8611-Texto Do Trabalho-24315-1-10-20160224
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Agradeço ao Pedro Aires Oliveira as crfticas e sugestões que fez a este texto.
Desde finais dos anos 1990, o debate sobre o pass.1do colonial da França vinha irrompendo no espaço público
daquela antiga metrópole, mas terá sido a promulgaç~o da le.J de 23 de Fevereu'O de 2005 que mais contribu-
iu para a visibilidade e para o impacto da dl<;eussJo sobre as representações colectivas das memórias coloni-
ais. Desta vez, mobilizaram-se simultaneamente grupos muito diversos: as~ociações oque reprei;entam actores
ligados à história colonial (repatriados, descendentes de antigos colonizados, antigos combatentes da guerra
da Algéria, etc.); o Estado, através da edificação de «lugares de memória" e de disposições legislativas que
estabelecem a «memória oficial»; o campo tntelectual e o universitário, mediante a publicação de numerosos
ensaios e trabalhos dentfficos; e os meios de comunicação social que dão conta com frequência de questões
contemporâneas ligadas, directa ou indirectamente, ao período colonial (vd. BANCEl.., BALNCHARD & LAMAIRE,
2006: 9-10).
1 Os coordenadores do dossii! não quiseram cunhar um conceito, antes sugerir uma metáfora capaz de poten-
ciar a reflexão. Segundo eles, ela permite, antel. de mais, insi!>lir no carácter fundamentalmente compósito dos
fenómenos de rememoração (d. DESLAURlER & ROC.ER. 2006: 8).
lO LI \GOLA CN.,TI IO
Caroline ELKINS (2005), Brilam's Gulng: Tire Brutnl End of fmpm• in Ktnycr, Londrc,, Jonathan CaJW; \' David
ANDERSON (2005), Hrstcm~ ofthe Hanged Tlrt D~tly U'flr m 1\mya and the End o( E.mp~rt, Nova lorqu~. Londres.
W.W. Norton.
APRESENTAÇÃO ll
O livro de Carolme Elkins também foi recenseado em jornais e reVibtaS anglo-saxóni<:as (vd.
http: // www.metacritic.com /books/ authors/ elki:nscarolineI imperial.reckoning# critics). Na l..ondon Ret11ew of
&oks, 11 recensAo favorável de Bernard Porter (http:// www.lrb.eo.uk / v27/ nOS/ portOl_.html) seguiu-se um
ontenso debate (http: // www.lrb.eo.uk/ v27/ n U / letters.html; http: /I www.lrb.oo.uk/ v27/ nl4 / letters.html).
s O mesmo se preparam para fazer as revistas AfnciU! ~ Orirnti (Bolonha) e Afrikn spectrum (Hamburgo).
6 A memória colectiva opera dentro de quadros sociais (comUilS aOl. indivíduos de um mesmo grupo) e é
reconstruida em ÍUilçãO dos seus quadros sociais actuais, isto é, da acç,'io do presente sobre o passado (vd.
H albwachs, 1994 [ 1925)).
12 CLÁUDIA CASTELO
7 Paul Connerton chama a atenção para a import3ncia da memória como f~culdade cultural de lran."Jnis..;)o de
prática.~ corpora•~ na~ e como tradiçõe<. [)o>fende que ih tmagen." do pa~«ado e o conh=mt"flto recordado do
pii5Sildo -.\o convocados e ~u-tentado!. por pt·rfonnann.-s ntudi~ e que e"sa memória é corporal . A memónd
'OCial mcorporada é um a~pecto essencial da memória o;o,;Jal, embora sc1a um a~pccto mu•to descurado, em
favor dat; tran'imís<>ões escrito' ou inscntas de memória!. (vd CON,ERTON, 1999).
Em traços gerai,, o lu<;o-tropicali~mo (doutrina desenvolvida pelo sociólogo brasileiro Gilberto Freyre, 1900-
1987) p<><>tuiJ uma capacidade ~pecial do-. purtugueses p.tra ~ uni.n!m aos trópico:. por uma ligação de amor
e nAo de mt•'n,..<e. e ai con.,tituírem socit.-dades multrrraa<us marcadd!. JX'Ia me>tiçagem e pela mterpenctra·
ção de cultura, E.'i...a pt\'d•'f'O"'ção resultava do <eu pa,<;ado étmco e cultural. mdefirudo dl'Sde <empre entre
a Europa c a Áfnca, e SUJeito a um longo contilcto com O!> ,\rabc!.. O E.~tado Novo soube Df'"'l"inr-st• das m.!>.i ·
mas luso-tropkalistas para 'c dclender daq prcs.<ães da romunidade internacional, sobretudo no quadro da
O~. ma.' tamb<'m em campanhas de propaganda mtema. Se o Brasil era o exemplo maJor do génio colon.·
zador portugul;,. em Angola e Moçambtque preparavam-se •novos Bra,i<•. Ora esta doutrina foi de grandl'
utilidade para o fortalecimt'nto da ideia dt' •unidade da na\:\ó plurironbnental portuguesa• e para o progra·
ma de 6~aç~o dl• metropohtanos no ultramar lntemamentl', uma versão nactonalllilil do lu...o-tropicali~mo fo•
entrando no imagmário nactonal, contnbutndo parn o fortalecimento da tmagem l!m que os portttguc'>t.>s
melhor o;e rcv~·m: um povo plástico, frah:mo e tolerante (vd . CA~IELO. 19'18· %-101).
• Só muito n."<Xntemente um ~'<{Ueno parttdo de extrema-dtretta de fora do ~pectro parlamentar, o Partido
Naaonal Renovador CP:"~. R). ousou expre>sar tdcia:. explicitamente xenófob.3s, uo;ando para o efcito um c.trta.t
colocado numa das pnnopa•• praças de Li'<boa, instando tl:'ô im•grante:. a voltarem para o• >eu• paíse. de ori-
gem (•Façam boa viagem•, consta no sloga/J).
APRESE.'\CTAÇAO 13
IQ Refira--e, a totulu dc t•xemplo, Orlando RISFIRO (1999), Coa 1CI56: Rt•lntMul ú<l Cot't'mo, Usbo.l, CNCl)l', publica-
do por inicratlva dl' Suzanne Oaveau, o.1m prl'fácio de Fernando Ro<..1'
11 Durante o Estado Novo, até ao infdo da gul•rra colonial, houve uma ~rt., bintonia entre o regtmc c a ~<oposi·
çào dcmocr.íltca• em tomo do naciorwH., mo p<>rtuguês, da tntegrid,l\lc da •nação pluriconhnl'ntal portugue-
sa• e da voc.1ção hi-tónca do pai!.. Só o:. arwrqut~t.l• do JOrnal A Blllollul -.e demarcaram dl"<lll os anO"> 20 do
naoonah,mo colonial Mesmo o PCP tt've um.1 po-;iç.'lo amblguJ a<> longo do tempo e só no '<'U V Congre,o.o
(1957) ddcndl'U e'>.phcitarnente o diretto doo; povos das colónta'l portugul'-.a' i\ autodt'termtna\"âo. Sobre a
po»iç.1o do PCP ~labvaml'flte :1 que-.t3o colomal. vd . Judith M~~lA (2004), u Par/i Commtmístt P11rlu!o:ars ti /JJ
que;tion wlmualt, 1921-1974, Bordeaux, Univcr-.itl" Montesqwl'U 1 - de doutorammto em GO:ncia Política.
14 Cl.AUL>li\ CASJLLO
u Em Lasboa,. por pte>-.3o de antigos klde>!O da ea,a do. E'tud.Jnt•'S d•• Império. que funcionou para mwt~
)0\'l'ft<da' rolónaa' como espaço de et>nc;dl•nualizaç~ polfti<a antamlomal, e por onde p.1SSM.lm muillh d~
lldl'fl'S dos movim..onto-. de libertaçJ<~ afncana. a Cãmara \tunka~'<~l dl' La'boa ool<X<'u uma placa na calçada
em frentl' ~ antiga~" da a<.o;ociaç;lo (no cruzamento da Av.:nal.l Duque d" Ávíla .:om a Rud Dona E~tefãnaa).
Não~ nmhl'<:<'m outras mobtliza(Õl"' da SO<tcdade aval l'm dl•il-s.a da pn."iervaçllo da m~mória do pas.,ado
colonial. Rl•fira ·~.... no entanto, qlU.' o moviml'nto dvlco NIT<> llf'<IRIIrm a Mm11lria!, cri.adu l'm 2005, pretende con-
tribuir p.tr,J a pn>moç:'io de uma memória colN:Liva e pubhca do qui.' for a luta contra o n·gtnw fa..ct~ta e colo-
ruali.~ta do f•tado Novo, pela li~rdadl• e pel.1 democrao.1 •·m Portugal, !'mpi'"h.;mdu·~oe na 'alvaguarda di.'
lugan... de mL'tnória Apre"entou urna pehçllo na A'~bll'ta da Rt·publica. que l'llln'tanto h>l alvo de um rela-
tório d<> deputado Marque<; junr~>r, e aguarda votação.
O Sobre a retnvl'nç3o da histórra da~ gut:rras coloniaí• e a pn><:ura de uma «>lução terapt!utiC'll.. moral e politíc.t
ebcaz. atravb do v<>cabulàrio p<->quJ.!Inco, vd, lt1b QuL''TAIS (2000), Jh ~n'TIJS a>Tonuzis portugursas t' a inwn-
Çifu lh HIStória. L•~bc..... lmpreru.a Gl'ncía.q S<Xiru~.
APRESENTAÇÃO 15
pública dos aspectos positivos das suas vivências africanas no período colonial (o
espaço, o clima, a paisagem, o exótico, a abundância, o nível de vida, o prestígio
sociaL o poder, a infância e a juventude, as sociabilidades, o convívio multirracial,
etc.), a que se associa uma condenação implicita da descolonização. Recordam as
últimas décadas da colonização, de intenso desenvolvimento económico de Angola
e Moçambique, de constituição de (<sociedades multiraciais» progressivas no
ultramar, lamentam (entre a mágoa e a revolta) a destruição dessas sociedades, a
violência, a guerra e o drama do ext1io ...
De facto, pouco tempo depois do «regresso das caravelas», grupos de
«retomados» (portugueses que viveram ou nasceram numa mesma localidade de
Angola ou Moçambique, estudaram na mesma escola ou que trabalharam numa
mesma empresa colonial) e de antigos i11fermediários do império (membros das elites
cabo-verdiana, goesa ou timorense do período colonial) começaram a reunir-se
anualmente (em almoços, convívios, piqueniques), numa lógica de cíclico «retomo»
a um tempo/local de saudade. Nos últimos anos, verifica-se uma apetência crescente
por tudo o que tem a ver com as antigas colónias portuguesas. Parece haver uma
urgência de convocar essas memórias, mesmo da parte das gerações mais novas que
já nasceram depois das independências. Paralelamente, temos assistido a um
florescimento de memórias sobre África (que extravasam o tópico da guerra colonial)
na imprensa, na produção editorial e audiovisuaJ14. No campo literário, a excelente
recepção e o êxito comercial do romance Equador são, como assinala Giorgio de
Marchis neste dossíê, um expressivo sinal da ~~u rgênda de recondliação» da
«comunidade mnemónica portuguesa» com o seu passado colonial. A Internet já se
afirmou como um espaço privilegiado e pulsante de encontro, partilha e
apaziguamento, de repositório e de reconstrução de memórias coloniais15.
No campo das memórias colectivas e das emoções partilhadas pelos
portugueses que viveram nas colónias, África é, invariavelmente, o parafso perdido. A
criação de lugares de memória (físicos, simbólicos ou virtuais), a multiplicação de
recolhas de testemunhos, a publicação de álbuns de fotografias e de relatos
" Um exemplo recente foi o programa Sooedade Civil (RTP2) de 24 de Abril de 2007, dedicado ao tema
·Descolonização: o meu coração ficou em África». •Na v6peril do 25 de Abril~ o Sociedade Civil quis •tlvuli-
nr a presmçn dos p<>rtugueses no corrtin.-ntt• nfriamo, que ct:o"<lU rom a descolimizaçtTo. Mmt()S trouxeram villlrrrias dífr-
mrtes,laços fortes, remurrscências de outras cultrmlS, e umo ligação nos PALOP que mi além do snudode. Dep01s destes
anos todos, o que rC$ta de África no coração dos porlltgueses?• (http: // sodedade-civil.blogspot.rom /2007 I 04 Ides-
coloni.7.acao-o-meu-corac:ao-fíc:ou-em-africa.htm). OutTQ, e~empll)h dl)h últimos anos: o álbum África 30 <mos
dq>oi.<, publicado pela revista Visão, em 2005; álbuns de postais e de fotografias das prmopaLS cidades de
Angola e Moçambique; romances, memórias e biografias que dec:orrem em África no período colonial, a tele-
novela A ]6in dr África, cuja trama ~e pal>Sava em Moçambique no;. anos 50 (TVI, 2003); docurncntoirios televi-
SI\'OS sobre antigos colonos e o retomo dos nacioruus após a descolonização.
r; Na rede global há uma miríade de siles, fóruns de discu«sào e blogues <;obre as ex-colónia'> portuguesas no
continente africano (www.sanzalangola.com, wvvw.diamang.com, www.moçambique.blogs.sapo.pt,
www.macua.blogs.com/ moçambique_para_todos, www.ma-schamba.blogspot.com, www.retornados.net,
www.postaisullramar.com, etc.). Refira -<;e que o sitr SanzaiAngola cumpriu em Dezembro de 2006 quatro anos
de existência e conta com nove mil inscritos de vários cantos do mundo. Ali se têm reencontrado amigo> e
familiares que tiveram relação com Angola no pl'ríodo colonial. Além de um fórum, o sitl' tem uma galeria de
foh.>grafias, postais e estampas, informação sobre a história, a geografia, a etnografia e a literatura de Angola
e aloja textos literários e memorial(sticos.
16 CLÃ.UDIA CASTELO
Porém, como afinna Valentim Alexandre neste dossiê, as conclusões deste labor
historiográfico «transitam dificilmente para a história geral de Portugal, e dai para o
ensino- passos essenciais para o exercício de qualquer influência na reformulação do
discurso identitário nacional, tão necessária à adaptação do pais a um sistema que se
globaliza» (p. 41).
1" Refira-se que o JOrnalista ]osé Amaro, organizador do livro Mnssarr~> 1111 g11r"a colomal: Tetr, um <':remplo, publí·
cado em Li'iboa, pela Ulme.iro, em 1976, foi ~Ivo de um processo por abuso de liberdade de 1mprensa, mstau·
rado pelo Estado-Maior do Exército. Cf. reportagem de Felfda Cabrit.1 aluhiva aos 20 anos do' massacre de
Moçambique, Exprrsw, 5 de Dezembro de 1992.
1o Sobre o inquérito da Comis:<ão das Naç~ Unida<~ aos massacres de MOÇilmblque e as pressões internacionais
para m1tigar o impacto das suas audiçõe' a ..cguir :à qu~'<la do regime de Cat>lano, d. a te5e de doutoramento
de Pedro Aires Oliveira, indicada na bibliografia final.
APRESENTAÇÃO 19
2u A notícia foi divulgada na imprensa, nomeadamente por Alexandra CARJTA, «Museu da língua nasce em
Belém», Expresso, n.n 1772, 14.10.2006.
20 C LA U I>IA CASTELO
Oáudia Castelo
CEA/ISCfE
Bibliografia referenciada
2t Só no final dos an<b 80, um COnJunto dl' historiado~., l' antropólogo:. começa a procurar novóll> fronteirill> e
t.m1as no e-tudo do roloniali<mo, qu~ rompe-...-em com a dKotomia redutora en~ rolonaadores e roloni.Z<J-
dO» (COOPER & STOI..ER. 1989). Pda pnml."tra vez, a propo!>ta vi'Nlva colocar metrópole e colónia num me--mo
campo analilico (mesmo o;e intt.>maml."nlt> dtferenciado) l' dtngtr a pe"qUJ.Sa para as múlhpla' tcn._-.õe. no inte-
rior do império, nomeadamenll' entre os a:lon<>:> e a> populJçre. indfgenas e os colon<"' e o poder colonial.
APRESENTAÇÃO 21
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