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Cadeia de Sobrevivência

A cadeia de sobrevivência é formada por quatro etapas igualmente importantes para salvar uma
vítima de parada cardiorrespiratória (PCR):

1. Ligar para o 112 - Reconhecimento Precoce: Reconhecer rapidamente a PCR é crucial para
acionar os serviços de emergência e iniciar o Suporte Básico de Vida (SBV) o mais rápido
possível. Na União Europeia, o número de emergência é o 112. Em Portugal, ao ligar para o 112,
a chamada é atendida por operadores nos Centros Operacionais 112, que encaminham para o
Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM. O CODU desempenha um papel
importante no reconhecimento da PCR e fornece instruções para iniciar a reanimação, se
necessário, até a chegada dos serviços de emergência.

2. Instruções de Reanimação: O CODU instrui e orienta as manobras de reanimação, se


necessário, até a chegada dos serviços de emergência. Se a vítima estiver inconsciente e não
estiver respirando normalmente, serão fornecidas instruções para iniciar as manobras de
reanimação.

3. Reconhecimento dos Sinais de PCR: Os sinais de


PCR incluem falta de respiração normal, respiração
agónica (movimentos de abertura da boca e
respiração lenta sem expansão torácica e caz) e
possivelmente convulsões. Se a vítima apresentar
esses sinais, deve-se assumir que está em PCR e
iniciar as manobras de reanimação.

4. Avaliação Contínua e Intervenção Rápida: A


avaliação contínua da vítima é essencial para
identi car e tratar rapidamente a PCR. O CODU
fornece orientações durante todo o processo até que
os serviços de emergência cheguem ao local.

Ativar os serviços de emergência antes de uma PCR


pode aumentar as chances de sobrevivência da
pessoa afetada.

Durante o tempo entre a ativação e a chegada dos


serviços de emergência, as manobras de Suporte
Básico de Vida (SBV) são muito importantes, podendo dobrar as chances de sobrevivência da
pessoa que está precisando de ajuda. O SBV, que inclui compressões no peito e respiração boca
a boca, é essencial para evitar danos nos órgãos vitais e aumentar as chances de sucesso nos
próximos passos do processo de salvar vidas. A des brilação precoce é crucial em casos de
brilação ventricular, pois a cada minuto de atraso, as chances de sobrevivência diminuem
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signi cativamente. Por isso, é
fundamental que pessoas treinadas
utilizem Des brilhadores Automáticos
Externos (DAE). O Suporte Avançado
de Vida e os cuidados após a
reanimação também têm papéis
importantes no sucesso da
recuperação e na qualidade de vida
após uma parada cardiorrespiratória.
Em resumo, começar as manobras de
SBV imediatamente e continuar a fazer
até a chegada dos serviços de
emergência é crucial para aumentar as
chances de sobrevivência da pessoa
que precisa de ajuda.

O Suporte Básico de Vida (SBV) para adultos segue um algoritmo que simpli ca os
procedimentos, priorizando momentos críticos. Antes de ajudar uma vítima, é crucial veri car as
condições de segurança para evitar riscos para o socorrista e outras pessoas. Isso envolve se
proteger contra perigos ambientais,
tóxicos e infecciosos. Esses perigos
também devem ser levados em
consideração durante as manobras de
SBV e o uso de Des brilhadores
Automáticos Externos (DAE). Em casos
de acidentes de trânsito, ações como
acender as luzes de emergência,
posicionar o veículo de maneira segura
e usar um colete re etor são
fundamentais. Em situações de
envenenamento, é essencial identi car
o produto envolvido e entrar em contato
com o Centro de Informação
Antivenenos para obter orientações
especializadas. O uso de equipamentos
de proteção, como luvas e máscaras,
pode ser necessário para evitar a
exposição a substâncias corrosivas ou
absorvíveis pela pele.

Durante as manobras de reanimação, é importante estar ciente do pequeno, mas real, risco de
transmissão de doenças, como tuberculose, especialmente ao fazer respiração boca-a-boca.
Esse risco aumenta em situações em que há contato com sangue infectado ou feridas. Para
reduzir esse risco, evite o contato direto com uidos corporais, como sangue, secreções e
vómito. Se for necessário fazer respirações, use uma máscara de bolso ou um insu ador manual
para evitar a exposição ao ar expirado da vítima. Além disso, ao avaliar o estado de consciência
da vítima, mantenha-se seguro e peça ajuda, se necessário, mantendo a via aérea desobstruída,
mas sem se expor a riscos que possam comprometer a segurança de todos os envolvidos.

Garantir a permeabilização da via aérea e restabelecer a ventilação são objetivos essenciais no


Suporte Básico de Vida (SBV) para evitar danos causados pela falta de oxigenação adequada
dos órgãos vitais, especialmente o cérebro. Quando uma vítima está inconsciente, os músculos
da garganta, incluindo a língua, relaxam e podem obstruir a via aérea, por isso é importante
permeabilizá-la. Para fazer isso, coloque a vítima deitada de costas, com uma mão na testa e
dois dedos da outra mão no queixo, e incline a cabeça para trás.

Após garantir a permeabilização da via aérea, é necessário avaliar a ventilação da vítima.


Veri que se ela está respirando normalmente, observando os movimentos do tórax, ouvindo os
sons respiratórios pela boca/nariz e sentindo o ar expirado no rosto do socorrista. Faça isso por
até 10 segundos.
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Se a vítima estiver respirando normalmente, coloque-a na Posição Lateral de Segurança (PLS).
Essa posição ajuda a manter a via aérea desobstruída e evita que a vítima engasgue com a
própria língua ou vómito.

Caso faça parte de uma equipe de emergência, inicie o exame da vítima.

Se a vítima não responde e não está a respirar normalmente, ligue imediatamente para o serviço
de emergência médica, no número 112. Ao ligar, informe com precisão o local e o tipo de
situação (emergência médica). Após ser transferido para o Centro de Orientação de Doentes
Urgentes (CODU), forneça informações adicionais, como a localização exata da ocorrência.

Se a vítima apresentar movimentos de abertura da boca e respiração lenta, sem expansão


adequada do tórax e não estiver respirando normalmente (respiração agónica), assuma que ela
está em Parada Cardiorrespiratória (PCR).

Se houver mais de uma pessoa no local, uma delas deve ligar para o serviço de emergência,
ligando 112, enquanto a outra começa as manobras de SBV;
Se estiver sozinho, é desejável que não abandone nem atrase o auxílio à vítima, podendo usar o
alta voz de um telemóvel para interagir com o 112 e com os técnicos do CODU, enquanto realiza
o SBV;
Se não tiver telefone ou rede de telemóvel por perto, deve abandonar a vítima, ligar para o 112 e
depois começar o SBV.

Lembre-se que é importante realizar o Suporte Básico de Vida

Realize Compressões Torácicas

Durante a PCR, o sangue retido nos


pulmões e no sistema arterial
permanece oxigenado por alguns
minutos. As compressões torácicas
são essenciais para manter o uxo
sanguíneo para o coração, cérebro e
outros órgãos vitais, sendo prioritário
iniciar as compressões torácicas.
Para realizar corretamente as
compressões torácicas, siga estes
passos:
• Posicione-se ao lado da vítima;
• Certi que-se de que a vítima está
deitada de costas, em uma superfície
rme e plana;
• Afaste ou remova as roupas que
cobrem o tórax da vítima;
• Posicione-se verticalmente acima do tórax da vítima;
• Coloque a base de uma mão no centro do tórax (sobre a metade inferior do esterno);
• Coloque a outra mão sobre a primeira, entrelaçando os dedos;
• Mantenha os braços e cotovelos esticados, com os ombros na direção das mãos;
• Aplique pressão sobre o esterno, deprimindo-o 5 a 6 cm a cada compressão;
• Aplique 30 compressões de forma rítmica, a uma frequência entre 100 a 120 por minuto;
• No nal de cada compressão, garanta a descompressão total do tórax sem remover as mãos;
• Não interrompa as compressões, exceto para realizar insu ações ou seguir instruções do DAE,
se existente.
Realize 30 compressões, deprimindo o esterno 5 a 6 cm, a uma frequência de 100 a 120
compressões por minuto.

Depois de realizar 30 compressões, é necessário fazer 2 insu ações.


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Uma insu ação e caz deve fazer com que o peito se eleve, como em uma respiração normal, e
deve durar apenas 1 segundo.

Não demore mais de 10 segundos para realizar as duas insu ações.

Evite fazer insu ações bruscas e com excesso de ar.

Uma posição incorreta da cabeça pode impedir uma insu ação adequada, pois pode obstruir as
vias aéreas.

Se não for possível utilizar um dispositivo para fazer as insu ações, como uma máscara de bolso
ou um insu ador manual, que são reservados para as Equipes de Emergência, a alternativa é
fazer a insu ação "boca a boca" para fornecer oxigénio à vítima.

Insu ações com uma máscara de bolso são utilizadas por pessoas sem treinamento
especializado durante a RCP. Essa máscara se encaixa no rosto da vítima, cobrindo o nariz e a
boca, e possui uma válvula que impede que o reanimador respire o ar expirado pela vítima.

Para realizar as insu ações corretamente, siga estes passos:

1. Posicione-se ao lado da vítima;


2. Abra as vias aéreas;
3. Aplique duas insu ações, mantendo as vias aéreas abertas:
a. Coloque a máscara sobre o nariz e a
boca da vítima, com a parte mais
estreita sobre o dorso do nariz e a parte
mais larga sobre a boca;
b. Segure a parte mais estreita da
máscara com o polegar e o indicador;
c. Coloque o polegar da outra mão na
parte mais larga da máscara e use os
outros dedos para levantar o queixo da
vítima, criando uma vedação hermética;
d. Sopre suavemente pela válvula
unidirecional por cerca de 1 segundo em
cada insu ação, fazendo com que o
tórax da vítima se eleve;
e. Retire a boca da válvula da máscara
após cada insu ação.
No nal das duas insu ações, volte
rapidamente a colocar as suas mãos na
posição correta no esterno e repita mais
30
compressões torácicas.

Insu ação boca-a-boca é uma técnica de primeiros socorros que pode ser usada para ajudar
uma pessoa que está com di culdade para respirar. Aqui estão os passos para realizar a
insu ação boca-a-boca:

1. Posicione-se ao lado da vítima.


2. Certi que-se de que a via aérea da vítima esteja desobstruída.
3. Faça duas insu ações, mantendo a via aérea desobstruída:
a. Feche as narinas da vítima com o dedo indicador e o polegar da mão que está na testa.
b. Permita que a boca da vítima se abra, mas mantenha o queixo elevado.
c. Inspire normalmente e coloque seus lábios ao redor da boca da vítima, garantindo que não
haja vazamentos.
d. Sopre na boca da vítima em um ritmo regular e controlado, observando o movimento do
tórax (deve durar cerca de 1 segundo, como uma respiração normal).
e. Mantendo a inclinação da cabeça e o queixo elevado, afaste-se da boca da vítima e observe
o tórax abaixar quando o ar sai.
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f. Inspire novamente e sopre na boca da vítima para um total de duas insu ações.
Se você não se sentir capaz ou tiver receio de realizar as insu ações, faça apenas compressões
torácicas.

Se optar por fazer apenas as compressões, elas devem ser contínuas, cerca de 100-120 por
minuto (sem pausas entre cada 30 compressões).

Continue realizando as manobras de reanimação (30 compressões seguidas de 2 insu ações, ou


compressões contínuas) até que ocorra uma das seguintes situações:
- Chegue ajuda especializada e você seja substituído.
- A vítima recupere os sinais vitais (esteja acordada, reativa, com movimentos intencionais e
respiração normal).
- Você esteja exausto.

Se as tentativas de insu ação forem ine cazes, passe imediatamente para as compressões
torácicas.
Não interrompa as compressões por um
período superior a 10 segundos para fazer
as duas insu ações.

Miguel Reis
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