Tecnicas Transpessoais Constelacao Familiar Unidade I

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TÉCNICAS TRANSPESSOAIS:

CONSTELAÇÃO FAMILIAR

UNIDADE I
PRINCÍPIOS FENOMENOLÓGICOS
Elaboração
Flaviana Ap. de Mello

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE I
PRINCÍPIOS FENOMENOLÓGICOS.................................................................................................................................................. 5

CAPÍTULO 1
A ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA: O CAMINHO FENOMENOLÓGICO DO CONHECIMENTO.................... 5

CAPÍTULO 2
CONFIGURAÇÃO DO TRABALHO COM AS CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS: CAMPO SISTÊMICO,
REPRESENTANTES, CONSTELAÇÃO E CONSTELADO................................................................................................... 13

CAPÍTULO 3
PERCEPÇÃO E POSTURA FENOMENOLÓGICA................................................................................................................ 20

CAPÍTULO 4
CONSTELAÇÃO TRADICIONAL E A NOVA CONSTELAÇÃO......................................................................................... 24

REFERÊNCIAS................................................................................................................................................30
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PRINCÍPIOS
FENOMENOLÓGICOS
UNIDADE I

CAPÍTULO 1
A ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA: O CAMINHO
FENOMENOLÓGICO DO CONHECIMENTO

A perspectiva filosófica constitui-se em um modo de pensar a realidade, portanto


ela norteia a práxis humana; ao nortear nossa visão de mundo, inegavelmente
influencia nosso comportamento, visto que ele é fruto das nossas decisões.

A ciência universal do ser – este considerado como objeto do conhecimento


científico – tem início com Aristóteles. Pessanha (1987, p. 11) explicita que a
“filosofia primeira” ou “metafísica”, como intitulada posteriormente, ocupa-se
com a “essência das coisas, as conexões e o princípio último da realidade”.

Hessen (1980, p. 11) ressalta que, para Sócrates, a construção da vida humana
deve ocorrer por ações conscientes, dirigidas “aos objetos práticos, aos valores e
às virtudes”. O autor aponta que Platão amplia o conceito socrático: “A filosofia
aparece-nos assim, em Sócrates e mais em Platão, como uma autorreflexão do
espírito sobre os seus supremos valores teóricos e práticos, sobre os valores do
verdadeiro, do bom e do belo”.

A escolha da abordagem da psicologia transpessoal tem como essência o


respeito à singularidade que constitui cada ser humano, entendendo-o como
um ser integral e multideterminado.

Ao assegurarmos que o indivíduo se escolhe a si mesmo, queremos pronunciar que


cada um de nós se recomenda, mas queremos proferir ainda que, escolhendo-se,
ele escolhe todos os homens.

Destarte, não há um excepcional de nossos atos que, instituindo o homem que


queremos ser, não esteja criando, concomitantemente, uma imagem do homem
tal como ajuizamos que ele deva ser. Recomendar ser isto ou aquilo é asseverar,
simultaneamente, o valor do que estamos elegendo (SARTRE, 1978).

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UNIDADE i | Princípios fenomenológicos

De acordo com Sartre (2008), o pensamento é ação efetiva concreta do homem,


é fenômeno constituído dentre outros fenômenos. Para o autor, a consciência é
sempre de e para alguma coisa, o pensamento também é sobre algo ou alguém.

Portanto, subjetividade e objetividade são interdependentes, não podendo ser


compreendidas separadamente. Então, o conhecimento é construído por meio do
movimento dialético entre investigador e investigado, elucidando como ocorre a
relação dialética entre o investigado com o mundo; terapeuta e paciente constroem
juntos.

Desse modo, o conhecimento torna-se o fenômeno a ser desvelado. Não se dá


somente pela metódica observação de seus objetos, a possibilidade e a construção
do conhecimento fundam-se na consciência dos fenômenos, pois é dessa forma
que sabemos como estamos sendo determinados.

Mas será que conseguimos ter essa consciência? Como a alcançamos? Podemos
alcançá-la por meio do método fenomenológico que tem por objetivo conhecer
o modo como o fenômeno acontece, considerando que ele é único. Todavia, em
nossa sociedade, os fenômenos psicológicos e sociais são institucionalizados e
naturalizados, ficando ao encargo das ciências e das múltiplas ciências – inclusive
cada vez mais compartimentadas e específicas – o estudo desses fenômenos.

Os resultados dessa forma de estudar evidenciam as diferenças entre o indivíduo


(o Eu) e o contexto social, deixando a compreensão fragmentada, imprópria, pouco
realista e muito taxativa.

A partir dessa compreensão, as ações científicas são direcionadas, de forma


equivocada, a adequar os indivíduos à realidade social, pautando-se no conceito
de que a sociedade harmônica proporciona mais felicidade aos homens – e,
portanto, mais progresso.

De acordo com Bock (2004, p. 4), as desigualdades na sociedade atual


contrapõem-se à própria ideologia liberal de liberdade, igualdade e fraternidade.
A autora ressalta que a síntese dada a essa contradição foi a construção da
“noção de diferenças individuais decorrentes do aproveitamento diferenciado
que cada um faz das condições que a sociedade ‘igualitariamente’ lhe oferece”.

Todavia, as escolhas não podem ser concebidas e analisadas dessa forma.


Pensar que há condições igualitárias de escolha é pensar de forma superficial,
limitada e, portanto, ineficaz, pois o sujeito é multideterminado e não tem
consciência dessas determinações. Na Psicologia Sistêmica, as determinações

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Princípios fenomenológicos | UNIDADE i

podem vir de gerações passadas da família, as quais, por meio da ressonância,


atingem outras gerações.

O conhecimento totalizado e o pré-determinado dos acontecimentos (como


classificações diagnósticas que não investigam o fenômeno de forma
individualizada) não são verdadeiros.

A abordagem fenomenológica
A palavra fenomenologia advém das palavras gregas: phainomenon e logos.
Phainomenon significa fenômeno e corresponde a tudo que se manifesta, que
pode ser percebido pelos sentidos ou pela consciência. Logos é compreendido
como o discurso esclarecedor. Fenomenologia significa discurso esclarecedor a
respeito daquilo que se mostra por si mesmo, é compreendida como o estudo
ou a ciência do fenômeno. Esse termo foi criado por Lambert, no século XVIII,
como estudo descritivo dos fenômenos da forma como eles se apresentam
à consciência. Como corrente filosófica, a fenomenologia foi fundada por
Husserl no fim do século XIX e início do século XX.

Para Husserl (apud EDWAL, 2008, p. 149), a fenomenologia “designa uma ciência,
uma conexão de disciplinas científicas; mas, ao mesmo tempo e acima de tudo,
fenomenologia designa um método e uma atitude intelectual: a atitude intelectual
especificamente filosófica, o método especificamente filosófico”.

A fenomenologia surge como uma crítica à forma de se produzir conhecimento


nas ciências, que buscava o conhecimento absoluto, ignorando a subjetividade. A
importância da fenomenologia se caracteriza pelo resgaste da subjetividade na
filosofia e nas ciências humanas.

O desenvolvimento das ideias de Husserl não foi por acaso, foi precedido por
um contexto histórico que ocorreu ao final do século XIX: o declínio da filosofia
tradicional e a ascensão das ciências, em especial da psicologia.

Husserl questionou a pretensão de a psicologia da época submeter o modo


de conhecer seus princípios, dedicando-se a encontrar um método de
conhecimento rigoroso que servisse de fundamento às demais ciências.

A fenomenologia possibilitou à psicologia uma nova forma de compreender


os fenômenos psicológicos: a não se preocupar unicamente com o estudo do
comportamento observável, mas investigar as experiências vividas e os significados
atribuídos a estas, ou seja, centralizar-se na experiência.

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UNIDADE i | Princípios fenomenológicos

Para a fenomenologia, é a intencionalidade da consciência humana que dá


o direcionamento para alcançar o essencial do fenômeno. Esse processo
é a redução fenomenológica que requer a suspensão de crenças, valores,
preconceitos, teorias, de forma que se concentre unicamente na experiência, no
experenciado, permitindo que o fenômeno fale por si mesmo (SURDI, 2008).

Fenomenologia é como o fenômeno se mostra à consciência humana, de forma


direta, sem a influência de análises reflexivas ou explicações científicas.

Holanda (1997) descreve a fenomenologia como uma filosofia, se a entendermos


de maneira original. Todavia, antes de se caracterizar como um modo específico
de pensamento, antes de se constituir numa forma sistemática de se acessar a
realidade, o autor explicita que a fenomenologia é um método, uma metodologia
de pesquisa dessa mesma realidade, e, como tal, implica uma específica visão de
mundo.

Portanto, a fenomenologia é uma ciência dos fenômenos, daquilo que se mostra


por si mesmo por meio da experiência do mundo vivido, que o ser se revela e
pode, então, ser compreendido.

O mundo é composto por fatores subjetivos que lhe conferem um sentido, que
é diferente para cada um. E é nisso que reside a importância de uma tomada de
consciência do vivido, como experiência única.

A fenomenologia é caracterizada por ser uma análise acerca do próprio


conhecimento. Ela busca, em sua prática, o conhecimento acerca do conhecimento,
excluindo a cultura histórica a respeito de conceber uma sabedoria totalitária,
promovendo um saber radical (LYOTARD, 1999).

Segundo Gallefi (2000), a fenomenologia é o meio pelo qual possui como objetivo
a construção da ciência da essência da sabedoria ou fundamento universal das
essências; fundamenta-se a partir de novas configurações sob as premissas da
ciência. Sua pretensão baseia-se em compreender em que momento o saber
científico conquista aceitação.

A palavra fenomenologia tem o sentido daquilo que surge à consciência. É


possível compreender por fenomenologia o objeto de percepção, seja da fala ou
do pensamento, pode ser a união que liga o fenômeno com o ser ou vice-versa
(PALMER, 1999).

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Princípios fenomenológicos | UNIDADE i

Segundo Palmer (1999), a fenomenologia caracteriza-se justamente por manter o


sentido atribuído ao fenômeno. A abordagem filosófica afirma que o mundo é o
próprio fenômeno; seu objetivo é desnudar o sentido que tal objeto se apresenta
para atingir aquilo que ele realmente é.

Segundo Romero (1997), a fenomenologia não se restringe somente à


discriminação dos objetos de intencionalidade que compõem a experiência
imaginosa da consciência, mas sim em determinar o âmago dos fenômenos. A
essência do fenômeno é compreendida como aquilo que é comum a um mesmo
objeto fenomenológico.

Outro ponto que é importante salientar a respeito da fenomenologia é a ideia de


intenção da consciência; pois a própria consciência é consciência de algo.

Se um artifício é sempre para uma consciência, ele jamais será objeto em si,
mas objeto apreendido. Consciência e objeto não são institutos separados
na natureza, mas definem-se a partir dessa correlação que lhes é co-original
(BORIS, 1994).

Para Angerami (1984), o objetivo de trabalho da fenomenologia seria clarificar a


essência da conexão que abrange todo o mundo. A partir disso, é necessário levar
em consideração a intenção do fenômeno psíquico.

Para Romero (1997), o fenômeno mental não ocorre somente dentro da cabeça,
mas sim está voltado para o mundo; é o reflexo do mundo na concepção
singular do indivíduo.

Merleau-Ponty (1973) estabelece a relação fenomenológica entre o subjetivismo


e o objetivismo, sugerindo direções para o entendimento da experiência humana,
objetivando conservar a complexidade daquilo que é real e achar o sentido no
interior do fenômeno, que surge de forma natural na consciência.

Romero (1997) presume que o principal foco da fenomenologia é investigar


minunciosamente o significado do sentido singular de mundo para cada
indivíduo, por meio da discriminação detalhada de suas vivências.

De acordo com Husserl, a fenomenologia é uma descrição da estrutura específica


do fenômeno – fluxo imanente de vivências que constitui a consciência
(ZILES, 2007).

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A filosofia de Husserl é filosofia transcendental enquanto análise da


constituição da subjetividade transcendental. Seu princípio metodológico é
a tentativa de descrever a vida da consciência como se apresenta à reflexão
(ZILES, 2007).

O mundo sensível, por ser composto de energia, não é evidente à nossa


consciência, portanto devemos suspender o de juízo (que é carregado de
preconceitos, valores, crenças) para poder perceber os acontecimentos como
eles realmente são. Portanto, a atitude fenomenológica é um olhar sem
vícios e juízos, sabendo que perceber com os sentidos é o que “parece” e não
necessariamente o que “é”.

A fenomenologia é, portanto, o conhecimento das estruturas essenciais da vida


transcendental; é experiência transcendental que visa à experiência absoluta.

Em uma constelação, os representantes se movimentam por meio de sensações


físicas geradas pelo campo familiar de quem está constelando uma questão. O
facilitador, juntamente com o cliente, observa os comportamentos, e, juntos,
podem chegar a uma visualização de uma dinâmica que está oculta, e isso só se
torna possível por meio do método fenomenológico.

A imprescindibilidade das habilidades terapêuticas e


influências metodológicas na atuação psicoterápica
Como dito anteriormente, a perspectiva filosófica determina a forma de ser e
estar no mundo e, portanto, enquanto profissionais da ciência da Psicologia,
baseamo-nos em métodos que melhor condizem com a nossa visão de mundo.

Todavia, devemos prestar atenção para não cairmos no erro de querer “convencer”
o nosso cliente a pensar da mesma forma que nós, devemos apenas ajudá-los a
diminuir o seu sofrimento.

Um dos princípios fundamentais expressos no Código de Ética do Profissional


Psicólogo (CEPP, 2015) diz que o psicólogo trabalhará visando promover a
saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para
a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.

De acordo com o Código de Ética, devemos promover a qualidade de vida


das pessoas e das coletividades, e, por isso, precisamos oferecer um processo
psicoterápico eficiente para que consigamos cumprir esse objetivo. Para que

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Princípios fenomenológicos | UNIDADE i

isso seja possível, é essencial estabelecer a relação terapêutica, a qual contribui


para o engajamento do paciente durante o processo psicoterapêutico. Para tanto,
a demonstração de empatia e a construção de uma relação de confiança são
primordiais.

Pesquisas demonstram que as características essenciais que o psicólogo deve


desempenhar para a construção da empatia são:

» segurança;

» cuidado;

» compaixão;

» interesse;

» autenticidade;

» honestidade;

» atenção;

» compreensão;

» genuidade.

O psicólogo deve escutar atentamente o relato do paciente e “escutar” seu


comportamento não verbal, compreender a situação pelo ponto de vista do
paciente, compreender seu estado emocional, conectar-se emocionalmente com
ele, legitimar suas emoções e sentimentos e promover apoio (HUTZ et al., 2016).

Uma queixa frequente dos clientes em psicoterapia é que seus terapeutas não
se preocupam com eles.

» Será que eu estou expressando empatia da forma que acredito estar?

» Será que eu consigo perceber como o cliente compreende minha expressão


de empatia?

» De que forma minha expressão empática contribui no olhar fenomenológico?

Essas são questões fundamentais para se pensar, pois o cliente pode ter
receios, vergonha, já pode ser sido muito criticado e ridicularizado e sentir-se
incomodado ao ter de falar sobre seus sentimentos e pensamentos. Por isso é
importante analisarmos como estamos recebendo e acolhendo tudo isso.

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A capacidade do psicólogo de demonstrar empatia, valorizando o cliente,


respeitando seus limites, dificuldades e receios é fundamental para que o
processo possa realmente ser terapêutico.

Além disso, outros aspectos devem ser avaliados: nossa forma de avaliação está
sendo empática? Estamos levando em consideração todos os aspectos éticos
necessários para um processo psicoterapêutico justo e eficiente?

O Conselho Federal de Psicologia, na Resolução n. 6, de 29 de março de 2019,


estabelece que os resultados das avaliações devem considerar e analisar os
condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo (idade, sexo,
nível de escolaridade, nível socioeconômico, origem (rural ou urbana), condições
físicas gerais, presença de deficiências físicas, nacionalidade e necessidade de
equipamentos especiais para aplicação dos instrumentos).

Como pode ser observado, os condicionantes históricos e sociais são


imprescindíveis. Na Constelação Familiar, os condicionantes são alvos da
atenção no processo sistêmico, ou seja, a compreensão da forma em que esses
condicionantes da história familiar atuam no comportamento do constelado.

A avaliação, a qual, muitas vezes, pode ser chamada de julgamento, depende dos
conhecimentos apropriados, mas também dos pressupostos pessoais, filosóficos,
científicos e culturais do examinador. Como vimos, as abordagens possuem
pressupostos filosóficos de entendimento humano de maneiras distintas e,
portanto, compreensões diagnósticas diferentes.

Para a constelação familiar, é no campo fenomenológico que o campo mórfico


acessa essas memórias familiares passadas, as lembranças e os acontecimentos
que estão influenciando negativamente a vida do familiar hoje.

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CAPÍTULO 2
CONFIGURAÇÃO DO TRABALHO COM AS CONSTELAÇÕES
SISTÊMICAS: CAMPO SISTÊMICO, REPRESENTANTES,
CONSTELAÇÃO E CONSTELADO

O capítulo em questão dedica-se a apresentar a configuração e os métodos


de trabalho com as constelações sistêmicas, abordando a questão do campo
sistêmico, os representantes e a constelação em sua totalidade, e a pessoa
constelada.

A Constelação Sistêmica é um método terapêutico fundamentado na metodologia


fenomenológica de análise, em que a situação é analisada considerando o
experenciar do indivíduo, sua subjetividade existencial, a transcendência do ser.

Ela é considerada a mais transformadora e polêmica abordagem terapêutica


do nosso momento. Seus paradigmas são sustentados por teorias científicas
de vanguarda, tais como o modelo dos Campos Morfogenéticos de Rupert
Sheldrake.

De modo totalmente novo e excepcional, essa metodologia é apropriada para


identificar pontos de conflito psicológico e emocional que acondicionam
procedimentos humanos, tais como emaranhados e confusões no referido sistema.

Segundo Francelino et al. (2018), o sistema pode ser compreendido por tudo
que é formado por mais de uma pessoa, que se influenciam reciprocamente.
Antes era utilizada somente no âmbito familiar; com sua expansão e
desenvolvimento, passou a ser usada em diversos contextos.

É uma tarefa que investiga na família a procedência de problemas, dificuldades,


protótipos comportamentais que ocasionam aflições desenvolvidas pelas
pessoas ao longo da vida.

Desse modo, a constelação destina-se a todas as pessoas que desejam trabalhar


suas relações familiares e amorosas, separações, desequilíbrios emocionais,
problemas de saúde, comportamentos destrutivos, envolvimento com drogas,
perdas e/ou luto, dificuldades financeiras, dificuldades nos relacionamentos,
entre outras.

Assim sendo, nos sistemas familiares demandas vivenciadas por familiares


precedentes, por exemplo, suicídios, iniquidades atentadas, mortes precoces,

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UNIDADE i | Princípios fenomenológicos

podem inconscientemente contrafazer a vida de seus familiares com doenças


incompreensíveis, depressões, suicídios, relações conflituosas, conflitos psíquicos
e físicos, problema em constituir afinidades duradouras com companheiros,
condutas conflitantes entre familiares, entre outros.

Nesse compasso, mencionamos que há duas modalidades de terapia de


constelação familiar sistêmica: a grupal e a individual.

» No grupo, há a participação das pessoas como representantes da família (isto


é, do sistema familiar) do cliente.

» Na individual, efetiva-se a intervenção com a assistência de quaisquer


objetos ou a utilização de bonecos terapêuticos.

Portanto, de acordo com Francelino et al. (2018), a Constelação Sistêmica é


o nome geral que inclui Constelação Familiar, Saúde Sistêmica, Pedagogia
Sistêmica, Direito Sistêmico, Constelação Organizacional.

Todavia, pode-se encontrar, na literatura, Constelação Sistêmica como sinônimo


de Constelação Familiar, o que não está errado, pois as técnicas, a princípio,
foram estruturadas para trabalhar na psicoterapia familiar, que mais tarde foram
aplicadas as outras áreas.

A teoria da Constelação Sistêmica tem como um dos seus paradigmas de


sustentação o modelo dos Campos Morfogenéticos, proposto pelo cientista
inglês Rupert Sheldrake. A palavra morfo vem do grego morpho e significa
forma; a palavra genética é oriunda da palavra gênese, que significa origem.

De acordo com Sheldrake, os campos mórficos são estruturas que se estendem


no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas,
como átomos, moléculas, células, organismos, sociedades, ecossistemas, sistemas
planetários; cada uma dessas entidades estaria associada a um campo mórfico
específico (ARANTES, 1999).

Essa teoria defende que todas as coisas possuem uma auto-organização,


determinada por seus próprios modelos estruturais, que fazem com que um
sistema seja um sistema, isto é, uma totalidade articulada, e não um mero
ajuntamento de partes.

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Figura 1. Rupert Sheldrake: criador do conceito do conceito de campos mórficos.

Fonte: http://www.esalq.usp.br/lepse/imgs/conteudo_thumb/Resson-ncia-m-rfica.pdf.

Arantes (1999) compara a atuação dos campos mórficos à dos campos magnéticos
em relação à atração, em que o campo magnético do ímã afeta toda a região
à sua volta; apesar de não percebemos diretamente, é possível averiguar sua
presença por meio do efeito que ele produz. De modo semelhante, os campos
mórficos distribuem-se imperceptivelmente pelo espaço-tempo, conectando
todos os sistemas que a eles estão associados.

Em 1981, Sheldrake publicou o livro A New Science of Life, em que defendeu


a tese “a maneira como as proteínas se distribuem dentro das células, as
células nos tecidos, os tecidos nos órgãos e os órgãos nos organismos não estão
programadas no código genético“, mas, sim, por meio da morfogênese.

Os Campos Mórficos trabalham transformando a probabilidade de eventos


puramente aleatórios. Em vez de uma ampla aleatoriedade, eles focalizam isso,
de forma que acertadas coisas ocorrem em vez de outras (SHELDRAKE, 1981).

A morfogênese é a modelagem formal dos sistemas biológicos como as


células, os tecidos, os órgãos e os organismos se formam; seria ditada por
um tipo particular de campo mórfico: os chamados “campos morfogenéticos”
(ARANTES, 1999).

Os campos morfogenéticos estão em permanente interação com os sistemas


vivos e se transformam o tempo todo pelo processo de ressonância mórfica.
O processo de ressonância mórfica é um princípio que explica a origem e a
transformação dos campos mórficos.

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Livro: A sensação de estar sendo observado e outros aspectos da mente expandida.

Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=T1ktaS5oPS


UC&oi=fnd&pg=PA9&ots=OcmU6V7gow&sig=IhbVQrC7HurGSAjcsLx9fdOrZfM&r
edir_esc=y#v=onepage&q&f=false.

Sheldrake realizou vários experimentos para demonstrar os impactos dos campos


mórficos na vida humana. O autor explicita que experimentos em psicologia
mostram que é mais fácil aprender o que outras pessoas já aprenderam.

Em um experimento, Sheldrake mostrou que uma figura oculta numa ilustração


em alto contraste torna-se mais fácil de perceber depois de ter sido percebida
por várias pessoas. A pesquisa foi realizada com populações da Europa, das
Américas e da África em 1983 (ARANTES, 1999).

Isso se deve ao fato que, de acordo com Sheldrake (apud ARANTES, 1999, p. 3),
“A ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom
ou mal. Por isso, cada um de nós é mais responsável do que imagina. Pois nossas
ações podem influenciar os outros e serem repetidas”.

Arantes (1999) ainda acrescenta que a moda do piercing, da tatuagem e a paixão


intensa pelo futebol são comportamentos que poderiam ser influenciados pela
ressonância mórfica. Para Sheldrake, pessoas, animais e plantas podem adotar
determinados padrões comportamentais, bons ou ruins, que são herdados de
gerações anteriores e, do mesmo modo, podem perpetuá-los para as gerações
seguintes.

Essas transmissões ocorrem porque há um tipo de memória presente nesses


campos morfogenéticos, advindo do passado, que estimula a propagação de
comportamentos dentro desses ambientes pela Ressonância Mórfica.

Ter conhecimento desses conceitos traz maior compreensão sobre os padrões


comportamentais, tanto sobre os bons quanto sobre os prejudiciais. No
processo de Constelação Familiar, para poder entender com mais profundidade
o ser humano, precisamos ter acesso a informações desconhecidas e examinar
a história passada de nossa família, para, então, entendermos a essência dos
fatos e, especialmente, como eles influenciam as emoções e o comportamento.

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Para saber mais, deixamos disponível o vídeo campo morfogenético e sua utilização
nas constelações sistêmicas:

» https://www.youtube.com/watch?v=2IU5Vx6bm54.

Por meio da transmissão psíquica, a família interliga diferentes pessoas e gerações,


desenvolvendo a herança genealógica. Mecanismos de identificação permeiam os
indivíduos que fazem parte do grupo familiar, que se constitui como um espaço de
circulação da transmissão psíquica geracional (SEI; GOMES, 2012).

A terapia sistêmica é capaz de acessar o Campo Morfogenético familiar, em que


se encontra todas as informações familiares, como emocionais e psicológicas.
Desse modo, a terapia sistêmica é capaz de identificar desordens, conflitos e
pontos de tensão emocional e psicológica no sistema familiar que condicionam o
comportamento dos indivíduos que o compõe sem que esses tenham consciência
dessa influência (BRAGA, 2009).

De acordo com Bert Hellinger (2003), que desenvolveu a técnica psicoterapêutica


da constelação sistêmica, a Constelação Familiar toma como pressuposto
metodológico que, nos sistemas familiares, questões vivenciadas por
gerações anteriores, como suicídios, tragédias, depressões e conflitos, podem
inconscientemente afetar a vida de seus familiares com novos suicídios, relações
de conflito, transtornos físicos e psíquicos, dificuldade de estabelecer relações
duradouras com parceiros, entre outros.

Assim sendo, ele desvendou que, por amor e lealdade à família, quando
algum antepassado consente ocorrências por decidir, indivíduos de gerações
consecutivas ocasionarão o sentimento e o comportamento, a ação para a decisão
dessas circunstâncias, emaranhando-se e continuando, portanto, aprisionados
a acontecimentos e episódios pelos quais não são responsáveis e dos quais
sequer têm noção. É o chamado o legado afetivo, uma difusão transgeracional
de dificuldades familiares que acaba designando uma sequência de destinos por
vezes complexos.

Para Hellinger, isso tem, por nomeação, herança afetiva, que significa a
transmissão transgeracional, que, de modo consciente ou inconsciente, reflete-se
em suas histórias, conectando a transmissão às gerações futuras.

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UNIDADE i | Princípios fenomenológicos

Figura 2. Bert Hellinger.

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2018/07/01/interna_revista_correio,691633/constelacao-
sistemica-ganha-cada-vez-mais-adeptos.shtml.

É no campo fenomenológico que o campo mórfico acessa essas memórias


familiares passadas e as lembranças e os acontecimentos que estão influenciando
negativamente a vida do familiar hoje.

A Constelação Sistêmica é necessária para poder entender com mais profundidade


quem somos e porque somos. Para compreendermos isso, precisamos ter acesso
a informações desconhecidas da história passada de nossa família para, então,
entendermos a essência dos fatos e como eles influenciam nossas emoções,
manias, modos de relacionamento, hábitos, comportamentos, enfim, nosso
modo de ser e estar no mundo.

O constelador (terapeuta) aplicará as técnicas terapêuticas certas para ajudar o


indivíduo a entender e eliminar o problema que, por meio de uma ressonância de
memórias inconscientes, está prejudicando aquele núcleo familiar.

Rompendo com esse ciclo negativo, é possível eliminar um comportamento


prejudicial e promover atitudes mais benéficas, positivas e compartilhá-las
com as próximas gerações, não sendo mais prejudicada por essas influências,
melhorando, assim, a qualidade de vida da família.

Todavia, esse processo terapêutico não é uma tarefa simples, pois, para muitas
pessoas, é dificultoso relacionar problemas atuais com algo acontecido com seus
antepassados, pois seu sistema de crenças pode lhes impedir de acessar e aceitar
essa informação.

Por meio da técnica de Constelação Familiar, é possível analisar se, no sistema


familiar, há emaranhados nos quais o paciente possa estar envencilhado.
O papel do terapeuta é de orientar o sujeito na análise e no entendimento
desses emaranhados. Dessa forma, ao entender a causa e as possíveis soluções

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Princípios fenomenológicos | UNIDADE i

para problemas específicos, que podem ser desde transtornos emocionais


e psíquicos até questões profissionais, o paciente pode ter comportamentos
menos prejudiciais.

Cabe informarmos que um procedimento de constelação sistêmica pode durar


trinta minutos, uma hora ou até uma hora e meia; não existem regulamentos
quanto à questão do tempo.

Nesse sentido, reforçamos a questão já mencionada de que existe um movimento


energético que todos sentem, e o constelador, além de sentir, decodifica e orienta.
Por meio dos episódios revelados pelos representantes, o constelado observa a
sua oportuna vida incidindo sobre seus olhares, contudo sob nova perspectiva da
totalidade.

Cabe ressalvarmos que a constelação familiar sistêmica induz continuamente em


importância a estima dos membros do sistema familiar, tais como pais, avós,
irmãos, filhos e netos, cônjuges, filhos adotados e qualquer outra pessoa que
possa pertencer àquele sistema familiar. Em nenhuma hipótese admite-se que
alguém seja excluído.

De acordo com Braga (2009), ao término de uma constelação familiar muitas


pessoas descrevem amplas mudanças na vida.

Ainda de acordo com a autora, inúmeras vezes não é possível estabelecer uma
relação direta entre o que é tratado na constelação e as mudanças na vida. Nada
obstante, as mudanças podem ser observadas e descritas, como no caso aqui
apresentado.

Os campos mórficos são campos que aprendem. Algo entra em ordem, e as


mudanças se processam. São necessárias pesquisas sobre os resultados das
constelações familiares em todos os tipos de doenças, transtornos, dificuldades.

A materialização da apreensão da utilização da abordagem terapêutica


da constelação familiar sistêmica demanda a continuidade de estudos e
investigações com esboços que consintam maior influência na análise dos
resultados.

Destarte, o ponto mais importante de uma Constelação Familiar é a revelação


da dinâmica que permeia o sistema constelado. Portanto, o objetivo não reside
em mudar algo que já ocorreu e marcou a dinâmica do sistema familiar, mas sim
compreender o fenômeno.

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CAPÍTULO 3
PERCEPÇÃO E POSTURA FENOMENOLÓGICA

O presente capítulo destina-se a apresentar conceitos a respeito da percepção


fenomenológica.

Assim sendo, para iniciarmos o debate proposto, lançamos a seguinte pergunta:

» Como é interpretada a postura fenomenológica?

A fenomenologia é interpretada como uma postura que tem por finalidade


delinear as essências assim como estas surgem na consciência, em que o empenho
se centraliza nos teores da consciência e no seu predicado essencial, isto é, na
intencionalidade.

A presente teoria se organiza em: essência da percepção, essência da consciência etc.


Consequentemente, versa em apreender os fenômenos vividos e vivenciados numa
experiência de fazer uma circunscrição direta dos experimentos.

Prontamente, faz-se referência a uma aproximação, por intermédio do método


fenomenológico, à essência do fenômeno (MERLEAU-PONTY 2006).

Você sabe o que é uma análise fenomenológica?

Para saber mais a respeito do que é a fenomenologia, sua origem, sua


constituição, seus questionamentos, e o que é possível conseguir compreender
por meio dela, deixamos como sugestão link de um vídeo do Youtube, que
apresenta informações importantes a respeito do assunto tratado neste capítulo.

https://www.youtube.com/watch?v=T2JVLXV6fDU.

Assim sendo, para melhor apreensão a respeito do tema deste capítulo


destacaremos abaixo termos fenomenológicos e os respectivos conceitos:

» Percepção: faz referência ao abarcamento experimentado com os


acontecimentos. Em outras expressões, não se refere tão somente a ter alguma
opinião a respeito, mas sim a lidar com a situação.

Desse modo, compreendemos que as afinidades cognitivas com os elementos


são elas mesmas condicionadas a um tipo de envoltura mais inicial com
eles, que carece ser descrito antes mesmo de ser presumível de alcançar o
significado de conceitos mais peculiares. Assim sendo, existir no mundo vem
primeiro, saber a respeito dele vem depois.

20
Princípios fenomenológicos | UNIDADE i

» Fenomenologia: traz à baila a matéria das essências, essência da percepção,


essência da consciência, no ensaio de alcançar uma circunscrição direta das
experiências vivenciadas pelos sujeitos em um planeta já oferecido.

» Comportamento: cartear-se às reações que as pessoas apresentam quanto


aos retornos aos experimentos vivenciados por estes, por meio de determinados
estímulos. Percebe-se tal qual um modo de se relacionar com o mundo, que é
internamente conduzido e não determinado externamente.

» Redução fenomenológica: faz menção a uma atitude de interromper os


ajuizamentos precedentes, de pôr de lado todas as informações preconcebidas
para analisar os fenômenos com neutralidade.

» Experiência: tem por significado a relação com o mundo, na expectativa do


sujeito, em que a sua composição parte do modo de vivenciar, constituindo-
se relevante quando elucubrada e conscientemente entendida. Ao longo de
seu caminho, o sujeito acumula conhecimentos e, por conseguinte, alcança
contextos, constitui relações e se determina.

» Intersubjetividade: é um conceito a respeito da construção do mundo


de afinidades pessoais, que deriva da astúcia do sujeito em relação ao
mundo e ao seguinte. Parte-se da opinião de que a vivência humana não é
absolutamente solitária e genuinamente mental.

» Alteridade: trata-se de um procedimento pelo qual há a percepção da


existência do outro além do sujeito, isto é, os seres humanos não existem
assim como a consciência terminada em si próprio, porque retribui à imagem
de ser no mundo das relações. E, por fim, esse conceito encontra-se conectado
ao entendimento de intersubjetividade.

» Intencionalidade: alude à consciência da existência de alguma coisa, isto


é, o conhecimento e a consciência consistem sempre no conhecimento e na
consciência de algo, ao passo que a questão subjetiva não é um mundo interno à
parte, mas fundamentalmente conexo ao mundo de que se contém consciência.

Desse modo, a fenomenologia corresponde à disciplina das essências, todavia


não de formato abstrato. Ou seja, propende abranger os conceitos que são
empregados a partir da captura do seu desempenho na vida humana.

Consequentemente, apreender fenomenologicamente a essência da percepção


é compreender como a percepção efetivamente trabalha nas relações dos

21
UNIDADE i | Princípios fenomenológicos

indivíduos com o mundo circundante e com os demais seres humanos


(AGUIAR; POLICARPO, 2018). Destarte, as experiências adquirem uma função
extraordinária tanto na composição do conceito que o sujeito tem de si mesmo
quanto nas escolhas que ele faz.

Nesse compasso, a orientação fenomenológica tem o desígnio de delinear as


vivências e a percepção dos indivíduos, considerando as dimensões a partir de
narrações e estímulos sobrevindos do espaço social.

Igualmente, a percepção, enquanto abarcamento prático, corresponde a um


componente basilar na matéria das essências das experiências (MERLEAU-PONTY,
2006). Ao mesmo tempo, a experiência não corresponde a uma mera compilação de
artefatos separados, mas sim a episódios e situações como um todo contextualizado.

Com base na representação do processo Fenomenologia, apresentamos os


seguintes conceitos:

» Fenomenologia/fenômeno: fidelidade àquilo que se manifesta; atenção


especial à experiência vivida; descrição fiel aos fenômenos observados sem
explicar nada; fenômenos que se apresentam à consciência.

» Percepção: clara e imediata mediante a interação.

» Intuição: busca detectar aquilo que não pode ser eliminado sem ao mesmo
tempo destruir o fenômeno.

» Consciência: refere-se sempre a alguma coisa diferente dela mesma.

Por conclusão, a fenomenologia da percepção nos permite apreender que


compreender denota distinguir de uma perspectiva, não deter passivamente os
estímulos que percorrem de fora e decodificá-lo, constituindo relação direta
com tais dados, de modo tal que possua o abarcamento ativo com as coisas que
circundam o sujeito.

Consequentemente, delinear a percepção não é coletar informações psicológicas,


mas apontar um estilo proveniente da manifestação e composição do ser
humano, por intermédio do que é compreendido por esse sujeito, na qualidade
de elemento intencional e a sua significação.

Contudo, a concepção dos significados implica averiguar o experimento vivido,


ponderando o todo e as partes. Destarte, o intento é desvelar as composições
efetivas e os relacionamentos do fenômeno, que abrangem as ações da
consciência nos quais os fenômenos passa a existir.

22
Princípios fenomenológicos | UNIDADE i

E, por fim, cabe ressalvar que o profissional deve ser capaz de compartilhar
alguma coisa com o sujeito cujo comportamento se apetece a entender, ou seja,
carecerá observar o mundo do ponto de vista da pessoa.

Para refletir a respeito da postura fenomenológica em seus processos


terapêuticos, deixamos como sugestão o link de um vídeo do Youtube, que
apresenta informações importantes a respeito do assunto tratado neste capítulo.

https://www.youtube.com/watch?v=aoZCR3RfTOY.

23
CAPÍTULO 4
CONSTELAÇÃO TRADICIONAL E A NOVA CONSTELAÇÃO

O presente capítulo destina-se a apresentar conceitos a respeito da constelação


familiar em moldes tradicionais e modernos.

A constelação familiar (tradicional) busca orientar as pessoas a se harmonizarem


com seus familiares. Essa técnica de terapia atua no mais profundo estado de
consciência de cada ser humano que se dispõe a fazê-la. Ela é considerada uma
terapia dos estados intensos de consciência, que trabalha nosso inconsciente
denso coletivo, familiar e particular.

A psicoterapeuta Solange Rolla, em entrevista ao sítio www.uai.com.br,


publicada em 13 de dezembro de 2016, conceitua a constelação familiar como
um procedimento terapêutico que olha para as distintas consciências nas quais
estamos envolvidos.

Mesmo tendo conhecimento ou não, querendo ou não querendo, escolhendo


ou não escolhendo, gostando ou não gostando, somos pertencentes a um grupo
familiar, a um sistema, e daí a razão de funcionarmos de acordo com nossa
estrutura.

Ainda de acordo com Solange Rolla, quando algumas questões, de ordem


emocional, afetiva, financeira, relacional familiar, profissional, demonstra-nos
incontinuidades, problemas que não encontramos soluções, o recurso está em
deliberar alguma demanda agregada a esses campos, visto que fazemos parte
desse todo. Foi a partir desse pensamento que o alemão Bert Hellinger chamou
essa forma de interpretarmos essas relações de constelação familiar.

Nesse compasso, podemos entender que a constelação familiar tem por


desígnios ir ao encontro dos problemas familiares arrolados a incompreensões,
doenças, sentimentos de raiva, ódio, falta de afeto, amor, desprezo dentre
outros; podem estar diametralmente relacionados a outros componentes
da família que nos precederam, ainda que sequer tenhamos conhecido ou
convivido.

Bert Hellinger, de acordo com o sítio Ipê Roxo, foi quem desenvolveu a
constelação familiar a partir da década de 1970, em que ilustra que há
reproduções comportamentais por meio das gerações anteriores, e essas
repetições são assumidas de modo inconsciente por parte do verificado
componente de determinada família.

24
Princípios fenomenológicos | UNIDADE i

O sistema é conduzido pela consciência do grupo, que é igualmente ampla e


está acoplada a necessidades do grupo, tendo como desígnio a conservação do
determinado sistema. A pessoa a ser constelada, em sua consciência subjetiva, é
estimulada pelas forças do grupo, independentemente de que se inclua alguma
consciência nessas forças.

Sendo assim, faz-se necessário que se observe o todo. Entretanto, na verdade,


não se tem acesso à consciência do grupo, só é admissível ressalvar e apreender o
resultado por meio de seus efeitos.

Contudo, a consciência particular opera para manter as pessoas conectadas.


Ela mostra-se aproximadamente como um brado. Essa consciência individual
é restringida tanto na sua astúcia como na sua extensão. Ela se assenta
moralmente acima. A razão está na consciência individual.

Você sabia que Bert Hellinger, juntamente com sua esposa, possui um sítio
oficial com informações sobre constelação familiar?

Você sabia que nesse sítio há várias traduções?

Para saber mais a respeito do que é a constelação familiar, conhecer um pouco


mais a respeito de Bert Hellinger e outras informações sobre essa metodologia
terapêutica que tem se difundido no mundo, acesse o seguinte link:

» https://www.hellinger.com/pt/pagina/constelacao-familiar/.

Seguem também duas matérias que apresentam a prática da constelação


familiar sistêmica no âmbito do sistema justiça brasileiro:

» https://www.diariodaamazonia.com.br/justica-do-trabalho-usa-projeto-na-
solucao-de-conflitos-trabalhistas/.

» http://www.siderurgiabrasil.com.br/portal/index.php/indice-da-revista/130-
sb-124-a-tecnica-da-constelacao-empresarial.

Desse modo, para entendermos o debate alvitrado acerca das novas constelações,
difundimos a seguinte questão:

» O que são essas novas constelações?

As novas constelações familiares são um enfoque distinguido dentro do processo


de aporte a respeito do conceito de constelação tradicional instituído por Bert
Hellinger.

25
UNIDADE i | Princípios fenomenológicos

Esse conceito complementário a propósito da constelação familiar tradicional


se refere à competência de as pessoas atuarem segundo os princípios basilares do
método sensitivo, induzindo essa perspectiva física e científica a apreensões mais
espiritualizadas.

De acordo com o sítio Isabela Falcon, as novas constelações familiares


consideram a influência da espiritualidade. Ademais, essa nova metodologia
da constelação conduz os indivíduos a deixarem de valorizar as questões
individuais para, assim, apreender os interesses ligados à coletividade.

O fundamental objetivo das novas constelações familiares, ainda de acordo com o


sítio Isabela Falcon, é permitir ao sujeito viver e descobrir com os próprios olhos,
assim saberá a ocasião de parar e observar a si próprio e seu íntimo.

Abaixo, apresentamos a principal diferença entre a constelação familiar


tradicional e as novas constelações familiares:

Figura 3. Principal característica que diferencia a constelação familiar tradicional das novas
constelações familiares.

•O paciente escolhe um tema que


deseja constelar; tema esse que
Constelação familiar às vezes tem o afligindo,
tradicional incomodado etc.

•A pessoa não
necessariamente precisa ter
um motivo aparente para
constelar, tampouco informar
ao constelador algum
Novas constelações problema que possa ter,
familiares basta apenas querer
constelar. O que está no
inconsciente da pessoa virá à
tona no momento da
constelação.

Fonte: Elaborada pela autora.

Cabe informar que existem outras formas de se aplicar as constelações


sistêmicas, como em organizações e empresas e no âmbito do sistema de justiça.
Explanaremos a seguir, de forma geral, o conceito de aplicabilidade de cada
uma delas.

As constelações sistêmicas presentemente acolhem a distintos tipos de sistema,


aparelhamentos de todos os tipos, sistemas de justiça, escolas, empresas, uma

26
Princípios fenomenológicos | UNIDADE i

vez que as leis desvendadas por Hellinger operam em todos os sistemas, não
somente no sistema familiar.

Em relação às constelações sistêmicas organizacionais, elas são derivadas da


constelação familiar e do método de Bert Hellinger. Esse tipo de constelação
tem sido empregado em situações em que diretores e donos de empresa
recorrem a essa metodologia para resolver situações que têm gerado conflitos
e tensões no âmbito organizacional.

Esse procedimento da constelação justaposta no universo organizacional pode ser


utilizado em qualquer estabelecimento, independentemente do tamanho, isto é,
pequenas, médias e grandes organizações.

A constelação sistêmica organizacional tem se exposto como um instrumento


inovador, principalmente em relação ao que tem originado e incentivado os
problemas da organização.

Sendo assim, é possível utilizar a constelação organizacional para verificar:

» Se o histórico dos fundadores da empresa está influenciando ou não os


sucessores;

» índices de baixa motivação;

» vendas;

» ineficiência;

» conflitos entre membros da equipe;

» comodismo;

» ineficácia;

» zona de conforto;

» validação da cultura empresarial.

Em relação às constelações familiares sistêmicas aplicadas no sistema de justiça,


juízes, promotores e outros atores do sistema de justiça têm feito capacitações
em constelação familiar sistêmica para poder ter condições de aplicá-las,
mormente em situações de casos mais complexos; como:

» disputa pela guarda dos filhos;

27
UNIDADE i | Princípios fenomenológicos

» divórcio;

» pensão alimentícia;

» inventário.

O grande responsável por conduzir as práticas de constelações familiares


ao sistema de justiça brasileiro é o juiz Samir Storch, do TJBA. Ele realizou a
formação e tem aprimorado e difundido seus conhecimentos.

A constelação familiar sistêmica no âmbito judicial consente que, no espaço de


insultos, incriminações, xingações e diminuições a respeito da outra parte, estes
acabam sendo todos envolvidos por emoções e sentimentos mais empáticos,
ocasionando, igualmente, movimentos de probabilidades de alterações e
transformações diante da dificuldade que está sendo constelada.

As sessões de constelação familiar sistêmica são geralmente aplicadas nas áreas


destinadas para a realização de audiências. A princípio, semelham-se a artes
teatrais, mas, na verdade, são conjunturas autênticas que estão sendo expostas, e
muito idênticas a várias outras circunstâncias que ocasionam ações nas diferentes
varas da justiça brasileira.

Figura 4. Representação da constelação familiar sistêmica no sistema de justiça.

Fonte: https://www.defensoria.mg.def.br/defensoria-publica-em-itajuba-realiza-sessoes-de-constelacoes-familiares-em-
parceria-com-o-ministerio-publico/.

Outro modo de realizar a técnica da constelação sistêmica é na escola. Como exemplo,


podemos citar demandas que abrangem as relações entre alunos e professores, pais
e comunidade escolar, desordem, problemas de aprendizagem ou para melhorar
relacionamentos. São conformadas a partir da transação que se desenvolve com os
representantes, assim como, então, recursos de possíveis resoluções são apontados.

28
Princípios fenomenológicos | UNIDADE i

Nas constelações sistêmicas, é conciso deixar de lado a consciência pessoal.


Para se achar a solução, deve-se abdicar-se da consciência individual e ir mais à
frente, além de modo inclusivo.

Desse modo, admitimos que a abordagem sistêmica fenomenológica possibilite


uma nova percepção, que, por ocasiões, aproxima-se por meio dos sentidos, e não
fundamentalmente da apreensão e da razão.

Nesse compasso, a abordagem sistêmica permite contemplar algo, consentindo


ser atingidos por algo, mesmo que o pensamento não alcance. Assim sendo, para
despontar-se da consciência pessoal e o cliente se conduzir para a consciência
grupal, é necessário abandonar verdades únicas, crenças, conceitos e consciência
pessoal.

A metodologia das constelações sistêmicas permite que todas as pessoas


envolvidas acessem alguma coisa que está presente no sistema, o que, em
muitas ocasiões, não é entendido, nem compreendido sem se analisar a
totalidade. Contudo, considera-se que a constelação familiar sistêmica seja
uma metodologia que se ocupa de demandas catalogadas a emaranhamentos
sistêmicos.

Ao refletir sobre os tipos de questões que são trazidas pelos clientes, é


admissível abarcar ordens de problemas emocionais, sentimentais, financeiros,
aprendizagens e outros.

Por fim, conforme Vasques (2019), as novas constelações ensinam ao constelador


(facilitador) a ter outra postura, olhar para a situação do constelado, a partir do
sistema familiar. Nas novas constelações, o constelador pouco fala, ele é mais
um observador do que irá ocorrer no momento da sessão. Cabe ressaltar que a
constelação não cura uma doença, e sim algo mais subjetivo.

Para refletir a respeito das novas constelações familiares em seus processos,


deixamos como sugestão link de vídeo do Youtube, que apresenta uma
entrevista elucidativa com a Consteladora Rubia de Oliveira Vasques, que
desmistifica a questão da constelação em relação a espiritismo e astrologia etc.

https://www.youtube.com/watch?v=F7FfyF5EYSY.

29
REFERÊNCIAS

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