Inscrição Na Ordem Dos Advogados Do Brasil - OAB
Inscrição Na Ordem Dos Advogados Do Brasil - OAB
Inscrição Na Ordem Dos Advogados Do Brasil - OAB
Índice
5.1) Inscrição na OAB (Advogado) 3
Capacidade Civil: A capacidade civil plena é adquirida aos 18 anos de idade, sendo
que aquele reputado como incapaz não se tornará apto a se inscrever nos quadros de
advogados da OAB.
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão
relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a
administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
Idoneidade Moral: A idoneidade moral está intimamente ligada com a boa reputação
daquele que pretende se inscrever na OAB. Veja que a OAB traz uma presunção relativa
de idoneidade moral de todos aqueles que requeiram a sua inscrição perante os quadros
da instituição, mas possível torna-se que qualquer cidadão, anônimo ou não, suscite a
inidoneidade moral de um candidato a inscrição. Nesta hipótese, ter-se-á a suspensão da
inscrição até que ocorra o julgamento do incidente de idoneidade moral pelo Conselho
Seccional.
A inidoneidade moral será declarada mediante decisão mínima de dois terços dos votos de
todos os membros do Conselho Seccional.
Lúcio pretende se inscrever como advogado junto à OAB. Contudo, ocorre que ele passou
por determinada situação conflituosa que foi intensamente divulgada na mídia, tendo sido
publicado, em certos jornais, que Lúcio não teria idoneidade moral para o exercício das
atividades de advogado.
A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado inscrito e
A) deve ser declarada por meio de decisão da diretoria do conselho competente, por
maioria absoluta, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e deve ser
declarada por meio de decisão de, no mínimo, dois terços dos votos de todos os
B)
membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do
processo disciplinar.
A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado inscrito e
C) deve ser declarada por meio de decisão, por maioria absoluta, de todos os membros do
conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e deve ser
D) declarada por meio de decisão, por maioria simples, do Tribunal de Ética e Disciplina do
conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
Solução
A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e
deve ser declarada por meio de decisão de, no mínimo, dois terços dos votos
Gabarito: B)
de todos os membros do conselho competente, em procedimento que
observe os termos do processo disciplinar.
A questão trata dos requisitos para inscrição como advogado. Eles estão presentes
principalmente no art. 8º do Estatuto da Advocacia e da OAB:
I - capacidade civil;
VI - idoneidade moral;
Inicialmente, trata-se de um rol taxativo. Um novo requisito, para ser exigido, deverá ser
incluído no art. 8º por meio de lei. Vamos analisar abaixo cada um dos incisos.
Quanto à capacidade civil, o Código Civil prevê que ela é adquirida aos 18 anos, salvo se
emancipado (art. 5º CC). Mas o Estatuto prevê que o advogado poderá licenciar-se no
caso de doença mental curável.
Em relação ao título de eleitor, veja que não há a obrigação da quitação eleitoral. Mas se
exige a quitação do serviço militar, o que é exigido somente para homens (art. 143,
caput e § 2º, CF/88).
A aprovação no Exame da Ordem deve ocorrer tanto nas provas objetivas quanto nas
discursivas. O STF já declarou que essa exigência é constitucional (STF, Plenário. RE
603.583/RS. Rel. Min. Marco Aurélio. Julg. 26/10/2011).
A pessoa que deseja realizar a inscrição não pode exercer qualquer atividade
incompatível com a advocacia. Elas estão previstas no art. 28 do Estatuto.
Deve também comprar a sua idoneidade moral. Ela diz respeito à boa reputação que a
pessoa tem perante a sociedade. Nesse ponto, o EAOAB traz uma presunção relativa de
idoneidade, que pode ser questionada por qualquer pessoa, advogado ou não. Para
isso, veja o que dispõe o art. 8º, §§ 3º e 4º do EAOAB:
Art. 8º, § 3º, EAOAB. A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser
declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os
membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do
processo disciplinar.
§ 4º. Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por
crime infamante, salvo reabilitação judicial.
Por fim, deve-se prestar compromisso perante o respectivo Conselho. Esse compromisso
está disposto no art. 20 do Regulamento Geral da OAB:
Conforme o art. 8º, § 3º do EAOAB, não é necessário ser advogado para suscitar a
inidoneidade de quem pretende se inscrever como advogado. Além disso, a inidoneidade é
declarada por voto de 2/3 dos membros do Conselho, e não por maioria da diretoria.
O art. 8º, § 3º do EAOAB prevê que qualquer pessoa pode suscitar a inidoneidade de quem
pretende se inscrever na OAB. Mas ela só será declarada pelo voto de 2/3 dos membros do
Conselho
Não é necessário ser advogado para suscitar a inidoneidade de quem pretende se inscrever
como advogado (art. 8º, § 3º, EAOAB). Ademais, a inidoneidade é declarada por voto de 2/3
dos membros do Conselho, e não por sua maioria absoluta.
(...)
§ 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante
decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho
competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
§ 4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por
crime infamante, salvo reabilitação judicial.”
Apesar do conceito subjetivo que envolve o aspecto da idoneidade moral, já que é ligado à
honra, à dignidade, aos bons costumes etc., o EAOAB é taxativo ao trazer que aquele que
pratica crime infamante não atenderá ao requisito da idoneidade moral. Contudo, há a
possibilidade de REABILITAÇÃO JUDICIAL, esta sendo um benefício judicial concedido ao
condenado, depois de dois anos de extinção da pena, e que o tornará apto a preencher o
quesito da idoneidade moral.
Segundo Hélio Vieira, o crime infamante pode ser conceituado como aquele que causa
repúdio à comunidade em geral, assim como ocorre nos crimes de estelionato e homicídio
qualificado, por exemplo.
Em resumo, tome nota de quem não poderá se inscrever nos quadros da OAB:
Sobre a hipótese, assinale a opção que indica o requisito que, em tal ocasião, Pedro
estará dispensado de apresentar.
Solução
Por fim, quanto ao advogado estrangeiro, devemos tecer algumas considerações quanto
a sua atuação como advogado no Brasil.
a) Observar os requisitos legais do Artigo 8º do EOAB, como: (a) capacidade civil; (b)
diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino
oficialmente autorizada e credenciada; (d) aprovação em Exame de Ordem; (e) não
exercer atividade incompatível com a advocacia; (f) idoneidade moral; e (g) prestar
compromisso perante o conselho.
Desta forma, com exceção do título de eleitor e a quitação do serviço militar, todos os
demais quesitos legais deverão ser cumpridos para que a atuação do advogado com
formação no exterior seja legítima no Brasil.
Portanto, não se exige a admissão em estágio profissional de advocacia, razão pela qual
a alternativa correta a ser assinalada é a letra C.
Solução
A questão trata das sanções disciplinares. No caso, ela está relacionada aos requisitos
para inscrição como advogado. Eles estão presentes principalmente no art. 8º do Estatuto
da Advocacia e da OAB:
I - capacidade civil;
VI - idoneidade moral;
Inicialmente, trata-se de um rol taxativo. Um novo requisito, para ser exigido, deverá ser
incluído no art. 8º por meio de lei. Vamos analisar abaixo cada um dos incisos.
Quanto à capacidade civil, o Código Civil prevê que ela é adquirida aos 18 anos, salvo se
emancipado (art. 5º CC). Mas o Estatuto prevê que o advogado poderá licenciar-se no
caso de doença mental curável.
Em relação ao título de eleitor, veja que não há a obrigação da quitação eleitoral. Mas
se exige a quitação do serviço militar, o que é exigido somente para homens (art. 143,
caput e § 2º, CF/88).
A aprovação no Exame da Ordem deve ocorrer tanto nas provas objetivas quanto nas
discursivas. O STF já declarou que essa exigência é constitucional (STF, Plenário. RE
603.583/RS. Rel. Min. Marco Aurélio. Julg. 26/10/2011).
A pessoa que deseja realizar a inscrição não pode exercer qualquer atividade
incompatível com a advocacia. Elas estão previstas no art. 28 do Estatuto, a exemplo do
ocupante de cargo vinculado ao Poder Judiciário (art. 28, IV, EAOAB), como os oficiais de
justiça.
Deve também comprar a sua idoneidade moral. Ela diz respeito à boa reputação que a
pessoa tem perante a sociedade. Nesse ponto, o EAOAB traz uma presunção relativa de
idoneidade, que pode ser questionada por qualquer pessoa, advogado ou não (art. 8º,
§§ 3º e 4º, EAOAB).
Por fim, deve-se prestar compromisso perante o respectivo Conselho. Esse compromisso
está disposto no art. 20 do Regulamento Geral da OAB:
A falta de diploma pode ser suprida pela apresentação de certidão de graduação, conforme
o art. 23 do RGOAB.
Não basta uma simples declaração da autoridade. Não sendo possível apresentar o diploma,
o art. 23 do RGOAB admite a entrega de certidão de graduação acompanhada de histórico
escolar.
Na falta do diploma, Sávio não poderá entregar declaração de próprio punho. O art. 8º, II do
EAOAB exige o diploma ou, em sua falta, a certidão de graduação.
É o que prevê o art. 23 do RGOAB. Não sendo possível entregar o diploma, é possível a
apresentação de certidão de graduação acompanhada de histórico escolar autenticado.
Inicialmente, devemos observar que o advogado pode ter uma inscrição principal e outra
suplementar, sem qualquer prejuízo. No entanto, observe as seguintes premissas acerca da
INSCRIÇÃO:
Sim! O advogado poderá atuar em até 05 causas ao ano em outro estado-membro, a qual a sua
jurisdição não alcance por tratar-se de outro estado-membro.
“Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo
território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral.
§ 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve
o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional
correspondente.
Semprônio reside no Estado W, onde mantém o seu escritório de advocacia, mas requer
sua inscrição principal no Estado K, onde, em alguns anos, pretende estabelecer
domicílio. No concernente ao tema, à luz das normas estatutárias, é correto afirmar que
A) o advogado pode eleger qualquer seccional para inscrição principal ao seu arbítrio.
Solução
Análise do Caso
Pois bem, a inscrição principal deve ser feita no Conselho Seccional ou na Subseção da
OAB em que o advogado pretenda ter domicílio profissional. É o que afirma o art. 10,
caput, do Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94). Veja:
Art. 10, EAOAB. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional
em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do
regulamento geral.
Art. 10, § 1º, EAOAB. Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade
de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
Art. 10, § 2º, EAOAB. Além da principal, o advogado deve promover a inscrição
suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer
habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que
exceder de cinco causas por ano.
Interpretando-se a norma acima, percebe-se que o causídico pode atuar em até 5 causas
por ano em território diferente da sua inscrição sem que seja necessária a inscrição
suplementar. O art. 26 do Regulamento Geral da OAB tem dispositivo em sentido
semelhante:
Art. 10, § 3º, EAOAB. No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra
unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o
Conselho Seccional correspondente.
Por fim, se a inscrição principal estiver com algum vício ou ilegalidade, o pedido de
transferência ou de inscrição suplementar deverá ser suspenso pelo Conselho Seccional.
Observe:
Art. 10, § 4º, EAOAB. O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou
de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição
principal, contra ela representando ao Conselho Federal.
A letra A está incorreta. INCORRETA
A inscrição principal do advogado deve ocorrer perante o Conselho Seccional cuja base
territorial ele pretenda ter domicílio profissional (art. 10, EAOAB)
A sede do escritório do advogado é onde ele possui domicílio profissional e, portanto, onde
deve possuir a inscrição principal (art. 10, EAOAB). Não há previsão de autorização do
Conselho Federal para que a inscrição principal possa ser feita em outro local.
Segundo o art. 10, § 1º do EAOAB, havendo dúvida sobre qual o domicílio profissional do
advogado, deve prevalecer o seu domicílio de pessoa física, e não da sede principal do
exercício da advocacia.
É o que prevê o art. 10 do EAOAB. A inscrição principal deve ocorrer onde o advogado
pretenda estabelecer seu domicílio profissional.
Não confunda a exigência de intervenção judicial em seis ou mais causas por ano para
fins de obrigatoriedade de requerimento da INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR com o
requisito legal para caracterização do EFETIVO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA (ART. 1º,
do EAOAB).
Solução
De acordo com Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado. 21 ed. São Paulo:
Saraiva, 2017. p. 995), podemos extrair duas regras do dispositivo acima:
indispensabilidade do advogado, que não é absoluta; e imunidade do advogado, que
também não é irrestrita, devendo observar os limites definidos no Estatuto da Advocacia
e da OAB.
1. Habeas Corpus ("art. 1º, § 1º, EAOAB. Não se inclui na atividade privativa de advocacia
a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal.")
4. Ação de Alimentos;
c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do
seu ofício, indicando os atos praticados.
Essa comprovação é importante, por exemplo, para concursos públicos que exigem
atividade jurídica.
A letra A está incorreta. INCORRETA
Não são seis atos por ano, e sim cinco, conforme o art. 5º, caput do RGOAB.
Na verdade, o art. 5º, caput do RGOAB exige pelo menos cinco processos por ano para
comprovação da atividade advocatícia, e não três.
Conforme o art. 5º, caput do RGOAB, são cinco atos por ano, e não quatro.
O efetivo exercício da advocacia exige a atuação anual mínima em cinco causas distintas,
B)
que devem ser comprovadas por cópia autenticada de atos privativos.
Solução
De acordo com Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado. 21 ed. São Paulo:
Saraiva, 2017. p. 995), podemos extrair duas regras do dispositivo acima:
indispensabilidade do advogado, que não é absoluta; e imunidade do advogado, que
também não é irrestrita, devendo observar os limites definidos no Estatuto da Advocacia
e da OAB.
1. Habeas Corpus ("art. 1º, § 1º, EAOAB. Não se inclui na atividade privativa de advocacia
a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal.")
4. Ação de Alimentos;
c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do
seu ofício, indicando os atos praticados.
Essa comprovação é importante, por exemplo, para concursos públicos que exigem
atividade jurídica.
A letra A está incorreta. INCORRETA
Na verdade, o art. 5º, caput do RGOAB exige pelo menos cinco processos por ano para
comprovação da atividade advocatícia.
Não são dois atos por ano, e sim cinco, conforme o art. 5º, caput do RGOAB.
Inicialmente, não há que se falar em declaração do juiz para comprovar os atos privativos do
advogado. Ademais, não são três atos judiciais por ano, mas sim cinco (art. 5º, caput,
RGOAB).
A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional de São Paulo, já
que a inscrição principal do advogado é feita no Conselho Seccional em cujo território
A) se localize seu curso jurídico. Além da principal, Victor terá a faculdade de promover sua
inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais do Ceará e do Rio de Janeiro, onde
pretende exercer a profissão.
A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Ceará. Isso
porque a inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo
território pretende estabelecer o seu domicílio profissional. A promoção de inscrição
C)
suplementar no Conselho Seccional do Rio de Janeiro será facultativa, pois as
intervenções judiciais pontuais, como as causas em que Victor atuará, não configuram
habitualidade no exercício da profissão.
Solução
Art. 10, EAOAB. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional
em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do
regulamento geral.
Art. 10, § 1º, EAOAB. Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade
de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
Art. 10, § 2º, EAOAB. Além da principal, o advogado deve promover a inscrição
suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente
a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco
causas por ano.
Interpretando-se a norma acima, percebe-se que o causídico pode atuar em até 5 causas
por ano em território diferente da sua inscrição sem que seja necessária a inscrição
suplementar. O art. 26 do Regulamento Geral da OAB tem dispositivo em sentido
semelhante:
Art. 10, § 3º, EAOAB. No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra
unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o
Conselho Seccional correspondente.
Por fim, se a inscrição principal estiver com algum vício ou ilegalidade, o pedido de
transferência ou de inscrição suplementar deverá ser suspenso pelo Conselho Seccional.
Observe:
Art. 10, § 4º, EAOAB. O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou
de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição
principal, contra ela representando ao Conselho Federal.
A letra A está incorreta. INCORRETA
Consoante o art. 10, caput, do EAOAB, a inscrição principal deve ser feita no Conselho
Seccional onde o advogado pretende estabelecer o seu domicílio profissional, e não onde
se localiza o curso jurídico. Ademais, a inscrição suplementar deve ser feita (ou seja, não é
uma faculdade) se o advogado atuar em mais de 10 causas por ano na localidade (art. 10, §
2º, EAOAB).
A inscrição principal de Victor deve ser feita onde pretende estabelecer seu domicílio
profissional (no Ceará), segundo o art. 10, caput do EAOAB, e não onde ele exercerá
intervenção. No último caso, ele deverá promover sua inscrição suplementar (ou seja, no
Rio de Janeiro).
A inscrição principal realmente deve ser no Ceará (art. 10, caput, EAOAB). Mas a inscrição
suplementar no Rio de Janeiro é obrigatória, pois Victor atuará em mais de cinco causas por
ano (art. 10, § 2º, EAOAB).
É exatamente o que prevê o art. 10, caput e § 1º, do EAOAB. A inscrição principal é feita no
Conselho Seccional que abrange o território em que o advogado terá domicílio profissional
(no caso, Ceará). Já a inscrição suplementar, no caso, é obrigatória, pois ele atuará em mais
de 5 causas por ano, e deve ser feita no Rio de Janeiro.
Atenção: Inscrição Especial - Após uma atualização, o EAOAB passou a prever que as
causas de incompatibilidade previstas nas hipóteses dos incisos V e VI não se
aplicam ao exercício da advocacia em causa própria, estritamente para fins de defesa
e tutela de direitos pessoais, desde que mediante inscrição especial na OAB, vedada a
participação em sociedade de advogados.
Solução
Art. 10, EAOAB. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional
em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do
regulamento geral.
Art. 10, § 1º, EAOAB. Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade
de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
Art. 10, § 2º, EAOAB. Além da principal, o advogado deve promover a inscrição
suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer
habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que
exceder de cinco causas por ano.
Interpretando-se a norma acima, percebe-se que o causídico pode atuar em até 5 causas
por ano em território diferente da sua inscrição sem que seja necessária a inscrição
suplementar. O art. 26 do Regulamento Geral da OAB tem dispositivo em sentido
semelhante:
Art. 10, § 3º, EAOAB. No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra
unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o
Conselho Seccional correspondente.
Por fim, se a inscrição principal estiver com algum vício ou ilegalidade, o pedido de
transferência ou de inscrição suplementar deverá ser suspenso pelo Conselho Seccional.
Observe:
Art. 10, § 4º, EAOAB. O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou
de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição
principal, contra ela representando ao Conselho Federal.
A letra A está incorreta. INCORRETA
Gennaro não precisa fazer inscrição suplementar (art. 10, § 2º, EAOAB) no Rio de Janeiro
pois, como afirma o enunciado, ele continua "exercendo as mesmas funções no escritório de
São Paulo". Ou seja, ele não atua no Rio de Janeiro.
Como Gennaro não mudou seu domicílio profissional tampouco passou a exercer a
advocacia no Rio de Janeiro, não há que se falar em inscrição suplementar ou mesmo em
transferência, podendo continuar somente com sua inscrição principal em São Paulo (art. 10,
caput, EAOAB).
A) os atos praticados pelo suposto advogado não ofendem qualquer dispositivo legal.
verificada a ausência de inscrição profissional, deverá ser outorgado prazo para sua
B)
regularização.
os atos praticados por Mévio são nulos, pois foram praticados por pessoa não inscrita na
C)
OAB.
Solução
os atos praticados por Mévio são nulos, pois foram praticados por pessoa não
Gabarito: C)
inscrita na OAB.
Análise do Caso
De acordo com Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado. 21 ed. São Paulo:
Saraiva, 2017. p. 995), podemos extrair duas regras do dispositivo acima:
indispensabilidade do advogado, que não é absoluta; e imunidade do advogado, que
também não é irrestrita, devendo observar os limites definidos no Estatuto da Advocacia
e da OAB.
1. Habeas Corpus ("art. 1º, § 1º, EAOAB. Não se inclui na atividade privativa de advocacia
a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal.")
4. Ação de Alimentos;
Continuando, como visto, os atos privativos da advocacia só podem ser praticados por
quem é inscrito na OAB. Nesse sentido, o art. 4º do Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei
8.906/94) prevê que os atos praticados por pessoa não inscrita na OAB são nulos.
Igualmente, seu parágrafo único inclui como também nulos os atos praticados por
advogado impedido, suspenso, licenciado ou quando exerce atividade incompatível
com a advocacia. Veja:
Art. 4º, EAOAB. São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não
inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no
âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade
incompatível com a advocacia.
Como sansão penal, o não inscrito na OAB que praticar atos privativos da advocacia
poderá responder pelo exercício ilegal da profissão (art. 47, Lei de Contravenções Penais).
Já civilmente poderá responder por eventuais danos que seus atos venham a promover.
Como a postulação a órgãos do Poder Judiciário é atividade privativa da advocacia (art. 1º, I,
EAOAB), quem a pratica deve ser inscrito na OAB, sob pena de nulidade (art. 4º, EAOAB).
Não há que se falar em prazo para regularização. Como Mérvio não é inscrito na OAB, ao
praticar atos privativos da advocacia eles serão considerados nulos (art. 4º, EAOAB).
É exatamente o que dispõe o art. 4º do EAOAB. Atos privativos de advogado praticados por
quem não é inscrito na OAB são considerados nulos.
Segundo o art. 4º do EAOAB, além da nulidade do ato, o indivíduo que o pratica poderá
responder civil, penal e administrativamente.
Cancelamento e Licenciamento
III - falecer;
(Artigo 12 do EAOAB)
Veja que o motivo deve ser relevante e apto a
impedi-lo de exercer a advocacia.
Assim, em resumo...
Cancelamento:
Licença:
Solução
A licença da inscrição pode ser compreendida como uma autorização para que o
advogado se afaste provisoriamente do exercício da profissão. Ao fim do período de
licenciamento, o advogado retornará ao quadro com o mesmo número de ordem.
Delimitado o panorama, da leitura dos incisos do art. 12, elimina-se a letra “a”, por conta
da expressão “independentemente de motivação”, pois contraria o inciso I, destacado
acima. A letra “b”, por sua vez, é incompatível com o inciso III. Por fim, a letra “c” contém
como erro a expressão “de forma definitiva”, divergindo do inciso II.
Por fim, a assertiva “d” é a correta, já que reproduz o teor do inciso III do art. 12.
Lucas, estagiário de Direito, descobre que Patrícia, advogada que o supervisiona, teve
sua inscrição na OAB cancelada. Na intenção de auxiliar Patrícia a restabelecer o
exercício da advocacia, Lucas passa a estudar a legislação que disciplina o tema. Sobre o
cancelamento da inscrição, Lucas concluiu, corretamente, que
deve ser promovido, de ofício, pelo conselho competente, caso decorra do exercício de
C)
atividade incompatível com a advocacia.
D) será restaurado o número cancelado, caso seja feito um novo pedido de inscrição.
Solução
Cabe acrescentar que o cancelamento implica a perda de seu número. Todavia, com
exceção da hipótese de falecimento, é possível ao advogado o retorno aos quadros da
OAB, por meio de novo requerimento de inscrição.
A alternativa B está incorreta, nos termos do § 3º c/c inciso II, do Art. 11. da Lei nº
8.906/94: “Cancela-se a inscrição do profissional que: [...] II - sofrer penalidade de
exclusão; [...] § 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também
deve ser acompanhado de provas de reabilitação.”
A alternativa D está incorreta, pois diverge do §2º do art. 11 da Lei nº 8.906/94, a seguir
transcrito: “§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de
inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII
do art. 8º.”
Carlos é aluno do primeiro período do curso de Direito. Vinícius é bacharel em Direito, que
ainda não realizou o Exame da Ordem. Fernanda é advogada inscrita na OAB. Todos eles
são aprovados em concurso público realizado por Tribunal de Justiça para o
preenchimento de vagas de Técnico Judiciário.
Carlos não poderá frequentar o estágio ministrado pela instituição de ensino superior em
A)
que está matriculado.
Vinícius preencherá os requisitos necessários para ser inscrito como advogado na OAB,
B)
caso venha a ser aprovado no Exame da Ordem.
Fernanda deverá ter sua inscrição na OAB suspensa, restaurando-se o número em caso
D)
de novo pedido.
Solução
Análise do Caso
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser
promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por
qualquer pessoa.
Deste modo, Carlos, Vinícius e Fernanda não poderão obter a inscrição junto à OAB
porque a advocacia é incompatível com o exercício de cargo ou função vinculado direta
ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário.
A letra A está incorreta. INCORRETO
Não há óbice a que Carlos frequente o estágio ministrado pela instituição de ensino superior
em que está matriculado.
Se aprovado no Exame da Ordem, Vinícius preencherá um dos requisitos para ser inscrito
como advogado na OAB, porém, o outro requisito está previsto no art. 8º, inc. V da Lei nº
8.906/94 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil) - "não exercer
atividade incompatível com a advocacia". Porém, nos termos do art. 28, inc. IV do Estatuto, o
exercício da advocacia é incompatível com o exercício de cargo ou função vinculado direta
ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário. Logo, Vinícius não poderá se
inscrever como advogado na OAB.
Nos termos do art. 11, inc. IV e §1º da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos
Advogados do Brasil), cancela-se a inscrição do profissional que passar a exercer, em caráter
definitivo, atividade incompatível com a advocacia, que deverá ser promovido, de ofício,
pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. Logo,
Fernanda deverá ter sua inscrição na OAB cancelada de ofício ou em virtude de
comunicação que pode ser feita por qualquer pessoa.
Nos termos do art. 11, inc. IV da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos
Advogados do Brasil), cancela-se a inscrição do profissional que passar a exercer, em
caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia.
José da Silva, advogado renomado, é acometido por doença mental considerada pela
unanimidade dos médicos como incurável, perdendo suas faculdades de discernimento e
sendo considerado absolutamente incapaz por sentença judicial.
Nos termos das regras estatutárias, sua inscrição como advogado será
Solução
I - assim o requerer (trata-se de ato irretratável, logo, não passível de retificação. O novo
pedido de inscrição para fins de exercício da atividade profissional deverá ser
acompanhado de novo número de OAB);
III - falecer;
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição (como no caso de adquirir
uma doença mental incurável, em que perderá a capacidade civil).
I - assim o requerer, por motivo justificado (observe que, a requerimento, poderá ocorrer
tanto o cancelamento quanto a licença, sendo que este exige motivo justificado);
III - sofrer doença mental considerada curável (o seu afastamento perdurará até que se
apresente laudo probatório de sua recuperação)
A letra A está incorreta. INCORRETA
É o que dispõe o art. 11, V do EAOAB. Como, nesse caso, o advogado perderá sua capacidade
civil, requisito indispensável para a inscrição na OAB (art. 8º, I, EAOAB), sua inscrição será
cancelada.
Não se trata de suspensão temporária para avaliação pelo Conselho Seccional (não há,
sequer, essa previsão no EAOAB). Temos um caso de cancelamento da inscrição (art. 11, V,
EAOAB).
1 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1597992
2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14365.htm#art2
3 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6457940
4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14365.htm#art2
5 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6457940