UFPI-Microcontroladores 7-Hardware PIC-v1 0

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Universidade Federal do Piauí

Centro de Tecnologia
Curso de Engenharia Elétrica

MICROCONTROLADORES

Hardware PIC

Prof. Marcos Zurita


zurita@ufpi.edu.br
www.ufpi.br/zurita

Teresina - 2012
1. Considerações Sobre o Hardware

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Microcontroladores – Prof. Marcos Zurita
Considerações Sobre o Hardware

Considerações sobre o Hardware



Alimentação

Circuitos de Clock

Externos

Oscilador RC

Oscilador à Cristal

Oscilador à Ressoador Cerâmico

Clock Externo

Internos

Gerados pelo próprio uC (quando disponível)

Circuito de Reset

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Considerações Sobre o Hardware

Alimentação

Deve ser de 2.0 a 6.0V (depende do modelo!).

Deve ser estável (baixo ripple).
● Capacitores entre Vdd e Vss de ~100nF próximos ao PIC.

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Considerações Sobre o Hardware

Circuito de Clock
● É ele que dita o ritmo de funcionamento de toda a lógica
interna e a cadência de execução das instruções do
programa do microcontrolador.
● Nos microcontroladores PIC o clock pode ser obtido
basicamente a partir de 5 fontes:
● Oscilador RC

● Oscilador à Cristal

● Oscilador à Ressonador Cerâmico

● Fonte externa de Clock

● Oscilador Interno

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Considerações Sobre o Hardware

Fontes Externas e Internas de Clock

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Considerações Sobre o Hardware

Oscilador RC

Para sistemas pouco sensíveis à frequência de
operação, a solução mais barata para implementação
do circuito de clock é o oscilador RC externo:

● A frequência de oscilação depende dos valores de R EXT


e CEXT, da tensão de alimentação e da temperatura.
● Não devem ser utilizados para FOSC > 4MHz. 7
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Considerações Sobre o Hardware
● Valores baixos de R (< 2 kΩ) tornam o oscilador instável.
● Valores elevados de R (>100 kΩ) tornam o oscilador sensível
a ruído, umidade e correntes de fuga.
●  Recomenda-se escolher R entre 3 kΩ e 100 kΩ.
● Valores aproximados da frequência de oscilação para VDD=5
V e T=25 ºC são dados na tabela abaixo:
REXT CEXT Frequência Precisão Típica
5,1 kΩ 20 pF 3,4 MHz ±25%
10 kΩ 20 pF 2,2 MHz ±24%
100 kΩ 20 pF 250 kHz ±39%
3,3 kΩ 100 pF 1,82 MHz ±26%
5,1 kΩ 100 pF 1,3 MHz ±21%
10 kΩ 100 pF 725 kHz ±18%
100 kΩ 100 pF 75 kHz ±28%
3,3 kΩ 300 pF 655 kHz ±23%
5,1 kΩ 300 pF 470 kHz ±13%
10 kΩ 300 pF 260 kHz ±13%
100 kΩ 300 pF 28 kHz ±23% 8
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Considerações Sobre o Hardware

Oscilador Interno
● Alguns PICs dispõem de um oscilador interno capaz de
prover uma frequência fixa (31kHz / 4Mhz / 8MHz) para
o microcontrolador.
● A frequência de oscilação é calibrada na fábrica pela
Microchip através de um registrador interno (OSCCAL)
de maneira a minimizar as variações do processo de
fabricação.
● OSCCAL não é apagado quando um PIC tipo Flash é
reprogramado, mas se apaga em PICs “janelados”.
● Mesmo quando não utilizado como fonte de clock
principal, este oscilador é utilizado para coordenar a
operação de alguns módulos internos do PIC.
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A Estrutura do Oscilador Interno

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Considerações Sobre o Hardware

Modos de Operação do Oscilador Interno

● Modo INTOSC
● Externa Fosc/4 no pino OSC2;
● O pino OSC1 fica disponível
para I/O.

● Modo INTOSCIO
● Ambos os pinos OSC1 e OSC2
ficam disponíveis para I/O.

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Considerações Sobre o Hardware

Osciladores de Quartzo

Uma boa precisão na geração do clock pode ser
alcançada através osciladores de cristal de quartzo.

Possuem uma boa estabilidade e imunidade à variáveis
externas (temperatura, umidade, etc.).

Seu custo é maior que oscilador RC externo.

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Considerações Sobre o Hardware
● As capacitâncias típicas a serem empregadas no
oscilador à cristal são apresentadas na tabela abaixo:
Frequência C1 C2
32 kHz 68 a 100 pF 68 a 100 pF
200 kHz 15 a 30 pF 15 a 30 pF
100 kHz 68 a 150 pF 150 a 200 pF
2 a 20 MHz 15 a 30 pF 15 a 30 pF

● Capacitâncias C1 e C2 elevadas aumentam a


estabilidade do oscilador mas também aumentam o
tempo de inicialização (start-up time).
● Alguns cristais podem requerer um resistor em série
para OSC2 (ao invés da conexão direta). Naturalmente
isto deve ser informado pelo fabricante do cristal.
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Considerações Sobre o Hardware

Ressonadores Cerâmicos

Uma alternativa mais barata ao oscilador à cristal é o
ressonador cerâmico.

Embora seja bem mais preciso que o oscilador RC, ele
não é tão preciso nem estável quanto o cristal.

Pode ser empregado em sistemas que não requerem
uma temporização muito crítica.

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Considerações Sobre o Hardware
● As capacitâncias típicas a serem empregadas no
oscilador à ressonador cerâmico são apresentadas na
tabela abaixo:
Frequência C1 e C2
455 kHz 22 à 100 pF
2 a 10 MHz 15 a 68 pF
16 a 20 MHz 10 a 22 pF

● Alguns ressonadores já possuem C1 e C2 integrados:

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Considerações Sobre o Hardware

Clock Externo

Caso já exista uma fonte de clock externa ao PIC ou
este faça parte de um sistema sincronizado, o sinal de
clock pode ser diretamente injetado no pino OSC1.

Embora o pino OSC2 possa ser deixado em aberto, é
recomendável liga-lo a um resistor para o terra (10 kΩ,
tipicamente), para reduzir o ruído no sistema.

Fonte externa
de clock

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Considerações Sobre o Hardware

Modo de Operação do Oscilador


● De acordo com o tipo de circuito de geração de clock
adotado, um dos modos de operação do oscilador deve
ser selecionado no momento da gravação do PIC:
Modo Frequência Fonte de Clock
LP 32 kHz a 200 kHz Cristal de baixa frequência (Low Power)
XT 100 kHz a 4 MHz Cristal ou Ressonador de média frequência
HS 4 MHz a 20 MHz Cristal ou Ressonador de alta frequência
RC 20 kHz a 4 MHz RC externo – idem a EXTRC CLKOUT
EXTRC 20 kHz a 4 MHz RC externo
EXTRC CLKOUT 20 kHz a 4 MHz RC externo com CLKOUT
INTRC 4 MHz RC interno
INTRC CLKOUT 4 MHz RC interno com CLKOUT
● Quando uma fonte de clock externa for usada, deve ser
selecionado um dos modos LP, XT ou HS. 17
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Circuito Básico Para Operação do PIC16F877A

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2. Recursos Comuns

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Recursos Comuns

Recursos Comuns dos µC PIC


● Pre-Scale
● Watchdog
● Power On Reset
● Power Up Timer
● Brown Out
● Sleep
● Code Protect
● ID Code

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Recursos Comuns

Pre-Scale
● Divisor de frequência programável do sinal que
incrementa o Timer0, Timer1, Timer2
● Valores
● 1:1
● 1:2
● 1:4
● 1:8

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Recursos Comuns

Watchdog
● “Cão-de-Guarda”: provoca o reset do sistema, toda vez
que este contador “estoura”.
● Clear Watchdog (“chutar o cachorro”).
● Pode ser atrelado ao pre-scale.

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Considerações Sobre o Hardware

Reset Básico

Permite que uC seja reinicializado manualmente após a
estabilização da tensão de alimentação.

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Recursos Comuns

Power On Reset (POR)


● Sistema que faz com que durante a energização o pino
de Master Clear (MCLR) permaneça durante algum
tempo em zero, garantindo a inicialização.

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Recursos Comuns

Power Up Timer (PUT)



Temporizador que faz com que o PIC, durante a
energização (power up), aguarde alguns ciclos de
máquina para garantir que todo o sistema periférico
(display, teclado, memórias, etc) estejam operantes
quando o processamento estiver sendo executado.

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Recursos Comuns

Brown Out

Monitora a diferença de tensão entre VDD e VSS,
provocando a reinicialização do PIC (reset) quando
esta cai para um valor inferior ao mínimo definido no
manual.

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Recursos Comuns

Power Glitch

Trata-se de um tipo especial de “brown out” que ocorre
quando a tensão de alimentação cai momentaneamen-
te abaixo do nível mínimo, reinicializando o PIC.

Comum em ambientes industriais e em automóveis.

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Recursos Comuns

Sleep Mode

O consumo o uC passa da ordem de grandeza de mA
para µA.

Existem três maneiras de "acordar o PIC":

por interrupção externa/estado;

estouro do Watchdog;

reinicialização (MCRL).

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Recursos Comuns

Code Protect

Impede a leitura do programa

Não impede regravação

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Recursos Comuns

ID Code

Código de 4 bytes

Pode ser lido mesmo com Code Protect ativado

Só é acessível o nibble inferior

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Bibliografia
● Milan Verle, “PIC Microcontrollers -
Programming in C”, 1a Ed., MikroElektronika,
2009.
● Fábio Pereira, “Microcontroladores PIC:
programação em C”, 7 ed., Érica, 2009.
● Microchip Tec. Inc., “8-bit PIC
Microcontrollers”, Data Sheet, 2010.
● Microchip Tec. Inc., “PIC16F87XA - 28/40/44-Pin
Enhanced Flash Microcontrollers”, Data Sheet,
2003.

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