Pos Operatorio

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PÓS- OPERATÓRIO DE

CIRURGIA PLÁSTICA

@ANGELAPFISIO
O esteticista está capacitado para trabalhar através de sua
formação com recursos que visam reduzir e minimizar
cicatrizes inestéticas, acelerar o processo inflamatório no pós-
operatório para uma recuperação mais rápida, reduzir edemas,
melhorando o fluxo linfático e sanguíneos através de estímulos
e tratamentos estéticos no local, acelerando a reparação da
lesão.
Para um tratamento de pós-operatório adequado para cada
caso deve ser realizada uma anamnese visando reconhecer as
particularidades de cada paciente, cirurgião e da técnica
cirúrgica executada.

Nesse contexto devem ser avaliados quais os tecidos


envolvidos e profundidade atingida, o motivo pelo qual o
paciente buscou a cirurgia, estágio da cicatrização, o tipo de
tratamento que ira ser aplicado, bem como sua duração e
frequência de realização, avaliando possíveis riscos e
individualidades do paciente par obter bons resultados.
AVALIAÇÃO
• Após a realização de um procedimento cirúrgico muitas são as variáveis que devem ser avaliadas e
trabalhadas pelo profissional esteticista, entre elas podemos citar:
• Irregularidades cutâneas: São depressões e ondulações na área da cirurgia onde a derme é menos
espessa;
• Fibrose: Formação anormal de tecido fibroso;
• Aderências: O colágeno e elastina aderem às estruturas próximas dificultando fluxo sanguíneo e
linfático;
• Equimoses e hematomas: Pele coloração arroxeada por rompimento de capilares sanguíneos na
equimose, e acúmulo de sangue em órgão ou tecido em caso de hematomas;
• Edema: Excesso de líquido intersticial que retarda a cicatrização;
AVALIAÇÃO
• Necrose tecidual: Morte tecidual com necessidade de avaliação médica;
• Hipoestesia: Diminuição da capacidade da sensibilidade tátil;
• Cicatriz: Processo de reparo tecidual de forma fisiológica, onde o tecido que foi
lesionado na cirurgia é substituído por tecido conjuntivo neoformado.
• Anamnese;
• EVA;
• Sinais Flogísticos (Sinais vermelho)
Processo de reparo tecidual
Fases do processo cicatricial
FASE INFLAMATÓRIA

Caracterizada como uma reação do organismo na tentativa de reparo


da lesão causada.
Desde o término da cirurgia até 48 a 72h.
Sinais: hiperemia, calor, edema, dor, diminuição da sensibilidade

Orientações:
Posicionamento;
Movimentos permitidos;
Higienização (facial e corporal);
Curativos;
Proteção solar (hemossiderina)
Fases do processo cicatricial
FASE PROLIFERATIVA
Reparação e substituição do tecido novos e permanentes.
Formação de tecido fibroso.
Desde o 3º até o 10º dia.
Sintomas: edema, dor e dormência, equimose, hematoma

DLM: lenta; pressão suave; ritmo cadenciado;


Ultra som: baixa intensidade; modo pulsado;
Radiofrequência: baixa temperatura.
Fases do processo cicatricial
FASE DE REMODELAGEM
Transformação da matriz extracelular.
Desde 11º ao 40º dia.

DLM;
Ultra som: modo contínuo;
Endermologia/Vacuoterapia/Dermotonia/Eletrosucção;
Radiofrequência.
Complicações mais frequentes

• Edema • Fibrose
• Equimose • Alergias
• Hematoma • Estenose
• Inflamação • Deiscência
• Infecção • Cicatriz ( Hipertrófica/ queloide)
• Seroma • Aderência
• Necrose • Retração
Edema
• Acúmulo de líquidos, localizado preferencialmente nos
tecidos conjuntivos intersticiais subcutâneos

• Tal edema modifica os contornos do corpo, apresentando


uma elevação túrgida do tecido.

• Os edemas acontecem devido ao procedimento, que causa


uma espécie de trauma nos tecidos em que foi realizado.
Diante deste cenário, começa a se formar um processo
inflamatório, que ocasiona o inchaço
Edema
Conduta:

Drenagem linfática manual;

Terapia de compressão
Edema: DLM
A DLM esta representada principalmente pelas técnicas de Vodder e Leduc. A diferença entre elas
está no tipo de movimento. Vodder utiliza movimentos circulares, rotatórios e de bombeio, já
Leduc propõem movimentos mais restritos.
Ambas as técnicas associam três categorias de manobras: captação, reabsorção e evacuação da
linfa. Tais manobras são realizadas com pressões suaves, lentas, intermitentes e relaxantes

A DLM é um método que mobiliza a linfa, retirando o acúmulo de líquidos de determinadas


regiões corporais que resultam na melhor oxigenação local e de sua circulação, acelerando o
processo de cicatrização, aumentando a capacidade de absorção de hematomas e equimoses e
melhorando no retorno da sensibilidade.

A DLM é de grande importância por estimular a circulação linfática, eliminar toxinas e nutrir
tecidos, melhora a defesa e ação anti-inflamatória fazendo com que o período de recuperação do
pós-operatório seja muito mais rápido, evitando longas limitações
Corrente linfática

Técnicas
Edema: Compressão
O uso da faixa compressiva é um cuidado comum prescrito
pelos médicos após os variados tipos de cirurgia plástica,
como, por exemplo, mamoplastia, abdominoplastia,
lipoaspiração, entre outros.

Ela é responsável por auxiliar na cicatrização, deixando o


paciente mais confortável, afinal, seu uso influencia muito no
resultado final. Portanto, a faixa compressiva é indispensável
para o pós-operatório!
Edema: Compressão
Ela exerce um tipo de drenagem linfática natural que comprime o espaço
intercelular e, com isso, ajuda na eliminação do líquido presente no sistema
linfático e no plasma sanguíneo.

Deste modo, a faixa ajuda a diminuir o inchaço e os edemas comuns que


ocorrem no pós-operatório.

Mas uma das principais funções da faixa cirúrgica é auxiliar na cicatrização.


Como ela ajuda na eliminação do excesso de líquido acumulado entre as
células, elas ficam mais próximas, o que contribui para uma cicatrização mais
uniforme.
Edema: Compressão
Benefícios:

Mantém a firmeza do abdômen;

Acelera o processo de cicatrização;

Contém os edemas e a dor;

Evita complicações pós-cirúrgicas


Equimose
O que é equimose na cirurgia?

A equimose consiste no rompimento de pequenos vasinhos sanguíneos da pele


causando um extravasamento de sangue no local e deixando a área de cor roxa.
Em geral, a equimose pode surgir no pós-operatório de cirurgias plásticas devido
ao trauma físico sobre a pele ou quando o procedimento envolve incisões ou
trauma ósseo
Equimose
Conduta:
Um dos procedimentos mais aplicados pelo profissional da
DLM; estética é a drenagem linfática no pós-operatório, com objetivo
Posicionamento; de prevenir e melhorar possíveis consequências do ato
Compressas geladas cirúrgico.

A aplicação da drenagem linfática manual auxilia em


uma recuperação mais rápida, aliviando a pressão gerada pelo
edema, melhora do processo de cicatrização e reparo tecidual,
estimula fibroblastos para fazer mitose de células de colágeno
e elastina, aumento do fluxo sanguíneo, retirar resíduos
metabólicos e melhorar o equilíbrio do manto hidrolipídico.
Equimose: Posicionamento
Os primeiros 7 dias após a abdominoplastia requer repouso, as
pernas precisam ficar dobradas para cima para não tracionar os
pontos da cirurgia.
A paciente deve dormir de barriga para cima, recostada e com
as pernas dobradas. Não se deve dormir de lado ou de barriga
para baixo para não pressionar o abdômen e machucar a região
operada.
Equimose: Compressa gelada
Geralmente, a equimose desaparece espontaneamente, entretanto, se a área
afetada estiver dolorida pode-se utilizar compressas frias ou gelo no local da
lesão nas primeiras 24 a 48 horas.
Hematoma
Trata-se de uma coleção de sangue que, por ser em maior quantidade, em razão do
rompimento de vasos de maior calibre, não consegue espalhar-se pelos tecidos moles,
permanecendo agrupado em algum espaço morto. Em casos de hematomas de grandes
dimensões, a drenagem cirúrgica torna-se obrigatória.

Conduta:
Recente (punção pelo médico, utilização de drenos)
ou tardio (radiofrequência a baixa temperatura)
Infecção Inflamação
• Causada por microrganismos Resposta de proteção do organismo contra uma agressão, cujo
(tais como vírus, bactérias, fungos, parasitas) objetivo é livrar o organismo do agente agressor e das
que invadem o organismo e se multiplicam. consequências desta agressão. Atua no sentido de destruir,
A invasão pela maioria dos microrganismos começa diluir e bloquear o agente agressor, e também desencadeia
quando eles aderem a células do indivíduo. aumento do fluxo de sangue e demais líquidos corporais
migrados para o local.

Conduta:

• Antibioticoterapia, acompanhamento e
avaliação diária.
Seroma
• É um fenômeno autolimitado, fisiológico e reacional caracterizado por um acúmulo de líquido
constituído de plasma e linfa na área operada após grandes descolamentos teciduais. A causa provável
é a interrupção dos canais linfáticos e vasculares em razão do trauma e a formação de espaço morto
como resultante do grande descolamento tecidual.
• O seroma dura cerca de 2 semanas após a cirurgia, podendo se estender por mais alguns dias,
dependendo do organismo de cada pessoa.

• O seroma é composto por plasma sanguíneo e linfa e fica


próximo a cicatriz. Algumas causas em especial podem
desencadear o seroma, dentre elas estão:
• O não uso ou uso errado da cinta compressiva;
• Predisposição genética
Os sintomas do seroma são:
Inchaço local;
Flutuação no local da cicatriz;
Dor na região da cicatriz;
Pele avermelhada;
Aumento da temperatura ao redor da cicatriz;
Liberação de líquido branco pela cicatriz

Em alguns casos o corpo absorve o excesso de líquido, porém


muitas vezes é preciso tratar o seroma. Caso não seja tratado e
o acúmulo de líquido não seja removido, ele pode endurecer e
formar um seroma encapsulado. Além de tudo isso, o seroma
também pode infeccionar e formar abcessos na cicatriz,
liberando pus.
Seroma
Conduta:

Recente (punção pelo médico, utilização de drenos) ou tardio (radiofrequência a


baixa temperatura)

• O Seroma, geralmente, é tratado através de punção e anti-


inflamatórios. A punção consiste na aspiração do Seroma
com uma seringa e agulha calibrosa para a retirada de todo
o líquido.
Necrose
• É o estado de morte de um tecido ou parte dele em um organismo vivo. A necrose é uma morte
de um grupo de células, ocorrendo a perda da permeabilidade, possui resposta inflamatória,
células ficam tumeficadas
• Necrose indica morte celular ou de tecidos no organismo. Sabe-se que o processo de necrose
envolve também o processo inflamatório no local.
• São as causas de necrose, entre elas, diminuição do aporte de sangue ou falta de oxigenação
com a presença de toxinas e enzimas que levam à morte celular
Necrose
Para isso, o médico precisa separar os tecidos com mais delicadeza, para não prejudicar a circulação.
Existem grupos de risco onde a chance de necrose é maior . O paciente fumante é um exemplo, pois a
nicotina fecha os vasos sanguíneos prejudicando a circulação.
É importante interromper o uso por 30 dias antes da cirurgia e permanecer 30 dias depois para
diminuir a chance de a pele necrosar.

Conduta:

Desbridamento seguido de ressutura ou aguardar


cicatrização espontânea.
Fibrose
A fibrose é resultado de uma reação inflamatória na formação de uma cicatriz interna. As
células lesionadas provocam excesso de proteínas e os fibroblastos passam a produzir
colágeno em excesso, tornando a região volumosa, sem elasticidade e sensibilidade. A pele
parece repuxar, havendo uma sensação de desconforto e endurecimento.

• O processo de restauração se inicia logo após o sangramento causado pela ruptura dos
vasos sanguíneos, onde plaquetas formam um coágulo inicial, que atrai células
inflamatórias e outras substâncias responsáveis pelo processo de reparação tecidual.

• Assim, pode-se estabelecer que a intervenção cirúrgica lesiona as células, estimulando


uma resposta fisiológica de reação inflamatória. As células lesionadas são substituídas por
tecido cicatricial, composto fundamentalmente por fibras de colágeno.
Conduta: Fibrose: Terapia manual
Manipulação; A terapia manual, que atuará modificando a estrutura do
Radiofrequência/ Ultrassom. colágeno cicatricial, afetando diretamente a orientação e o
metabolismo da matriz extracelular (nome dado à região nos
nossos tecidos composta por várias estruturas, entre elas, o
colágeno).

As fibras colágenas se tornam orientadas rapidamente após


aplicação da tensão mecânica, esse é o princípio básico de
ação das terapias manuais.

Com a evolução do processo de reparo, tecido cicatricial se


encurtará e limitará a amplitude de movimento e a sua função,
a menos que se interfira nesse processo
Fibrose: Terapia manual
O tratamento efetivo se dá quando possibilitamos a reorganização desse colágeno, sem
causar um novo trauma (pois isso faz com que as células produzam mais colágeno,
piorando o quadro) e sem estimular a síntese de mais colágeno com equipamentos
utilizados para estimular a cicatrização, pois no ambiente metabólico onde há tecido
cicatricial, as respostas normais estão alteradas, a síntese de colágeno acontecerá de
forma exagerada e o colágeno depositado será o cicatricial, não o colágeno normal.

• A cicatrização só deve ser estimulada quando há algum déficit no processo, como nos
casos das úlceras ou deiscências.
Taping
Os principais benefícios do taping:

Além de preservar a mobilidade do corpo e reduzir as complicações do pós-operatório, a aplicação


do taping ainda oferece uma série de benefícios para os pacientes, como mais conforto e redução de dor
durante a recuperação da cirurgia.
A utilização do taping também auxilia a controlar e a diminuir o edema (inchaço) e a evitar a equimose (o
roxo que surge na pele após uma cirurgia). Outro benefício da aplicação do taping é a diminuição do
número de sessões de fisioterapia pós-operatória, além da diminuição do aparecimento de fibrose (cicatriz
que se forma internamente após uma cirurgia).
Fibrose: Radiofrequência/ US.
• Radiofrequência e ultrassom

• Recursos terapêuticos que utilizados nos tecidos lesados, melhoram a circulação sanguínea,
além de ajudar no tratamento da fibrose. Porém esses recursos são utilizados só no pós-
operatório tardio.
Fibrose: Radiofrequência
• Trata-se de um tratamento não invasivo que melhora a circulação de nutrientes,
hidratação tecidual, aumento da oxigenação, lipólise e promove a reorganização das
fibras de colágeno. Deve-se salientar que pacientes portadores de marcapasso,
desfibriladores, qualquer implante metálico e neoplasias são contra indicados de
realizar esse tratamento.

• No pós operatório de lipoaspiração este recurso está ligado ao tratamento das


fibroses no pós operatório tardio, podendo ser aplicada desde que a sensibilidade
térmica do paciente seja perfeitamente mensurável e que o edema não seja
acentuado. A temperatura atingida, medida pelo termômetro, não deve ultrapassar
36ºC para qualquer tipo de fibrose.
• Os efeitos biológicos da radiofrequência constituem no aumento da circulação
arterial, vasodilatação, melhorando assim a oxigenação e a acidez dos tecidos
aumento da drenagem venosa, aumentando a reabsorção de catabólitos e
diminuindo edemas nas áreas com processos inflamatórios aumento da
permeabilidade da membrana celular, permitindo uma melhor transferência de
metabólitos através desta estimulação do sistema imunológico e diminuição dos
radicais livres.
Fibrose: Ultrassom
O ultrassom é definido como: Ondas sonoras longitudinais, não audíveis ao ouvido humano.
Essas ondas ultrassônicas são produzidas a partir da transformação da corrente elétrica
comercial em corrente de alta frequência. Elas podem ser contínuas ou pulsadas. As pulsadas
produzem mais ação mecânica. Já no ultrassom contínuo, prevalece mais o efeito térmico e no
pulsado, o efeito atérmico

A sequência de um protocolo de tratamento pós-operatório adequado para combate a fibrose é


verdadeiramente significante no processo de cicatrização. É cada vez mais utilizada a técnica de
drenagem linfática manual associada a ultrassom, uma vez que o uso combinado das técnicas,
diminui a fibrose ocasionada pela agressão cirúrgica
Fibrose: Ultrassom
A fibrose é geralmente tratada com o ultrassom, equipamento que em contato com a pele transforma energia
mecânica em energia térmica promovendo o reparo e aumentando a elasticidade dos tecidos lesados.
No caso de aderências e fibroses instaladas, o US pode ser utilizado como coadjuvante na diminuição dessas
sequelas e no aumento da elasticidade do tecido conjuntivo

A finalidade do uso do ultrassom é proporcionar melhora para circulação sanguínea e para o sistema linfático.
O modo de emissão indicado para o pós operatório na fase de remodelamento é o continuo (térmico), em
3MHZ, numa intensidade abaixo 1,5 a 1,8 W/cm2 e num tempo de 6 minutos.
Tem por intuito desagregar as fibroses persistentes, promovendo a extensibilidade das estruturas colágenas
Deiscência cicatricial
• A deiscência da sutura cirúrgica, é uma complicação grave na qual os bordos da ferida, que estão
unidos por uma sutura, acabam abrindo e se afastando, aumentando o risco de infecção e
dificultando a cicatrização.

• Embora seja relativamente raro, o risco de deiscência é maior durante as primeiras 2 semanas e
após uma cirurgia abdominal, já que o processo de cicatrização ainda se encontra numa fase
inicial.

• Por ser uma complicação grave, sempre que existir suspeita de que a ferida cirúrgica possa estar
aberta é muito importante ir imediatamente ao hospital para que seja avaliada por um médico,
iniciando o tratamento se necessário
Deiscência cicatricial
• Complicação pós-operatória em que ocorre a reabertura da ferida previamente fechada.

• Essa complicação pode comprometer o resultado estético da futura cicatriz, além do


risco de infecção

• Deiscência é a abertura espontânea dos pontos cirúrgicos ou da cicatriz ao longo de sua


linha de incisão cirúrgica. Pode acontecer por diversos motivos, mas o mais comum
deles é não respeitar as orientações pós-operatórias passadas pelo médico.
• O sinal mais evidente da deiscência é a abertura parcial ou total da ferida cirúrgica, no
entanto, quando a ferida se encontra num local de difícil observação outros sinais que
se deve estar atento, e que sempre devem ser avaliado por um profissional de saúde,
incluem:

Inchaço no local;
Dor intensa;
Saída de pus;
Sensação de calor excessivo na ferida
• Aplicar pressão sobre a ferida: especialmente quando é necessário fazer algum movimento que
cause aumento da pressão no local, como tossir, espirrar, rir ou vomitar, por exemplo;
• Evitar a prisão de ventre: esta é uma dica muito importante no pós-operatório de cirurgias
abdominais, já que o acúmulo de fezes aumenta a pressão na barriga, afetando a ferida. Assim,
deve-se beber pelo menos 2 litros de água por dia e comer alimentos ricos em fibras, como frutas
e legumes;
• Evitar fazer esforços: principalmente durante as primeiras 2 semanas, ou de acordo com as
indicações do médico;
• Evitar molhar o local da ferida durante as primeiras 2 semanas: aumenta o risco de infecções
que acabam fragilizando a pele.

Presença de fibrose;

Diversos planos teciduais;

Deformidades inestéticas
Queloide
• As cicatrizes queloidianas ocorrem pela hiperproliferação de fibroblastos, com consequente acúmulo de
matriz extracelular e, especialmente, pela excessiva formação de colágeno, que pode se originar após um
trauma ou outras lesões da pele, como lesões puntiformes (picadas de agulhas ou insetos).
• O balanço entre a formação e a degradação do colágeno é essencial ao processo de reparação normal, sendo
o queloide resultado da deposição excessiva de colágeno na matriz extracelular durante o processo de
cicatrização.
• Em razão das alterações na liberação da enzima colagenase (uma metaloproteinase que, em condições
fisiológicas, tem a função de degradar os depósitos excessivos de colágeno, diminuindo ou limitando a
formação de cicatrizes inestéticas), o indíviduo com predisposição queloideana não libera essa enzima de
forma eficiente para que a manutenção e regressão da cicatriz aconteça.
Queloide
• O queloide é uma lesão elevada, brilhante, pruriginosa ou dolorosa, que ultrapassa os limites da
ferida original, ou seja, invade a pele normal adjacente. Apresenta crescimento ao longo do tempo e
não regride espontaneamente. Comumente evolui com recorrência após correção.

• A localização básica das alterações do queloide é a derme profunda (reticular), o que a torna
intensamente vascularizada, favorecendo o seu crescimento. Nesse local, as fibras colágenas se
arranjam sob a forma de nódulos que aumentam de tamanho e se distribuem de maneira irregular.
• Os locais mais comumente acometidos são a área pré-esternal, o dorso, a região
cervical posterior, a região de deltoide e o pavilhão auricular. Entretanto, são raras as
ocorrências de queloide em pálpebras, pênis, escroto, regiões frontal, palmar e plantar.
A frequência maior encontra-se em pacientes jovens, entre 10 e 30 anos, com risco
maior na segunda década de vida.
• Incidentes como cirurgias, lacerações, tatuagens, queimaduras, injeções, mordidas e vacinas, bem como
dermatoses (foliculite, acne etc.), reações contra corpos estranhos (como perfuração por vidros
quebrados, farpas, entre outros objetos que invadem a pele), alergias ou qualquer outra condição que
promova a descontinuidade do tecido podem causar queloide.

• O aparecimento da cicatriz queloidiana pode ocorrer em qualquer grupo étnico; a maior prevalência,
porém, está em africanos, asiáticos e indivíduos de pele escura em geral. Não há relatos de queloides em
albinos. Essa incidência em indivíduos de pele mais escura pode ser em razão das alterações no
metabolismo do hormônio melanoestimulante (MSH). Também é importante citar a suscetibilidade
regional dos queloides.
Hipertrófica
CICATRIZ HIPERTRÓFICA

A cicatriz hipertrófica é definida como uma lesão elevada, que não ultrapassa os limites da ferida
inicial, ou seja, respeita a extensão original da lesão e apresenta tendência à regressão. É uma
resposta exacerbada do tecido conjuntivo cutâneo a ferimentos, intervenções cirúrgicas, queimaduras
ou quadros inflamatórios.

As cicatrizes hipertróficas constituem de fenômenos cicatriciais anômalos caracterizados pela


presença de fibroblastos dérmicos com alta taxa de proliferação, causando uma produção aumentada
de todos os componentes da matriz extracelular, principalmente de colágeno, incluindo também as
proteoglicanas.
As manifestações clínicas são importantes para o diagnóstico diferencial de uma cicatriz hipertrófica e de
um queloide, que consistem em cicatrizes elevadas, tensas e confinadas às margens da lesão original, tendo
poucas chances de recidiva após correção, se afastado o fator injuriante (contaminação, tensão na cicatriz,
presença de corpos estranhos ou cicatrização por segunda intenção).

Com frequência tendem à regressão espontânea, vários meses após o trauma inicial; contudo, mesmo
regredindo, ainda têm aspecto exacerbado em relação à cicatriz normal
FIM!!

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