Atividade Sobre SUSP GM CAM

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CURSO: FORMAÇÃO DE GUARDAS MUNICIPAIS – CAMETÁ / 2024

ATIVIDADE AVALIATIVA VALENDO ATÉ 0,0 (xxx) PONTOS


DISCIPLINA: SUSP CH: xx horas.

PROFº.: FABIANO

Aluno: padrão

Inscrição: Nota:

OBS.:

ELEMENTOS PARA UMA REFLEXÃO AO PROFISSIONAL DA SEGURANÇA PÚBLICA


MUNICIPAL

Atividade da aula do dia 07.06.2024, relativas às atividades ministradas para o aprendizado.

1• SUSP:
Sigla para sistema único de segurança pública, foi criado em o dia 12 de abril de 2018, a Câmara
dos Deputados deliberou e encaminhou o Projeto de Lei n° 19 (PLC 19/2018) para o Senado, onde
foi aprovado no dia 16 de maio e seguiu para sanção da Presidência da República. Então, em um
evento no Palácio do Planalto no dia 11 de junho de 2018, o presidente à época Michel Temer
aprovou a lei que cria o SUSP.
No mesmo dia, Michel Temer, que sancionou a lei, também editou uma Medida Provisória que
transfere parte dos recursos arrecadados pelas loterias federais para o Ministério da Segurança
Pública. Para Jungmann, a estimativa é que a pasta da segurança pública receba mais 800 milhões
de reais até o fim do ano com esses recursos, além dos 13 bilhões já previstos no orçamento

2• Atuação SUSP:
Ele cria uma arquitetura única para a segurança pública em âmbito nacional, a partir de ações de
compartilhamento de dados (informações), operações integradas e colaborações nas estruturas de
segurança pública federal, estadual e municipal. A segurança pública continua sendo atribuição de
estados e municípios, a união fica responsável pela criação de diretrizes que serão compartilhadas
em todo o país.
Como ocorre com relação à saúde pública na qual os órgãos do sistema único de saúde (SUS)
atuam sob um pacto federativo, os órgãos de segurança do SUSP realizam operações combinadas,
em todo o território nacional, a partir de ações ostensivas, investigativas, de inteligência ou mistas,
com a participação de outras instituições, vinculadas ou não aos órgãos de segurança pública e
defesa social, especialmente, nas atividades de enfrentamento a organizações criminosas
(ORCRIM’s).

3• Composição.
O SUSP tem como órgão central o ministério da justiça e segurança pública (MJSP) e é integrado
pelas polícias federal, rodoviária federal, civis, militares, força nacional de segurança pública, corpos
de bombeiros militares. Além desses também fazem parte: agentes penitenciários, guardas
municipais e demais integrantes estratégicos e operacionais do segmento da segurança pública.
4• O que é Política Nacional de Segurança Pública:
Na lei de criação do SUSP também foram elaboradas as bases da política nacional de segurança
pública e defesa social (PNSPDS). A norma regulamentada pelo decreto 9489 de 30 de agosto de
2018 traz instrumentos de monitoramento e avaliação de atividades de desenvolvidas pelos órgãos
do sistema. A política visa a fomentar a integração e em ações estratégicas e operacionais em
atividades de inteligência de segurança pública e em gerenciamento de crises e incidentes, estimular
e apoiar a realização de ações de prevenção à violência e criminalidade, com prioridade para
aquelas relacionadas à “letalidade da população jovem negra”, das mulheres e de outros grupos
“vulneráveis”, apoiar as ações de manutenção da ordem pública e da incolumidade (pública) das
pessoas, do patrimônio, do meio ambiente e de bens e direitos, incentivar medidas para a
modernização de equipamentos, da investigação e da perícia e para a padronização de tecnologias
dos órgãos e das instituições de segurança pública, entre outros objetivos.

5• Abrangência do SUSP E PNSPDS.


A partir de agora, os órgãos de segurança pública serão integrados, visando uma atuação
cooperativa, sistêmica e harmônica. As instituições de todas as esferas de governo são
contempladas, devendo atuar na formulação e execução de operações combinadas e no
compartilhamento de informações. A Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social ditará
as ações e metas a serem replicadas por todos os órgãos brasileiros de segurança, em um âmbito
nacional.
Até então, não havia um projeto que sistematizava e unificava a segurança pública nacional. Uma
das principais questões da criação do SUSP e da PNSPDS é a ideia de médio a longo prazo,
sendo que a política em questão tem duração prevista de dez anos. Ou seja, não é uma política
imediatista – que busca ser aplicada rapidamente e muitas vezes pode acabar falhando. A ideia do
SUSP demanda planejamento, período de implementação e um certo tempo para que resultados
efetivos comecem a aparecer e sejam sentidos pela população.
Quando uma política nasce com um planejamento que ultrapassa quatro anos, ela atravessa
diferentes gestões governamentais e ganha força como política de Estado. As políticas ditas
de Estado envolvem um corpo especializado na sua construção, que estuda contextos nacionais
para formular estratégias que atendam demandas específicas de sua área de atuação. Além disso, é
interessante que elas não se associem diretamente a um Governo e/ou gestão específicos,
instaurando ações que atinjam problemas complexos, assim como é a segurança pública. As
políticas de Governo, por outro lado, podem ficar restritas ao período de um mandato e, talvez,
não atinjam o seu objetivo de forma completa.

6• Objetivos:
Dentre os principais 13 são citados, entre os quais está a redução dos índices de mortes violentas,
da violência contra mulher, e, com prioridade, a atenção aos profissionais de segurança pública.
Também foram definidas prioridades para sua execução, por meio de ações estratégicas, as quais
vão desde a otimização da gestão dos órgãos de segurança pública e defesa social até o combate à
corrupção, ao narcotráfico e organizações criminosas, passando pela melhoria no atendimento a
grupos vulneráveis vitimizados, assim como o implemento da qualidade de vida dos agentes de
segurança pública.
13 metas:

Reduzir a taxa nacional de homicídios para abaixo de 16 mortes por 100 mil habitantes até 2030;

Reduzir a taxa nacional de lesão corporal seguida de morte para abaixo de 0,30 morte por 100 mil
habitantes até 2030;

Reduzir a taxa nacional de latrocínio para abaixo de 0,70 morte por 100 mil habitantes até 2030;

Reduzir a taxa nacional de mortes violentas de mulheres para abaixo de 2 mortes por 100 mil
mulheres até 2030;

Reduzir o número absoluto de vitimização de profissionais de segurança pública em 30% até 2030;

Reduzir o número absoluto de suicídio de profissionais de segurança pública em 30% até 2030;

Reduzir a taxa nacional de furto de veículos para abaixo de 140 ocorrências por 100 mil veículos até
2030;

Reduzir a taxa nacional de roubo de veículos para abaixo de 150 ocorrências por 100 mil veículos
até 2030;

Aumentar em 60% o quantitativo de vagas no sistema prisional, com o total de 677.187 vagas até
2030;

Aumentar em 185% o quantitativo de presos que exercem atividade laboral, com o total de 363.414
presos em atividades laborais até 2030;

Aumentar em 185% o quantitativo de presos que exercem atividades educacionais, com o total de
218.994 mil presos em atividades educacionais até 2030;

13: Atingir o índice de 50% das Unidades Locais devidamente certificadas, por meio de alvará de
licença (ou instrumento equivalente) emitidos pelos corpos de bombeiros militares até 2030.

7• : Os gastos com a segurança pública e o orçamento do SUSP:

Segundo o Relatório de Conjuntura nº 4 “Custos Econômicos da Criminalidade no Brasil”, lançado


em junho de 2018 pela Secretaria geral da Presidência da República, os custos econômicos da
violência nacional cresceram muito entre os anos 1996 e 2015. Houve um aumento de R$113
bilhões para R$ 285 bilhões, correspondendo a mais de 4% do nosso Produto Interno Bruto (PIB). O
Brasil detém 3% da população mundial, mas concentra cerca de 14% dos homicídios que ocorrem
no mundo, equiparando-se a países como Ruanda, República Dominicana e República Democrática
do Congo. A cada homicídio de um jovem entre 13 e 25 anos, além de todas as violações e
interrupção violenta da vida, há uma perda de capacidade produtiva de, aproximadamente, R$550
mil. Entre 1996 e 2015 essas perdas acumuladas somam cerca de R$450 bilhões.
Quanto ao SUSP, o presidente Michel Temer assinou uma medida provisória que transfere recursos
oriundos das Loterias Federais para o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). Uma
porcentagem do que for arrecadado pelas loterias será investido no Ministério Extraordinário de
Segurança Pública, por meio do FNSP. Esse percentual vai variar conforme o ano e a modalidade
de loteria.

8• Operações e ações:
- Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas;

- Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab)- Plano de Forças-Tarefas SUSP de Combate ao


Crime Organizado;

- Pesquisa diagnóstico de atenção biopsicossocial do Pro-Vida, o Programa Nacional de Qualidade


de Vida para Profissionais de Segurança;

- Pro-Segurança, programa de normalização, acreditação e metrologia dos produtos de segurança


pública visando a padronização e definição de normas técnicas;

- Fortalecimento da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos;

- Instituição do Pró-Mulher; criação do Protocolo Nacional de Investigação e Perícia em Crimes de


Feminicídio; programas de fortalecimento da Segurança Pública municipal;

- ComprasSusp, o Programa de Compras Eficientes para o Sistema Único de Segurança Pública,


que tem a finalidade precípua de realizar compras e aquisições de bens e serviços, de forma mais
eficiente, em benefício das instituições e órgãos integrantes do SUSP;

- Brasil M.A.I.S, para aperfeiçoar perícias, investigações e operações com base em imagens diárias
de satélite em alta resolução, entre outros.

9• Por que o SUSP foi criado?


A principal razão da criação do SUSP é clara: os Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) no
país não param de crescer. O último levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)
mostra que o total de mortes violentas intencionais no Brasil em 2017 foi o maior de todos os tempos,
totalizando 63.880, o que equivale a 175 pessoas mortas por dia. Foi um aumento de 2,9% em
relação ao ano anterior.
Além dos assassinatos, 60.018 estupros foram registrados em 2017, representando um aumento de
8,4% se comparado a 2016. Ocorreram 1.113 feminicídios, definidos como homicídios dolosos –
quando há intenção de matar – motivados pelo ódio ao gênero feminino, ou seja, mulheres mortas
por serem mulheres. Foram também registrados, diariamente, 606 casos de violência doméstica
contra a mulher, somando 221.238 no ano, e um total de 82.684 pessoas desaparecidas em 2017.
Os números assustam, mas será que o problema é a falta de encarceramento das pessoas que
cometem os crimes? Segundo levantamento do Departamento Penitenciário Nacional, feito em 2017,
existem 726.712 pessoas privadas de liberdade no Brasil. Dessas mais de 700 mil pessoas
encarceradas, cerca de 89% encontram-se em unidades prisionais superlotadas, totalizando um
déficit de 358.663 vagas.
Percebe-se que há um grande problema nas questões de segurança pública nacional. A violência só
cresce no Brasil e as ações do governo não estão sendo efetivas no seu combate. É necessário
planejamento e comunicação entre as forças de segurança para lidar com o fenômeno complexo da
violência urbana que afeta diariamente a vida de muitos brasileiros.

COMO O SUSP VAI FUNCIONAR?

O seu funcionamento se dará por integração das instituições nacionais de segurança pública que
compõem o sistema, são:

Polícia Federal;
Polícia Rodoviária Federal;
Polícias Civil;
Polícia Militar;
Corpos de Bombeiros Militares;
Polícias Penitenciárias; e
Guardas Municipais.
Como dito anteriormente, a função e objetivo principal do SUSP é a integração das ações dos
órgãos de segurança de todo o país, realizando operações combinadas.
Segundo o Planalto, essas ações podem ser “ostensivas, investigativas, de inteligência ou mistas e
contar com a participação de outros órgãos, não necessariamente vinculados diretamente aos
órgãos de segurança pública e defesa social – especialmente quando se tratar de enfrentamento a
organizações criminosas”. O registro de ocorrências policiais em uma única unidade e o uso de um
sistema integrado de informações e dados são algumas medidas previstas para a integração.

Um plano nacional está sendo construído pela União, definindo, efetivamente, as ações e metas do
novo sistema. Com a divulgação desse plano, as instituições responsáveis pela segurança pública
nos estados, municípios e no Distrito Federal terão até dois anos para realizar a sua implementação,
sob a pena de diminuição no repasse de verbas para o setor. Ou seja, essas entidades federativas
(estados e municípios) continuam responsáveis pela segurança, mas as diretrizes de atuação serão
fornecidas para todo país pela União, visando a diminuição de homicídios.

Para verificar a implementação da política, a efetividade de suas ações, seus resultados e


cumprimento de metas, o governo federal fará avaliações anuais por meio do Sistema Nacional de
Acompanhamento e Avaliação das Políticas de Segurança Pública e Defesa Social (Sinaped). Além
do objetivo principal de reduzir a incidência de homicídios no Brasil, o Susp visa também o
aperfeiçoamento técnico dos profissionais de segurança, desenvolvendo cursos de especialização e
estudos estratégicos.

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