Pos Operatorio
Pos Operatorio
Pos Operatorio
CIRURGIA PLÁSTICA
@ANGELAPFISIO
O esteticista está capacitado para trabalhar através de sua
formação com recursos que visam reduzir e minimizar
cicatrizes inestéticas, acelerar o processo inflamatório no pós-
operatório para uma recuperação mais rápida, reduzir edemas,
melhorando o fluxo linfático e sanguíneos através de estímulos
e tratamentos estéticos no local, acelerando a reparação da
lesão.
Para um tratamento de pós-operatório adequado para cada
caso deve ser realizada uma anamnese visando reconhecer as
particularidades de cada paciente, cirurgião e da técnica
cirúrgica executada.
Orientações:
Posicionamento;
Movimentos permitidos;
Higienização (facial e corporal);
Curativos;
Proteção solar (hemossiderina)
Fases do processo cicatricial
FASE PROLIFERATIVA
Reparação e substituição do tecido novos e permanentes.
Formação de tecido fibroso.
Desde o 3º até o 10º dia.
Sintomas: edema, dor e dormência, equimose, hematoma
DLM;
Ultra som: modo contínuo;
Endermologia/Vacuoterapia/Dermotonia/Eletrosucção;
Radiofrequência.
Complicações mais frequentes
• Edema • Fibrose
• Equimose • Alergias
• Hematoma • Estenose
• Inflamação • Deiscência
• Infecção • Cicatriz ( Hipertrófica/ queloide)
• Seroma • Aderência
• Necrose • Retração
Edema
• Acúmulo de líquidos, localizado preferencialmente nos
tecidos conjuntivos intersticiais subcutâneos
Terapia de compressão
Edema: DLM
A DLM esta representada principalmente pelas técnicas de Vodder e Leduc. A diferença entre elas
está no tipo de movimento. Vodder utiliza movimentos circulares, rotatórios e de bombeio, já
Leduc propõem movimentos mais restritos.
Ambas as técnicas associam três categorias de manobras: captação, reabsorção e evacuação da
linfa. Tais manobras são realizadas com pressões suaves, lentas, intermitentes e relaxantes
A DLM é de grande importância por estimular a circulação linfática, eliminar toxinas e nutrir
tecidos, melhora a defesa e ação anti-inflamatória fazendo com que o período de recuperação do
pós-operatório seja muito mais rápido, evitando longas limitações
Corrente linfática
Técnicas
Edema: Compressão
O uso da faixa compressiva é um cuidado comum prescrito
pelos médicos após os variados tipos de cirurgia plástica,
como, por exemplo, mamoplastia, abdominoplastia,
lipoaspiração, entre outros.
Conduta:
Recente (punção pelo médico, utilização de drenos)
ou tardio (radiofrequência a baixa temperatura)
Infecção Inflamação
• Causada por microrganismos Resposta de proteção do organismo contra uma agressão, cujo
(tais como vírus, bactérias, fungos, parasitas) objetivo é livrar o organismo do agente agressor e das
que invadem o organismo e se multiplicam. consequências desta agressão. Atua no sentido de destruir,
A invasão pela maioria dos microrganismos começa diluir e bloquear o agente agressor, e também desencadeia
quando eles aderem a células do indivíduo. aumento do fluxo de sangue e demais líquidos corporais
migrados para o local.
Conduta:
• Antibioticoterapia, acompanhamento e
avaliação diária.
Seroma
• É um fenômeno autolimitado, fisiológico e reacional caracterizado por um acúmulo de líquido
constituído de plasma e linfa na área operada após grandes descolamentos teciduais. A causa provável
é a interrupção dos canais linfáticos e vasculares em razão do trauma e a formação de espaço morto
como resultante do grande descolamento tecidual.
• O seroma dura cerca de 2 semanas após a cirurgia, podendo se estender por mais alguns dias,
dependendo do organismo de cada pessoa.
Conduta:
• O processo de restauração se inicia logo após o sangramento causado pela ruptura dos
vasos sanguíneos, onde plaquetas formam um coágulo inicial, que atrai células
inflamatórias e outras substâncias responsáveis pelo processo de reparação tecidual.
• A cicatrização só deve ser estimulada quando há algum déficit no processo, como nos
casos das úlceras ou deiscências.
Taping
Os principais benefícios do taping:
• Recursos terapêuticos que utilizados nos tecidos lesados, melhoram a circulação sanguínea,
além de ajudar no tratamento da fibrose. Porém esses recursos são utilizados só no pós-
operatório tardio.
Fibrose: Radiofrequência
• Trata-se de um tratamento não invasivo que melhora a circulação de nutrientes,
hidratação tecidual, aumento da oxigenação, lipólise e promove a reorganização das
fibras de colágeno. Deve-se salientar que pacientes portadores de marcapasso,
desfibriladores, qualquer implante metálico e neoplasias são contra indicados de
realizar esse tratamento.
A finalidade do uso do ultrassom é proporcionar melhora para circulação sanguínea e para o sistema linfático.
O modo de emissão indicado para o pós operatório na fase de remodelamento é o continuo (térmico), em
3MHZ, numa intensidade abaixo 1,5 a 1,8 W/cm2 e num tempo de 6 minutos.
Tem por intuito desagregar as fibroses persistentes, promovendo a extensibilidade das estruturas colágenas
Deiscência cicatricial
• A deiscência da sutura cirúrgica, é uma complicação grave na qual os bordos da ferida, que estão
unidos por uma sutura, acabam abrindo e se afastando, aumentando o risco de infecção e
dificultando a cicatrização.
• Embora seja relativamente raro, o risco de deiscência é maior durante as primeiras 2 semanas e
após uma cirurgia abdominal, já que o processo de cicatrização ainda se encontra numa fase
inicial.
• Por ser uma complicação grave, sempre que existir suspeita de que a ferida cirúrgica possa estar
aberta é muito importante ir imediatamente ao hospital para que seja avaliada por um médico,
iniciando o tratamento se necessário
Deiscência cicatricial
• Complicação pós-operatória em que ocorre a reabertura da ferida previamente fechada.
Inchaço no local;
Dor intensa;
Saída de pus;
Sensação de calor excessivo na ferida
• Aplicar pressão sobre a ferida: especialmente quando é necessário fazer algum movimento que
cause aumento da pressão no local, como tossir, espirrar, rir ou vomitar, por exemplo;
• Evitar a prisão de ventre: esta é uma dica muito importante no pós-operatório de cirurgias
abdominais, já que o acúmulo de fezes aumenta a pressão na barriga, afetando a ferida. Assim,
deve-se beber pelo menos 2 litros de água por dia e comer alimentos ricos em fibras, como frutas
e legumes;
• Evitar fazer esforços: principalmente durante as primeiras 2 semanas, ou de acordo com as
indicações do médico;
• Evitar molhar o local da ferida durante as primeiras 2 semanas: aumenta o risco de infecções
que acabam fragilizando a pele.
Presença de fibrose;
Deformidades inestéticas
Queloide
• As cicatrizes queloidianas ocorrem pela hiperproliferação de fibroblastos, com consequente acúmulo de
matriz extracelular e, especialmente, pela excessiva formação de colágeno, que pode se originar após um
trauma ou outras lesões da pele, como lesões puntiformes (picadas de agulhas ou insetos).
• O balanço entre a formação e a degradação do colágeno é essencial ao processo de reparação normal, sendo
o queloide resultado da deposição excessiva de colágeno na matriz extracelular durante o processo de
cicatrização.
• Em razão das alterações na liberação da enzima colagenase (uma metaloproteinase que, em condições
fisiológicas, tem a função de degradar os depósitos excessivos de colágeno, diminuindo ou limitando a
formação de cicatrizes inestéticas), o indíviduo com predisposição queloideana não libera essa enzima de
forma eficiente para que a manutenção e regressão da cicatriz aconteça.
Queloide
• O queloide é uma lesão elevada, brilhante, pruriginosa ou dolorosa, que ultrapassa os limites da
ferida original, ou seja, invade a pele normal adjacente. Apresenta crescimento ao longo do tempo e
não regride espontaneamente. Comumente evolui com recorrência após correção.
• A localização básica das alterações do queloide é a derme profunda (reticular), o que a torna
intensamente vascularizada, favorecendo o seu crescimento. Nesse local, as fibras colágenas se
arranjam sob a forma de nódulos que aumentam de tamanho e se distribuem de maneira irregular.
• Os locais mais comumente acometidos são a área pré-esternal, o dorso, a região
cervical posterior, a região de deltoide e o pavilhão auricular. Entretanto, são raras as
ocorrências de queloide em pálpebras, pênis, escroto, regiões frontal, palmar e plantar.
A frequência maior encontra-se em pacientes jovens, entre 10 e 30 anos, com risco
maior na segunda década de vida.
• Incidentes como cirurgias, lacerações, tatuagens, queimaduras, injeções, mordidas e vacinas, bem como
dermatoses (foliculite, acne etc.), reações contra corpos estranhos (como perfuração por vidros
quebrados, farpas, entre outros objetos que invadem a pele), alergias ou qualquer outra condição que
promova a descontinuidade do tecido podem causar queloide.
• O aparecimento da cicatriz queloidiana pode ocorrer em qualquer grupo étnico; a maior prevalência,
porém, está em africanos, asiáticos e indivíduos de pele escura em geral. Não há relatos de queloides em
albinos. Essa incidência em indivíduos de pele mais escura pode ser em razão das alterações no
metabolismo do hormônio melanoestimulante (MSH). Também é importante citar a suscetibilidade
regional dos queloides.
Hipertrófica
CICATRIZ HIPERTRÓFICA
A cicatriz hipertrófica é definida como uma lesão elevada, que não ultrapassa os limites da ferida
inicial, ou seja, respeita a extensão original da lesão e apresenta tendência à regressão. É uma
resposta exacerbada do tecido conjuntivo cutâneo a ferimentos, intervenções cirúrgicas, queimaduras
ou quadros inflamatórios.
Com frequência tendem à regressão espontânea, vários meses após o trauma inicial; contudo, mesmo
regredindo, ainda têm aspecto exacerbado em relação à cicatriz normal
FIM!!