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Leia o texto:
'Perdi muitos amigos cartunistas, mas o Ziraldo é uma espécie de pai de nós todos. Que pena. Mas que bela vida, Ziraldo', diz o
cartunista Aroeira
No prédio onde Ziraldo morou por mais de 30 anos na zona Sul do Rio de Janeiro, Sergio Ribeiro guarda viva na
memória a alegria do vizinho ilustre e de uma simplicidade que encantava a todos.
"Uma vez, uma vizinha me ligou — sou síndico — e disse 'pô, essas crianças perturbando uma hora dessas?' E ele
[Ziraldo] falava assim: 'Sergio, alegria é vida e vida é alegria. Deixe as crianças brincar até tarde e mande esse vizinho
chato parar de reclamar'."
Segundo a família, nos últimos meses, o escritor, desenhista e pai do "Menino Maluquinho" tinha perdido a
capacidade de se comunicar com quem ia visitá-lo. Como definiu um de seus sete irmãos, Ziraldo foi se despedindo aos
pouquinhos, porque sabia que seria muito doloroso para todos.
"A gente tem um elo muito grande, muito forte. Mas eu tô em paz, porque ele está descansando e foi encontrar os
outros queridos que estão lá, esperando por ele", disse Santinha Pinto, irmã de Ziraldo.
O caçula Gê Pinto, também irmão do cartunista, foi inspiração para o coelho Geraldinho, da "Turma do Pererê".
"No final das contas, todos nós irmãos, sobrinhos e tal, de certa maneira, bebemos dessa fonte. Seguimos muito
Ziraldo. Foi emocionante. Uma vida incrível", afirma Gê.
"O Ziraldo tinha uma certa bronca de tecnologia. Às vezes, ele mostrava um desenho e fazia questão de dizer: 'Olha,
foi tudo na mão'. E é verdade. Ele fazia na mão. Ele tinha uma mão maravilhosamente firme e precisa", diz a cartunista
Laerte.
"Ele deixa uma mensagem de amor ao Brasil, de inclusão de todos os elementos da brasilidade. Desde a 'Turma do
Pererê', tinha lá uma criança negra, uma criança indígena e uma criança branca brincando junto. O que é o 'Menino
Maluquinho'? É uma mensagem de 'vamos brincar'. Às crianças, brinquem!" diz a jornalista Miriam Leitão.
"Ele é influente para as crianças e no mundo dos adultos como artista gráfico e cartunista. Meu Deus! O Ziraldo
sempre foi um deus. Para nós, cartunistas, o Ziraldo está lá em cima", diz o cartunista Caco Galhardo.
O cineasta Helvécio Ratton foi quem dirigiu o filme "Menino Maluquinho". "O Ziraldo era, ao mesmo tempo, um
vulcão de criatividade —um cara que não parava de criar—, mas sabia ouvir os outros. Sabia catar uma ideia que não
era dele. Sabe?", afirma o diretor.
O desenhista e escritor Mauricio de Sousa lamentou a morte do amigo e colega de profissão: "Que tristeza! Não tenho
palavras. Perdi mais que um grande amigo. Perdi um irmão. Das letras, dos traços e da vida!"
O presidente Lula disse: "São inúmeras e diversas as contribuições de Ziraldo na defesa da imaginação, de um Brasil
mais justo, com democracia e liberdade de expressão".
A ministra da Cultura Margareth Menezes comentou: "Uma perda irreparável. Ziraldo foi uma fonte de inspiração".
"Eu não sei o que dizer com o Ziraldo não estando mais aqui. Mas o meu mundo começa como na música 'Cair',
porque, sem o Zira é tão diferente. Perdi muitos amigos cartunistas, mas o Ziraldo é uma espécie de pai de nós todos.
Que pena. Mas que bela vida, Ziraldo. Que bela vida!", diz o cartunista Aroeira.
2) No trecho onde se lê: "A gente tem um elo muito grande, muito forte. Mas eu tô em paz, porque ele está
descansando e foi encontrar os outros queridos que estão lá, esperando por ele", disse Santinha Pinto, irmã de
Ziraldo.” Há presença de linguagem
A) formal.
B) regional.
C) digital.
D) coloquial.
3) No trecho onde se lê: "Ele é influente para as crianças e no mundo dos adultos como artista gráfico e
cartunista. Meu Deus!” A expressão sublinhada dá ideia de
A) susto.
B) admiração.
C) alegria.
D) tristeza.
D13/D23 – Identificar os níveis de linguagem e/ou marcas linguísticas que evidenciam locutor e/ou
interlocutor.
N9 – Identificar variantes linguísticas em letras de música e marcas de linguagem informal em trecho de
reportagens, contos e crônicas.
D03/D03 – Inferir o sentido de palavra e ou expressão.
N1 – Inferir o efeito de sentido de expressão em crônicas e reportagens.
D18/D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expressões.
N4 – Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de palavras, frases e expressões em poemas, charges,
crônicas e fragmentos de romance.
D01/D01 – Localizar informação explícita em textos.
N2 – Localizar informações explícitas em fragmentos de romance e crônicas.
Texto para os itens 4, 5, 6, 7 e 8.
Leia o texto:
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao
longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se
acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido
pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes
de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o
garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe
limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve,
concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os
lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do
freguês.
O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa
de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os
três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico
preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda
também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto
ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha
repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra
você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com
ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos
pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de
súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a
cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
4) Há presença de linguagem informal em
A) “o pai se mune de uma caixa de fósforos...”
B) “Ninguém mais os observa além de mim.”
C) “Parabéns pra você, parabéns pra você...”
D) “... o pai risca o fosforo e acende as velas.”
5) No trecho: “... muito compenetrada cantando num balbucio...”, a palavra grifada poderia ser
substituída, sem alteração de sentido, por
A) concentrada.
B) amorosa.
C) temerosa.
D) tímida.
6) O narrador usa alguns diminutivos quando se refere à criança, como, por exemplo: “arrumadinha,
perninhas, negrinha...”. Esse uso como forma de nomear as coisas pelo narrador demonstra
A) tamanho. C) compaixão.
B) exultação. D) alegria.
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D01 / D01– Localizar informação explícita em textos.
N2 – Localizar informações explícitas em fragmentos de romances e crônicas.
Leia o texto:
É de dar água na boca! Imagine uma sobremesa incrivelmente deliciosa. O prato de porcelana branca
acomoda um lago doce de frutas vermelhas flutuando com imensos pedaços de morangos, amoras e cerejas.
Em cima repousa uma massa crocante de coco em formato de taça. Dentro dela, suspiros adocicados dividem
espaço com uma bola de sorvete de creme. Coloque ainda geleia em cima, decore as bordas com fios de mel
silvestre e sirva enquanto a massa morna não derrete o sorvete.
Aí está uma das coisas mais gostosas que se pode comer na vida: Tulipa de Frutos do Bosque. Esta iguaria
é servida em Buenos Aires, num bairro muito elegante chamado Puerto Madero. O local é cheio de atrativos
gastronômicos. São restaurantes, lanchonetes, sorveterias e confeitarias que acabam com o regime de qualquer
um.
Mas nem sempre foi assim. Esse local que hoje concentra os prédios mais luxuosos do país não passava de
uma região portuária degradada há apenas 20 anos. Quando o velho ancoradouro de Puerto Madero foi
substituído por um porto mais moderno, aquela margem de rio tornou-se uma região abandonada. Mas o que
era” feio” desafiou os cidadãos a construir a beleza. Eles se uniram para revitalizar o lugar. Fizeram dos antigos
armazéns uma área de restaurantes sem igual. Construíram pontes, passarelas e praças. Espalharam esculturas
pelos cantos e levantaram belíssimos prédios. Hoje, Puerto Madero, na capital argentina, é símbolo de prestígio.
9) O texto que você acabou de ler fala de mudanças, de transformação. Agora, pense um pouquinho e escreva sobre
as mudanças que você deverá fazer ao longo da sua caminhada que irão contribuir para a sua vida futura e farão
de você uma pessoa feliz.
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