articulação
condro- Toracoacromial esternoclavicular
inferior)
óssea) (C6 a T1)
Rr. Musculares Inspiração: Eleva
Margem Margem superior as costelas
Intercostais dos Rr.
inferior de da costela Expiração: Sustenta
Externos Intercostais o espaço
uma costela inferior Anteriores intercostal
Inspiração: Impede
Margem Margem inferior Aa. o abaulamento
Intercostais dos espaços
superior de da costela Intercostais
Internos Nn. intercostais
uma costela superior Posteriores Expiração Forçada:
Intercostais
Abaixa as costelas
(1 a 11)
Face interna Face interna da
Aa. Intercostal e Abaixa as
Subcostais de uma 2ª ou 3ª costela Musculofrênica costelas
costela inferior
Face Face interna das Aa. Intercostais Abaixa
Transverso Posterior da 2ª – 6ª e Torácica
Levemente as
do Tórax Parte Inferior Cartilagens Interna
(mamária) Costelas
do Esterno Costais

➢ Diafragma:
• Músculo que faz a divisão entre Tórax (acima) e Abdome (abaixo)

• É o principal
músculo da
Inspiração.
Será
abordado
em Abdome,
pois é onde
se observa
melhor suas
fixações.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 64

NERVOS

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 65

VASCUARIZAÇÃO
➢ Irrigação:

• Intercostais Posteriores (ramos diretos da a. Aorta)


• Intercostais Anteriores (ramos da A. Torácica interna ou Mamária)
• Aa. intercostais anteriores e posteriores se anastomosam
• Torácica interna ou Mamária: é um dos principais ramos da A. Subclávia, o
que será abordado em vascularização da região cervical, em Pescoço). A
torácica interna dá as 6 primeiras intercostais anteriores e se divide em Epigástrica
Superior e Musculofrênica (dá a 7ª – 9 intercostais anteriores e termina no 10º
EIC, onde se anastomosa com a a. Circunflexa ilíaca Profunda
• Subcostal (ramo direto da a. aorta)* Essa artéria é a 12ª intercostal posterior, mas
por sair abaixo da 12ª costela recebe esse nome
• A aorta torácica dá 10 ramos pares – 9 intercostais posteriores (3ª à 11ª) e a. subcostal
(“12ª intercostal posterior”)
• A 1ª e a 2ª artéria intercostais posteriores parem do tronco costocervical, ramo da a.
vertebral, por meio da a. Intercostal Suprema; a 3 à 11 saem da diretamente da aorta
Imagem acima não está totalmente clara e elucidativa – ver em atlas

Obs.: A. Torácica interna ou Mamária é ramo da a. subclávia junto com o tronco tireocervical e
a a. vertebral.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 66

➢ Drenagem:

A drenagem segue a mesma lógica da irrigação, pois as veias acompanham as


artéria e nervos:

• Veias intercostais posteriores: tributárias do Sistema Ázigo (anastomosam-se


com as anteriores)
• Veias Intercostais Anteriores: Tributárias da V. Torácica Interna
• Veias Torácicas internas: acompanham as aa. de mesmo nome
• V Intescostal Suprema – 1ª intercostal: drenam para os respectivas vv.
Braquicefálicas (D e E)
• Veia Intercostal superior Direita: drena para ; recebe a v. ázigo
• Veia intercostal superior Esquerda: Drena para v. Braquiocefálica esquerda
• Vv. Subcostais: uma de cada lado; * Essas veias são as 12ªs intercostais posteriores,
mas por sairem abaixo da 12ª costela recebem esse nome

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 67

➢ Sistema Ázigo:
• Sistema que liga diretamente a V. Cava Inferior (VCI) à V. Cava Superior
(VCS).
• O sistema Ázigo é composto pelas VEIAS:

ÁZIGO
•Principal e mais centralizada
•Inicia na parte superior da VCI e desemboca diretamente na parte
inferior da VCS após fazer o arco da v. ázigo
•Ascende colada anteriormente à coluna vertebral
•Recebe 2-11 vv. intecostais post. e subcostal direitas; obs.: 2 -4 por meio
da v. Intercostal Superior D - a E drena para a v. braquicefálica E

HEMIÁZIGO ACESSÓRIA
•Desemboca na Veia Àzigo do lado e esquerdo e superiormente à v.
Hemiázigo
•Recebe tributárias das vv. Intercostais posteriores: 5 - 8 intercostais
posteriores esquerdas
HEMIÁZIGO
•Desemboca na v. Ázigo do lado esquerdo e inferiormente à v. Hemiázigo
Acessória
•Recebe fluxo de variadas veias, como as intercostais posteriores inferiores,
mediastinais, e esofágicas inferiores
•Recebe tributárias das vv. Intercostais posteriores: 9- 11 intercostais
posteriores e subcostal esquerdas

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 68

Esquema – Vascularização Parede Torácica:

Drenagem
Linfática

• Basicamente, tudo é
drenado para o Ducto
Torácico e Ducto
Linfático, ambos
abordados na próxima
página.

• Esquema da drenagem
linfática dos principais
órgãos e estruturas
torácicas.

• Lobo Inferior do
pulmão Esquerdo
drena para o Ducto
Linfático Direito

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 69

Ducto Torácico
• Maior canal linfático do corpo : Faz drenagem linfática de todo corpo,
com exceção do hemitronco e hemicabeça direitos e MSD
(Vide Imagem Abaixo)
• Transporta maior parte da linfa do corpo para o sistema venoso
• Tem paredes finas e cor branca opaca; apresenta muitas válvulas
• Leia o esquema de baixo para cima, tal como o fluxo no ducto

• Desenbocam no ângulo venoso, união entre as vv. Jugular Interna


Esquerda e Subclávia Esquerda

• Ascende pelo Hiato Aórtico do Abdome e segue o caminho passando


pelo mediastino posterior entre os corpos das vértebras e o esôfago,
chegando até o mediastino superior, onde desemboca no sistema
venoso.

• Cisterna do Quilo (de Pecquet). A cisterna do quilo é a confluência de


três (3) vasos linfáticos: tronco lombar esquerdo, tronco lombar direito e
tronco intestinal. Eles se unem formando o Ducto Torácico.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 70

MAMAS
• Tecido GLANDULAR + tecido
FIBROSO (sustentação) + tecido
ADIPOSO + vasos e nervos
• Glândulas Mamárias:
- Localizadas no tec. Subcutâneo,
acima dos mm. peitoral maior,
menor e serrátil anterior.
- São glândulas sudoríparas
modificadas.
• Papila Mamária: parte mais
proeminente. Circundada por
área cutânea pigmentada, a
Aréola.

: Muito importantes, parte da


reprodução feminina.

: Rudimentares, pequenas, poucos


ductos ou cordões epiteliais, pouca gordura. Não há desenvolvimento glandular
(geralmente)

Seios
• Volume mamário em não lactantes, exclusivamente: Gordura ou
Silicone.

*Obs: No período menstrual pode ocorrer aumento devido a hormônios


gonadotrópicos (FSH, LH)

• Fixação: Ligamentos Suspensores da Mama (de Cooper).

- Fixam a glândula mamária à derme. São constituídos de Tecido


Conjuntivo Fibroso

• Processo axilar (ou cauda de Spence): Pequena parte de glândula


Mamária que pode se estender ao longo da margem inferior do m. peitoral
maior rumo à fossa axilar.
• Quadrantes Mamários:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 71

• Planos:
Parede Torácica
Costelas, mm. intercostais
Músculos
Peitoral menor, Maior, Serrátil anterior

Fáscia Peitoral
Recobre o m. Peitoral Maior

Espaço Retromamário (Bolsa)


Contém pequena quantidade de gordura e permite algum grau de movimento
sobre a fáscia peitoral

Tecido Adiposo + Lóbulos da Glândula Mamária


Cada lóbulo de gl. mamária é drenado por um único ducto
lactífero

Ductos Lactíferos
Cada ducto lactífero tem uma parte dilatada, situada
profundamente à areola: o seio lactífero

Seios Lactíferos
Acumula gotículas de leite

Papila Mamária
Formada por fibras musculares lisas: causam ereção

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 72

• Desenvolvimento:

Ductos 15 a 20 Lóbulos da Isso tudo = Parênquima


Lactíferos
Brotos Glândula mamária (substância Funcional

- Puberdade (8 – 15 anos): Aumento (desenvolvimento glandular + deposição


de gordura) → Desenvolvimento Alvéolos e Papilas

- Tamanho das minhas mamas: Fatores genéticos, étnicos e alimentares

• Funcionamento

Bebê Compressão aréola Gotículas são


sugando (e do seio lactífero) expelidas

" Tá gotoso, vou Reflexo de Leite é ejetado na


boca do bebê e
continuar com ejeção não sugado por
a boca aqui" (ocitocina) ele

*Aréolas contém glândulas sebáceas (de Montgomery): secretam lubrificante


protetor.

• Vascularização
Irrigação
•Basicamente, ramos:
• a. Mamária/Torácica Interna (ramo da Subclávia)
• a. Toracoacromial e
•a. Torácica Lateral (último ramo da 2ª parte da artéria Axilar)

Drenagem
•Basicamnete, para a v. Axilar.
•Alguma drenagem (pequena) para a v. Torácica Interna
Plexo nervoso Testicular

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 73

Drenagem Linfática
•Importância devido ao seu papel na metástase de células cancerosas
•Caminho mais provável pela linfa:

Plexo nervoso
Papila Testicular
→ Aréola → Lóbulos da gl. Mamária → Plexo Linfático Subareolar

↓ (maior parte – 75% --, sobretudo quadrantes laterais)

Tronco Linfático Subclávio ← Linfonodos Claviculares ← Linfonodos Axilares

Ducto Linfático (direito ou esquerdo) → Ângulo Venoso (direito ou esquerdo)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 74

Inervação
• Derivados dos Ramos Cutâneos
Anteriores e Laterais dos 4º - 6º nn.
intercostais.
• Atravessam a Fáscia Peitoral (que
recobre o m. peitoral maior) para
chegar à tela subcutânea superposta
e à pele da mama.
• Conduzem fibras sensitivas (pele e
mama) simpáticas (vasos sanguíneos e
músculo liso)

Alterações Mamas
• Período Menstrual, gravidez, idade (regressão devido diminuição de
gordura e atrofia glandular).
• Alterações no número:
- Polimastia: mamas supranumerárias. A mama inteira.
- Politelia: Papilas mamarias acessórias. Apenas papilas extras.
- Amastia: ausência de mamas

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 75

• Ginecomastia:

Um aumento discreto em tamanho é normal durante a puberdade


masculina em até 70% dos homens. Após a puberdade o aumento é raro.
Pode estar relacionado à:
✓ Drogas. Por exemplo, para tratamento de câncer de próstata
✓ Idade
✓ Desequilíbrio entre hormônios estrogênicos e androgênicos
✓ Alteração hepática dos hormônios sexuais
✓ Cânceres de suprarrenal ou testículo.
✓ Síndrome de Klinefelter.

• Carcinoma de Mama:

✓ É importante conhecer drenagem linfática na previsão de metástase


(metástase linfogênica)
✓ São malignos, geralmente adenocarcinomas originados nas células
epiteliais dos ductos lactíferos nos lóbulos das gl. Mamárias.
✓ Interferência na drenagem pelo câncer → Linfoma → Desvio da Papila
mamária → pele espessa e coriácea.
✓ Pele inchada entre poros deprimidos: aparência de casca de laranja
(sinal de casca de laranja)
✓ Depressões maiores (do tamanho da ponta do dedo ou maiores):
invasão cancerosa do tecido glandular e fibrose. Isso gera
encurtamento dos ligamentos suspensores da mama.
✓ Câncer de mama Subareolar: retração da papila mamária, comprometimento
dos ductos lactíferos

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 76

❖ O tórax é divido em 3 partes:


• Mediastino (contém o coração)
• Cavidade Pulmonar Direita
• Cavidade Pulmonar Esquerda

PULMÕES
PLEURAS
Os pulmões são revestidos por duas membranas pleurais (pleuras):

• Pleura visceral (mais interna)


--------------(Cavidade pleural) ---------------

• Pleura parietal (mais externa)


Obs.: Entre elas há um espaço virtual denominado cavidade pleural, que contém
líquido lubrificante.

Pleura Visceral (pleura pulmonar)


• Intimamente aderida ao pulmão, tornando impossível disseca-la da superfície do pulmão
• No hilo do pulmão é contínua com a parietal

Pleura Parietal
Adere-se à parede torácica, diafragma e mediastino. É mais espessa. Pode ser dissecada
É dividida em quatro (4) partes:

1. Costal (lateral)

2. Mediastinal
(medial)

3. Diafragmática
(inferior)

4. Cúpula pleural:
superior e contém
revestimento da
membrana
suprapleural
(fáscia de Sibson)

Toracocentese (Drenagem Pleural): Punção na parede torácica, a qual chega à


cavidade pleural, para a aspiração de fluidos – hidrotórax (água), hemotórax (sangue),
quilotórax (linfa), piotórax (pus). O Procedimento: 1) Posterior ou sobre à Linha Axilar Média; 2)
Em 1 ou 2 níveis abaixo do nível do fluido, mas não abaixo do 9ª EIC (ideal: entre 7ª e 9ª EIC).
O 8ª é um bom marco, visto que há maior chance de drenar o fluido e ao mesmo ter certa margem de
Inserir agulha imediatamente
segurança em relação ao pulmão, fígado, baço e diafragma. OBS.:
acima da margem superior da costela do respectivo EIC – evitar dano ao feixe neurovascular
intercostal (“VAN” – revisar em páginas iniciais do capítulo; o feixe fica no sulco da costela, na margem
inferior da costela superior do EIC).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 77

[#OBSERVAÇÃO desta imagem com atenção e relacionar com o texto da página


anterior]

• Recessos Pleurais: são espaços virtuais, “fossas”, entre as pleuras, as quais se


aproximam durante a inspiração e se afastam na inspiração. São espaços
potenciais para acúmulo de líquidos, como exsudato pleural quando na posição
ereta. São eles os recessos costodiafragmáticos (maiores; imagem abaixo) e
costomediastinais (menores; não ilustrados aqui)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 78

ANATOMIA PULMONAR

Os pulmões direito e esquerdo contêm segmentos, fissuras e lobos,


porém apresentam diferenças anatômicas em função da localização e das
estruturas internas em suas proximidades. A principal delas é o coração, o qual
causa a impressão cardíaca, muito mais significativa do lado esquerdo.

➢ Pulmão Direito: Maior, mais pesado


e largo, porém mais curto. É divido em 3
lobos (superior, médio e inferior) por duas
fissuras (horizontal e obliqua), e em 10
segmentos.

➢ Pulmão Esquerdo: Apresenta


somente uma fissura (oblíqua), a qual divide
o lobo superior e inferior. Apresenta apenas 8
segmentos, pois geralmente ocorre a fusão
do apical e do posterior (no lobo superior), e
dos basais anterior e medial (no lobo inferior).

Fissuras:

Lado esquerdo: somente a Oblíqua


Lado Direito: Horizontal, acima, e
Oblíqua, abaixo.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 79

➢ Dicas para Memorizar Segmentação:

❖ Lobo Superior: Ambos possuem segmento Anterior individualizado.


❖ Lobo Médio: No pulmão direito, o lobo médio é divido apenas em
Lateral e Medial, enquanto no Esquerdo (que não tem Lobo Médio), há
os segmentos Lingular Superior e Inferior, porém, estão no Lobo Superior.
❖ Lobo Inferior: Ambos possuem o segmento superior, a única diferença é
a fusão dos segmentos Basal Anterior e Medial no Lado Esquerdo.
❖ Basal = Basilar

ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA

A árvore traqueobrônquica corresponde ao conjunto de estruturas por


onde percorre o ar a partir da laringe até os alvéolos pulmonares. É composta
por:

(1) TRAQUEIA
- Está localizada no plano respiratório do mediastino superior
- Possui cerca de 10 cm de comprimento e é composta por anéis
cartilaginosos (de hialina) semicirculares (em forma de “C”) – a parte
porterior do anel é formada por músculo, impedindo o círculo completo
cartilaginoso; aderido à parte muscular do anel, na parte posterior, está o
esôfago.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 80

- Inicia em nível de C6, abaixo da cartilagem cricóide, inferior ao “pomo


de Adão” e vai até a sua bifurcação em Brônquio Principal ou Fonte
Direito e Esquerdo. Essa região é denominada Carina (nível de T4)
- Localiza-se posterior ao ângulo esternal (de Louis), em nível de T4, o
mesmo que divide o mediastino superior e inferior.
- Possui epitélio pseuodoestratifcado ciliado e rico em glândulas mucosas
(caliciformes). Colado na parede posterior da traqueia está o esôfago.

(2) BRÔNQUIOS PRINCIPAIS ou FONTE: adentra na raiz do


pulmão. Possui diferenças nos lados Direito e Esquerdo:

Direito: Mais CURTO, LARGO e VERTICAL em relação ao esquerdo.


Entra diretamente no Hilo. IMPORTÂNCIA CLÍNICA: essa anatomia
faz com que, em mais de 90% dos casos, corpos estranhos
entrem e se depositem no pulmão direito.

Esquerdo: Em função do coração e seus vasos, além do esôfago, é


mais HORIZONTALIZADO e COMRPIDO, o que dificulta que um corpo
estranho aspirado vá para o pulmão esquerdo.

(3) BRÔNQUIOS LOBARES (secundários): Cada lobo


pulmonar apresentar um. Portanto, são 3 do lado direito, e 2 no
esquerdo.

(4) BRÔNQUIOS SEGMENTARES (terciários): Suprem as


subdivisões do respectivo lobo (segmentos broncopulmonares, entre
esses mesmos locais é onde as vv. pulmonares seguem para retornar o
sangue ao coração – ver vascularização dos pulmões).

(5) BRONQUÍLOS CONDUTORES: A partir desse nível, as paredes


não contêm mais cartilagem.

(6) BRONQUÍLOS TERMINAIS: apesar de chamarem-se terminais,


vem antes dos respiratórios.

(7) BRONQUÍLOS RESPIRATÓRIOS: surgem depois dos terminais.


(8) DUCTOS ALVEOLARES: vias respiratórias alongadas
(9) SACOS ALVEOLARES: se abrem em grupos de alvéolos.
(10) ALVÉOLOS PULMONARES: unidade da troca gasosa

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 81

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 82

HILO PULMONAR
(Raiz do pulmão ou pedículo pulmonar)
❖ É onde entram ou saem as principais estruturas (como em a raiz de uma
planta).
❖ Essas estruturas são: Brônquio Principal (Fonte), Artéria Pulmonar e Veia
Pulmonar. Essas estruturas possuem sintopia crânio-caudal diferente
para o pulmão esquerdo e direito. Também há outra sintopia – antero-
posterior –, a qual é a mesma para os dois pulmões e segue a mesma
ordem dos planos do mediastino superior (Gl A V A R Di Ne).
❖ No hilo pulmonar, há continuidade entres as pleuras parietal e visceral,
(união denominada de bainha pleural). A continuidade das pleuras
forma, inferiormente, o ligamento pulmonar.
❖ As veias pulmonares aparecem nos atlas (menos no Prometheus) em
vermelho, pois trazem o sangue oxigenado de volta ao coração. Já as
artérias pulmonares aparecem em azul, pois representam o sangue
venoso, que sai do coração pelo tronco pulmonar e é levado aos
pulmões para sua oxigenação.
❖ Outro macete, além de AmBeV ou BAVaria, é relacionar que no
lado Esquerdo, esquerdo inicia com vogal, bem como a palavra Artéria;
e, no lado Direito, direito inicia com consoante, vem como Brônquio. O
que fica por último é sempre a Veia Pulmonar, lembrar que V fica no
final do alfabeto.
❖ O n. Vago passa posterior ao Hilo.
❖ O n. Frênico passa anterior ao Hilo.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 83

➢ Sintopia Crânio- Caudal:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 84

VASCULARIZAÇÃO (PULMÕES E PLEURAS)


O pulmão possui vasos que tem como função realizar as trocas gasosas
(hematose) pela aferência e eferência do sangue ao coração. São eles as
Artérias pulmonares e as veias pulmonares. Existem, também, vasos que são
responsáveis pela sua nutrição, como as aa. e vv. Brônquicas.

➢ Artérias Pulmonares: Há uma artéria pulmonar partindo para cada


pulmão, as quais surgem da divisão do tronco pulmonar, o qual sai do
ventrículo direito carregando sangue venoso. A artéria pulmonar, após
adentrar no pulmão como uma só, em cada um dos lados, se subdivide,
seguindo a mesma lógica da árvore traqueobrônquica.

Aa.
A. Pulmonar Aa. Lobares
segmentares

Obs.: As aa. Pulmonares e suas continuações aparecem em azul, pois transportam


sangue venoso.

➢ Veias Pulmonares: Há duas veias pulmonares em cada pulmão


drenando para o coração. A lógica é de uma veia pulmonar
para cada lobo (desconsidera-se o lobo médio); a veia do lobo
médio direito é tributária da v. Pulmonar Direita Superior. As veias
pulmonares levam o sangue oxigenado de volta para o coração
(no átrio esquerdo), sem seguir os caminhos das aa. Pulmonares.
O retorno ocorre pelo septo pulmonar (espaços entre os
segmentos broncopulmonares). As vv. pulmonares são
representadas em vermelho (exceto no Prometheus), pois
carregam sangue oxigenado.

Vv. Vv. Lobares V. Pulmonar


segmentares

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 85

➢ Artérias Bronquiais:
• Levam sangue oxigenado para nutrição dos pulmões e da pleura visceral
• Seus ramos mais distais anastomosam-se com as aa. Pulmonares, nos
bronquíolos. São elas:
✓ 2 A. Bronquiais esquerdas (ramos diretos da aorta)
✓ 1 A. Bronquial direita (geralmente origem indireta da aorta, como de
uma a. intercostal posterior superior)
➢ Veias Bronquiais:
• Drenam uma pequena parte do sangue (a drenagem é feita
majoritariamente pelas vv. Pulmonares). São elas:
✓ 1 V. Bronquial Esquerda (drena para a V. Hemiázigo acessória ou
V. Intercostal Sup. Esq.)
✓ 1 V. Bronquial Direita (drena para a V. Ázigo)

Obs.: A pleura parietal é irrigada por ramos da parede torácica.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 86

INERVAÇÃO (PULMÕES E PLEURA)


➢ Inervação simpática:
• Ocorre pela Cadeia Simpática dos Troncos Cervicais e Torácicos
➢ Inervação Parassimpática:
• Ocorre pelo N. Vago
➢ Inervação da pleura parietal:
➢ Ocorre pelo n. frênico e pelos Nn. Intercostais.

MEDIASTINO
Mediastino significa “aquilo que está no centro”. Essa região é o centro
do Tórax. Contém o coração, grandes vasos, traqueia e diversas estruturas
importantes. É uma região com grande mobilidade. Seus LIMITES são:

✓ Superior: Abertura superior do tórax.


✓ Inferior: Músculo diafragma (contraído: nível T12; relaxado: nível de T10)
✓ Laterais: Parte Mediastinal das Pleuras Parietais dos Pulmões
✓ Anterior: Osso Esterno
✓ Posterior: Corpo das vértebras Torácicas

Ele é subdivido em Mediastino Superior e Mediastino Inferior pelo ângulo


esternal (de Louis, nível de T4 ~ T5).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 87

MEDIASTINO SUPERIOR E GRANDES VASOS:

➢ Limites:
✓ Limite Superior: Abertura Superior Tórax
✓ Limite Inferior: Ângulo de Louis
✓ Limites Laterais: Parte Mediastinal das Pleuras Parietais dos
Pulmões
➢ É divido em seis (6) planos, em sintopia ântero-posterior
conforme a sigla:

Gla V A R Di Ne

Glandular (1º plano)


Contém resquícios do Timo, órgão linfoide importante na fase
infantil, o qual é gradualmente substituído por gordura após a
puberdade.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 88

Venoso (2º plano)


Formado pela VCS (veia cava superior) a qual se forma da união
das Veias Braquiocefálicas direita e esquerda, as quais são formadas
pela desembocadura da Veia Jugular Interna e da V. Subclávia nos dois
lados. A Veia Braquiocefálica Esquerda é mais comprida que a direita.
Nos ângulos venosos desembocam os Ducto Linfáticos direito e
Torácicos.

Arterial (3º plano)


Formado pelo arco da Aorta, Tronco Braquiocefálico (primeiro e maior

ramo da aorta), A. Carótida Comum Esquerda, A. Subclávia esquerda (não


emite ramos no mediastino).
Obs.: O ligamento arterial, resquício do Canal Arterial, o qual na circulação fetal ligava
a A. Pulmonar Esquerda e a A. Aorta, situa-se na porção inferior do Arco da Aorta.
Aorta ascendente e seus ramos coronários são intrapericárdicos e pertencem ao
Mediastino Médio (parte inferior).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 89

Respiratório (4º plano)


Formado apenas pela traqueia.

Digestório (5º plano)


Formado pelo Esôfago, órgão com 3 constrições (1ª – cricofaríngea,
2ª – brônquio-aórtica, 3ª diafragmática).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 90

Nervoso (6º plano)


Formado pelos nervos Vago e Frênico.

Nervo Vago Direito:


Desce anteriormente à a. subclávia direita, dando origem ao N.
Laríngeo Recorrente Direito, o qual faz uma curva ao redor da A. Subclávia
Direita para ascender entre a traqueia e o esôfago para suprir a laringe. O
Nervo Vago Direito segue descendo do lado direito da traqueia, passa
posterior à Veia Braquiocefálica Direita, VCS e do Hilo Pulmonar Direito,
dividindo-se em vários ramos que contribuem para o Plexo Pulmonar Direito,
Plexo Esofágico e Plexo Cardíaco.

Nervo Vago Esquerdo:


Desce entre ACC Esquerda (posterior a esta) e a A. Subclávia Esquerda
(anterior a esta). Segue descendo, lateralmente a traqueia e posterior a v.
Braquiocefálica Esquerda (a qual tem o dobro do comprimento da direita),
chegando ao Arco aórtico, emite o N. Laríngeo Recorrente Esquerdo, o qual
ascende após contornar o Arco, passando entre traqueia e esôfago para
chegar à laringe. O N. Vago Esquerdo segue sua descida posteriormente à raiz
do pulmão para se dividir em diversos ramos, os quais contribuirão para o
plexo esofágico e para o Plexo Pulmonar Esquerdo.

Nervo Frênico:
Lados esquerdo e direito descem anteriores aos Mm. Escalenos Anteriores e
entram no Mediastino Superior entra a A. Subclávia e a origem da V.
Braquiocefálica. Mais inferiormente, passam anteriores ao Hilo Pulmonar para
inervar sensitivamente a pleura parietal mediastinal e o pericárdio e
motoramente o m. Diafragma.

Macete:

O Nervo Vago Esquerdo dá forma emite o Laringeo Recorrente Esquerdo mais


“Embaixo” que o direito, no arco da aorta, enquanto o direito emite na a. subclávia direita. O
Nervo Frênico é mais “frenético”, agitado, por isso desce lateralmente ao Vago, correndo para
os lados como quem quer Fugir, F, Frênico.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 91

MEDIASTINO INFERIOR
Região do Mediastino que se situa abaixo do ângulo esternal até o m.
diafragma. É subdividido em três (3) regiões: Anterior, Médio e Posterior. O que
divide esses planos é o pericárdio.

➢ Anterior:
o Está localizado Anterior ao Pericárdio
o É a menor das 3 subdivisões
o Contém os ligamentos esternopericárdicos e gordura
o Em lactentes e crianças, ainda contém parte do timo
➢ Médio:
o Pericárdio e seu conteúdo - coração e raízes dos grandes
vasos (aorta ascendente, tronco pulmonar e VCS).
➢ Posterior:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 92

PERICÁRDIO
É uma membrana fibrosserosa que recobre o coração e o inícios de seus
grandes vasos. É um saco hermeticamente fechado (não entra ar) formado por duas
camadas: Pericárdio Fibroso e Pericárdio Seroso.

➢ Pericárdio Fibroso:
➢ Mais EXTERNO
➢ Resistente
➢ Inelástico. É ele que faz o limite com o Mediastino Anterior e Posterior
➢ É onde se fixam os ligamentos pericardicofrênicos, esternopericárdicos
e pericárdicos vertebrais, os quais dão relativa fixação ao coração

➢ Pericárdio Seroso:
➢ Mais INTERNO
➢ É dividido em duas lâminas:
✓ Lâmina Parietal: fica na superfície interna do Pericárdio
Fibroso, é uma membrana serosa brilhante.
✓ Lâmina Visceral: Fica aderida ao coração, forma a
camada mais externa do órgão, denominada Epicárdio.
• Entre as duas camadas de Pericárdio Seroso, se forma a
cavidade do pericárdio (um espaço virtual que contém película
fina de líquido que permite a movimentação cardíaca com
menor atrito).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 93

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
Irrigação
•Artéria Pericardicofrênica (ramo da A. torácica interna,
ou Mamária, que é ramo da A. Subclávia)

Drenagem
•Vv. Pericardicofrênicas

Inervação
•Nervo Frênico
•ramos dos nn. intercostais

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 94

SEIOS PERICÁRDICOS
➢ Seio Transverso:

Obs.: Importância do Seio Transverso: Cirúrgica - Clamp da A. Aorta.

➢ Seio Oblíquo:
Nesse esquema, o coração está removido para observação do seio oblíquo, que é
posterior ao S2 e anterior ao pericárdio. Qual pericárdio? O fibroso, que é mais externo.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 95

CORAÇÃO
ANATOMIA GERAL

O coração é uma bomba dupla, cujas partes bombeiam o sangue para o


corpo. Basicamente, esse órgão é composto por 4 câmaras (2 átrios e 2 ventrículos) e
4 valvas, 2 atrioventriculares (tricúspide e bicúspide) e 2 semilunares (da aorta e do
tronco pulmonar).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 96

➢ Camadas
O coração é composto por 3 camadas (de interno para externo):
Endocárdio, Miocárdio e Epicárdio (ou pericárdio visceral). A camada que se
sobressai é o Miocárdio (camada muscular), em especial no ventrículo
esquerdo, pois é ele que bombeia o sangue para todo o corpo.

*Obs: aa. Coronárias estão situadas no tecido adiposo acima do Miocárdio e abaixo do Epicárdio (pericárdio seroso
lâmina visceral). Caso estivessem no Miocárdio, a vascularização seria comprometida durante a contração.

➢ Esqueleto Fibroso:
As fibras musculares estão fixadas no esqueleto fibroso do coração, o qual possui os
quatro anéis das valvas e dá sustentação as mesmas e ao órgão, bem como serve de
“isolante elétrico” para o complexo estimulante que coordena as contrações do coração.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 97

➢ Ápice e Base:

BASE

•É a face posterior do coração (oposta ao ápice).


•Formada principalmente pelo átrio esquerdo e por parte do direito.
•Seu limite superior é a bifurcação do tronco pulmonar.
•Seu limite inferior é o sulco coronário (onde passa o seio coronário, o
maior vaso de drenagem responsável pela drenagem do coração, o qual
desemboca no átrio direito, no óstio do seio coronário, o qual contém a
válvula de Thebezius).
•Seus limites laterais são as Veias Pulmonares.

ÁPICE
➢É inferior no coração (ao contrário do pulmão).
➢Se localiza na parte inferolateral do ventrículo esquerdo. Isto é, bem no
“biquinho”, na concavidade, da parte inferior.
Localiza-se no 5º espaço intercostal do lado esquerdo. A distância do
plano mediano varia conforme o tamanho da pessoa, obviamente, mas
a média é 9 cm a esquerda, que é a largura média de uma mão).
➢Para descobrir a distância exata do ápice cardíaco, ache o 5º espaço
intercostal (um pouco abaixo e medial ao mamilo esquerdo) e veja a
distância da largura de sua mão do plano mediano.
➢Se realizou o processo anterior, você saberá o local do batimento apical
– Ictus Cordis. Esse é o local de intensidade máxima dos sons do
batimento cardíaco (fechamento da valva mitral).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 98

➢ Faces do Coração:
• Anterior (esternocostal): Ventrículo Direito
• Inferior (diafragmática): Ventrículo Esquerdo e parte do
Ventrículo Direito
• Pulmonar Direita: Átrio Direito
• Pulmonar Esquerda: Ventrículo Esquerdo. Essa face causa a
impressão cardíaca no pulmão esquerdo.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 99

FUNCIONAMENTO DO CORAÇÃO

Em condições normais, o sangue venoso fica no lado direito do


coração, chegando ao átrio direito por meio das Veias cavas, passando para
o ventrículo direito através da Valva Tricúspide e saindo pelo Tronco Pulmonar
para depois seguir pelas artérias pulmonares (uma direita e uma esquerda)
para passar pela hematose, no pulmão. Já o lado Esquerdo trabalha com
sangue arterial, o qual volta do pulmão para chegar ao coração pelas veias
pulmonares (2 direitas e 2 esquerdas) para cair no átrio esquerdo e, então, ir
para o ventrículo esquerdo passando pela Valva Mitral. Do ventrículo
esquerdo o sangue segue para a artéria aorta e todo o corpo. Tudo isso ocorre
pela realização de duas ações do coração consideradas em relação aos
ventrículos: Diástole (relaxamento) e Sístole (contração).

➢ Ciclo Cardíaco:
Inicia com a Diástole (relaxamento dos ventrículos) após o fechamento
das valvas semilunares. Nesse momento, os átrios, cheios de sangue,
bombeiam-no para os ventrículos com a abertura das valvas atrioventriculares.
No momento final da diástole ocorre a contração dos átrios e posteriormente
ocorre o fechamento das valvas atrioventriculares, que emite o primeiro dos
dois sons cardíacos (bulhas) – TUM. Na sequência, ocorre a abertura das valvas
semilunares e a saída do sangue dos ventrículos durante a sístole. O
fechamento das valvas semilunares emite o segundo som cardíaco – TÁ –,
então, é reiniciado o ciclo.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 100

✓ Diástole: Relaxamento dos ventrículos. Ocorre com as valvas


semilunares fechadas

✓ Sístole: Contração dos ventrículos. Ocorre com as valvas


atrioventriculares fechadas.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 101

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
✓ Valva é conjunto de Válvulas (Ex.: A valva Tricúspide é composta pelas
válvulas anterior, posterior e septal)
✓ As válvulas impedem o refluxo de sangue
✓ A Valva Mitral tem esse nome devido ao seu formato que lembra a Mitra
utilizada por representantes religiosos.
✓ Pequena Circulação: Ventrículo Direito → Pulmão → Átrio Esquerdo
✓ Grande Circulação: Ventrículo Esquerdo → Corpo → Átrio Direito

ÁTRIO DIREITO
É a câmara que recebe o sangue venoso do corpo, após a grande circulação.
Ele chega por meio da Veia Cava Superior, Veia cava Inferior e Seio Coronário e
segue para o Ventrículo Direito pela Valva Atrioventricular Tricúspide.

➢ Estruturas Importantes:
• Aurícula Direita: bolsa muscular em formato de orelha que
aumenta a capacidade do átrio
• Parede posterior: lisa e fina
• Parede Anterior: composta pelos mm. Pectíneos e, por isso,
rugosa. Os mm. Pectíneos estão presentes apenas nos átrios
• Óstio da Veia Cava Superior: onde desemboca a VCS. Não
possui válvula em função da gravidade
• Óstio da Veia Cava Inferior: onde desemboca a VCI.
Apresenta a Válvula de Eustáquio
• Tubérculo Intervenoso (de Lower): está localizado entre os
óstios das duas veias cavas. Sua função é evitar o choque de
sangue vindo de sentidos opostos e direciona-lo para o óstio
atrioventricular direito (Valva AV Tricúspide)
• Óstio do Seio Coronário: onde desemboca o Seio coronário
(que traz o sangue das vv. coronárias). Possui a Válvula de
Thebezius (limite LATERAL do Trígono de Koch)
• Septo Interatrial: separa os dois átrios. Contém a Fossa Oval
(de Botallo), resquício do Forame Oval, o qual comunicava os
átrios na circulação fetal
• Tendão de Todaro: saliência do esqueleto fibroso. É limite
superior do Trígono de Koch
• Trígono de Koch: Contém o Nó Atrioventricular (de Aschoff-
Tawara)
• Crista Terminal: região de transição entre 2 tecidos embrionários
diferentes, o seio venoso e parte muscular do átrio; inclusive, a crista
é o local de origem dos mm. pectíneos. Na circulação fetal, teria a
função de direcionar o fluxo sanguíneo em direção ao Forame Oval
(de Botallo)
• Sulco Terminal: parte externa correspondete à Crista Terminal

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 102

VENTRÍCULO DIREITO
Recebe o sangue pobre em oxigênio vindo do átrio direito por meio do
óstio atrioventricular direito, o qual contém a valva tricúspide, e o encaminha
para os pulmões por meio do tronco pulmonar.

➢ Estruturas Importantes:
• Valva Tricúspide: controla o fechamento do óstio
atrioventricular direito. É composta por três (3) válvulas –
septal, anterior e posterior. Suas válvulas contém as Cordas
Tendíneas, que as prendem aos Músculos Papilares (um para
cada válvula - septal, anterior e posterior). A contração dos
mm. Papilares evita a subida para os átrios
• Trabéculas cárneas: músculos irregulares que permitem a
contração correta (em vários sentidos) do coração.
• Septo Interventricular: separa os dois ventrículos. Como todo
ventrículo direito, o septo é mais delgado (fino) do que no
lado esquerdo, pois este apenas envia o sangue para a
pequena circulação, ao contrário do ventrículo esquerdo.
• Cone Arterial: parte superior do ventrículo por onde o sangue
ascende para o óstio do tronco pulmonar, que desemboca
no tronco pulmonar.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 103

ÁTRIO ESQUERDO
Recebe sangue das quatro (4) veias pulmonares e desemboca no
Ventrículo Esquerdo pelo óstio atrioventricular direito, o qual contém a valva
atrioventricular Bicúspide ou Mitral. Forma a maior parte da base do coração.

➢ Estruturas Importantes:
• Aurícula Esquerda: possui a mesma função da Direita, mas
menor
• Septo Interatrial: contém o assoalho da Fossa Oval
• Parede Posterior: É lisa e contém quatro (4) Óstios das Veias
Pulmonares

VENTRÍCULO ESQUERDO
Recebe sangue do átrio esquerdo e o bombeia para todo corpo
através da a. aorta (por esse motivo, ele é duas (2) ou três (3) vezes mais
espesso que o ventrículo direito)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 104

➢ Estruturas Importantes:
• Valva Mitral (Bicúspide): É composta pelas válvulas anterior e
posterior. Suas válvulas, da mesma forma como no ventrículo
direito, estão conectadas ao Mm. Papilares (anterior e
posterior) pelas Cordas Tendíneas. A contração desses
músculos impede que as válvulas subam para os átrios. Está
localizada no óstio atrioventricular esquerdo
• Trabéculas Cárneas: Mais finas e numerosas
• Vestíbulo da aorta: Via de saída do ventrículo esquerdo. Não
contém músculos. Leva ao Óstio da Aorta e à Valva Aórtica

ANOTAÇÕES:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 105

VALVA DO TRONCO PULMONAR E DA AORTA


➢ Características Gerais (das duas):
• São artérias, pois levam o sangue (eferência)
• Possuem três válvulas (sem cordas tendíneas)
• São côncavas
• Na Margem de contato das válvulas possuem espessamento,
formando a lúnula
➢ Valva Semilunar Pulmonar:
- É composta pelas válvulas Anterior, Esquerda e Direita

- Os nódulos nas extremidades são chamados Nódulos de Morgagni

Valva Semilunar da Aorta:


• É composta pelas válvulas Posterior (não coronária), Esquerda
e Direita
• Os nódulos em suas extremidades são chamados de Nódulos
de Aranthius (da valva semilunar)
• Quando fechadas, as válvulas formam seios (de Valsalva), que acumulam sangue
como conchas. Esse sangue acumulado nos seios direito e esquerdo é
encaminhado para os vasos coronários (irrigam o coração) por meio dos Óstios
esquerdo e direito das Artérias Coronárias

Obs. Importante: Átrios contém mm. Pectíneos e Ventrículos contém mm. Papilares.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 106

VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO:
É realizada pelas
Aa. Coronárias, originadas
nos Seios de Valsalva da
Valva Semilunar da Aorta,
e pelas Veias Cardíacas,
um conjunto de veias que
confluem para o Seio
Coronário, o qual
desemboca no Átrio
Direito.

✓ Artérias Coronárias:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 107

✓ Veias Cardíacas:

✓ Informações Adicionais:
• Todas veias cardíacas drenam para o Seio coronário, o qual
desemboca no AD
• O sangue venoso corre no mesmo sentido que o arterial somente
em um local do coração, na região abaixo da aurícula
esquerda. A a. circunflexa e a v. cardíaca magna são os
principais vasos dessa região.
• As veias cardíacas mínimas são comunicações avasculares com
os capilares do miocárdio. Podem conduzir sangue das câmaras
cardíacas até o miocárdio.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 108

INERVAÇÃO DO CORAÇÃO:
É realizada pelo plexo cardíaco. É dividida em duas:

Simpática
• Provém das fibras ganglionares dos troncos
simpáticos. Aumenta a frequência cardíaca,
a força da contração e o fluxo sanguíneo dos
vasos coronários. Ativa a via adrenérgica
(adrenalina).
Parassimpática
• Provém dos nervos vagos. Diminui a
frequência cardíaca, reduz a força de
contração e constringe vasos coronários.
É responsável pela economia de energia.
Ativa a via colinérgica (acetilcolina).

Complexo Estimulante do Coração:


O Complexo gera e transmite os impulsos para a contração coordenada do ciclo
cardíaco. Ele garante a contração simultânea dos átrios e ventrículos, levando os
impulsos nervos rapidamente para diferentes áreas do coração.

1) Nó Sinoatrial (Sinusal ou Keith-Flach)


2) Nó Atrioventricular (Aschoff-Tawara)
3) Feixe de Hiss Direito e Esquerdo
4) Fibras de Punkinje (ramos subendocárdicos)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA TÓRAX 109

O Nó Sinoatrial (SA) é o marca-passo do coração. Ele inicia e controla os


impulsos. Sua localização é anterior e logo abaixo da junção da VCS com o
átrio direito. É suprido pela a. do Nó SA (60% das vezes ramo da ACD e 40% da
ACE). O impulso se propaga miogenicamente.

O Nó Atrioventricular (AV) está localizado dentro do Trígono de Koch (LIMITES:


tendão de Todaro (superior), valva tricúspide (inferior), lateral (válvula de Tebésio). Ele
transmite o impulso através do Fascículo AV. Aqui, ocorre um pequeno “delay”
no impulso, até que os ventrículos estejam cheios de sangue para uma ejeção
efetiva. O nó AV é suprido pela a. do Nó AV (ramo da ACD em 80% das
pessoas e em 20% da ACE).

O impulso segue pelo Septo Interventricular, pelos ramos direito e


esquerdo do Feixe de Hiss.

Aqui, nas Fibras de Purkinje, é onde a propagação ocorre de forma


mais veloz. É também a última etapa.

ANATOMIA DE SUPERFÍCIE (AS)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 110

ABDOME

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 111

ABDOME
Parte situada entre o tórax e a pelve. É dinâmico e flexível, de modo
que abriga a maioria dos órgãos do sistema alimentar, protegendo-os e
permitindo seus movimentos e contrações. Grande parte de seu conteúdo é
revestido por membrana serosa (Peritônio). As paredes abdominais são
compostas por tecido subcutâneo, músculos e aponeuroses (fáscias).

➢ Limites:
• Superior: m. Diafragma
• Inferior: abertura superior da Pelve
• Anterolateral: parede abdominal anterolateral (gordura, mm. e
fáscias
• Posterior: Corpo das Vértebras e mm. da parede posterior

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 112

REGIÕES ABDOMINAIS E
QUADRANTES
O abdome é frequentemente subdividido e estudado de duas formas:

➢ Em 9 Regiões:

Epigástrio (E): Hipocôndrio Esquerdo (HE):


Hipocôndrio Direito (HD): ✓ Fígado (parte do lobo ✓ Estômago
✓ Fígado (lobo direito) esquerdo) ✓ Pâncreas (cauda)
✓ Vesícula Biliar ✓ Estômago (apenas o piloro) ✓ Baço
✓ Gl. Suprarrenal Direita ✓ Duodeno ✓ Flexura Esplênica do
✓ Pâncreas Cólon

Mesogástrio/ Umbilical (M):


Flanco Direito / Lateral Direita Flanco Esquerdo / Lateral
✓ Intestino Delgado (jejuno e
(FD): Esquerda (FE):
íleo)
✓ Cólon Ascendente ✓ Cólon Descendente
✓ Mesentério
✓ Rim Direito ✓ Rim esquerdo
✓ Colo transverso

Fossa Ilíaca Direita / Inguinal


Hipogástrio (H): Fossa Ilíaca Esquerda /
Direita (ID):
✓ Íleo Inguinal Esquerda (IE):
✓ Ceco
✓ Útero / Próstata ✓ Cólon Sigmoide
✓ Apêndice
✓ Bexiga Vesical ✓ Ovário Esquerdo
✓ Ovário Direito

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 113

➢ Em Quadrantes:

Quadrante Superior Esquerdo (QSE): Quadrante Superior Direito (QSD):


✓ Fígado (lobo direito) ✓ Fígado (lobo esquerdo)
✓ Vesícula Biliar ✓ Baço
✓ Duodeno (1ª e 3ª porções) ✓ Estômago
✓ Pâncreas (cabeça) ✓ Jejuno e Íleo (proximal)
✓ Gl. Suprarrenal Direita ✓ Pâncreas (corpo e cauda)
✓ Rim Direito ✓ Gl. Suprarrenal Esquerda
✓ Flexura Direita (hepática) do colo ✓ Rim Esquerdo
✓ Colo Ascendente (parte superior) ✓ Flexura Esquerda (esplênica) do colo
✓ Colo Transverso (metade direita) ✓ Colo Descendente (parte superior)
✓ Colo Transverso (metade Esquerda)

Quadrante Inferior Esquerdo (QIE): Quadrante Inferior Direito (QID):


✓ Colo Sigmoide ✓ Ceco
✓ Colo Descendente (parte inferior) ✓ Apêndice Vermiforme
✓ Ovário Esquerdo ✓ Íleo (maior parte)
✓ Tuba Uterina Esquerda ✓ Ovário Direito
✓ Ureter Esquerdo ✓ Tuba Uterina Direita
✓ Funículo Espermático Esquerdo ✓ Funículo Espermático Direito
✓ Bexiga (se muito cheia) ✓ Bexiga (se muito cheia)
✓ Útero (se aumentado) ✓ Útero (se aumentado)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 114

PAREDE ABDOMINAL ANTEROLATERAL


MÚSCULOS
Sustentam, Protegem, Comprimem e Movem o tronco.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 115

➢ Músculo Oblíquo Externo do Abdome: Fibras no sentido “ Mão no


Bolso (por fora da roupa = mais externo) “. O maior e mais Superficial.
Sua aponeurose inferior segue como Ligamento Inguinal (de Poupart) e
também forma o anel inguinal Superficial, além da parede anterior do
canal inguinal.
➢ Músculo Oblíquo Interno do Abdome: Fibras no sentido “ Mão na
Teta (por baixo da roupa = mais interno) “. Intermediário entre os 3 mm.
planos do abdome; é uma lâmina fina. Sua aponeurose contornam o
m. Reto do Abdome (m. R. A.) acima da Linha Arqueada, e abaixo dela
viram uma só, ficando anterior ao m. R. A. Sua aponeurose também
forma alguns limites do canal inguinal.
➢ Músculo Transverso do Abdome: Fibras no sentido “Abraço”. É o mais
interno dos 3 mm. planos do abdome. Sua orientação circunferencial e
transversa é ideal para a compressão do conteúdo abdominal. Esse
músculo e sua fáscia compõem o anel inguinal profundo e o limite
posterior do canal inguinal.
➢ Músculo Reto do Abdome: É parecido com uma tira vertical. Possui
intersecções tendíneas em seu trajeto.
➢ Músculo Piramidal: Anterior à Porção Inferior do m. Reto do Abdome. É
triangular, pequeno e insignificante. 20% da população não o possui.

Estruturas abdome:

• Bainha do m. Reto do Abdome: Compartimento fibroso que envolve o m. R.


A. e Piramidal. É formado pelas aponeuroses dos 3 mm. planos do abdome. Possui
estruturas neurovasculares, como as Aa. e Vv. epigástricas superiores e inferiores e
N. toracoabdominal.

• Linha Alba: É mediana.


Separa as bainhas do m. R. A.
bilateralmente. Vai da sínfise
púbica até o processo
xifoide.
• Linha Arqueada /
Semicircular (de
Douglas): Demarca o local
onde as aponeuroses dos 3
mm. planos do abdome
ficam anteriores ao m. R. A.
Inferior ao umbigo.
• Linha Semilunar (de
Spiegel): Marca a transição
do m. Transverso do Abdome
para sua aponeurose. É
vertical.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 116

MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


(proximal) (distal) ZAÇÃO (motora) (principal)

Oblíquo Linha Alba,


Faces Externas
Externo Tubérculo
das Costelas
do (5ª à 12ª)
Púbico, Crista
Abdome Ilíaca
Margem
Aponeurose Inferior das Compressão
Oblíquo Toracolombar, Costelas , e
Interno do Crista Ilíaca e Linha Alba e Sustentação
Abdome Ligamento Linha das Vísceras
Inguinal Pectínea Abdominais,
(púbis) Aa. e Vv.
estabilização
Faces Internas Epigástricas Nn.
e rotação do
das Costelas Inferiores e Toracoabdominais Tronco
Linha Alba,
(7ª à 12ª), Superiores
Transverso Crista Púbica
Aponeurose
do e Linha
Toracolombar,
Abdome Pectínea
Crista Ilíaca,
(púbis)
Ligamento
Inguinal
Processo Flexão,
Xifoide, estabilização
Reto do Sínfise Púbica,
Cartilagens e
Abdome Crista Púbica
Costais compressão
(5ª à 7ª) do Tronco

FÁSCIAS, CAMADAS E ESTOJO APONEURÓTICO


• Inferiormente ao Umbigo, a parte mais profunda do tecido
subcutâneo é composta por 2 camadas [panículo adiposo superficial
(fáscia de Campers) e estrato membranáceo (fáscia de Scarpa)].
• Acima da Linha Arqueada (Semicircular / de Douglas), o músculo
oblíquo Interno do abdome possui duas aponeuroses (anterior e
posterior) que envolvem o m. Reto do Abdome. São as margens laterais
da bainha do m. reto do abdome.
• Abaixo da Linha Arqueada, ocorre a unificação das aponeuroses do
m. O. I. do Abdome e sua anteriorização, juntamente da aponeurose do
m. Transverso do Abdome.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 117

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 118

➢ Acima da Linha Arqueada:


•Pele
•Panículo Adiposo Superficial (Fáscia de Campers)
•Aponeurose do músculo oblíquo externo
•Aponeurose anterior do músculo oblíquo interno
•Aponeurose posterior do músculo oblíquo interno
•Aponeurose do músculo transverso do abdome
•Fáscia Transversális
•Peritônio

➢ Abaixo da Linha Arqueada:


• Pele
• Panículo Adiposo Superficial (Fáscia de Campers)
• Estrato Membranáceo Profundo (Fáscia de Scarpa)
• Aponeurose do músculo oblíquo externo
• Aponeurose do músculo oblíquo interno
• Aponeurose do músculo transverso do abdome
• Fáscia Transversális
• Peritônio

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 119

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 120

VASOS DA PAREDE ANTEROLATERAL


✓ A. Epigástrica Superior (ramo da a. torácica interna)
✓ A. Epigástrica Inferior (ramo da a. ilíaca externa)
Obs.: As veias seguem a lógica das artérias

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 121

Hérnias abdominais
▪ Hérnia – conceito: “algo que está fora do lugar”, ou........................

▪ Causas: deslocamento de uma estrutura de seu local correto por falha na parede
abdominal, peritônio ou má formações.
▪ Exemplos com incidências:

Inguinal (≈ 75%; 50% Iniretas e 25% Direitas): Será abordada individualmente no


tópico “Região Inguinal”

Incisional (≈ 10 – 15%): Causada pela fraqueza da parede abdominal anterior


devido a uma incisão não cicatrizada corretamente.

Umbilical (*): são comuns em recém-nascidos. A herniação ocorre através do


anel umbilical, é associada à fraqueza e fechamento incompleto. As hérnias
umbilicais adquiridas são comuns em mulheres e em pessoas obesas.

Epigástrica (*): Ocorre na linha mediana, entre o processo xifoide e o umbigo,


através de falha na Linha Alba.

*: Epigástricas e Umbilicais ≈ 10%


Obs.: Femorais ≈ 5%, porém, não estão na cavidade abdominal

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 122

de Spiegel (< 2%): Ocorrem nas Linhas Semilunares (de Spiegel). Ocorrem em
pessoas com mais de 40 anos e geralmente estão ligadas ao excesso de peso.

( 10 %)

(< 2 %)

( 10%- 15% ) ( 75%: 50% Indiretas e 25% Diretas)

REGIÃO INGUINAL
Também pode ser chamada de virilha. É uma região entre a EIAS e o
tubérculo púbico. Local por onde estruturas entram e saem da pelve, como o
funículo espermático nos homens e o ligamento redondo nas mulheres.

❖ Limites:
✓ Superior: Linha Arqueada
✓ Inferolateral: Ligamento inguinal
✓ Medial: M. Reto do Abdome

TRATO ILIOPÚBICO (ligamento de Thompson):


Continuação da aponeurose do m. Transverso do Abdome. É posterior
ao ligamento inguinal. Junto com o Ligamento Inguinal, vai da EIAS até o
tubérculo púbico e forma um retináculo Flexor (anterior), superior ao espaço
subinguinal, onde passam os mm. flexores do quadril e estruturas
neurovasculares.

LIGAMENTO INGUINAL (de Poupart)


Parte inferior da aponeurose do m. Oblíquo Externo do abdome. Vai da
EIAS até o tubérculo púbico. É limite inferior da região inguinal. Parte de suas
fibras mediais dão origem a outras estruturas:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 123

✓ Ligamento Lacunar (de Gimbernat): fixa-se no ramo superior do púbis,


lateralmente ao tubérculo púbico.
✓ Ligamento Pectíneo (de Cooper): Insere-se na linha pectínea do Púbis.
✓ Ligamento (inguinal) reflexo: Inserção superior de parte das fibras do lig.
Inguinal, na linha alba.
✓ Tendão Conjunto (foice inguinal): Fusão das aponeuroses dos mm.
transverso e oblíquo interno do abdome.

CANAL INGUINAL
Local por onde ocorre a descida dos testículos, nos homens, e do
ligamento redondo, nas mulheres, além de algumas estruturas
neurovasculares. Possui 2 aberturas e em média 4cm de comprimento.

❖ Anel Inguinal Profundo (interno): É a entrada do canal. Fica


Lateral à A. Epigástrica Inferior. Formado por evaginação da
fáscia transversal, a qual é limite posterior do canal.
❖ Anel Inguinal Superficial (externo): É a saída do canal. Formado
por evaginação da aponeurose do m. O. E. do abdome. O pilar
medial fixa-se à crista púbica e o pilar lateral ao tubérculo
púbico.

➢ Limites do Canal Inguinal:


• Teto: Músculos Oblíquo interno e transverso do abdome
• Assoalho: Ligamento Inguinal
• Parede anterior: Aponeurose do m. oblíquo externo
• Parede posterior: Fáscia transversal
• Anel inguinal superficial: Evaginação aponeurose MOE
• Anel inguinal profundo: Evaginação Fáscia transversal

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 124

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 125

➢ Conteúdo do Canal Inguinal:

✓ N. Ilioinguinal
✓ Vasos sanguíneos
✓ Vasos Linfático

✓ Funículo espermático e seu conteúdo (é aprofundado em


sistema reprodutor masculino – Pelve e Períneo)

✓ Ligamento Redondo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 126

TRÍGONO DE HESSELBACH
Foi descrito pela primeira vez em 1806 para classificar a origem das
hérnias. Corresponde à região de maior fragilidade da parede abdominal.

➢ Importância:

Classificação das Hérnias inguinais


Dentro do trígono: Hérnia direta
Fora do trígono: Hérnia indireta

Limites:
Sofreu uma pequena modificação, na atualidade, em seu limite inferior.

✓ Medial: Borda do m. Reto do Abdome.


✓ Superolateral: A. Epigástrica inferior
✓ Inferolateral: Ligamento Inguinal (de Poupart)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 127

Hérnias Inguinais:
❖ Representam 3 /4 das hérnias abdominais. Cerca de 86% delas ocorrem
nos homens.
❖ São a saída (protrusão) do peritônio parietal e das vísceras através de
uma abertura da cavidade pertencente.

Características Direta (Adquirida) Indireta (Congênita)


Fraqueza da Parede Permeabilidade do processo
Fatores Abdominal Anterior (fáscia vaginal (evaginação do
Predisponíveis transversal) no Trígono de peritônio), lateralmente aos
Hesselbach. vasos epigástricos inferiores.
Menos Comum (1/3 a ¼) Mais Comum (2/3 a 3/4)

Frequência Geralmente, Geralmente,


Homens acima dos 40 anos Jovens, grande maioria
e idosos. homens.
Passa ao redor do canal
inguinal ou atravessa Atravessa dentro do canal
Trajeto somente o terço medial do inguinal.
canal.
Através do anel superficial, Através do anel superficial
Saída da Parede lateral ao funículo. dentro do funículo.
Abdominal Anterior Raramente entra no Comumente entra no
escroto. escroto.
Mais aguda.
Mais branda.
Frequentemente sintomática
Sintomas Menos sintomática e pouco
e associada a
associada a complicações.
complicações.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 128

PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR


MÚSCULOS

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 129

MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


(proximal) (distal) ZAÇÃO (motora) (principal)

Processos Transversos Flexão da Coxa e


Psoas e Laterais do Corpos Ramos anteriores Tronco e
Maior das Vértebras do Nn. L1 à L3 Estabilização do
(T12- L5) Trocanter Tronco
• Fossa Ilíaca Menor A. e V. Flexão da Coxa e
• Asa do Sacro
Ilíaco • Lig. Sacroilíacos
Iliolombar N. Femoral Estabilização do
Quadril
anteriores
Margem Inferior da Extensão, Fixação e
Quadrado Ramos anteriores
Costelas e Processos Crista Ilíaca flexão da Coluna
do Lombo do Nn. T12 à L4
Transversos Lombares Vertebral

DIAFRÁGMA
Divisória Musculotendínea (separa o tórax do abdome) com face
convexa voltada para cima. É o principal músculo da Respiração (da
inspiração, pois a expiração é passiva). É dividido em 3 partes:

✓ Esternal: fixa-se ao processo xifoide do esterno por 2 alças musculares.


✓ Costal: Fixa-se às costelas para formar as cúpulas (direita e esquerda).
✓ Lombar: forma os pilares musculares que fixam o músculo à coluna
vertebral.

Os pilares do diafragma (direito e esquerdo), fixam-se anteriormente aos


corpos das 3 primeiras vértebras lombares.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 130

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
Irrigação
•Parte superior: Aa. pericárdicofrênica e musculofrênica, ramos da A.
Torácica Interna, e Aa. Frênicas Superiores (ramos da parte torácica da
aorta).
•Parte Inferior: Aa. frênicas inferiores (ramos da aorta abdominal)
Drenagem
•Parte Superior: Vv. pericárdicofrênica e musculofrênica, que
desembocam nas Vv. torácicas internas. Do lado direito, há a v. frênica
superior, a qual drena para a VCI.
•Parte Inferior: Vv. frênicas inferiores (desembocam na VCI)
Inervação
•Motora: Nn. frênicos direito e esquerdo
•Sensitiva: Nn. frênicos. Nas partes periféricas, nn. intercostais e subcostal
(12º intercostal).

ABERTURAS E ESTRUTURAS QUE TRANSITAM


Forame da Veia Cava: “CANICO”
•VCI
•N. Frênico Direito

Hiato Esofágico: “ESOVAGO”


• Esôfago
• Troncos Vagais (anterior e posterior)
• Obs.: Forma a 3ª constrição (diafragmática) do
esôfago.

Hiato Aórtico: “AORTORÁCICO/aortorázigo*”

• A. Aorta.
• Ducto torácico
•*

*Obs.: V. Ázigo e V. Hemiázigo podem ser encontradas passando por dentro


do Hiato Aórtico

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 131

Soluços:
São contrações involuntárias do diafragma, causam inspirações
súbitas cessadas pelo fechamento da glote. São causados por
irritação de centros bulbares do tronco encefálico (quem controla os mm.
da respiração). São o resultado, por exemplo, de indigestão (distensão do
estômago provocada pela ingestão de grande quantidade de alimentos,
de bebidas carbonatadas, como os refrigerantes), da deglutição de ar,
irritação do diafragma, alcoolismo, lesões cerebrais ou do tronco do corpo,
todas as quais perturbam os nn. Frênicos.
O site Drauzio Varella traz as seguintes recomendações para episódios esporádicos de soluços:

✓ Prenda a respiração por alguns segundos;


✓ Engula uma porção de açúcar cristal (uma colher de chá), miolo de pão ou gelo moído;
✓ Chupe uma fatia de limão (sem beber tequila);
✓ Respire repetidamente dentro de um saco de papel;
✓ Faça gargarejos com água;
✓ Puxe sua língua para provocar reações de vômito;
✓ Coce o céu da boca com um cotonete de algodão;
✓ Suspenda a úvula (campainha da garganta) com uma colher de chá;
✓ Erga os joelhos até o peito e incline-se sobre eles.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 132

PERITÔNIO E CAVIDADE PERITONEAL


Peritônio é uma membrana serosa, transparente, brilhante e
escorregadia que reveste a cavidade abdominopélvica e vísceras. É dividido
em 2, parietal e visceral:

❖ Peritônio Parietal:
Reveste a face interna da parede abdominopélvica. Possui as mesmas
estruturas neurovasculares da parede que reveste. É sensível à dor, pressão,
calor, frio e laceração. A dor é bem localizada.

❖ Peritônio Visceral:
Reveste as vísceras. Possui mesmas estruturas neurovasculares do órgão. É
insensível ao toque, calor, frio e laceração. A dor é mal localizada.

Obs.: Um exemplo disso é o início da apendicite, a qual afeta, inicialmente,


apenas o Mesoapêndice (peritônio visceral do órgão). Em função disso, no
início, a dor é mal localizada. Posteriormente, quando a inflamação chega ao
peritônio parietal, a dor torna-se mais localizada.

RELAÇÃO ENTRE VÍCERAS E PERITÔNIO


➢ Intraperitoneais:
• Órgão completamente revestidos por peritônio.
• São eles:
✓ Estômago
✓ Baço
✓ Intestino delgado (exceto duodeno)
✓ Cólon Sigmoide e Transverso
✓ Fígado
✓ Vesícula Biliar.

Obs.: Intraperitoneal, nesse caso, não significa dentro da cavidade peritoneal


(embora o termo seja usado clinicamente para designar substâncias injetadas
nessa cavidade). Esses órgãos são chamados intraperitoneais por serem
REVESTIDOS por peritônio. A exceção é o ovário, que é intraperitoneal por estar
dentro dessa cavidade, porém não é revestido pelo mesmo [Moore].

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 133

➢ Extraperitoneais (retroperitoneais, infra/subperitoneais):


Apenas parcialmente revestidos parcialmente por peritônio. Para
memorizar os componentes, sigla SAD PUCKER dos órgãos retroperitoneais.
Concedida por LoDEUS.

•Suprarrenais
S
•Aorta e Grandes Vasos
A
•Duodeno (2ª, parte da 3ª e 4ª porções)
D

•Pâncreas
P
•Ureter
U
•Cólon (Ascendente e Descendente)
C
•Kidneys
K
•Esôfago
E
•Reto
R

➢ Infraperitoneais:
• Bexiga cheia, próstata, vagina.
➢ Pré-peritoneais:
• Bexiga vazia

FORMAÇÕES PERITONEAIS
➢ Mesentério:
Recentemente foi considerado um novo órgão. Porém, ainda será
abordado como parte do Peritônio.

É uma dupla camada de peritônio. Continuação dos peritônios parietal


e visceral. Proporciona, entre outras funções, comunicação neurovascular
entre órgão e parede do corpo.

Há mesentérios relacionados a partes específicas do trato alimentar, como:

✓ Mesentério do Intestino Delgado: essa parte costuma ser chamado


simplesmente de “mesentério”.
✓ Mesocólos Transverso e Sigmoide
✓ Mesoesôfago
✓ Mesogástrio
✓ Mesoapêndice

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 134

Os mesentérios possuem sangue, vasos linfáticos, linfonodos, nervos e gordura.

➢ Omento ou Epíplon:

Extensão de peritônio. Faz comunicação entre órgãos adjacentes.

Existem 2 Omentos (maior e menor):

Omento Maior/ Epíplon Maior/ Avental Epiploico:


Prega peritoneal proeminente composta por 4 camadas, 2 anteriores e
2 posteriores.

Trajeto
A parte anterior sai da curvatura maior do estômago e da parte
proximal do duodeno → desce, como um avental → dobra-se e sobe → para
fixar-se na superfície anterior do colo transverso e seu mesentério.

Composto por
Ligamento Gastrocólico: é o principal ligamento do Omento maior, como o
nome já diz, sai do estômago para o cólon (transverso).
Ligamento Gastrofrênico: entre estômago (gastro) e diafragma (frênico).
Ligamento Gastroesplênico: entre estômago (gastro) e baço (esplênico).
Funções
✓ Proteção
✓ Isolamento térmico
✓ Ajuda na recuperação de lesões ou inflamações. Pode se deslocar e ser
encontrado fora do seu lugar normal em caso de alguma patologia
adjacente ao “avental”.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 135

Omento Menor/ Epíplon Menor:


Prega peritoneal muito menor que o Omento maior.
Trajeto
Curvatura Menor do estômago e parte proximal do duodeno ↔ fígado.

Composto por
Ligamento Hepatogástrico: vai do fígado à curvatura menor do estômago
Ligamento Hepatoduodenal: vai do Fígado à porção proximal do duodeno.
Esse ligamento contém a tríade porta – ducto colédoco, artéria hepática, veia
porta. Logo, é um pedículo vascular importante.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 136

➢ Ligamentos Peritoneais:
Dupla camada de peritônio que une um órgão ao outro ou à parede
abdominal. São exemplos:
✓ Ligamento Hepatogástrico: Liga o fígado à curvatura menor do
estômago
✓ Ligamento Hepatoduodenal: Liga o fígado à porção proximal do
duodeno. Dá passagem à tríade portal: veia porta, artéria hepática e
ducto colédoco.
✓ Ligamento Gastrofrênico: Liga a porção do fundo do estômago à
porção inferior do diafragma.
✓ Ligamento Gastroesplênico: Liga a região lateral esquerda do
estômago ao baço. Contém: aa. Gástricas Curtas e Gastroepiploica E
✓ Ligamento Gastrocólico: Liga curvatura maior do estômago ao cólon
transverso e seu mesentério. Semelhante a um avental, compõe o
Omento maior (Avental Epiploico).
✓ Ligamento Esplenorrenal: Liga baço ao Rim. Contém: a. Esplênica e
cauda do pâncreas
✓ Ligamento Frenoesplênico: Liga o diafragma ao baço.
✓ Ligamento Coloesplênico: Liga o cólon à flexura esplênica do cólon
transverso.
✓ Ligamento Pancreaticocólico: Liga cauda do pâncreas ao cólon
transverso(parte posterior de sua flexura esplênica).

SUBDIVISÕES DA CAVIDADE PERITONEAL


A cavidade peritoneal é dividida em sacos peritoneais Maior e Menor:

➢ Saco Maior (Cavidade Peritoneal):


É subdividido em Compartimentos Supracólico e Infracólico pelo Mesocolo
Transverso:

Obs.: Os compartimentos Supracólico e Infracólico comunicam-se livremente


por meio dos Sulcos Paracólicos ou Goteiras Parietocólicas. Situam-se
posterolateralmente aos colos ascendente e descendente, entre esses e a
parede abdominal.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 137

➢ Saco Menor / Bolsa Omental / Retrocavidade dos


Epíplons:
É uma cavidade semelhante a um saco, situada posteriormente ao
estômago, a qual permite sua livre movimentação. Sua localização pode ser
compreendida por seus limites:
✓ Anterior: Omento menor(ligamentos Hepatogástrico e
Hepatoduodenal)
✓ Posterior: Peritônio Posterior
✓ Superior: Camadas posteriores do Ligamento coronário do fígado e
Diafragma.
✓ Inferior: Estômago e duodeno.
✓ Lateral: Forame Omental, Epiploico ou de Hiato de Winslow, que é
por onde ocorre a comunicação com o Saco Peritoneal (saco
maior)
✓ Medial: Curvatura Menor do Estômago.

• Forame Omental / Hiato de Winslow:


Faz a comunicação entre Saco Maior e Saco Menor.

Obs.: O forame, pelo seu tamanho, geralmente admite a passagem de dois


dedos.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 138

Limites do Forame Epiploico:


✓ Anterior: Ligamento Hepatoduodenal
✓ Posterior: VCI
✓ Medial: Bolsa Omental = Saco Menor = Retrocavidade dos Epíplons
✓ Lateral: Cavidade Peritoneal = Saco Maior
✓ Inferior: 1ª parte do duodeno = Parte superior do duodeno
✓ Superior: Fígado

ACESSOS CIRÚRGICOS
✓ Pequeno Epíplon
✓ Grande Epíplon (Lig. Gastrocólico ou Mesocolo Transverso)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 139

VÍCERAS ABDOMINAIS
ESÔFAGO
É um tubo muscular em média com 25cm de comprimento e 2cm de
diâmetro. Inicia após a faringe e termina no estômago. O seu terço superior é
constituído por m. estriado esquelético; o terço médio, por m. estriado
esquelético e m. liso e o terço final, apenas por m. liso

➢ Constrições (3):
1. Cervical(esfíncter superior
do esôfago): É causada
pela parte cricofaríngea
do Músculo Constritor
Inferior da Faringe
2. Broncoaórtica (torácica):
O esôfago é comprimido
pelo arco da aorta e pelo
brônquio esquerdo.
Podem ser consideradas
duas.
3. Diafragmática: esfíncter
esofágico inferior (impede
o refluxo gástrico), é o
local do hiato esofágico
do diafragma.

Obs.: Não é possível visualizar


essas constrições no esôfago vazio. Quando o órgão se expande, as estruturas
citadas comprimem suas paredes.
➢ Vascularização:
Irrigação
•Parte Cervical: Ramos. da A. Tireóidea inferior (ramo do Tronco Tireocervical da a. Subclávia)
•Parte Torácica: Ramos diretos da A. Aorta
•Parte Abdominal: A. Gástrica esquerda (ramo do tronco celíaco, a qual também irriga a
curvatura menor do estômago) e A. Frênica inferior esquerda

Drenagem
•Parte Cervical: Vv. tributárias das Vv. Tireóideas inferiores (R. das Vv. Braquiocefálica)
•Parte Torácica: Ramos Diretos da A. Aorta. A drenagem é feita diretamente pelo Sistema
Ázigo (Vv. Ázigo + hemiázigo + hemiázigo acessória + intercostais)
•Parte Abdominal: Vv. Gástricas (drenam para sistema porta); obs: varizes esofágicas são
resultado de um fluxo retrógrado da v. porta em direção aos ramos esofágicos das vv.
gástricas

Inervação
•Plexo Esofágico (N. Vago)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 140

ESTÔMAGO
Inicia após o esôfago e termina no bulbo do duodeno. É uma parte
expandida do trato digestório.

❖ Realiza digestão química (enzimática) e mecânica.


❖ A massa de alimentos é convertida no quimo, o qual vai para o
duodeno.
❖ Vazio, é um pouco mais calibroso que o intestino grosso; cheio, pode
conter 2 a 3 litros de alimento.
❖ Contraído, possui no seu interior as pregas gástricas; distendido, elas
somem.

➢ Posição, Partes e Relações:


Geralmente, em decúbito dorsal o estômago está na posição da imagem A.
Porém, formato e posição podem ser diferentes conforme os biótipos, posições
e movimentos dos indivíduos, como na imagem B.

➢ Partes do Estômago (4):


Cárdia: circunda o óstio cárdico (entrada do estômago). Contém esfíncter
fisiológico (conceito funcional, pois não há estrutura anatômica que indique).
Porém, há a válvula de Von Gubaroff, na região do ângulo de Hiss (incisura
cárdica), que oclui a cárdia

Fundo: parte superior dilatada. Pode se expandir por gás, líquido, alimentos ou
sua combinação.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 141

Corpo: parte principal do


estômago. Contém, próximo à
curvatura menor, o Canal Gástrico
(Corredeira de Magenβtraussen¿),
caminho percorrido pelos líquidos,
diretamente ao Antro.

Parte Pilórica: possui uma parte


mais larga, o Antro Pilórico, que
leva ao canal pilórico, que em seu
final está o piloro, esfíncter
anatômico do estômago. Essa
região realiza a peristalse gástrica,
contrações em intervalos
irregulares que gradativamente
ejetam o quimo para dentro do
duodeno.

➢ Relações do Estômago:
É recoberto por peritônio. Inferiormente (de sua curvatura maior): Colo
Transverso. Medialmente: Bolsa Omental, bem como o Omento menor.
Superiormente: diafragma. Posterolateralmente: Baço, Rim Esquerdo.
Posteriormente: Cauda do Pâncreas.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 142

➢ Vascularização:

Irrigação
•Curvatura menor: Aa. Gástricas esquerda (ramo do tronco celíaco) e direita (ramo da A.
Hepática própria.
•Curvatura Maior: Aa. Gastromentais ou Gastroepiploicas esquerda (ramo da A.
Esplênica) e direita (ramo da A. Gastroduodenal).
• aa. gástricas curtas + a. gástrica superior (ramos da A. Esplênica)

Drenagem
•Curvatura Menor: Vv. Gástricas esquerda e direita (ramos da veia porta).
•Curvatura Maior: Vv. Gastromentais (ou Gastroepiploicas) esquerda (ramo
da v. esplênica) e direita (ramo da V. tributária do colo transverso, que é
ramo da mesentérica superior).
•vv. gástricas curtas (ramos da v. esplênica)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 143

Inervação
•Parassimpática: Troncos vagais anterios (ramo do N. Vago Esquerdo) e
posterior (ramo do N. Vago Direito) + Plexo celíaco
•Simpática: Plexo Celíaco (N. Esplâncnico maior)
•Resumidamente, ramos dos Nn. Vagos (PC X) – N.
pneumocardiogastroentérico.

INTESTINO DELGADO
É o principal local de absorção
dos nutrientes. Inicia após o piloro e vai
até a junção ileocecal. É formado pelo
Duodeno, Jejuno e Íleo.

➢ Duodeno:
Seu nome provém de do latim, que significa “largura de 12 dedos”. Possui
25cm e faz um trajeto de “C” em volta da cabeça do Pâncreas. É dividido em
4 partes:

Superior: Possui em torno de 5cm. É onde inicia o duodeno, logo após o piloro.
Seus primeiros 2cm são chamados de Ampola ou Bulbo do Duodeno. Acima
estão localizados o fígado e a vesícula biliar. Nessa parte, é fixado o ligamento
Hepatoduodenal. Anteriormente, é coberto por peritônio e posteriormente
não, com exceção da ampola.
Descendente: Segue inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do
pâncreas. Totalmente Retroperitoneal. É onde desembocam as papilas
menores (local de saída do ducto pancreático acessório - de Santorini) e
maior (local de saída do ducto pancreático principal – de Wirsung – e onde
fica o esfíncter hepatopancreático – de Oddi).
Inferior/Horizontal: Segue transversalmente para a esquerda, passando anterior
à VCI e A. Aorta e inferior à a. mesentéria superior (forma a pinça aorto-mesentérica –
abordada mais a frente). Superiormente, está a cabeça do pâncreas e seu processo
uncinado (também estão na pinça aorto-mesentérica, junto com essa porção do duodeno)
Ascendente: Segue superiormente e ao lado esquerdo da aorta abdominal
para chegar à margem inferior do corpo do Pâncreas. Nesse local se curva
anteriormente, formando o ângulo de Treitz/flexura duodenojenunal, o(a) qual
é suspenso(a) pelo Músculo Suspensor do duodeno (Ligamento de Treitz), que
auxilio o movimento do conteúdo intestinal.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 144

Irrigação
•Ramos do Tronco Celíaco: A. gastroduodenal (ramo da a. hepática
comum) e Aa. Pancreático-duodenais Superiores anterior e posterior
(ramos da A. Gastroduodenal)
•Apenas um ramo da A. Mesentérica Superior: A. pancreático-duodenal
inferior, a qual se divide em anterior e posterior e se anastomosa com as
duas pancreático-duodenais superiores, vinda da A. Gastroduodenal

Drenagem
•Vv. Pancreático-dudenais Superiores (anterior e posterior) e Vv.
Pancreático-duodenais inferiores (anterior e posterior), todas elas ramos
da V. Mesentérica Superior, a qual se junta com a veia esplênica (que se
une com a mesentérica inferior) para formar a veia porta, a qual
desemboca no espaço porta do fígado, juntamente da A. Hepática e do
ducto colédoco por meio do ligamento Hepatoduodenal.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 145

➢ Jejuno e íleo:
O jejuno inicia na flexura duodenal (ângulo de Treitz), e termina, sem
demarcação definida no íleo (que vai até à junção ileocecal). Juntos
possuem entre 6 e 7 metros. O jejuno representa 40% e o íleo 60% do
comprimento. A maioria do jejuno está no Quadrante Superior Esquerdo (QSE)
e o íleo no Quadrante Inferior Direito (QID). Possuem o Mesentério do Intestino
Delgado, ou apenas Mesentério. É uma prega de peritônio em forma de leque
que fixa o órgão à parede abdominal posterior. Além disso, ele faz a
comunicação neurovascular do órgão. A raiz do mesentério estende-se do
ângulo de Treitz, descendo obliquamente até a junção ileocólica e a
articulação sacroilíaca direita.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 146

Irrigação
•A. Mesentérica Superior irriga o jejuno e o íleo através das Aa. Jejunais e
Ileais. São enviados cerca de 15 à 18 ramos, os quais formam os arcos
arteriais, que dão origem, finalmente, aos vasos retos, os quais irrigam esse
órgão.
Drenagem
•V. Mesentérica Superior

INTESTINO GROSSO
É o local onde ocorre, principalmente, a absorção de água, formando
as fezes semissólidas. É distinguido do Delgado por possuir:

✓ Apêndices Omentais / Epiploicos do Colo: pequenas projeções


adiposas, “brincos de gordura”.
✓ Tênias do Colo:
1. Tênia Mesocólica: fixa-se aos mesocolos transverso e sigmoide.
2. Tênia Omental: fixa-se aos apêndices Omentais.
3. Tênia Livre: Não está fixada á mesocolos nem aos apêndices
omentais. É “livre”.
✓ Bolsseaduras ou Saculações: “Formam, literalmente, sacos”. São
expansões da parede do colo entre as tênias.
✓ Haustrações: Pregas musculares semicirculares que auxiliam na
movimentação do alimento no intestino grosso. Haustrações também o
nome dado aos movimentos realizados por essas pregas, as quais
tornam possível virar o alimento, fazendo com que todas partes do
mesmo tenham contato com as paredes do órgão, para uma melhor
absorção.
✓ Calibre Maior que o intestino delgado.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 147

✓ É formado por Ceco, Apêndice Vermiforme, Colos (ascendente,


transverso, descendente, sigmoide) e Reto.

➢ Ceco e Apêndice Vermiforme: 1ª parte do intestino grosso.


O Ceco é o local de onde inicia o intestino grosso e
termina o delgado, no óstio ileal, o qual contém a Papila Ileal
(Válvula de Bauhin), que impede o refluxo do ceco para o
íleo. Possui, em média, 7,5 cm de comprimento e é contínuo
com o colo ascendente. É envolvido por peritônio e está fixo
à parede abdominal pelas Pregas Cecais. Pode ser palpado
quando está dilatado.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 148

O apêndice Vermiforme está posteromedial à parte inferior do ceco. É


encontrado na junção das 3 tênias. Possui mesentério, o Mesoapêndice. Possui
fundo cego (6 à 10cm de comprimento), massas de tecido linfoide e o
diâmetro de seu óstio é semelhante ao de uma semente de uva.

Irrigação
•A. Iliobicecoapendicocólica
(a. Ileocólica), ramo termina
da AMS. É composta por:
• Ramo ileal
• 2 Ramos cecais (anterior e
posterior)
• Ramo apendicular (irriga o
apêndice)
• Ramo que forma a a. cólica
ascendente.
•A a. ileocólica e seus ramos
formam o Arco de Treves nessa
região.

➢ Colo Ascendente: 2ª parte do intestino grosso.


Vai do Ceco á Flexura Direita (Hepática) do Colo. Fixo, pois NÃO apresenta
mesentério (apenas 25% das pessoas têm um mesentério curto nessa região). É
Retroperitoneal (apenas recoberto anterior e lateralmente). Ao seu lado direito
está o sulco paracólico (goteira parietocólica) direito.

Irrigação
•Aa. Ileocólica e Cólica Direita, ramos da AMS

➢ Colo Transverso: 3ª parte do intestino grosso.


Vai da flexura direita (hepática) do colo à flexura esquerda (esplênica)
do colo. É a parte mais longa e mais móvel do intestino grosso (pois possui
Mesentério - Mesocolo transverso). Está localizada intraperitonealmente e fixo
à parede posterior do Omento maior (lig. Gastrocólico), local onde prende-se,
também, o Mesocolo Transverso. O Colo Transverso está fixo, também, ao
diafragma pelo ligamento frenocólico.

Irrigação
•A. Cólica Média, ramo da AMS. Também pode receber sangue das Aa. cólicas
direita e esquerda por meio de arcos anastomóticos (formam o arco justacólico,
também chamado de A. marginal de Drummond ou Arcada de Riolan)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 149

➢ Colo Descendente: 4ª parte do intestino grosso.


Fica entre a flexura esquerda (esplênica) do colo e vai até a fossa ilíaca
esquerda, onde inicia o colo Sigmoide. É Retroperitoneal (apenas recoberto
anterior e lateralmente). Está Fixo, pois não apresenta mesentério (apenas 33%
das pessoas têm um mesentério curto nessa região). Ao seu lado esquerdo
está o sulco paracólico (goteira parietocólica) esquerdo.
Irrigação
•A. Cólica Esquerda, ramos da AMI. Também pode receber sangue pelo arco
anastomótico justacólico / de Drummond / de Riolan

➢ Colo Sigmoide: 5ª parte do intestino grosso.


Localização Intraperitoneal. É móvel, pois apresenta Mesentério (Mesocolo
Sigmoide). A raiz do mesocolo sigmoide apresenta fixação em forma de V
invertido. Posterior à ela, retroperitonealmente, transitam ureter e bifurcação
dos vasos ilíacos comuns esquerdos. Os apêndices omentais e tênias do colo
desaparecem nessa região conforme ocorre a transição para o Reto.
Irrigação
•A. Sigmóideas (superior, média e inferior), ramos da AMI.

Obs.: Nesse Local ocorre o Ponto Crítico de Sudeck. Essa região, foco de
isquemias em função irrigação deficitária pela ausência de circulação
colateral, está entre as Aa. Sigmoidea Inferior (3ª) e Retal Superior.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 150

➢ Reto e Canal Anal: parte terminal fixa;


parte pélvica do tubo digestório.

• Reto (Canal Anal na Próxima Página)

Inicia na junção retossigmoide e vai até à flexura anorretal.

Flexuras: Sacral (acompanha a curvatura do sacro) e Anorretal (no seu início


começa o canal anal). Há 3 flexuras laterais (superior, intermediária e inferior -
2 do lado esquerdo, 1 no direito).

Ampola do Reto: Fica logo acima do canal anal. É nesse local que se
armazenam as fezes até a defecação. Possui grande capacidade de
relaxamento para acomodar e manter a continência fecal.

Irrigação do Reto e Canal Anal


•Aa. Retal superior (ramo da A.M.I. - ramo da aorta abdominal)
•Retal Média ( ramo da a. Ilíaca Interna)
•Retal Inferior (ramo da a. pudenda interna, que é ramo da a. ilíaca interna)
• Canal Anal

Inicia na alça em formato de “U” feito pela parte Puborretal do m. Levantador


do Ânus e vai até o ânus. Além do Puborretal, há outros 2 músculos:

m. Esfíncter Interno do ânus m. Esfíncter Externo do ânus


Involuntário – m. Liso Voluntário – m. Estriado Esquelético
2/3 Superiores do Canal 2 /3 Inferiores do Canal
Profundo; Mais próximo e envolvido ao canal Superficial

Obs.: O interno é mantido em contração tônica para manter a continência fecal.


Entretanto, quando a ampola do reto relaxa após distensão, é necessária a ação
(contração) do externo para que não ocorra defecação nem flatulência.
Posteriormente, o interno volta a contrair, a não ser que a ampola do reto esteja no
seu limiar de dilatação.

Obs. 2: O m. Esfíncter Externo é divido em 3 partes: Prof., Superf. e Subcutânea.

O canal é dividido pela Linha Pectinadaem duas partes: Superior e Inferior.

• Superior:
✓ Epitéllio Colunar Simples
✓ Derivada do Endoderma
✓ Vascularização: a. e v. Retal Superior (drenagem para o Sistema Porta)
✓ Inervação Autônoma (Plexo Hipogástrico Superior), por isso o músculo Esfincter
Interno é Involuntário
✓ Hemorroidas Internas (as Externas ocorrem na parte Inferior). Essa hemorroidas
são Pouco dolorosas, visto que nesse local a inervação é autônoma, o que
torna a sensibilidade do tipo visceral (má localização e intensidade da dor)
✓ Drena para Linfonodos Pré-Aórticos

-------------[LINHA PECTINADA = Linha Mucocutânea (derivada da Membrana Anal)]-----------

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 151

• Inferior:
✓ Epitéllio Escamoso Estratificado
✓ Derivada do Ectoderma
✓ Vascularização: aa. e vv. Retal Média e Inferior (drenagem Sistêmica)
✓ Inervação Somática (n. Retal Inferior  n. Pudendo  Plexo Sacral), por isso o m.
Esfíncter EXTERNO é VOLUNTÁRIO
✓ Hemorróidas Externas (as Internas, parte Superior). Essa Hemorróidas são muito
Dolorosas, pois nesse local a inervação é Somática, o que torna a sensibilidade
do tipo somática (boa localização da dor e boa sensibilidade dolorosa e
térmica)
✓ Drenagem para Linfonodos Inguinais Superficiais

Inervação do Reto e Canal Anal


• Parte Superior: Plexo Hipogástrico (Autonômica/Visceral)
• Parte Inferior: n. Retal Inferior (Somática, ramo do n. Pudendo - Plexo Sacral): Inervação
motora e sensitiva, por isso condições dolorosas causam espasmos musculares.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 152

❖ Estruturas Importantes:
✓ Colunas Anais (de Morgagni): contém ramos vasculares.
✓ Válvulas Anais: ficam na porção mais inferior das colunas anais.
Possuem Seios Anais, os quais contém glândulas mucosas.
✓ Seios Anais: Ficam dentro das Válvulas anais. Possuem glândulas
mucosas, as quais liberam muco para auxiliar na evacuação.
✓ Criptas ou Papilas Anais: Local de desembocadura dos ductos
das Glândulas anais (as quais estão nos seios anais).
✓ Linha Pectinada: Acima dela há epitélio colunar simples,
originado do Endoderma. Abaixo dela, epitélio estratificado
escamoso, originado do Ectoderma.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 153

DRENAGEM DO INTESTINO GROSSO


Drenagem para a V. Mesentérica Superior: Vv. Ileocólica (drenam a região do
Ceco e Apêndice + Colo Ascendente) + Vv. Cólica direita (drenam o
Apêndice e Ceco + Colo Ascendente) + Cólica média (drena o colo
transverso).
Drenagem para a V. mesentérica Inferior: Vv. Cólicas esquerdas (drenam o
Colo Descendente) + Sigmóidea e Retossigmóidea + Retais superiores
esquerda e direita (drenam o Colo Sigmoide e Reto). O canal anal é drenado
pelo plexo venoso retal interno, o qual drena para as Vv. Retais superior e
inferior.

BAÇO
➢ Morfologia:
• Tamanho aproximado de uma mão fechada. Possui em
média 12 cm de comprimento e 7 de largura. Seu peso médio é
de 150g.
• É o órgão abdominal mais vulnerável, pois é frágil e pode
sofrer rompimento. Pancadas ou processos patológicos como a
doença mononucleose podem deixar o baço aumentado (até
3x maior). Quando aumentado, pode ser palpado inferiormente
à margem costal esquerda.
• Formato parecido com a cúpula de um cogumelo
basidiomiceto. Tem um formato oval: superiormente é convexo
para se encaixar no diafragma (face diafragmática) e
inferiormente é mais plano, onde possui as áreas gástrica, cólica
e renal, e, entre elas, está o Hilo.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 154

• Sua cor é arroxeada. Possui em média 12 cm de comprimento e 7 de


largura. Seu peso médio é de 150g.
• É Intraperitoneal. É revestido por camada de peritônio visceral.
• É fixado pelos ligamentos Gastroesplênico e Esplenorrenal, os quais contém
vasos, e pelo ligamento esplenocólico.

➢ Localização:
Está no Hipocôndrio Esquerdo. Suas
relações são:
✓ Superior à flexura esplênica do colo.
✓ Lateral ao rim esquerdo.
✓ Posterior ao estômago.
✓ Inferoanterior à parte esquerda do
diafragma.
➢ Funções:
• Maior órgão linfático do corpo, participa do sistema imune e produz
linfócitos.
• Antes do nascimento é um órgão hematopoiético (formador de
sangue). Após o nascimento, participa da remoção e destruição de
componentes do sangue, como hemácias velhas.
• Atua como reservatório de sangue e pode transferi-lo ao corpo
quando necessário.

Obs.: Apesar dessas funções úteis e importantes, o Baço NÃO é um órgão vital.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 155

Irrigação
•A. Esplênica (maior ramo do Tronco Celíaco). Essa artéria dividi-se em 5 ou mais ramos que
entram no hilo esplênico.
Drenagem
•V. Esplênica (segue posteriormente ao pâncreas. Recebe a VMI e, posteriormente, une-se à
VMS para formar a v. Porta).

FÍGADO
Possui 1,5 kg. É a maior glândula do corpo e o 2º maior órgão (só
perde para a pele). Sua cor é marrom avermelhado ou rosado. É onde
todos os nutrientes (menos a gordura) absorvidos na digestão são
levados e metabolizados (chegam pela v. porta). Realiza diversas
funções metabólicas (absorção, formação, desintoxicação...),
armazena glicogênio e secreta bile.

➢ Localização:
O fígado, em condições normais, está localizado, majoritariamente, no
hipocôndrio direito e no epigástrio superior. Uma parte se estende até o
hipocôndrio esquerdo. O fígado está localizado:
✓ Superiormente ao recesso sub-hepático.
✓ Antero-superiormente ao recesso hepatorrenal (bolsa de
Morison).
✓ Póstero-inferiormente ao recesso sub-frênico, o qual é divido em
direito e esquerdo pelo ligamento falciforme.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 156

➢ Morfologia:
Relações Peritoneais: O fígado é recoberto por peritônio, que nesse local é
chamado de Cápsula de Glisson. Os locais sem o envolvimento da Cápsula
de Glisson (peritônio) são a Área nua e a fossa da vesícula biliar (o peritônio
engloba exteriormente a vesícula, deixando a fossa sem peritônio).

Ápice do Fígado: Extremidade esquerda.

Faces:

Diafragmática: Anterior, Superior e pequena parte Posterior. É convexa e lisa,


possui forma de cúpula que se encaixa no diafragma, o qual fica logo acima.

Visceral: Posteroinferior (principalmente inferior). É côncava e contém fissuras e


impressões do contato com outros órgãos; ali encontra-se a vesícula biliar, o
“H” hepático e a tríade porta.

Área nua: localizada póstero-superiormente, entre os ligamentos coronário e


triangulares. Nessa área transita a VCI em seu sulco. Chamada de nua pois
não tem peritônio.

➢ Ligamentos:
Ligamento Coronário
•Situa-se Superior e posteriormente. Delimita a área nua e fixa: Fígado ↔ Diagragma e Retroperitônio.

Ligamentos Triangulares (direito e esquerdo)


•São o encontro das lâminas do ligamento coronário. Revestem as partes triangulares da área nua. O esquerdo situa-se
supero-medialmente e o direito ínfero-lateralmente.
Ligamento Redondo do Fígado
•Remanescente da veia umbilical. Fixa: Fígado ↔ Umbigo.

Ligamento Venoso
•Remanescente do Ducto Venoso, o qual conectava a veia umbilical à VCI.

Ligamento Falciforme
•Situado anteriormente, ele faz a divisão entre lobo esquerdo e direito, bem como divide o recesso subfrênico em direito e
esquerdo. Fixa: Fígado ↔ Parede Abdominal Anterior.
Ligamento Hepatoduodenal
•Fixa: Fígado ↔ Duodeno (1ª porção). Situa-se abaixo da vesícula biliar, contendo a tríade porta. É limite anterior do forame
omental (Hiato de Winslow).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 157

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 158

➢ Lobos Anatômicos:
O fígado é dividido em dois lobos anatômicos (esquerdo e direito) e
dois lobos acessório (quadrado e caudado). Os acessórios não são
verdadeiros, são apenas superficiais, definidos por estruturas externas.
▪ O lobo direito (grande) e o lobo esquerdo (muito menor) são
separados pela Fissura Sagital Esquerda (umbilical) e pela
fixação do ligamento falciforme.
▪ Os lobos quadrado e caudado situam-se entre as fissuras sagitais
esquerda e direita, e são separados pela porta do fígado. O
quadrado fica anterior e o caudado posterior.

➢ Subdivisão Funcional:
Existe uma divisão em Duas
partes independentes do ponto vista
funcional (direita e esquerda). Cada
parte recebe ramo primário próprio da
a. hepática e v. porta, bem como são
drenadas pelo seu próprio ducto
hepático. Na divisão funcional, as duas
partes possuem tamanhos
semelhantes, sendo a direita apenas
um pouco maior.
A divisão funcional ocorre pela
Linha de Cantlie.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 159

➢ Segmentos Hepáticos:
O fígado ainda pode ser dividido em 8 segmentos. Eles cirurgicamente
ressecáveis e independentes.

✓ O I Segmento é o Lobo
Caudado. Ele pode
também pode ser
chamado de lobo de
Spiegel. Esse lobo é
independente, é
diretamente ligado à VCI.
✓ São drenados pelas Vv.
Hepáticas:
• Esquerda: II, III e
IV
• Medial: IV, V e VIII
• Direita: V, VI, VII e
VIII

✓ Os IV, V e VIII segmentos


são drenados por mais de uma V. Hepática.

Os Segmentos seguem a seguinte terminologia:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 160

➢ Vascularização:

Irrigação
•V. Porta:
• É responsável por 75 à 80% do sangue que chega ao fígado.
• Traz o sangue com os nutrientes absorvidos do sistema digestório, com exceção dos lipídios,
que vão para o sistema linfático.
• Sustenta o parênquima (hepatócitos)
• É o resultado da união da VMS e Esplênica.
•A. Hepática Própria:
• É responsável por 20 à 25% do sangue que chega ao fígado.
• Vai para estruturas não parenquimatosas (ductos biliares de dentro do fígado)
• Tem origem no Tronco celíaco, que dá o ramo a. hepática comum, o qual posteriormende
divide-se em a. gastroduodenal e a. hepática própria.

•Elas Chegam ao fígado pelo Lig. Hepatoduodenal, juntamente do ducto colédoco. Na porta
do fígado, divididem-se em ramos esquerdo e direito.
Drenagem
•Vv. Hepáticas:
• Drenam o sangue dos segmentos hepáticos para a VCI.
• São formadas pelos Vv. coletoras e Vv. centrais do parênquima hepático.
• São 3 Vv. hepáticas responsáveis por 7 segmentos (o I drena diretamente para a VCI):
Esquerda (II, III e IV), Média (IV, V e VIII) e Direita (V, VI, VII e VIII).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 161

➢ H Hepático:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 162

➢ Hilo Hepático:

Obs.: O conteúdo do Hilo forma a tríade portal.

Inervação
•Plexo hepático (maior derivado do plexo celíaco)
• O plexo hepático acompanha os ramos da a. hepática e da v. porta
até o fígado. É formado por fibras simpáticas do plexo celíaco e
parassimpáticas dos troncos vagais anterior e posterior. As Fibras nervosas
acompanham os vasos e os ductos biliares.

DUCTOS BILIARES E VESÍCULA BILIAR


Os Ductos e Vesícula participam do processo de condução e
armazenamento, respectivamente, do fígado ao duodeno, onde a bile age
emulsificando gorduras. A bile segue o seguinte trajeto até desembocar no
duodeno pela ampola do Vater:

1. Hepatócitos: secretam a bile para os


2. Canalículos Biliares, que drenam para os
3. Ductos Biliares Interlobulares e, posteriormente, aos Ductos
Biliares Coletores, que formam os
4. Ductos Hepáticos Dir. e Esq., que drenam as partes
funcionais direita e esquerda do fígado. Logo após deixarem
a porta do fígado, unem-se formando o
5. Ducto Hepático Comum, esse que recebe do seu lado
direito o Ducto Cístico (faz a comunicação com a vesícula
biliar) para formar o
6. Ducto Colédoco, o qual se une ao ducto pancreático
principal (de Wirsung), para formar a
7. Ampola Hepatopancreática (de Vater), que contém o
Esfíncter da Ampola (de Oddi), e desemboca na
8. Papila Maior do Duodeno

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 163

• A Bile, em sua maioria, não vem diretamente do fígado, mas da


vesícula biliar, onde ela fica armazenada. Isso ocorre pela existência do
m. esfíncter do ducto colédoco. Esse músculo contrai o ducto e faz a
bile refluir para a vesícula biliar por meio do ducto cístico.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 164

➢ Vesícula Biliar:
Situa-se na fossa da vesícula biliar, na face visceral do fígado. Fica
aderida ao órgão que metaboliza o líquido ingerido nos eventos da atlética
pela Cápsula de Glisson (peritônio), que envolve o Fundo e Corpo da vesícula
biliar. Possui de 7 a 10 cm de comprimento e pode armazenar até 50 mL de
bile. Possui 3 partes:

Fundo: extremidade larga e arredondada que se projeta na margem inferior


do fígado.

Corpo: parte principal e com maior volume. Toca a face visceral do fígado.

Colo: oposta ao fundo, faz uma curva em “S” para unir-se ao ducto cístico.
Possui uma túnica mucosa chamada Prega Visceral, a qual facilita a entrada
e saída de bile pelo ducto cístico. A prega também oferece resistência ao
esvaziamento da vesícula em caso de espirros ou tosse, por exemplo.

Irrigação
•A. Cística (ramo da A. Hepática direita) e Vv. Císticas (drenam para o fígado)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 165

Trígono de Calot:

Limites:
Lateral: Ducto cístico.
Medial: Ducto Hepático Comum.
Superior: Fígado
Conteúdo: A. Cística (ramo da a. hepática direita)

PÂNCREAS
❖ Retroperitoneal (Sad Pucker)
❖ É uma glândula mista (exócrina e endócrina)
❖ Parte endócrina: produz nas ilhotas pancreáticas (de Langerhans)
secreções endócrinas (que irão para o sangue). As células alfa
produzem glucagon e as betas insulina.
❖ Parte exócrina: produz suco pancreático nas Células Acinares, o qual é
liberado no duodeno pelos Ductos Pancreático Principal (de Wirsung) e
Acessório (de Santorini)
➢ Localização:
Posterior ao Estômago
Medial ao Baço
Lateral ao Duodeno (sua cabeça é abraçada por ele).
Anterior à A. Aorta (o processo uncinado de sua cabeça é pinçado pela
AMS contra a aorta, formando a pinça aorto mesentérica juntamente da v.
Renal Esquerda e da 3ª e/ou 4ª parte do duodeno).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 166

❖ É dividido em 4 Partes:
• Cabeça: está envolvida pelo duodeno. Contém o processo
uncinado, projeção da cabeça que fica posterior à AMS. Por ela
passa o ducto colédoco, em um sulco, para unir-se ao ducto de
Wirsung e desembocar no duodeno. Em função disso, o câncer
na cabeça do pâncreas causa obstrução do ducto colédoco. A
cabeça e seus processo uncinado são formadas pelo broto
pancreático ventral.
• Colo: fica superior aos vasos mesentéricos (VMS e AMS).
• Corpo: conecta o colo à cauda.
• Cauda: posterosperiormente passam os vasos esplênicos (a. e v.).
Posteriormente está o rim esquerdo. É relativamente móvel.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 167

➢ Ductos:
Ducto Pancreático Principal (de
Wirsung): Inicia na cauda e vai até a
cabeça do pâncreas, onde une-se o
ducto colédoco para formar a
Ampola Hepatopancreática (de
Vater), para então desembocar na
papila Maior do duodeno (parte
descendente) por meio do Esfíncter
de Oddi (m. esfíncter da ampola
hepatopancreática.)

Ducto Pancreático Acessório (de


Santorini): Desemboca na papila menor do duodeno, que fica um pouco
acima da papila maior. Esse ducto geralmente comunica-se com o ducto
principal. Em alguns indivíduos, esse ducto pode ser maior que o principal e
ainda sem comunicação entre ambos. Dessa forma, o acessório conduz a
maior parte do suco pancreático.

Origem Embriológica:

Inicialmente, o pâncreas eram dois brotos embrionários, broto pancreático


dorsal (o maior) e o ventral (menor). Com a rotação do gastrointestinal
durante sua formação, ocorre a fusão desses brotos. Essa é a explicação para
a existência de dois ductos, o principal (de Wirsung) é originado do broto
pancreático dorsal e o acessório (de Santorini), do ventral.

Vascularização:

Irrigação
•Principalmente, Ramos da A. Esplênica (ramo do tronco celíaco). Também
participam Aa. Pancreáticas da Gastroduodenal e AMS: Aa. Pancreatoduodenais
superiores anterior e posterior, pancreatoduodenais inferiores anterior e posterior, A.
Pancreática dorsal, A. Pancreática magna...

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 168

Drenagem
•Vv. Pancreáticas (a maioria drena para a v. Esplênica)

Inervação
•Derivados dos Nn. Vago e Esplâncnico abdominopélvico. As fibras
chegam ao longo das artérias (do plexo celíaco e mesentérico superior)

Cirrose hepática
Quadro de destruição progressiva dos hepatócitos. Ocorre devido a
constantes lesões e sobrecarga do órgão por metabólitos tóxicos. A partir de certo
ponto os hepatócitos não conseguem se regenerar e passam a ser substituídos por
gordura e tecido fibroso. Esse processo patológico resulta na obstrução,
inicialmente, nos Espaços de Disse em função de um funcionamento incorreto das
Células de Ito, que passam a produzir miofibroblastos. Então, é impedida a
circulação entre o sistema porta e sistêmico do fígado, ocorrendo perda de
função, enrijecimento e até mesmo necrose.
Cálculos biliares (colelitíase)
São quase sempre formados por cristais de colesterol. Aparecem com maior
frequência em mulheres e com o envelhecimento. Todavia, não apresentam
sintomas em metade das pessoas. A obstrução da vesícula biliar resulta na
entrada da bile no sangue, o que causa icterícia. A dor ocorre no epigástrio e
depois desloca-se para o hipocôndrio direito.
Coledocolitíase
Cálculos no ducto colédoco.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 169

Colecistite
Inflamação e aumento da vesícula biliar causada pela obstrução do ducto
cístico por cálculo biliar. A dor pode ocorrer na parede torácica posterior ou no
ombro direito, por irritação do diafragma.
Câncer de pâncreas
O câncer de Cabeça do Pâncreas representa a maioria dos casos de
obstrução extra-hepática dos ductos biliares. A cabeça do órgão, aumentada
pelo tumor, comprime o ducto colédoco e/ou o a ampola de Vater
(hepatopancreática), resultando na retenção de pigmentos biliares e todo um
quadro de obstrução do fluxo de bile. Dores forte ocorrem, geralmente, nas costas,
mas podem também acomeder o abdome. Devido a proximidade com a veia
porta e a característica de metástases precoces desse tipo de câncer tornam
quase inútil a retirada do pâncreas com tumores.

VASCULARIZAÇÃO DO ABDOME
Irrigação (Real):

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 170

Irrigação (Esquemática):

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 171

Drenagem (Real):

Drenagem (Esquemática):

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 172

Embriologia, Inervação e Dor Abdominal


O Intestino é dividido em 3 regiões de acordo com sua origem embriológica –
Intestino Anterior (Foregut), Intestino Médio (Midgut) e Intestino Posterior (Foregut),
cada uma dando origem a estruturas viscerais adultas com suprimento vascular e
inervação autônoma segmentares:

Essas Regiões possuem diferentes áreas de Dor Referida, uma importante pista no
momento da investigação em quadros de Dor Abdominal. Conhecer a vascularização
do abdome é de grande auxílio, pois conhecendo seus 3 principais ramos é possível
descobrir se a origem embriológico é Anterior (1), Média (2) ou Posterior (3):

1. Foregut/Intestino Anterior: Tronco Celíaco


• Constituído por estruturas vascularizadas pelo Tronco Celíaco:

Estômago; Pâncreas; Fígado; Vesícula Biliar; Baço; Duodeno (metade proximal)

• Dor Referida em: Epigástrio – gânglio/plexo Celíaco (nn. Vago e Esplâncnicos


Torácicos)

2. Midgut/Intestino Médio: Artéria Mesentérica Superior


• Constituído por estruturas vascularizadas pelo Artéria Mesentérica Superior:

Duodeno (metade distal); Jejuno; Íleo; Ceco; Apêndice; Colo Acendente; Colo
Transverso (2/3 proximais)

• Dor Referida em: Mesogástrio – gânglio/plexo Mesentérico Superior (nn. Vago e


Esplâncnicos Torácicos, T11 – T12)

3. Hindgut/Intestino Médio: Artéria Mesentérica Inferior


• Constituído por estruturas vascularizadas pelo Artéria Mesentérica Inferior:

Colo Transverso (1/3 distal); Colo Descendente; Colo Sigmoide; Reto Superior (acima
da linha pectinada)

• Dor Referida em: Hipogástrio – gânglio/plexo Mesentérico Inferior (nn.


Esplâncnicos Pélvicos, S2 – S4 e Lombares, L1 – L2)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 173

Qual a explicação da Dor Referida?

A inervação do TGI segue a mesma lógica da irrigação (artérias). Dessa forma,


há gânglios Simpáticos* na região dos Ramos citados acima – tronco celíaco,
AMS e AMI -, os quais rumas para Foregut, Midgut e Hindgut. Esses gânglios
estão juntos da Aorta Abdominal, por isso são chamados de gânglios/plexos
pré-aórticos.

* SNA Simpática tem origem no Corno Lateral da Medula, no segmento torácico, apenas de T1 até L2. Os
gânglios são fibras nervosas pós-sinápticas, os quais possuem fibras pós-ganglionares longas, ao contrário do
Parassimpático.

Mais sobre: Inervação do TGI


Cabe lembrar que o Sistema Nervoso é dividido em Central em Periférico, esse que se
subdivide em Somático (voluntário)* e Visceral (involuntário), o qual se divide em Simpático e
Parassimpático:

* A única parte com controle voluntário é o esfíncter externo do ânus

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 174

Simpática
• Diminui a Peristalse e contrai esfíncteres
• Origem no Corno Lateral da Medula, no segmento torácico, apenas de T1
até L2. Possuem fibras pós-ganglionares longas, ao contrário do
Parassimpático.
• Fibras nervosas se dirigem aos gânglios pré-aórticos via nervos
esplâncnicos; e, posteriormente, ao órgãos seguindo as artérias
• Toda inervação Simpática possui sensibilidade visceral, isto é, informações
sensitivas vindos dos órgãos, como estiramento das paredes dos órgãos;
essa sensibilidade visceral é vaga, imprecisa, de modo que a dor é referida
na região do respectivo gânglio: foregut (epigástio), midgut (mesogástrio),
hindgut (hipogástrio).
• Exceções:

→ Medula Adrenal: fibras pré sináptivas vão direto para a glândula – via n.
esplâncnico Imo/least (T12) –, sem passar por gânglio, de modo que ela é o
próprio gânglio, secretando Epinefrina (adrenalina) diretamente na corrente
sanguínea.

→ Glândulas Sudoríparas: ao invés de eprinefrina, utilizam acetilcolina como


neurotransmissor pós-sináptico.

• Nervos Simpáticos:
Nn. Esplâcnicos Torácicos
➢ N. Esplâncnico Maior/Greater (T5 – T9): sinapse com o gânglio celíaco; inerva
fígado, vesícula biliar, estômago, duodeno e jejuno
➢ N. Esplâncnico Menor/Lesser (T10 – T11): sinapse com o gânglio Mesentérico
Superior; inerva Jejuno, Íleo, Colon, Suprarreinais (junto com o Imo), Rins e
parte abdominal dos ureteres (junto com o Imo e nn. Esplâcnicos Lombares)
➢ N. Esplâncnico Imo/Least (T12): sinapse com o gânglio Aorticorrenal; inerva
Rins e glândulas Suprarrenais
Nn. Esplâcnicos Lombares
➢ N. Esplancnico Lombar (L1 – L2): sinapse com plexo hipogástrio inferior -
ejaculação

Parassimpática
• Aumenta a Peristalse e relaxa esfíncteres
• Origem cranial e caudalmente - na medula; Cranial: Tronco Cerebral, pelo
nervo vago (PC X) – Foregut e Midgut; Caudal: nervos esplâncnicos pélvicos* (S2 –
S4)

*Nervos Esplâncnicos Pélvicos SACRAIS (Parassimpático – ereção do pênis); há


os lombares, que pertecem ao sna simpático (veja acima).

• Passam pelos gânglios pré-aórticos sem fazer sinapse (foregut – passa pelo
gânglio celíaco; midgut – gânglio mesentérico superior; Hind – plexo
hipogástrio superior),

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 175

• As fibras pré ganglionares (passam pelos gânglios pré-aórticos sem fazer


sinapser) chegam aos gânglios na parede dos órgãos, onde fazem sinapse,
e por meio de fibras pós ganglionares curtas, atingem o órgão.
• Nervos Parassimpáticos
Cranial:
➢ N. Vago (Tronco Cerebral – Sulco pós/retro-olivar no Bulbo)
Caudal:
➢ Nn. Esplâncnicos Sacrais (S2 – S4)

Além das Regiões características de Dor Visceral de acordo com as


Regiões Embriológicas (Intestino Anterior, Médio e Posterior), há áreas
ainda mais específicas, as quais podem fornecem importantes pistas:

Isso ocorre devido ao nível medular de origem da inervação do órgão e sua


correspondência com os dermátomotos, também daquele nível:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 176

Drenagem Linfática

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 177

PINÇA AORTO-MESENTÉRICA

ANATOMIA SUPERFICIAL

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 178

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA ABDOME 179

➢ Pontos:
McBurney: Situa-se entre a EIAS e o Umbigo, no terço proximal da EIAS.
Quando o apêndice está inflamado é percebida sensibilidade nesse local.
Murphy (ponto cístico): Região de maior probabilidade de localização da
vesícula biliar. Local importante para detecção de afecções na mesma.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 180

Pelve e Períneo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 181

INTRODUÇÃO
CONCEITOS
➢ Pelve:

Popularmente chamada de “bacia”. Área transitória entre abdome e


membros inferior. É a parte envolta pelo Cíngulo do Membro Inferior. É dividida
em Pelve Maior e Menor:

• Pelve Maior (Falsa): Circundada pela parte Superior do Cíngulo.


Fica entre as asas dos ossos ilíacos e abriga vísceras abdominais
inferiores (íleo e colo sigmoide).

• Pelve Menor (Verdadeira): Circundada pela parte inferior do


Cíngulo. Maior importância ginecológica e obstétrica. Inclui a
Cavidade Pélvica, limitada pelos ossos do quadril, sacro e cóccix.

➢ Períneo:

Região anatômica que inclui desde os órgãos genitais e ânus, bem como
trígonos e suas estruturas até a fáscia inferior aos mm. que compõem o
diafragma da pelve.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 182

OSSOS

➢ Limites da CAVIDADE PÉLVICA:


• Superior: Abertura Superior da Pelve
• Laterais: Ossos do Quadril
• Posterior: Cóccix e Sacro
• Anterior: Sínfise Púbica e ramos do púbis
• Inferior: Diafragma Pélvico

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➢ Conteúdo:
Partes Terminais dos Ureteres, bexiga vesical, reto, parte do
intestino delgado (íleo), partes inferiores do intestino grosso, órgãos
genitais, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.
Assoalho da Cavidade Pélvica - Músculos:
Separa a cavidade pélvica do períneo. Contém o Hiato
Urogenital (abertura anterior ao m. puborretal) e é formado pelos
músculos do Diafragma da Pelve:
• Coccígeo (isquiococígeo)
e
• Levantador do Ânus: (que, por sua vez, é composto por 3 músculos)
• É composto por 3 músculos: iliococcígeo, pubococcígeo e puborretal.
Nessa ordem, em uma sintopia látero-medial (ver imagem próxima página).
1. Iliococcígeo:
• Parte mais Posterior e lateral do músculo. É fina e fraca (quase
aponeurótica)
2. Pubococcígeo:
• Parte Intermediária, mais larga e menos espessa. Possui alças mais curtas
que podem ser subdenominadas, de acordo com a localização, como
puboprostático (homens), pubovaginal (mulheres), puboperineal e
puboanal;
3. Puborretal:
• Delimita o Hiato Urogenital. Forma uma alça muscular em “U” (alça
puborretal) que envolve a junção anorretal, assim exercendo papel na
continência fecal.

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➢ Funções do Diafragma Pélvico:


• Sustentar as vísceras abdominais
• Controle Micção e Defecação.
• Relaxado: libera a eliminação
• Contraído: impede a eliminação

Obs.: Contração Ativa: em casos de Tosse, Espirro, Vômito (evita a abertura do ânus). Segundo
o Prof. Ildo, essa é uma das funções que permite o convívio social.

➢ Hiato Urogenital:
• Dá Passagem a URETRA :
+ VAGINA (nas mulheres)
+ PRÓSTATA (nos homens).

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MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO FUNÇÃO


(proximal) (distal) (motora) (principal)

Sustenta as
Sacro e Cóccix Ramos dos Nn.
Coccígeo Espinha Isquiática Vísceras
(extremidade inferior) Espinais (S4 e S5)
Pélvicas
Levantador do • Corpo do N. para o M. • Sustenta
- Corpo do Púbis,
Ânus Períneo Levantador do as Vísceras
- Arco tendíneo da Pélvicas
(Puborretal 3, • Cóccix Ânus, N. Anal(retal)
Fáscia Obturatória, -
Pubococcígeo 2, • Corpo Inferior e Plexo • Controles
- Espinha Isquiática de Pressão
Iliococcígeo 1) Anococcígeo Coccígeo

Lesão do Assoalho Pélvico:


Durante o parto pode ocorrer lesão dos músculos
levantador do ânus (especialmente do Pubococcígeo ou
puborretal), o que causa enfraquecimento do diafragma pélvico e,
consequentemente, Incontinência Urinária por Esforço (gotejamento de
urina quando ocorre aumento da pressão por espirros ou tossidos, por
exemplo).

PERITÔNIO E A CAVIDADE PERITONEAL PÉLVICA


O peritônio da cavidade abdominal continua até a cavidade pélvica, mas não
até o diafragma pélvico. Portanto, as vísceras pélvicas não são completamente
revestidas por peritônio, sendo a maioria infraperitoneal.
• Os ovários não são recobertos por peritônio, porém são
intraperitoneais. Portanto, o ovário está situado dentro da
cavidade peritoneal, apesar de não ser recoberto por ele. Quem
recobre e suspende o ovário, bem como as tubas uterinas, é o
Mesentério. Nesta região, a cavidade deixa de ser virtual para ser
real. Além disto, como a tuba uterina se abre tanto para a
cavidade peritoneal quanto para o útero e este se comunica
com a vagina, a cavidade peritoneal está, por esta via, em
comunicação com o meio externo. Dessa forma, enquanto no
sexo masculino a cavidade peritoneal é fechada, no sexo
feminino ela é aberta, o que justifica o fato de infecções dos
órgãos genitais femininos alcançarem e envolverem o peritônio.
• As únicas gônadas recobertas por peritônio são os testículos.
Presente apenas em homens, a TÚNICA VAGINALIS, que provém
da cavidade abdominal com a descida dos testículos, é a 4º

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Serosa do Corpo. As outras três serosas são: pleura, peritônio e


pericárdio.
• Reflexões do peritônio fazem surgir pregas e fossas. As principais
delas são as Escavações:

1) Retouterina (Fundo de Saco de Douglas)


2) Vesicouterina

1) Retovesical

Obs.:
Nesses Locais (4 e 6), em caso de
hemorragia, há acumulo de
sangue. Seguindo a lógica dos
nomes, é possível descobrir sua
localização.

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ESTRUTURAS NEUROVASCULARES DA PELVE


Serão abordadas a principais. Elas são extraperitoneais, adjacentes às paredes
posterolaterais.
POSTERIOR

➢ Artérias Pélvicas:
Há rica irrigação na pelve, com grande quantidade de
anastomoses e circulação colateral. Há 6 artérias principais na A. Ilíaca Interna

cavidade pélvica feminina - 2 ilíacas internas, 2 artérias ováricas


(gonadais), 1 sacral mediana e 1 retal superior - e 4 na
masculina, visto que o par de gonadais (testiculares) não entram Uretér
na pelve menor.

A. Gonadal
A. Ilíaca Interna (AII)

•É a principal artéria da pelve, pois é


quem dá a grande parte dos ramos ANTERIOR
pélvicos. Ramo da a. ilíaca comum (AIC).

A. Umbilical

•Na circulação fetal, é a principal continuação das Ilíacas


Internas. Levavam o sangue até o anel umbilical. Após o
nascimento são ocluídas e formam os Ligamento umbilicais
medianos.

A. Vesical Inferior ♂ / A. Vaginal♀

•Ramo da AII

A. Uterina ♀ / A. para o Ducto Deferente ♂

•A A. Uterina divide-se em um ramo vaginal descendente menor e


em um ramo ascendente, que posteriormente bifurca-se em
ramos ovárico e tubário. Ramo da AII

A. Retal Média

•Ramo da AII, direta ou indiretamente

A. Pudenda Interna

•Atravessa o forame isquiático maior (parte inferior) e entra pelo


forame isquiático menor. Transita o canal do pudendo (de
Alcock) junto com as vv. pudendas internas e ramos do n.
pudendo. Saindo do canal, divide-se em aa. profunda e dorsal
do pênis ou clitóris. Ramo da AII

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A. Glútea Inferior

•Ramo da AII. Deixa a pelve pelo forame isquiático maior

Aa. iliolombar, Sacrais laterais, Glútea superior

•Ramos da AII (Divisão posterior)

Aa. Gonadais (A. Ovárica ♀/ A. Testicular ♂)

•Ramo da AII. Nas mulheres, entra na pelve menor

A. Sacral Mediana

•Fica, geralmente, na face posterior, no final da aorta abdominal,


pouco antes da bifurcação no ângulo Ferguson (promontório). É
extremidade caudal da aorta embrionária. Diminui quando a
eminência caudal desaparece

A. Retal Superior

• Ramo da AMI

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➢ Veias Pélvicas:
A maioria é tributária das Veias Ilíacas Internas, que é para onde
drenam principalmente. Algumas, drenam para a Veia Retal Superior, a qual
drena para a Veia Mesentérica Inferior do sistema porta. Outras, ainda drenam
para as vv. sacral mediana ou laterais. Em síntese, seguem a mesma lógica e
padrão das Artérias, porem com maior variação e ainda mais anastomoses.
• Compressão de Vv. Pélvicas:
- Gravidez: o útero em crescimento comprime as vv. Pélvicas e a VCI, dificultando o retorno
venoso. Processo: ↑ pressão venosa (Pressão Hidrostática) → extravasamento de plasma para o
interstício → edema de MMII; em alguns casos: varicosidades vulvares e hemorroidas; ↑ nas
últimas semanas de gravidez: maior compressão (feto com maior volume).
- Síndrome de Compressão da Veia Ilíaca (de Cockett ou May-Thurner): v. ilíaca Comum E é
comprimida pela a. Ilíaca Comum D, causando edema de MIE. (Imagem na página seguinte)

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➢ Linfonodos:
Variam em número, tamanho e localização.
Recebem o nome dos vasos sanguíneos associados.

➢ Nervos Pélvicos:
• Nervo Obturatório: tem origem nos ramos anteriores de L2 à L4. Se
exterioriza pelo canal obturatório na membrana obturadora. Não inerva
nada na pelve, apenas a loja medial da coxa.
• Tronco Lombossacral: união da parte descendente de L4 com ramo
anterior de L5. Une o plexo lombar (não aparece na imagem) ao plexo sacral. É
grosso como o João Caçador de Javali (ATM 2022/1).
• Plexo Sacral: Seus dois principais ramos são os Nn. Isquiático (L4- S3, maior
nervo do corpo) e Pudendo (principal nervo do períneo e o principal n.
sensitivo dos genitais externos). Também origina os Nn. Glúteos superior e
inferior. Essas estruturas saem pelo Forame Isquiático Maior.
• Plexo Coccígeo: formado pelos nervos coccígeos. Inerva o m. coccígeo e
articulação sacrococcígea. Também pequena área do cóccix e ânus.

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PERÍNEO
A região perineal consiste basicamente na área entre ânus e genitálias
externas.
➢ Limites:
Anterior: Sínfise Púbica
Laterais: Túberes Isquiáticos
Posterolaterais: Ligamentos sacrotuberais
Posterior: Parte inferior do sacro e cóccix

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MÚSCULOS DO PERÍNEO

ORIGEM INERVAÇÃO FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO VASCULARI (motora) (principal)
(proximal) ZAÇÃO
(distal)

• Sustentação e
fixação do períneo
• Homem:
comprime bulbo do
pênis para
ejaculação e
Bulbo do micção, auxilia
Corpo do
Bulboesponjoso
Períneo
pênis ou ereção (comprime
a v. perineal
Clitóris profunda)

• Mulher: ajuda
Ramos das na ereção do clitóris
e comprime a Gl.
A. e V. Ramos do
Vestibular maior
Pudenda N. Pudendo Mantém a ereção
Circunda Interna do pênis e clitóris
Isquiocavernoso pênis e pela compressão
Túber Clitóris de veias
Transverso Isquiático
Corpo do Sustenta e fixa
Superficial do
Períneo o períneo
Períneo
• Constrição
Esfíncter do canal anal
externo do Circunda o ânus • Sustentação
Ânus e fixação do
assoalho pélvico

Corpo do
Transverso Períneo e
Túber Sustenta e fixa
Profundo do Esfíncter Ramos das
Isquiático o períneo
Períneo Externo do a. e v. Ramos do
ânus Pudenda N. Pudendo
Esfíncter Interna
Continência
Externo da Circunda a Uretra
urinária
Uretra

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Episiotomia:
Corte para aumentar óstio vaginal e facilitar o parto. Há 3 tipos e músculos
que são, consequentemente, seccionados
1. Mediana: nenhum musculo
2. Media-Lateral: Bulboesponjoso e Transverso Superficial
3. Lateral: Bulboesponjoso, Transverso Superficial + levantador do ânus
(puborretal)

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FÁSCIAS
(EXTERNO para INTERNO)

Tela Subcutânea do Períneo


Como a fáscia de Campers da parte inferior do abdome.

Estrato Membranáceo (Fáscia de Colles)


Camada Membranácea Profunda. Como a fáscia de Scarpa do abdome.

Fáscia de Revestimento do Períneo (de Gallaudet)


Reveste os mm. Superficiais do períneo (bulboesponjoso, isquiocavernoso, trasnverso superficial, esfíncter externo do ânus)

Membrana do Períneo
Reveste o Diafragma Urogenital ou Mm. Profundos do Períneo (mm. esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo)

O períneo possui 2 espaços (superficial e profundo), dividido e formado pelas


fáscias do períneo:

➢ Espaço Superficial do Períneo:


✓ Entre a Membrana do Períneo e a Fáscia de Colles
✓ Contém: mm perineais glândulas vestibulares maiores (de Bartholin) - ♀, ...

➢ Espaço Profundo do Períneo:


✓ Entre as superior e inferior do diagrafragma urogenital (mm. esfíncter da
uretra e transverso profundo do períneo)
✓ Contém: glândulas bulbouretrais (de Cowper) - ♂, ...

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TRÍGONO ANAL
➢ Limites: Túberes Isquiáticos (lateralmente) e Ânus.
Contém estruturas importantes:

Canal do Pudendo (de ALCOCK)


•Localização: fáscia obturatória do forame obturado, borda do Músculo
obturador interno.
•Liga estruturas que transitam no forame isquiático menor ao períneo
•Conteúdo: A. e V. Pudendas internas, N. Pudendo

Canal Anal
•Parte terminal do intestino grosso e todo sistema digestório
•Ver parte de abdome, onde serão abordadas todas as partes do
intestino. O canal anal e toda sua importância para o convívio social,
conforme o prof. Ildo, bem como suas colunas, válvulas e esfíncteres, são
abordadas em abdome, junto com o trato digestório.

*Fossas isquioanais: contém estruturas estruturas neurovasculares inferiores retais e gordura

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TRÍGONOS UROGENITAIS
➢ Limites: Túberes isquiáticos (lateralmente) e sínfise púbica
(anteriormente)

❖ Trígono Urogenital Masculino


Inclui órgãos Genitais Masculinos Externos (parte distal da uretra masculina,
escroto, pênis) e Músculos do Períneo.
Obs.: Órgãos Genitais externos masculinos e femininos serão abordados
integradamente aos respectivos sistemas reprodutores.
❖ Trígono Urogenital Feminino
Contém órgãos genitais femininos externos (monte púbico, lábios maiores e
menores, clitóris, glândulas vestibulares maiores e menores...) e Músculos do
Períneo.

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VÍSCERAS PÉLVICAS
SISTEMA URINÁRIO
Obs.: Os rins estão no abdome; porém, será abordado o sistema urinário como
um todo, estando aqui localizado para uma maior elucidação.
❖ Os rins produzem a urina, a qual é conduzida pelos ureteres à bexiga, e
dela para a uretra.
❖ Rins, Glândulas Suprarrenais e Ureteres são retroperitoneais (são
posteriores ao peritônio, estão fora da cavidade peritoneal).

RINS
• Possuem formato oval.
• Filtram o sangue (retiram o excesso de sais e resíduos do metabolismo proteico) e
regulam a quantidade de água no sangue. A sua unidade funcional é o néfron.

Esquema e estruturas do Néfron (onde inicia o processo de filtração e todo o caminho da


urina, que será abordado posteriormente):

➢ Localização:
Os rins localizam-se um pouco acima do nível das cristas ilíacas. Ficam
anteriores aos mm. Psoas maior (mais medial) e quadrado do lombo (mais
lateral). Acima dos mesmos, encontra-se estruturas associadas ao diafragma.
Medialmente está o Hilo Renal e Supero medialmente as glândulas
suprarrenais. O rim direito localiza-se cerca de 2,5cm abaixo do esquerdo em
função do fígado.

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➢ Camadas do Rim:
(interna → externa)

Cápsula FIbrosa do Rim

Gordura Perirrenal (cápsula Adiposa)


Circunda rins e seus vasos e se estende até os seios renais

Fáscia Renal (de Gerota)


Envolve Rins e Gl. Suprarrenais

Gordura Pararrenal
Gordura extraperitoneal da Região Lombar

Fáscia Pararrenal (Transversális)

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➢ Regiões Renais:

Córtex
•Região periférica onde estão os néfrons, fica logo abaixo da cápsula
fibrosa

Medula
• Pirâmides: onde estão os tubos coletores do néfron
• Papilas: onde ocorre a transição da pirâmide para o cálice menor
• Cálice Menor: desembocam no Cálice Maior (em média 2 ou 3 em
cada Cálice Maior)
• Calice Maior: Desembocam na Pelve Renal (em média são 2 ou 3)
• Pelve Renal: Expensão afunilada e achatada do ureter.
• Seio Renal: Cavidades centrais. Podem conter gordura perirrenal. Por
onde entra o hilo
• Hilo Renal: pedículo por onde passam estruturas que servem ao rim. As
mais importantes: ARTÉRIA, VEIA e PELVE RENAIS. Será retomado

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 200

Irrigação
•A. Renal.
•Ela se divide em cinco (5), uma
para cada segmento do rim:
Superior, Anterossuperior,
Anteroinferior, Inferior e
Posterior

Drenagem
•Vv. Renais. (diversas drenam
cada rim e se unem de forma
variável)
•A esquerda é mais longa,
recebe a V. Suprarrenal
Esquerda, superiormente, e a V.
Gonadal Esquerda
(inferiormente e em ângulo de
90º. Passa pela Pinça Aorto-
Mesentérica até chega à VCI.

Obs.: V. Suprarrenal esquerda é mais longa, drena para V. renal esquerda enquanto a
V. Suprarrenal direita: Mais curta, drena para a VCI

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 201

➢ Hilo Renal:
• Espaço na parte medial dos rins por onde transitam ARTÉRIA, VEIA e
PELVE Renais.
• Apresenta DUAS (2) SINTOPIAS: ântero→posterior e crânio→caudal

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 202

GLÂNDULAS SUPRARRENAIS (ADRENAIS)


Possuem cor amarelada, e estão localizadas entre faces supero-mediais do
rim e diafragma. Apesar do nome fazer referência ao rim, sua principal fixação
são os pilares do diafragma. É separado do rim pela Fáscia Renal. Possuem
Hilo.
Cada glândula possui DUAS partes:
➢ Córtex:

✓ Glicocorticoides → Cortisol (hidrocortisona)- Zona Glomerulosa


✓ Mineralocorticoides → Aldosterona – Zona Fasciculada
✓ Androgênios – Zona Reticulada
fE
➢ Medula:
✓ Adrenalina (epinefrina) e Noradrenalina (norepinefrina)

Irrigação
•Aa. Suprarrenais Superiores (ramos das A.
Frênicas Inferiores, as quais são ramos da aorta)
•Aa. Suprarrenais Médias (ramos diretos da
aorta)
•Aa. Suprarrenais Inferiores (ramo da a. Renal)
Drenagem
•V. Suprarrenal esquerda: mais longa, drena para V. renal
esquerda
•V. Suprarrenal direita: Mais curta, drena para a VCI

Inervação
•Plexo Celíaco
OBS: Conferir imagem da
vascularização Renal

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 203

URETERES
Estruturas que se iniciam no término da Pelve Renal e terminam ao
desembocar nos óstios URETERAIS (bexiga). Sua função é conduzir a urina até a
bexiga.

➢ Constrições do Ureter:
1º - Transição Pelve renal – Ureter
2º Cruzamento com as Aa. Ilíacas Comuns (ou
entrada na pelve)

3º Desembocadura na Bexiga

Irrigação
•Ramos das Aa. renal, Aorta ( como a. Gonadal), Ilíaca comum e Ilíaca
interna

Drenagem
•Para as Vv. Renais e Gonadais

Plexo Celíaco

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 204

BEXIGA
A bexiga é uma víscera oca e distensível, com fortes paredes
musculares. Sua função é o armazenamento da urina. Seu epitélio é
classificado como de transição (as células se comprimem quando ela está
cheia e se alongam quando está vazia). Nessa mesma condição (vazia), esse
órgão possui ápice (mais anterior), fundo (mais posterior) e colo (inferior). Suas
paredes são formadas pelo músculo Detrusor. Em direção ao colo da
bexiga masculina, as fibras musculares formam o m. Esfíncter interno da bexiga
(involuntário e responsável por evitar o refluxo ejaculatório).

➢ Localização:
• Extraperitoneal (infra ou pré-peritoneal)
• Anterior à bexiga e posterior à sínfise púbica está o Espaço
Retropúbico (de Reitzus)
• Superiormente à bexiga está a cavidade peritoneal. Além disso,
superoposteriormente, nas mulheres, está a escavação
Retouterina (fundo de Saco de Douglas) e, nos homens, a
Escavação Retovesical
• Nos adultos, está inserida na Pelve Menor; na infância, na Pelve
Maior; no recém-nascido, no abdome

➢ Ligamentos:
• Pubovesical (mulher)
• Puboprostático (homem)
• Umbilical Mediano
• Vesicais Laterais
• Pubouretral

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 205

➢ Trígono Vesical:
❖ Formado pelos 2 ÓSTIOS URETERAIS e pelo ÓSTIO INTERNO DA
BEXIGA.

Irrigação
•Aa. Vesicais Superiores (ramo AII)
•♂ Aa. Vesicais inferiores (ramo AII)
•♀ Aa. Vaginais (ramo AII) ........ Mas bá!... Todas são ramo da AII

Drenagem
•Tributárias das vv. ilíacas internas
•♂ Plexo venoso vesical + plexo venoso prostático
•♀ Plexo venoso vesical + plexo venoso uterovaginal

Inervação
•Plexo pélvico

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 206

URETRA
➢ Masculina:
É um tubo muscular que conduz a urina da bexiga até óstio externo da
uretra. Possui em média de 18 a 22 cm e é dividida em 4 partes.
1. Intramural (pré-prostática): parte curta, fica antes da próstata. Portanto,
não faz parte do caminho do espermatozoide.
2. Prostática: É onde ocorre a fusão dos tratos urinário e reprodutivo.
Região é denominada utrículo prostático.
3. Intermédia ou Membranácea: fica entre a próstata e o bulbo do pênis.
Parte curta.
4. Peniana ou Esponjosa: Parte Mais longa e Móvel.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 207

• Vascularização e Inervação:
A uretra é vascularizada e inervada por diferentes estruturas ao longo
de seu trajeto e partes.

o Parte Proximal: Segue mesma lógica da região da Bexiga e


Próstata.
✓ Aa. Vesicais Inferiores e retais médias (ramos AII)
✓ Vv. do plexo venoso prostático
✓ Nn. do Plexo prostático
o Parte Distal (externa): segue a mesma lógica do Pênis.
✓ A. Dorsal do Pênis (ramo da a. pudenda interna)
✓ Vv. Dorsais do Pênis
✓ N. dorsal do Pênis

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 208

✓ Imagens das Estruturas Neurovasculares da Região

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 209

➢ Feminina:
Possui 4cm (muito menor que a
masculinas, o que torna a mulher mais
suscetível a infecções urinárias).
Tal como a masculina, possui
esfíncter interno (involuntário) externo
(voluntário). O Interno é composto por
3 alças: do Trígono, Posterior, e de
Heiss.

(VER PRÓXIMA PÁGINA)

Vascularização
•Aa. e Vv. pudenda interna e vaginal

Inervação
•Plexo Vesical e N. pudendo

CAMINHO DA URINA

APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
PÊNIS

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 210

Há esfíncter interno e externo na mulher

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 211

Aparelho Genital Masculino


Pênis
• Órgão de cópula
• Composto por Raiz, Corpo e Glande
• Formado por:
▪ 2 corpos cavernosos (tecido erétil), dorsalmente. São
separados proximalmente e vão se fundindo. Entre eles, fica o
septo do pênis.
▪ 1 corpo esponjoso (contém a parte esponjosa da uretra),
ventralmente.

➢ Camadas do Pênis:
➢ São 6 (de externa para interno):
1. Cútis
2. Túnica Dartus
3. Fáscia Superficial do Pênis
4. Fáscia Profunda do Pênis (de Buck)
5. Túnica Albugínea do Corpos Cavernosos

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 212

6. Túnica Albugínea dos Corpos Esponjosos


➢ Ligamentos do Pênis:

✓ Ligamento Suspensor do Pênis: prende


os corpos eréteis à sínfise Púbica
✓ Ligamento Fundiforme do Pênis:
Circunda o pênis e se funde à Túnica
Dartus do escroto, formando o septo do
escroto

➢ Vascularização:

Irrigação (ramos das Aa. PUDENDAS INTERNAS):


✓ Artérias dorsais do pênis: ficam acima dos corpos
cavernosos, uma de cada lado da V. Dorsal Profunda
✓ Artérias Profundas do Pênis: Ficam dentro dos corpos
cavernosos, irrigando o tecido erétil
✓ Artérias do Bulbo do Pênis: Irrigam a parte posterior
(bulbar)
Obs.: Há anastomoses com ramos superficiais e profundos das aa. pudendas
externas
Drenagem (para as Vv. pudenda externa superficial e pudenda interna)
✓ Vv. Dorsais profunda e superficiais

Para observação, ver imagens página BUCK JONES. Voltar 4 páginas

Inervação:

➢ Sensitiva e Simpática:
✓ N. Dorsal do
Pênis (ramo do
n. Pudendo) e
✓ n. Ilioinguinal
➢ Parassimpática:
✓ Plexo nervoso
prostático:
inervam as aa.
helicinas (tecido
erétil)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 213

➢ Ereção, Emissão, Ejaculação e Remissão:


Ereção: Após o homem sofrer o estímulo erótico, seja por Observação, seja
por Fetiches (fantasias sexuais), as anastomoses arteriovenosas por onde o
sangue passa normalmente são ocluídas, dificultando a saída do sangue pelas
veias emissárias para a V. Dorsal profunda. Ao mesmo tempo, o músculo liso
das artérias do tecido cavernoso é relaxado por estimulação parassimpática
(do plexo nervoso prostático), o que permite a entrada de mais sangue e a
consequente dilatação dos corpos cavernosos. Dessa maneira, os mm.
Bulboesponjoso e Isquiocavernoso comprimem as veias que saem dos corpos
cavernosos, impedindo o retorno do sangue. Assim ocorre o aumento da
rigidez (pela pressão do sangue arterial e acúmulo de sangue) e ereção.
Emissão: processo de liberação e condução do líquido ejaculatório. Ocorre
pela peristalse dos ductos deferentes e glândulas seminais. O Líquido
prostático é adicionado ao seminal quando o músculo liso da próstata se
contrai (resposta simpática).
Ejaculação: é o “gozo”. Segundo o Houaiss: expulsão vigorosa; forte
derramamento (de líquido); jato. Ocorre:
✓ Fechamento do m. esfíncter interno da uretra, no colo da bexiga, para
não contaminar o sêmen.
✓ Contrações rítmicas dos mm. Bulboesponjoso (inervado pelos Nn.
Pudendos), que ejetam o esperma.
Remissão: retorno do pênis a um estado de flacidez. Se a estimulação
parassimpática relaxou os mm. lisos das artérias na ereção, na remissão, por
sua vez, ocorre a constrição dos mesmos por estimulação simpática, limitando
a chegada de sangue. Já os mm. Bulboesponjoso e Isquiocavernoso relaxam,
descomprimindo as vv. que drenam os espaços cavernosos para a v. dorsal
profunda do pênis.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 214

ESCROTO
Saco fibromuscular cutâneo para testículos e estruturas associadas
(Funículos Espermático, epidídimo, parte proximal do ducto deferente). Fica
posteroinferior ao Pênis e abaixo da Sínfise púbica. Sua formação é bilateral.
Existem dois compartimentos, um para cada testículo, separados pelo septo
do escroto. A rafe do escroto mediana indica a formação embrionária.
Também possui numerosas Glândulas sudoríparas para a regulação térmica.

Musculatura
✓Dártus: Mais superficial, contrai-se para aumentar a temperatura.
✓Cremáster: Mais interno, aproxima os testículos do corpo para
aumentar a temperatura.

Vascularização
✓Aa. e Vv. escrotais (ramos das aa. e vv. pudendas)

Inervação
✓Nn. escrotais anteriores e posteriores (ramos de diversos locais,
como n. ilioinguinal, plexo lombar e sacral)

➢ Camadas do Escroto:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 215

TESTÍCULOS
São as gônadas Masculinas. Tem função de produção dos hormônios
sexuais masculinos e espermatozoides. Internamente, estão presentes os
Túbulos Seminíferos, local onde ocorre a produção dos gametas (da parede
dos túbulos para a luz). Nesses espaços, estão presentes as Células de Sertoli,
responsáveis pela Sustentação, Nutrição e Proteção dos Espermatozoides. Os
túbulos seminíferos estão recobertos por uma superfície externa e fibrosa, a
Túnica Albugínea, a qual forma septos que dividem os túbulos e o “esqueleto”
dos testículos. Na periferia dos Túbulos Seminíferos, no interstício, estão as
Células intersticiais ou de Leydig, responsáveis pela produção de Testosterona.
Os túbulos Seminíferos, inicialmente, são Contorcidos e depois passam a ser
Retos, desembocando na rede do Mediastino do Testículo (Rede de Haller),
que faz a transição com o Epidídimo.
Além da Túnica Albugínea, existem camadas mais externas que
revestem os testículos. São elas (interno para externo↓):

Irrigação
•Aa. Testiculares / Gonadais (ramos diretos da A. aorta)

Drenagem
•Plexo Venoso Pampiniforme ( 8~12 veias). Convergem formandos as Veias
Testiculares Esquerda (desemboca em ângulo reto na VRE) e Direita
(desemboca obliquamente na VCI)

Inervação
•Plexo nervoso Testicular - origem: n. Pudendo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 216

Varicocele:
É o resultado de um insuficiência do retorno vernoso. Ocorre em
mais de 90% dos casos no lado Esquerdo em função da
desembocadura em ângulo reto na Veia Renal Esquerda.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 217

FUNÍCULO ESPERMÁTICO
Contém estruturas que entram e saem do testículo. Além disso, ele
suspende o testículo no escroto. Inicia no anel inguinal profundo, atravessa o
canal inguinal e sai pelo anel inguinal superficial e termina no escroto, na
margem posterior do testículo.
➢ Revestimento (do mais interno para o mais externo):
✓ Fáscia espermática Interna (derivação da Fáscia Transversal)
✓ Fáscia Cremastérica (derivada das fáscias do m. Oblíquo
Interno do abdômen)
✓ Fáscia Espermática Externa (derivada da fáscia do m. Oblíquo
Externo do abdômen)
➢ Conteúdo (8):

CREPI = CREmastérica + ePigástricas


Inferior

TORTA = Testicular + aORTA

DEVI = DEferente + Vesical Inferior

EPIDÍDIMO
Estrutura longitudinal e posterior ao Testículo. Sua função é armazenar e
maturar os espermatozoides.
É formado por 3 partes:
✓ Cabeça: parte superior, formada por extremidades espiraladas
dos ductos Eferentes, que é por onde chegam os
espermatozoides
✓ Corpo: Formado pelo ducto contorcido do epidídimo
✓ Cauda: é contínua com o Ducto Deferente

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 218

DUCTO DEFERENTE
❖ Conduz os espermatozoides até o ducto ejaculatório.
❖ É uma estrutura par, que se inicia após a cauda do epidídimo e vai até a
junção com o ducto da vesícula seminal, que desembocam no ducto
ejaculatório da próstata.
❖ O ducto ascende e faz um “loop” na bexiga urinária, antes da
desembocadura.
❖ É composto por quatro partes: Testicular, Funicular, Inguinal e Pélvica.
❖ É irrigado pela A. do Ducto deferente (ramo da A. Vesical inferior)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 219

Vasectomia (deferentectomia):
Corte do Ducto deferente (na porção testicular) a fim de evitar o
transporte dos espermatozoides até o ducto ejaculatório – torna
o home estéril. O volume do esperma é diminuído em apenas 5%.

GLÂNDULAS/VESÍCULAS SEMINAIS
❖ Estrutura par. Desembocam, junto com a porção pélvica do ducto
deferente, nos ductos ejaculatório.
❖ Apesar do nome de vesícula, não armazenam espermatozoides.
❖ Secretam líquido alcalino espesso com frutose (fonte de energia
para os espermatozoides) e agente anticoagulante para facilitar o
trajeto dos espermatozoides.
❖ Responsável, em média, por 70% do volume do ejaculado.
❖ Situa-se posterior à Bexiga e abaixo da Escavação Retovesical (entre
bexiga e o reto).
❖ É Lateral ao ducto deferente.
❖ Vascularização: Aa e Vv. Vesicais inferiores e retais médias

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 220

PRÓSTATA
❖ Maior Glândula acessória do sistema reprodutivo masculino
❖ Ímpar, localiza-se abaixo da bexiga, circundando a uretra prostática,
posterior à sínfise púbica e anterior ao Reto.
❖ É onde ocorre a junção da Uretra ao Ducto ejaculatório, na região do
utrículo prostático.
❖ Secreta o líquido prostático, leitoso e fino, que corresponde a 20% do
volume do ejaculado.
❖ Vascularização:
Irrigação: ramos das aa. ilíacas internas (em especial, as vesicais inferiores).
Drenagem: Plexo venoso prostático (drena paras as vv. ilíacas internas).
Hipertrofia da Próstata:
Com o passar dos anos, devido a influência da testosterona,
a próstata é aumentada. Isso causa gradativa obstrução da
uretra, o que resulta em dificuldade para urinar e consequente hipertrofia da
bexiga, visto que é necessária maior pressão para a micção. Um sintoma
comum é o surgimento de súbita vontade de urinar acompanhada de uma
pequena quantidade excretada. Acordar durante o sono para ir ao banheiro
também é frequente nesses casos.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 221

GLÂNDULAS BULBOURETRAIS (DE COWPER)


❖ São duas. Situam-se
posteriores à uretra
prostática e estão
inseridas no m. esfíncter
externo da uretra.
❖ Possuem ductos que
desembocam na parte
peniana / esponjosa da
uretra, na região do
bulbo do pênis
❖ Sua secreção mucosa
entra na uretra durante a
excitação, promovendo
limpeza da uretra.

CAMINHO DO ESPERMATOZOIDE
Túbulos Túbulos
Ductos
Seminíferos Seminíferos Rede de Haller
Eferentes
Contorcidos Retos

Ducto Deferente Uretra (prostática,


Epidídimo (porções Intermédia ou
Ducto
(cabeça, corpo, testicular, membranosa,
cauda) funicular, inguinal Ejaculatório peniana ou
e pélvica) esponjosa)

Corpo do Tuba Uterina


Vagina Colo do Útero
útero (parte uterina)

Tuba Uterina Tuba Uterina


(ampola ou
(istmo) terço distal)

Espermatozoide:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 222

APARELHO REPRODUTOR FEMININO

ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS

✓ Monte Púbico: Eminência adiposa contínua com a parede abdominal


✓ Lábios Maiores: Contém a Extremidade do Ligamento Redondo. São
laterais aos lábios menores.
✓ Lábios Menores: Sem pelo e sem tecido adiposo. Fecham o vestíbulo da
Vagina. Anteriormente, no encontro dos dois lábios está o clitóris.
✓ Clitóris: órgão erétil, extremamente sensível. A sua parte mais inervada e
proeminente é a glande.
✓ Vestíbulo da Vagina: é o espaço circundado pelos lábios menores.
Contém o óstio externo da uretra e o óstio da vagina, o qual pode
conter o Hímen, um vestígio do desenvolvimento. Após a ruptura do
hímen, são visíveis as carúnculas himenais. No vestíbulo desembocam
(dos dois lados do óstio da vagina) os ductos das glândulas vestibulares
maiores (de Bartholin), as quais umedecem a vagina durante a
excitação sexual.

Vascularização: principalmente por ramos das aa. e vv. pudendas


internas (ramos AII e VII).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 223

MÚSCULOS DO PERÍNEO FEMININO


São os mesmos músculos presentes no homem. Porém em razão de ausências
funcionais relacionadas à micção, ereção peniana e ejaculação, são pouco
desenvolvidos nas mulheres.

[Ver: MÚSCULOS DO PERÍNEO, no início do capítulo]

OVÁRIOS
❖ Gônadas femininas. Têm o formato e tamanho semelhantes a uma amêndoa.
❖ Produzem os hormônios sexuais femininos Estrogênio e Progesterona e os
gametas femininos, que ali ficam armazenados e, periodicamente,
amadurecem e são liberados.
❖ São suspensos por mesentério do Ligamento Largo do Útero (Mesovário e
Mesossalpinge à tuba uterina e por mesométrio ao corpo do útero) e pelo
ligamento útero-ovárico (remanescência do gubernáculo ovariano) ao corpo
do útero.
❖ É intraperitoneal. Entretanto, não é recoberto por Peritônio. Isso faz com que,
após a ovulação, o ovócito II passe pela cavidade peritoneal, por um breve
período de tempo, até ser captado pelas Fimbrias do Infundíbulo da Tuba
Uterina.

TUBAS UTERINAS (TROMPAS DE FALÓPIO)


❖ Conduzem o ovócito II, ou o óvulo fecundado até a cavidade uterina.
❖ É no seu terço distal (ampola) onde ocorre a fecundação.
❖ Têm cerca de 10cm.
❖ Possuem mobilidade e na verdade são assimétricas, ao contrário do desenho
esquemático do atlas anatômico.
❖ Suas 4 partes são:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 224

1. Parte Uterina: Faz a junção útero-tubária


2. Istmo: parte da tuba que entra no corno uterino. Tem parede espessa.
3. Ampola: Parte mais larga e mais longa. Onde geralmente ocorre a
fecundação.
4. Infundíbulo: Extremidade distal, contém o óstio abdominal da tuba uterina,
por onde entra o ovócito, captado pelas Fimbrias.

Irrigação

•A. ovárica (ramo da aorta abd.) e A. uterina (ramo da ilíaca Interna), a qual
dá os ramos tubários e ováricos.
Drenagem
•Vv. do plexo venoso pampiniforme, o qual converge formando as Vv.
ováricas esquerda (desemboca na VRE) e direita (desemboca na VCS); Isto é,
segue a mesma lógica do homem.

Inervação
•Plexo ovárico
• Plexo uterino.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 225

ÚTERO
❖ Órgão muscular oco com paredes espessas. Mantém o embrião/feto após a nidação.
❖ É uma estrutura dinâmica, sofrendo modificações ao longo da vida em tamanho,
proporções e, até mesmo, em localização em função do posicionamento (retroversão,
anteroversão...).

➢ Partes do Útero:

Corpo
•Parte superior (2/3) contém o fundo do útero, a cúpula superior.

Istmo
•Parte de transição, segmento estreito entre corpo e colo.

Colo ou Cérvix
•Parte inferior (1/3). Cilíndrico e estreito. É dividido em porção
supramarginal (entre istmo e vagina) e porção vaginal (circunda o óstio
da vagina). O óstio interno fica voltado para o útero e o externo para a
vagina. Ectocérvice é a parte externa, relacionada com a vagina, e a
endocérvice a interna, relacionada com o útero

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 226

➢ Camadas do Útero (interna para externa):

Endométrio
•Camada mucosa interna. Sofre alterações
durante o ciclo menstrual. É onde se
implanta o blastocisto.

Miométrio
•Camada muscular de músculo liso. É a
mais espessa. Os principais vasos e nervos
estão nessa camada.

Perimétrio
•Serosa de revestimento externo (peritônio).

➢ Ligamentos do Útero:
• Vascularização: aa. uterinas e plexo venoso uterino.
• Inervação: Plexo Uterino

Ligamento Útero-Ovárico
•Fixa-se Posteroinferioemente à junção útero-tubária. Também pode ser chamado de
Ligamento Próprio do Útero.

Ligamento Redondo do Útero


•Liga o útero aos Lábios Maiores, passando pelo canal inguinal.

Ligamento Largo do Útero


•Dupla Lâmina de Peritônio (Mesentério)
•Possui 3 partes: Mesossalpinge, Mesovário e Mesométrio

Ligamento Transverso do Colo (cardinais ou de Mackenrodt)

•Liga a porção supramarginal do colo às paredes pélvicas.

Ligamentos Retouterinos (uterossacrais)


•Liga as laterais do colo ao sacro.

Ligamento Suspensor do Ovário*


•*Esse ligamento não é propriamente do útero. Porém está na mesma região, sendo,
portanto, também considerado um ligamento ginecológico.
•Contém os vasos ovarianos.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 227

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PELVE E PERÍNEO 228

VAGINA
Tubo musculomembranáceo distensível (7 a 9 cm de comprimento)
❖ Liga: Meio do Colo do útero ↔ óstio da vagina
❖ Funções: canal para o líquido menstrual, para o parto. Local de
introdução de Buck Jones.
❖ Fórnice da Vagina: recesso ao redor do colo. Apresenta paredes
anterior, posterior e lateral. A posterior é a mais profunda por relacionar-
se com a escavação retouterina (Saco de Doug.)

• Músculos
Comprimem a vagina e atuam como esfíncteres. São eles

Irrigação
•Parte superior: Aa. Uterinas
•Parte média e inferior: Aa. vaginal e Pudenda interna

Drenagem
•Plexos venosos vaginais e uterino

Inervação
•Somática: Parte Inferior → N. perineal profundo, Ramo do n. pudendo.
•Parassimpática: Parte Superior → Plexo nervoso Uterovaginal

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 229

Dorso

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 230

É a região posterior do tronco, inferior ao pescoço e superior às


nádegas.

COLUNA VERTEBRAL
▪ São ossos irregulares. Seu conjunto forma a coluna vertebral, a qual é a
principal parte do esqueleto axial. Um adulto normal possui 33 vértebras
(7 Cervicais, 12 Torácicas, 5 Lombares, 5 Sacrais e 4 Coccígeas). Cada
região, das 5, apresenta características típicas. A espinha ou coluna
vertebral tem como funções:
✓ Proteção da medula e nervos
✓ Sustentação do peso do corpo
✓ Garantir um eixo rígido e flexível para o corpo, para a postura e
para a locomoção.

ESTRUTURAS GERAIS DAS VÉRTEBRAS


São estruturas presentes em praticamente todas as vertebras. Existem
vertebras em que algumas dessas estruturas podem não estar presentes.

Corpo Verebral
•Parte anterior e geralmente maior. É ele quem sustenta e peso do corpo. Em função disso,
aumenta na medida em que a coluna desce (pois há mais peso acima). É formado por esponjoso
e possui medula óssea. Superior e Inferiormente é coberta por discos de cartilagem.

Arco Vertebral
•está posterior ao corpo e é formado pelos pedículos e pelas lâminas. O espaço entre o corpo
vertebral e o Arco forma o Forame Vertebral. Posterior aos arcos está o processo espinhoso, e
lateralmente, os processos transversos.

Pedículos
•Estruturas curtas, posteriores ao corpo vetebral, conecta-o às lâminas.

Lâminas
•Placas de osso planas e largas. Ficam posteiores aos pedículos. Junto desses, formam o arco
vertebral.

Forame Vertebral
•Local onde passa a medula espinhal. A sucessão dos forames forma o Canal Vertebral.

Incisuras Vertebrais
•Há 2 para cada pedículo, uma superior ao mesmo e outra inferior. São observadas em vistas
laterais. Quando sobrepostas 2 ou mais vértebras, é formado o Forame Intervertebral, que é por
onde emergem os nervos espinais.

Processo Espinhoso

•É formado pela união dos arcos vertebrais. É mediano e posterior ao


corpo da vértebra.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 231

Processos Transversos
•Projetam-se posterolateralmente dos arcos vertebrais.

Processos Articulares
•Há 2 Superiores (com as faces articulares voltadas para trás) e 2 Inferiores (com as faces
articulares voltadas para frente)
Forame Intervertebral
•Através dele saem os nervos espinhais

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 232

CERVICAIS

➢ Características Específicas:
• Tamanho e corpos vertebrais reduzidos, pois sustentam pouco
peso
• Processos espinhosos curtos e bífidos

Forame do Processo Transverso


•Local de passagem da a. Vertebral e Vv. Acompanhantes
•Obs.: Em C7 somente passam as Vv. Acompanhantes e o forames são
menores. Algumas vezes, estão ausentes.

Uncus / Unco do corpo / Processo uncinado


•Consiste em uma elevação da margem súperolateral
•Compõem articulações uncovertebrais ou fendas (de Luschka)

Tubérculos
•São dois (um anterior e outro posterior)
•Localizado na extremidade do processo transverso
•Serve de fixação para o grupo de músculos cervicais laterais (Escalenos e
Levantadores da escápula)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 233

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 234

Algumas vértebras são atípicas (C1 e C2) e outras apresentam


características individuais importantes (C6 e C7):
• Macete: ATa (atlas), AXou (áxis) que 6 (C6) ou 7 (C7) cm eram
suficientes.
➢ C1 (Altas):
Não tem corpo (massas laterais ocupam o lugar do corpo) nem
processo espinhoso. Suas faces articulares superiores são côncavas e
articulam-se (articulação atlantooccipital sinovial condilar uniaxial) com os
côndilos occipitais do crânio. Possui a Fóvea do Dente para articular-se com
C2. O nome Atlas provém de analogia mitológica grega, pois o titã Atlas
sustentava o peso do mundo em seus ombros.

➢ C2 (Axis):
Possui o processo odontoide (dente), o qual articula-se com C1 em articulação
sinovial trocoidea uniaxial, que é mantida em posição pelo ligamento transverso do
atlas. Essa vértebra já possui corpo, porém pequeno, e é a mais forte das vértebras
cervicais.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 235

➢ C6: Os tubérculos anteriores são chamados de caróticos (de


Chassaignac), onde as Aa. carótidas comuns podem ser comprimidas
para controlar sangramento.

➢ C7: É a vertebra proeminente. Seu processo espinhoso não é bífido e


pode ser palpado posteriormente ao pescoço.

Obs.: Lembrar: a. Vertebral passa no forame do processo transverso.

TORÁCICAS
➢ Características específicas:
• Forame vertebral mais estreito. Em função disso, nesse local há
maior risco de lesão medular em fraturas
• Processos Espinhosos Longos, oblíquos (deslocados ínfero-
posteriormente) e pontiagudos

Fóveas Costais
•Local de articulação com as costelas
•Total de 6 por vértebra:
• 2 nos Processos Transversos (fóveas costais do processo transverso).
Articulam-se com o tubérculo da costela
• 4 no Corpo da Vértebra (2 inferiores e 2 superiores). Articulam-se com a
cabeça da costela

Obs.: As costelas articulam-se com a fóvea costal inferior da vértebra


acima e com a fóvea costal superior e a fóvea costal do processo
transverso da costela de mesmo número.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 236

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 237

LOMBARES
➢ Características Específicas:
• Processo Espinhoso Horizontalizado e curto
• Corpo Vertebral robusto, pois sustenta grande peso
• Processo Transverso (chamado de Costiforme nas lombares),
longo e delgado (fino)
Processo Mamilar
•Permite a fixação dos mm. Intertransversários e Multífidos
Processo Acessório
•Permite a fixação dos mm. Intertransversários

Obs.: Possuem formas e características “grosseiras” devido a carga elevada


que sustenta.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 238

SACRO
Geralmente, formado pela fusão de 5 vértebras.
➢ Características Específicas:

Canal Sacral
•Continuação do canal vertebral; contém feixes de nervos da cauda
equina

Forames Sacrais
•Locas de saída de ramos do Nn. espinais

Base do Sacro
•Local acima de S1 (anteriormente está o Promontório)

Promontório (Ângulo de Ferguson)


•Local de divisão da a. aorta abdominal em Aa. ilíacas comuns direita e
esquerda

Face Auricular
•Local de articulação entre sacro e ílio (articulação sacroilíaca sinovial
plana uniaxial)

Face Pélvica do Sacro


•Lisa e côncava

Face Dorsal do Sacro


•Rugosa e convexa

Cristas Sacrais
•Mediana, mediais e laterais

Hiato Sacral
•Resulta da ausência de processo espinhoso de S5. É fechado pelo
ligamento sacrococcígeo.

Cornos Sacrais
•Processos articulares inferiores de S5.

Ápice do sacro
•Local de articulação com o cóccix

Asa do Sacro
•Se liga à Asa do Ilíaco por meio da art. Sacroilíaca

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 239

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 240

CÓCCIX
Osso da cauda, geralmente formado por 4 vértebras fundidas. Serve de
fixação para parte dos mm. Coccígeo e Glúteo Máximo, além do Ligamento
Anococígeo.
➢ Caraterísticas específicas:

Corno Coccígeo
•Articulam-se com os cornos sacrais

Processos Transversos do Cóccix

LIGAMENTOS da Coluna Vertebral


❖ Ligamento Longitudinal Anterior: Anterior e cobre, também as faces laterais.
Faixa fibrosa forte e larga. É único que limita a extensão
❖ Ligamento Longitudinal Posterior: Faixa posterior, mais estreita e mais fraca que
o anterior. Segue dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos
corpos vertebrais.
❖ Ligamento Amarelo: unem as lâminas das vértebras adjacentes. São faixas
largas e fortes, de tecido elástico e amarelo-claras.
❖ Ligamentos Supraespinhais e Infraespinhais: unem os processos espinhosos
adjacentes.
❖ Ligamentos Intertransversários: unem os processos transversos adjacentes.
❖ Ligamento Nucal: forte e largo. Vai do ínion até os processos espinhosos das
vértebras cervicais.
❖ Ligamento Transverso do Atlas: fixa o dente do áxis na fóvea do dente de atlas.
❖ Ligamento Cruciforme: É semelhante a uma cruz. Formado pelos fascículos
longitudinais (inferior e superior) e pelo ligamento transverso do atlas. É posterior
ao dente do áxis.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 241

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 242

DISCOS INTERVERTEBRAIS
Situam-se entre os corpos das vértebras, permitindo certo movimento
por meio de articulações cartilagíneas secundárias (sínfise). Os discos
representam de 20 % a 25 % do comprimento da coluna vertebral. Além de
permitirem o movimento, sua deformidade elástica absorve impactos. São
constituídos por 2 partes:
➢ Anel Fibroso:
Circunda o disco, consiste em lamelas concêntricas de fibrocartilagem.
É mais rígido que o núcleo pulposo.
➢ Núcleo Pulposo:
Parte central do disco, consiste em um tecido fibrogelatinoso que atua
na absorção de choques. Achata-se e protrai-se conforme a aplicação do
peso.

Hérnia do Núcleo Pulposo


Essa hérnia ocorre, basicamente, por um extravasamento do
núcleo pulposo. Geralmente ocorre em L4-L5 ou L5-S1. Em
função de trauma ou enfraquecimento dos discos, o núcleo extravasa, quase
sempre, posterolateralmente, em função do ligamento longitudinal posterior
não cobrir a área lateral como o anterior. Posteriormente o anel fibroso é mais
fino. Elas costumam ser achados causais em indivíduos assintomáticos; porém,
em casos sintomáticos, ocorrem dores na região lombar que pode irradiar-se
pela perna. Isso acontece em função da compressão dos nervos espinais pelo
núcleo extravasado.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 243

Envelhecimento dos Discos Intervertebrais


Com o passar dos anos os núcleos pulposos desidratam, perdem
elastina e proteoglinados, enquanto ganham colágeno. Dessa
forma, os discos perdem o turgor e ficam mais rígidos, tornando a distinção de
suas partes cada vez menor. O núcleo torna-se seco e granular e o anel fibroso
assume maior papel na sustentação da carga vertical. A perda discreta de
altura associada ao envelhecimento está relacionada ao aumento de
concavidades rasas nos corpos vertebrais adjacentes. Apesar disso, os discos
intervertebrais na verdade apresentam aumento no diâmetro (10% nas
mulheres e 2% nos homens) e na espessura ou altura (10% em ambos sexos)
entre os 20 e 70 anos.
[Moore 6ª edição, pág. 470]

CURVATURAS
A coluna vertebral de um adulto apresenta 4 curvaturas (2 cifoses, primárias, e 2
lordoses, secundárias). As curvaturas seguem a lógica das regiões das vértebras, sendo elas:
Cervical, Torácica, Lombar e Sacral. Elas são mantidas por diferenças de espessuras dos discos
IV (intervertebrais) nessas regiões. As curvaturas primárias são assim chamadas pois surgem
primeiro (no período fetal só existe essa curvatura). Posteriormente, com o nascimento e a
necessidade dos atos de levantar a cabeça e andar ereto são formadas as curvaturas
secundárias por compensação. São elas:
✓ Lordose (secundária) Cervical
✓ Cifose (primária) Torácica
✓ Lordose (secundária) Lombar
✓ Cifose (primária) Sacral

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 244

Patologias:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 245

VASCULARIZAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL


Irrigação
•Ramos Periosterais, Equatoriais e Espinais. Esses ramos provém de Aa. de
acordo com sua região:
•Pescoço: Aa. vertebrais e cervicais
•Tórax: Aa. intercostais posteriores
•Abdome: Aa. subcostais e lombares
•Pelve: Aa. iliolombar, sacrais laterais e mediana

Drenagem
•Vv. Espinais formam os plexos venosos intervertebrais internos (no espaço
extradural) e externos

Obs.: A vascularização da medula é abordada em neuroanatomia.


Basicamente, sua irrigação é realizada pela a. espinal anterior (ramo das aa.
vertebrais e mais inferiormente recebe ramos das radiculares) e 2 aa. espinais
posteriores (ramos da aa. vertebrais). As vv. seguem a lógica das artérias.

MÚSCULOS DO DORSO
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS
(camada superficial + intermediária)
Os músculos extrínsecos superficiais são toracoapendiculares, que
produzem e controlam os movimentos dos membros. Os mm. extrínsecos
Intermediários são finos respiratórios superficiais e propioreceptivos.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 246

MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO VASCULARI INERVAÇ FUNÇÃO


(proximal) (distal) ZAÇÃO ÃO (principal)
(motora)

• Ligamento • Retração e
Nucal Elevação da
Aa. e Vv. Cervical Escápula
• Protuberância • Clavícula
Transversa (ramo N. (Parte
Occipital • Acrômio Descendente)
Trapézio Externa (ínion) • Espinha da
do tronco Acessório
• Depressão
• Processos
tireocervical, que é (PC XI) da Escápula.
Escápula ramo da subclávia). (Parte
espinhosos Ascendente)
(C6 a T12)
• Processos N.
Espinhosos Toracodor Extensão,
Grande Sulco
sal
(T6 – T12) Rotação
Dorsal • Crista Ilíaca
Intertubercular Ramos das Aa. e (originado Medial e
(Latíssimo do Úmero Vv. Toracodorsais do fascículo
• Aponeurose Adução do
do Dorso) (bicipital) Posterior do
(fáscia) Plexo Úmero.
Toracolombar Braquial)
Processos Espinha da Elevação
Levantador
Transversos Escápula N. Dorsal da
da Escápula
(C1 à C4) da Escápula.
Processos A. e V. Dorsal da Escápula
Romboide (extremidade Escápula (ramo (provém do
Espinhosos
menor medial) da Subclávia) fascículo Retração
(C7 – T1) medial do da
Processos Margem Plexo
Romboide Braquial) Escápula
Espinhosos Medial da
MAIOR
(T2 – T5) Escápula

• Ligamento
Serrátil Nucal Margem
Eleva as
Posterior • Processos Superior das
Espinhosos Costelas (2ª à 4ª) Aa. e Vv. Costelas
Superior Nn.
(C7 à T3) Intercostais
Posteriores
Intercostais
Serrátil Processos Margem Inferior Abaixa
Posterior Espinhosos (T11 à das Costelas (9 as
Inferior L2) a 12) Costelas

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 247

MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO DORSO


(próprios do dorso ou profundos do dorso)
Mantém a postura e controlam movimentos da coluna vertebral. São
divididos em 3 camadas: Superficial, Intermédia e Profunda.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 248

MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


(proximal) (distal) ZAÇÃO (motora) (principal)

• Ligamento
Esplênio Nucal Supeolateral ao
da • Processos Processo Aa. e Vv.
Espinhosos Mastoide Extensão
Cabeça Cervicais, Nn. Espinais
cabeça
(C7 à T4) occipital, (ramos
e
dorsal da posteriores)
Esplênio Processos Processos escápula...
pescoço
do Espinhosos Transversos (C1
Pescoço (T1 à T6) à C4)

• Processos
Íliocostal Transversos • Aa. e Vv.
(eretor da Cervicais Intercostais
espinha) • Costelas e
• Tendão Inferiores Lombares Extensão
• Processos • Diversos Ramos e Flexão
longo na
Longuíssimo Crista Ilíaca Transversos outros Posteriores lateral
(eretor da Cervicais e ramos em do Nn. da
• Sacro (face diferentes Espinais coluna
espinha) posterior) Torácicos
partes vertebral
• Costelas
(cervical,
Espinal Processos
torácica e
Espinhosos
(eretor da (cervicais e
lombar)
espinha) torácicos)

Obs.: os mm. Íliocostal, Longuíssimo e Espinal são chamados de eretores da


espinha e se encontram em sintopia latero-medial: m. Íliocostal, m. Longuíssimo
e m. Espinal.

Macete em Sintopia Medio-Lateral: “ E L I ”

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 249

Processos
Transversoespinais
Transversos

Processos • Aa. e Vv.


Semiespinais Intercostais e
Transversos
Lombares Estabilização e
Processos • Diversos Ramos auxiliam na
Transversos, outros ramos
Processos Posteriores extensão nos
em
processos Espinhosos do Nn. movimento
diferentes
Multífidos Mamilares, partes Espinais giratórios da
Ligamentos (cervical, coluna
Sacroilíacos, torácica e
sacro... lombar)
Processos
Rotadores Transversos
(Curtos e Longos) (região
torácica)

Processos
Processos • Aa. e Vv. Extensão e
Espinhosos
Interespinais Espinhosos Intercostais e Rotação da
(faces
(faces superior) Lombares coluna vertebral
inferiores)
• Diversos Ramos
Processos outros ramos • Flexão Lateral
Processos Transversos Posteriores • Estabilização
Intertrasnversários em
Transversos das vertebras diferentes
dos Nn. da coluna
Adjacentes partes Espinais vertebral
Processos (cervical, Elevação das
Levatadores das torácica e
transversos Costelas Costelas e Flexão
Costelas lombar) Lateral da Coluna
(extremidades)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 250

Reto
Posterior Processo Espinhoso
Maior da (C2)
Cabeça Linha Nucal
Reto Inferior n. Suboccipital Extensão e
Posterior Tubérculo Posterior (Ramo Posterior de Flexão Lateral
Menor da (C1) C1) da Cabeça
Cabeça
Oblíquo Processo
Tubérculo Posterior
Inferior da Transverso
(C2)
Cabeça (C1)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 251

ESPAÇOS

TRÍGONO SUBOCCIPTAL
Esse é um espaço profundo.

➢ Limites:
Superomedial: m. Reto Posterior Maior da Cabeça
Superolateral: m. Oblíquo Superior Cabeça
Inferolateral: m. Oblíquo Inferior da Cabeça
Teto: m. Semiespinal da Cabeça

➢ Conteúdo:
✓ A. Vertebral
✓ N. Suboccipital

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 252

TRÍGONO DA AUSCULTA
➢ Limites:
Medial: Trapézio (borda inferior)
Lateral: Escápula (borda medial)
Inferior: m. Grande Dorsal (latíssimo do dorso)
Assoalho: m. Romboide maior

➢ Função:
• Ausculta pulmonar

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 253

TRÍGONOS LOMBARES:
• Inferior (de Jean-Louis PETIT)

➢ Limites:
Inferior: Crista ilíaca
Medial: M. grande dorsal (latíssimo do dorso)
Lateral: M. Oblíquo externo,
Assoalho: m. Oblíquo interno do abdome

➢ Importância: Acesso cirúrgico ao rim e Hérnias Lombares

• Superior (de Grynfelt)/ “Quadrilátero* de Grynfelt”/ Triângulo Lombocostoabdominal


➢ Limites:
Superior: 12ª Costela
Inferolateral: m. Oblíquo interno do abdome
Medial: m. Quadrado Lombar
Teto: m. Grande Dorsal (latíssimo do dorso)
Assoalho: aponeurose m. transverso do abdome
* Obs.: pode ser considerado um quadrilátero, caso considerado o m. Serrátil
Posterior Inferior

➢ Importância: Hérnias Lombares

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 254

ANATOMIA DE SUPERFÍCIE

Em parte da população, pode haver duas vértebras proeminentes com


destaque – C7 e T1. Para diferenciar:

→ Flexionar o pescoço, enconstando o queixo no peito

→ Palpar os processo espinhosos da vértebras proeminentes mais superior

→ Estender o pescoço, ainda palpando a proeminência óssea e,


posteriormente, girar o pescoço para os lados (olhar para os lados). Obs.:
movimentação na articulação trocoidea entre dente do áxis (C2) e fóvea do
dente (c1)

Caso a proeminência se mover junto, se trata de C7, caso ela for fixa, se trata
de T1.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA DORSO 255

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 256

Membro Inferior

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 257

DIVISÕES DO MEMBRO INFERIOR


O Membros Inferiores tem como função a sustentação do corpo e
locomoção.

Glútea: Contém nádegas e


região do quadril.

Coxa (femoral): Pode ser


dividida em anterior e posterior.

Joelho: Pode ser dividida em


anterior e posterior.

Crural: Pode ser dividida em


anterior e posterior.

Talocural (do Tarso): Pode ser dividida em anterior e posterior.

Pé: É dividida em Tarso, Metatarsos e Falanges. Também pode ser dividia


em Antepé, Mediopé e Retropé.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 258

OSSOS DO MEMBRO INFERIOR


❖ Osso do Quadril (Ilíaco)
❖ Fêmur
❖ Patela
❖ Fíbula
❖ Tíbia
❖ Ossos do Pé

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 259

OSSO DO QUADRIL (ILÍACO)


Esse osso é a fusão do Ílio (superior), Púbis (inferior e anterior) e Ísquio
(posterior e inferior) ao fim da adolescência. Inicialmente estão unidos por
cartilagem hialina, através da cartilagem trirradiada, em forma de Y localizada
no centro do acetábulo. O osso único formado é chamado de ilíaco. Há dois
ilíacos, um esquerdo e outro direito. Unidos anteriormente pela sínfise púbica e
posteriormente pelo Sacro (abordado em dorso) formam a pelve.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 260

✓ Estruturas Importantes e Inserções:

Espinha Ilíaca Anterossuperior (EIAS)


•M. Sartório
•M. Tensor Fáscia Lata
•Ligamento Inguinal
•Ligamento Iliofemoral

Espinha Ilíaca Anteroinferior (EIAI)


•M. Reto Femoral

Linha Pectínia
•M. Pectíneo
•M. Psoas Menor

Ramo Superior do Púbis


•M. Adutor Longo

Ramo Inferior do Púbis


•M. Adutor Curto
•M. Adutor Magno ( parte Adutora). A parte do Jarrete é no Túber Isquiático
•M. Grácil

Túber Isquiático
•M. Adutor Magno (parte do Jarrete)
•M. Semitendíneo (parte posterior do túber)
•M. Semimembranoso (posterior do túber)
•M. Biceps Femoral (Cabeça Longa) (parte posterior do túber)
•M. Quadrado Femoral
•M. Gêmeo Inferior

Forame Obturado
•M. Obturador Externo (na membrana obturatória, anteriormente)
•M. Obturador Interno (na membrana obturatória, posteriormente)

Espinha Isquiática
•M. Gêmeo Superior

Face Auricular
•Articulação com o Sacro (sacroilíaca)

Fossa Ilíaca
•M. Ilíaco

Linha Glúteas Posterior, Anterior e Inferior (sigla PAI )


•Linha Glútea Posterior: M. Glúteo Máximo
•M. Glúteo Médio: Entre as linhas Glúteas Posterior e Anterior.
•Linha Glútea Anterior
•M. Glúteo Mínimo: Entre as linhas glúteas Anterior e Inferior
•Linha Glútea Inferior

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 261

FÊMUR
É o maior osso do corpo humano. É composto pelo Corpo (diáfise) e por
duas (2) extremidades. A cabeça se articula com o acetábulo do osso ilíaco.
O ângulo de inclinação é maior em crianças (em torno de 135º aos 3 anos) e
vai diminuindo com o passar dos anos (adulto ≈ 126º e idoso ≈ 120º). O ângulo
em mulheres é menor porque pelve é mais larga (porém menor). O ângulo é
vantajoso para a marcha bípede, porém aumenta a tensão no osso (em
especial no Colo anatômico).

Obs.: Quanto Maior o ângulo: + Vara // Quanto Menor o ângulo: + Valgo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 262

✓ Estruturas Importantes e Inserções:


Trocanter Maior
•M. Vasto Lateral
•M . Glúteo Médio
•M. Glúteo Mínimo
•Rotadores Laterais da coxa

Trocanter Menor
•Iliopsoas (ilíaco + psoas maior)

Linha Pectínea do Fêmur


•m. Pectínio

Linha Áspera
•M. Vasto Medial
•M. Vasto Lateral
•Bíceps Femoral - Cabeça Curta
•M. Adutor Curto
•M. Adutor Longo
•M. Adutor Magno - Perte do Jarrete

Epicôndilo Lateral
•M. Gastrocnêmio (cabeça lateral)
•M. Plantar
•M. Poplíteo

Epicôndilo Medial
•M. Gastrocnêmio (cabeça medial)

Tubérculo do Adutor
•M. Adutor Magno (parte do JARRETE)

Fóvea da Cabeça do Fêmur


•Ligamento Redondo do Fêmur ( No início da vida dá passagem para artéria)

Crista Intertrocantérica
•Músculo Quadrado Femoral

Tuberosidade Glútea
•M. Glúteo Máximo

Fossa Trocantérica (Face Medial do Trocanter Maior)


•M. Obturador Interno
•M. Obturador Externo
•M. Gêmeo Superior
•M. Gêmeo Inferior

Linha Intertrocantérica
•M. Vasto Medial
•LIgamento iliofemoral

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 263

TÍBIA E FÍBULA
São os ossos da perna. A Tíbia articula-se superiormente com o fêmur no platô
tibial e com a cabeça da fíbula na em sua face articular fibular. Inferiormente
articula-se com a fíbula na incisura fibular e com o osso tálus do pé. A fíbula
também se articula com o tálus, junto com tíbia. Entre a tíbia e a fíbula ocorre
articulação Fibrosa tipo Membrana Interóssea.

Obs.: Quando os mm. Sartório, Grácil e


Semitendinoso estão inseridos na Face
medial à Tuberosidade da Tíbia é formada
a “Pata de Ganso” (pes anserinus)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 264

✓ Estruturas Importantes e Inserções:


Tuberosisade (anterior) da Tíbia
•Tendão Quadricipital - Liga os 4 mm. que compõem o quadríceps ( Vastos
medial, lateral, intermédio e reto femoral)

Face Medial à Tuberosiade da Tíbia " PATA-DE-GANSO"


•M. Sártório
•M. Grácil
•M. Semitendinoso

Côndilo Lateral da Tíbia


•M. Tibial Anterior
•M. Extensor Longo dos Dedos

Côndilo Medial da Tíbia


•M. Semimembranoso

Tubérculo de Gerdy
•Trato Iliotibial

Linha para o Músculo Sóleo


•M. Sóleo

Face Posterior da Tíbia


•M. Poplíteo
•M. Sóleo
•M. Tibial Posterior
•M. Flexor Longo dos Dedos

Membrana Interóssea
•M. Tibial Anterior
•M. Tibial Posterior
•M. Extensor Longo dos Dedos
•M. Extensor Longo do Hálux

Cabeça da Fíbula
•M. Bíceps Femoral
•M. Fibular Longo

Face Lateral da Fíbula


•M. Fibular Longo
•M. Fibular Curto
•M. Fibular Terceiro
•M. Extensor Longo dos Dedos

Face Posterior da Fíbula


•M. Tibial Posterior
•M. Flexor Longo do Hálux
•M. Fibular Curto

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 265

OSSOS DO PÉ
São divididos em:

✓ TARSO (7 ossos)
✓ METATARSO (5 ossos)
✓ FALANGES (14 ossos)

Parte posterior ou Possui 5 Metatarsos, Todos os dedos


proximal. Contém os ossos
Calcâneo(1) Tálus(2),
os quais possuem contêm três (3)
Navicular(3), Cuboide(4) e Base, Corpo e falanges (proximal,
Cuneiformes medial(5), Cabeça. Iniciam na média e distal), com
intermédio(6) e lateral(7). articulação De exceção do Hálux,
Contém a articulação Lisfranc e vão até a que possui apenas
transversa do tarso (de
Chopart) entre Navicular, articulação com as duas (2) – Proximal e
Cuboide, Calcâneo e falanges proximais. Distal.
Tálus. Se estende até a
linha Tarsometarsal, ou
articulações
Tarsometatarsais (de
Lisfranc).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 266

Também podem ser divididos em:

✓ Retropé:

(Calcâneo e Tálus)

✓ Mediopé:

(Cuboide, Navicular e Cuneiformes)

✓ Antepé:

(Metatarsais e Falanges)

➢ Estruturas:

Ossos Sesamoides medial e lateral


• Ficam inferiormente, na cabeça do 1º metatarso. Estão inseridos nos
Tendões

Sustentáculo do Tálus
• Situa-se medialmente, no Calcâneo. Serve como suporte ao Tálus.
Abaixo dele está o sulco para o M. Flexor Longo do Hálux

Falanges Distais
• Onde se inserem os Flexores ou Extensores longos

Falanges Proximais
• Onde se inserem os Flexores ou Extensores curtos

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 267

Clínica: Ossos Membro Inferior

• Lesões do Membro Inferior


✓ Maioria é causada por trauma agudo durante esportes de contato e pelo desgaste em
esportes de resistência
✓ Adolescentes são mais vulneráveis pelo sistema musculoesquelético em amadurecimento:
➢ Ossificação endocondral de alguns ossos ainda não foi concluída (ainda
há epífises que podem ser deslocadas)
➢ No “estirão” ossos crescem mais rápido que músculos fixados, o que
somado às atividades físicas muito intensas pode provocar irritação e até
mesmo lesão das cartilagens e do osso em desenvolvimento
(osteocondrose). Isso tudo favorece doenças como Osgood-Schlatter e
Sever-Haglund
• Lesões dos Ossos do Quadril
✓ Também chamadas de fraturas pélvicas
✓ Representam porcentagem muito pequena das lesões de Membro Inferior
✓ Merece destaque a fratura por avulsão do osso do quadril, na qual forças de aceleração (+
ou -) súbitas durante a prática de esportes resultam num arrancamento de parte do osso
fixada em tendão ou ligamento.
➢ Ocorrem nos locais de fixações dos músculos (inserções).
➢ Exemplos clássicos são as avulsões pela contração dos mm.:
➢ EIAI pelo m. Reto Femoral; Parte do Túber Isquiático pelos mm. do Jarrete; Ramos
Isquiopúbicos pelos mm. Adutores da Coxa
❖ A título de Curiosidade e correlação com as fraturas por avulsão está a
lesão mais famosa do atacante Ronaldo Nazário. Da mesma forma, a
lesão sofrida pelo futebolista tem relação com a contração muscular
súbita e potente. Porém, no caso do jogador eleito 2x o melhor do mundo
a contração muscular rompeu o resistente ligamento patelar ao invés de
avulsar a parte óssea, nesse caso a tuberosidade da tíbia. Portanto, esse
caso serve como correlação para demonstrar que, por vezes, atletas de
explosão e elevada força muscular, como halterofilistas ou no caso do
atacante, o músculo é tão forte que os ossos ou ligamentos não suportam
as cargas impostas e acabam sendo arrancando (avulsados) ou
rompidos, respectivamente. Esse também é um fator de risco do uso de
anabolizantes, pois o músculo tem um aumento em sua força que pode
não ser suportada pelo corpo.

• Coxa Vara e Valga


✓ O ângulo de inclinação entre em Colo e Corpo do fêmur com a
idade, sexo e desenvolvimento
✓ Quando esse ângulo está:
➢ Aumentado: coxa Valga
➢ Diminuído: coxa Vara. Esse tipo causa leve encurtamento do membro inferior e limita
abdução passiva

*Curiosidade: A origem do termo “valgo” e “varo”. São adjetivos latinos que descrevem
deformações de ossos ou articulações em relação à linha mediana.

• Luxação Epífise da Cabeça do Fêmur


✓ Incidência: geralmente, dos 10 aos 17 anos
✓ O que é? Deslizamento da cabeça em relação ao colo devido a enfraquecimento da
lâmina epifisal
✓ O que causa? Trauma agudo ou microtrauma repetitivo, o que aumenta o estresse de
cisalhamento na epífise. Em especial, abdução e rotação lateral da coxa. Obs.: pode
acontecer lenta luxação, causando progressivo deslizamento, formando uma coxa vara
progressiva
✓ Sintomas: desconforto no quadril que pode ser referido no joelho
✓ Diagnóstico: Exame Radiológico

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 268

• Fraturas do Fêmur

✓ Muito Comum em idosos, especialmente do sexo feminino


✓ Região mais acometida: COLO (parte mais estreita, fraca e que
faz ângulo acentuado)
✓ Podem ocorrer fraturas da parte proximal em diversos locais:
• Meio do Colo (Transcervical): região do colo
anatômico
• Intertrocantérica: região do colo cirúrgico
▪ Geralmente causadas por Trauma Direto; Instáveis;
Impactação resulta em cavalgamento de fragmentos e, conseq.,
encurtamento do membro (espasmo muscular também contribui)
✓ Intracapsulares (dentro da cápsula): isquemia → necrose da cabeça do Fêmur

Ocorre necrose porque os ramos provenientes da artéria femoral profunda (que irrigam o colo
e a cabeça do Fêmur) perdem a comunicação com a cabeça, sendo o ramo acetabular da a.
obturatória, quando atuando sozinho, insuficiente para nutrir a cabeça do fêmur, causando
necrose. Então, em casos de suspeita de fratura da região intracapsular, pensar em risco de
necrose. Obs.: Complicação muito comum!

✓ Corpo do Fêmur e Trocanter Maior: causadas por golpes diretos e mais comuns em
jovens (acidentes, esportes)
✓ Fratura de Corpo do Fêmur
➢ Corpo Proximal (terço superior): fragmente proximal é fletido, abduzido
girado lateralmente. Fragmento distal é aduzido, puxado para cima e
girado lateralmente
➢ Corpo Terço Médio: fragmento distal é puxado para cima pelos mm. do
jarrete e quadríceps;
➢ Em Espiral (pode haver superposição = encurtamento do membro)
➢ Cominutiva (deslocamentos em várias direções). Obs.: Grave, dependendo do
local, consolidação pode levar até um ano
➢ Corpo Distal: podem ser graves, pois
▪ Podem separar côndilos → desalinhamento das sup. Articulares
▪ Podem causar Hemorragia da a. Poplítea, o que corrompe irrigação da perna.
Obs.: Sempre cogitar em fraturas ou luxações de joelho

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 269

Patela
• Luxação da Patela

✓ Quase sempre Lateral


✓ Causada por problemas congênito
(subdesenvolvimento do côndilo lateral
do fêmur) e traumas (trauma às inserções
do mm. quadríceps da patela, em
especial do vasto medial)
✓ Mais comum em mulheres pelo maior
ângulo Q (causado pelo quadril mais
largo)
✓ A tendência à luxação (que é lateral) é
neutralizada pela força medial do
músculo vasto medial.
✓ Além disso da força do m. vasto medial,
há outros mecanismos mecânicos que
evitam que a tendência de a patela
luxar lateralmente ocorra:
➢ O côndilo lateral do fêmur é projetado anteriormente
➢ A face lateral da patela é mais profunda
✓ Porém, mesmo com os mecanismos acima, apesar da luxação não ocorrer de fato, num
joelho muito angulado (valgo) e com o vasto medial fraco há um desequilíbrio de forças
causando um trajeto anormal, mesmo sem que ocorra a luxação, o que resulta em dor
crônica.

• Síndrome Patelofemoral
✓ Dor profundamente à patela
✓ Geralmente causada por corrida excessiva em decliva
✓ Por isso, costuma ser chamado de joelho do corredor
✓ Microtraumatismos repetitivos em função do trajeto anormal da patela
em relação ao fêmur
✓ Também pode resultar de um trauma (golpe) direto na patela, bem
como pelo desgaste da cartilagem articular
✓ A patela geralmente é luxada lateralmente
✓ O fortalecimento do músculo vasto medial pode corrigir a disfunção,
pois ele traciona a patela medialmente (fixa-se na margem medial).

• Fraturas da Patela
✓ Resultado de trauma direto ou indireto
o Direto: violência direta; diversos fragmentos; não se separam,
pois, estão envoltos pelo tendão quadricipital
o Indireto: contração repentina do m. quadríceps; patela é
fraturada a frente dos côndilos; joelho na
✓ Quando ocorre fratura transversa o
fragmento proximal é tracionado
para cima com o tendão do
quadríceps e o fragmento distal
permanece estático, preso ao
ligamento patelar

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 270

• Fraturas da Tíbia
✓ O corpo da tíbia é mais estreito na junção dos terços médio e inferior: local mais
frequente de fraturas
✓ Expostas: trauma direto (geralmente para-choque de carro)
✓ A nível do canal nutrício: predisposição a não consolidar (↓ vascularização).
✓ Transversais por estresse: terço inferior. Ex.: iniciantes em caminhadas longas sem
devida preparação
✓ Diagonal: por torção grave. Junção do terço médio e inferior + fratura da fíbula
junto (de brinde )

Esse tipo de fratura é comum nos esportes.


São exemplos dessa lesão os casos do
jogador da seleção francesa de futebol Cisse,
2 vezes (2004 e 2006) por pancada na região
posterior da perna, e o do lutador brasileiro
Anderson Silva em sua primeira luta contra Chris Weidman.

✓ Associada com encurtamento de membro: cavalgamento das extremidades


✓ Curiosidade: Você já viu isso em jovens?
A tuberosidade da tíbia ainda não está completamente
ossificada em jovens (11 – 16 anos). O tendão patelar se insere
na cartilagem, pois ainda não ossificou completamente, e ela é
mais fraca. A tração sobre o ligamento patela causada pela
contração do m. quadríceps causa fissuras na cartilagem,
causando inflamação, dor e um tubérculo na parte anterior da
tuberosidade da tíbia. Isso é chamado de Doença de Osgood-
Schlatter. Esse fenômeno é muito comum, sobretudo em atletas
jovens, pela maior frequência e intensidade dos saltos e
corridas; geralmente desaparece com o término do crescimento, pois a cartilagem é
calcificada. Para ver mais sobre a inserção do tendão no osso, vide o capítulo de introdução.
• Fraturas da Fíbula
✓ Geralmente, 2-6 cm acima da extremidade distal do maléolo lateral.
Podem estar associadas a luxações da articulação do tornozelo,
ganhando o brinde de fratura da Tíbia
✓ Inversão ou Eversão excessiva → lesão → Marcha comprometida pela
instabilidade articular
✓ Fraturas do colo ou cabeça da fíbula podem lesionar o nervo fibular
comum ou até mesmo a a. tibial anterior
• Fraturas de Calcâneo
✓ Queda em pé com força sobre o calcanhar
✓ Tipo + comum de fratura: Cominutiva (vários pedaços)
✓ Geralmente incapacitante (rompe articulação Talocalcânea)
• Fraturas de Ossos Metatarsais
✓ Objeto Pesado Caindo sobre o pé ou esmagamento por roda de carro, por
exemplo
✓ Comuns em dançarinos (podem perder o equilíbrio com o peso sobre o pé
✓ Também por Fadiga (estresse repetitivo).
✓ Inversão súbita e violenta do pé pode avulsar a tuberosidade do 5º
meta: Fibular Curto avulsa o osso. Está associada a entorse grave. Ex.:
basquete, futebol.
Curiosidade: o atacante do Manchester City Gabriel de Jesus, também camisa 9 da
seleção brasileira, recentemente (fev. 2017) sofreu uma fratura do 5º Metatarso.
Posteriormente, em fev. 2018, o atacante Neymar, camisa 10 do PSG e da seleção brasileira,
fraturou a tuberosidade do 5º metatarso. Ambos se submeteram a procedimentos cirúrgicos
para colocada de pinos. O tipo de fratura e o mecanismo são incertos, pois os exames de
imagem e os detalhes dos casos não foram abertamente divulgados.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 271

MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR


REGIÃO GLÚTEA

ORIGEM VASCULARIZA INERVAÇ FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO ÃO
(proximal) ÇÃO (principal)
(distal) (motora)

• Trato iliotibial • Extensão da


• Linha Glútea N. Glúteo
• Tuberosidade Coxa
Posterior Aa. e Vv. Glútea
Glúteo Glútea
Inferior • Rotação
• Face Posterior do Inferior e Superior
Máximo Sacro (ocasionalmente) (L5, S1, Lateral da
S2) Coxa
• Lig. Sacrotuberal
• Estabilização

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 272

Glúteo Entre Linhas Glúteas


Médio Posterior e Anterior
Trocanter A. e V. Glútea • Abdução
Maior Superior N. Glúteo • Rotação
Glúteo Entre Linhas Glúteas Medial
Superior
Mínimo Anterior e Inferior • Estabilização
(L5, S1) (evitam marcha de
Tensor da Trato iliotibial Trendelemburg)
(o qual se insere A. e V. Circunflexa
Fáscia EIAS no tubérculo de Femoral Lateral
Lata Gerdy)
Face Anterior do Aa. e Vv. Glúteas n. para o
Piriforme Sacro + Lig. Superior, inferior e m.
Sacrotuberal Pudenda Interna Piriforme
• Rotação
Aa. e Vv. Glútea Lateral da
Gêmeo
Espinha Isquiática Inferior + Pudenda
N. para o Coxa
Superior Interna
M. • Abdução
Trocanter
Obturador (coxa
Obturador
Membrana Maior Aa. e Vv. fletida)
Obturadora Pudenda interna Interno
Interno • Estabilização
(posteriormente) e Obturatória
cabeça do
fêmur
Gêmeo N. para o
A .e V.
Inferior M.
Circunflexa
Túber Isquiático Quadrado
“Trocanter Maior” Femoral Femoral
Quadrad (No tubérculo Medial
• Rotação
(L5, S1) Lateral da
o Femoral Quadrado, na crista
interrocantérica) Coxa
Membrana Trocanter Maior Aa. e Vv. • Estabilização
Obturador Circunflexa Femoral N. Cabeça do
Obturadora (fossa Medial e
Externo trocantérica)
Obturatório Fêmur
(anteriormente) Obturatória

Obs.: Tabela Feita baseada no Moore 6ª edição e Netter 6ª edição


➢ Macete para Memorizar Inervação:

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LOJA ANTERIOR DA COXA

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 274

ORIGEM VASCULARIZAÇÃO INERVAÇÃO FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO
(proximal) (motora) (principal)
(distal)

Aa. e Vv.
Linha Pectínea do Linha Pectínea N. Femoral
• Adução
Circunflexa
Pectíneo Púbis • Flexão da
do Fêmur Femoral Medial e (L2, L3)
(ramo superior do púbis) Obturária Coxa

Psoas
Laterais das Trocanter
Maior Vértebras T12 – L5 Nn.
Menor
(iliopsoas) Lombares
(ramos • Flexão da
Psoas Laterais das Linha pectínea Ramos das A. e
V. Iliolombar anteriores) Coxa
Menor Vértebras T12 – L1 do Púbis
(ramos da ilíaca • Estabilização
• Crista Ilíaca Interna) articulação
• Fossa Ilíaca do quadril
Ilíaco • Asa do Sacro Trocanter N. Femoral
(iliopsoas) • Ligamentos Menor
Sacroilíacos (L2, L3)
Anteriores
• Flexão,
Abdução
Sartório Margem Medial e Rotação
(Costureiro; à Tuberosidade A. e V. N. Femoral
m. paralelo EIAS da Tíbia (Pata Femoral (L2, L3)
lateral da
Coxa
fino;
m. de taylor) de Ganso) • Flexão na
articulação
do joelho
Reto
Femoral
(Quadríceps
EIAI Tendão
Quadricipital que
femoral) se liga a Patela, a
• Linha qual é ligada a • Extensão
Vasto da Perna
Intertrocantérica Tuberosidade da
Medial • Linha áspera (lábio tíbia pelo A. e V. • Estabiliza
(Quadríceps) medial) Ligamento Femoral o Joelho
Patelar. Vastos (Reto femoral
Vasto • Trocanter Maior Profunda N. Femoral também ajuda
Medial e Lateral
Lateral • Linha áspera também se fixam (L2, L3, L4) na flexão da
(lábio lateral) Coxa)
(Quadríceps) a patela por
aponeuroses
Vasto Face anterior e lateral (retináculos).
Intermédio (diáfise) do Fêmur
(Quadríceps)

Articular Superfície Distal da Traciona


Bolsa A. e V. Superiormente
do Face anterior do
Suprapatelar Femoral a bolsa
Joelho Fêmur suprapatelar
Obs.: Em fevereiro de 2016 foi comprovada a existência do Músculo Tensor do Vasto
Intermédio; dessa forma, o quadríceps, na verdade, é composto por cinco (5) músculos. Tabela
feita com base nas 6ªs edições do Moore e Netter.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 275

LOJA MEDIAL DA COXA

ORIGEM VASCULARIZA INERVAÇÃO FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO
(proximal) ÇÃO (motora) (principal)
(distal)

Corpo do Púbis Linha Áspera do


Adutor
(inferior a crista Fêmur (terço
Longo púbica) médio) • Adução
• Linha Áspera do
da Coxa
Ramo inferior • Flexão da
Fêmur (terço
Adutor do Púbis e coxa
proximal)
Curto Corpo do • Linha Pectínea do (parte adutor
Púbis do Ad.
Fêmur
Aa. e Vv.
Adutor • Ramo N. Magno)
Inferior do Tuberosidade Femoral Obturatório
Magno
(parte
Púbis Glútea, Linha Profunda
• Ramo do Áspera do Fêmur
Adutora) Ísquio

Ramo inferior Margem Medial à Adução,


Flexão e
do Púbis e Tuberosidade da
Grácil Rotação
Corpo do Tíbia (Pata de Medial da
Púbis Ganso) Coxa

Obs.: Tabela feita baseado na 6ª edição do Moore e Netter. Pode haver Divergências
quanto a classificação do m. Obturador Externo como sendo da Loja Medial ou da
Região Glútea.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 276

LOJA POSTERIOR DA COXA

VASCULA
ORIGEM INERVAÇÃO FUNÇÃO
MÚSCULO INSERÇÃO RIZAÇÃO
(proximal) (principal) (motora) (principal)
(distal)

Face Medial da
Semitendí- Flexão da
Parte Superior da •
neo Perna
Tíbia (Pata de
Túber Ganso) N. Isquiático • Extensão da
Coxa
Isquiático Côndilo Medial da
(divisão tibial) • Rotação
Semimem- Medial
Tíbia (quando
branoso (parte posterior) joelho fletido)

Cabeça Longa: A. e V. • Flexão da


N Isquiático Perna
Túber Femoral
Bíceps Isquiático
• Cabeça
• Extensão da
Cabeça da Profunda Longa :
Femoral Cabeça Curta:
Fíbula
divisão Tibial

Coxa
Rotação
Linha áspera • Cabeça
Curta: lateral
do Fêmur (quando
divisão fibular
joelho fletido)

Adutor
Túber Tubérculo do Extensão da
Magno N. Isquiático
Adutor do Fêmur Coxa
(parte do Isquiático (divisão tibial)
jarrete)

Obs.: Tabela feita baseado na 6ª edição do Moore e Netter

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 277

LOJA ANTERIOR DA PERNA

ORIGEM VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO
(proximal) ZAÇÃO (motora) (principal)
(distal)

• Côndilo Lateral
da Tíbia • Cuneiforme
• Face lateral da • Dorsiflexão
Tibial Medial
fíbula (metade • Inversão
Anterior superior) • Base do 1º
do Pé
• Membrana Metatarso
Interóssea
• Côndilo Lateral
Extensor da Tíbia • Extensão
• Face Medial da Falanges Média dos 4
Longo Fíbula (¾ e Distal do 2ª ao N. Fibular dedos
dos Superior) 5º dedo Profundo laterais
Dedos • Membrana A. e V. Tibial • Dorsiflexão
Interóssea (ramo do
Anterior
Fíbula (face
Fibular
Extensor •
Falange distal comum) • Extensão
anterior)
Longo do • Membrana do Hálux do Hálux
Hálux Interóssea (face dorsal) • Dorsiflexão
• Face
anterior da
Fibular Fíbula (terço • Dorsiflexão
5º metatarso • Inversão do
Terceiro inferior) (dorso da base) pé (auxilia)
• Membrana
Interóssea
Obs.: Tabela feita baseado na 6ª edição do Moore e Netter

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 278

LOJA LATERAL DA PERNA

ORIGEM VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO
(proximal) ZAÇÃO (motora) (principal)
(distal)

• Cabeça da
Fíbula 1º Metatarso
Fibular • Face (base) +
Longo Lateral da Cuneiforme
Medial N. Fibular • Eversão
Fíbula (2/3
Superiores) A. e V. Superficial do Pé
(ramo do • Fraca
Fibular
Fibular Flexão
Face Lateral da Tuberosidade comum)
Fibular Fíbula (2/3 do 5º
Plantar
Curto inferiores) Metatarso

Obs.: Tabela feita baseado na 6ª edição do Moore e Netter

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LOJA POSTERIOR DA PERNA

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 280

ORIGEM VASCULARIZ
INSERÇÃO INERVAÇÃO FUNÇÃO
MÚSCULO (inserção AÇÃO
(distal) (motora) (principal)
proximal)

• Flexão
Côndilos Medial Plantar
Gastrocnêmio (com joelho estendido)
e Lateral • Flexão da
Perna
• Linha para o
M. Sóleo
Flexão
(tíbia) Aa. e Vv.
• Cabeça da Tendão do Plantar
Sóleo Tibial
fíbula Calcâneo
Posterior e
N. Tibial (independenteme
nte da posição do
• Parte superior
(de Aquiles)
da fíbula Poplítea joelho)
(posteriormente)
• Linha
Supracondilar Auxilia de forma
Lateral do fraca na flexão
Plantar Fêmur plantar. É um
• Lig. Poplíteo músculo vestigial.
oblíquo

• Côndilo Essencialmente,
Face Posterior da Aa. e Vv.
Lateral do exerce funções de
Tíbia Inferiores medias
Poplíteo Fêmur
e laterais do
estabilização para
(superior à linha para o a articulação do
• Menisco m. Sóleo) joelho joelho.
Lateral
Flexor Face • Flexão do
Falange Distal do Hálux
Longo do Posterior da A. e V. Fibular
Hálux (base) • Flexão plantar
Hálux Fíbula fraca

Flexor Face Posterior da Falanges Distais N. Tibial • Flexão dos


Tíbia (inferior à A. e V. Tibial Dedos
Longo dos linha para o m. (bases) dos 4
Posterior (menos o hálux)
Dedos Sóleo). dedos laterais • Flexão plantar
• Navicular
• Membrana (tuberosidade)
Interóssea • Cuneiforme • Flexão
Tibial • Face • Cuboide
A. e V. Fibular Plantar
Posterior posterior da • Sustentáculo do
Tíbia e Tálus • Inversão
Fíbula • 2º, 3º e 4º
metatarsos (bases)

Obs.: Tabela feita baseado na 6ª edição do Moore e Netter

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 281

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 282

ORIGEM VASCULARI INERVAÇÃ FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO
(proximal) ZAÇÃO O (motora) (principal)
(distal)

Abdução +
Abdutor Falange Proximal do 1º A. Plantar
Processo Flexão do
do Hálux dedo( face medial) Medial
Hálux
Medial da N. Plantar
Flexor Tuberosidade
Falanges Médias dos 4
Medial
do Calcâneo Flexão Dedos
Curto dos dedos Laterais (pelos
dois lados) (menos hálux)
Dedos A. Plantar
Abdutor Processos Medial e
Falange Proximal do Lateral N. Plantar
Abdução +
Lateral da
do Dedo Tuberosidade do
Dedo Mínimo (face Flexão do
lateral) Lateral Dedo Mínimo
Mínimo Calcâneo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 283

Margem (posterolateral) Aa. Plantares Auxilia Flexão


Quadrado Face Plantar N. Plantar
do Tendão do M. Flexor Lateral e dos Dedos
Plantar do Calcâneo Longo dos Dedos Medial
Lateral (exceto hálux)
N. plantar Flexão das
Tendões do Medial : 1º, Falanges Proximais
Face Medial da
Lumbricais m. Flexor mais medial e Extensão das
Expansão sobre os Aa. Plantares
(são 4) longos dos 4 dedos laterais.
N. plantar Falanges Médias e
Lateral: 2º, 3º e Distais dos dedos
dedos 4º, laterais (exceto hálux)

Flexor do Flexão falange


Base 5º Falange Proximal (base) A. Plantar
Dedo do 5º dedo
proximal do Dedo
Metatarso Lateral Mínimo
Mínimo
Cabeça Oblíqua: N.
Bases do 2º ao 4º
Metatarsos Plantar
Aa. Plantar
Adutor do Cabeça
Face Lateral ( falange Lateral Adução do
Transversa: lateral e
Hálux ligamentos da
proximal) do Hálux Hálux
articulação Medial
metatarsofalângicas
(MTF)

N. Flexão
Flexor • Cuboide
Falange Proximal
• Cuneiforme A. Plantar falange
Curto do lateral (faces do Hálux Medial Plantar proximal do
(pelos dois lados)
Hálux plantares) Medial Hálux

Interósseos 3º ao 5º
metatarso
Palmares 3º ao 5º metatarso Adução dos
(bases e
(três) faces
(bases e faces mediais) Aa. dedos
IPAd mediais) Metatarsais N. Plantar
Interósseos Faces Dorsais e Lateral
Dorsais adjacentes do Faces laterais dos Plantares Abdução dos
(quatro) 1º ao 5º metatarsos dedos
IDAb metatarso
Obs.: O m. Flexor do Dedo Mínimo pode ser chamado de curto, apesar de não existir
nenhum “m. Flexor longo do Dedo Mínimo”.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 284

Extensão dos
Extensor • Calcâneo Tendões do m.
Dedos (menos
Curto dos Raiz do Extensor longo do
• do hálux) –
Dedos Retináculo 2º ao 4º dedo A. Dorsal do N. Fibular ajuda.
Extensor
Inferior dos
Face Dorsal do Pé Profundo
Mm. Extensão do
Curto do Hálux (falange
Extensores Hálux (auxilia)
Hálux Proximal – base)

Obs.: Tabela feita baseado na 6ª edição do Moore e Netter

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 285

Clínica: Músculos Membro Inferior


• Glúteo Máximo e Injeções Intramusculares:
✓ Músculo espesso, grande e com fascículos grossos que podem ser separados sem dano
✓ Ideal para injeções intramusculares
✓ Para evitar lesão ao n. isquiático:

• Lesões dos Músculos do Jarrete


✓ Estiramento/Rupturas no ventre muscular. Obs.: Distensão é uma lesão na
junção musculo-tendínea ou no tendão
✓ Há 3 graus nas lesões musculares. Obs.: também vale para os tendões
o I – Não há ruptura das fibras; apenas estica causando dor sem
romper;
o II – Lesão Parcial das fibras
o III – Rompimento de todas as fibras
✓ É a lesão muscular mais comum em atletas. No futebol, pode chegar a 60% do
total das lesões musculares da equipe
✓ Entre os mm. do Jarrete o mais acometido é o Bíceps Femoral
✓ Comum em indivíduos que correm ou chutam com grande intensidade
✓ Podem, devido ao esforço muscular violento causar avulsão das inserções
tendíneas no túber isquiático
✓ A ruptura de vasos junto das fibras musculares pode resultar em hematoma
✓ Na imagem, Usain Bolt sentindo a musculatura posterior da coxa em sua última
prova, em Londres (2017).

• Ruptura do Músculo Reto Femoral


✓ Rompe em movimentos de extensão súbitos, violentos,
da articulação do joelho
✓ O ventre do m. se retrai proximalmente, deixando um
espaço que pode ser palpável na face anterior da
coxa
✓ Rompimento completo (grau III): reparo cirúrgico

• Distensão da Virilha
✓ Distensão ou estiramento dos mm. anteromediais da coxa
✓ Geralmente, flexores e adutores da coxa. As suas fixações proximais estão na região
inguinal (virilha)
✓ Frequentemente, em esportes de partidas rápidas ou alongamento extremo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 286

ESTRUTURAS NEUROVASCULARES
IRRIGAÇÃO
➢ Esquemática

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 288

➢ Real:

DRENAGEM
➢ V. Safena Magna:

Trígono Femoral → Margem Anterior ao


Maléolo Medial

➢ V. Safena Parva:

Fossa Poplítea → Margem Posterior ao


Maléolo Lateral

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 289

➢ Esquemática:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 290

➢ Real:
▪ Retorno Venoso pelas vv. Superficiais do Membro Inferior: 15%
(pouco importante, por isso é possível retirar a v. Safena Magna
para utilizá-la em outros locais – ponte de safena)

▪ Ramos afluentes do Hiato Safeno (crossa da safena magna):

-Circunflexa
Ilíaca Superf.

- Epigástrica
Superficial

- Pudenda
Externa
Superf.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 291

Plexo Lombrossacral
• Responsável pela Inervação Sensitiva e Motora
do Membro Inferior
• Formado pelo conjunto de suas subdivisões:
Plexos Lombar (L1 – L4) e Sacral (L5 – S4)
• Têm origem na intumescência Lombrossacral
da medula espinhal.
• Nervos do Plexo Lombar: chegam anteriormente
ao quadril e suprem, basicamente, Parte
Anterior da Coxa*
• Nervos do Plexo Sacral: seguem posteriormente
ao quadril e inervam, sinteticamente, a Parte
Posterior da Coxa + Perna e Pé*
*Nervo Safeno (ramo do n. femoral, do plexo lombar)
inerva a parte anteromedial da perna, bem como os
ramos cutâneos do n. obturatório inervam parte
medial e distal da coxa
• A conexão dos plexos lombar e sacral é feita
por ramos ventrais de L4, chamadas de Tronco
Lombossacral

• Nervos do Plexo Lombar


➢ Motores:
o Ilio-hiopogástrico e Ilioinguinal : m. Transverso do Abdome*; m. Oblíquo Interno do
Abdome. *
*Obs.: Apenas as partes inferiores, as outras partes são inervados pelos nervos
toracoabdominais (nn. intercostais)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 292

o Genitofemoral (ramo femoral): m. Cremaster, nos homens


o Obuturatório: m. Obturador externo; Todos os mm. adutores (magno, longo, curto); m. Grácil.
O nervo obturador possui duas divisões: anterior (descende entre os mm. adutor curtor
adutuor longo) e posterior (entre adutor curto e magno).
o Femoral: m. Quadríceps femoral; m. Iliopsoas (psoas maior + ilíaco); m. Pectíneo; m.
Sartório
o Ramos Lombares curtos e diretos: mm. Psoas Maior*; Ilíaco*; Psoas Menor; Quadrado
do Lombo. *As partes superiores desses músculos, pois quando os dois se juntam e formam o
iliopsoas quem inerva é o n. femoral

Sensitivos

o Ilio-hipogástrico: ramo cutâneo anterior e ramo cutâneo lateral (inerva parte da região inguinal)
o Ilioiguinal: nn. escrotais anteriores (homens) e labiais anteriores (mulheres). Esse nervo contorna a crista
ilíaca, passa pelo canal inguinal e chega ao períneo
o Genitofemoral: ramo femoral e ramo genital (o ramo genital passa pelo funículo espermático)
o Cutâneo femoral Lateral: inerva a parte lateral da coxa. Desce medial e inferiormente à Espinha
ilíaca anteroinferior. Obs.: Pela localização ele pode ser lesado na artroscopia de quadril
o Obturatório: dá ramos cutâneos para a região medial da coxa
o Femoral: Ramos cutâneos anteriores (região anterior da Coxa) e Safeno (região anteromedial da
perna)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 293

• Nervos do Plexo Sacral


➢ Motores:
o Isquiático: será + detalhado
▪ mm. Jarrete (semitendinoso, semimembranoso, adutor magno e bíceps femoral)
▪ Origina os nn. Tibial → plantar medial e lateral e o n. Fibular comum → fibular superficial (mm.
fibulares longo e curto) e profundo (mm. tibial anterior; extensores longo e curto dos dedos e
os do hálux; fibular terceiro)
o Glúteo Superior: sai pelo forame isquiático maior, porção suprapiriforme
▪ m. Glúteo Médio
▪ m. Glúteo Mínimo
▪ m. Tensor da Fáscia Lata
o Glúteo Inferior: sai pelo forame isquiático maior, porção infrapiriforme
▪ m. Glúteo Máximo
o Para para o m. PIirifome: ramo direto do plexo
▪ m. Piriforme
o Para o m. Obturador Interno: ramo direto do plexo
▪ m. Obturador Interno
▪ m. Gêmeo Superior
o Para o m. Quadrado Femoral: ramo direto do plexo
▪ m. Gêmeo Inferior
➢ Sensitivos:
o Cutâneo Femoral Posterior:
origina os
▪ Nn. Clúnios Inferiores.

Obs.: os Clúnios superiores vêm da


região lombar, e a parte lateral do
bumbum :p é abrangida pelo n. ílio-
hipogástrico

▪ Ramos Perineais
o Isquiático origina:
▪ Tibial: dá os ramos
✓ Cutâneo Sural Medial
(depois vira o N. Sural, que vai até a parte posterior do maléolo lateral)
✓ Ramos calcâneos Laterais e Mediais

→Nn. Plantares Medial e Lateral (continuação do tibial), que dão os

✓ ramos cutâneos plantares próprios (sola do pé)

▪ Fibular comum: dá os ramos


✓ Cutâneo Sural Lateral
✓ ramo comunicante fibular
(liga o sural lateral e
medial)

→ Fibular Superficial,
que origina
✓ Cutâenos medial e
intermédio dorsal (inervam
o dorso do pé)
✓ Ramo comunicante fibular
(liga o sural lateral e
medial)

→ Fibular Profundo, que


origina
✓ Cutâneo Lateral do
Hálux e Cutâneo Medial
do Segundo Dedo*

*Em resumo, inervam a região entre o hálux e o segundo dedo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 294

Resumo INERVAÇÃO + Esquema


➢ Motora:
A inervação motora dos Membros Inferiores é composta na coxa,
inicialmente, por 3 nervos: Femoral, Obturatório e Isquiático (que possui
parte tibial e fibular). Ao continuar a descida ao longo da perna, passam a
atuar, motoramente, somente divisões do nervo Isquiático: n. Tibial e n.
Fibular Comum, o qual, logo abaixo, se divide em Fibular Superficial e
Profundo. No pé, a inervação motora ocorre pelos Nn. Plantar Medial e
Plantar Lateral, divisões do n. Tibial.
✓ N. Femoral: É formado por raízes de L2 à L4. Inerva motoramente a Loja
ANTERIOR da COXA. Chega a esse compartimento pela Lacuna Musculorum
da Bainha Femoral e seus ramos motores se estendem até a região genicular
anterior, com exceção do safeno, que é sensitivo e segue medialmente pela
perna.
✓ N. Obturatório: É formado pelas raízes de L2 à L4. Inerva motoramente a Loja MEDIAL
da COXA. Chega a esse compartimento descendo pelo limite lateral da Pelve Menor,
em ambos os lados. Desce medialmente pela coxa até terminar seus ramos motores,
medialmente, um pouco acima da região do joelho. Obs.: possui ramo anterior (entre
os mm. adutores longe e curto) e posterior (entre os mm. adutores longe e magno)
✓ N. Isquiático (Ciático): É formado por raízes de L4 até S3. Ramo do Plexo
Lombar e Sacral. Inerva motoramente a Loja POSTERIOR da COXA. Chega a
esse compartimento passando profundamente ao músculo glúteo máximo,
pelo forame Isquiático Maior, descendo por baixo (+interior) do m. Piriforme e
por cima (superficialmente) dos Músculos rotadores laterais da coxa. Segue,
geralmente, até a região da Fossa Poplítea, onde divide-se em Tibial e Fibular
Comum. A divisão pode ocorrer mais cranialmente em alguns casos.
✓ N. Fibular Comum: Inicia da divisão do n. Isquiático, na altura da fossa poplítea.
Desce lateralmente, para, abaixo da cabeça da fíbula dividir-se em profundo
e superficial.
✓ N. Fibular Superficial: Inerva a Loja LATERAL da PERNA (mm. que fazem a
eversão). Desce lateralmente, junto da face lateral da fíbula.
✓ N. Fibular Profundo: Inerva a Loja ANTERIOR da PERNA e mm. do Dorso do pé.
Desce, anterior e profundamente, entre a tíbia e a fíbula.
✓ N. Tibial: Inerva a Loja POSTERIOR da PERNA (profunda e superficial). Desce
posteriormente à Tíbia. Termina na divisão em nervos Plantares após passar
posteriormente ao maléolo medial.
✓ N. Plantar Lateral: Inerva todos os músculos da planta do pé, com exceção de
3 e de um dos lumbricais (o mais medial). Segue lateralmente na planta do pé.
✓ N. Plantar Medial: Inerva os mm. Abdutor do Hálux e Flexor curto dos dedos,
pra 1ª camada. O lumbrical mais medial, na 2ª camada; e o Flexor Curto do
Hálux, na 3ª camada. Segue medialmente na planta do pé.

• O Nervo Glúteo Superior (L4 – S1) inerva os seguintes mm. abdutores: tensor da
fáscia lata, glúteo médio e mínimo. Ele passa acima do m. piriforme, no forame
isquiático maior.
• O Nervo Glúteo Inferior (L5 – S2) inerva o m. glúteo máximo. Ele passa abaixo do m.
piriforme, no forame isquiático maior.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 295

✓ Sensitiva (cutânea):
✓ N. Safeno: Ramo do Nervo Femoral. Atravessa o Canal dos Adutores, mas não
passa pelo hiato adutor. Desce e inerva a perna medialmente, do joelho até o
maléolo medial.
✓ Nn. Cutâneos Femorais: Há os laterais (n. cutâneo femoral lateral), anteriores
(ramos cutâneos anteriores do n. femoral) e posteriores (n. cutâneo femoral
posterior – sai abaixo do m. piriforme junto com o n. isquiático). Inervam
sensitivamente a coxa.
✓ N. Sural: Inerva sensitivamente a parte lateral e a parte posterior da perna. É
resultado da fusão entre os Nn. Cutâneo Sural Lateral (origina-se do N. Fibular
Comum) e Medial (origina-se na divisão do n. tibial).
✓ N. Fibular Superficial (ramos cutâneos): dorso/”peito” do pé
✓ N. Fibular Profundo (ramos cutâneos): Região entre hálux e segundo dedo
✓ Nn. Plantar Medial e Lateral (ramos cutâneos): Sola do pé.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 296

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 297

Clínica: Neurovascular
• Locais de Pulso:
➢ Femoral:

➢ Poplíteo: pulso de difícil palpação, pois ali a a. é


profunda. É realizado com a perna fletida e em
decúbito ventral, isso relaxa os mm. do jarrete e a
fáscia poplítea.
➢ Tibial Posterior: importante pedir para pacientes
inverterem o pé para relaxar o retináculo dos
flexores. Está ausente em 15% das pessoas.
➢ Tibial Anterior: entre os tendões do mm. Tibial Anterior e Flexor Longo do Hálux
➢ Pedioso: entre os tendões do mm. Flexor Longo do Hálux e dos Dedos

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 298

• Obstruções a. Femoral:
✓ Geralmente, após o ramo para a a. Femoral Profunda
✓ Consequências: gangrena apenas do terço distal do fêmur
✓ Dois terços superiores não, pois há suprimento de ramos da aa. Femoral Prof., Obturatória e Glútea
Inferior

• Síndrome de Compartimento e Fasciotomia:


✓ Compartimentos fasciais dos membros são espaços fechados, o que faz com que hemorragias não
possam expandir, comprimindo as estruturas
✓ Traumas, uso intenso e prolongado: hemorragia, edema e inflamação
✓ Aumento do volume eleva a pressão no compartimento
✓ As estruturas mais vulneráveis são:
o Pequenos vasos de dos músculos
o Vasos dos nervos – vasa vasorum –, o que pode fazer o nervo ficar isquêmico e sofrer lesão
permanente
✓ A lesão se dá nas áreas distais à compressão. Sinais óbvios de compressão arterial são:
o Persa de Pulso Distal
o Redução da Temperatura Distal (nunca aumento, esse é sintoma de problema venoso)
✓ Tratamento: Fasciotomia. É realizada uma incisão em fáscia adjacente ou algum septo para aliviar a
pressão no compartimento.

• Varizes, Trombose e Tromboflebite:


✓ Veias varicosas = dilatação que impede as válvulas venosas de se fecharem
✓ Sangue acaba “voltando”
✓ Mais comum nas partes posteromediais da perna
✓ Podem causar desconforto
✓ Trombose Venosa Profunda (TVP): (1) edema, (2) calor e (3) eritema (infecção ou inflamação) de uma
ou mais vv. profundas do membro inferior
✓ Estase (estagnação) Venosa: causa de trombo
✓ Causas Estase Venosa:
o Fáscia frouxa (resiste à expansão muscular) = mal funcionamento da bomba musculovenosa
o Pressão externa sobre as veias: longo período acamado, gesso ou bandagem apertada
o Inatividade muscular: longo período imóvel, como um voo internacional
✓ Tromboflebite: TVP com inflamação ao redor das veias acometidas
✓ Embolo: trombo que se desprendeu. Um grande trombo pode se desprender do membro inferior e ir até
os pulmões = tromboembolismo pulmonar (a. pulmonar obstruída)

• Enxertos de Veia Safena “pontes de safena”


✓ Utilização da v. Safena Magna como substituta a uma artéria importante,
como uma coronária. É feita uma “Ponte”, uma circulação alternativa e
colateral com a Safena.
✓ Essa veia é: (1) acessível, visto que é superficial; (2) fácil de retirar o
comprimento útil ideal; (3) mais semelhante às artérias (parede com mais
fibras musculares)
✓ Enxertos tem como objetivo o desvio das obstruções de vasos sanguíneos.
✓ A veia pode ser invertida ou ter suas válvulas destruídas por um instrumento
para que as válvulas não obstruam o fluxo
✓ A retirada da v. safena magna do membro inferior em situações normais
não causa problemas ou afeta a circulação, visto que o fluxo superficial é
de apenas 15%(*), bem como o fluxo é desviado as vv. profundas, as quais
possuem auxílio da bomba musculovenosa, o que até mesmo facilitaria o
retorno venoso.
*Segundo o Atlas de Anatomia Prometheus – Anatomia Geral e Sistema Locomotor 2ª Edição
• Aumento dos Linfonodos Inguinais
✓ Revisão causas de aumento dos linfonodos:
o Doenças
o Escoriações ou Sepse Leve
o Micro-organismos patogênicos e toxinas
o Linfonodos superficiais estão na tela Subcutânea = Fácil Palpação
✓ Quando aumentados: revisar todo campo de drenagem. No caso do Inguinais, o esse
campo inclui:
o M.I. até umbigo, incluindo o períneo

*Obs.: sempre examinar todos linfonodos palpáveis

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 299

Aplicações Clínicas: Lesões Nervosas

• Nervo Femoral
✓ Origem em L2, L3 e L4 (L2 – L4)
✓ Penetra da Coxa por trás do Ligamento Inguinal; está a um dedo lateral ao pulso da a.
femoral; 5cm abaixo do ligamento inguinal (de Poupart) o nervo se divide em seus
ramos terminais
✓ Lesado por:
o Ferimentos com faca ou arma de fogo
✓ Uma divisão completa do nervo é rara; quando
presentes, traz os seguintes desdobramentos:

Motores

• Quadríceps é paralisado: incapacidade de extensão


do joelho. Obs.: na marcha, até certo ponto, pode ser
compensado pelos mm. adutores

Sensitivos

• Ver Imagem. Perda sens. Parte anterior e medial da


coxa (ramos cutâneos femorais) + parte medial da
perna (n. safeno)

• Nervo Isquiático (Ciático)


✓ Origem em L4, L5, S1, S2, S3 (L4 – S3)
✓ Divide-se, em geral, acima da fossa poplítea em tibial e fíbulas comum
✓ Lesado por:
o Ferimentos Penetrantes
o Fraturas de Pelve
o Luxações art. Quadril
o Injeções intramusculares mal aplicadas (+ comum)
✓ Maioria das lesões são incompletas
✓ Em 90% dos casos a parte fibular comum é mais afetada, pois suas fibras são mais
superficiais.
✓ Achados:

Motores

• Jarrete é paralisado; flexão fraca da perna é mantida pelos mm. sartório (n. femoral) e
grácil (n. obturatório)
• Todos mm. abaixo do joelho são paralisados; peso do pé leva ao Pé Caído (em Gota)

Sensitivos

• Ver Imagem, Perda de sensibilidade abaixo


do joelho, com exceção da área do n. safeno
• A parte posterior da coxa é inervado pelo n.
cutâneo femoral posterior, e não pelo ciático.

Reparo cirúrgico de lesão no n. isquiático é pobre.


Raro o movimento ativo retornar para mm. pequenos,
como no pé. A recuperação sensitiva raramente é
completa. Perda da sensibilidade na planta do pé:
úlceras tróficas.

Ciática: dor ao longo da distribuição do n. ciático. Causada por: prolaspso de disco


intervertebral, pressão sobre o plexo sacral ou nervo isquiático, tumor intrapélvico ou
inflamação do nervo e seus ramos.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 300

• Lesão do Nervo Fibular Comum


✓ Muito superficial/exposto ao deixar a fossa poplítea e se curvar em torno do colo da fíbula
até penetrar no m. Fibular Longo (no caso do n. fibular
superficial)
✓ Lesado por:
o Fraturas do Colo da Fíbula
o Pressão de Moldes ou Talas
✓ Achados:

Motores: Paralisia dos mm. do compartimento anterior e lateral da


perna ➔ Flexão plantar (pé caído) e inversão (pele tibial posterior). Essa condição é chamada
de Pé Equinovaro

Sensitiva: Ver página anterior. Área do Fibular Superficial e Profundo. A área do Sural
permanece inalterada, pois ele é formado principalmente pelo n. Tibial)

• Lesão do Nervo Tibial


✓ Deixa a fossa poplítea passando profundamente aos mm. gastrocnêmio e sóleo
✓ Por ser profundo e protegido por músculos, é raramente lesado
✓ A lesão completa resulta em sintomas:

Motores: Paralisia de todos os músculos posteriores da perna da planta do pé ➔


mm. de oposição fazem dorsiflexão e eversão do pé = Calcâneovalgo

Sensitiva: Perda de sensibilidade na planta do pé; úlceras tróficas se


desenvolvem mais tarde

• Nervo Obturatório
✓ Origem: L2 – L4
✓ Penetra na Coxa como Divisões:
o Anterior: em frente ao músculo adutor curto e obturador externo.
Profundo ao assoalho do trígono femoral (mm. pectíneo e iliopsoas)
o Posterior: atrás do mm. adutor curto e em frente ao m. adutor magno
✓ Raramente é lesado nos ferimentos cortantes, luxações anteriores do quadril, hérnias
abdominais (através do forame obturado) e pressão da cabeça do feto durante o
parto. Isso tudo gera os seguintes achados:

Motores: Paralisação de todos os mm. adutores, com exceção da parte do jarrete do m.


adutor magno (n. isquiático)

Sensitivos: Ver imagem. Pequena perda sensitiva na face


medial da coxa

• Dissecção da V. Safena e Lesão do N. Safeno


✓ O n. corre junto da v., justamente por isso levam o mesmo
nome. A dissecção da veia pode lesar o nervo e, conseq.,
ocorrer dor ou dormência abaixo da lesão
✓ Local mais comum de lesão é anteriormente ao maléolo
medial, o que resulta nos sintomas de dor ou dormência na
margem medial do pé

• Bloqueio de Nervos Regionais do M.I.


✓ Obtido com injeções perineurais (perto dos nervos) de anestésicos
✓ Parestesia: formigamento, queimação, comichão.
✓ Exemplo: n. femoral → injeção 2 cm abaixo do lig. de Poupart, um dedo lateral à a. femoral. Lateral,
pois é ali que está o nervo.
• Anormalidades da Função Sensitiva
✓ Área de pele de nervo periférico = mais de um segmento medular
✓ Dessa forma, interpretação de anormalidades sensitivas periféricas deve ser interpretada de acordo
com o nervo, e não pela distribuição dos dermátomos. Isso ocorre pois há superposição de
dermátomos adjacentes

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 301

LESÕES DE NERVOS E ALTERAÇÕES DE MARCHA


➢ Marcha de Trendelenburg:
Quadril com esse problema “cai” para o lado da perna
que dá o passo quando essa é contrária ao lado da lesão. O
paciente compensa jogando o tronco. É causada por lesão ou
fraqueza dos músculos inervados pelo nervo Glúteo Superior
(tensor da fáscia lata, Glúteo Médio e Glúteo Mínimo), os quais
atuam estabilizando o quadril.

➢ Marcha Escarvante ou Pé em Gota:


O pé fica literalmente “em gota”, ou seja, caído,
impedido de realizar dorsiflexão. Isso é causado pela lesão:
✓ Nervo Fibular Profundo
ou
✓ Fibular Comum

➢ Marcha Ceifante ou
Helicópode:
O paciente joga a perna para o lado,
como se ela fosse maior que a outra, fazer um
movimento de semicírculo para mover a perna
para a frente. Pode ser causada por lesão do trato
piramidal.

➢ Marcha Equina:
Causada por hipertonia ou encurtamento da
musculatura posterior da perna que se liga ao
calcâneo por meio do tendão de Aquiles (mm.
gastrocnêmio e sóleo). Essa condição impede uma
marcha normal, isto é, apoiando inicialmente o
calcanhar no solo. Dessa forma, o paciente
caminha na ponta dos pés.

Quebrar a Cabeça/Colo da Fíbula


Pode Lesar:

• Nervo Fibular Comum: causaria a perda das funções


de todos os músculos inervados pelos:
o n. Fibular Profundo: realização da Dorsiflexão
o n. Fibular Superficial: realização da Eversão.

A inversão é realizada pelos mm Tibial Anterior e Posterior,


então essa função seria enfraquecida, mas não estaria
completamente perdida como a Dorsiflexão e Eversão. Essa
lesão é um exemplo que pode resultar na Marcha
Escarvante ou na Ceifante.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 302

• Resumão lesões de Nervos Perfiféricos do Membro Inferior


(Compressão ou Transsecções):

Nervo Acometido Região Anatômica Síndrome/Sintomas


Membro Inferior
Nervo Isquiático Região Glútea Síndrome do Piriforme: compressão do
nervo pelo mm. piriforme
Nervo Femoral Região Inguinal Dor/Fraqueza na Face Anterior da Coxa
Nervo Obturatório Região Anterior do Púbis Síndrome de Howship-Womberg
Nervo Safeno Canal do Adutor Disestesia Face Medial da Perna
Nervo Cutâneo Região Inguinal Lateral ou Meralgia Parestesica (síndrome do
Femoral Lateral Lateral da Coxa ligamento inguinal)

Nervo Fibular Cabeça/Colo da Fíbula Síndrome do Túnel Fibular


Comum
Nervo Fibular Face Anterior do Tornozelo Síndrome do Túnel Tarsal Anterior
Profundo
Nervo Maléolo Medial Síndrome do Túnel Tarsal Posterior
Tibial/Plantares
Nervos Digitais Coxins digitais III/IV Nevralgia Interdigital de Morton
Plantares

ESPAÇOS E CANAIS DO MEMBRO INFERIOR

ESPAÇO RETROINGUINAL
Região entre o ligamento Inguinal e a cavidade abdominopélvica. É
divido em dois Compartimentos (muscular e vascular):

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 303

➢ Compartimento Muscular (lacuna musculorum):


• Contém o músculo Iliopsoas (ilíaco + Psoas Maior) e o Nervo
Femoral
➢ Compartimento Vascular (lacuna vasorum):
• Contém a Bainha Femoral: Compartimento que reveste os vasos
inguinais, formada por prolongamento da fáscia transversal e
m. iliopsoas. É dividida em 3:
✓ Compartimento Medial: forma o Canal Femoral
✓ Compartimento Intermédio: para a Veia Femoral
✓ Compartimento Lateral: para a Artéria Femoral
O canal femoral é o menor e mais medial dos três compartimentos. Dentro dele
transitam Linfonodos inguinais profundos. Além disso, o canal também permite uma
dilatação e expansão da veia femoral, que se situa lateralmente ao canal, quando há
necessidade de maior retorno venoso. A base do Canal Femoral é o Anel femoral, o
qual possui como limites:

✓ Anterior: Ligamento Inguinal.


✓ Medial: Ligamento Lacunar (de Gimbernat)
✓ Posterior: Ramo Superior do Púbis
✓ Lateral: Septo entre Veia Femoral e Canal femoral.

Obs. Importante: O anel Femoral é local habitual de Hérnias Femorais (imagem abaixo),
ocorrerrendo protrusão das vísceras abdominais. O canal se torna maior e mais frouxo com a
idade. São mais comum em mulheres e no lado direito. Em função do canal femoral ser
pequeno e estreito, Encarceramento e Estrangulamento são complicações comuns em hérnias
femorais.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 304

TRÍGONO FEMORAL (DE SCARPA)


Ponto de referência útil. Encontra-se abaixo do ligamento inguinal e pode ser visto
uma depressão em seu lugar ao se realizar movimento de flexão, rotação lateral ou
abdução da coxa.

➢ Limites do Trígono:
• Superior: Ligamento Inguinal
• Lateral: M. Sartório
• Medial: M. Adutor Longo
• Assoalho: M. Pectíneo (medialmente) e M. Iliopsoas
(lateralmente).
Conteúdo em Sintopia latero-medial: NAV → N. , A. e V. Femoral . Além disso,
também estão presentes: os ramos da A. Femoral, como a A. Femoral Profunda, bem
como tributárias da V. Femoral, como V. Femoral Profunda e V. Safena Magna. Além
disso, há também Linfonodos e Vasos Linfáticos

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 305

➢ Função Principal: Palpação, Compressão ou Canulação da Artéria


Femoral. Em resumo, importante local para acesso à a. femoral

CANAL DE HUNTER (dos Adutores ou Subsartorial)


Passagem longa (aprox. 15cm) e fina na parte intermédia da coxa. Inicia no
cruzamento do mm. Sartório e Adutor longo, no ápice do Trígono femoral e vai
até o hiato dos adutores (espaço entre as duas inserções – parte adutora e do
jarrete – do m. adutor magno). Permite a passagem de estruturas
neurovasculares na coxa.

➢ Limites do Canal:
• Anterior e Lateral: M. Vasto MEDIAL
• Posterior: Mm. adutores Longo e Magno.
• Supero-Medial: m. Sartório
• Conteúdo (não há sintopia): N. Safeno, A. femoral e V. femoral.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 306

➢ Hiato dos Adutores:


Abertura entre as inserções distais do M. Adutor Magno (parte do jarrete:
tubérculo adutor do fêmur e a parte adutora: linha supracondilar medial).
Após a passagem pelo hiato, A. e V. Femorais passam a se chamar Poplíteas.
O Nervo Safeno NÃO passa pelo hiato.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 307

LOSANGO POPLÍTEO:
Limites:
SÚPERO-MEDIAL: mm. Semitendíneo e semimembranáceo

SÚPERO-LATERAL: m. bíceps femoral

ÍNFERO-MEDIAL: cabeça medial do m. gastrocnêmio

ÍNFERO-LATERAL: cabeça lateral do m. gastrocnêmio

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 308

RELAÇÃO MALEOLAR

Maléolo Medial Maléolo Lateral

• Anterior: • Anterior:
✓V. safena Magna ✓Tendão do M. Fibular
✓N. Safeno terceiro*
• Posterior: • Posterior:
✓N. tibial ✓Tendões dos mm. Fibular
✓A. e V. Tibial posterior longo e curto
✓Tendões dos mm. Tibial ✓V. Safena Parva
posterior, Flexor longo do ✓N. Sural
hálux e Flexor longo dos
dedos

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 309

FORAMES ISQUIÁTICOS
Delimitados Pelos Ligamentos Sacrotuberal (cria o forame) e Sacroespinal
(divide em dois – Superior e inferior).

➢ Forame Isquiático Maior:


Via de Passagem de estruturas que entram ou saem da PELVE, é
subdividido, de acordo com o m. pirifome, em duas porções:

• Suprapiriforme, que contém:


✓ A., V., e N. Glúteos Superior

• Infrapiriforme, que contém:


✓ A., V., e N. Glúteos Inferior
✓ A. e V. Pudendas Internas (as externas são anteriores)
✓ N. Pudendo. Obs.: o item acima e este rumam ao canal do pudendo, que será
abordado a seguir)
✓ N. Isquiático
✓ N. Cutâneo Femoral Posterior
*Além dessas estruturas, o Forame Isquiático Maior também contém o m. Piriforme

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 310

➢ Forame Isquiático Menor:


Via de Passagem de estruturas que entram ou saem do PERÍNEO, como:

✓ A. e V. Pudendas internas*
✓ N. Pudendo (ramos, pois ele se divide) *
✓ M. Obturador Interno
*A. e V. pendas internas e o N. Pudendo são conteúdos dos dois forames pois se originam
(emergem) no F.I. Maior e adentram no F.I. Menor durante seu trajeto ao Canal do Pudendo (de
Alcock)

Canal do Pudendo (de Alcock)


• Localizado
na fáscia
obturatória
do forame
obturado,
borda do
Músculo
obturador
interno
• Contém:
✓ A. e V.
Pudendas
Internas
✓ N.
Pudendo
• Esse canal
comunica
estruturas
que
transitam no
Forame
Isquiático
Menor e vão
ao Períneo,
por meio de
uma
passagem –
canal – no
forame
obturado.
• + detalhes no capítulo de Pelve e Períneo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 311

ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR

QUADRIL
➢ Coxofemoral
• Sinovial Esferóidea
• Permite movimentos em 3 eixos (TRIAXIAL)
• Ocorre entre a cabeça do fêmur e o acetábulo

Ligamentos Envolvidos:

Iliofemoral (Ligamento em Y de Bigelow): EIAS → Linha


Intertrocantérica

Pubofemoral: Crista obturatória (ramo superior do púbis) → Colo do


Fêmur

Isquiofemoral: Ísquio → Cápsula Articular

Redondo da cabeça do fêmur: Fóvea da cabeça do Fêmur → Incisura


do acetábulo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 312

➢ Sacroilíaca:
• Transfere grade parte do peso do corpo para os membros
inferiores
• Classificada como Sinovial (diartrose) Plana
• Uniaxial

Ligamentos Envolvidos:
Ligamento sacroilíaco anterior
Ligamento sacroilíaco interósseo
Ligamento sacroilíaco posterior
Ligamento sacrotuberal
Ligamento sacroespinhal
Ligamento iliolombar

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 313

➢ Sínfise Púbica:
Anfiartrose (articulação cartilagínea) tipo Sínfise. Composta por
Fibrocartilagem.

JOELHO
É do tipo Sinovial (diartrose) Gínglimo (condilar). É
uniaxial, apenas realiza extensão e flexão. Essa articulação,
além de flexão e extensão, quando flexionado o joelho,
permite pequeno grau de rotação (lateral: 30º – 40º; medial:
10º)

Dentro dessa articulação, além da femorotibial, há também a femoropatelar, a


qual é uma Sinovial Uniaxial Plana. Há diversos ligamentos (extrínsecos e intrínsecos)
que garantem a estabilidade dessa Articulação.

Inferiormente, possui meniscos (medial e lateral) para o amortecimento e para


possibilitar a articulação do Platô Tibial (plano) com os côndilos femorais (convexos).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 314

➢ Estruturas Envolvidas:

• Ligamentos:
o Extrínsecos
▪ Face Anterior:
✓ Ligamento da Patela (“tendão patelar”):
Tuberosidade da Tíbia → Patela

É extremamente forte e rígido. Permite a ação do Músculo Quadríceps Femoral (extensão da


perna) em conjunto da Patela e do Tendão quadricipital (m. Quadríceps Femoral → Patela).

✓ Também estão incluídos os retináculos: medial e lateral longitudinais da patela, e medial e


lateral transversos da patela
▪ Face Medial e Lateral:
✓ Ligamento Colateral Medial (ou Tibial):
Posterior a “pata de ganso” (Margem medial à Tuberosidade da Tíbia) →
Côndilo Medial do Fêmur

Estabiliza e protege o medialmente a cápsula articular. É o mais largo e espesso dos ligamentos
colaterais. Está firmemente fixado à cápsula articular e ao menisco medial. Por isso, o menisco medial é
menos móvel e mais suscetível a lesões que o lateral.

✓ Ligamento Colateral Lateral (ou Fibular):


Cabeça da fíbula → Côndilo Lateral do Fêmur

Estabiliza e protege a cápsula articular lateralmente. Mais delgado e curto que o Medial. Não tem
contato direto com a cápsula nem com o menisco lateral.

▪ Face Posterior:
✓ Ligamentos poplíteo oblíquo

✓ Ligamento poplíteo arqueado

o Intrínsecos
Obs.: São intracapsulares de acordo com sua localização, mas extracapsulares pelo fato de
não serem banhados pelo líquido sinovial da cápsula. A membrana sinovial os engloba de
modo que forma “túneis” ao redor desses ligamentos.

✓ Ligamento Cruzado Anterior:


Face Medial do Côndilo Lateral do Fêmur → Área
intercondilar Anterior da Tíbia (mais medial)

Têm como função impedir a anteriorização da Tíbia em relação ao fêmur,


além de movimentos translação entres os ossos, bem como confere estabilidade. É o
ligamento com maior incidência de rotura (rompimento).

✓ Ligamento Cruzado Posterior:

Face Lateral do Côndilo Medial do Fêmur → Área Intercondilar


Posterior da Tibial (mais lateral).

É mais espesso que o anterior. Impede o deslocamento posterior da tíbia


em relação ao fêmur além de ser um importante estabilizador.

✓ Ligamento transverso do joelho: Une os meniscos medial e lateral

✓ Ligamento menisco femoral posterior (de Wriserberg)


✓ Ligamento menisco femoral anterior (de Humphrey)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 315

• Meniscos:
2/3 centrais: fibrocartilagem. 1/3 externo: tecido conj. resistente

✓ Menisco Medial: Semicircular. É mais grosso na


externamente e vai ficando mais delgado
(fino) na parte mais interna. É menos móvel e
com borda menor que o menisco lateral, por
isso é mais suscetível a lesões.

*O ligamento Colateral Tibial (LCT) é fixado ao


Menisco Medial (e à Cápsula Articular), o que faz o
menisco, frequentemente, esse menisco ser
lacerado concomitantemente a lesões de LCT.

✓ Menisco Lateral: Forma quase uma


circunferência completa. Possui bordas maiores e é mais móvel que o menisco
medial. Portanto, menos suscetível a lesões.

▪ Suprimento Sanguíneo
✓Aa. Inferiores Medial e Lateral
(ramos da a. Poplítea)
✓ Provém das regiões laterais
(regiões adjacentes à cápsula)
✓ Áreas laterais possuem o maior
suprimento, sendo denominadas de Zona
Vermelha
✓ Área Central não possui
vascularização, sendo chamada de Zona
Branca. Essa região é nutrida pelo líquido
sinovial
✓ Entre esses dois locais há uma região
intermediária, chamada de Zona Rosa.
✓ A sutura meniscal (ao invés da
ressecção) necessita que a lesão tenha ocorrido em
uma zona com a maior vascularização possível para
uma maior chance de sucesso
▪ Alguns Tipos de Lacerações Meniscais

▪ Características de lesões meniscais


✓ Causas da maioria das lesões: movimentos repentinos de
▪ Extensão
▪ Rotação Lateral com a perna fixa
✓ Alta incidência: futebol, esqui...
✓ Sintomas clássicos:
▪ Após o trauma → Limitação Dolorosa de extensão (ativa e passiva) do joelho a
partir de uma posição ligeiramente fletida da articulação

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 316

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 317

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 318

Obs.: Quando o joelho se encontra como a imagem da vista medial (2), na posição
do joelho flexionado, essa articulação também permite a realização de pequeno
movimento de rotação.

ENTRE FÍBULA E TÍBIA


➢ Tibiofibular Proximal:
• Sinovial Plana
• Ocorre entre a cabeça da Fíbula e Face Articular Fibular da
Tíbia
Possui dois ligamentos:
✓ Ligamento anterior da cabeça da fíbula
✓ Ligamento Posterior da cabeça da fíbula
➢ Membrana interóssea:
• Sinartrose (fibrosa) Sindesmose
• Possui uma abertura superior por onde transitam estruturas
neurovasculares
• Mobilidade extremamente limitada
➢ Tibiofibular distal:
• Sinartrose (fibrosa) Sindesmose
• Fixa as duas estruturas distalmente, formando a “pinça” que
abaixo se articulara com o tálus
Possui dois ligamentos:
✓ Ligamento Tibiofibular Anterior
✓ Ligamento Tibiofibular Posterior

Obs.: Os ligamentos anterior e posterior da cabeça da fíbula podem ser vistos


nas imagens da articulação do joelho na pág. (...). A membrana interóssea
pode ser vista nas imagens da pág. (...).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 319

TORNOZELO ou TALOCRURAL
Sinovial (diartrose) tipo Gínglimo (condilar). Uniaxial (flexão e extensão). É
composta por Tíbia (maléolo medial + face articular inferior), Fíbula (maléolo lateral) e
Tálus (tróclea).

Obs.: O movimento de inversão e eversão ocorre nos ossos do pé.

➢ Ligamentos Envolvidos:
✓ Ligamento colateral medial (Deltoideo): Composto por 4 partes
o Tibiotalar anterior
o Tibionavicular
o Tibiocalcânea
o Tibiotalar posterior

✓ Ligamento Colateral Lateral: Composto por 3 partes


o Talofibular anterior
o Calcâneo fibular
o Talofibular posterior
✓ Ligamentos Sindesmótios de encaixe do Tornozelo
o Tibiofibular anterior
o Tibiofibular posterior

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 320


➢ Talocalcanear (Subtalar):
• Sinovial
• Monoaxial
• Plana
➢ Transversa do Tarso (de Chopart, Talocalcaneonavicular e
Calcaneocubóidea ou Mediotársica):
• É dividida em 2 porções (ambas sinoviais):

Porção Lateral: Calcâneo  |→ Cuboide, Biaxial Selar


Porção Medial: Navicular | → Tálus, Triaxial Esferoide

➢ Tarsometatársica (de Lisfranc):


• Está na divisão entre tarso e Metatarsos
• Subdivide Antepé e Mediopé
• Monoaxial Plana, da mesma forma que as articulações
Intercuneiformes, Cuneonavicular, Cuneocuboide e
Intermetatársicas

➢ Intermetarsal: Sinovial Plana. As bases dos metatarsais articulam entre si


➢ Metatarsofalangeana: Sinovial Elipsoidea
➢ Interfalangeana proximal e distal: Sinovial Gínglimo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 321

Angulações Membro Inferior


Um aspecto um importante para a compreensão do funcionamento da
articulação do joelho é o Genuvalgo e Genuvaro. A posição do fêmur na coxa é diagonal, já
a posição da tíbia é vertical. Isso cria no joelho um ângulo entre os eixos desses ossos. Esse
ângulo é clinicamente chamado de ângulo Q. O ângulo é medido da seguinte forma:

✓ É traçada uma linha: EIAS ↔ meio da Patela


✓ É traçada uma segunda linha: meio da Tuberosidade da Tíbia ↔ meio da Patela. Essa
linha sobe verticalmente.
✓ O ângulo na intersecção entre esses dois segmentos de retas é o ângulo Q

Sobre o ângulo Q:

✓ Normalmente o ângulo é maior em mulheres adultas, pois seus quadris são mais largos
✓ Quando o ângulo é normal, a região intercondilar fica exatamente abaixo da cabeça do
fêmur, o que possibilita uma sustentação de peso bem distribuída entre os dois côndilos
femorais
✓ Quando o indivíduo apresenta pernas arqueadas, o fêmur fica anormalmente vertical
(ângulo Q diminuído), o que faz com que o peso se situe excessivamente no côndilo medial,
medialmente à região intercondilar. O ângulo Q pequeno é chamado de Genuvaro. Essa
condição resulta em predisposição à artrose do joelho, bem como em uma tensão
exagerada ao ligamento colateral Lateral (Fibular)
✓ Por outro lado, quando o indivíduo apresenta um ângulo Q aumentado (fêmur muito
oblíquo) é chamado de Genovalgo (joelhos em tesoura). Em função dessa anatomia, a
linha de sustentação de peso (abaixo da cabeça do fêmur) se situa lateralmente ao centro
do joelho, no côndilo lateral. Dessa maneira, o ligamento colateral medial (tibial) é
hiperextendido, tal como há tensão excessiva no menisco lateral e cartilagens laterais da
articulação. A patela que é naturalmente puxada em direção lateral pelo m. vasto lateral
tem essa tendência aumentada no genuvalgo.

✓ Qualquer irregularidade articular acaba por levar ao desgaste (artrose)

✓ É possível relacionar os aspectos aqui citados com a parte referente à Clínica de Ossos da
Patela:

➢ Luxação de Patela
➢ Síndrome Patelofemoral

✓ Esse conteúdo está após a abordagem de ossos, na parte clínica, tal como foi feito nesse
capítulo todo: apresentação do conteúdo seguido da parte clínica (quando possível)

ARCOS PLANTARES
Os arcos plantares são estruturas que tem como função
sustentar o peso do corpo e auxiliar na devolução da
energia cinética da marcha, a qual é convertida em
energia potencial no arco e, posteriormente, impulsiona
o pé, promovendo certa conservação de energia.
Basicamente, existem 3 arcos plantares:
➢ Longitudinal Medial: Ligamento Calcâneo Navicular
(Mola/Spring), o qual é sustendado pelo tendão do m.
Tibial Posterior. principais funções e área de dor (vide
imagem em vermelho); Problema nesse arco causa pé Valgo (o “pé Chato”). A
síndrome do tibial posterior, por acometer o tibial posterior também causa esse
problema, pois impede o seu tendão de sustentar o ligamento Calcâneo Navicular ou
“Mola”.
➢ Longitudinal Lateral: Ligamentos da Sola do Pé (↑ Plantar Longo)
➢ Transverso: mm. Curtos do pé e Fibular Longo; está entre os Cuneiformes

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 322

Clínica: Articulações

• Lesão do LCA
✓ Responsável, especialmente, pela estabilidade rotacional do joelho.
✓ Mecanismo mais comum: Rotação medial ou Lateral com a perna fixada.
✓ Além disso, um golpe lateral com o pé
apoiado pode resultar na “tríade infeliz” (a
seguir)
✓ Outro mecanismo de lesão pode ser a
hiperextensão do joelho, a qual em casos
violentos costuma lesar o LCP
concomitantemente.
✓ É comum o paciente relatar ter escutado
um estalido durante a rotura
✓ São feitos testes para avaliar a função do
ligamento, como Gaveta e Lachman.

Obs.: o teste de gaveta pode ser usado para avaliar


LCA e LCP, porém variando o sentido em que aplica a força na tíbia.

• Tríade Infeliz
✓ Lesão Menisco Medial,
Ligamento Colateral
Tibial/Medial (LCT) e Ligamento
Cruzado Anterior (LCA)
✓ Geralmente causada por golpe
na região posterolateral do
joelho enquanto estendido
(com o pé fixado)
✓ Também é comum por torções
laterais excessivas com o joelho
fletido
✓ Entendendo a lesão dessas
estruturas:
➢ LCT: um impacto ou torça
excessiva lateral forçam o joelho a uma aguda posição valga, o que naturalmente,
estende demais esse ligamento
➢ Menisco Medial: lesões do LCT geralmente acometem o menisco medial, pois o LCT é
firmemente fixado nele; então, quando o LCT é hiperestendido ele rompe ou separa o
menisco medial da cápsula
➢ LCA: esse ligamento promove a estabilidade rotacional do joelho. Atividades de
rotação com o pé fixo no solo, como no caso da tríade, lesam essa estrutura. Além
disso, outro mecanismo de lesão pode ser a
hiperextensão do joelho.

• Bursites do Joelho
➢ PRÉ-Patelar “Joelho de Faxineira”
✓ Atrito: Pele vs. Patela
✓ Edema: anterior à patela
✓ Forças compressivas, golpe direto ou queda
sobre o joelho fletido
✓ Evolução: Inflamação crônica → produção
muito líquido sinovial → Distensão da bolsa
por líquido em excesso → edema anterior do
joelho
✓ Ocorre em faxineiras, instaladores de piso,
madeira, tapete...

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 323

➢ INFRA-patelar SUBCUTÂNEA “joelho de padre”


✓ Atrito: Pele vs. Tuberosidade da Tíbia
✓ Edema: extremidade proximal da tíbia
✓ Joelho de padre → genuflexão
✓ Também comum em telhadores e ladrilheiros

➢ INFRA-patelar PROFUNDA
✓ Atrito: Tendão da Patela vs. Estruturas Posteriores (gordura Hoffa, tíbia)
✓ Edema: Entre Tendão da Patela e Extremidade Proximal da Tíbia
✓ O aumento dessa Bursa acaba com as depressões anatômica laterais ao
Ligamento Patelar – regiões dos meniscos – quando a perna está estendida

➢ SUPRApatelar
✓ Infecção por bactérias que entram na pele em casos de ruptura (da pele)
✓ A infecção pode se disseminar → cavidade articular do joelho = Eritema
(vermelhidão) → aumento dos linfonodos poplíteos e inguinais

• Luxações Congênitas do Quadril


✓ Ocorre ao nascer
✓ Importante diagnosticas precocemente com os testes de Barlow e Ortolani
✓ Lábio Superior do Acetábulo não se desenvolve adequadamente → cabeça
do fêmur avança para fora do acetábulo sobre a face glútea do osso ilíaco

• Luxações Traumáticas do Quadril


✓ Rara em função da estabilidade dessa articulação
✓ Geralmente, por acidentes com veículos motorizados
✓ Quando ocorre, frequentemente, a articulação está fletida
e aduzida
✓ Cabeça do fêmur é deslocada posteriormente e repousa
sobre a face glútea do ilíaco (luxação posterior)
✓ Relação íntima com o nervo isquiático: pode ser lesado

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ANATOMIA DE SUPERFÍCIE

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 328

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO INFERIOR 329

MARCHA HUMANA
O período da Marcha é descrito entre o toque no chão com o calcanhar de um pé até
o mesmo retornar novamente a essa posição (colocar o calcanhar daquele pé no chão
novamente). Corresponde a dois passos (um em cada perna).

Existem duas (2) fases, Apoio (60%) e Oscilação/Balanço (40%).

Contato Resposta Apoio Apoio Deprendime


nto (pré-
Inicial à Carga Médio Terminal balanço)

Balanço Balanço Balanço


Inicial Médio Final

✓ A Região Plantar possui um sistema de câmaras de pressão. São formadas de tecido adiposo (com aprox. 2
cm de espessura) envolvido por septos fibrosos firmemente fixados à aponeurose.

Essa camada é imprescindível à proteção das grandes forças de compressão exercidas sobre o pé na
marcha, em especial no calcanhar e na base do hálux e dedo mínimo. Sem esse sistema as cargas
sobre o pé resultariam em necrose por compressão.

✓ Durante a caminhada tranquila, em média, os pés apresentam 7º de rotação externa, mantendo o


apoio.
✓ O comprimento do passo é aproximadamente 2 a 3 vezes o comprimento do pé.
✓ Durante marcha, a ação (contração) conjunta dos mm. do tríceps sural e isquiotibiais ajuda na
extensão do joelho e no impulsionamento do membro inferior para a frente.
✓ Os mm. Fibulares possuem papel importante na marcha e na corrida, pois alinham o pé no momento
do contato com o solo, visto que o pé, no contato inicial, está levemente em inversão.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 330

Membro Superior

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 331

É caracterizado pela mobilidade, capacidade segurar, golpear e


manipular objetos (atividade motora fina). É dividido em quatro (4) segmentos
principais: Ombro, Braço, Antebraço e Mão.

OSSOS

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 332

CLAVÍCULA
Atua como um Suporte rígido e móvel, semelhante a um guindaste.
Transmite impactos traumáticos, e por isso é muito suscetível à fratura.

➢ Acidentes Ósseos:

Face Esternal
•Articula-se com o esterno
•É medial.

Face Acromial
•Articula-se com o acrômio da escápula.

Tubérculo Conoide
•Insere-se o ligamento conoide (parte medial do ligamento
coracoclavicular)

Linha Trapezoidea
•insere-se o ligamento trapezoide (parte lateral do ligamento
coracoclavicular)

Face Superior da Clavícula


•Lisa, pois situa-se logo abaixo da pele

Face Inferior da Clavícula


•Áspera, pois há inserção de vários ligamentos

Obs.: Ligamento Coracoclavicular: liga a clavícula ao processo coracoide.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 333

ESCÁPULA
Osso Plano e triangular de relevância para a musculatura do membro
superior e também do dorso. É inserção de diversos músculos e local de
transição de importantes estruturas neurovasculares. Possui uma
movimentação considerável, realizando os movimentos de elevação,
depressão, protração, retração, e rotação para cima ou para baixo.

➢ Acidentes Ósseos:
Espinha da Escápula
•Parte proeminente posterior, vai da margem medial da escápula até a
parte posterosuperior da cavidade glenoidal, no acrômio da escápula

Acrômio
•Estrutura onde termina a espinha da escápula. Conecta-se com a
clavícula. Um dos locais de inserção dos mm. Trapézio e Deltoide

Cavidade Glenoidal
•Recebe a cabeça do úmero para formar a articulação glenoumeral

Tubérculo Deltoide
•Situa-se na espinha escápula, posteriormente. É um dos locais de
inserção do m. Deltoide (esse músculo também se insere no acrômio e
na clavícula)

Processo Coracoide
•Local de inserção do tripé do Coracoide → Tendão da cabeça curta
do m. bíceps braquial (inserção proximal), peitoral menor (inserção
distal) e coracobraquial (inserção proximal)

Incisura da Escápula
•Medial ao processo coracoide. Transita o n. Supraescapula

Tubérculo Supraglenoidal
•Origem (Inserção proximal) do m. Bíceps Braquial Cabeça Longa (a
mesma parte que transita pelo sulco intertubercular do úmero )

Tubérculo Infraglenoidal
•Origem (Inserção proximal) do m. Tríceps Braquial Cabeça Longa

Margem Lateral
•Origem (inserção proximal) do m. Redondo Menor

Margem Medial
•Origem (inserção proximal) do m. Romboide maior. Também é limite
lateral do trígono da ausculta

Fossa Subescapular
•Origem (inserção proximal) do m. Subescapular.

Fossa Supraespinhal
•Origem (inserção proximal) do m. Supraespinhal

Fossa Infraespinhal
•Origem (inserção proximal) do m. Infraespinhal

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 334

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 335

ÚMERO
Maior osso do membro superior. É dividido em Cabeça, Colo (anatômico ou
cirúrgico) e Corpo. Possui acidentes.

➢ Acidentes Ósseos:

Cabeça do Úmero
•Articula-se com a cavidade glenoidal da escápula formando a
articulação do ombro

Colo anatômico
•Região na altura do sulco bicipital (intertubercular)

Colo Cirúrgico
•Local comum de fraturas

Tubérculo MAIOR
•Fica na margem lateral, local de inserção dos mm.
Supraespinhal, Infraespinhal e Redondo Menor

Tubérculo menor
•Fica anteriormente ao osso, local de inserção do m.
Subescapular

Sulco Intertubercular (corredeira bicipital)


•Separa os tubérculos, local onde transita o tendão do m. bíceps
braquial cabeça longa e a sua margem é local de inserção dos
mm. Latíssimo do Dorso, Redondo Maior, Peitoral maior

Tuberosidade para o Músculo Deltoide


•Situa-se lateralmente, local de inserção m. deltoide

Sulco do nervo Radial


•Situa-se posterior obliquamente (descendendo de medial para
lateral), transita o n. radial e a. Braquial Profunda. Acima dele
insere-se a Cabeça Curta do M. Tríceps Braquial e abaixo a
Cabeça Medial

Epicôndilo Medial
•Local de inserção dos mm. Flexores do Antebraço

Epicôndilo Lateral
•Local de inserção dos mm. Extensores do Antebraço

Crista Supraepicondilar do Úmero


•Insereção do mm. Braquiorradial

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 336

Sulco do n. Ulnar
•Situa-se posteriormente ao epicôndilo Medial. Transita o N. Ulnar
[originado do tronco inferior e do fascículo medial do plexo braquial;
inerva apenas motoramente parte ulnar do anterbraço. Isto é, o 4º e 5º
dedo do m. flexor profundo dos dedos e o m.flexor ulnar do carpo.
Também inerva e a parte ulnar da mão motora (mm, hipotênares +
adutor do polegar) e sensitiva (5º dedo e metade do 4º)].

Côndilo do úmero
•Ao contrário do fêmur e tíbia, o úmero apresenta apenar um côndilo.
Ele fica na parte mais distal do osso e possui importantes estrututuras:
▪Capítulo: face articular lateral e anterior. Articula-se com o rádio.
▪Tróclea: face articular Medial, está presente Anterior e Posteriormente.
Articula-se com a ulna
▪Fossa do Olécrano: É posterior, local onde o Olecrano da ulna se
encaixa no úmero, quando o antebraço está extendido.
▪Fossa Coronóidea: É anterior, local onde o Processo Coronoide da Ulna
se encaixa no úmero quando o antebraço está flexionado.
▪Fossa Radial: É anterior e lateral. Situa-se acima do capítulo e recebe
margem da cabeça do Rádio durante flexão total do antebraço.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 337

ULNA O olecrano e o
processo
Osso medial e mais longo do Antebraço. É
coronoide
responsável apenas pela estabilização e movimento podem ser
de flexão e extensão do mesmo. Além dos dois comparador aos
pontos de contado (um proximal e outro distal) dentes de uma
também está unida ao rádio por meio de uma chave inglesa
membrana interóssea. Estruturas: envolvendo a
tróclea do úmero.

➢ Acidentes Ósseos:

Olécrano
•É a “ponta do cotovelo”, palpável e visível superficialmente.
Funciona como alavanca. É posterior e se encaixa (quando o
antebraço está expendido) na fossa do olecrano do úmero

Processo Coronóide
•Encaixa-se na fossa coronóide do úmero. Funciona como
alavanca para articulação e é anterior

Tuberosidade da Ulna
•Local de fixação do tendão do m. braquial. Situa-se inferior ao
processo coronóide

Incisura Radial
•Recebe cabeça do rádio

Cabeça da Ulna
•É distal ao contrário da do rádio (que é proximal). Articula-se
com a incisura ulnar do rádio. Contém o processo estiloide da
ulna (estrutura proeminente na margem medial do punho em
posição anatômica)

OBS.: a Ulna NÃO chega até a articulação Radiocarpal (do punho); dessa
forma, NÃO participa dela.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 338

RÁDIO
É o osso que rota (sua cabeça gira na incisura radial) e permite os
movimentos de pronação e supinação. Está localizado lateralmente no
antebraço e é mais curto que a ulna (diferença no tamanho ocorre em
função da incisura troclear e o olecrano da ulna).

➢ Acidentes Ósseos:

Cabeça do Rádio
•É proximal, coberta por cartilagem articular, visto que ela gira na
incisura radial da ulna, em uma articulação do tipo Sinovial
Trocoidea (uniaxial)

Tuberosidade do Rádio
•Local de inserção do tendão do m. Bíceps Braquial. Ao ocorrer a
rotação do rádio ela muda de posição e, consequentemente,
muda a angulação do m. bíceps braquial. Em:
▪Supinação: tuberosidade fica Anterior
▪Posição neutra ou de repouso (pronação média): tuberosidade
fica Medial.
▪Pronação: Tuberosidade fica Medio-posterior, o que causa
esticando o m. bíceps braquial e fazendo parte dele ficar mais
próxima da região cubital.

Colo do Rádio
•Situa-se entre a cabeça e a tuberosidade

Corpo do Rádio
•Fica mais largo conforme fica mais distal, o que contração do
que ocorre com a ulna

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 339

Incisura Ulnar
•Acomoda a cabeça da ulna

Processo Estiloide do Rádio


•Estrutura proeminente e mais distal do rádio. Fica na margem
Lateral do punho em posição anatômica e pode ser palpado

Tubérculo Dorsal do Rádio (de Lister)


•Estrutura onde transita o Tendão do m. Extensor do Longo do
Polegar. É dorsal e situa-se entre sulcos superficiais para a
passagem de tendões dos mm. extensores do antebraço

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 340

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 341

OSSOS DA MÃO
O punho (Carpo) é formado por 8 ossos carpais dispostos em duas
fileiras. Os ossos do carpo são côncavos anteriormente e deslizam sobre
os ossos adjacentes, o que confere grande mobilidade. Além dos ossos
carpais, existem 5 Metacarpos e 17 Falanges, dividas em proximal,
média e distal (com exceção do polegar que possui apenas duas).

➢ Ossos do Carpo:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 342

1ª Fileira (Proximal), de lateral para medial:

Escafoide
•Do grego skaphé (barco). É o maior osso da fileira proximal. Articula-se com
a face inferior, lateral, do rádio, juntamente com o Semilunar para formar a
articulação Radiometacarpal (Sinovial Elipsóidea). É o osso do carpo mais
frequentemente faturado. Possui Forma de Barco.

Semilunar
•Articula-se com a face inferior, medial, do rádio, juntamente com o
Escafoide. Participa da articulação Radiometacarpal. Possui forma de
meia Lua.

Piramidal
•Acima dele (anteriormente) está o pisiforme. Possui forma de pirâmide.

Pisiforme
•Do latim pisum, ervilha. Situa-se acima da face palmar do osso piramidal.
Possui forma de ervilha.

2ª Fileira (Distal), de lateral para medial:

Trapézio

Trapezoide
•Semelhante ao Trapézio.

Capitato
•Do latim captut, cabeça

Hamato
•Do latim hamulus, pequeno gancho. Possui processo proeminente
semelhante a um gancho, o hámulo do osso Hamato, anteriormente.

Metacarpos: Articulam-se (por meio das bases) com a fileira distal dos
carpais. Possuem, de proximal para distal, Base, Corpo e Cabeça (articula-se
com as falanges). O primeiro metacarpal é mais largo e curto e o 3º
metacarpal possui processo estiloide.

Falanges: De distal para proximal, possuem Base, Corpo (diáfise) e Cabeça.


Todos os dedos possuem 3, com exceção do polegar que não possui falange
média.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 343

Aplicações Clínicas: Fraturas

• Clavícula
✓ Osso mais comumente fraturado do corpo, especialmente em crianças
✓ É um suporte que mantém o braço lateralmente de modo que ele possa se mover
livremente no tronco
✓ Em função disso, está exposta ao trauma e transmite forças do membro superior ao tronco
✓ Pode resultar de:
o Trauma Direto: impacto no local da fratura. Ex.: Queda sobre o ombro.
o Trauma Indireto (mais comum): força transmitida através dos ossos. Ex.:
queda com mão estendida, onde a força passa pelo antebraço, braço,
até chegar ao ombro

Mecanismo genérico: após queda sobre o ombro ou mão estendida, a força é


transmitida ao longo da clavícula que se quebra no ponto mais fraco, que é a
junção dos terços médio e lateral.

✓ Após a fratura:
• Ombro cai (m. trapézio não consegue
sustentar sozinho o fragmento lateral). Em
função disso, as pessoas sustentam o braço
pendente com o outro braço. A
luxação AC não ocorre graças ao forte
ligamento
• Fragmento medial sobe, ficando visível e facilmente palpável, pela força do m.
Esternocleidomastoideo.
• Pode haver cavalgamento e encurtamento pela tração dos mm. adutores (Peitoral Maior,
...)
✓ Obs.: Podem acontecer durante o parto (consolidação é rápida), em especial o tipo em galho verde.
✓ Ossificação da clavícula:
➢ Inicia sua ossificação intramembranosa na vida uterina
➢ Um centro de ossificação secundário aparece na extremidade esternal por volta 20 anos
➢ Esse centro secundário sofre fusão com com o corpo por volta dos 25 anos. Antes da
fusão, ou caso ela não ocorrer, permanece uma lâmina epifisária que não deve ser
confundida com uma linha de fratura.
➢ Em caso de dúvida, são radiografadas as duas clavículas, pois, geralmente, é bilateral
✓ Dor: a íntima relação com dos nervos supraclavivulares (nervo sensitivo do plexo cervical)
pode resultar no seu envolvimento na formação do calo ósseo que segue à fratura do osso.
Isso pode ser causa de dor persistente no lado do pescoço.

• Escápula
✓ Resultado de trauma severo, como atropelamentos
✓ Geralmente associada com fraturas de costelas
✓ A maioria das fraturas requer pouco tratamento, pois os músculos anteriores e
posteriores estabilizam a estrutura
✓ Trombadas frontais, como no futebol, podem resultar em fratura do acrômio, tornando
protruso. Há diversos tipos de fraturas e classificações para lesões nessa estrutura.

*Obs.: Ombro Caído e Escápula Alada: causados por desequilíbrios da


musculatura inserida no osso.

→Ombro caído: paralisia do m. trapézio; é inervado pelo n. Acessório (P.C. XI)

→Escápula Alada: paralisia do m. Serrátil Anterior; é inervado pelo n. Torácico


Longo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 344

• Úmero
Fraturas de Extremidade Proximal [partes de Neer (4)]
✓ A substância Esponjosa da extremidade proximal é suscetível a fraturas
✓ Mais comuns em idosos (osteoporose)
✓ As fixações musculares determinam o desvio
✓ Associadas a rupturas do manguito rotador

1. Da Cabeça do Úmero (Head):


▪ Podem ocorrer durante luxações anterior (mais comum) e posterior da cabeça
do úmero
▪ O Lábio glenoidal da escápula é quem produz a fratura; o mesmo lábio pode ser
esmagado. O que dificulta a redução (“colocar de volta”) a articulação do
ombro
▪ “Mas como o lábio quebra isso? ” A cabeça do úmero se desloca da cavidade
e a cabeça colide no lábio, fraturando o úmero e podendo esmagar a cabeça
2. Do Tubérculo Maior (Greater Tub.):
▪ Pode ocorrer por trauma direto ou avulsão por contração
violenta do m. supraespinhal
▪ Quando por trauma direto, ocorre mecanismo semelhante
à fratura da cabeça do úmero por luxação descrita
acima. Isto é, após a luxação, o tubérculo maior pode
colidir com o lábio glenoidal, resultando na fratura
▪ No caso da avulsão, o fragmento (tubérculo maior)
conterá, além do tendão do m. supraespinhal, as inserções
dos mm. infraespinhal e redondo menor. Dessa forma, o
membro fica rodado medialmente
3. De Tubérculo Menor (Lesser Tub.):
▪ Geralmente acompanha luxação posterior
▪ Obs.: Esse local recebe a inserção do m. subescapular
(manguito rotador)
4. Do Colo Cirúrgico (Surgical Neck): 2. Tubérculo Maior
▪ Fica Imediatamente abaixo do Tubérculo Menor
▪ Pode ser fraturado por golpe direto na região Lateral ou queda sobre a mão estendida

Fraturas do Corpo do Úmero


✓ Queda ou Golpe Direto
✓ Comuns; com deslocamento de fragmentos dependendo do
local da fratura com a inserção do m. deltoide.

Mas o que isso significa?

✓ Se a linha fratura for Proximal à inserção do m. Deltoide:


o Fragmento Proximal: aduzido pelos mm. Peitoral Maior,
Latíssimo do Doso e Redondo Maior
o Fragmento Distal: puxado proximalmente pelos mm.
deltoide, bíceps e tríceps

✓ Se a linha da fratura for Distal à inserção do m. Deltoide:


o Fragmento Proximal: aBuzido pelo m. Deltoide
o Fragmento Distal: puxado proximalmente pelos mm. bíceps e
tríceps
✓ O Nervo Radial, no sulco do nervo radial pode ser danificado. Ele está
revestido pelo
m. tríceps
braquial
✓ Exemplos de
tipos de
fratura de
corpo do
Úmero:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 345

Fraturas da Extremidade Distal do Úmero

o Supra Epicondilares
▪ Comuns em crianças
▪ Queda sobre a mão estendida e cotovelo parcialmente fletido
▪ Lesão aos nervos Mediano, Radial e Ulnar são comuns; porém, após a redução da
fratura geralmente a função retorna.
▪ Pode ocorrer dano ou pressão da a. Braquial → possibilidade de interrupção da
circulação do antebraço (leva à contratura isquêmica de Volkmann)
o Epicôndilo Medial
▪ Pode sofrer avulsão pelo ligamento colateral medial do antebraço caso o
antebraço for abduzido.
▪ Nervo ulnar pode ser lesado na hora da fratura ou no processo de consolidação,
caso o calo ósseo cause um contato irregular do osso com o nervo
▪ Apesar de aqui citada, é menos frequente que do epicôndilo lateral
o Intercondilar
▪ Queda grave sobre o cotovelo fletido

EM RESUMO: Parte Ósseas Intercaladas com Nn. Intercalados de Maior Incidência de Lesão

✓ Colo Cirúrgico: n. Axilar


✓ Sulco do n. Radial: n. Radial
✓ Extremidade Distal: n. Mediano
✓ Epicôndilo Medial: n. Ulnar

• Rádio e Ulna
✓ Fraturas da Cabeça do Rádio
o Quedas sobre mão estendida
o Cabeça do Rádio é dirigida contra o capítulo. Pode dividir ou
lascar a cabeça

✓ Fraturas do Colo do Rádio


o ↑ Crianças
o Queda sobre a mão estendida (mesmo mecanismo da lesão acima)

✓ Fratura dos Corpos do Rádio e da Ulna


o Podem ou não ocorrer juntas
o Deslocamento dos fragmentos geralmente é relevante e depende dos mm. inseridos

*Podem ocorrem fraturas de osso do antebraço com deslocamento do outro osso:

Fratura de Monteggia
o Ulna é fraturada por força detrás, ocorrendo arqueamento e deslocando a cabeça do
rádio, com rompimento do ligamento anular.
Fratura de Galeazzi
o Terço proximal do rádio é fraturado com deslocamento da articulação radio-ulnar distal
✓ Fraturas do Olécrano
o Queda sobre o cotovelo fletido ou pancada direta
o Fragmento ósseo pode ser deslocado puxado pelo m. tríceps
braquial
o Também podem ocorrer por avulsão, por meio da contração desse
músculo
✓ Fratura de Colles
o Fratura da extremidade distal do Rádio
o Queda sobre a mão estendida
o Força dirige fragmento distal do Rádio deslocado
posteriormente
o “Deformidade em Dorso de Garfo”

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 346

✓ Fratura de Smith
o Fratura da extremidade Distal do
Rádio
o Queda sobre o Dorso da Mão
o Fragmento Distal deslocado
anteriormente
o “fratura de Colles ao contrário”

• Lesões dos Ossos das Mãos


✓ Fratura do Escafoide
o Fratura carpal mais comum
o Queda sobre a mão estendida
o ↑ Adultos Jovens
o Sem tratamento correto, fragmentos não se
unem (pseudoartrose) → dor... osteoartrite
o Suprimento Sanguíneo confinado à
extremidade distal
o Se a fratura for no colo, o fragmento proximal
não recebe mais suprimento sanguíneo, causando necrose avascular
o Sintomas/indícios para a suspeita da fratura: dor à pressão profunda
na tabaqueira anatômica após queda sobre a mão estendida; dor
durante dorsiflexão e abdução da mão
✓ Fratura do osso Hamato
o Pode não ocorrer consolidação devido a tração dos mm. fixados
nele
o Pode haver da a. e n. ulnar, pois passam no canal de Guyon
✓ Luxação do osso Semilunar
o Queda sobre a mão estendida (hiperextensão radiocárpica)
o ↑ Adultos Jovens
o Comum o envolvimento do n. Mediano
✓ Fratura dos ossos do metacarpo
o Resultado de trauma direto, como soco em objeto rígido
o “Fratura do Boxeador”: fratura oblíqua do V metacarpo, algumas vezes do IV
o Fragmento distal é frequentemente deslocado proximamente, encurtando o
dedo
✓ Fratura de Bennet
o Fraturas mais comuns do polegar
o Base do 1º metacarpo
o Causado por impacto ao longo do eixo do polegar ou
abdução violenta
o Fratura é oblíqua e penetra na articulação
carpometacárpica do polegar → instabilidade da
articulação
• OBS.: Há diversos outros tipos de fraturas, bem como subclassificações das aqui descritas

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 347

MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR


TORACOAPENDICULARES

MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


(proximal) (distal) ZAÇÃO (motora) (principal)

Clavícula,
Esterno, Sulco Adução,
cartilagens
Intertubercular N. Peitoral Rotação
Peitoral costais e
do Úmero Medial e Medial e
Maior aponeurose do
m. Oblíquo (corredeira Ramos das Aa. e Lateral Flexão do
Interno do bicipital) Vv. Úmero
Abdome Toracoacromiais
Peitoral Processo e Torácicas N. Peitoral Estabilização da
3ª à 5ª costela
Menor Coracoide Internas Medial Escápula
(mamárias) N. para o m. Fixação e
Subclávio 1ª Costela Clavícula Depressão da
Subclávio clavícula.
Escápula (face
Serrátil N. Torácico Protrusão da
1ª à 8ª costela anterior da
Anterior margem medial)
Longo Escápula

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 348

MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


(proximal) (distal) ZAÇÃO (motora) (principal)

• Ligamento aa. e vv. • Retração


Nucal + cervical • Elevação
(Parte
Protuberância transversa
• Clavícula N. Descendente)
Occipital (ramo do
• Acrômio • Depressão
Trapézio Externa
• Espinha da
tronco Acessório (Parte
(ínion) tireocervical, (PC XI) Ascendente)
Escápula
• Processos que é ramo da
espinhosos da Escápula.
(C6 a T12) subclávia).
• Processos N.
Grande Espinhosos (T6 Toracodorsal
Sulco Extensão +
– T12) Ramos das (originado do
Dorsal Intertubercular Rotação Medial
• Crista Ilíaca aa. e vv. fascículo
(Latíssimo • Aponeurose
do Úmero
toracodorsais Posterior do
+ Adução do
do Dorso) (bicipital) Plexo Úmero.
(fáscia)
Toracolombar Braquial)
Levantador Processos N. Dorsal da
Espinha da Elevação da
da transversos (C1 à Escápula
Escápula a. e v. Dorsal Escápula
Escápula C4) (provém do
da Escápula
Processos fascículo
Romboides Margem (ramo da
Espinhosos medial do Retração da
Maior e Medial da Subclávia) Plexo
Menor: C7 – T1 Escápula
Menor Escápula Braquial)
Maior: T2 – T5

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 349

ESCAPULOUMERAIS

Lesões do Manguito Rotador


Como esses mm. e seus tendões são os principais responsáveis
pela estabilidade do ombro, são frequentemente a causa de
dores nessa articulação. Movimento repetitivos em esportes ou atividades
laborais, além de traumas ou movimentos inadequados, em geral, lesam os
tendões do manguito. Também é comum a inflamação dos mesmos em
pessoas idosas, caracterizando a tendinite degenerativa do Maguito Rotador.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 350

MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


(proximal) (distal) ZAÇÃO (motora) (principal)

Parte Clavicular
(anterior):
• Flexão
• Rotação
medial
• Clavícula Tuberosidade A. e V. N. Axilar
Parte Acromial
• Acrômio para o m. circunflexa (ramo do (Média):
Deltoide • Espinha Deltoide do posterior do fascículo • Abdução
posterior do
da Escápula Úmero úmero Plexo Braquial) Parte Espinal
(posterior):
• Extensão
• Rotação
lateral
do úmero

Fossa Abdução
Supraespinhal
Supraespinhal do úmero
A. e V. N.
Tubérculo Supraescapular Supraescapular
Fossa
Infraespinhal
Infraespinhal
MAIOR do Rotação
Úmero Lateral
Margem (externa)
Redondo
Menor
Lateral da N. Axilar do Úmero
Escápula
• 1/3 Inferior
Crista do A. e V.
da Margem Tubérculo circunflexa da Adução e
Lateral da menor do escápula N.
Redondo Rotação
Escápula Úmero (lábio Subescapular
MAIOR • Medial do
Ângulo medial do sulco Inferior
Inferior da intertubercular Braço
Escápula
do úmero)
Nn.
A. e V. Medial Subescapular Rotação
Tubérculo
Fossa subescapular Inferior e Medial
Subescapular
Subescapular menor do e torácica Superior (Interna)
Úmero interna (ramo do
do Úmero
fascículo posterior
do Plexo Braquial

Obs.: Os mm. do Manguito Rotador e seus tendões são os principais


responsáveis pela estabilização do ombro. São 4 Músculos
(Supraespinhal, Infraespinhal, Redondo menor e Subescapular).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 351

LOJA ANTERIOR DO BRAÇO

ORIGEM VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO ZAÇÃO
(proximal) (motora) (principal)
(distal)

• Cabeça curta:
Processo • Tuberosidade
Coracóide Supina e
Bíceps do Rádio
flete o
Braquial • Cabeça Longa:
• Fáscia do
antebraço
Tubérculo Antebraço N.
Supraglenoidal Musculo-
Ramos da
cutâneo Adução e
A. e V.
Processo Face medial do Braquial Flexão do
Coracobraquial Úmero Braço
Coracóide Profunda
(terço médio) (com pouca
relevância)
• Tuberosidade Nn.
Face anterior
da Ulna Musculo- Flexão do
Braquial do úmero • Processo Cutâneo e antebraço
(metade distal) coronoide Radial

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 352

LOJA POSTERIOR DO BRAÇO

ORIGEM VASCULARI FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO INERVA
(proximal) ZAÇÃO ÇÃO (principal)
(distal) (motora)

• Cabeça Longa:
Tubérculo
Infraglenoidal da
Escápula (fica na
Margem Lateral)

• Cabeça Medial: • Olécrano


Tríceps face posterior do Extensão do
úmero, inferior ao • Fáscia do
Braquial sulco do N. radial Antebraço Ramos da Antebraço
a. e v. n.
• Cabeça Lateral:
face posterior do Braquial Radial
úmero, superior Profunda
ao sulco do N.
radial.

Epicôndilo • Extensão do
• Olécrano antebraço
Ancôneo Lateral do
• Ulna • Estabilização
Úmero do cotovelo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 353

LOJA ANTERIOR DO ANTEBRAÇO


(PRONATO-FLEXORA)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 354

ORIGEM VASCULARI FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO INERVAÇÃO
(proximal) ZAÇÃO (principal)
(distal) (motora)

• Epicôndilo
Medial do
Pronação e
Pronador Úmero Face Lateral do
Flexão do
Redondo • Processo Rádio
Antebraço
coronoide da
Ulna
Flexor N. Mediano Flexão e
Base do 2º Aa e Vv.
Radial do ABdução
Metacarpo Radial e Ulnar
Carpo do Carpo

Palmar Epicôndilo Medial Retináculo dos Flexão do


Longo do Úmero Flexores Carpo

Flexor Pisiforme, Hâmulo Flexão e


Ulnar do do Hamato e 5º N. Ulnar Adução do
Carpo Metacarpo Carpo

Flexor Falanges
Epicôndilo Medial Aa e Vv. Flexão dos
Superficial Médias do 2º ao N. Mediano
do Úmero Radial e Ulnar Dedos
dos Dedos 5º Dedo

• N. Mediano
• Parte Proximal Falanges Distais (2º e 3º
Flexor
da Ulna dedo) Flexão dos
Profundo do 2º ao 5º
• Membrana • n. Ulnar (4º Dedos
dos Dedos dedo e 5º dedo –
Interóssea
parte ulnar)
Flexor • Rádio Aa. e Vv.
Falange Distal Flexão do
Longo do • Membrana Radial e Ulnar
do Polegar Polegar
Polegar Interóssea
Rádio N. Mediano
Pronador Prona o
Ulna
Quadrado antebraço

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 355

LOJA POSTERIOR DO ANTEBRAÇO


(SUPINO-EXTENSORA)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 356

ORIGEM VASCULARI FUNÇÃO


MÚSCULO INSERÇÃO INERVAÇÃ
(proximal) ZAÇÃO (principal)
(distal) O (motora)

Flexão do
Antebraço.
Crista Processo Geralmente
Braquiorradial Supraepicondilar Estiloide do Fraca (é forte
do Úmero Rádio quando o punho
está em posição
neutra)

Extensor Crista Dorso da base


Radial Longo Supraepicondilar do 2º
do Carpo lateral do Úmero metacarpo. Extensão do
Aa. e Vv.
Extensor Dorso da base N. Carpo
Radial Curto do 3º Radial e
do Carpo metacarpo. Ulnar Radial
Extensor Expansões Extensão dos
(comum) dos extensoras do 2º ao dedos
Epicôndilo 5º metacarpos
Dedos (2º ao 5º)
Lateral do Úmero
Expansão do Extensão do
Extensor do tendão do m.
Dedo
Dedo Mínimo Extensor comum,
no 5º dedo Mínimo.
Extensor Ulnar Dorso da base Extensão do
do Carpo do 5º metacarpo. Carpo

Supinação
Epicôndilo
Supinador Rádio do
Lateral do Úmero
Antebraço
Ulna e Expansão do tendão
Extensor do Extensão do
membrana do m. Extensor
Indicador comum, no 2º dedo indicador
interóssea.
Ulna, rádio e Base do 1º Aa. e Vv.
Abdutor Longo
membrana metacarpo N. Abdução
do Polegar Radial e do polegar
interóssea (polegar)
Ulnar Radial
Extensor Ulna e Dorso Falange
Longo do Membrana Distal do 1º dedo
Polegar interóssea (polegar) Extensão do
Extensor Dorso da Polegar
Rádio e
Curto do Falange Proximal
Membrana óssea do 1º dedo
Polegar

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 357

MÃO

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 358

MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO VASCULARI INERVAÇÃO FUNÇÃO


(proximal) (distal) ZAÇÃO (motora) (principal)

Oponente 1º metacarpo Oposição do


do Polegar (face lateral) Polegar
Retináculos
Abdutor dos Flexores, N. Abdução do
Curto do Escafoide e Falange Mediano Polegar
Polegar Trapézio Proximal do
Flexor Polegar (face
lateral)
Ramos Flexão do
Curto do
Palmares Polegar
Polegar
Cabeça das Aa. e
Oblíqua: Vv. Ulnar e
2º e 3º Radial
metacarpo,
Falange
Capitato e
Adutor do Proximal do Adução do
Polegar
ossos
Polegar (face N. Ulnar Polegar
adjacentes
medial)
Cabeça
Transversa:
3º metacarpo

Abdutor
Adução do
do Dedo Osso Pisiforme
Falange Dedo Mínimo
Mínimo Ramos
Proximal do
Flexor Dedo Mínimo Palmares
Curto do (face medial) das aa. e N. Ulnar Flexão do Dedo
Dedo Hâmulo do Mínimo
Hamato + vv. Ulnar e
Mínimo
Retináculo dos Radial
Oponente Flexores 5º Metacarpo
Oposição do
do Dedo (margem
medial)
Dedo Mínimo
Mínimo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 359

Nn. Flexão (art.


Tendões do Faces Mediano metacarpofala
Lumbricais
m. Flexor Laterais das (1º e 2º) ngicas) +
Profundo dos Expansões e Extensão (art.
Dedos Extensoras Ulnar Interfalangean
(3º e 4º) as) = *
Ramos
Palmares das
Faces ABdução dos
Interósseos Aa. e Av.
Adjacentes
Dorsais
dos ossos
Bases das Ulnar e Radial dedos + (*)
Falanges
Metacarpais
Proximais N. Ulnar
(expansões
Faces
Interósseos extensoras)
Palmares dos ADução dos
Palmares
“IPaD”
ossos dedos + (*)
Metacarpais

Obs.: O m. Palmar curto situa-se acima do compartimento hipotenar. Ele fica no tecido
subcutâneo de insere-se em aponeuroses e na pele. É responsável pela proteção da A. e V.
Ulnar. É ele quem enruga a cútis (pele + gordura) acima do compartimento (hipotenar).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 360

Clínica Músculos MS
• Músculo Palmar Longo
✓ Ausente em um ou ambos os lados em
aproximadamente 10% das pessoas
✓ Outros apresentam variação de forma, como o
ventre mais distal
✓ É relativamente fraco e sua ausência não produz
incapacidadade
✓ Para descobrir de tem esse músculo, faça
oposição:

• Ruptura da Cabeça Longa do m. Bíceps Braquial


✓ Possui inserção no Tubérculo supraglenoidal da escápula, dentro da
articulação do ombro
✓ O tendão desse músculo é intra-capsular, mas extra-sinovial, tal como
os ligamentos cruzados do joelho
✓ Mudanças osteoartríticas na articulação podem levar à erosão e ao
desgaste do tendão, o que leva ao rompimento
✓ Pessoas mais idosas com históricos de trabalhos braçais são as mais
acometidas
✓ Resulta na deformidade “braço de Popeye”

• Cotovelo de Tenista (epicondilite lateral)


✓ Dilaceração parcial ou degeneração dos mm. extersores superficiais, no
epicôndilo lateral do úmero
✓ Dor e Macicez sobre o epicôndilo lateral
✓ A dor pode irradiar para baixo do lado lateral do antebraço
✓ Comum em jogadores de tênis, violinistas e donas de casa

• Cotovelo de Golfista (epicondilite medial)


✓ Dilaceração parcial ou degeneração dos mm. flexores no epicôndilo
medial do úmero
✓ Dor e Macicez sobre o epicôndilo medial
✓ A dor por irradiar para baixo ao longo da parte interna do antebraço, ao
dobrar o punho. Também pode haver dor ao fechar a mão com os dedos
para dentro.

Ambas as epicondilites são o resultado de estresse excessivo ou repetitivo


devido aos movimentos vigoroso dos respectivos músculos.

Curiosidades:

• Por que é mais fácil aperta um parafuso do que soltar (para os destros)?

O movimento de parafusar (para os destros) é uma supinação. O principal supinador é o m.


Bíceps do braço, muito mais potente que os mm. que fazem pronação – pronador quadrado
e redondo. Dessa maneira, o ato de desparafusar (pronação) um parafuso é mais difícil do
que apertá-lo.

• Flexores Superficial e Profundo dos Dedos


✓ Flexor Superficial dos dedos: é inserido na falange média dos dedos, ele faz o movimento
de “tchauzinho”. Isso porque seus tendões se inserem nas falanges médias.
✓ Flexor Profundo dos dedos: é inserido na falange distal dos dedos, ele faz o movimento de
“agarrar”. Isso ocorre porque seus tendões se inserem nas falanges distais

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 361

QUIASMA DE CAMPER
Segundo o dicionário, quiasma é o cruzamento de estruturas. O
quiasma de Camper é o cruzamento dos tendões dos mm. Flexores Profundo e
Superficial dos dedos em suas inserções. Os tendões do Superficial se dividem
em duas partes e se inserem nas falanges médias, nesse local ocorre o
“cruzamento” das estruturas e a passagem dos tendões do m. Flexor Profundo
dos Dedos para se inserir mais adiante, nas falanges distais.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 362

VASCULARIZAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR


IRRIGAÇÃO
➢ Esquemático:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 363

➢ Real:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 364

DRENAGEM
➢ Esquemática:

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➢ Real:
• Profunda

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 366

• Superficial
▪ 40~60% do retorno venoso total dos membros superiores
(nos membros inferiores: apenas 15%)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 367

Aplicações Clínicas Vasculares


• Palpação e Compressão das artérias: útil em casos de emergência
➢ Subclávia: raiz da região lateral do pescoço. Pode ser comprimida contra a primeira
costela para conter hemorragia

➢ Axilar (3ª parte): na axila, a frente do m. redondo maior


➢ Braquial: no braço sobre o m. braquial e medial ao m. bíceps braquial
➢ Radial: entre os tendões dos mm. flexor radial do radial do carpo e braquiorradial; ou na
tabaqueira anatômica
➢ Ulnar: no punho medial e anterior, ela passa anterior ao retináculo dos flexores

• Teste de Allen: verifica a patência* das aa. ulnar e radial. Obs.: nessa sequência é
demonstrado o teste em que é constatado problema na artéria ulnar, pois a sua
liberação deveria resultar em hiperemia ativa (vermelhidão da mão após a retirada da
compressão no vaso)

(*): termo médico se definir a capacidade de manter uma via desobstruída

• Artérias do membro superior são inervadas pelo sistema autônomo simpático. Doenças
vasopásticas podem requerer simpatetctomia para impedir necrose. Logo após o
procedimento: vasodilatação arterial e aumento de fluxo

• Venipunção. Transfusão e Cateterização


Cardíaca: informações úteis
✓ Em estado de choque, veias superficiais não estão
sempre visíveis (vasoconstrição superficial pela
adrenalina e sistema simpático)
✓ A veia intermédia do cotovelo (aquela em que
geralmente se coleta sangue) é separada da a.
Braquial (mais profunda) pela aponeurose do m.
bíceps braquial.
✓ A veia Cefálica, ao penetrar no trígono clavipeitoral,
frequentemente se comunica com a veia jugular
externa por meio de uma pequena veia que passa
em frente à clavícula. As fraturas de clavícula podem
resultar no rompimento dessa veia, causando grande
hematoma.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 368

INERVAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR


PLEXO BRAQUIAL
✓ Plexo nervoso que origina os nervos (sensitivos e motores) do Membro Superior
✓ Além disso, também inerva músculos Toracoapendiculares como Grande Dorsal, Levantador
da Escápula, Romboides, Manguito Rotador, Peitorais, Serrátil Anterior
✓ Tal qual ocorre no membro inferior (plexo sacral) suas Raízes tem origem em uma
intumescência da medula espinhal – intumescência cervical; a do plexo sacral é a
intumescência lombossacral. Obs: da
intumescência cervical também tem
origem o plexo cervical (C1- C4)
✓ O Plexo tem origem na
intumescência cervical, saindo das
raízes de C5 à T1; vai do pescoço à
axila, passando entre os mm.
Escaleno Médio e Anterior,
juntamente com o a artéria Axilar;
ele é anterior ao m. Subescapular e
Posterior aos mm. peitorais menor e,
conseq., o maior.
✓ Será apresentada, a seguir, uma
imagem geral (in situ e esquemática)
para fornecer uma noção geral e,
posteriormente, um macete com
passos e dicas para a ilustração e
memorização.
✓ Troncos e Divisões: Parte Inferior da
Região Lateral do Pescoço
✓ Fascículos + maioria dos Ramos: Axila

➢ Visão Geral:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 369

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 370

➢ Esquema Real:

Motora:
➢ Principais:
• Musculocutâneo: Músculo (inerva
mm. motoramente) + Cutâneo
(depois vira apenas cutâneo - n.
cutâneo lateral do antebraço). Inerva
motoramente a Loja Anterior do
Braço e sensitivamente a face Lateral
da pele do antebraço. Perfura o mm.
Coracobraquial, descendo entre os
mm. Bíceps Braquial e Braquial,
chegando ao antebraço
lateralmente, onde vira n. cutâneo lateral do antebraço.
• N. Mediano: Inerva a Loja Anterior do Antebraço (exceto os mm. Flexor Ulnar do Carpo e a parte Ulnar do
Flexor Profundo dos Dedos) e os mm. da Região Tenar da mão (exceto o m. adutor do polegar) e o 1º e 2º
Lumbricais.
• N. Ulnar: Inerva, no antebraço, o m Flexor Ulnar do carpo e a parte Ulnar do m. Flexor Profundo dos Dedos. Na
mão, o ramo profundo (o superficial é sensitivo) inerva Todos os músculos, com exceção da região Tenar (menos
o m. adutor do polegar) e o 1º e 2º lumbricais
• N. Axilar: Inerva a articulação do ombro e os músculos Deltoide e Redondo Menor
• N. Radial: Inerva todos os músculos posteriores (extensores) do braço e antebraço
➢ Menos Relevantes:
• N. Toracodorsal: Inerva o m. Grande Dorsal (latíssimo do dorso).
• N. Peitoral Medial: Inerva os mm. peitoral maior (junto com o n. peitoral lateral) e peitoral menor.
• N. Peitoral Lateral: Inerva o m. Peitoral maior (juntamente com o n. peitoral medial) e pequena parte do m.
peitoral menor (junto com o n. peitoral medial).
• N. Subescapular Superior e Inferior: Inerva os mm. Subescapular e Redondo Maior.
• N. Torácico Longo: Inerva o m. Serrátil Anterior.
• N. Dorsal da Escápula: Inerva os mm.
Romboides e Levantador da Escápula

Sensitiva
(Cutânea):
A maioria do Nn.
Cutâneos do membro
superior deriva do Plexo
Braquial (C5 – T1). Alguns
nervos da parte superior do
ombro provêm do Plexo
Cervical (C1 – C4).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 371

LEMBRAR DA MÃO: parte mais importante da Inervação Sensitiva é a da Mão. Corresponde aos
Nn. Radial (parte lateral do dorso), Mediano (parte medial da palma e ponta do 1º ao 3º dedo +
metade da ponta do 4º) e Ulnar (parte medial da palma e dorso). Importante lembrar que todos
estão em posição anatômica.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 372

Visão Completa:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 373

Aplicações Clínicas

• Lesões do Plexo Braquial


➢ Lesões Completas: Raras
➢ Lesões Incompletas: Mais Comuns. Ocorrem por tração, pressão ou arma pontuda. Nesses
casos nervos individuais são acometidos

• Lesões Superiores do Plexo Braquial (Paralisia de Duchenne- Erb)


✓ Luxação excessiva da cabeça para o lado oposto + depressão do ombro no mesmo lado:

Essa ação resulta em tração excessiva do


plexo e consequente rompimento das raízes
de C5 e C6, que comprometera os seguintes
nervos e suas funções.:

✓ Supra-escapular: mm. Supraespinhoso


(abdução do braço) e Infraespinhoso
(rotação lateral do braço)
✓ p/ o m. Subclávio: m. Subclávio (abaixa
a Clavícula)
✓ Musculocutâneo: mm. Bíceps Braquial
(supinação do antebraço, flexão do antebraço, flexão leve do braço),
Braquial (flexão do antebraço), Coracobraquial (flexão do braço)
✓ Axilar: mm. Redondo Menor (rotação lateral do braço) e Deltoide (abdução do braço)
✓ O somatório de todas essas limitações torna o membro:

o Pendurado Flacidamente
para ao Lado
o Rotado Medialmente
o Antebraço Pronado

✓ Conhecida como “Mão de


Garçom”
✓ Além disso, há perda de
sensibilidade do lado lateral do
braço

• Lesões Inferiores do Plexo Braquial (Paralisia de Klumpke)

✓ Abdução excessiva do braço


✓ Exemplo mais comum: queda de altura e a pessoa se agarra em objeto
para se salvar
✓ Geralmente, ocorre a Lesão de T1 (a contribuição mais inferior), a qual
contribui para os nn. Mediano a Ulnar
✓ A parte mais inferior do plexo (T1) inerva as estruturas mais distais do
membro – os músculos da Mão. Isso pode ser visto voltando à página anterior
na imagem “Brachial Plexus – Full Distribution”
✓ Dessa forma, os mm. curtos da mão (lumbricais e interósseos), que fazem
oposição à ação dos mm. flexores sup. e prof., estão comprometidos. Isso
causa a aparência de Mão em Garra. [+ detalhes: Anatomia Clínica – Snell]
✓ Também ocorre perda da sensibilidade do lado medial do Braço
✓ Se C8 também for lesionado ocorrerá perda maior de sensibilidade, abrangendo o lado
medial do Antebraço e da Mão

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 374

Observação: Lesões Superiores e Inferiores podem acometer bebes em parto difícil

Ou

(Duchenne- Erb) (Klumpke)

• Bainha Axilar
✓ Formada pela Lâmina Pré-Vertebral da Fáscia Profunda do
Pescoço
✓ Localizada na terceira parte artéria Axilar
✓ Envolve os Vasos Axilares e o Plexo Braquial
✓ Local mais comum de Bloqueio do Plexo Braquial – Anestesia
✓ A parte distal da bainha é fechada com pressão do dedo e
na parte proximal da bainha é inserido o anestésico. Então, a
solução é massageada ao longo da bainha, bloqueando o
nervo.

• Nervo Torácico Longo


✓ Origem em C5, 6 e 7
✓ Supre o m. Serrátil Anterior
A sua Lesão gera:
o Instabilidade de girar a escápula e, conseq., abduzir o braço além de um ângulo
reto em uma abdução → dificuldade de elevar o braço acima da cabeça]

o Escápula alada (projetada posteriormente)

✓ Lesão gerada por: (1) Pancadas, (2) Pressão na Região Lateral ou (3) proc. cirúrgico de
Mastectomia Radical

• Nervo Axilar
✓ Originado do Fascículo Posterior do Plexo, transita no Espaço Quadrangular junto da ACPE
✓ Lesão por: (1) pressão na axila por muleta mal ajustada, (2) luxação descendente da
cabeça do úmero, (3) fratura do colo cirúrgico do úmero
✓ Consequências da lesão:
o Paralisia dos mm. Deltoide e Redondo Menor (abdução comprometida e tubérculo
maior do úmero se torna palpável pela atrofia do m. deltoide)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 375

o Perda da sensibilidade sobre a metade inferior do m. Deltoide (n. cutâneo lateral


posterior do braço)

• Nervo Radial
✓ Origem no Fascículo Posterior do Plexo Braquial; emite diversos ramos em seu trajeto
✓ Comumente danificado na Axila e no Sulco do nervo Radial

o Axila:

Causas
• Pressão na extremidade superior de uma muleta
mal encaixada sobre a axila (mesmo mecanismo
da lesão ao n. axilar)
• Bêbado que dorme sobre braço da cadeira
(paralisia do sábado à noite)
• “Paralisia dos Amantes”
• Fraturas ou luxações proximais de úmero

Achados Clínicos:

Motores:

✓ Incapacidade de todos os músculos da loja posterior do braço e antebraço.

Isso impede a extensão do antebraço, do punho e dos dedos, o que mantém o punho caído,
tal como na paralisia de Duchenne-Erb.

✓ Braquiorradial e Supinador são paralisados; porém, a supinação ainda é bem realizada pelo
m. Bíceps Braquial (o principal Supinador)

Sensitivos:

✓ Perda da face posterior inferior do braço, dorso do antebraço e dorso da mão (Obs.: ver
imagem acima)
✓ Área de anestesia total é relativamente pequena devido à sobreposição da inervação

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 376

o Sulco do nervo Radial


Causas

• Fratura do Corpo do Úmero


• Pressão Prolongada no Dorso do braço (em especial em pessoa com
tríceps fino), como um torniquete no braço, pode causar paralisia
temporária

Achados Clínicos:

Motores:
✓ Incapacidade de estender o Punho e os Dedos (Punho Caído). Obs.:
há extensão do antebraço (ou do cotovelo), pois a lesão geralmente
ocorre na parte distal do sulco, além da origem dos ramos para o
tríceps e ancôneo.
Sensitivos:
✓ Anestesia sobre face dorsal da mão e parte de alguns dedos
(não no antebraço pois a lesão geralmente é além de onde
surgem esses ramos)
o Ramo Profundo do nervo Radial
Causas
• Fraturas da Extremidade Proximal do Rádio ou Luxações da
Cabeça do Rádio.
Achados Clínicos:

Motores:

• Comprometimento dos mm da loja posterior do antebraço, com exceção do Supinador e


do Extensor Radial Longo.
• Não há queda de punho, pois o Extensor Radia Longo do Carpo (o mesmo que comporem
a “bolinha do epicôndilo lateral com o m. Braquiorradial) é poderosa e manterá a extensão
do carpo, ou radiocárpica (rádio + escafoide e semilunar).
• Como é um nervo apenas motor, não há alteração sensitiva
o Ramo Superficial do nervo Radial
Causas
• Ferimento a faca, geralmente
Achados Clínicos
• Pequena área variável na região de abrangência desse ramo (novamente, ver imagem)

• Nervo Musculocutâneo
Causas
• Raramente lesionado devido a proteção abaixo do Bíceps
• Cortes ou Ferimentos
Achados Clínicos
• Lesão na parte Superior:

Motores:

Incapacitação dos mm. Bíceps Braquial e Coracobraquial e enfraquecimento do m. Braquial,


pois esse também inervado pelo n. Radial. Resulta em enfraquecimento da
flexão e supinação do antebraço. A flexão continua a ser realizada pelo
restante do m. braquial e pelos mm. flexores do antebraço. Os mm. ext. radial
longo do carpo e Braquiorradial também auxiliam quando em pronação

Sensitivos:

Perda sensitiva ao lado lateral do antebraço. O n, cutâneo lateral do antebraço


é a continuação cutânea desse nervo e ele surge além da Fossa Cubital.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 377

• Nervo Mediano
Causas
• Fraturas Supra-epicondilares do úmero (região do cotovelo)
• Ferimentos a faca ou vidro quebrado imediatamente proximal ao retináculo dos
flexores (casos mais frequentes de lesão ao n. mediano). Obs.: Nesse local o nervo
está entre os tendões dos mm. flexor superficial dos dedos e flexor radial do carpo

Achados Clínicos

Motores

• Comprometimento de toda loja anterior do antebraço, com exceção do flexor ulnar


do carpo e do flexor profundo dos dedos no 4º e 5 dedos (quando a lesão é a nível
do cotovelo)
• Antebraço é mantido na posição supinada (quando a lesão é no cotovelo)
• Incapacidade de Opor o polegar e outros dedos, visto que todos os mm. tênares, com
exceção do adutor do polegar, mais o 1º e 2 º lumbricais estão incapacitados. A
impossibilidade de realizar o movimento de pinça torna a mão extremamente ineficiente e
comprometida.
• Flexão do Punho é fraca e acompanhada de adução
• Nenhuma flexão possível nas articulação interfalângicas do Polegar (“dedão”) Indicador.
• Quando o paciente tenta fechar o punho, os dedos tentem a permanecer retos, com
exceção do 4º e 5º dedos = MÃO EM BENÇÃO

Obs.: Lesões a nível de cotovelo → Antebraço + Mão; a nível do Retináculo dos Flexores
→ Mão

Sensitivas

• Perda de sensibilidade anterior e das pontas dos dedos laterais


• Ver imagem. Obs.: área de anestesia total é relativamente menor devido a
sobreposição dos nervos

Mudanças Vasomotoras: áreas da perda sensitiva são mais quentes (dilatação


arteriolar) e secas (ausência de transpiração) que o normal. Ocorre pela perda do
controle simpático. Obs.: essas alterações ocorrem me em todo nervo lesado.

Mudanças Tróficas a longo prazo: pele seca e escamosa unhas quebradiças, atrofia
da polpa dos dedos.

Síndrome do Túnel do Carpo:

➢ O que é o Túnel/Canal do Carpo: Espaço entre a face


anterior côncava dos ossos do carpo e o retináculo dos
flexores. O retináculo envolve firmemente os tendões dos mm.
flexores superficial e profundo dos dedos e do flexor longo do
polegar, bem como o nervo Mediano.
➢ Fisiopatologia: compressão do nervo dentro do canal. Muito
difícil determinar a causa exata. Acredita-se que
espessamentos das bainhas sinoviais dos tendões que ali
transitam ou mudanças artríticas nos ossos do carpo sejam
possíveis responsáveis em alguns casos.
➢ Sintomas: dor ardente ou “formigamento” ao longo da
distribuição do nervo mediano
➢ Tratamento: Descompressão do canal por meio de incisão
➢ Longitudinal através do retináculo dos flexores.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 378

• Nervo Ulnar

Causas
• Mais comumente lesado no cotovelo e no punho
• Cotovelo: fraturas do Epicôndilo Medial
• Punho: cortes e ferimentos a faca. Nesse local o nervo é muito superficial
Achados Clínicos

Motores

• Comprometimento dos mm. flexor ulnar do carpo e parte ulnar do flexor profundo dos
dedos (em de lesão no cotovelo) → flexão da articulação do punho com desvio radial
(abdução), pois o m. flexor ulnar do carpo está inativo
• Paralisia de todos os músculos da mão, menos dos mm. tênares, com exceção do adutor
do polegar, mais o 1º e 2 º lumbricais → em casos de longa duração = Mão em Garra
(atrofia dos mm. pela paralisia do n. ulnar)
• Paralisia dos mm. Interósseos e Lumbricais:
o Paciente incapaz de abduzir e aduzir os dedos
o Articulações Metacarpofalângicas: Hiperextensão* (+ proeminente no 4º e 5º dedo)
o Articulações Interfalângicas: Fletidas
• Em lesões de punho: mão em garra é mais óbvia, pois o flexor profundo dos dedos não
está paralisado, fletindo as falanges distais.
• Quando mais elevada a lesão, menos óbvia é a deformidade da mão em garra.
• Movimento de pinça entre polegar e indicador é relativamente bom, apesar de alguma
fraqueza devido à perda do m. adutor do polegar

Sensitivas

• Perda de sensibilidade anterior e posterior do dedo e meio mediais


• Ver imagem. Obs.: área de anestesia total é relativamente menor devido a sobreposição
dos nervos

• Resumão lesões de Nervos Perfiféricos do Membro Superior


(Compressão ou Transsecções):

• Nervo Região Anatômica Síndrome/Sintomas


Acometido
Membro Superior
Plexo Braquial Abertura Torácica Superior “Síndrome do Desfiladeiro Torácico” (SDT)
Nervo Incisura da Escápula Síndrome da Incisura da Escápula
Supraescapular
Nervo Axilar Espaço Axilar Lateral Síndrome do Espaço Axilar Lateral
Nervo Ulnar Sulco do N. Ulnar Síndrome do Sulco do n. Ulnar; do Tunel
Cubital; de Guyon-Logen
Nervo Radial -Sulco do N. Radial “Paralisia do Sábado a Noite” /”dos
Amantes”
- Ramo Profundo -m. Supinador (Arcada de
Frohse) -Síndrome do Supinador

- Ramo Superficial -Margem radial distal do -Síndrome de Wartenberg


antebraço
Nervo Mediano -Passagem no m. Pronador -Síndrome do Pronador redondo
Redondo
- Túnel do Carpo -Síndrome do Tunel do Carpo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 379

ESPAÇOS E CANAIS

FOSSA CUBITAL

Obs.: Antes de Passar Medialmente à a. Braquial, na Fossa Cubital,


o n. Mediano desce Lateralmente à a. Braquial, no nível do Braço

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 380

PIRÂMIDE AXILAR

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 381

TRÍGONO CLAVIPEITORAL / SULCO DELTO-PEITORAL

TÚNEL DO SUPINADOR (ARCADA DE FROHSE)

Obs.: Está associado à Síndrome do Supinador devido à compressão do R.


Profundo do N. Radial. Não há queda de punho.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 382

ESPAÇOS: TRIANGULAR, QUADRANGULAR (de


Velpeau), Hiato do Tríceps

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 383

TABAQUEIRA ANATÔMICA

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 384

TÚNEL DO CARPO

O N. Mediano se situa entre os tendões do m. flexor


superficial dos dedos e do m. flexor longo do polegar!

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 385

CANAL DE GUYON

RETINÁCULO DOS EXTENSORES

Retináculo dos Extensores

Compart Conteúdo (Tendões dos


imento músculos)

• Abdutor Longo do Polegar e


1
• Extensor Curto do Polegar
• Extensor Radial do Carpo
2 • Extensor Radial Longo do
Carpo
3 • Extensor Longo do Polegar
• Extensor Comum dos Dedos
4
• Extensor Próprio do Indicador
5 • Extensor Próprio do 5º
6 • Extensor Ulnar do Carpo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 386

ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR


ESTERNOCLAVICULAR
❖ Sinovial Selar, porém funciona como esferoidea.
❖ Possui disco articular
❖ Ligamentos:
✓ Ligamento Esternoclavicular Anterior

ACROMIOCLAVICULAR
❖ Sinovial Plana
❖ Ligamentos:
✓ Ligamento Acriomioclavicular
✓ Ligamento Extrínseco Coracoclavicular (lig. Trapezoide + lig. Conoide)

GLENOUMERAL (OMBRO)
❖ Sinovial Esferoidea (Triaxial)
❖ É uma articulação com grande mobilidade – a mais móvel do corpo. Entretanto, é
relativamente instável, pois é o “preço” se sua amplitude de movimento. No momento
em que nos tornamos bípedes, o membro superior passou a ser mais móvel para
manipular objetos com as mãos, bem como posicionar a mão no lugar ideal,
movimento que depende muito da articulação glenoumeral, ou ombro.
❖ Fazendo uma analogia com a articulação do quadril é possível perceber que o
acetábulo, o qual sustenta mais peso, é muito mais profundo que a glenoide. Devido a
cabeça do úmero ser rasa, para ter maios amplitude de movimento, a cavidade
glenoidal acomoda pequena parte da cabeça do úmero, que é 3 a 4x maior que a
face articular da escápula.
❖ Quase 50% do total das luxações envolve a articulação do ombro. Geralmente, ocorre
luxação anterior ou anteroinferior, onde a cápsula articular é mais frágil, visto que não é
reforçada por músculo nesse local. Essa luxação quase sempre ocorre devido ao
movimento de rotação lateral forçada com o braço elevado.
❖ É mantida por ligamentos e principalmente pelos mm. do manguito rotador
(Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor e subescapular) e seus tendões,
denominados estabilizadores primários. Os ligamentos são relativamente frouxos

❖ Ligamentos:
✓ Ligamentos Glenoumerais: três faixas fibrosas – superior, medial e inferior –, que
reforçam anteriormente a cápsula articular. Geralmente esses ligamentos são
visíveis e delimitáveis apenas na face interna da cápsula.
✓ Ligamento Coracoumeral: vai do processo coracoide até o Tubérculo maior
do Úmero. Forma o arco acromial junto do Acrômio e da Processo Coracoide
✓ Ligamento Transverso do úmero: recobre o sulco intertubercular (corredeira
bicipital) e, consequentemente, o tendão do m. bíceps braquial cabeça longa.
Esse tendão transita dentro da cápsula articular.

❖ Superiormente, a articulação é recoberta por uma Cápsula Fibrosa.

❖ Bolsas (bursas) ao Redor da articulação:


➢ Bolsa Subacromial e Subdeltoidea (encontram-se unidas): Estão situadas
superiormente à articulação. Facilita a movimentação dos mm.
Supraespinhal e Deltoide.

➢ Bolsa Subescapular: Protege o tendão do m. Subescapular e comunica-se


com a cápsula articular. Comunica-se com a bolsa subcoracóidea e a
cápsula articular.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 387

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 388

COTOVELO
❖ Sinovial Gínglimo (uniaxial)
❖ Ocorre entre:
• Capítulo do úmero ↔ Cabeça do Rádio (face côncava):
- Esferoide (porém, tem seu movimento limitado pelas outras
estruturas envolvidas)
• Tróclea (forma de carretel) do Úmero ↔ Incisura troclear da ulna:
- Gínglimo
➢ Ligamentos: É composta por 3 ligamentos (2 colaterais, triangulares, e 1
centralizado, o anular):
✓ Ligamento Colateral Lateral (Radial): Epicôndilo Lateral → Lig.
Anular
✓ Ligamento Colateral Medial (Ulnar): Ainda subdivido em outras 3
partes: anterior, transversa ou oblíqua e posterior. Epicôndilo Medial
→ Proc. Coronoide e Olécrano da Ulna.
✓ Ligamento Anular do Rádio: Permite a pronação e supinação.
Prende e circunda a cabeça do rádio na incisura radial da ulna.
➢ Bursas: Há 7 nessa região. As mais importantes são as 3 bolsas do olecrano:
subtendínea do m. tríceps braquial, braquial intratendínea e subcutânea. Além delas,
há a bolsa subcutânea do epicôndilo medial e a do lateral, a do m. ancôneo, bem como a bola na
origem do m. extensor radial curto do carpo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 389

RADIOULNAR PROXIMAL
❖ Sinovial Trocoidea (uniaxial)
❖ Ocorre entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna. É essa articulação que
permite os movimentos de:
• Pronação: rotação medial do antebraço, é efetuada principalmente pelos
mm. Pronador quadrado e redondo.
• supinação: rotação lateral do antebraço, é efetuada pelos mm. supinador
(quando não resistência) e bíceps braquial (quando há resistência e
necessidade de força)
➢ Ligamentos:
✓ Ligamento Anular do Rádio

RADIOULNAR DISTAL
❖ Sinovial Trocoidea (uniaxial).
❖ Articulação em que a extremidade distal do rádio (incisura ulnar) move-
se ao redor da cabeça da ulna.
❖ Possui disco articular.

❖ Ligamentos: Radioulnares anterior (palmar) e posterior (dorsal)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 390

RADIOCARPAL (PUNHO)
❖ Sinovial Elipsoide
❖ Corre entre o Rádio e a Fileira Proximal dos ossos do Carpo (Escafoide e
Semilunar, e parte do Piramidal). A ulna não participa diretamente.
❖ Realiza movimentos de extensão, flexão, abdução, adução e
circundação (sequência dos movimentos anteriores) da mão. Os
movimentos são aumentados pois combinam-se com outras
articulações do carpo.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 391

INTERCARPAIS
❖ Sinoviais Planas (uniaxiais)
❖ Unem os ossos carpais
❖ Realizam movimentos de deslizamentos e sobreposição, o que amplifica
os movimentos de outras articulações

CARPOMETACARPAIS
❖ Sinoviais Planas (uniaxiais), com exceção do 1º metacarpo (polegar), a
qual é Sinovial Selar biaxial)

INTERMETACARPAIS
❖ Sinoviais Planas (uniaxiais)
❖ Ocorrem entre os metacarpos adjacentes

METACARPOFALÂNGICAS
❖ Sinoviais Elipsoideas (biaxiais)

INTERFALÂNGICAS
❖ Sinoviais Gínglimo (uniaxiais)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 392

Aplicações Clínicas

• Luxação da Articulação do Ombro


Ao longo da evolução do ser humano e do estabelecimento da marcha bípede, passamos a utilizar o
membro superior para manipular objetos com as mãos, isso tudo por meio do movimento de pinça, o
qual é realizado entre polegar e outros dedos da mão. Isso tudo só foi permitido na medida em que a
articulação do ombro permitiu a mobilidade suficiente para colocarmos o membro superior no local
ideal para a manipulação dos objetos com a mãos. Dessa forma, quase todo o peso corporal foi
passando a ser sustentado apenas pela articulação do quadril e a estabilidade do ombro foi abdicada em
detrimento da mobilidade. Entretanto, há um preço severo para tanta amplitude de movimento:

a instabilidade.

✓ Como é a articulação mais móvel do corpo, isso devido a cavidade glenoidal ser
extremamente rasa, o ombro sofre com as luxações.
✓ As luxações de ombro são as lesões traumáticas mais comuns do membro superior e
são mais frequentes em adultos jovens. Geralmente, em 95% dos casos, é traumática
✓ Geralmente ocorrem em direção descendente (inferior). Por quê? O arco
coracoacromial e o manguito rotador são eficientes na proteção da luxação para cima.
Todavia, na região inferior, não há proteção.
✓ As luxações Antero-inferiores correspondem a 98% de todas luxações do ombro.

Mecanismo:
Cabeça do Mm. flexores e e
Cabeça do úmero é
Trauma repentino Rompimento úmero se adutores do ombro
inclinada para baixo,
ao úmero com o da cápsula situa inferior à puxam a cabeça do
justo no local onde a
ombro abduzido articular cavidade úmero para frente e
cápsula é mais fraca
glenoide para cima.

E aí, O que ocorre?

o Mm. Flexores e Adutores do ombro tracionam a cabeça do úmero em


direção anterossuperior.
o As Pessoas sustentam o braço com a outra mão:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 393

o Como ficam os ossos?

o Tratamento: inicialmente, redução incruenta com uma das manobras


(Kocher, Hipócrates, Stimson, tração e contra tração), em caso de
luxação anterior, e imobilização por até três semanas. Caso houver
necessidade de tratamento cirúrgico, existem diferentes critérios a
serem preenchidos

✓ Luxações posteriores:
o Raras;
o Trauma direto na frente da articulação;
o Aparência arredondada do ombro é perdida (tubérculo maior não está mais
pressionando o m. deltoide lateralmente);
o Podem deslocar a cabeça do úmero para o espaço quadrangular, causando
lesão do n. axilar = perda:
▪ dos mm. deltoide e redondo menor
▪ da sensibilidade da pele sobre a metade inf. da Art. Ombro;
o Deslocamento do úmero para baixo pode lesar o n. Radial

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 394

ANATOMIA DE SUPERFÍCIE

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 395

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 396

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA MEMBRO SUPERIOR 397

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CABEÇA

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 399

OSSOS

CRÂNIO

É o esqueleto da cabeça. Possui ossos pares e ímpares:

➢ Pares (8 x 2 = 16):
✓ Temporais
✓ Zigomáticos
✓ Maxilas
✓ Lacrimais
✓ Nasais
✓ Conchas Nasais Inferiores
✓ Palatinos
✓ Parietais

➢ Ímpares (6):
✓ Occipital
✓ Mandíbula
✓ Frontal
✓ Etmoide
✓ Esfenoide
✓ Vômer

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 400

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 401

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 402

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 403

O crânio é formado por duas partes, as quais são divididas pela linha
násio → ínio: Víscerocrânio e Neurocrânio.

Ponto de
Forma e Localização
Referência
Násio Região de triplo encontro, entre os ossos nasais e frontal. Fica logo abaixo da glabela
Ínio Ponto mais proeminente da Protuberância Occipital Externa
Bregma Junção das suturas coronal e sagital.
Lambda (λ) Junção das suturas lambdoidea e sagital.
Junção do esfenoide (asa maior), temporal (parte escamosa), frontal e parietal. Situa-
Ptério se sobre o trajeto da divisão anterior da a. meníngea média (a mesma que causa
suas impressões – sulcos – na calota craniana).
É o local de junção de 3 suturas: parietomadstóidea, occipitomastóidea e
Astério
lambdóidea. Situa-se posterolateralmente.
Situa-se superior à raiz do nariz (entre as sobrancelhas). É uma proeminência lisa, mais
Glabela
marcante em homens.

NEUROCRÂNIO
Fica acima da linha násio→ ínio.

➢ Ossos (5):
✓ Pares: Parierais e Temporais
✓ Ímpares: Occipital, Frontal, Esfenoide

Teto: Calvária (calota craniana). São unidos por suturas (sinartroses suturais).
São exemplos: suturas sagital e coronal.

➢ Calota craniana:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 404

➢ Assoalho: base do crânio:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 405

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 406

____________________________LINHA NÁSIO-ÍNIO____________________________

VICEROCRÂNIO (ESPLANCNOCRÂNIO)
Inferior à linha násio → ínio.

➢ Ossos (3 + 6 x 2 = 15):
• Pares:
✓ Zigomáticos
✓ Conchas nasais inferiores
✓ Lacrimais
✓ Nasais
✓ Palatinos
✓ Maxilas.
• Ímpares:
✓ Mandíbula
✓ Vômer
✓ Etmoide

Forma a parte inferior do crânio e consiste nos ossos que formam a


região da boca (maxila e mandíbula), nariz, e maior parte das órbitas.

OSSOS IMPORTANTES
• Temporal:
Porção Escamosa: Parte mais fina e frágil do osso.

Porção Petrosa: É interna. Contém os canais semicirculares e a cóclea.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 407

Porção Zigomática: Contém a fossa mandibular. Forma o arco zigomático


junto com a porção temporal do osso zigomático.

Porção Timpânica: Onde está o Meato Acústico Externo.

Processo Estiloide: Local de fixação de músculos como estilohioide,


estiloglosso, estilofaríngeo e ligamento estilo-hioide.

Processo Mastoide: Pneumático.

• Esfenoide:
Corpo

Processos Pterigoideos (2): São 2. Cada um dos processos é formado por uma
lâmina medial e outra lateral. Os mm. Pterigoideos lateral fixam-se na lâmina
lateral e os mediais na fossa pterigoidea (entre as 2 lâminas).

Asas Maiores (2): Uma em cada lado. É a parte do esfenoide que aparece
externa e lateralmente no crânio e também na cavidade orbital.

Asas Menores (2): Faz divisão entre a fossa (andares) anterior e média do
crânio.

Contém o Seio Esfenoidal

Sela turca / Fossa Hipofisal: Abriga a hipófise.

Pode ser comparado a um morcego.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 408

• Etmoide:
Pode ser comparado a uma balança.

Crista Galli (etmoidal): Local de fixação da


foice do cérebro (projeção de dura-máter)

Forame Cego: Local de passagem de v.


emissária para o Seio Sagital Superior (SSS).

Lâmina Cribiforme (Crivosa): Contém vários


forames por onde passam ramificações
(feixes de axônios) do N. Olfatório (II PC)

Lâmina Perpendicular: Compõe o Septo nasal juntamente do osso Vômer e da


Cartilagem Septal.

As conchas nasais superior e média são partes desse osso.

• Maxila:
Osso Par da arcada dentária superior. Entretanto, apresenta-se fundido e, por
isso, dá a impressão de ser ímpar. Contém o Forame Infraorbital: Local onde
emerge o Ramo Maxilar (segundo ramo ou V2) do Trigêmeo (V PC).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 409

Fraturas de Le Fort: 20% de todas fraturas de crânio

I – Horizontal, acima dos processos alveolares da Maxila;


transcorre horizontalmente, também lesionando parte do septo nasal e
processos pterigoideos mediais (osso esfenoide)

II – Triangular

III (Disjuncional) - Horizontal, cruzando a órbita, passando


na fissura orbital superior, de lado a lado. Como é mais
acima, a parte inferior é mais pesada, gera maior gravidade.

• Mandíbula:
Osso da Arcada dentária inferior. É móvel por meio da articulação temporomandibular (ATM).
Ela é sinovial tipo gínglimo e contém disco articular. É composta por: Ramo (contém os
processos condilar e coronóide) e Corpo. Entre eles está o ângulo.

Forame Mandibular: Fica do lado interno da mandíbula. Local por onde o n. Alveolar Inferior
(ramo de V3) interioriza-se no corpo da mandíbula.

Forame Mentual: Local de emergência do N. Alveolar inferior (ramo de V3); ao sair pelo forame
esse n. passa a se chamar N. Mentual.

Espinha Geniana superior e inferior: inserção dos mm. Genioglosso e Geniohioideo,


respectivamente.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 410

• Occipital
Forame Magno
Ínion (Protuberância Occipital Externa)
Côndilos Occipitais: articulam-se com C1 (atlas).

OSSOS POR REGIÕES DA FACE


• Região Nasal (ossos):
• Nasal
• Vômer: compõe o septo nasal junto com a cartilagem septal e
o etmoide (lâmina perpendicular)
• Etmoide: ajuda a compor o septo nasal; além disso, participa
da região orbital
• Palatino: compõe o assoalho da região nasal e 20% do teto da
região oral, o palato duro, (junto com os 80% da maxila).
• Concha Nasal Inferior: Local de desembocadura do ducto
nasolacrimal. É a única concha nasal que é um osso próprio.

• Região Oral (ossos):


• Palatino: forma 20% do palato duro, junto com os 80%,
formados pela maxila.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 411

• Maxila: Osso par. Forma o palato duro. Contém a arcada


dentária superior e o forame infraorbital (local onde V2
exterioriza-se)
• Mandíbula

• Região Orbital (ossos):


• Lacrimal
• Esfenoide: Nele há 3 estruturas importantes:
1. Fissura Orbital Superior: transita o n. Oculomotor (III PC), n. Troclear (IV), n.
Abducente (VI), n. Oftálmico (V1, ramos lacrimal, frontal e nasociliar) e v.
oftálmica superior.
2. Canal Óptico: n. Óptico (II) e a. oftálmica.
3. Fissura Orbital Inferior: alguns ramos de V2
• Etmoide
• Maxilar
• Zigomático
• Palatino: seu processo orbital também está presente.

Parede Superior: osso frontal (parte orbital) + asa menor esfenoide

Parede Inferior: maxila + zigomático + palatino

Parede Medial: etmoide (lâmina orbital) + maxila (processo frontal) + lacrimal

Parede Lateral: zigomático (processo frontal) + asa Maior do esfenoide

Traumas contundentes não costumam romper o globo ocular, o impacto é transmitio


posteriormente para a órbita. O pontos mais fracos – locais comum de fratura – são as paredes
medial e inferior. Os seios normalmente preenchidos por ar passam a ter fluido (sangue),
visualizado em imagem radiográfica (ficam mais radiopacos – mais brancos). Obs.: Radiolucente é o
contrario de radiopaco, e ocorre em materiais menos densos, como o ar. Mais Abaixo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 412

OSSOS PNEUMÁTICOS
Ossos com cavidades contendo ar em seu interior. São eles:

1. Frontal
2. Esfenoide
3. Etmoide
4. Maxila
5. Temporal (processo mastoide)

Possuem função de:


✓ Conferir maior resistência
✓ Diminuir o Peso
✓ Aumentar a ressonância (propagação dos sons)

SEIOS DA FACE (PARANASAIS)


Extensões cheias de ar (ocas) de parte da cavidade nasal composta pelos
ossos pneumáticos (com exceção do temporal). São nomeados de acordo com os
ossos; são eles:

➢ Seios Esfenoidais: são derivados de uma célula etmoidal posterior que


começa a invadir o esfenoide por volta dos dois anos de vida. Drenam para o
meato nasal superior pelo recesso esfenoetmoidal
➢ Seios Etmoidais: evaginações dos meatos nasais médios e superior.
- Células Etmoidais Posteriores: drenam para o meato nasal superior
- Células Etmoidais Anteriores e Médias: drenam para o meato nasal médio.
➢ Seios Frontais: são detectados em crianças após os 7 anos. Drenam para o
Meato Nasal Médio pelo ducto frontonasal.
➢ Seios Maxilares: São os maiores seios e os infectados com maior frequência,
pois seus óstios são pequenos. Drenam para o meato nasal médio pelas
aberturas dos óstios maxilares.

Relembrando os boxe da página anterior dos pontos mais fracos – locais comum de fratura da
órbita: paredes medial e inferior. Os seios que acumulam os fluidos em fraturas: Medial =
células etmoidais; Inferior = seio maxilar.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 413

FACE
REGIÕES DA FACE

➢ Face:
A singularidade das faces é caracterizada pela proeminência dos
acidentes ósseos (mais marcantes em homens), a deposição de gordura,
distribuição de pelos e efeitos do envelhecimento.

• Bolas de Bichat (corpos adiposos da bochecha): Massa de tecido


adiposo localizada entre os mm. Masséter e Bucinador. É maior em
lactentes e vai diminuindo ao longo da vida. Sua função é protetiva
e, também, auxiliar na sucção durante a alimentação.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 414

Couro cabeludo:

É formado por 5 camadas:

1. Pele
2. Tecido conjuntivo: Tela subcutânea espessa e densa
3. Aponeurose Epicrânica (Gálea aponeurótica): Local de fixação dos
ventres frontal e occipital do m. Occipitofrontal e do m. Auricular
superior.
4. Tecido Conjuntivo Frouxo: camada esponjosa com espaços virtuais. Ela
que permite a movimentação do couro cabeludo.
5. Pericrânio: Periósteo do crânio

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 415

MÚSCULOS DA FACE
(EXPRESSÃO FACIAL/MÍMICA)

➢ Todos os músculos da mímica são inervados pelo n. Facial (VII PC)


➢ São vascularizados, principalmente, pela A. e V. Faciais.
➢ Os mm., em geral, atuam em conjunto para realizarem as expressões
facias. Sabendo a localização dos músculos, é possível deduzir quais
estão sendo contraídos para determinada expressão. Abaixo, quadro
com algumas posições e os principais mm. responsáveis.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 416

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 417

MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO

Osso Ângulo e ramo


Masseter Zigomático da mandíbula
Eleva a mandíbula /
Fecha a boca
Processo
Temporal Fossa Temporal Coronoide da Raiz
Mandíbula Motora
(ramo de
Parte medial da Eleva e protrai a
Ramo da V3 / n.
Pterigóideo lâmina Lateral mandíbula +
mandíbula mandibular
Medial do Processo Movimentos de
(medialmente) do
Pterigoide rangido
trigêmeo)
Bilateralmente: protrai
a mandíbula e abaixa
Lâmina Lateral
Pterigóideo Cápsula da o mento,
do Processo
Lateral Pterigoide
ATM Unilateralmente:
Movimentos laterais
de Mastigação

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 418

INERVAÇÃO DA FACE
➢ Motora:
- Nervo Facial: mm. da expressão fácial

- Raiz motora do N. Trigêmeo (PC V): mm. da mastigação – temoral, masseter,


pterigoideos medial e lateral.

N. Facial

Possui uma raiz motora e uma raiz sensitiva (será abordada a motora).
Segue trajeto curvo no osso temporal e emerge no crânio pelo forame
estilomastoideo que, como o nome já diz, situa-se entre os processos mastoide
e estiloide. Logo após exteriorizar-se, dá o ramo auricular posterior. A parte
anterior é englobada pela parótida e forma o Plexo Intraparotídeo.

Esse plexo dá origem aos cinco ramos terminais do N. Facial, os ramos:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 419

1. Temporal
2. Zigomático
3. Bucal
4. Marginal da Mandíbula
5. Cervical

(VII, IX, X,)

N. Trigêmeo:
→ Raiz Motora
(n. Mandibular – V3):
Pequeno filete de fibras que sai da
Face Lateral da Ponte, ao lado da
raiz sensitiva do n. Trigêmeo.
Une-se com fibras sensitivas para
formar o N. Mandibular (V3), o qual
é misto.
Inerva os mm. da mastigação
(Masseter, Temporal e Pterigoideos)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 420

➢ Sensitiva:
• N. Trigêmeo (V PC): origina-se na face lateral da ponte
mesencefálica. Sofre as seguintes divisões (3 de trigêmeo) no Gânglio
Trigeminal (de Gasser):

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 421

Nervo Oftálmico (V1):

- Sensitivo

- Sai do crânio pela F.O.S. (junto com os PCs III, IV, VI e v. oftálmica)

- Trifurca-se em 3 (frontal, nasociliar e lacrimal), os quais darão os ramos


terminais.

Frontal: forma os Nn. supraorbital e supratroclear

Nasociliar: seus ramos terminais são os nn. nasal externo e infratroclear.

Lacrimal: é o menor dos 3. Termina com o mesmo nome: lacrimal.

Nervo Maxilar (V2):

- Sensitivo

- Sai do crânio pelo forame redondo.

- Seus ramos terminais são: zigomáticofacial, zigomáticotemporal e infraorbital

Obs.: os Nn. zigomáticofacial e zigomáticotemporal saem da orbita pela F.O.I.


como n. zigomático, esse que, posteriormente, forma aqueles.

Nervo Mandibular (V3):

- Sensitivo e Motor

- Sai do crânio pelo forame oval.

- Seus principais ramos cutâneos são: Nn. auriculotemporal, bucal e mentual


(exteriorização do n. alveolar inferior pelo forame mentual).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 422

VASCULARIZAÇÃO DA FACE

➢ Irrigação:

➢ Drenagem:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 423

ÓRBITA
Limites: estão na parte de ossos

➢ Pálpebras:
Cobrem e protegem da luz e de lesões o bulbo anterior do olho,
quando fechadas. Sua abertura e fechamento são possibilitados pelo saco da
conjuntiva, uma espécie de “bolsa” que acomoda a pálpebras, quando
abertas. As pálpebras são fortalecidas por um esqueleto conjuntivo
denominado tarsos superior e inferior.

Possuem glândulas sebáceas externas (Zeiss e Moll) e internas (de Meibomius)

Nas margens das pálpebras estão os cílios.

Aparelho Lacrimal e Caminho da Lágrima:


1. Glândula Lacrimal: Secreta o líquido lacrimal
2. Dúctulos Excretores da Glândula Lacrimal:
3. Lago Lacrimal: Espaço medial ao olho onde se acumulam as lágrimas.
4. Canalículos Lacrimais: começam no ponto lacrimal, na papila lacrimal.
Drenam o conteúdo do lago lacrimal para o
5. Saco Lacrimal: Para superior dilatada do
6. Ducto Lacrimonasal
7. Meato Nasal Inferior

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 424

OLHO

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 425

• Úvea: camada vascular média do olho; é dividida em três áreas: Íris + Corpo Ciliar +
Coroide. Externamente, está a esclera e a camada interna é a retina (vide imagem página
anterior).

• Coróide: Camada intermediária. Fica entre a esclera e a retina. Absorvem e luz que
chega à retina com objetivo de evitar reflexão, bem como faz sua nutrição (da
retina).

• Íris: Disco colorido com orifício central retrátil – a pupila. Controla a entrada de luz por
meio do tamanho de abertura da pupila.

• Corpo ciliar: Contraem-se (diminuindo a tensão dos ligamentos) para visualização de


perto. Relaxam (aumentando a tensão dos ligamentos) para a visualização de
longe.

• Retina: Membrana da parte posterior do olho responsável pela formação de


imagens (captação dos estímulos luminosos)

• Ora Serrata: junção entre Retina e Corpo Ciliar. Marca a transição entre a área
fotosensível (retina) e área não fotossensível (corpo ciliar). Obs.: essa é a ora serrata do
olho; também há a do esôfago, também chamada de “linha z” – nesse local também ocorre a
transição entre 2 tipos de tecido,

• Conjuntiva: Membrana que reveste o “branco” do olho e parte posterior da


pálpebra.

• Córnea: Tecido transparente, fino e resistente localizado na parte anterior do olho.


Semelhante ao vidro de um relógio. É avascular.

• Pupila: Círculo negro que, situado no meio da íris, possibilita a entrada da luz. Possui
diâmetro regulável.

• Cristalino: É a lente do olho. É biconvexa e, dessa maneira, refrata os raios para a


retina.

• Ligamentos: Também chamado de ligamento suspensório do corpo ciliar ou da


lente. Conecta o corpo ciliar (mm. ciliares) ao cristalino ou lente. São formados pela
união das fibras zonulares.

• Esclerótica: Também chamada de Esclera. É o branco do olho, a membrana mais


externa.

• Mácula Lútea: ponto da retina onde enxergamos com maior clareza devido à
grande quantidade de cones fotorreceptores.

• Fóvea: Ponto central da mácula lútea. Área de visão mais aguda.

• Humor Vítreo: líquido aquoso que se situa dentro do corpo vítreo. Dá passagem à luz,
mantém a retina no lugar e sustenta a lente.

• Humor Aquoso: líquido aquoso que se situa ligeiramente posterior à córnea, na


“parte de fora do olho”, em contraposição ao vítro (humor), que fica internamente.

• Ponto Cego: Pequena área da retina que não contém receptores de luz. É onde se
insere o n. óptico.

• Seio Venoso da Esclera (canal de Schleem): drena humor aquoso (câmara anterior)
para as vv. ciliares anteriores. Descrito por Friedrich Schlemm (1795 – 1858). Possui relevância
pois está envolvido na patogenia e tratamento de determinados casos de glaucoma.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 426

➢ Músculos:

Extrínsecos do Olho

Elevação,
Reto adução e
Superior rotação medial
do olho
Anel tendíneo Abaixa,
Comum (dos 4 Esclera (posterior ao adução e
Reto Inferior retos) – limbo córnea) rotação lateral
“Annulus of Zinn”
do olho
N.
Oculomotor Adução do
Reto Medial
(III PC) olho

Esclera A. e V. Abdução e
Oblíquo Assoalho da
(profundamente ao Oftálmica Rotação Lateral
Inferior órbita
reto lateral) do olho
Levantador
Elevação da
da Esfenoide (asa
Tarso Superior Pálpebra
Pálpebra menor)
Superior
Superior
Passa pela Tróclea e
N. Troclear Abdução e
Oblíquo Esfenoide se insere
(Patético, Rotação
Superior (corpo) profundamente ao
oblíquo superior IV PC) Medial do olho
Anel tendíneo N.
Esclera (posterior ao Abdução do
Reto Lateral Comum (dos 4 Abducente
limbo córnea) olho
retos) (VI)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 427

➢ Acomodação Visual e mm. Ciliares:


Longe: m. ciliar relaxado → fibras zonulares tensionadas: Lente distendida
Perto: m. ciliar contraído → fibras zonulares relaxadas: Lente mais esférica

Obs.: A imagem está em um corte sagital, por isso o músculo ciliar aparece dessa forma. Porém, ele é
um músculo circular.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 428

➢ Dilatação e Contração da Pupila com a Luz:


Luz ou estímulo Parassimpático → Contração do m. Esfincter da Pupila: Mióse.
Escuridão ou estímulo Simpático (como drogas ou satisfação erótica) →
Contração do m. Dilatador da Pupila: Midríase.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 429

➢ Vascularização da órbita:
Irrigação:

• A. Oftálmica (1º ramo da a. carótida interna) + seus ramos, em torno de 10.


• A. Infraorbital (ramo da a. maxilar, que é ramo da carótida externa)

Drenagem

• Vv. Oftálmicas superior e inferior (atravessam a fissura orbital superior). A


Superior e a inferior drenam para o seio cavernoso; além disso, a inferior
também drena para o plexo pterigoideo, para a V. Retromandibular e,
posteriormente, para VJI.
• Vv. Central da retina, Corticosas e Seio Venoso da Esclera

CAVIDADE ORAL (BOCA)

• Dividida em duas partes: Vestíbulo da boca e cavidade própria da boca:


1. Vestíbulo da Boca: Região situada entre os lábios/bochechas e gengiva/
dentes. Comunica-se exteriormente pela Rima (abertura) da boca.

2. Cavidade Própria da Boca: Espaço cercado entre arcos dentais (arcadas).

o Limites da Cavidade Própria da Boca (2):


Teto: Palato (duro e mole)

Anterior e Laterais: Arcos Dentais Posterior: Ístmo das Fauces

Assoalho: Mm. Gêniohioide (superior) e Milohiode (inferior). Obs.: Esses músculos


inserem-se nas espinhas genianas superiores e inferiores, respectivamente, da mandíbula.

Conteúdo: Quando, fechada, é completamente ocupada pela língua

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 430

DENTES
Função: trituração mecânica dos alimentos. Também auxilia na fala.

• As crianças possuem 20 dentes decíduos (primários).


• Os adultos possuem 32 (8 + 8 + 12) dentes permanentes (secundários). São
eles:

✓ 8 Incisivos
✓ 8 Pré-Molares
✓ 12 Molares

* Terceiros Molares são os


Sisos

• Os dentes são compostos


por:
✓ Coroa
✓ Colo
✓ Coroa.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 431

PALATO

➢ Palato Duro:
Forma o Assoalho da Cavidade Nasal. É o teto da cavidade oral,
juntamente do Palato Mole. É composto por:
✓ Processo palatino da Maxila → 80% anterior.
✓ Lâminas Horizontais do osso Palatino → 20% posterior.
Contém:

✓ Fossa Incisiva: local de abertura dos nervos nasopalatinos.


✓ Forames Palatinos Maiores e Menores: dão passagem aos nervos e
vasos palatinos maiores e menores, respectivamente.

➢ Palato Mole:
• Não possui esqueleto ósseo
• É composto por músculos
• Fica posterior ao Palato Duro. Junto desse, forma o teto da
cavidade oral

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 432

• Quando horizontalizado, representa o limite inferior da


Nasofaringe e superior da Orofaringe.
• Possui a úvula.
• É reforçado anteriormente pela aponeurose palatina.
• Durante a deglutição, inicialmente é tensionado e possibilita o
contato com a língua, o que leva a comida para a parte
posterior da boca. Depois disso, ele se horizontaliza e impede
que o alimento vá para a cavidade nasal.
• É composto pelos seguintes músculos:

Elevação da parte posterior da língua +


Palatoglosso
abaixamento do palato mole
Palatofaríngeo n. Vago Tensão do palato mole + tração faringe
- X P.C.
(ramo
Músculo da Úvula Encurtamento + tração superior da úvula
faríngeo)
Levantador do Véu Elevação (levantador) do palato mole
Palatino durante bocejo e deglutição
(V3) – n .
Mandibular Tensão do palato mole + abertura do óstio da
Tensor do (V)éu
(ramo tuba de eustáquio durante bocejo e
Palatino pterigoideo deglutição
medial)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 433

LÍNGUA
• Partes e Faces da Língua:
✓ Raiz
✓ Corpo (2/3 anteriores)
✓ Ápice (ponta).
• Possui duas faces:
✓ Inferior: Lisa
✓ Superior (Dorso): Rugosa e contém papilas linguais. São
elas:
Circunvaladas: Ficam próximo ao Sulco da Língua. São grandes,
possuem diversos – muitos - botões gustativos e os ductos das Glândulas
Serosas da Língua (de Von Ebner), as quais limpam os botões, abrem-se
nelas.
Filiformes: Contém terminações nervosas sensitivas a toque. Não
Possuem botões gustativos.
Fungiformes: Mais numerosas no ápice e nas margens laterias. Possuem
formato de cogumelo (basidiomicetos). A maioria contém botões
gustativos.
Foliadas: Pequenas pregas nas laterais da língua. Irrelevantes em seres
humanos.

➢ Músculos da Língua:
• Extrínsecos:

Originam-se fora da língua;


portanto, são responsáveis
principalmente pela movimentação
da língua, embora também possam
contribuir para alterar a forma.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 434

N. Vago
(X P.C.)
Palatoglosso Diversos Movimentos, alguns
em conjunto. Alguns desses
músculos possuem várias
Hioglosso A. e V. partes. Ver tabela Moore.
Lingual (pág. 532, 6ª edição)
N.
Genioglosso
Hipoglosso
(XII P.C.) Eleva a parte posterior da
Estiloglosso língua e pressiona o palato
mole sobre a língua.

• Intrínsecos:

Esses músculos estão fixados na própria língua; portanto, são


responsáveis apenas por alterar sua forma, como deixa-lá mais fina ou grossa,
ou protrai-la ou retrai-la, como quando se empurra os dentes incisivos.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 435

Longitunal
Eleva e retrai a língua
Superior
Longitunal N.
Abaixa e retrai a língua
Inferior A. e V. Lingual Hipoglosso
(XII P.C.) Estreita e protrai a língua
Transverso

Vertical Achata e Alarga a língua

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 436

➢ Inervação da Língua:

*Protopática (Geral) = Tato (V3)

*Epicrítica (Especial) = Paladar (VII)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 437

Motora:

Todos pelo n. Hipoglosso (XII PC), com exceção do m. palatoglosso,


pelo n. Vago (X PC)

Sensitiva:

1/3 Posterior: n. Glossofaríngeo (IX PC) → epicrítica (especial) e


protopática (geral)

2/3 Anteriores:

▪ Especial (epicrítica): n. Facial (VII PC)

▪ Geral (protopática): n. Mandibular (V3 PC)

*Epicrítica + Protopática (Área Posterior da Raiz da Língua + Larínge e Esôfago): n.


Vago (X PC)

➢ Vascularização da Língua:

Irrigação
• A. Lingual (ramo a. carótida externa) + ramos

Drenagem
• V. Lingual (ramo da VJI) + tributárias

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 438

GLÂNDULAS SALIVARES

São elas: Parótidas, Submandibulares, Sublinguais e Acessórias. O líquido


incolor, inodoro e viscoso secretado pelas glândulas tem como funções:

✓ Iniciar a digestão (de amidos)


✓ Proteger contra cáries
✓ Auxiliar no paladar
✓ Manter a boca úmida
▪ Glândulas Salivares Acessórias:
✓ Pequenas
✓ Estão dispostas por toda cavidade oral.
▪ Parótidas:
✓ São as maiores das glândulas salivares.
✓ O nervo facial para através dela, mas não a inerva.
✓ Revestida por fáscia.
✓ Seus produtos de excreção saem por meio do Ducto Parotídeo
(de Stenon). É visível na dissecção. Esse ducto sai da glândula e
desemboca no vestíbulo da boca perfurando o m. bucinador.
✓ Gl. Totalmente Serosa.
Inervação:
➢ N. Glossofaríngeo (IX PC) – ramo: n. de Jacobson
➢ N. Auriculotemporal (ramo do n. Mandibular – V3) Fáscia e pele subjacente
➢ N. Auricular Magno (ramo do Plexo Cervical)

▪ Submandibulares
✓ Situa-se no trígono submandibular ou digástrico, pois ele possui
como limites os dois ventres (anterior e posterior) do m. digástrico
e, superiormente, a mandíbula.
✓ Contém o ducto submandibular (de Warthon)
✓ É mais serosa que mucosa.
Inervação:
➢ N. Facial (VII PC)
➢ N. Lingual (ramo do trigêmeo)

▪ Sublinguais
✓ São as mais profundas
✓ Aglomeradas, contornam o frênulo da língua formando um “C”.
✓ Possuem vários ductos (de Bartholin) que se abrem no assoalho
da boca.
Inervação:
➢ N. Facial (VII PC)
➢ N. Lingual (ramo do trigêmeo)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 439

TONSILAS
Juntas, formam o Anel de Waldeyer. Serão abordadas em Faringe, no
capítulo de Pescoço.

CAVIDADES NASAIS

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 440

➢ Limites:
▪ Teto: Frontal, nasal, etmoidal (nesse local está a lâmina
cribiforme) e esfenoidal.
▪ Assoalho: Palato duro (processo Palatino da Maxila + lâminas
horizontais do Palatino)
▪ Parede Medial: Septo Nasal
▪ Paredes Laterais: Conchas nasais Superior, Média (partes do
etmoide) e Inferior (osso próprio)
▪ Abertura Anterior: Narinas
▪ Abertura Posterior: Coanas

CONCHAS/CORNETOS NASAIS
São revestidas por mucosas e aumentam a superfície de contato com o ar para
aquecê-lo. A infecção ou irritação dessas túnicas mucosas causa rápido edema e,
consequentemente, obstrução da passagem do ar por aquele lado. As conchas
nasais Superior e Média são processos do osso Etmoide, e a Inferior é um osso
independente. Abaixo de cada uma das Conchas ou Cornetos nasais estão os Meatos
Nasais (superior, médio e inferior). A cavidade nasal é dividida em 5 passagens:

1. Recesso Esfenoetmoidal: é posterossuperior. Desemboca:

✓ Seio Esfenoidal (esse que é formado por agrupamento de algumas células


etmoidais posteriores)

2. Meato Nasal Superior: Situa-se entre as conchas nasais superior e


média. Desembocam:

✓ Células etmoidais posteriores.

3. Meato Nasal Médio: Situa-se entre as conchais nasais Média e inferior.


Desembocam:

✓ Seio Frontal (pelos ductos frontonasais e abrem-se no hiato semilunar)


✓ Seio Maxilar
✓ Células Etmoidais Anteriores e Médias

Obs.: constituem o complexo ósteo-meatal

4. Meato Nasal Inferior: Situa-se abaixo da concha nasal inferior.


Desemboca:

✓ Ducto Lacrimonasal (drena lágrimas do saco lacrimal)

5. Meato Nasal Comum: parte medial da cavidade nasal, entre conchas e


o septo. É nele que desembocam as 4 passagens laterais acima.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 441

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 442

➢ Vascularização:

Irrigação
• Ocorre por 5 artérias principais, as quais formam a Área de
Kiesselback:

• 1. A. Etmoidal Anterior (ramo da a. oftálmica → 1º ramo da ACI)


• 2. A. Etmoidal Posterior (ramo da a. oftálmica → 1º ramo da ACI)
• 3. A. Esfenopalatina (ramo da a. maxilar → ramo da ACE)
• 4. A. Palatina Maior (ramo da a. maxilar → ramo da ACE)
• 5. Ramo septal da A. Labial Superior (ramo da a. facial → ramo da
ACE)

Epistaxe:
Em função da grande vascularização da área de Kiesselback essa
região está sujeita a fácil ruptura de algum vaso, resultando em sangramentos
nasais. O sangramento nesse local recebe o nome de Epistaxe.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 443

Drenagem
•Plexo Venoso Submucoso (drena para as Vv. Esfenopalatinas, Oftálmica e
Facial).

Inervação
•É dividida em partes anterossuperior e posterossuerior:
• Anterossuperior: ramos do N. Oftálmico (V1)
• Posterossuperior: ramos do N. Maxilar (V2)
•Inervação relacionada ao Olfato:
• I P.C. (N. Olfatório): origina-se no telencéfalo e chega até o nariz pela
lâmina crivosa do osso etmoide.

NARIZ: Responsável por aquecer, filtrar, eliminar secreções e pelo olfato.


❖ Esqueleto do Nariz:
• Ossos: Frontal, Nasais e Maxilas.
• Cartilagens: Laterais, Alares (menores, acessórias e maiores) e Septal

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 444

Septo Nasal:
[#Observar imagem inicial de Cavidades Nasais]

Separa as duas cavidades nasais. É formado por:

✓ Osso Vômer
✓ Lâmina perpendicular do osso Etmoide
✓ Cartilagem do septo (septal)

ORELHA
É formada por 3 partes: externa, média e interna.

➢ Externa:
• Vai do Meato acústico externo à Membrana Timpânica.
• Revestimento: 1/3 lateral cartilaginoso e 2/3 mediais ósseos
(porção petrosa do osso temporal). Contém epitélio com pelos e
glândulas que auxiliam na proteção contra partículas estranhas.
➢ Média:
• Cavidade entre a Membrana Timpânica e o Labirinto Ósseo.
• Onde estão os ossículos da audição – martelo, bigorna e estribo.
• Essa parte é conectada à Nasofaringe pela Tuba Auditiva (de
Eustáquio). Esse canal permite o equilíbrio de pressão entre os
dois lados da membrana timpânica, entre o meio interno e
externo.
➢ Interna:
• É composto pelo Labirinto Ósseo (Cóclea, Vestíbulo e Canais
Semicirculares) e contém Perilinfa.
• O labirinto é circundado por parte de osso densa da parte
petrosa do temporal, a Cápsula Ótica.
• Dentro do labirinto ósseo está o labirinto membranáceo, o qual
contém Endolinfa.

Vestibular: equilíbrio.

Cóclea: audição.

Como Funciona a Audição: O som chega pelo meato acústico externo e faz
a membrana timpânica vibrar, essa que está conectada aos ossículos da
audição, que também vibram e transmitem as ondas à cóclea. Dentro da
cóclea, vibra a membrana basilar, a qual a transmite para as células ciliares,
que finalmente transformam o som em estímulos nervosos e os enviam ao
cérebro pelo n. auditivo. Obs.: a perda de audição progressiva e natural com
o envelhecimento ocorre, geralmente, por lesões nas células ciliadas, e a lesão
inicia com dificuldade de perceber sons agudos (altos).

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA CABEÇA 445

➢ Anatomia Superficial Orelha:

A orelha é
composta
cartilagem elástica e
coberta por pele
fina. O lobo é a
única parte não
cartilagínea. É
composto por tecido
fibroso, gordura e
vasos.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PRESCOÇO 446

Pescoço

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 447

OSSOS
O esqueleto do pescoço é formado pelas Vértebras Cervicais, Hióide,
Manúbrio do Esterno e Clavículas.

➢ Vértebras Cervicais: abordadas em Dorso.

➢ Hióide:
• Osso móvel
• Não se articula com nenhum outro osso
• Atua como suporte para manter a via respiratória aberta
• Situa-se anteriormente, ao nível de C3
• É suspenso por mm., ligamentos e cartilagens
• Possui Corpo, Cornos Maiores e Cornos menores

Obs.: Em estrangulamentos esse osso geralmente encontra-se quebrado.

➢ Clavículas: Abordadas em Membro Superior, pois faz parte do


esqueleto apendicular (único osso apendicular dos do pescoço).

➢ Manúbrio do Esterno: Abordado em Tórax, junto com o osso esterno.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 448

FÁSCIA DO PESCOÇO
O pescoço é revestido mais externamente pela Tela Subcutânea
Cervical/do Pescoço, e mais internamente pela Fáscia Cervical, a qual é
dividida em 3 Lâminas (bainhas): Superficial, Pré-Traqueal e Pré-Vertebral.

➢ Tela Subcutânea Cervical/do Pescoço:


• Está entre a pele e a fáscia cervical
• Nas partes anterolaterais contém o m. Platisma
➢ Fáscia Cervical:
• Funções
✓ Conter os mm. e vísceras dessa região
✓ Permitir deslizamento das estruturas
✓ Servir de conduto para os complexos neurovasculares
• Divide-se em:
1) Lâmina Superficial: Como o nome já diz, é a mais superficial. Inclui os Mm.
ECOM e Trapézio, bem como engloba as outras duas lâminas (pré-traqueal
e pré-vertebral)
2) Lâmina Pré-Traqueal: É anterior à lâmina pré-vertebral. As duas são
separadas pelo espaço retrofaríngeo. Envolve as vísceras cervicais e
musculatura extrínseca associada (Mm. supra e infrahioideos).

___________________Espaço Retrofaríngeo_______________________

3) Lâmina Pré-Vertebral: Posterior à lâmina pré-traqueal. Circunda os


músculos pré-vertebrais (Longos, Retos, Escalenos...)

Obs.: A união das bainhas da Fáscia Cervical forma a Bainha Carotídea.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 449

➢ Bainha Carótica (carotídea)


Revestimento fascial tubular de
importantes estruturas neurovasculares
(VJI, n. Vago e ACC). Composta pela
fáscia cervical (lâminas superficial, pré-
traqueal e pré-vertebral). Vai da base do
crânio à raiz do pescoço.

• Conteúdo em Sintopia
lateromedial:
✓ Veia Jugular Interna (VJI)
✓ A. Carótida Comum (ACC)
✓ N. Vago (X) no ângulo diedro.

Obs.: Também contém: A. Carótida Interna (ACI), Linfonodos Cervicais


Profundos, N. do Seio Carótico, Fibras Nervosas Simpáticas (plexos pertiarteriais
caróticos)

ESPAÇO RETROFARÍNGEO
❖ Espaço Virtual (apenas presente em situações patológicas atípicas)
❖ Maior e mais importante espaço interfascial do pescoço
❖ Situa-se entre as lâminas Pré-Traqueal (posterior a ela) e Pré-Vertebral
(anterior a ela)
❖ Permite o movimento da faringe, esôfago, laringe e traqueia em relação
à coluna vertebral durante a deglutição
❖ Vai do crânio até nível de C7

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 450

MÚSCULOS
➢ Cutâneos e Superficiais:

Mandíbula Fáscia que Aa. e Vv.


(margem reveste Abaixa o ângulo
subescapular da boca +
inferior) + Tela parte (ramo da a.
N. Facial expressões de
Platisma subcutânea superior dos axilar) e
(VII P.C.) medo/tristeza.
da parte mm. peitoral supraescapular (movimentos de
inferior da maior e (ramo do tronco fazer a barba)
face deltoide. tireocervical)

Parte Inclinação para o


Processo Esternal: lado e Rotação
Principalmente,
da cabeça (lado
Mastoide do Manúbrio aa. e vv.
Esternocleidooc- contrário da
osso do Esterno occipital (ramo contração, pois ele
cipitomastóideo
Temporal + Parte ACE) e tireóidea Motora: “Puxa” o proc.
(ECOM) Linha Nucal Clavicular:
Mastoide para a
superior (1º ramo N. Acessório frente) + Extensão
Superior Clavícula ACE) (XI P.C.) e Flexão do
(1/3 medial) Pescoço
Ligamento Dor e
Aa. e Vv. Retração +
Nucal + cervical
Propriocepção: Elevação (Parte
Processos Clavícula + C2 e C3
transversa (ramo Descendente) +
Espinhosos (C6 Acrômio +
Trapézio do tronco Depressão (Parte
à T12) + Espinha da tireocervical, Ascendente) da
Protuberância Escápula que é ramo da Escápula.
Occipital
subclávia).
Externa

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 451

➢ Região Cervical Anterior:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 452

Suprahióideos

C1 via
Hipoglosso
Mandíbula (espinha Alarga a
Gênio-hióideo geniana inferior)
(XII PC)
faringe
Corpo do
Hióide
N. p/ m.
Eleva o
Mandíbula Milo-hióideo
Milo-hióideo (linha Milo-hióidea) (ramo de
Assoalho da
Boca e Língua
V3)
Alonga o
N. Facial
Estilo-hióideo Processo Estiloide
(VII PC)
assoalho da
boca
N. p/ m.
Ventre Anterior:
Milo-hióideo Abaixa a
Mandíbula
(ramo de Mandíbula;
(fossa digástrica) Tendão
Digástrico intermédio
V3) Eleva e
Ventre Posterior: Estabiliza o
N. Facial
Temporal Hioide
(VII PC)
(incisura mastoidea)
osso Hióide
Infrahióideos

Esterno-hióideo Esterno (Manúbrio)

Escápula (margem Hioide


Alça
Omo-hióideo superior)
Cervical
*Omo, de omoplata.
Cartilagem
Abaixa o
Esternotireóideo Esterno (Manúbrio)
Tireóidea Hioide

C1 via
Tireo-hióideo Cartilagem Tireóidea Hioide Hipoglosso
(XII PC)

• O nome dos músculos Infrahióideos inicia


com sua origem e termina com sua inserção.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 453

➢ Pré-Vertebrais:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 454

Escaleno Proc. Transv. N. Espinais Flexão da


1ª Costela
Anterior (C3 – C6) Cervicais Cabeça
1ª Costela
Escaleno (posterior ao
Médio sulco da a.
Proc. Transv.
subclávia) Flexão Lateral
(C5 – C7)
2ª Costela Ramos do Pescoço
Escaleno
(margem anteriores
Posterior externa) dos Nn.
espinais
Longo da cervicais
Flexão da
Occipital
Cabeça Cabeça
Proc. Transv.
Flexão e
Longo do Proc. Transv.
rotação do
Pescoço (C3 – C6)
pescoço
Reto Anterior Flexão da
Base do Crânio Atlas
da Cabeça Cabeça
Ramos dos
Flexão +
Reto Lateral Proc. Transv. Nn. Espinais
Occipital Estabilização
da Cabeça Atlas
da Cabeça
Unilaralemente:
Flexão lateral +
Ramos
rotação da
posteriores
Esplênio da Processos Processo Cabeça
do Nn.
Cabeça Espinhosos Mastoide
espinais
Bilateralmente:
Extensão
cervicais
cabeça e
pescoço
Elevação da
parte medial
Processos Escápula
Levantador da N. Dorsal da Escápula +
Transversos (parte
Escápula Escápula Rotação
(C2 à C6) superomedial)
Inferior da cav.
glenoidal

❖ N. Frênico e V. Subclávia passam anteriores ao m. Escaleno


Anterior

❖ O Plexo Braquial e A. Subclávia passam posteriores ao m.


Escaleno Anterior e anteriores ao m. Escaleno Médio

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 455

VASCULARIZAÇÃO

Irrigação da região Cervical


•Ao lado direito, inicia no Tronco Braquicefálico, e no esquerdo, com a
ACC esquerda e a A. Subclávia esquerda, pois já saem divididas do arco
da aorta nesse lado.

➢ Tronco Braquiocefálico:
Emerge do lado direito do arco da Aorta e divide-se em A. Subclávia
Direita e ACC direita.

➢ Subclávia:
No lado Direito, surge da divisão do Tronco Braquiocefálico; No lado Esquerdo,
é ramo direito do arco da Aorta. É Posterior ao m. escaleno anterior e anterior
ao m. escaleno médio, juntamente do Plexo Braquial. Ela é dividida em 3
partes – medial (1), posterior (2), lateral (3) -- em relação ao m. Escaleno
Anterior.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 456

• Medial (1): dá origem à:


✓ A. Vertebral: Ascende até o forame magno por meio dos forames
transversários (dos processos transversos) a partir de C6. Ao entrar
no crânio as duas Aa. Vertebrais, uma de cada lado, unem-se
para formar a A. Basilar.
✓ A. Torácica Interna (Mamária): Desce para o tórax, dando
diversos ramos intercostais.
✓ Tronco Tireocervical: Esse tronco dá outros 4 ramos:
▪ A. Cervical ascendente
▪ A. Cervical transversa
▪ A. Tieoidea inferior
▪ A. Supraescapular

Obs.: Como o nome já diz, para a região cervical e para a gl. Tireoide;
também sai dali A. Supraescapular.

• Posterior (2): dá origem ao:


✓ Tronco Costocervical – ramos principais (2): (1) a. Cervical
Profunda e (2) a. Intercostal Superior (Suprema), a qual origina a
1ª e a 2ª aa. intercostais posteriores
• Lateral (3): dá origem à:
✓ A. Dorsal da Escápula
Essa parte, ao passar pela costela, delimita o final da a. Subclávia e o início da a.
Axilar, a qual irriga o Membro Superior.

Obs.: Pode haver variações nas regiões de onde saem os ramos e de qual A. partem.

➢ Carótida Comum (ACC):


Divide-se em aa. Carótidas Externa (ACE) e Interna (ACI). Isso ocorre entre
o nível do pomo de adão da cartilagem tireoide e do osso hioide.

➢ Carótida Interna (ACI):


Essa artéria, ao contrário do que indica o nome, incialmente ascende mais
externamente (lateralmente) que a ACE, porém, ao entrar no crânio, ela torna-se mais
interna, como induz sua nomenclatura. Somente dá ramos dentro do Crânio. (aa.
Olftámica, Coroidea Anterior, Hipofisárias Anterior e Posterior, Hipotalâmica,
Comunicante Posterior, e, então divide-se em Cerebral Anterior e Cerebral Média).

➢ Carótida Externa (ACE):


Dá 8 principais ramos, são eles:

Segue o macete: Te Fode Loco(!) Fica


Olhando A Minha Teta

[ área reservada]

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 457

(1) Te – Tireóidea Superior


(2) Fode – Faríngea Ascendente
(3) Loco - Lingual
(4) Fica - Facial
(5) Olhando - Occipital
(6) A – Auricular Posterior
(7) Minha - Maxilar
(8) Teta – Temporal Superficial

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 458

Drenagem da Região Cervical


•O sangue é drenado das Vv. Jugulares para as vv. Subclávias, e, então,
para as vv. braquiocefálicas, as quais drenam para a VCS.

➢ Veia Jugular Interna (VJI):


• Inicia na saída do crânio, no forame jugular, onde o Seio
Sigmoide passa a se chamar VJI.
• Desce posteriormente ao m. ECOM.
• É tributária direta das Vv. Tireóideas média e superior.
• Desemboca na V. Subclávia, formando o ângulo venoso.

Obs.: No lado esquerdo, nesse local, desemboca o ducto torácico (lado


esquerdo) e ducto linfático direito (lado direito).

➢ Veia Jugular Externa (VJE):


• É a veia superficial mais proeminente e destacada do pescoço. É
mais visível em situações de estresse e tensão das estruturas,
como exercícios físicos, discussões ou defecação.
• Começa próxima da ATM (articulação temporomandibular) e é
união das Vv. Retromandibular e Auricular Posterior.
• Recebe a v. Occipital
• Desce lateralmente ao m. ECOM.
• Desemboca na V. Subclávia.

➢ Veia Jugular Anterior (VJA):


• É formada na região do osso hioide (Trígono Submentual),
medialmente, por anastomoses
• Desce passando anteriormente ao m. Esterno-hióide
• Desemboca na V. Subclávia.

➢ Veias Sublclávias:
• Unem-se às VJIs no ângulo venoso para formar as Vv.
Braquiocefálicas
• É tributária das Vv. Jugulares Anterior e Externa
• Passa anterior ao m. Escaleno Anterior, bem como o N. Frênico

➢ Veias Braquiocefálicas:
• Formadas pela união das Vv. Subclávias e Jugulares Internas.
• A esquerda é maior que a direita
• É tributária das vv. Tireoideas Inferiores. (as Médias e Superioes
desembocam na VJI, a superior por meio de tronco comum retromandibular)
• Desembocam na VCS.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 459

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 460

INERVAÇÃO
Complexo Nervoso

➢ N. Acessório (XI PC):


• Passa profundamente ao m. ECOM.
• Desce em sentido Póstero-Inferior, “colado” à margem interna do m. Trapézio.
• Inerva os mm. Trapézio e ECOM (esternocleido”occipito”matoideo)
• Esse nervo aparece na primeira imagem de drenagem do pescoço (página
anterior)
➢ Raízes do Plexo Braquial:
• Aparecem entre os mm. Escalenos médio e anterior.
• É formada pelos ramos anteriores de C5 a T1 (os 5 ramos formam os 3 troncos)
• Inerva Membro Superior
• Do tronco superior origina-se o N. supraescapular, o qual supre o mm. Supra e
Infraespinhais (obs.: redondo menor → n. axilar e redondo maior → n. subescapular)

➢ Plexo Cervical:
• É formado por ramos de C1 a C4
• Será abordado separadamente em 3 tipos de nervos para o estudo: (1)
Sensitivos, (2) Motores e (3) Cranianos
• Mas antes, vamos ter uma noção do geral:

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 461

1. Cutâneos (sensitivos): são 4


➢ n. Auricular Magno: região abaixo da
orelha + Gl. Parótida (pele subjacente e
fáscia)
➢ nn. Supraclaviculares: região
supraclavicular (dã)
➢ n. Cervical Transverso: região anterior do
pescoço
➢ n. Occipital Menor: atrás da orelha
➢ n. Frênico* (pericárdio)

2. Motores
• C1 via Hipoglosso:
➢ m. Genio-hóideo (n. p/ o m. Genio-Hioideo)
➢ m. Tíreo-hiódeo (n. p/ o m. Tíreo-Hioideo)

• Alça Cervical (C1, C2, C3): inerva os mm.


Infra-hióides (com exceção do tíreo-hióideo – C1 via
Hipoglosso):

➢ Omo-hióide (Ventre Superior e Inferior)


➢ Esternotireóideo
➢ Esterno-hióideo.
• C3, C4, C5
➢ n. Frênico* (diafragma)

*n. Frênico e misto, ele inerva sensitivamente o pericárdio e motoramente o diafragma

Trajeto: A Alça Cervical passa profundamente ao mm. Esternocleidomastoideo


e faz um loop em torno da VJI.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 462

* nn. Frênicos:
• Formado por C3, C4 e C5
• Fibras motoras, sensitivas e simpáticas
• São únicos nn. motores do diafragma
• Suprem pleura parietal (parte mediastinal) e pericárdio
• No pescoço, desce obliquamente junto da VJI, anterior ao m. escaleno anterior
(mesma condição da v. subclávia)
• No tórax, passa posteriormente à v. subclávia e anteriormente à a. mamária.
• Passa anterior ao pedículo pulmonar para chegar ao diafragma.

3. Cranianos
➢ N. Hipoglosso (XII):
• N. motor da língua (menos do palatoglosso – X PC)
• Entra no Trígono Submandibular (digástrico)
• Passa entre ACE e VJI
• Conduz fibras de C1 (nn. para os mm. gênio-hióide e tíreo-hioide)
➢ N. Glossofaríngeo (IX):
• Relacionado com Língua (Glosso) e Faringe (Faríngeo)
• Possui ramos nos Trígonos Submandibular (digástrico) e Carótico
➢ N. Vago (X):
• Possui pequena comunicação com C1 de indeterminada função. Não se pode
dizer que definitivamente faz parte do Plexo Cervical, estando abordado aqui mais
motivos de formatação do que função relacionada ao Plexo Cervical.
• N. “gastropneumocardioentérico”
• Sai do crânio pelo forame jugular
• Desce pela bainha carótidea (posteriormente, ou, no ângulo diedro)
• Lado direito: segue inferiormente anterior à a. Subclávia e posterior à v.
Braquiocefálica direita.
• Lado esquerdo: segue inferiormente entre a ACC e a A. Subclávia, e
posterior à v. Braquiocefálica esquerda
• Os dois lados entram no tórax inferiormente à articulação
esternoclavicular
➢ Nn. Laríngeos Recorrentes:
• Têm origem nos Nn. Vagos (parte inferior do pescoço).
• Descem do Vago fazem uma alça, de trajeto dependente
do lado, e ascendem, posteriormente, até a Laringe.
• Inervam Traqueia, Esôfago e mm. Intrínsecos da laringe (-
cricoaritnóideo)

Lado Direito Lado Esquerdo


- Faz a alça na a. Subclávia direita *Esquerdo → Embaixo*
Faz a alça no arco da aorta.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 463

Lesão: unilateral do n. Laríngeo Recorrente causa rouquidão; bilateral causa


incapacidade de falar, bem como dificuldade respiratória devido a obstrução de vias
aéreas pelas cordas imóveis.

➢ Nn. Laríngeos superiores:


• Ramos dos Nn. Vagos.
• Originam-se logo abaixo do forame jugular.
Os ramos sensitivos (internos) penetram
próximos ao osso hioide, na laringe, pela
membrana tíreo-hióidea. Os ramos motores
(externos) pentram ao nível membrana
cricotireóidea.
• Sensitivo e Motor (possui ramo motor
externo). O ramo externo externo acompanha a
a. tireóidea superior. O interno acompanha a.
laríngea superior (ramo da a. tireóidea superior)

Sensitiva: regiões acima das cordas vocais. Também


pode dar ramos sensitivos que se anastomosam com o
n. laríngeo recorrente – inervam sensitivamente abaixo das cordas
vocais, bem como todos** mm. da laringe . Dessa forma, formando
a alça de Galeno.

Motora: mm. Cricotireóideo** (tensor da corda


vocal) e Constritor Inferior da Farinfe. Ocorre por
um ramo motor externo.

** Todos os mm. da Laringe são inervados pelos


Laríngeos Recorrentes, com exceçao do m. Cricotireóideo

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 464

➢ Alça de Galeno:
• Anastomose entre os Nn. Laríngeo Superior (ramo interno) –
sensitivo – e Laríngeo Recorrente [motor e sensitivo (abaixo das cordas)].

*Obs.: os nn. Laríngeos Recorrentes estão em risco na tireoidectomia devido a


sua proximidade com: a. e v. Tireioidea Inferior.

➢ Glomo carótico:
Massa de tecido ovóide. Contém
quimiorreceptores que monitoram o nível
de oxigênio no sangue. Caso o nível de
O2 esteja baixo, esse local é estimulado
e são iniciados reflexos que aumentam a
frequência respiratória, cardíaca e a
pressão arterial.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 465

REGIÕES DO PESCOÇO

A. Esternocleidomastóidea
Região onde está o m. Esternocleidooccipitomastoideo (ECOM). Essa
região serve como divisória das regiões Cervical Anterior (C) e Cervical Lateral
(B). Essa região contém o Trígono:

• Fossa clavicular menor (1): entre cabeças esternal e clavicular do


ECOM.

B. Cervical Lateral
É delimitada pela margem posterior do m. ECOM, margem anterior da m.
Trapézio e, inferiormente, pela clavícula. Essa região contém os Trígonos:

• Trígono Occipital (2)


• Trígono Omoclavicular (3)

C. Cervical Anterior
É delimitada, superiormente, pela margem inferior da mandíbula;
medialmente, pela linha mediana do pescoço; lateralmente, pela margem
anterior do m. ECOM. Essa região contém os Trígonos:

• Trígono Submentual (4)


• Trígono Submandibular (5)
• Trígono Carótico (6)
• Trígono Muscular (7)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 466

D. Cervical Posterior
Corresponde à mesma região do m. Trapézio. Profundamente, na parte
superior está a Região Suboccipital (E).

E. Suboccipital
Está profundamente na parte superior da Região Cervical Posterior (D).
Essa região contém o Trígono:

• Trígono Suboccipital: abordado em Dorso.

TRÍGONOS
1. Fossa Clavicular Menor
Limites:
Superolaterais: Cabeças esternal e clavículas do m. ECOM

Inferior: Clavícula

Conteúdo: VJI

Importância: Punção da VJI

2. Occipital
Limites:
Posterior: m. Trapézio

Superoanterior: ECOM

Superoinferior: m. Omo-hioide (ventre inferior)

Conteúdo: A. Occipital, N. Acessório (XI PC), parte da VJE, Plexo Cervical


(ramos posteriores), Plexo Braquial (troncos), a. cervical transversa, linfonodo
cervical.

3. Fossa Clavicular Maior / Omoclavicular / Subclávio


Limites:
Superomedial: ECOM

Superolateral: m. Omo-hióideo (ventre inferior)

Conteúdo: Aa. e Vv. Subclávia e Supraescapular, Linfonodos Supraclaviculares

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 467

4. Submentual
Limites:
Inferior: Hióide

Laterais: Ventres anteriores do mm. Digástricos

Assoalho: mm. Milohioides

Conteúdo: Linfonodos Submentuais, Tributárias V. Jugular Anterior

5. Submandibular (digástrico)
Limites:
Superior: Margem Mandíbula

Inferiolateral: Ventres (anterior e posterior) dos mm. Digástricos

Assoalho: mm. milo-hióideo e hioglosso

Conteúdo: Glândula submandibular, N. Hipoglosso (XII PC), Linfonodos


Submandibulares, N. p/ o m. Milo-Hióideo (ramo de V3), A. e V. Faciais e A.
Submentual (ramo da a. facial)

6. Carótico
Limites:
Inferior: m. Omo-hióideo (ventre superior)

Superior: m. Digástrico (ventre posterior)

Lateral: m. ECOM

Conteúdo: Bainha Carótica (VJI, ACC, n. Vago – X PC), Alça Cervical,


Linfonodos Cervicais Profundos, n. Hipoglosso (XII PC), n. Acessório ( XI PC),
ramos do Plexo Cervical

Obs.: Na parte superior desse trígono ocorre a divisão da ACC em externa e


interna.

7. Muscular
Limites:
Superolateral: m. Omo-hioideo (ventre superior)

Inferolateral: m. ECOM

Medial: Linha mediana do Pescoço]

Conteúdo: Cartilagens Cricóide e Tireoide, Glândula Tireoide, mm.


esternoreóideo e esterno-hioideo.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 468

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 469

VÍSCERAS DO PESCOÇO
São divididas em 3 camadas, de profundo para superficial:
1. Camada Alimentar: Faringe e esôfago
2. Camada Respiratória: Laringe e Traqueia
3. Camada Endócrina: Tireoide e Paratireoides

FARINGE
Parte da faringe também está na cabeça. Fica posterior às
cavidades nasal, oral e respiratória. Ela é dividia em 3 partes:

1. Nasofaringe/Rinofaringe: posterior ao nariz e superior ao


palato mole.
Coanas → Horizontalização do Palato Mole
Limite Superoposterior: Corpo esfenoide e porção basilar o occipital.

Conteúdo: Tonsila Faríngea (adenoide), óstio da tuba auditiva (tonsilas


tubárias dentro).

2. Orofaringe: posterior a boca.


Horizontalização do Palato Mole → Borda da Cartilagem Epiglote

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 470

Limites Laterais: Arcos palatoglosso e palatofaríngeo

Conteúdo: Tonsilas Palatinas / “Amigdalas”

3. Laringofaringe/Hipofaringe: posterior à laringe.


Borda Superior da Epiglote → Margem inferior Cartilagem Cricoide

Limites posterior e laterais: mm. Constritores médios e inferior da


faringe

Aberturas da Faringe (7)


2 Coanas/cóanos

2 Óstios da Tubas Auditivas (de Eustáquio)


1 Istmo da Fauces (“goela”)
1Ádito da Laringe
1 Abertura do Esôfago

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 471

Músculos da Faringe:

Camada Externa
Constritor Superior da Faringe
N. Vago (X PC), ramos
Constritor Médio da Faringe
*Constritor inferior pelo ramo externo
Constritor Inferior da Faringe
Camada Interna
Palatofaríngeo
N. Vago (X PC), ramos
Salpingofaríngeo
Estilofaríngeo n. Glossofaróngeo (IX PC)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 472

Irrigação
•A. Tonsilar (ramo da A. facial)

Drenagem
•V. Palatina Externa/Paratonsilar (drena para o plexo venoso faríngeo)

Inervação
•Plexo Nervoso Faríngeo (ramo do N. Vago) realiza a maior parte motora e sensitiva
•N. Glossofaríngeo (IX PC) inerva o m. estilofaríngeo
•Nn. larígeos externo e recorrente também ajuda a inervar motoramente o m. Constritor
Inferior da Faringe.

Trígono de Killian (área de Laimer-


Haeckermann): área triangular na parede da
farínge, entre as duas bandas da parte
Cricofarínfea do m. Constritor Inferior da Faringe –
local de fibras musculares esparsas; dessa forma,
local de menos resistência. Nesse ponto frágil é
onde o Divertículo Faringoesofágico (de Zenker)
tende a ocorrer.

Anel de Waldeyer
Primeira barreira de
proteção das vias respiratórias.
É composto por 6 Tonsilas –
coleções de tecido linfoide.

✓ Tonsila Faríngea (1)


Também chamada de
“adenoide”. Situada no teto e
parede posterior da
Naso/Rinofaringe. (abaixo do
osso/seio esfenoide)

✓ Tonsilas Tubárias (2)


Situam-se na Naso/Rinofaringe, próximas aos óstios das tubas auditivas (de
Eustáquio), posteriores ao Toro Tubário.

✓ Tonsila Palatinas (2)


Também chamadas de Amígdalas. Situam-se na Orofaringe, entre os arcos
Palatoglosso e Palatofaríngeo, na fossa tonsilar.

✓ Tonsila Lingual (1)


Situa-se na Orofaringe, na Raiz da Língua.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 473

ESÔFAGO
Abordado em Vísceras abdominais. Lembrar das 3 constrições:
Cricofaríngea (1), Bronco-aórtica (2) e Diafragmática (3).

LARINGE
É o órgão produtor da voz e, também, o mais importante protetor das
vias respiratórias, em especial durante a deglutição, pois serve como
“válvula”, fechando o Ádito da Laringe. Está situada anteriormente à
Laringofaringe ao esôfago, ao nível de C3 à C6.

➢ Esqueleto da Laringe: Formada por cartilagens unidas (9 = 3


ímpares + 3 pares), membranas, ligamentos e as pregas vocais.

➢ Ímpares (3): Tireóidea, Cricóidea e Epiglótica

➢ Pares (6 = 3 x 2): Artitnóidea, Cuneiforme, Corniculada.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 474

ÍMPARES (3)
1. Cartilagem Tireóidea

▪ Maior das cartilagens da Larínge


▪ Possui duas lâminas que se fundem anteriormente e
formam a Proeminência Laríngea (“pomo de
Adão”).
▪ Possui formato de “V”. Portanto, está apenas anterolateralmente à
laringe.
▪ Em sua parte posterior, possui os cornos superiores e inferiores.
▪ Inferior ao osso hioide e está ligado a ele pela membrana tíreo-hióidea.
▪ Superior à cartilagem Cricoide e está ligada a ela, também, pelo
ligamento cricotireóideo mediano e cornos inferiores.

2. Cartilagem Cricóidea

▪ Possui formado de anel, é fechada.

Obs.: É o único anel de cartilagem completo a circular qualquer parte da


via respiratória

▪ Menor que a cartilagem tireoide; porém, mais espessa e forte


▪ Fica inferior à cartilagem Tireoide. Pode ser palpada um pouco abaixo
da proeminência laríngea.
▪ Superior à Traqueia. A traqueia inicia abaixo dela.
▪ Também é limite da Faringe e
Esôfago (Nível de sua borda
Inferior).

3. Cartilagem Epiglótica

▪ Postero-inferior a língua ao osso


hioide.
▪ É responsável pelo fechamento da
via respiratória durante a
deglutição.
▪ Formada por cartilagem elástica.
▪ Abaixo de sua margem inferior
está o ligamento vestibular, o qual
é coberto por mucosa e forma a
prega vestibular (falsa).
▪ Sua borda superior delimita o
limite de Orofaringe e
Laringofaringe.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 475

PARES (6 = 3 X 2)
1 (x2) Cartilagens Aritnóideas

▪ Posterior à cartilagem tireoide.


▪ Fixada na Margem superior da lâmina da
cartilagem cricóidea (está lâmina fica na
parte posterior da cart. Cricóidea).
▪ É inferior às cartilagens corniculadas.
▪ É composta por processo vocal, ápice e
processo muscular.
▪ Permitem movimentos importantes para o
funcionamento das pregas vocais

2 (x2) Cartilagens Cuneiformes (de


Wriseberg)

▪ Não se fixam diretamente com outras cartilagens


▪ Estão localizadas na membrana quadrangular

3 (x2) Cartilagem Corniculada (de Santorini)

▪ Estão fixadas à parte superior das Cartilagens Aritnóideas.


▪ Macete: Cornos – Satanás

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 476

Obs.: Nesse grupo também está a Cartilagem Trictícea, mas ela não tem
relevância significativa.

• O Interior da Laringe: Se estende do Ádito da laringe à


Margem inferior da cartilagem cricóide. Contém:

✓ Vestíbulo da Laringe: Situa-se entre o Ádito da Laringe e as Pregas


Vestibulares (cordas vocais falsas)

✓ Ventrículos da Laringe: Situa-se entre as Pregas Vestibulares e Corda


Vocais

✓ Pregas Vestibulares: Pregas vocais falsas. Estão acima das pregas


vocais e apresentam função protetora. Desempenham pequeno ou
nenhum papel na produção do som. O espaço entre elas é chamado
rima do vestíbulo.

✓ Pregas Vocais: Cordas vocais Verdadeiras. Sua viração produz o som.


Cada prega contém um ligamento e um músculo vocal. Também
podem servir de esfíncter e impedir a passagem do ar, quando
fechadas firmemente.
✓ Glote: É o aparelho vocal da laringe, formado pelas pregas e
processos vocais e pela rima da glote (abertura entre as pregas).

✓ Recesso Piriforme: ocorre bilateralemente, são fossas no interior da


laringofarx’inge, podem abrigar restos de alimentos presos.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 477

• Corpo Adiposo da Laringe:


(“PAPADA”, gordura submentoniana):

Massa de tecido adiposo na região anterior à laringe. Também é conhecida


como gordura pré-laríngea.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 478

Músculos da Laringe:
Extrínsecos: movem a laringe como um todo. São os Supra e Infra-hióideos

Intrínsecos: movem os componentes da laringe (forma, comprimento, tensão


das cordas). Atuam em conjunto para a fonação. São grupos funcionais:
adutores, abdutores, tensores, relaxadores e esfíncteres.

Cricotireóideo N. Laríngeo Externo (ramo n. Vago, X PC)


Tireoaritenóideo
N. Laríngeo Recorrente (ramo do n.
Cricotireóideo Posterior Vago, X PC)
Cricotireóideo Lateral
Artitnoideos Transverso e Oblíquo
* pela parte terminal do laríngeo
recorrente, o n. laríngeo inferior*
Vocal
• Não esquecer: o m. Cricoaritenóideo Posterior é o único abdutor
das cordas vocais; o m. cricotireóideo é o m. tensor das cordas
vocais e o único invervado pelo ramo laríngeo externo; o m.
ariepiglótico previne a entrada de comida na larínge e traqueia
durante a deglutição

Irrigação
•Aa. Laríngeas Superior e Inferior (ramos da Aa. tireóidas superior e inferior)
•A. cricotireóidea (ramo da tireóidea superior)

Drenagem
•V. Laríngea Superior (drena para VJI)
•V. Laríngea Inferior (drena para v. braquicefálica esquerda)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 479

Inervação
•N. Laríngeo Interno: maior ramo terminal do n. laríngeo superior, fica
acima do ramo Externo. Inerva sensitivamente. Perfura a membrana tíreo-
hióidea. Sua anastomose com o n. laríngeo recorrente forma a alça de
galeno.
•N. Laríngeo Externo: ramo do n. laríngeo superior. É menor que o Interno,
fica abaixo dele. Perfura e Inerva motoramente o m. Cricoaritnóideo.
•N. Laríngeo Inferior: é a continuação do n. laríngeo Recorrente (em sua
subida após fazer alça na a. subclávia, ao lado direito, ou no arco da
aorta, do lado esquerdo). Dividi-se em ramos anterior e posterior e inerva
a maior parte da laringe e seus mm.

Vocalização
Os Envolvidos, “os comparsas”: A fala envolve o sistema respiratório,
centros específicos da fala no córtex cerebral, centros de controle
respiratório no cérebro e estruturas de articulação e ressonância da
boca e cavidades nasais.
A fala é composta por duas funções mecânicas:
1. Fonação: realizada pela laringe
2. Articulação: obtidas pelas estruturas da boca.

➢ Fonação (1)
A laringe é adaptada para agir como um brinquedo sexual feminino, ou
seja, como um VIBRADOR. Os elementos vibradores são as cordas vocais (ou
pregas vocais). As cordas vocais se movem das laterais da laringe ao centro
da glote por diversos músculos específicos. Esses músculos fazem o papel das
pilhas de um vibrador sexual. Durante a respiração as cordas/pregas estão
muito abertas (para facilitar a passagem do ar) e durante a fonação as
cordas se movem juntas para que a passagem de ar entre elas cause
vibração.

Tom da vibração: determinado pelo grau de estiramento das cordas, pela


proximidade e pela massa de suas bordas.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 480

Nessa imagem é mostrada a


anatomia da laringe numa vista das
cordas vocais dissecadas após a
remoção do revestimento epitelial
mucoso. No interior de cada corda
está um ligamento elástico forte, o
Ligamento Vocal (Vocal ligament).
Ele está conectado anteriormente
ao “pomo do adão” da cartilagem
tireóidea (Thyroid cartilage). Na
parte posterior está conectado aos
processos vocais das cartilagens
aritnóideas (Arytenoid cartilage).
Ocorre articulação da cartilagem
tireóidea e das aritnóideas com a cartilagem inferior, a cricóidea.

➢ Ações desses músculos e como funciona esse processo:


- Inicialmente, é necessário #obsevar a imagem e suas setas para
entender, sinteticamente, o processo.
- Cada músculo estica, rota, anterior ou posteriormente, as cartilagens;
porém, o que importa é que suas ações conjuntas vão esticar, afrouxar
ou deslizar as cordas, mudando o seu formato durante a passagem do
ar, o que produzirá diferentes sons.
- Além disso (dos mm. vocais propriamente ditos), diversos outros
pequenos músculos laríngeos podem dar várias configurações às
cordas.
- O afilamento das cordas produz sons mais agudos, o abaulamento
(curvando ou dobrando) sons mais graves.
➢ Articulação (2)
Articulação e Ressonância. Os três principais órgãos da articulação são
os lábios, palato mole e língua. Os ressonadores incluem boca, nariz,
seios paranasais, faringe e cavidade torácica. A função dos
ressonadores é evidenciada pela mudança da voz em situações em
que a passagem do ar por essas vias é bloqueada, como nas vulgas
“gripes”.

TRAQUEIA: Abordada em Mediastino.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 481

TIREOIDE
▪ Situa-se:
- Inferiolateralmente à cartilagem Cricóidea;
- Profundamente aos mm. esternotireóideo e esterno-
hióideo;
- Anteriormente no pescoço no nível de C5 – T1.
▪ É a maior glândula endócrina do corpo.
- Produz hormônio tireoidiano (controla a velocidade
do metabolismo) e calcitonina (controla metabolismo
do cálcio).
▪ Possui Dois Lobos (Direito e Esquerdo) unidos por um
Istmo. Em cerca de 50% das pessoas, está presente o
Lobo Piramidal, acima do istmo.
▪ É revestida por uma cápsula fibrosa fina

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 482

Irrigação
•Aa. Tireóideas Superiores (ramos da ACE)
•Aa. Tireóideas Inferiores (maiores ramos do tronco tireocervical, o qual é ramo da
A.subclávia)
•A. Tireóidea Ima* (geralmente ramo do tronco braquiocefálico)
*Apenas 10% das pessoas possuem essas artéria.*

Drenagem
•V. Laríngea Superior (drena para VJI)
•V. Laríngea Inferior (drena para v. braquicefálica esquerda)

Inervação
•N. Laríngeo Interno: maior ramo terminal do N. Laríngeo superior, fica acima do ramo
Externo. Inerva sensitivamente. Perfura a membrana tíreo-hióidea. Sua anastomose com o
N. Laríngeo recorrente forma a Alça de Galeno.
•N. Laríngeo Externo: ramo do n. laríngeo superior. É menor que o Interno, fica abaixo dele.
Perfura e Inerva motoramente o m. Cricoaritnóideo.
•N. Laríngeo Inferior: é a continuação do N. laríngeo Recorrente (em sua subida após fazer
alça na a. subclávia, ao lado direito, ou no arco da aorta, do lado esquerdo). Dividi-se
em ramos anterior e posterior e inerva a maior parte da laringe e seus mm.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA PESCOÇO 483

PARATIREOIDE
▪ Geralmente são 4 (2 superiores 2 inferiores). Aproximadamente 5% das
pessoas têm mais, algumas tem duas.
▪ Possuem origem embrionária diferente, mas situam-se na glândula
Tireoide (na Face Posterior).
▪ Medem cerca de 3 a 6mm e pesam 0,4g.
▪ São responsáveis por secretar paratormônio (regula metabolismo do
fósforo e cálcio).

Irrigação
•Aa. Tireóideas inferiores, pois elas irrigam a face posterior da glândula

Drenagem
•Vv. Paratireóideas (drenam para o plexo venoso tireóideo)

Inervação
•Segue a lógica da inervação da gl. tireóide.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA EPÔNIMOS 484

ALGUNS EPÔNIMOS:
O significa epônimo?

O dicionário online Michaelis define epônimo como:


“adj (gr epónymos) 1 Que dá ou empresta o seu nome a alguma coisa. 2 Que recebeu o
nome de uma pessoa: Doença epônima. Var: eponímico. sm 1 Nome de um personagem mítico
ou histórico do qual se derivou ou supõe-se ter sido derivado o nome de um país ou povo: Ítalo,
Rômulo, Bruto, Bolívar são epônimos de Itália, Roma, Britânia, Bolívia. 2 Nome próprio ou
comum, que se deu a alguma coisa ou do qual se derivou o nome de alguma: zepelim,
abreugrafia. 3 Nome formado de uma pessoa ou que o inclui: Doença de Chagas.

• Aquiles : Herói mitológico grego, o qual possuía um único local vulnerável em


seu corpo e por onde morreu atingido por um flecha: a região posterior da
articulação talocrural (do tornozelo). Em homenagem à Aquiles, o tendão do
calcâneo ganhou esse nome. Esse nome foi utilizado pela primeira vez em 1693
pelo anatomista Philip Verheyen.
• Adão: personagem bíblico que teria comido o fruto proibido no Éden. O nome
Pomo de Adão (proeminência laríngea) está relacionado à pedaços do fruto
proibido que teriam ficado presos na garganta, como diz a lenda, formando a
proeminência. Pomo significa uma fruta carnosa de formato quase esférico,
como uma maçã.

Esses primeiros não sõo epônimos propriamente ditos, pois estão atrelados a figuras
mitológicas e não a um estudioso.

• Aelius ou Claudius Galenus (129 – 210): proeminente físico, cirurgião e filósofo


grego no Império Romano. Influenciou no desenvolvimento de diversas áreas
da medicina, entre elas a anatomia. Sua obra norteou a medicina até o por
mais de um milênio até o aparecimento de Vesalius, o qual foi influenciado
pela escrita e a forma galênica. Entre suas descobertas estão as seguintes
estruturas com os epônimos: Veia de Galeno (cerebral magna), Alça de
Galeno (anastomose nn. laríngeo superior e laríngeo recorrente).
• Bartolomeu Eustachi (1500 ou 1514 – 1574): Também conhecido pelo nome em
latim Eustachius. Um dos fundadores da ciência da anatomia humana.
Apoiador de Galeno, que havia sido abalada por Vesalius. Conhecido por
aprimorar o conhecimento da orelha, descevendo o tubo que leva seu nome,
bem como músculos da orelha interna e a estrutura da cóclea. Estudou a
anatomia dos dentes e a primeira e segunda dentições. Foi o primeiro a
descrever as glândulas adrenais. Outro epônimo em sua homenagem é a
válvula da veia cava inferior (de Eustáquio).
• Gabrielle Fallopio (1523 – 1562): opositor das ideias anatômicas de Galeno e
um dos fundadores da anatomia moderna. Além da identificação das tubas
uterinas (Trompas de Falópio), seio esfenoidal, nervo chorda tympani, também
descreveu o canal por onde passa o nervo facial após deixar o meato acústico
– Canal de Falópio. Foi ele quem utilizou pela primeira vez a denominação
vagina para o órgão do aparelho genital feminine.
• Giulio Cesare Aranzio, Arantius (1530 – 1589): italiano que não recebeu o
devido reconhecimento pelas suas descobertas na anatomia. Entre as
descobertas, estão os Nódulos de Arantius (de Aranzio), nas valvas semilunares
do coração.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA EPÔNIMOS 485

• Jean Riolan (1577 – 1657): anatomista francês. Foi médico partícula da rainha
francesa Maria de’ Medici. Foi o maior defensor dos ensinamentos de Galeno.
Possuia divergências com Wiliam Harvey por discordar de sua teoria da
circulação sanguínea, bem como atacou Thomas Bartholin e a teoria da
circulação linfática. Riolan era contra as vivissecções, repudiando as mortes
violentas e dolorosas por parte dos animais estudados. Talvez pela falta de
conhecimento e observação do organismo vivo funcionando, por ser contra as
vivissecções, tenha contribuído para suas premissas incorretas a respeito de
alguns assuntos. O epônimo arcada ou anastomose de Riolan (arco
justacólico) é devido a sua descoberta da conexão entre as aa. mesentéricas
superior e inferior. As fibras marginais da parte palpebral do m. orbicular do
olho são conhecidas como músculo de Riolan.
• Thomas Wharton (1614 – 1673): médico e anatomista inglês. Deu grande passo
ao ultrapassar a ideia de que o cérebro era uma glândula que secretava
muco. Fez a distinção entre as glândulas de secreção interna (endócrinas) e
externa (exócinas). Mais conhecido pelas descrições do Ducto Submandibular
(de Warthon), da Geléia de Warthon e do Cordão Umbilical. Também explicou
as diferenças das glândulas digestivas, linfáticas e sexuais.
• Thomas Bartholin (1616 – 1680): médico, matemático e teólogo dinamarquês. É
mais conhecida pela descoberta do sistema linfático em humanos e do ducto
torácico, bem como pelos avanços na teoria da anestesia pela diminuição da
temperatura, como ocorre com a aplicação de gelo. Descreveu do Ductos de
Bartholin (da gândula sublingual) e seu filho Casper descreveu as Glândulas de
Bartholin (vestibulares maiores).
• François Poupart (1616 – 1709): médico, anatomista e especialista em insetos
francês. Descreveu o Ligamento de Poupart (inguinal), o qual foi descoberto
por Fallopio.
• Jean Pecquet (1622 – 1674): Cientista francês. Além da medicina, possui
estudos a respeito da expansão do ar e psicologia. Investigou o ducto torácico,
tendo descoberto a cisterna do quilo (de Pecquet).
• Marcello Malpighi (1628 - 1694): biólogo e médico italiano. Possui muitos feitos
nas áreas de histologia, fisiologia, embriologia, em humanos e animais. Foi o
primeiro a ver capilares em animais e relacionar com os estudos de William
Harvey. Em meio a muitos epônimos, na área da medicina estão os corpúsculos
e o corpos de Malpighi.
• Richard Lower (1631 – 1691): médico inglês. É relembrado por estudos
envolvendo transfusões sanguíneas, sistema cardiovascular e pela descoberta
do Tubérculo Lower.
• Heinrich Meibom (1638 – 1700): médico alemão. Descreveu as glândulas de
Meibomio.
• Peter Allen Humphrey (1653 - 1708): anatomista inglês. Ligamento de Humphrey
(ligamento meniscofemoral anterior)
• Antonio Maria Valsalva (1666 – 1723): anatomista italiano, contemporâneo de
Newton. Teve como supervisor acadêmico Marcello Malpighi. Um estudante
notável que teve foi Morgagni, G. B. Seu foco foi a anatomia da orelha, sendo
ele que cunhou o termo Tuba de Eustáquio. Além disso, descreveu os seios e a
manobra de Valsalva.
• Jean-Louis Petit (1674-1750), anatomista e cirurgião francês que descreveu na
região lombar esse espaço (trígono de petit) suscetível à hérnia.
• Giovanni Battista Morgagni (1682 – 1771): anatomista italiano, professor da
Universidade de Padua por 56 anos e considerado o pai da patologia
moderna. Teve como aluno Antionio Scarpa e como supervisor acadêmico

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA EPÔNIMOS 486

Antonio Maria Valsalva. Alguns dos muitos epônimos com seu nome são os
nódulos de Morgagni, as colunas de Morgagni e as hidátides de Morgagni.
• Adam Christian Thebesius (1686 – 1732): anatomista alemão. Conhecido pelos
estudos da circulação coronariana. Descobriu as veias cardíacas mínimas (de
Thebesius), forame de Thebésius (das veias mínimas) e a Válvula de Thebesius
(do seio coronário).
• Johann N. Lieberkühn (1711 – 1756): médico alemão. Descobriu as Criptas de
Lieberühn (glândulas intestinais).
• William Hunter (1718 – 1783): anatomista e cirurgião escocês. Foi um dos
precursores da patologia. Descreveu canal de Hunter.
• Henrich August Wriseberg (1736 – 1808): médico e anatomista alemão.
Ligamento de Wrisberg (ligamento meniscofemoral posterior) e Cartilagem de
Wrisberg (cuneiforme).
• François Chopart (1743 – 1795): Cirugião parisiense. Foi pioneiro na urologia,
porém possui epônimos relacionados ao pé, como a articulação transversa do
tarso (de Chopart).
• Antonio Scarpa (1752 – 1832): anatomista, neurologista e professor italiano.
Possui diversas contribuições e descobertas como o nervo naso palatino (nervo
de Scarpa), labirinto membranoso, endolinfa (líquido de Scarpa), gânglio do
nervo vestibular (gânglio de Scarpa), fáscia de Scarpa e Trígono de Scarpa,
entre outros.
• Franz Kaspar Hesselbach (1759–1816) : Anatomista e cirurgião alemão. Mais
conhecido por seu trabalho nas operações de hérnias. Descreveu a Fáscia de
Hesselbach, o Ligamento de Hesselbach e o Trígono de Hesselbach (inguinal).
• Guillaume Dupuytren (1777 – 1835): anatomista e cirurgião militar francês.
Ganhou muita estima por tratar as hemorroidas de Napoleão Bonaparte.
Descreveu a contratura da fáscia palmar (de Dupuytren), a qual recebeu seu
nome após realizar a primeira operação dessa patologia.
• Jan Evangelista Purkinje (1787 – 1869): médico e professor universitário checo
que se destacou na anatomia e fisiologia como descobridor das células de
Purkinje (neurônios golgi tipo I), fibras de Purkinje (ramos subendocárdicos) e do
Efeito de Purkinje.
• Jacques Lisfranc de St. Martin (1790 – 1847): cirurgião francês e ginecologista.
Descreveu o Tubérculo de Lisfranc, a Articulação de Lisfranc (Tarsometatarsal)
e a fratura de Lisfranc.
• Alfred-Armand-Louis-Marie Velpeau (1795 – 1867): anatomista francês e
cirurgião. É creditado pela primeira descrição acurada de leucemia, bem
como a hérnia de Velpeau (femoral), a fossa de Velpeau (fossa isquioretal),
canal de Velpeau (canal inguinal) e o quadrilátero de Velpeau (espaço
quadrangular).
• Pierre Nicolas Gerdy (1797 – 1856): médico, anatomista, patologista, cirurgião e
fisiologista francês. Foi professor na Universidade de Medicina de Paris e
trabalhou com renomados cirurgiões, como Lisfranc, Velpeau e Dupuytren. O
famoso anatomista Paul Broca foi assistente de Gerdy na década de 40 dos
anos 1800. Epônimos: Fibras de Gerdy (ligamento trasnverso metacarpal
superficial), Fontanela de Gerdy (fontanela sagital), Fossa hióide de Gerdy
(trígono carotídeo), Ligamento de Gerdy (suspensor da axila) e o mais famoso
deles – Tubérculo de Gerdy.
• William Sharpey (1802 – 1880): anatomista e fisiologista escocês. Era
correspondente e amigo de Charles Darwin. Descreveu as fibras de Sharpey.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA EPÔNIMOS 487

• John Hilton (1805 – 1878): britânico com grande destaque na área cirúrgica por
seu conhecimento anatômico apurado. Foi pioneiro em diversos
procedimentos bem como criou a Lei de Hilton.
• Eduard Zeis (1807– 1868): alemão cirurgião e oftalmologista. Epônimo:
glândulas de Zeis.
• Friedrich Gustav Jakob Henle (1809 – 1885): médico, anatomista e patologista
alemão. Descreveu diversas estruturas anatômicas ou patológicas, entre elas a
Alça de hençe, criptas de Henle, corpos de Hassal-Henle, fissura de Henle,
membrana de Henle, ligamento de Henle e bainha de Henle.
• Filippo Pacini (1812 – 1883): anatomista italiano. Conhecido pelo isolamento do
bacilo da cólera (Vibrio cholerae). Em suas dissecções descobriu pequenos
órgãos sensitivos do sistema nervoso, os quais detectam vibração e pressão.
Esses receptores ficaram conhecidos como Corpúsculos de Pacini.
• Francis Sibson (1814 – 1876): médico inglês e anatomista. Reconhecido pelos
estudos acerca da fisiologia e fisiopatologia dos órgãos respiratórios. Descreveu
a Fáscia de Sibson.
• Sir William Paget Bowman (1816 – 1892): cirurgião, anatomista e histologista
inglês. Suas maiores contribuições estão no uso de microscópio e nos estudos
de vários órgãos humanos. Epônimos: glândulas de Bowman, membrana de
Bowman e cápsula de Bowman.
• Frantz Leydig (1821 – 1908): Anatomista e zoólogo alemão. Descobriu as células
de Leydig.
• Paul Broca (1824 – 1880): médico, anatomista e antropologista francês. Sua
principal descoberta é área da fala (de Broca) no lobo frontal. É um dos 72
nomes escritos na Torrei Eiffel.
• Joseph Lister (1827 – 1912): cirurgião e pesquisador francês. Introduziu o fenol
como agente antisséptico nas cirurgias, diminuindo mortes e infecções.
Descreveu o Tubérculo Dorsal do Rádio (de Lister).
• Leopold Auerbach (1828 – 1897): médico e neuropatologista alemão. Foi o
primeiro médico a diagnosticar o sistema nerovoso usando métodos de
coloração histológica. É creditado pela descoberta do Plexo de Auerbach
(plexo mioentérico).
• Georg Meissner (1829 – 1905): anatomista e fisiologista alemão nascido em
Hanover. Seu nome está associado aos Corpúsculos de Meissner,
mecanorreceptores relacionados a sensibilidade do tato fino. Também possui o
nome associado ao Plexo de Meissner, o Plexo Submucoso do trato alimentar.
• Jacob A. Moll (1832 – 1914): oftalmologista nederlandês. Epônimo: glândulas de
Moll.
• Wilhelm Krause (1833 – 1910): anatomista alemão nascido em Hanover. Entre os
estudantes de Krause estava Robert Koch (1843 – 1910). Reconhecido pela
descoberta dos termorrecptores chamados Corpúsculos de Krause, os quais
são os responsáveis pela sensação de frio e os menores receptores sensoriais.
Seu nome também está associado às Membranas de Krause (nas miofibrilas) e
Buldo Respiratório de Krause (Trato Solitário).
• Heinrich W. G. Waldeyer - Hartz (1836 – 1921): anatomista alemão. Famoso pela
consolidação da teoria neuronal e organização do sistema nervoso. Foi ele
quem deu nome ao cromossomo. Também é lembrado pelas estruturas
macroanatômicas que descobriu, como o Anel de Waldeyer.
• Francesco Todaro (1839 – 1918): anatomista italiano. Descreveu extensão
fibrosa da válvula de Eustáquio, denominada tendão de Todaro.
• Enrico Sertoli (1842 – 1910): fisiologista e histologista italiano. Descreveu as
células de Sertoli em 1865.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA EPÔNIMOS 488

• Friedrich Trendelenburg (1844 – 1924): cirurgião alemão. Fundou a sociedade


alemão de cirurgia. Muitas terminologias estão relacionadas ao seu nome,
como a marcha, o sinal, a posição e o teste de Trendelenburg.
• David Drummond (1852 – 1932): médico inglês. Descreveu a artéria maginal do
cólon (de Drummond).
• Frederich Treves: (1853 – 1923): cirurgião britânico da Era Vitoriana. Era
especializado em cirurgia de abdome e realizou a primeira apendicectomia na
na Inglaterra, em 1888. Descreveu o Arco e Treves, na mesma região.
• Wilhelm His (1863 – 1934): anatomista e professor suíço. Inventou o micrótomo
(aparelho que faz cortes microscópicos e é considerado o pai da histologia.
Além dessas, em suas descobertas se destaca feixe que liga eletricamente
átrios e ventrículos, o feixe de His (fascículo atrioventricular).
• Angelo Ruffini (1864 – 1929): histologista e embriologista italiano. Foi o primeiro a
descrever pesquenos mecanorreceptores encapsulados conhecido como
Corpúsculos de Ruffini, receptores específicos do calor de de adaptação lenta.
• Paul Sudeck (1866 – 1945): Cirurgião alemão. Por sua causa existem os
epônimos: Atrofia de Sudeck (doença) e Ponto Crítico de Sudeck (região
anatômica).
• Ludwig Aschoff (1866 – 1942): patologista alemão;
Sunao Tawara (1873 – 1952): patologista japonês.
Após 3 anos de estudos foi publicado “The Conduction System of the Mammalian
Heart”, relatando a descoberta do nó atrioventricular, ou de Aschoff-Tawara, e
sua relação com o feixe de hiss e fibras de Purkinje.
• Arthur Keith (1866 – 1955): antropólogo e anatomista escocês;
Martin Flack (1882 – 1931): fisiologista britânico.
Em um dia quente de verão, em 1906, M. Flack estava estudando secções
microscópicas do coração enquanto A. Keith andava de bicicleta com sua
esposa. Quando Keith retornou, Flack mostrou a “estrutura maravilhosa” que
havia descoberto na auricula direita, bem onde a VCS entra no átrio direito.
Keith rapidamente percebeu que a estrutura lembrava o nó atrioventricular,
descrito por Tawara mais cedo, naquele mesmo ano. Assim era descoberto o
Nó Sinoatriatrial ou de Keith-Flack.
• Dimitrie Gerota (1867 – 1939): médico, anatomista, radiologista e urologista
romeno. Pesquisou a anatomia e a fisiologia da bexiga urinário e do apêndice
vermiforme. Descreveu a Fáscia de Gerota (Renal).
• Fritz Frohse (1871 – 1916): anatomista alemão. Descreveu a Arcada de Frohse.

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA COPA POLOCA 489

*Bonus: Retroscpectiva ATM 2022/1 e Copa Poloca

- XVII Copa Poloca (2016/4): MedEGole Vice-Campeão

Goleiro menos vazado: Claimar Vaccari “Claimito”

Artilheiro: Vitor Loch Finimundi

Técnico da 22/1: Guilherme Ribeiro

- XVIII Copa Poloca (2017/2): MedEGole Campeão

Goleiro menos vazado: Gabriel Aver

Artilheiro: Daniel Bohn

Técnico da 22/1: Guilherme Ribeiro

- XIX Copa Poloca (2017/4): MedEGole Campeão

Goleiro menos vazado: Gabriel Aver

Artilheiro: Lê

Técnico da 22/1: Daniel Bohn (interino)

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA COPA POLOCA 490

- XX Copa Poloca (2018/2): MedEGole Campeão

Goleiro menos vazado: Eduardo “doda” Merigo

Artilheiro: Lê

Técnico da 22/1: Daniel Bohn (interino)

- XXI Copa Poloca (2018/4): __________

- XXII Copa Poloca (2019/2): _________

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OBSERVAÇÃO ANATÔMICA BÔNUS 491

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, A. S. Exupéry

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OBSERVAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

Bibliografia
- MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne MR. Anatomia orientada para a clínica.
Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2011.

- NETTER, Frank H. Netter-Atlas de anatomia humana. Elsevier Brasil, 2015.

- SNELL, Richard S. et al. Anatomía clínica: para estudiantes de medicina. McGraw-Hill


Interamericana, 2002.

- SCHUNKE, M.; SCHULTE, E.; SCHUMACHER, U. Coleção Prometheus-Atlas de Anatomia


(Vol. 1-Anatomia Geral e Aparelho Locomotor). 2007.

- TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo Humano-: Fundamentos de Anatomia


e Fisiologia. Artmed Editora, 2016. –

- DRAKE, Richard; VOGL, A. Wayne; MITCHELL, Adam WM. Gray Anatomia para
estudantes. Elsevier Brasil, 2015.

- BIANCHI, M. V. CALCANHOTO, G. N. Novos desafios no atendimento de urgência. ed. Roca, p. 55-64,


2011.

- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed.,
2011

- Guia de Estudos Samir C. Almeida

- Resumo de Anatomia: Leonardo Guimarães

- Anotações em Aula e Monitorias 2016/4 + 2017/2 UCS

- Anotações em Aula 2017/2 UFPel

- Portal Drauzio Varella

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OBSERVAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

História da Anatomia:
- GARDNER, Ernest et al. Anatomia: estudo regional do corpo humano.
In: Anatomia: estudo regional do corpo humano. Guanabara Koogan,
1978.ACTAS CIBA 3 – 4 (Material gentilmente cedido pelo
Neurocirurgião Prof. Dr. Ildo Sonda)
- LYONS, A. S.; PETRUCELLI, R. J. História da Medicina. Tradução Dr.
Nelson Gomes de Oliveira. 1997.

- Manual do Aluno da Anatomia – Dr. Carlos Alberto Tavares

- http://corporisdomini.blogspot.com.br/2007/11/anatomia-na-
mesopotmia-e-egito.html
https://cienciasmorfologicas.webnode.pt/introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20anatomi
a/historia-da-anatomia/
- http://www.mcv.ufes.br/anatomia
- https://www.ufcspa.edu.br/index.php/historia-da-anatomia-humana
- https://www.nlm.nih.gov/dreamanatomy/da_timeline_anatomy.html
- https://www.auladeanatomia.com/novosite/generalidades/historia-da-anatomia/
- https://prezi.com/erglf5yloiaa/linha-do-tempo-historia-
da-anatomia/

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