Nota de Aula MTR - 50
Nota de Aula MTR - 50
Nota de Aula MTR - 50
Metralhadora .50 M2
1.
HISTÓRICO
d. Esta arma foi a precursora da Mtr .50 de nossos dias que, apesar de ter
passado algum tempo sem aperfeiçoamento, é largamente empregada no Exército Brasileiro.
2.
APRESENTAÇÃO
b. Decorre daí serem dotadas de reparos terrestres para o tiro terrestre e o tiro
antiaéreo e outros reparos do tipo pedestal para emprego nos diversos tipos de viaturas. É,
ainda, utilizada como armamento de aeronaves.
Fig 1
3.
CARACTERÍSTICAS
a. Aspectos classificatórios
1) Tipo: a Mtr .50 M2, devido ao seu grande peso e volume, exige que
seja transportada por mais de um homem, seja montada ou dividida em fardos, sendo, em
conseqüência, classificada como NÃO PORTÁTIL.
5) Carregamento: RETROCARGA.
b. Dados numéricos
- Metralhadora 38 Kg
- Cano 12 Kg
- Reparo 19 Kg
4) Alcance máximo: o maior alcance que se pode obter com esta arma é
de aproximadamente 6.900 metros.
c. Munição
Car .50 M1
Car .50 Ft
Fig 2
d. Alimentação
e. Acessórios
- caixa M5 para acessórios (caixa de aço, medindo 7" x 7" x 16"), onde estão os
acessórios, as peças sobressalentes e 40 tiros na fita de elos metálicos;
- capa para o cano sobressalente M13 (jogo);
- envelope de lona M1, para sobressalentes; e
- envelope M14 para sobressalentes.
Fig 3
4.
NOMENCLATURA
b. Metralhadora .50 M2
a) Externamente:
Fl 5
- caixa da culatra;
- camisa de
refrigeração;
- cano; e
- bloco de fechamento.
b) Internamente:
-
ferrolho;
-
caixeta; e
-
armação.
Fig 4
- bloco dianteiro;
- tampa da caixa da culatra;
- placa de cobertura;
- placa lateral direita;
- placa lateral esquerda; e
- placa inferior.
- trinco (A);
- rampa abaixadora (B);
- mola abaixadora;
- alavanca do impulsor (C)(talão, corpo, ponta e mergulhador com
mola (D)); e
- impulsor (cursor (E), lingüeta (F), braço (G), eixo (H) e mola (I)).O impulsor tem
por missão arrastar a fita de munição para o interior da mesa de carregamento.
Fig 5
c) PLACA DE COBERTURA
Fl 6
(1) Externamente:
- alavanca de manejo;
- fenda da alavanca de manejo (I);
- orifícios retangulares para o gatilho antiaéreo (J); e
- chaveta do eixo da alavanca do gatilho intermediário (K).
(2) Internamente:
- ressalto de elevação do transportador-ejetor (L); e
- ressalto de rotação do transportador-ejetor (M).
- janela de ejeção; e
- ressalto da tranca com rampa e plataforma (N).
- boca;
- alma (raiada);
- câmara de carregamento;
- entalhes para a mola retém do cano;
- rosca; e
- alça de transporte.
Fl 7
Fig 6
Fig 7
- extrator (A);
- orifício de passagem da ponta do percussor;
- transportador - ejetor (B);
- desvio (C);
- ranhuras-guia do talão da alavanca do impulsor (D);
- alojamento do desvio;
- gatilho intermediário (com entalhes) (E);
- retém do gatilho intermediário (com entalhes) (F);
- batente da mola do percussor (com lâmina e pino) (G);
- percussor (com ponta e extensão) (H);
- mola recuperadora (I);
- haste guia da mola recuperadora (J);
- ressalto de trancamento;
- alojamento da tranca;
- talão (com olhal para a alavanca de manejo e pino);
- alojamento do transportador - ejetor;
Fl 8
- nervuras-guia do ferrolho;
- olhal para o eixo da alavanca de armar;
- alojamento da alavanca de armar;
- alojamento percussor;
- alojamento da mola recuperadora;
- ranhuras-guia do gatilho intermediário;
- alojamento do retém do gatilho intermediário; e
- alavanca de armar (K) e eixo da alavanca de armar (L).
Fig 8
7) Caixeta: é a peça onde se atarraxa o cano, fazendo a ligação deste
com o mecanismo da culatra. É composto das seguintes partes:
Fig 9
Fig 10
Fig 11
1) Usado para o tiro da Mtr .50 M2, quando fora de viaturas. Divide-se,
basicamente, em:
- Tripé; e
- Mecanismo de elevação e direção.
- suporte-pião;
- corpo do tripé;
- perna dianteira com extensão;
- perna direita com extensão;
- perna esquerda com extensão; e
- travessa de pontaria.
Fl 9
- alojamento do suporte-pião;
- trava do suporte-pião;
- encaixe das pernas traseiras com parafusos de fixação;
- encaixe da perna dianteira com discos entalhados; e
- dispositivo de fixação da perna dianteira.
- sapata e garra;
- trava da extensão; e
- retém da extensão.
5. DESMONTAGEM E MONTAGEM
Fig 12 DE 1°
ESCALÃO
Visam evitar acidentes com munição, por descuido deixada na câmara, e são
executados puxando-se o sistema à retaguarda, agindo na alavanca de manejo e na
alavanca de manejo auxiliar. Para esta medida coloca-se os pés no reparo.
4) Inspecionar a câmara
1) Retirada do cano
Puxar a alavanca auxiliar de manejo cerca de 10 mm para trás, até que a orelha
da mola retém do cano apareça por um orifício situado à direita da caixa da culatra. Em
sentido anti-horário desatarraxar o cano e retirá-lo.
Fig 13
Com o polegar, forçar a haste-guia da mola para a esquerda e puxá-la para trás.
Fig 14
Para isso, trazer a alavanca de manejo e seu pino até os cortes em forma de meia
lua, existentes nas fendas, puxando-os para fora da arma.
Fig 15
5) Retirada do ferrolho
Apoiar com uma das mãos a parte posterior do ferrolho e empurrá-lo para trás até
que saia da caixa da culatra.
Inicialmente, forçar para dentro, com um toca pino, a mola retém da armação, no
lado direito da caixa da culatra. Simultaneamente, empurrar para trás o sistema caixeta-
armação, retirando-o do interior da caixa da culatra.
Fig 16
Fig 17
- cano;
- bloco de fechamento;
- mola recuperadora e haste guia da mola recuperadora;
- alavanca de manejo e pino;
- ferrolho;
- caixeta; e
- armação.
a) Com a mão esquerda, segurar a caixeta com a cauda de ligação para trás e a
mola retém do cano para a direita. Com a mão direita, segurar a armação (indicador por
baixo do acelerador) de modo que os abaixadores da tranca fiquem para frente e para cima.
Aproximamos a caixeta da armação tendo o cuidado de:
- colocar os ABAIXADORES DA TRANCA em correspondência com seus
alojamentos;
b) Tomando esses três cuidados, basta empurrar a armação contra a caixeta até
que o acelerador complete o giro para trás e suas garras se prendam na cauda de ligação.
Fig 18
- não levar o FERROLHO completamente à frente, para que este não esbarre no
ACELERADOR.
Fig 19
Com o polegar esquerdo, comprimir para cima o retém do ferrolho a fim de dar
passagem ao mesmo; empurrar o conjunto para dentro da caixa da culatra sem tocar no
amortecedor, isto é, empurrar a armação pela parte posterior, circunvizinha ao amortecedor
até ouvir o estalido característico indicando que a mola retém da armação se prendeu à
parede direita da caixa da culatra.
ATENÇÃO
Segurar o bloco de fechamento pelos punhos, e com a tecla do gatilho para cima,
introduzi-lo em suas corrediças. Puxar para trás o trinco do retém do bloco de fechamento e
para cima o retém do bloco de fechamento, introduzindo o bloco completamente.
7) Colocação do cano
Fl 13
2) Engatilhar a arma
3) Desengatilhar a arma
6.
FUNCIONAMENTO
a. Posição inicial
O estudo do funcionamento da Mtr .50 M2 começa por uma posição inicial definida
por 3 (três) aspectos fundamentais:
- arma trancada;
- um cartucho na câmara; e
- dá-se a percussão.
b. Ciclo de funcionamento
c. Recuo do Sistema
Fl 14
1) Destrancamento
2) Abertura
- câmara; e
- caixeta.
5) Transporte
d. Limite do Recuo
e. Avanço do Sistema
2) Ejeção
3) Apresentação
ATENÇÃO
5) Introdução
6) Trancamento
7) Carregamento
8) Fechamento
9) Desengatilhamento
10) Disparo
11) Percussão
f. Segurança
7. MUDANÇA DO SENTIDO DE
ALIMENTAÇÃO
- na tampa;
- na mesa de carregamento; e
- no ferrolho.
b. Na Tampa
Fl 20
Fig 37
Fl 21
d. No ferrolho
Sendo a peça que imprime movimento ao impulsor, uma vez que o talão
da alavanca do impulsor trabalha na ranhura-guia do ferrolho, basta trocar o sentido desta
ranhura-guia, executando as seguintes operações:
1) retirar o transportador-ejetor;
2) retirar o desvio;
3) recolocar o desvio de modo a abrir caminho para a direita; e
4) recolocar o transportador-ejetor.
8. CALIBRAGEM DE 1º
ESCALÃO
a. Regulagem da folga
4) Regulagem:
2) Ajustagem:
a) regular a folga;
b) abrir a tampa da caixa da culatra;
c) engatilhar a arma e levar o ferrolho à frente;
d) retirar o bloco de fechamento e desatarraxar o parafuso de ajustagem
completamente, até que não faça mais cliques;
e) colocar o bloco de fechamento;
f) introduzir o calibrador pelo lado "FIRE" entre a caixeta e a mesa de
carregamento;
g) pressionar a tecla do gatilho;
h) caso o mesmo não desengatilhe, retirar o calibrador;
i) retirar o bloco de fechamento e atarraxar o parafuso de ajustagem de
um clique. Retornar à operação "e)”;
j) caso desengatilhe, retirar o calibrador e engatilhar a arma;
k) retirar o bloco de fechamento e atarraxar de um clique, tendo o
cuidado de iniciar uma contagem;
l) colocar o bloco de fechamento;
m) introduzir o calibrador pelo lado "NO FIRE" entre a caixeta e a mesa
de carregamento;
n) pressionar a tecla do gatilho;
o) caso não desengatilhe, retornar à operação "k)"; ou
q) caso desengatilhe, ou o parafuso esteja totalmente atarraxado,
retornar a metade dos cliques contados. O tempo ou percussão está ajustado.
a) regular a folga;
b) engatilhar a arma;
c) retrair ligeiramente o ferrolho;
Fig 39 - Ajustagem do tempo
Fl 23
9. INCIDENTE DE
TIRO
b. Ação Imediata
ATENÇÃO
c. Análise do problema
a) Negas
CAUSAS CORREÇÕES
1. incompleto avanço do ferrolho; 1. verificar a montagem da tranca.
2. ponta do percussor gasta, quebrada ou 2. substituir ou desempenar.
empenada;
3. corpo estranho no interior do ferrolho; 3. remover o corpo estranho.
4. alavanca do gatilho intermediário quebrada; 4. substituir.
5. munição velha ou defeituosa; 5. substituir.
6. mola do percussor fraca; 6. substituir.
b) Falha na alimentação
CAUSAS CORREÇÕES
1. retém da fita quebrado; 1. substituir.
2. molas do retém da fita quebradas; 2. substituir.
c) Não engatilhamento
CAUSAS CORREÇÕES
1. dente do gatilho intermediário ou extensão 1. substituir.
do percussor gasto ou quebrado;
2. alavanca de armar com desgaste; 2. substituir.
d) Carregamento incompleto
CAUSAS CORREÇÕES
1. corpo estranho na câmara; 1. remover o corpo estranho.
2. munição amassada; 2. substituir.
Fl 25
2) A substituição
1) Retirada do transportador-ejetor
2) Retirar o desvio
Fig 41
Fig 42
Fig 43
Fl 26
Fig 44
Fig 45
Fl 27
Fig 46
Fig 47
5) Retirar o retém do gatilho intermediário
Fig 48
Fig 50
8) Retirar o amortecedor
Fig 51
9) Retirar a tranca
Fig 49
Usando um toca-pino, empurrar o pino retirando a tranca. Na
montagem, atentar para que a parte duplamente biselada da tranca fique para cima e para
frente.
Fig 52
11.
MANEJO
b. Operações de manejo
ATENÇÃO
6) selecionar a alça; e
7) disparar a arma, pressionando a tecla do gatilho.
12. CONSERVAÇÃO DO
MATERIAL
Fl 29
1) limpar a Mtr e fazer uma revisão nas partes para constatar o bom
estado da arma;
2) os canos ficarão limpos e secos e o seu calibre deve ser previsto para
a realização do tiro. Para esta limpeza, devem ser empregadas varetas de limpeza que
possuam o mesmo calibre do cano. A estopa ou pano a serem empregados devem estar
limpos e secos, e devem ter tamanhos compatíveis com o diâmetro do cano;
4) as demais partes, uma vez limpas, deverão ser lubrificadas com leve
camada de óleo leve para armamento.
2 ) sempre que houver instrução com a Mtr, deverá ser previsto tempo
para que se realize a limpeza e lubrificação da mesma;
e. Cuidados especiais
2) uma vez por semana, pelo menos, as partes móveis devem ser
desmontadas, limpas e lubrificadas novamente. As cabeças dos parafusos e orifícios serão
limpos com uma pequena escova ou uma tala de madeira;