1917 - Campanha Contra A Prost Envolvendo Crianças

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bele

! A policia e o maretricio! dire


W | do

- |Moracs louvores à campa- -


|

está
| dize
ó P | cia

z
E' muito triste € muito doloroso 0 jmp
quadro que se nos apresenta na actuali- j

A falta de recursos algumas vezes, € pari


outras a acção nefasta de innumeras
caftinas que vicram buscar estas pla-
gas para a sua acgho despresivel, tem
feito com que infelizes meninas de seus
12 à 14 annos, — na primavera da
vida — nbxndgnçn:m seus
a companhis rmios
para irem habitar os lupanares, ali on- A
de a miseria domins, finalmente, levan-
do-as para o fundo de um compartimen-
to dos hospitaes.
É vendo tudo isso. a iristeza desses
quadros que se nos apresentam a todo
instante € o quanto tém de doloreso;
vendo o fim proximo dessas desgricadas
meninas atiradas mom hospiis! sem 1€
cursos e sem amigos, applaudi mos tran
camente à .mw que o dr. Antonio de
Paula, delega do º distric vem
movendo para a repressão do 1a€retri
cio.
Esta autoridade pol 1 agindo com
energia e boa vontade contard, certa
t. À mente, com os applauses de todos os '
* Qque vém passar por abi 4 fóra, em il
requebros mil, rescendendo à perfumes i
as faces encobertas de carmim, estas :‘":'
desgracadas meninas que certamente 1i
Vergmn um lac Teliz e Noje Má velha "0
mão chóra a su ausencia ¢ à sua des ol
graga!
O delegado do 2º districto tem, & noi '
te, percorrido diversas casas onde o
meretrício impera, afiva de 1informes
colher sobre a permanencia ali de in- d
º À felizes criancas, para dar inicio ao seu ES
combate energico em pról da moralida- | *
la À de publica. o
ar. Ha dias, indo o dr. Antonio de Paula | sob
as | a0 prostibulo da famigerada loaauina Bas
$oeiro, teve occasião de ali ver o mais
desolador quadro. Su
Uma menina de 13 annos apenas, à
cutis já carcomi da pelos artificio s, ali
estava entre aquella multidbo de me
retrizes a cujo meio já se adapiara,
Apparentava, no cntanto, uma felici-
dade que julga ter, aguardando os seus
dias futuros. !
serve de £0,
m E naquelle
“garc on" ? bordél quem
de
no Ninguem mais do que um joven ir- Jus
xm | Mio da infeliz menina ! g’n
E' doloroso. A lucta pela vida faz
com que elle vá ganhar o seu sustento
no mesmo prostibulo onde sua irmã
vende o seus affagos, os sens carinhos ,
E tudo isso ¢ por demais doloros o,
por demais iríste!
Não só naquelle bordél o delegado do
2º districto encontrou pobres c desgra-
çadas meninas nestas condições,
Em outros as havia muitas
Uma que, deshonrada pelo seu proprio
primo, Íuia pedit uáãs n nos domintos
da perdição; outra que esperava & acção
da justiça contra os que enxovalharam
a sua honra e estavam por ahi a fora,
em liberdade, emquando cllas se en-
contravam nas pocilgas, antevendo o
seu fim desgracado.
E quanta desg c quanta miseria
vio por ahi o dr. Antonio de Paula! ho
sta- O nosso desejo é que aquelles qua- f no
mal É dros tivessem impressionado fortemente À 15,
8.8, para que essa acção justa c digna
de hpplausos contra o meretricio se
levada avante ¢ não fique somente em
projecto.
O dr. Antonio de Paula, continuando
nessa sua campanha terá é e
lhe toda & imprensa que pelos mesmos
se tem batido,

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