E Book Nossa Senhora Rosa Mistica Compressed 1
E Book Nossa Senhora Rosa Mistica Compressed 1
E Book Nossa Senhora Rosa Mistica Compressed 1
Rosa Mística
ISBN
978-65-86681-06-2
1ª Edição
São Paulo
ACNSF
2022
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Coordenador:
Agostinho da Silva Cidrão
Texto:
Ricardo Campos Mendonça
Projeto artístico:
Ricardo Campos Mendonça
Diagramação:
Henrique de Souza Pereira
Capa:
Nossa Senhora Rosa Mística - Iglesia Sam Pedro Perú de Lima
foto: Gustavo Kralj.
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Nossa Senhora
Gustavo Kralj
Rosa Mística
( Prefácio )
Queridos leitores:
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A mais bela flor da Criação
Bendito o dia que viu Nossa Senhora nascer, benditas
as estrelas que A viram pequenina; bendito o momento em
que veio ao mundo a criatura virginal destinada a ser Mãe
do Salvador!
Assim exclama o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, grande
devoto de Maria, ao considerar o aparecimento de Nossa
Senhora no mundo.
De fato, mil vezes bendito o dia em que Maria surgiu no
jardim da Criação como a mais bela flor saída das mãos do
Criador. Ela é a obra-prima do Altíssimo, a criatura humana
mais perfeita e santa, abaixo do próprio Filho de Deus.
Destinada à Maternidade Divina, Nossa Senhora tinha
de ser a mais formosa das filhas de Adão, inteiramente santa
e livre de qualquer mancha de pecado.
Assim como a rosa é a rainha das flores em beleza e
aroma, assim é Maria, a esplendorosa Rainha de todo o
universo criado, sem rugas nem espinhos, toda feita de suavi-
dade e pureza.
Desde o primeiro instante de seu ser, no ventre materno
de Santa Ana, Deus fez Maria isenta da mácula original e A
cumulou de todos os dons, no mais alto grau de excelência,
para que em tudo fosse a perfeita Mãe d’Ele.
E quando Maria nasceu para o mundo, alegrou-se todo
o universo criado com a sua eleita, a sua soberana, Aquela
que iria gerar para o mundo o nosso Redentor.
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Como conceber tamanha beleza?
Os santos se calaram depois de esgotar todos os
elogios e considerações que podiam ter feito a respeito
de Nossa Senhora.
Cheia de graça
Quando, no dia da Anunciação, Maria recebeu a
visita de São Gabriel, o Anjo saudou-A como sendo “a
cheia de graça”. Como afirma o Beato Pio IX na procla-
mação do Dogma da Imaculada Conceição, Deus enri-
queceu Maria maravilhosamente com todas as graças
do Céu, de maneira que Ela possuísse a plenitude de
inocência e de santidade que, depois do próprio Deus,
não se pode conceber maior.
“Vós sois toda formosa!”, exclama Santo Agosti-
nho diante de Maria Santíssima. E acrescenta: “Sois
toda agradável, toda amável, toda gloriosa. Vós sois sem
mácula nem ruga; estais adornada de toda beleza e enri-
quecida de toda santidade.
“Sois mais santa em vossa carne virginal que todas
as virtudes do Céu. Sobrepujais a todas as mulheres na
formosura de vosso corpo e a todos os espíritos angéli-
cos na excelência de vossa santidade. Vosso rosto é todo
angélico, assim como vossa alma”.
Toda a natureza se apresentou ao Espírito Santo,
diz outro piedoso autor, no momento da concepção
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de Maria, para recolher todas as belezas que estavam
esparsas nas criaturas e uni-las na Rainha do Universo: a
sabedoria se ofereceu para organizar seu corpo; a pureza,
para A revestir de si; a graça para animá-La; a prudência
para Lhe dispor o cérebro; a caridade, para pôr seu trono
no coração; o pudor, para lhe cobrir a fronte;
a doçura, para se colocar em seus lábios;
a modéstia e a virgindade para Lhe
adornar o corpo com uma beleza e
uma santidade sem igual.
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No século V, Nossa Senhora era louvada como a
“Rosa entre os espinhos”, a única que não teve mancha
alguma de pecado, totalmente pura, cujo divino perfume
purifica igualmente a todos que A veneram.
Mais tarde, novamente São Bernardo exaltará Nossa
Senhora, ao lembrar que “Eva era um espinho, ferindo,
trazendo morte a todos; em Maria, porém, vemos uma
rosa, acalmando nossas feridas, devolvendo o destino da
salvação a todos”.
Invocada nas ladainhas e hinos marianos
Ao contemplarmos uma rosa, admiramos o harmo-
nioso conjunto de suas pétalas, sobrepondo-se umas
às outras, envolvendo um perfume que se torna mais
intenso à medida que se encerra no interior da flor. É
um símbolo do modo afável e acolhedor com que Nossa
Senhora nos envolve a cada um de nós, seus filhos, abra-
çando-nos com carinho, nos protegendo a todos sob
seu manto que recende ao suave perfume da santidade
imaculada da Mãe.
E tal qual a rosa desabrocha e cresce nas suas péta-
las abertas, assim a divina proteção da Rosa Mística se
expande sobre nós, ao longo dos séculos da Igreja, sempre
invocada e venerada pelos filhos que d’Ela esperam sua
solicitude e amparo incansáveis.
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A Rosa Mística, oculta aos olhos dos homens,
Francisco Lecaros
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túnica vermelha e com um véu branco cobrindo-lhe a
cabeça. Em seu peito estavam encravadas três espadas e
seu celestial rosto tinha feições muito tristes.
Reconhecendo na visão a Mãe de Deus, a vidente
relata que a Virgem chorava e lhe dizia: “Oração, Peni-
tência e Expiação”.
Numa segunda aparição, Nossa Senhora apresenta-
-se de branco e, em lugar das três espadas, traz no peito
três rosas: uma branca, uma cor-de-rosa e outra dourada.
A Virgem disse a Pierina que o Senhor a enviara espe-
cialmente para ajudar os sacerdotes e as ordens religiosas,
favorecendo o florescimento de vocações.
Nossa Senhora pedia, ainda, que o dia 13 de julho
de cada ano fosse dedicado à “Rosa Mística”.
Nessa aparição, Nossa Senhora explicou também
que as espadas simbolizavam a escassez das vocações reli-
giosas e as deficiências dos que as abraçavam. Quanto
às rosas, a branca simbolizava o espírito de oração; a
vermelha, o espírito de expiação e sacrifício; a dourada,
o espírito de penitência.
Para outros intérpretes, a rosa branca indica-nos
que Maria é a filha puríssima de Deus Pai, é imaculada
e sede de sabedoria.
A rosa vermelha é o símbolo da Mãe do Filho de
Deus, Mãe das Dores e da Misericórdia.
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A Rosa Mística
Francisco Lecaros
A rosa amarela, por sua vez, é o símbolo da Esposa
do Espírito Santo, Rainha do Céu e da Terra e Mãe da
Igreja, que acolhe no seu Coração Imaculado, como em
precioso vaso de cristal, torrentes de luz, de graça e de
amor.
Nas aparições seguintes, Nossa Senhora insiste na
necessidade de uma vida de oração intensa e de se fazer
penitência pelos pecados dos homens que ofendem a
Deus.
Numa sexta aparição, Maria expressou o desejo de
que em Montechiari Ela fosse venerada sob a invocação
de “Rosa Mística”, unida à veneração de seu Coração
Imaculado, especialmente nos conventos e institutos
religiosos.
Ainda uma sétima vez Nossa Senhora apareceu a
Pierina. Sorrindo, Maria disse: “Eu sou a Imaculada
Conceição, sou a Mãe da Graça, Mãe de meu Divino
Filho, Jesus Cristo. Quero que ao meio-dia de cada 8
de dezembro seja celebrada a ‘hora da graça’ por todo
o mundo e prometo que mediante esta devoção serão
alcançadas graças para a alma e para o corpo”.
Depois destes acontecimentos, Pierina passou vários
anos em Bréscia, como ajudante em um convento de
religiosas. Em fevereiro de 1966 começou outro ciclo
de aparições, quando a Virgem anunciou à vidente que
alcançaria graças especiais aos que rezassem a Ela junto
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a uma fonte numa gruta no bairro de Fontanelle, em
Montechiari.
De fato, o local passou a ser frequentado pelos
devotos da Virgem, e ali ocorreram várias curas físicas
e espirituais.
Embora sejam aparições de caráter privado, sem uma
aprovação oficial da Igreja, a Rosa Mística de Montechiari
se tornou conhecida pelo mundo todo, de tal maneira que
fora da Itália existem, além de várias paróquias, 4 santu-
ários associados a essa devoção: no Brasil (em Jambeiro,
SP), na Venezuela, no Líbano e na China.
O perfume da Rosa Mística em nossa vida
Voltemos nossos olhos e corações para a divina Rosa
Mística, a Mãe de nosso Salvador, Maria Santíssima.
Contemplemos as insondáveis perfeições com que
Deus ornou o corpo e a alma de sua flor eleita, a obra-
-prima da Criação.
E pensemos que essa Rosa de beleza e perfume
incomparáveis deseja que nós, seus filhos e devotos,
sejamos também flores belas e perfumadas a povoar o
jardim do Céu. Ela nos aguarda para, uma vez salvos,
completarmos na eternidade o canteiro de almas santas
e justas que enfeitam seu trono de Rainha do Universo.
Olhemos para esse nosso admirável modelo, e
procuremos imitá-La em todas as virtudes, evitando os
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espinhos dos defeitos e pecados que nos afastam do ideal
de santidade a que todos somos chamados.
Peçamos sempre à nossa Rosa Mística, com humil-
dade e inteira confiança, que nos ajude a sermos cada
vez mais semelhantes a Ela, livres das ervas daninhas
deste mundo, expandindo e desabrochando nossas almas
rumo ao Céu.
Que Ela, Flor perfeita do Criador, estenda em todos
os momentos seu manto de proteção e desvelo sobre
nós, amparando-nos em nossas dificuldades espirituais
e materiais.
Que Ela nos guie continuamente pelos bons cami-
nhos nesta vida, atraindo-nos com sua divina fragrância
para o Jardim paradisíaco de Deus, onde A louvaremos
junto com toda a corte celestial.
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Consagração a
Nossa Senhora Rosa Mística
Ó Maria Santíssima, Senhora Rosa Mística,
eu me consagro inteiramente a Vós. Consagro-Vos
o meu entendimento, para que eu possa sempre Vos
amar. Consagro-Vos a minha língua, para que eu
possa sempre Vos louvar. Consagro-Vos o meu coração,
para que eu seja totalmente vosso. Recebei-me, ó Mãe
incomparável, no ditoso número de vossos servos.
Acolhei-me debaixo de vossa proteção, socorrei-me
em minhas necessidades temporais e espirituais e,
sobretudo, na hora da minha morte.
Abençoai-me e fortalecei a minha fé para que,
amando-Vos nesta vida, eu possa contemplar para
todo sempre a vossa face, no Céu. Amém.
Fontes consultadas:
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nº 40