Artigo Samuel - Final

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USO DA PLATAFORMA BIM NA CONCEPÇÃO DE PROJETO ARQUITETONICO EM


UM RESIDENCIA UNIFAMILIAR
Samuel Costa Terto1
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo realizar um projeto arquitetônico por meio de
Utilização da Tecnologia BIM na Construção Civil, mais especificamente utilizando o
software Revit. Apresentou como metodologia de pesquisa, um trabalho de revisão
bibliográfica, pois retirou de teses, dissertações, monografias e artigos informações
relevantes a respeito do tema abordado. Além disso, o trabalho foi classificado como
pesquisa qualitativa, não é preciso a quantificação e as estatísticas a respeito da
pesquisa analisada. Em relação aos resultados e discussões, a plataforma BIM
apresentou várias vantagens na sua utilização por meio do software Revit, o qual
demonstrou sua eficiência e facilidade na criação de projetos de arquitetura. Foi
observado a geração de vistas, inserção de forro, cortes e fachadas, além da
concepção de paredes, sendo assim caracterizados como qualidades imprescindíveis
deste programa. Concluiu-se que a plataforma BIM por meio do Revit veio ao mercado
para trazer melhorias ao trabalho do projetista, entregando projetos que geram maiores
satisfações nos clientes.

Palavra-Chave: BIM; Revit ; Projeto arquitetônico

ABSTRACT
The present work aimed to carry out an architectural project through the Use of BIM
Technology in Civil Construction, more specifically using Revit software. It presented as
a research methodology, a bibliographical review work, as it removed relevant
information regarding the topic addressed from theses, dissertations, monographs and
articles. Furthermore, the work was classified as qualitative research, there is no need
for quantification and statistics regarding the research analyzed. Regarding the results
and discussions, the BIM platform presented several advantages when used through
Revit software, which demonstrated its efficiency and ease in creating architectural
projects. The generation of views, insertion of ceilings, cuts and facades, in addition to
the design of walls, were observed, thus being characterized as essential qualities of
this program. It was concluded that the BIM platform through Revit came to the market
to bring improvements to the designer's work, delivering projects that generate greater
customer satisfaction.

Keyword: BIM; Revit; Architectural project

1 INTRODUÇÃO

1
Discente da Instituição NAVIGARE cursando a pós-graduação em Metodologia BIM
2

Quando se trata de inovação, diversas pessoas começam a manifestar


interesse, isso porque, acreditam que a inovação diz respeito a melhoria de
determinada coisa que não está indo tão bem, devendo assim ser melhorada. Essa
inovação vem atuando em vários setores no mundo, entre elas a construção civil, que
vem apresentando baixas e altas no cenário global, fazendo-se necessário obter
ferramentas inovadoras e tecnológicas que maximizem a precisão de valores finais
(ROCHA, 2021).
Com o advento de novas tecnologias, projetar na construção civil passou a
acontecer de forma eletrônica. Surge então a plataforma CAD (Computer Aided
Design), muito utilizada na primeira e início da segunda década de 2000, mas que foi
implantada desde a década de 70. Entretanto, o desenho ainda continuou sendo
representado por segmentos de reta, ou seja, em uma modelagem 2D. Apesar disso,
trouxe agilidade aos engenheiros, arquitetos e projetistas, além de uma representação
mais precisa em comparação com o projeto manual (PEREIRA, 2017).
Pensando na eficiência da indústria da construção civil, começou a se
investir em uma metodologia de projetar, onde as equipes pudessem trabalhar de
forma integrada e colaborativa. Dessa forma, os softwares começaram a ser
paramétricos e tridimensionais, diminuindo as chances de erros, consequentemente
aumentando a produtividade.
Um desses softwares é a metodologia BIM (Building Information Modeling),
que apresenta como principal objetivo otimizar o tempo do projetista e compatibilizar o
projeto, envolvendo a parte hidráulica, elétrica, estrutural e arquitetônico, além dos
complementares.
Segundo Hilgenberg et al. (2012), uma das grandes diferenças da
metodologia BIM e o CAD está em otimizar o processo produtivo dos projetos, pois o
BIM acaba fornecendo uma plataforma com modelos que apresentam a quantidade de
material e geram de forma automática cortes ou elevações.
Entretanto, apesar de inúmeros benefícios, o BIM ainda encontra
dificuldades para se manter no mercado e aumentar a sua difusão. Os principais
3

fatores que colaboram para a lentidão da propagação desta tecnologia é a escassez de


profissionais capacitados e o investimento de implantação elevado.
Sabendo disso, surge a seguinte indagação: é possível por meio de projetos
de pesquisa incentivar a utilização da metodologia BIM na construção civil?
O presente trabalho tem como objetivo geral realizar um projeto
arquitetônico por meio de Utilização da Tecnologia BIM na Construção Civil. Já os
objetivos específicos são: a) Conhecer o software REVIT utilizado na pesquisa; b)
Aplicar a Tecnologia BIM através do Revit em um Projeto Arquitetônico de uma
residência unifamiliar; c) Avaliar os benefícios gerados por meio da tecnologia BIM.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Generalidades da metodologia BIM

O conceito da metodologia BIM – Modelagem da Informação da Construção,


ao ser traduzido para o português – diz respeito a concepção de se construir uma
edificação virtual antes de construí-lo efetivamente. Todas as informações
consideradas essenciais para construção do edifício estão no modelo digital disponível
no software no momento em que for projetar com esse conceito. Assim, o modelo
eletrônico se tornou um banco de dados que acaba permitindo a simulação real de um
protótipo da construção verdadeira (NETTO, 2016).
Outro conceito destinado ao BIM e dessa vez comentado por meio das
pesquisas desenvolvidas por Chuck Eastman, é definido então por Eastman (2008,
p.13) “como uma tecnologia de modelagem associada a um conjunto de processos
para produzir, comunicar e analisar modelos da construção”.
Para Pereira (2017, p.13), o BIM é uma simulação inteligente da arquitetura,
onde essa simulação deve existir seis características integradas, são elas:
4

Digital;
Espacial (3D);
Mensurável (quantificável, dimensionável e consultável);
Abrangente (incorporando e comunicando a intenção de projeto, o desempenho
da construção, a construtibilidade, e incluir aspectos sequenciais e financeiros
de meios e métodos);
Acessível (a toda equipe do empreendimento e ao proprietário por meio de uma
interface interoperável e intuitiva);
Durável (utilizável ao longo de todas as fases da vida de uma edificação).

Além disso, o BIM possui diversas camadas de informação que também são
conhecidas como dimensões. As principais dimensões segundo estudo de Masotti
(2014) são:

 2D gráfico: São conhecidas como as dimensões do plano, representadas por


segmento de reta e graficamente são as plantas do empreendimento;
 3D modelo: Agrega ao plano a dimensão espacial, sendo possível analisar os
projetos de forma dinâmica. A modelagem 3D possui atributos e parametrização
que garante uma construção virtual de fato e não apenas representativa
visualmente, mostrando cada componente em perspectiva e de forma mais real.
 4D planejamento: Agrega o tempo ao modelo, relatando quando cada elemento
deve ser comprado, armazenado, preparado, instalado e utilizado. Além disso,
organiza o canteiro de obras e envolve a movimentação das equipes e
equipamentos que estão cronologicamente relacionados.
 5D orçamento: Agrega o custo ao modelo, determinando quanto cada etapa da
obra custará, além da alocação de recursos e do seu impacto no orçamento final
da obra.
 6D sustentabilidade: Agrega a energia ao modelo, quantificando e qualificando a
energia durante a obra, sendo como essa energia se comporta em paralelo a
quinta dimensão tanto em relação a seu ciclo de vida, quando o seu custo.
 7D gestão de instalações: Agrega a operação ao modelo, onde o cliente
consegue obter informação finais do empreendimento e suas particularidades.
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Assim, é possível dizer que o BIM é um conjunto de ferramentas, e que veio


para facilitar a vida do projetista, facilitando a troca de informações e unindo a
edificação a um único projeto, através da sincronização dos mesmos. A Figura 1
mostra o projeto BIM contrapondo ao projeto tradicional

Figura 1 – Projeto BIM x Projeto tradicional

Fonte: Goes e Santos (2011)

Como é possível visualizar na figura 1, Goes e Santos (2011) partem da


premissa de que com a metodologia BIM, todos os envolvidos podem ter acesso ao
projeto e que nesse acesso eles já estão totalmente completos conforme o que já foi
realizado.
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2.2 Modelo Paramétrico

Em um projeto com elementos paramétricos, deve-se definir inicialmente a


classe ou família do elemento com geometrias tanto quanto fixas como paramétricas,
além de várias regras usadas para o controle de parâmetros dentro do projeto criado.
(NETTO, 2016).
Vale lembrar que o conceito de parametria é essencial para o entendimento
da metodologia BIM, sendo que Eastman et al., (2014, p.34) define BIM paramétricos
da seguinte forma:

A geometria é integrada de maneira não redundante e não permite


inconsistências. Quando um objeto é mostrado em 3D, a forma não pode ser
representada internamente de maneira redundante, por exemplo, como
múltiplas vistas 2D. Uma planta e uma elevação de dado objeto devem sempre
ser consistentes. As dimensões não podem ser “falsas”;
As regras paramétricas para os objetos modificam automaticamente as
geometrias associadas quando inseridas em um modelo de construção ou
quando modificações são feitas em objetos associados. Por exemplo, uma
porta se ajusta imediatamente a uma parede, um interruptor se localizará
automaticamente próximo ao lado certo da porta, uma parede automaticamente
se redimensionará para se juntar a um teto ou telhado, etc;
Os objetos podem ser definidos em diferentes níveis de agregação, então
podemos definir uma parede, assim como seus respectivos componentes. Os
objetos podem ser definidos e gerenciados em qualquer número de níveis
hierárquicos. Por exemplo, se o peso de um subcomponente de uma parede
muda, o peso de toda a parede também deve mudar;
As regras dos objetos podem identificar quando determinada modificação viola
a viabilidade do objeto no que diz respeito a tamanho, construtibilidade, etc. 16
Os objetos têm a habilidade de vincular-se a ou receber, divulgar ou exportar
conjuntos de atributos, por exemplo, materiais estruturais, dados acústicos,
dados de energia, etc. para outras aplicações e modelos

De acordo com Silveira (2013), nos softwares da metodologia BIM, o


desenho é considerado "inteligente". Ao desenhar a parede, por exemplo, o projetista
deve atribuir-lhe propriedades como o tipo de blocos, dimensões, tipo de revestimento,
fabricantes etc., que acabam sendo salvas no banco de dados. A partir disso, é gerada
de forma automática a legenda do desenho. Em outras fases da construção, entretanto,
também é possível extrair informações em outros formatos, como tabelas de
quantitativos de material para a equipe de orçamentistas, como pode ser visto na figura
2.
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Figura 2 - interoperabilidade de informações

Fonte: Silveira (2013)

2.3 Metodologia BIM e a arte de projetar

De acordo com a NBR 13531:1995, a concepção de um projeto se classifica


não apenas como uma etapa da edificação a ser seguida, mas também a todas que
precisam, durante a realização do processo para a construção da edificação.
As empresas da construção civil tratam os projetos como uma atividade
secundária, sem dar o real significado ao produto, mas trazendo a norma e o preço,
fazendo com que a consequência seja um resultado sem qualidade e com duvidas a
respeito (ÁVILA, 2011).
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Sabendo disso, a metodologia BIM vem com o intuito de ajudar os projetos a


apresentarem uma qualidade satisfatória ao cliente, salientando dessa forma três
pilares básicos: modelagem paramétrica, interoperabilidade e gestão das informações
do ciclo de vida.
Todos os projetistas trabalham com base em um mesmo protótipo, onde
Ruschel et al (2010) afirma que na modelagem paramétrica são inseridas as
informações necessárias por meio de objetos e elementos, além da inserção de regras
fundamentais a ordenação das informações.
Os conjuntos lógicos acabam representando as possíveis soluções dos
problemas projetuais. De acordo com Faria (2007), nos programas da metodologia
BIM, os projetos são elaborados em três dimensões, como pode ser visualizado na
figura 3. Ainda de acordo com o autor, se todos os projetistas começarem a trabalhar
com as mesmas noções tridimensionais, e não somente com símbolos, a comunicação
será mais eficiente.

Figura 3 – Compatibilização tridimensional

Fonte: Faria (2007)


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2.4 REVIT

De acordo com Netto (2016) o nome Revit advém de palavras em inglês


“Revise Instantly”, que tem como significado Revise instantaneamente, isto é, ao
desenhar no Revit, as alterações de um objeto se idealizam de forma instantânea em
todos os objetos iguais de forma simultânea e em todas as vistas do projeto em que ele
se apresenta, imediatamente.
Netto (2016) afirma ainda que o Revit é uma ferramenta que acaba
utilizando um novo conceito, o BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem da
Informação da Construção), com o qual as edificações são criados de uma nova
maneira. Os arquitetos não estão mais projetando as vistas em 2D de um edifício 3D,
mas sim desenhando um edifício em modelo 3D virtualmente. Essa nova metodologia
de projetar acaba trazendo vários benefícios, tais como:
 Examinar a edificação de qualquer ponto.
 Analisar e testar a edificação.
 Verificar as interferências entre as diversas disciplinas atuantes na edificação.
 Quantificar os elementos fundamentais à construção.
 Simular a construção e avaliar os custos em cada uma das etapas.
 Gerar uma documentação agregada ao modelo que seja idêntico a ele.
“Todos os objetos do Revit pertencem a uma família e essas famílias pertencem
a categorias ou classes. As categorias (classes) são os elementos construtivos
(paredes, vigas, pilares etc.) ou os objetos de anotação do desenho (texto, cotas,
símbolos etc.)” (NETTO, 2016, p.23).
10

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo

A presente pesquisa visou desenvolver um estudo, por meio de revisão


bibliográfica, pois acaba se baseando em teses, dissertações, monografias e artigos
científicos sobre a tecnologia BIM.
O parâmetro de abordagem classifica a pesquisa também como qualitativa,
pois conforme Prodanov e Freitas (2013), com dados e fontes diretos, não é preciso a
quantificação e as estatísticas a respeito da pesquisa analisada.

3.2 Identificação do estudo de caso

O Caso está relacionado ao desenvolvimento de um projeto arquitetônico


utilizando como ferramenta o software BIM. Trata-se de um projeto de um imóvel
residencial de um pavimento e de alto padrão, onde o foco foi demonstrar o desenho
das plantas baixas e cortes da fachada, ressaltando como isso foi realizado no REVIT.
Após a elaboração das referidas plantas, fez-se a modelagem dos cômodos, piso e
esquadrias.
A residência em análise é uma residência com pavimento térreo e cobertura
como já foi mencionado, contendo garagem, cozinha, duas suítes e uma semi-suite,
sala de estar/jantar, terraço, banheiro social. A edificação foi construída com
dimensões de 10 metros de largura por 24,50 metros de comprimentos, totalizando
245,00 m².
A Figura 4 mostra a representação da planta baixa da residência em estudo
e todas as cotas disponíveis.
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Figura 4 – Planta baixa da residência

Fonte: Autor (2024)

3.3 Análise de dados

Para o emprego da tecnologia BIM na pesquisa utilizou-se o software Revit.


Trata-se de um software paramétrico que apresenta vários módulos para diferentes
especialidades na área da construção civil. Nesta pesquisa, tanto o projeto
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arquitetônico, quanto a modelagem da edificação foram desenvolvidos no Autodesk


Revit Architecture 2017 (versão educacional).
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com o intuito de demonstrar as praticidades da utilização da ferramenta


REVIT foi realizado um projeto arquitetônico de uma residência unifamiliar fictícia
usando o Autodesk Revit Architecture 2017 versão educacional.

4.1 Concepção Inicial

O REVIT é considerado a ferramenta mais difundida da plataforma BIM,


proporcionando ao projetista uma interface gráfica bem intuitiva, além de facilidades no
manuseio do programa. De acordo com Neto (2016), ao iniciar o REVIT existe a
possibilidade de iniciar um novo projeto ou abrir um que já tenha sido iniciado. Além
disso, no momento da modelagem, os elementos construtivos são classificados em
famílias. Por exemplo, portas, janelas, mobílias, paredes estão relacionadas em suas
respectivas famílias.
Ao iniciar um novo projeto, é necessário clicar na aba “projeto” e
posteriormente clicar em “novo”. Vale ressaltar que o REVIT tem quatro modelos de
projeto: o arquitetônico, construção, estrutural e mecânico. Após a escolha do modelo,
no caso deste trabalho, o modelo arquitetônico, pode-se iniciar o novo projeto. A Figura
5 mostra como é a tela de início do novo projeto.

Figura 5 – tela inicial de um novo projeto


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Fonte: Autor (2024)


4.2 Projeto arquitetônico básico

Como todo projeto arquitetônico, o primeiro passo é criar as plantas baixas


do empreendimento para depois realizar os cortes e o levantamento de paredes,
esquadrias e forros. No caso dessa pesquisa a Figura 6 mostra a planta baixa do
pavimento térreo e a planta de cobertura do imóvel.

Figura 6 – planta baixa térreo e de cobertura


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Fonte: Autor (2024)

Para realizar um desenho de uma planta baixa no Revit, assim como ocorre
no Autocad, deve-se iniciar pelas paredes, entretanto existindo uma grande diferença,
na concepção pelos programas. O Revit, as paredes são consideradas elementos
parametrizados, sendo que existem três tipos de paredes, a básica, a cortina e a
empilhada. Para fins desse projeto a utilizada foi a básica.
De inicio acione o comando “parede” na aba “arquitetura”. Em seguida, clicar
em editar tipo e família da parede, sendo a parede básica. A Figura 7 mostra a tela e os
locais para clicar.

Figura 7 – Modelagem da parede


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Fonte: Autor (2024)

“Um fato interessante no que se refere ao desenho de paredes no Revit é o


fato destas se unirem automaticamente ao se cruzarem, formando interseções,
evitando assim a necessidade de utilização de comandos para aparar os cantos, como
é feito no AutoCAD” (PEREIRA, 2017, p.29).

4.3 Inserção do forro

De acordo com Pereira (2017, p.32) “o forro é uma superfície horizontal que
fica abaixo do piso do pavimento seguinte com uma distância definida em suas
propriedades”. O processo de criação de forros no Revit ocorre no momento da
criação de pavimentos da edificação, realizando em paralelo o pavimento para plantas
de forro.
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Dessa forma, pode-se usar o comando “forro” que está localizado na Aba
Arquitetura > Construir > Forro. As Figuras 8 e 9 mostram como é o comando forro, e
como fica a modelagem do mesmo, respectivamente.

Figura 8 – comando forro

Fonte: Autor (2024)

Figura 9 – Modelagem do forro com fechamento de paredes

Fonte: Autor (2024)

4.4 Modelagem das vistas

Os cortes, as fachadas, a vista 3D, elevações, são componentes do projeto


arquitetônico denominado de vistas. Para criar as vistas, é necessário clicar na aba
“Vista”, no menu “Criar”. A Figura 10 mostra o comando para criar as vistas.
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Figura 10 – comando para criação de vistas

Fonte: Autor (2024)

a) Vista 3D

A vista 3D é gerada de forma automática devendo seguir o seguinte caminho


para obtê-la. Aba vista > criar > vista 3D. A Figura 11 e a Figura 12 mostram
respectivamente o comando para se criar a vista em 3D e como ficou a vista 3D do
projeto arquitetônico da residência unifamiliar criada para esta pesquisa.

Figura 11 – Aba vista – vista 3D

Fonte: Autor (2024)


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Figura 12 – Vista 3D da residência

Fonte: Autor (2024)

b) Cortes

De acordo com a NBR 6492/1994 o corte vem ser definido como o plano
secante vertical que acaba dividindo a edificação em duas partes, sendo uma no
sentido longitudinal e outra no transversal. Criar um corte no Revit é considerado uma
tarefa simples, onde basta selecionar a ferramenta “corte” que se encontra na aba vista
e escolher assim o plano secante. Depois é clicar nos pontos inicial e final do corte e
assim ele será gerado de forma automática. A diferença em relação ao CAD está forma
como o corte é realizado, tendo em vista que no CAD ocorre de forma manual e requer
muita habilidade do projetista. A Figura 13 e 14 mostram respectivamente a aba de
corte e como ficou o corte do projeto arquitetônico em questão.
Figura 13 – Aba vista- corte

Fonte: Autor (2024)


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Figura 14 – Corte da residência

Fonte: Autor (2024)

c) Fachada

Para a NBR 6492/1994 a fachada vem ser uma representação gráfica da


edificação em planos externos. Assim como os cortes, a fachada pode ser criada no
Revit automaticamente, sendo selecionada a ferramenta “elevação”. No CAD a
concepção das fachadas é bem mais trabalhosa do que no Revit. As Figuras 15 e 16
mostram respectivamente o comando para elevação de fachada e a fachada da
residência em questão. Vale lembrar que o projeto completo em questão está no anexo
dessa pesquisa.

Figura 15 – Aba Fachada

Fonte: Autor (2024)


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Figura 16 – Fachada da residência

Fonte: Autor (2024)

5 CONCLUSÃO

Diante do exposto na presente pesquisa é notório que a plataforma BIM veio


para colaborar ainda mais com o mercado de projetos, sempre integralizando todas as
equipes envolvidas de forma direta e indireta na elaboração do mesmo.
Foi demonstrado por meio do programa Revit, que a elaboração de um
projeto arquitetônico pode se tornar mais prático em comparação ao CAD por exemplo,
apresentando assim diversas vantagens como: facilidade para criação de corte e
fachadas, interface em 3D, geração de quantitativos quando preciso para fins
orçamentários, entre outras.
O trabalho cumpriu o objetivo proposto, ao demonstrar a realização de um
projeto arquitetônico de uma residência unifamiliar por meio do Revit, citando as etapas
que devem ser respeitas no software e mostrando como fica cada segmento
executando. Foi elaborado como demonstração a criação do forro, vista 3D, corte e
fachada da edificação.
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13531 - Elaboração de


Projetos de Edificações - Atividades. Rio de Janeiro, 1995.
ÁVILA, Vinícius Martins. Compatibilização de projetos na construção civil: estudo
de caso em um edifício residencial multifamiliar. Monografia apresentada ao Curso
de Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia UFMG ,2011.
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EASTMAN, C. et al. Manual de BIM. Um guia de modelagem da informação da


construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e
incorporadores. Editora Bookman, Porto Alegre, 2014.
FARIA, Renato. Construção integrada. Revista Téchne. São Paulo: Pini, n. 127, p. 44-
49, out. 2007.
GOES, Renata Heloisa; SANTOS, Eduardo Toledo. Compatibilização de projetos:
comparação entre o BIM e o CAD 2D. In: TIC2011: 5º Encontro de Tecnologia da
Informação e Comunicação da Construção Civil. Salvador, 2011.
HILGENBERG, F. B., DE ALMEIDA, B. L., SCHEER, S., & AYRES, C. (2012). Uso de
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MASOTTI, Luís Felipe Cardoso. Análise da Implementação e do Impacto do BIM no
Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal de Santa Catarina,
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NETTO, Cláudia Campos. Autodesk Revit Architecture 2016 – Conceitos e
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PEREIRA, N.J. Utilização da tecnologia BIM no desenho arquitetônico: um estudo
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Qualidade no projeto de edifícios. São Carlos: Rima Editora, ANTAC, 2010. p. 1-22.
SILVEIRA, N.A.N.C. O papel do BIM para a qualidade do projeto: avaliação da
técnica em escritório de arquitetura. Trabalho de conclusão de curso: Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo horizonte, 2013.

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