Regime Próprio de Previdência Do Município
Regime Próprio de Previdência Do Município
Regime Próprio de Previdência Do Município
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
DAS APOSENTADORIAS
SEÇÃO I
Das Aposentadorias voluntárias
Subseção I
Da regra geral
Parágrafo único: O valor do benefício será fixado nos termos do Art. 12 desta Lei
Complementar.
Subseção II
Da aposentadoria dos servidores que exercem atividades especiais
Art. 3º - O servidor público municipal, titular de cargo efetivo, cujas atividades sejam
exercidas com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou a associação desses agentes, será aposentado voluntariamente, desde que
observados, cumulativamente, os seguintes requisitos, em simetria ao disposto no artigo 10,
§ 2º, inciso II, da Emenda Constitucional nº 103/2019:
§ 3º Não será computado, como atividade especial, o período em que o servidor estiver
afastado do exercício real, sem exposição aos agentes nocivos, exceto quanto aos períodos de
descanso determinados pela legislação municipal, inclusive ao período de férias, e aos de
percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse
exposto aos fatores de risco de que trata esta Lei Complementar.
§ 4º Fica vedada, para fins de aposentadoria especial, a caracterização por categoria
profissional ou ocupação, nos termos do artigo 201, § 1º, inciso II, da Constituição Federal.
Subseção III
Da aposentadoria do professor
Art. 4º. O servidor titular de cargo efetivo de professor será aposentado voluntariamente,
desde que observados, cumulativamente, os seguintes requisitos, em simetria ao disposto no
art. 10, § 2º, inciso III, da EC nº 103/2019:
Subseção IV
Da aposentadoria do servidor com deficiência
III - 28 (vinte e oito) anos de tempo de contribuição, se mulher e 33 (trinta e três) anos de
tempo de contribuição, se homem, no caso de deficiência leve.
SEÇÃO II
Da aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho
Art. 6º. O servidor, titular de cargo efetivo, vinculado ao regime próprio de previdência social
municipal, será aposentado por incapacidade permanente para o trabalho no cargo em que
estiver investido, quando insuscetível de readaptação, atestado em perícia médica do
APARECIDAPREV, em simetria ao disposto no artigo 10, inciso II, da EC nº 103/2019.
§ 2º. Retornando ao exercício do cargo, o servidor poderá obter nova aposentadoria, desde
que implemente os requisitos para o novo benefício, computando o período de tempo anterior
à concessão da aposentadoria por incapacidade ou invalidez, vedado o cômputo do tempo
sem contribuição em que permaneceu em gozo de aposentadoria por invalidez ou
incapacidade.
§ 4º. A aposentadoria por incapacidade permanente não será cessada se o servidor contar
com 75 (setenta e cinco) anos de idade ou mais.
§ 7º. Aplica-se o previsto neste artigo aos aposentados por invalidez permanente com
fundamento na legislação vigente anteriormente à publicação desta Lei Complementar.
§ 8º. No caso de ressarcimento nos termos do §3º, deste artigo serão os valores corrigidos
pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), poderão ser
parcelados desde que, compulsoriamente consignados em folha, à vista ou conforme
regulamentação.
Art. 8º. Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, nos termos da
regulamentação dada à matéria no âmbito do Regime Geral de Previdência Social, com base
em conclusão da perícia médica do APARECIDAPREV.
Art. 9º. Acidente em serviço é aquele ocorrido no exercício do cargo, que se relacione direta
ou indiretamente com o desempenho das respectivas as atribuições, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução, permanente ou temporária,
da capacidade para o trabalho.
I – o acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão
que exija atenção médica para a sua recuperação;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao serviço;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de serviço:
c) em viagem a serviço, inclusive para estudo, financiada pelo Município dentro de seus planos
de capacitação, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja
o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
SEÇÃO III
Da aposentadoria compulsória
Art. 11. O servidor que completar 75 (setenta e cinco) anos de idade será aposentado
compulsoriamente, na forma da Lei Complementar Federal nº 152, de 03 de dezembro de
2015.
§ 1° O servidor deixará o exercício no dia em que atingir a idade limite, devendo o ato de
aposentadoria retroagir a essa data.
SEÇÃO IV
Do cálculo dos proventos de aposentadoria e dos reajustes
Art. 12. Para cálculo dos proventos das aposentadorias previstas neste Capítulo (Seções I, II,
e III e respectivas subseções) será considerada a média aritmética simples das remunerações
adotadas como base para as contribuições aos regimes de previdência, inclusive o militar, a
que o servidor esteve vinculado, correspondentes a 100% (cem por cento) do período
contributivo, desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se
posterior àquela competência, em simetria ao disposto no artigo 26, caput, da EC nº 103/2019.
§ 3º No caso das aposentadorias previstas nos artigos 2º, 3º e 4º desta Lei Complementar, o
valor dos proventos de aposentadoria corresponderá a 60% (sessenta por cento) da média
aritmética definida na forma prevista no “caput” e no § 1º, com acréscimo de 2 (dois) pontos
percentuais para cada ano que exceder o tempo de 20 (vinte) anos de contribuição, em
simetria ao disposto no artigo 26, § 2º, inciso II, da EC nº 103/2019.
I – no caso do art. 5º, caput, e seus incisos, desta Lei Complementar, os proventos
corresponderão a 100% (cem por cento) da média prevista no caput e § 1º deste artigo;
Parágrafo único. Para o servidor que ingressou no serviço público, em cargo efetivo,
cumulativamente após a implantação do regime de previdência complementar e a entrada em
vigor da presente Lei complementar ou daquele que optar por esse regime, na forma do § 16
do art. 40 da Constituição Federal, o resultado apurado será limitado ao valor máximo do
salário de contribuição do Regime Geral de Previdência Social, nos termos do artigo 26, § 1º,
da EC nº 103/2019.
§ 1º Será concedida aposentadoria por invalidez nos termos do art. 15 da Lei Complementar
nº 10, de 2005, desde que o laudo da perícia médica atestando a invalidez tenha sido expedido
até a data de entrada em vigor desta Lei Complementar, observada, como data inicial dos
proventos de aposentadoria a data de sua concessão.
§ 4º Para os reajustes das aposentadorias previstas neste artigo será observado o critério da
paridade, previsto no art. 7º da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003,
ou do reajuste nos termos da lei municipal, conforme o fundamento do benefício da
aposentadoria.
§ 5º O servidor com direito adquirido a uma regra de aposentadoria poderá optar pelas demais
hipóteses de aposentadoria previstas nesta Lei Complementar, desde que nelas se enquadre
e que lhe sejam mais vantajosas.
CAPÍTULO IV
DAS REGRAS DE TRANSIÇÃO PARA AS APOSENTADORIAS
SEÇÃO I
Dos requisitos para a aposentadoria – regra do somatório
Art. 16 - O servidor que tenha ingressado no serviço público, com vinculação ao Regime
Próprio de Previdência Social, em cargo efetivo, após a data de entrada em vigor desta Lei
Complementar, poderá aposentar-se voluntariamente quando preencher, cumulativamente, os
seguintes requisitos, em simetria ao disposto no artigo 4º da EC nº 103/2019:
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2024, a idade mínima a que se refere o inciso I deste artigo
será elevada para 57 (cinquenta e sete) anos de idade, se mulher, e 62 (sessenta e dois) anos
de idade, se homem.
SEÇÃO II
Dos requisitos para aposentadoria – regra do período adicional
Art. 17. O servidor que tenha ingressado no serviço público, com vinculação ao Regime
Próprio de Previdência Social, em cargo efetivo, após a data de entrada em vigor desta Lei
Complementar, poderá aposentar-se voluntariamente quando preencher, cumulativamente, os
seguintes requisitos, em simetria ao disposto no artigo 20 da EC nº 103/2019
SEÇÃO III
Da aposentadoria dos titulares de cargo efetivo de professor – regra do somatório
Art. 18. Para o titular do cargo de professor que tenha ingressado no serviço público,
vinculado ao Regime Próprio de Previdência Social, em cargo efetivo após a data de entrada
em vigor desta Lei Complementar, e comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, poderá
aposentar-se voluntariamente quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos,
em simetria ao disposto no artigo 4º, §§ 4º e 5º, da EC nº 103/2019:
§ 1º A idade mínima a que se refere o inciso I do caput será de 52 (cinquenta e dois) anos
de idade, se mulher, e 57 (cinquenta e sete) anos de idade, se homem, a partir de janeiro de
2024.
SEÇÃO IV
Da aposentadoria dos titulares de cargo efetivo de professor – regra do período
adicional
Art. 19. Para o titular do cargo de professor que tenha ingressado no serviço público,
vinculado ao Regime Próprio de Previdência Social, em cargo efetivo, após a data de entrada
em vigor desta Lei Complementar, e comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, poderá
aposentar-se voluntariamente quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos,
em simetria com o disposto no artigo 20, § 1º, da EC nº 103/2019:
SEÇÃO V
Do cálculo de proventos
Art. 20. Os proventos das aposentadorias concedidas nos termos dos artigos 16 e 18 desta
Lei Complementar corresponderão, em simetria com o disposto no artigo 4º, § 6º, inciso I, da
EC nº 103/2019:
§ 2º Considera-se remuneração do servidor público no cargo efetivo, para fins de cálculo dos
proventos de aposentadoria de que trata o inciso I, do caput deste artigo, o valor constituído
pelo subsídio, pelo vencimento e pelas vantagens pecuniárias permanentes do cargo,
acrescidos dos adicionais de caráter individual e das vantagens pessoais permanentes.
§ 4º Os proventos das aposentadorias concedidas nos termos do disposto neste artigo não
poderão ser inferiores ao valor a que se refere o § 2º do art. 201 da Constituição Federal.
Art. 21. Os proventos dos servidores que se aposentarem na conformidade dos artigos 17 e
19 desta Lei Complementar, corresponderão, em simetria com o disposto no artigo 20, § 2º,
da EC nº 103/2019:
§ 2º Os proventos das aposentadorias concedidas nos termos do disposto neste artigo não
serão inferiores ao valor a que se refere o § 2º do art. 201 da Constituição Federal.
§ 4º Aos proventos de aposentadoria de que trata o inciso I do caput deste artigo, aplicam-
se as disposições contidas nos § 2º, 3º e 4º do art. 20 desta Lei Complementar.
SEÇÃO VI
Dos reajustes das aposentadorias
II – pelo reajuste anual, nos termos da lei municipal, no caso de proventos de aposentadoria
obtidos na conformidade do disposto no art. 20, inciso II, desta Lei Complementar.
SEÇÃO VII
Das aposentadorias dos servidores em atividades especiais
Art. 24. O servidor que tenha ingressado no serviço público, com vinculação ao Regime
Próprio de Previdência Social, em cargo efetivo, após a data de entrada em vigor desta Lei
Complementar, cujas atividades tenham sido exercidas com efetiva exposição a agentes
nocivos químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes,
poderá aposentar-se desde que observados, cumulativamente, os seguintes requisitos, em
simetria ao disposto no artigo 21 da EC nº 103/2019:
§ 4º Os proventos de aposentadoria de que trata o caput deste artigo serão reajustados para
preservar-lhes, em caráter permanente o valor real, na mesma data e mesmos índices em que
se der o reajuste dos benefícios do RGPS.
§ 6º Aplica-se o disposto nos §§ 1º, 2º, 3º e 4º, todos do art. 3º desta Lei Complementar.
SEÇÃO VIII
Das aposentadorias de servidores com deficiência
Art. 25. O servidor que tenha ingressado no serviço público, com vinculação ao Regime
Próprio de Previdência Social, em cargo efetivo, com deficiência, após a data da entrada em
vigor desta Lei Complementar, poderá aposentar-se observadas às disposições estabelecidas
no art. 5º desta Lei Complementar.
Parágrafo Único. Para o cálculo dos proventos e os reajustes, deverá ser observado o §7º,
incisos I e II do art. 12, e o art. 13 desta Lei Complementar.
CAPÍTULO V
DA PENSÃO POR MORTE
SEÇÃO I
Dos Dependentes e da Habilitação
Art. 26. São dependentes do servidor vinculado ao Regime Próprio de Previdência Social, para
fins de recebimento da pensão por morte:
II - os filhos:
3. a invalidez ou deficiência tenha sido comprovada por meio de exame médico pericial a cargo
da perícia médica do APARECIDAPREV; e
I - os enteados do segurado que estiverem com ele residindo, sob sua dependência econômica
e sustento alimentar, observado o disposto no art. 28 desta Lei Complementar;
II - os menores de 18 (dezoito) anos de idade que, por determinação judicial, estiverem sob
tutela do segurado e sob sua dependência, observado o disposto no art. 28 desta Lei
Complementar.
II - na inexistência também dos pais, o irmão (ã) não emancipado (a), de qualquer condição,
menor de 18 (dezoito) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave, que o torne absolutamente incapaz, assim declarado judicialmente, desde
que a invalidez ou incapacidade tenham ocorrido na menoridade e antes do falecimento do
segurado, observadas, ainda, as condições previstas no art. 28 desta Lei Complementar.
Art. 28. A dependência econômica dos beneficiários indicados no inciso I e II do caput do art.
26 desta Lei Complementar é presumida, salvo prova em contrário, e a dos demais deverá ser
permanentemente comprovada na forma desta Lei, inclusive adotados os procedimentos de
pesquisa social e outros que se fizerem necessários para comprovação da referida dependência
econômica.
Art. 29. Para efeito do disposto no inciso I do caput do art. 26 desta Lei Complementar, é
reconhecida a união estável verificada quando as pessoas forem solteiras, separadas
judicialmente, divorciadas ou viúvas, ante a coabitação em regime marital, mediante residência
sob o mesmo teto por prazo não inferior a 02 (dois) anos, prazo esse dispensado, quando
houver prole comum, enquanto não se separarem.
§ 1º Considera-se companheiro ou companheira a pessoa que, sem ser casada, mantém união
estável com o segurado na forma da lei civil, e observado o disposto no caput, incluídas as
uniões homoafetivas.
III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu
dependente;
IV - disposições testamentárias;
XII - apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa
interessada como sua beneficiária;
§ 6º Em caso de dúvida fundada da Administração, poderão ser exigidas outras provas, para
comprovação do vínculo de união estável ou da relação de dependência econômica, desde que
existente início de prova documental.
Art. 30. Se comprovado que recebia pensão alimentícia judicialmente fixada para sua
subsistência, o beneficiário concorrerá com os demais dependentes referidos no inciso I e II
do caput do art. 26 desta Lei Complementar.
Art. 31. A condição legal de dependente será verificada na data do óbito do segurado,
observados os critérios de comprovação de dependência, inclusive econômica, fixados nesta
Lei Complementar.
Art. 32. Observado o disposto nos artigos 34 e 35 desta Lei Complementar, será concedida
pensão provisória por morte presumida do segurado nos seguintes casos: (art. 112 do Decreto
nº 3.048/1999)
Art. 33. A pensão por morte será devida aos dependentes a partir:
§ 1º A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro
possível dependente e a habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de
dependente só produzirá efeito a partir da data da publicação do ato de concessão da pensão
ao dependente habilitado. (art. 76, da Lei Federal nº 8.213/1991).
§ 2º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, esse poderá
requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para
fins de rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota
até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em
contrário. (art. 74, § 3º, da Lei Federal nº 8.213/1991)
§ 3º Nas ações em que for parte o APARECIDAPREV, este poderá proceder de ofício à
habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de rateio, descontando-se os
valores referentes a essa habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da respectiva
cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial
em contrário. (art. 74, § 4º, da Lei Federal nº 8.213/1991)
§ 6º. O fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente deve ser
comunicado ao APARECIDAPREV, com as provas cabíveis.
SEÇÃO II
Da Duração e da Extinção da Pensão
I - pelo falecimento;
II - pelo novo casamento ou nova constituição de união estável desde que, resulte em melhoria
na situação econômico-financeira do beneficiário;
III - pela separação de fato ou judicial ou ainda por divórcio, enquanto não lhe for assegurada
a pensão alimentícia atribuída judicialmente;
IV – pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for
garantida a prestação de alimentos;
V - pela anulação judicial do casamento ou união estável;
VI - para o filho ou a pessoa a ele equiparada, ao completar 18 (dezoito) anos de idade, salvo
se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, verificada na
forma desta Lei Complementar;
XI - pela condenação criminal por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou
partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do
instituidor;
§ 3º Ocorrendo o óbito do segurado cujos direitos estiverem suspensos, a pensão devida aos
seus dependentes será deferida, desde que requerida na forma e nos prazos estabelecidos
nesta Lei Complementar, após o recolhimento das contribuições em atraso, acrescidas dos
encargos legais previstos em lei.
§ 4º O pensionista que perder a qualidade de beneficiário, em decorrência de qualquer
hipótese prevista nos incisos do caput do art. 34, não a restabelecerá.
I - por 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o servidor tenha vertido 18 (dezoito)
contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos
de 2 (dois) anos antes do óbito;
Art. 36. A pensão por morte concedida a dependente do servidor será equivalente a uma cota
familiar de 50% (cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida pelo servidor ou
daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito,
acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100%
(cem por cento), em simetria ao disposto no artigo 23 da EC nº 103/2019.
§ 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis
aos demais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento) da pensão por morte,
quando o número de dependentes remanescentes for igual ou superior a cinco.
I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo servidor ou daquela a que teria
direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite
máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social; e
II - a uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) acrescida de cotas de 10 (dez) pontos
percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento), para o valor que supere
o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
§ 3º Quando não houver mais dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou
grave, o valor da pensão será recalculado na forma do disposto no caput e no § 1º.
§ 4º Para fins de fixação do valor da pensão por morte, o cálculo da aposentadoria por
incapacidade permanente de que trata o caput deste artigo obedecerá ao disposto no artigo
12, § 5º, desta Lei Complementar.
Art. 37. A pensão por morte devida no mês de dezembro de cada ano será sempre acrescida
do 13º (décimo terceiro) pagamento, devendo ser calculada de forma proporcional no primeiro
ano do recebimento do benefício.
Art. 38. O benefício de pensão será reajustado para preservar-lhe, em caráter permanente o
valor real, na mesma data em que se der o reajuste dos benefícios do RGPS e nos termos
estabelecidos em Lei Municipal.
SEÇÃO IV
Do controle dos pensionistas, da prescrição e das eventuais alterações nas regras
da concessão da pensão por morte
III - declaração, sob as penas da lei, de que mantêm a mesma situação civil ou não mantêm
união estável, ou não acumulam indevidamente benefícios previdenciários em outros órgãos
ou entes.
§ 1º Não sendo cumpridas as exigências a que se refere este artigo, o pagamento do benefício
será suspenso até sua efetiva regularização.
Art. 40. O pagamento da pensão por morte será feito, na forma do disposto no art. 33 desta
Lei Complementar, observado ainda o prazo prescricional de que trata o art. 58 da Lei
Complementar nº 10, de 2005.
SEÇÃO V
Do direito adquirido às pensões por morte e das pensões de segurados optantes
da previdência complementar
Art. 41. A concessão de pensão deixada pelo servidor ou pelo aposentado falecido até a data
de entrada em vigor desta Lei Complementar, observará a legislação vigente na data da morte,
inclusive para efeito de cálculo do benefício.
Parágrafo único. Com relação aos reajustes posteriores a serem concedidos ao benefício,
será observado o disposto no artigo 38 desta Lei Complementar.
Art. 42. Para o servidor que tenha optado pela previdência complementar, na forma do § 16
do art. 40 da Constituição Federal, ou o aposentado que está submetido a esse regime, a
fixação do valor da pensão e os reajustes deverão observar os critérios estabelecidos para os
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
SEÇÃO VI
Da Acumulação de Benefícios Previdenciários
Art. 44 - É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge,
companheiro ou companheira, no âmbito deste regime de previdência social, ressalvadas as
pensões do mesmo instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do
artigo 37 da Constituição Federal, em simetria ao disposto no artigo 24 da EC nº 103/2019:
§ 2º. Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do valor
integral do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios,
apurada cumulativamente de acordo com as seguintes faixas:
I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2
(dois) salários-mínimos;
II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários- mínimos, até o limite de
3 (três) salários mínimos;
III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4
(quatro) salários-mínimos; e
IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos.
§ 4º. As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se a acumulação aos benefícios
houver sido adquirida antes da data de entrada em vigor desta Lei Complementar.
§ 6º. As regras sobre acumulações previstas neste artigo poderão ser alteradas na forma do
§ 6º do art. 40 da Constituição Federal.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 45. Não será deferida revisão de benefício de aposentadoria ou pensão em fruição,
concedida com fundamento em outras regras.
Art. 46. As aposentadorias e pensões dos servidores de que tratam esta Lei Complementar
observarão adicionalmente as condições e os requisitos estabelecidos para os segurados do
Regime Geral de Previdência Social, naquilo em que não conflitarem com as regras específicas
aplicáveis ao regime próprio de previdência municipal.
Art. 47. Ato normativo da entidade gestora do RPPS, expedirá instruções sobre os
procedimentos necessários à concessão de benefícios previdenciários.
Art. 49. Altera a Lei Complementar Municipal nº 010, de 20 de Junho de 2005, passando a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 9º (...)
(....)
(...)
I - quanto ao segurado:
b) aposentadoria compulsória;
c) aposentadoria voluntária;
II - quanto ao dependente:
Art. 16 – (revogado)
.…
....
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de
exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou
licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença
de segregação compulsória;
§ 2º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante
a Previdência Social.
(...)
Art. 65-B. A concessão das prestações pecuniárias depende dos seguintes períodos de
carência:
Art. 65 (...)
§ 1º (revogado)
(...)
§ 5º (revogado)
....
Art. 69 (revogado)
...
Art. 70 (revogado)
...
Art.71 (revogado)
....
Art. 72 (revogado)
....
Art. 74 (revogado)
....
Art. 75 (revogado)
...
Art. 76 (revogado)
...
III - o regime próprio de previdência social poderá constituir reserva com as sobras do
custeio das despesas do exercício, cujos valores serão utilizados para fins a que se
destina a taxa de administração.
Art. 83 (...)
I – (...)
....
VI – os membros do conselho municipal de previdência deverão comprovar no mínimo
os seguintes requisitos:
a) Não ter sofrido condenação criminal ou incidido em alguma das demais situações de
inexigibilidade previstas no inciso I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de
18 de maio de 1990, observados os critérios e prazos previstos na referida Lei
Complementar;
...
§2º - Os membros dos Conselhos vinculados ao APARECIDAPREV e Comitê de
Investimento não serão remunerados, porém, cada um deles fará jus a jetons, em
caráter indenizatório, nos valores e limites constantes no art. 79, da Lei 1.353/94.
....
§ 8º (revogado)
...
....
§ 2º (revogado)
§ 3º (revogado)
§ 4º (revogado)
....
.…
Art. 87 (...)
....
....
Art. 88 – O APRECIDAPREV, terá como órgão responsável para examinar suas contas
um Conselho Fiscal, composto por 03 (três) membros, que serão nomeados por meio
de decreto, e seus suplentes, escolhidos dentre os servidores efetivos e segurados, para
mandato de 04 anos, permitida a recondução por até 3 (três) vezes.
...
Art. 50. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, ficando:
I - referendadas as revogações previstas na alínea "a" do inciso I e nos incisos III e IV do art.
35 da EC nº 103/2019;