Projecto Finalizado Grupo 10.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO POLITÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS, Nº 5144

CURSO DE ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

A IMPORTÂNCIA DO CENSO POPULACIONAL FACE ÀS POLÍTICAS


ECONÓMICAS E SOCIAIS DE ANGOLA

Grupo n.º: 10

Orientador: João Bernardo Gonçalves

Luanda, 2023/2024
A IMPORTÂNCIA DO CENSO POPULACIONAL FACE ÀS POLÍTICAS
ECONÓMICAS E SOCIAIS DE ANGOLA

Projecto Final da prova de aptidão profissional do curso de


Estatística e Planeamento apresentado ao Instituto
Politécnico de Administração e Serviço, como requisito
básico de obtenção de grau de Técnico Médio em Estatística e
Planeamento sob orientação do Professor João Bernardo
Gonçalves

Grupo: 10

Turno: Tarde

Ano curricular: 2023-2024

Luanda, 2023/2024

ii
FICHA DE APROVAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DO CENSO POPULACIONAL FACE ÀS POLÍTICAS


ECONÓMICAS E SOCIAIS DE ANGOLA

Trabalho de fim de curso aprovado como requisito para obtenção do grau de


Técnico Médio em Estatística, no Instituto Politécnico de Administração e Serviço n.º
5114, pela Comissão formada pelos professores(as):

Prof. ___________________________________________________________

Director/a

Prof. ___________________________________________________________

Subdirector/a

BANCA EXAMINADORA (JÚRI)

Este trabalho foi apresentado e defendido perante o Júri composto pelos


professores:

Presidente Professor

(a) __________________________________________________________

1º Vogal Professor

(b) __________________________________________________________

2º Vogal Professor

(c) __________________________________________________________

Secretário

(d) __________________________________________________________

Aprovado em; ______________/______________/ 2024

iii
LISTA DOS INTEGRANTES

Fotos Nº/Processo Nome completo Notas Contactos

Lucas Bento Machado

Luzia Gonga Futa

Micael José Francisco

Noémia Rosalina Caielo

Onésimo José de Azevedo e Silva

iv
DEDICATÓRIA

Pelo carinho, afecto, dedicação e cuidado que os nossos pais nos deram durante a
nossa formação. Dedicamos este trabalho a eles.

v
AGRADECIMENTO

Primeiramente agradecemos a Deus, por iluminar cada passo desta jornada


transformando cada obstáculo em degraus e dúvidas em fé.

De seguida queremos agradecer aos nossos pais pelo amor, incentivo e apoio.

Agradecemos também aos nossos professores por plantarem em nós a semente da


curiosidade e regarem com seu conhecimento, fazendo florescer nossa paixão pelo
aprendizado. Ficará em nossos corações momentos incríveis que já mais saíra das
nossas memórias.

vi
EPÍGRAFE

Não foi fácil chegar até aqui, ouve muitas


batalhas, lutas e superações. Desta forma
conseguimos perceber que a educação
não transforma o mundo, a educação
muda as pessoas.
Paulo Freire

vii
RESUMO

A ingente tarefa, relativa à provisão do suprimento para as necessidades da


população, bem como a necessidade de perpetuar as estruturas de ordenamento,
que pesa sobre a actuação dos governos, impõe que tais órgãos tenham um
controlo efectivo sobre a totalidade da população sob sua alçada e, para o efeito, é
necessário um conhecimento prévio, generalizado e detalhado da constituição
demográfica da respectiva população, da sua distribuição, do fluxo do seu
movimento e da sua evolução no decurso do tempo, de modo a permitir um
gerenciamento eficaz e repartição adequada dos recursos disponíveis, na
circunscrição do país, de maneira consentânea às especificidades das necessidades
daquela; outrossim, é necessário que se conheçam alguns aspectos inerentes à vida
dessa população, tais como a sua renda, as condições de habitação, saúde e
educação, informações determinantes quando se pretende dissipar os principais
problemas que afectam o seu modo de vida.

Assim, surge a necessidade de operacionalizar uma actividade que faculte aos


governos todas essas informações, para que estes supram, de modo eficaz e
eficiente, as necessidades da população - e tudo isso é materializado mediante à
realização dos censos populacionais. Os censos populacionais são operações
estatísticas que tem por objectivo: mensurar o tamanho da população, descrever a
situação económica e social dos habitantes numa determinada região ou pais. por
meio de recolha de informações ao domicílio dos inqueridos. Assim, o presente
trabalho aborda os aspectos teóricos atinentes ao censo populacional e,
concomitantemente, a sua relação com as políticas socioeconómicas. Por outro
lado, faz menção ao papel imprescindível da população no sentido de viabilizar a
referida operação, bem como expõe à percepção desta sobre a relevância dos
censos, por meio de um estudo de caso realizado na Centralidade Vida Pacífica

Palavras-chave: Censo Populacional; Políticas Públicas.

viii
ABSTRACT
The enormous task of providing for the needs of the population, as well as the need
to perpetuate planning structures, which weighs on the actions of governments,
requires that these bodies have effective control over the entire population under
their purview and, to this end, it is necessary to have prior, generalized and detailed
knowledge of the demographic make-up of the respective population, its distribution,
the flow of its movement and its evolution over time, generalized and detailed
knowledge of the demographic make-up of the respective population, its distribution,
the flow of its movement and its evolution over time, so as to enable effective
management and the appropriate distribution of the available resources in the
country's circumscription, in a manner that is consistent with the specific needs of
that population; In addition, it is necessary to know some aspects inherent to the lives
of this population, such as their income, housing conditions, health and education,
which is crucial information when trying to dispel the main problems affecting their
way of life.

The need has arisen to carry out an activity that provides governments with all this
information, so that they can effectively and efficiently meet the needs of the
population - and all this is materialized by carrying out population censuses.
Population censuses are statistical operations that describe the economic and social
situation of the inhabitants of a country, at a specific time, by collecting information
from all households. This paper therefore addresses the theoretical aspects of the
population census and, at the same time, its relationship with socio-economic
policies. On the other hand, it mentions the essential role of the population in making
this operation viable, as well as their perception of the relevance of censuses,
through a case study carried out in the Vida Pacífica neighborhood. The conclusion
mentions the role of the state in preventing the population from taking undue action
when providing census information, through the adoption of other census models, as
well as the design of literacy programs and the dissemination of census terminology.

Keywords: population census; public policies.

ix
LISTA DE TABELA

Tabela 1: Temas investigados nos Censos……………………………………………..22

x
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Desenho de Pesquisa..............................................................................188

Figura 2: Amostragem.............................................................................................199

Gráfico 1: Fonte de informação sobre o Censo......................................................341

Gráfico 2: Fonte de informação sobre o Censo1


Gráfico 3: Fonte de informação sobre o Censo2

Gráfico 4: Fonte de informação sobre o Censo

Gráfico 5: Fonte de informação sobre o Censo3

Gráfico 6: Fonte de informação sobre o Censo3

Gráfico 7: Fonte de informação sobre o Censo4

Gráfico 8: Fonte de informação sobre o Censo4

Gráfico 9: Fonte de informação sobre o Censo5

Gráfico 10: Fonte de informação sobre o Censo5

Gráfico 11: Fonte de informação sobre o Censo6

Gráfico 12: Fonte de informação sobre o Censo6

Gráfico 13: Fonte de informação sobre o Censo7

xi
ÍNDICE

DEDICATÓRIA............................................................................................................ v

AGRADECIMENTO....................................................................................................vi

EPÍGRAFE................................................................................................................. vii

RESUMO...................................................................................................................viii

LISTA DE TABELA..................................................................................................... x

Hipóteses…………………………………………………………………………………...16

Objectivos…………………………………………………………………………………..16

Objectivo geral…………………………………………………………………………….16

Objectivos específicos…………………………………………………………………..17

Delimitação………………………………………………………………………………...17

Justificativa………………………………………………………………………………...17

METODOLOGIA........................................................................................................17

ABORDAGENS
METODOLÓGICAS…………………………………………………….17

População…………………………………………………………………………………..18

Amostra e Amostragem………………………………………………………………….18

CAPÍTULO I.............................................................................................................. 20

1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................20

Neste capítulo iremos apresentar os conceitos e definições de termos relacionados


ao tema, que nos propomos a pesquisar...................................................................20

1.2 Conceitos de Censo e Inquérito…………………………………………….


…..20

1.3 TIPOS DE CENSO POPULACIONAL……………………………………………


23

1.3.1 Características do Censo


Populacional…………………………………….....24

xii
1.4 PROJECÇÃO DA POPULAÇÃO COMO RESULTADO DO
CENSO………..24

1.5 TIPOS DE POLÍTICAS SOCIAS………………………………………………….25

1.5.1 Política Fiscal………………………………………………………………………26

1.5.2 Política Monetária…………………………………………………………………27

1.5.3 Política Financeira………………………………………………………………...28

1.6 RELAÇÃO ENTRE CENSO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS…………………..28

2.1 RECOLHA E APRESENTAÇÃO DE DADOS.................................................30

2.1.1 Instrumentos e técnicas de recolha de dados.........................................30

2.1.2 Técnicas de análise de dados……………………………………………………30

2.2 Apresentação dos resultados…………………………………………………..30

CAPÍTULO III……………………………………………………………………………….38

3.1 ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS……………………………….38

CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................41

BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................43

APÊNDICE................................................................................................................ 45

xiii
INTRODUÇÃO

Este trabalho é dedicado ao tema "A Importância do Censo Populacional Face às


Políticas Económicas e Sociais de Angola".

Trata-se de um trabalho com uma abordagem insólita, que visa dar um contributo às
discussões sobre o tema em questão, assim como conferir conhecimentos empíricos
para possíveis aplicações nos problemas de natureza pública, especificamente nos
domínios económico e social.

Outrossim, consolidar alguns conhecimentos, derivados de algumas disciplinas tidas


ao longo do curso, inerentes ao censo populacional, à utilização das informações
decorrentes desta operação na formulação de políticas socioeconómicas, bem como
aludir ao papel prestado pela população no quesito do fornecimento de informações
relevantes à consecução das estratégias do poder público.

Entretanto, embora o papel prestado pela população seja o último elemento


mencionado, a pesquisa estará mais volvida nesse aspecto, visto que, geralmente, o
que fica implícito na abordagem referente ao Censo é a actuação da população, que
fica sobrepujada por outras matérias inerentes à finalidade do recenseamento,
assuntos que consuetudinariamente ganham mais destaques, se comparados com a
questão da cooperação da população. E, devido à natureza do Censo em Angola,
esse é um ponto fulcral a ser abordado, uma vez que o acto censitário reside na
recolha, aos domicílios, de informações que serão posteriormente tabeladas e
aproveitadas. Como diz Furtado1 citado por César Esteves (2023):

a realização do censo carece a participação de toda a sociedade, sem distinção, de


modo a contribuir e proporcionar dados importantes que os operadores censitários
irão recolher mediante um inquérito.

Assim, para que o acto se efective, é necessário sobretudo a cooperação dos


inquiridos. Daí que não se pode descurar o papel do residente na efectivação do
Censo, quando abordado um assunto com este pendor.

Então, o presente trabalho pretende destacar o papel da população no acto


censitário sem, no entanto, sugerir uma desvinculação com o tema proposto, pois, a
importância do Censo não consiste senão na relevância das informações

1
Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, ocupa o cargo de coordenador da
Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do censo 2024.

14
levantadas, na medida que estas são legítimas e descrevem a situação de vida da
população em um momento específico, e, dito deste modo, consegue-se perceber
que a legitimidade da informação está subordinada àquele que a confere-o
residente/inquirido-que a fornece segundo sua conveniência. Assim, devido à
"conveniência", nem sempre tais informações são fornecidas pelos inquiridos de
modo a reflectir a realidade de seu modus vivendi, o que, de certa forma, acaba
tendo uma repercussão negativa na qualidade dos dados levantados e,
consequentemente, no uso efectivo desses dados (nas políticas socioeconómicas,
para o presente trabalho), pois como diz o então Ministro da Economia e
Planeamento, Mário Caetano João, citado pelo Jornal de Angola de 20 de julho de
2023, os dados do Censo ajudam os governos a planearem e a implementarem
políticas públicas eficazes nas áreas de saúde, educação, habitação, transporte e
serviços sociais, como um todo. Obviamente, por não ser um assunto muito
explorado, as razões que estão por trás dessas conveniências permanecem
latentes, pelo que é mister aclarar as motivações que estão na base dessa e de
outras atitudes como a omissão, fuga e recusa de cessão de informações, que têm
aumentado gradativamente em muitos países, nos últimos tempos. Afinal, embora
pareçam inócuas, tais atitudes podem na verdade se converter em consequências
danosas em larga escala, especialmente quando se pensa no facto de as
informações prestadas pelos residentes/inquiridos constituírem o principal
embasamento para nortear as políticas públicas, assim como frisa Norberto
Benjamin (2014): a reformulação de toda a política socioeconómica do país é
resultado do processamento dos dados obtidos a partir do Censo, no sentido que
estes direccionam as acções na correcção dos aspectos negativos e a melhoria dos
aspectos positivos, tendo como público-alvo, o cidadão, o habitante, de forma que
este aceda em primeira instância e sem constrangimentos às condições básicas e
dignas de sobrevivência e haja espaço para que ele aspire à prosperidade.

Portanto, o enfoque do presente trabalho é, em última instância, perceber as razões


que estão na origem das ocorrências supracitadas, de maneira a propor meios para
colmatá-las, no sentido de promover a concepção de políticas cada vez mais
assentes na realidade socioeconómica do país.

15
Problemática
Como já sabemos, o Censo populacional é o maior suporte que os governos
dispõem para sua actuação no que concerne a distribuição de bens e serviços.

No entanto, estatísticas mostram-nos que a disposição das pessoas em cooperar no


fornecimento de informações, aquando dos inquéritos tem reduzido
substancialmente, não obstante a relevância que tais informações têm na reversão
dos problemas que afectam a sociedade.

Do exposto, surgiu a seguinte pergunta de partida:

Que motivações estarão na base da recusa e/ou fuga, omissão e fornecimento


de informações falsas, por parte dos inquiridos, no acto da entrevista?

Hipóteses
H1: baixo nível de instrução sobre o assunto;

Esta tende a manifestar comportamentos de recusa e fuga, pois temem passar por
situações embaraçosas, se expostas ao questionário do recenseamento.

H2: Desinformação relativa à utilização dos dados fornecidos;

para a formulação de políticas públicas, pode ocasionar alguns vieses


comportamentais, dentre os listados acima, uma vez que pode levar as pessoas a
julgar que o acto de responder ao questionário é facultativo e prescindível, ou que
podem, no entanto, falsear as informações sem, contudo, haver repercussões
negativas em algum nível do planeamento governamental.

H3: Descrédito na acção governativa;

para solucionar os problemas socioeconómicos pode estar na origem da falta de


cooperação por parte de algumas pessoas, que maioritariamente tendem a se
isentar de todo o exercício que demande a sua colaboração.

Objectivos

Nesta secção trouxemos os objectivos que abalizam a nossa pesquisa.

Objectivo geral

Descrever os conceitos inerentes ao censo populacional como pressuposto para


elucidar a sua importância na definição de políticas socioeconómicas.

16
Objectivos específicos

 Conceituar Censo populacional;

 Especificar critérios necessários para a sua concepção;

 Distinguir Censo de inquérito;

 Explicar o papel da projecção como um subproduto do Censo;

 Estabelecer a relação entre censo e as políticas socioeconómicas.

Delimitação

A presente investigação delimitou-se a estudar os habitantes do distrito urbano do


Zango Zero, num horizonte temporal de 5 anos, subsequentes à realização do censo
de 2014.

Justificativa

A razão da pesquisa assenta na necessidade de se descrever a importância que os


Censos populacionais têm como os maiores suportes de informação para
elaboração de políticas públicas que promovam o desenvolvimento socioeconómico
do país. Similarmente, consolidar a compreensão de que a eficácia destas políticas
está condicionada à legitimidade e veracidade das informações levantadas no
processo de recenseamento, para que, em última instância, a população seja
demovida da tendência em se furtar de responder, omitir ou mesmo fornecer
informações falsas, especialmente numa altura em que estamos na iminência de
vivenciar a realização do segundo recenseamento geral da população, previsto para
o ano de 2024.

METODOLOGIA

ABORDAGENS METODOLÓGICAS

O presente estudo adopta uma abordagem quantitativa executada através de um


estudo de caso.

Na perspectiva de Kauark, Manhães e Medeiros (2010), a abordagem quantitativa é


aquela na qual o pesquisador converte as opiniões e informações em números.

17
DESENHO DE PESQUISA

Figura 1: Desenho de Pesquisa.

1.Definição:
1.Definição da
- Escopo Metodologia
- Objectivos 2.Estudo Empírico
- Hipoteses 3.Sintetização dos
2.Revisão da dados
Literatura

1.Conclusão e
Recomendação
2.Redacção da PAP

Fonte: Elaboração própria

POPULAÇÃO, AMOSTRA E AMOSTRAGEM

População

Neste estudo, considera-se como a população (N) todos os moradores da


centralidade Vida Pacífica, sita no Distrito Urbano do Zango 0. A referida possui
(número provável dos habitantes) distribuídos em (número de edifícios) edifícios.

Amostra e Amostragem

A amostra (n) é o subconjunto da população (N), de acordo com André (2022).


Consequentemente a amostra é sempre inferior a população. Dito de outra forma: n
<N. A figura 1 abaixo ajuda a perceber a relação entre a população e amostra ligada
pelo processo chamado amostragem.

18
Figura 2: Amostragem.

Fonte: André 2022

19
CAPÍTULO I

1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo iremos apresentar os conceitos e definições de termos relacionados


ao tema, que nos propomos a pesquisar.

1.1.1 Conceitos e definições de estatísticas

Na visão de Sousa (2019), apesar da Estatística remontar sua utilização pelos povos
antigos, ganhou mais importância nas diversas áreas do conhecimento a partir do
século XIX, mas sobretudo a partir do século XX, principalmente quando começou a
ser aplicada nas grandes organizações, altura em que os japoneses começaram a
falar em qualidade total.

A imensa quantidade de dados com origens distinta que são gerados diariamente no
mundo moderno torna prescindível a utilidade dela, a medida em que a utilização de
métodos estatísticos possibilita reunir, organizar, processar, analisar e interpretar os
dados recolhidos. É evidente que em situações de incerteza a estatística contribui
para a tomada de melhores decisões nas mais diversas áreas do conhecimento.
Devido a este facto é crescente a importância do desenvolvimento do pensamento
estatístico na sociedade actual e a grande projecção actual que a informação
estatística tem dentro das organizações, (Sousa, 2019).

Para Triola (2003) apud Piacentini, Oliveira e Silva (2020) a palavra estatística tem
origem do latim “status”, que traduzida tem o sentido de estudo do Estado,
significava uma coleção de informações de interesse para o estado e sobre a
população e economia. Com as informações coletadas, o objetivo era obter o
resumo de informações indispensáveis para que os governantes conhecessem a
nação e a construção de programas do governo. Estatística surgiu como uma
ciência dedicada ao desenvolvimento, utilizando métodos de coleta, organização,
resumo, apresentações e análises de dados.

1.2 Conceitos de Censo e Inquérito

Censo;

De acordo com a definição instituída pela ONU em 1980, o Censo é um processo


total de coleta, processamento, avaliação, análise e divulgação de dados
demográficos, econômicos e sociais referentes a todas as pessoas dentro de um

20
espaço geografico. Segundo Barbuda (2008), o censo deve constituir uma
ferramenta que obedeça aos seguintes critérios:

1. Respaldo legal, com a especificação do escopo, dos fins, do orçamento, da


administração, das garantias legais quanto ao sigilo da informação e das mais
obrigações da entidade executora;

2. Periodicidade definida, de preferência de cinco ou dez anos;

3. Simultaneidade de todo o levantamento, com um tempo de referência pré-


definida;

4. Uma referência territorial pré-fixada, normalmente, esta referência abrange


todo o território nacional;

5. Universalidade da enumeração dentro deste território, seja conforme o critério


de residência habitual (população residente, de jure ou de direito), seja conforme o
paradeiro na data de referência (população presente ou de facto) de todos os
habitantes;

6. Enumeração individual de todas as pessoas, uma condição necessária para a


elaboração de quadros estatísticos detalhados;

7. Disponibilidade dos resultados dentro de prazos compatíveis com as


aplicações previstas.

O Censo demográfico demostra informações básicas do tipo,

a) Nome e sobrenome;

b) Idade e sexo;

c) Relação de parentesco com o chefe do domicílio ou da família;

d) Estado civil;

e) Ocupação e demais características econômicas;

f) Alfabetização e outras características educacionais;

g) Lugar de nascimento e/ou nacionalidade; e

h) Residência habitual (de jure) ou lugar de enumeração.

O censo apresenta as seguintes características:

21
I. Informações

i. População presente;

ii. População residente;

iii. Periodicidade: 10 anos (o mais comum).

II. Etapas

i. Pré-Censo ou Censo Piloto;

ii. Censo;

iii. Pós-Censo.

III. Questionário

i. Básico;

ii. Amostra.

IV. Variáveis investigadas

i. Domicílio;

ii. Individual.

Tabela 1: Temas investigados nos censos

Geografia Individuais Econômicas Educacionais

Lugar de nascimento; Idade Actividade; Anos de estudo;

Residência. Sexo Ocupação. Escolaridade

Estado civil

Nacionalidade

Distribuição Composição Força de trabalho Estudo


específicos

Fonte: adaptação de Ojima (2007)

22
1.2.1 Inquérito.

No parecer de Dias (1994), o Inquérito por Questionário é uma técnica de


investigação que, através de um conjunto de perguntas, visa suscitar uma série de
discursos individuais, interpretá-los e depois generalizá-los a conjuntos mais vastos.
Trata-se de uma técnica de observação não participante, uma vez que não exige a
integração do investigador no meio, no grupo ou nos processos sociais estudados.

O inquérito por questionário é uma técnica amplamente utilizada em pesquisa


científica, pela sua facilidade de aplicação a diversos objectos de investigação,
levantamento de problemas teóricos, metodológicos e técnicos diversificados, de
acordo com Lima (1981) apud Dias (1994).

O que torna conveniente o grande objectivo subjacente ao uso do inquérito e a todas


as técnicas de investigação em geral é a necessidade de verificação (ou não) das
hipóteses teóricas orientadoras de toda a pesquisa.

Com efeito, esta técnica possui uma função importante de administração da prova;
daí, a importância das análises comparativas, e do estabelecimento de relações
entre variáveis.

1.3 TIPOS DE CENSO POPULACIONAL

De acordo com (Camilo Ceita, 2013), as leis do recenseamento estabelecem a


obrigatoriedade de resposta às perguntas do questionário, ou seja, todas as pessoas
abrangidas pelo recenseamento são obrigadas a fornecer, com verdade, os dados
estatísticos que lhes forem solicitados. E estes são realizados de acordo a dois tipos
de recenseamento, que são:

1) Recenseamento da população – operação completa de recolha,


compilação, avaliação, análise, publicação e disseminação de dados demográficos e
socioeconómicos de todas as pessoas de um país, num momento determinado.

2) Recenseamento da habitação – operação completa de recolha, compilação,


avaliação, análise, publicação e disseminação de dados de todas as habitações de
um país, num momento determinado.

23
1.3.1 Características do Censo Populacional

Falando das características do censo populacional, (Camilo Ceita, 2013) apresenta


as seguintes características do censo populacional,

i. Contar a população residente, não residente, presente ou ausente no país;

ii. Actualizar a informação sobre suas principais características demográficas e


socioeconómicas;

iii. Identificar sua distribuição no território nacional;

iv. Realizar o levantamento e a caracterização das habitações/casas.

v. Proporcionar informação para a elaboração das projecções de população e


para a construção dos marcos de amostragem para os inquéritos aos agregados
familiares.

1.4 PROJECÇÃO DA POPULAÇÃO COMO RESULTADO DO CENSO

Na opinião de Martine e Lima (1987) citados pelo Grupo Foz (2021), a projecção tem
como objectivo determinar o tamanho e a composição de uma população no futuro
ou mesmo no presente (em situações onde uma enumeração direta não é factível),
seja por objetivos económicos, políticos, sociais ou ambientais. Esta projecção
acarreta grande importância para o planeamento e o delineamento de acções
estratégicas, tanto no sector público como no privado.

As projecções populacionais são geralmente utilizadas para prever a necessidade


de serviços de escolas e hospitais, para prever os recursos necessários para o
pagamento de benefícios previdenciários ou da folha de pessoal de uma empresa,
ou ainda para prever o mercado para determinados produtos, o que torna uma
ferramenta essencial para o estudo censitário, (Rios-Neto, Givisiez, & Oliveira,
2005).

Olhando para o pensamento de Brito, Cavenaghi e Jannuzzi (2010), o objetivo da


projecção é simplesmente analisar os determinantes de mudanças na composição
futura da população mostrando, em casos específicos, o efeito pela combinação de
diferentes alternativas. O que fica conhecido como a construção de cenários, ou
seja, trajectórias hipotéticas decorrentes da manipulação de um ou outro suposto.
Esta projecção é baseada na pergunta básica de um cenário: “O que aconteceria

24
se...?”. onde a resposta é útil para a análise dos efeitos da adopção de certa política
pública, por exemplo, antes da sua implementação.

Entretanto, na maioria das situações o objetivo da projecção é produzir previsões


realistas e baseadas na situação actual, para dar suporte ao planeamento de
políticas públicas ou melhorar a tomada de decisões para investimentos futuros. Há
ainda situações em que as projecções de população são utilizadas como insumos
para a projecção de outras variáveis como, por exemplo, matrículas escolares, os
consumidores de energia elétrica ou a demanda por moradias e infraestrutura,
(Nzatuzola, s.d.).

1.5 TIPOS DE POLÍTICAS SOCIAS

No parecer de Zambello (2016), existe certa dificuldade na definição do alcance da


política social devido à pluralidade de acções e intervenções neste campo que, ao
longo do tempo, foram transitando entre as diversas áreas de conhecimento e
variaram segundo o momento histórico, importante, portanto, fazer uma breve
imersão no significado associado ao que é social, (Zambello, 2016, p. 3).

Ainda de acordo com o mesmo autor, a perspectiva mais comum sobre um Estado
de Bem-Estar leva em consideração a independência do mercado das pessoas, ou
seja, o indivíduo para sobreviver dependeria muito mais do que só da oferta da força
de trabalho no mercado. Com isto, o Estado assumiria a responsabilidade de
garantir aos cidadãos os requisitos básicos para que, ao se encontrarem
desamparados pelo mercado, possam, de qualquer forma, sobreviverem.

Nos círculos políticos e governamentais da atualidade é bastante comum as


conversas sobre políticas sociais, e com isto, menciona-se bastante temas como,
empoderamento, manejo de riscos, melhoria das capacidades humanas, inclusão
social, cidadania, propiciados por meio da ativação dos demandantes dessa política
para o trabalho.

As políticas sociais não são unívocas, ou seja, não são idênticas em todos os
tempos e lugares; como também pode acontecer de que, num mesmo momento e
espaço geográfico, positiva e negativa para o trabalho e o capital, ela nunca poderá
ser pensada como um recurso exclusivo das forças dominantes.

25
Por conseguinte, a proliferação das políticas sociais cobra da sociedade um elevado
preço em matéria de cidadania, já que coloca em recesso a cidadania em seu
conjunto, particularmente no que diz respeito aos direitos civis e políticos; a negação
das liberdades individuais e “da capacidade da sociedade governar-se a si própria, o
que reflecte negativamente em todos os níveis, inclusive nas instituições da política
social.

Os gastos do governo são os investimentos gerados por este em favor da economia.


Estes investimentos têm o propósito de criar uma oferta de bens e serviços
indispensáveis à sociedade e que, em muitos casos, não são oferecidos pelo setor
privado, (Costa, Lima, & Silva, 2014).

Já na realidade angolana, Cardoso (2019) afirma que o Estado angolano se tem


deparado com grandes desafios, face ao atual quadro económico e à globalização,
situações estas que têm causado imensas dificuldades na resposta às exigências
perante as quais foi colocado.

Com isto, o país foi obrigado a uma Administração Tributária mais competitiva e
desmaterializada, facto que por si só, levou-nos em linhas gerais a profundas
reformas para diagnosticar os principais problemas existentes no domínio do
sistema tributário, da fiscalidade internacional, da administração tributária e da
justiça fiscal, uma vez que, o sistema tributário angolano se encontrava muito
desfasado em relação à realidade socioecónomica e aos princípios constitucionais
em vigor, (Cardoso, 2019).

1.5.1 Política Fiscal

O objectivo da política fiscal é a promoção da gestão financeira equilibrada dos


recursos públicos, o que influencia no asseguramento da estabilidade e do
crescimento económico, bem como do financeiro das políticas públicas e de uma
trajetória sustentável da dívida pública.

Então, é óbvio afirmar que a política fiscal é um conjunto de medidas adoptadas


pelos governos para que sejam melhor administradas as receitas de um país.

Dito isto, Francisco (2018) acredita que a implementação da diversificação das


fontes receitas e a ineficácia do sistema tributário, em particular os impostos
internos, ilustrada por alguns estudos existente, foi elaborado em 2009 e este deu

26
início à materialização da reforma de todo o sistema fiscal, que foi publicado no
diário da república pelo Decreto Presidencial n,º 50/2011, que é o principal
documento do programa do Executivo Angolano neste domínio, o processo de
Reforma Tributária está a ser realizado por um órgão autónoma - PERT (Projecto do
Executivo para a Reforma Tributária), publicado pelo Decreto Presidencial n.º
155/2010, Série – N.º 141, de 28 de Julho.

De acordo com Cardoso (2019), as revisões ao regime do imposto ao longo dos


anos 90 do século passado traduziram-se essencialmente na alteração das taxas e
de regras de liquidação do imposto. A tributação foi significativamente alterada em
Angola em dezembro de 1999, com a criação de um novo imposto - Imposto de
Consumo - cujo regulamento foi aprovado através do Decreto n. º41/99, de 10 de
dezembro, (Cardoso, 2019, p. 15).

Cardoso (2019) continuando, afirma que, no que concerne aos aspetos históricos e
à reforma fiscal, em 2009, o sistema fiscal angolano estava em preparação e
execução de um vasto programa de Reforma Tributária dirigido por um organismo
especificamente criado para o efeito pelo Decreto Presidencial n. º150/10, de 16 de
setembro, o Programa Executivo da Reforma Tributária. Este programa veio
substituir o anterior Comité da Reforma Tributária Fiscal. Esta unidade passa ser
integrada na Administração Geral Tributária (AGT) dada a fusão dos serviços
operada através do Decreto Presidencial nº 324/2004, de 15 de dezembro.

1.5.2 Política Monetária

Na opinião de Montes (2009), a política monetária se refere as decisões tomadas


pelo banco central no exercício do seu mandato para influenciar o custo de
empréstimo e a quantidade de dinheiro em circulação na sua economia. Com base
neste pensamento podemos afirmar que uma das decisões mais importantes do
banco central angolano é a fixação das taxas de juros oficiais.

E para Mendes et al., (2015) apud Kiala (2021) define a política monetária como a
actuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeitos directos
ou induzidos, com o propósito de controlar a liquidez do sistema económico. Que
visa o controlo da oferta de moeda no mercado, que estimularia ou desestimularia a
economia, controlo de taxa de juros, mantendo a estabilidade no mercado de câmbio
e conter a inflação.

27
1.5.3 Política Financeira

De acordo com Bormann et al., (2017), a política financeira visa orientar a gestão
financeira de uma organização e seus membros (filiais). É a política master que
apresenta as regras gerais aplicáveis a todas as políticas específicas, separadas por
sectores como,

a) Política de gestão de riscos de mercado – que tem por objectivo disciplinar o


processo de gestão de riscos do mercado para que se cumpram determinados
aspectos (alçadas, atribuições, riscos a mitigar, metodologia para mensurar os
riscos, determinação dos respectivos limites que estabelecerão os procedimentos
para a protecção dos riscos do mercado;

b) Políticas de aplicação financeiras – visa garantir a gestão das aplicações


financeiras tendo em conta aspectos como, diretrizes, alçadas, atribuições e
controlo;

c) Política de endividamento – utilizado em processo de endividamento com


apectos do tipo, diretrizes, alçadas, atribuições e controlo;

d) Política de dividendo e juros sobre capital próprio – que tem por objectivo
disciplinar o processo de distribuição de dividendos ou juros sobre capital próprio.

1.6 RELAÇÃO ENTRE CENSO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS

De acordo com o relatório sobre o estudo censitário realizado no ano de 2014, “uma
política pública é uma diretriz elaborada para enfrentar um problema público”. Isto
quer dizer que elas são o esboço das acções do Estado, as acções que serão
desenvolvidas, visando solucionar um problema público previamente identificado.

Então, a prévia identificação segue mediante um estudo abrangente e minucioso


que mensura as condições que permeiam a vida da sociedade. A este estudo
demorado, intencionalmente abrangente e extensivo que abarcar a totalidade do
país, é o maior alicerce do qual se fundamentam todas as acções do Governo.

Neste sentido, estes dados não só evidenciam as áreas prioritárias em que devem
incidir as actuações do Governo, serve também como um instrumento de
monitoramento, acompanhamento, avaliação e melhoria do desdobramento e da
eficácia das políticas implementadas, tal como referiu, igualmente, o ex-presidente:

28
o censo permite-nos, por um lado, medir também os resultados das políticas
públicas (...) adoptadas e, por outro lado, melhorar os instrumentos de planeamento
no futuro, como, por exemplo, o Plano Nacional de Ordenamento do Território e a
Política Nacional da Família, de modo a acelerar-se o processo de crescimento
económico e o índice de Desenvolvimento Humano das populações.

Há, no entanto, um sentido retroactivo na relação entre o censo e as políticas


públicas, pois assim como o Governo carece das informações advindas do censo
para formular as políticas de resolução dos problemas socioeconómicos, o censo,
por ser uma operação demorada e dispendiosa, para ser realizado carece do
financiamento público.

Assim, a utilização das estratégias do Governo é, fundamentalmente, para erradicar


os problemas sociais, bem como para potencializar o crescimento económico, sem o
qual não pode haver o financiamento e a materialização de todos os programas e
projectos que visam incrementar o progresso do país.

Ainda de acordo com a mesma fonte, abordando sobre as principais utilizações dos
resultados censitários, são mencionadas as seguintes:

a) Acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e a evolução de outras


características da população ao longo do tempo;

b) Identificar áreas de investimentos prioritários em saúde, educação, habitação,


saneamento básico, transporte, energia, programas de assistência à infância e à
velhice, possibilitando a avaliação e revisão da alocação de recursos público e
privado;

c) Fundamentar diagnósticos e reivindicações pelos cidadãos, de maior atenção


dos governos provincial ou municipal para problemas locais e específicos, como de
insuficiência das redes de água e esgoto, de atendimento médico ou escolar, etc.

29
CAPÍTULO II

2.1 RECOLHA E APRESENTAÇÃO DE DADOS.

2.1.1 Instrumentos e técnicas de recolha de dados


Os instrumentos e técnicas de recolha de dados são questionários, entrevistas e
observações sistematica.

a) Questionário – instrumento de recolha de informação constituído por uma


série ordenada de perguntas. Geralmente é mais usado para dados quantitativos.

b) Entrevista – encontro entre duas ou mais pessoas, onde uma tem interesse
em obter informações de determinados assuntos das outras. Geralmente é mais
usado para dados qualitativos. Neste instrumento a presença do entrevistador é uma
condição sine quo non para a realização da entrevista.

c) Observação Sistematica – Instrumento científico que utiliza o sentido visual


para obtenção de informações da realidade.

Neste trabalho foi usado simplesmente as técnicas de questionário e entrevistas,


para a recolha dos dados .

2.1.2 Técnicas de análise de dados

Com recurso a ferramenta Excel, foi feita uma análise descritiva uni-variada com
cálculos de frequências absolutas (Fi), relativas (fi) e acumuladas (Cum Fi, Cum fi)
onde foi necessário aplicar as suas devidas interpretações. Cujos resultados foram
apresentados em tabelas de distribuição de frequências. Os dados, sendo
qualitativos ordinais, essa técnica de análise de dados permitiu identificar a Moda.

Deste feito, considerando o tamanho da população (N) de aproximadamente 16700


(número de habitantes), admitindo o grau de confiança de 80% e a margem de erro
de 3%, o tamanho da amostra (n) é de (30% do total da população – 3% do total da
população) moradores.

2.2 Apresentação dos resultados

Nesta secção serão apresentados e comentados os resultados obtidos.

30
Gráfico- 1: Faixa etária.

26%
entre 17 - 25 anos
entre 26-30 anos
56%
entre 31-45 anos
19%
acima de 45 anos

Fonte: Elaboração própria (2024).

O gráfico acima apresenta os dados referentes a faixa etária dos moradores da


Centralidade Vida Pacífica, e pelos dados podemos observar que a maior parte da
nossa amostra está na faixa etária compreendida entre os 17 aos 25 anos, o que
representa 56%, e a seguir vem a faixa etária dos 31 aos 45 anos, que representa
26%, e, o remanescente com 18% encontra-se na faixa etária compreendida entre
26 a 30 anos.

Gráfico- 2: Gênero.

41%
M
59%
F

Fonte: Elaboração própria (2024).

O Gráfico- 2 evidencia que este quadro é maioritariamente do domínio masculino


com 59% e o remanescente pertence ao gênero feminino.

31
Gráfico - 3: Situação conjugal dos moradores

4%
11% 4% Solteiro Casado/a

Viúvo/a Divorciado/a

81%

Fonte: Elaboração própria (2024).

No gráfico -3, nos é apresentada a discriminação da situação conjugal dos


inqueridos da Centralidade Vida Pacífica e nestes observamos que, 81% dos
inqueridos possuem o estado civil “Solteiro”, e a seguir temos o estado civil “Casado”
com 11% e com 4% temos o grupo dos viúvos e com igual valor vem os divorciados.

Gráfico-4: Nível acadêmico dos moradores da vida pacífica

7%
Técnico médio
15%
Bacharel
Licenciado
11% Mestrado
67% Pós-graduação
Doutoramento

Fonte: Elaboração própria (2024).

Aqui é apresentado os dados relactivos ao nível acadêmico dos inqueridos no nosso


estudo. E fica evidenciado que 67% destes têm o nível acadêmico médio, e com

32
15% está o grupo que pertence aos Licenciados, 11% são Bacharel e o
remanescente têm o nível Mestrado.

33
Gráfico 5: Tempo de morada na vida pacífica

7%

Menos de 1 ano
48% 2-6 anos
7-10 anos
44%
Acima de 10 anos

Fonte: Elaboração própria (2024).

A figura acima, apresenta os dados em relação ao tempo que os inqueridos têm


dentro da Centralidade Vida Pacífica, e nestes podemos perceber que 48% destes
encontram-se residente na Centralidade com menos de 1 ano e a segunda maior
força está na Centralidade entre 2 a 6 anos, que representam 45% e o
remanescente encontra-se residente entre 7 a 10 anos.

Gráfico -6: Renda

4%

4%
100 a 150 Mil Kwanzas
150 a 200 Mil kwanzas
200 a 300 Mil kwanzas
Acima de 300 Mil

93%

Fonte: Elaboração própria (2024).

A figura n.º 8 traz para nós a renda mensal do grupo de inqueridos da Vida Pacífica,
e neles podemos concluir que, 92% dos inqueridos possuem uma renda mensal
entre 100 a 150 mil kwanzas, e entre 150 a 200 mil e 200 a 300 mil, representam 4%
dos inqueridos respectivamente.

34
Gráfico - 7: Conhecimento sobre o Censo

Questão n.º1
15%
Sim
Não

85%

Fonte: Elaboração própria (2024).

O Gráfico acima mostra os dados relativamente ao nível de instrução sobre censo, e


a maioria dos inqueridos (85%) afirmaram que já tiveram esclarecimento sobre o
censo.

Gráfico 83: Fonte de informação sobre o Censo

Questão n.º2

Rádio
4%
13% Televisão
9% 4%
Jornal

Escola

Local de trabalho

70% Conversa com amigos

Outra

Fonte: Elaboração própria (2024).

Informação dos inqueridos que já ouviram falar sobre o Censo, e neste 70% teve
ciência sobre o censo a partir da televisão, 13% no local de trabalho, 9% a partir do
jornal e com 4% preenchem o grupo dos que ouviram a partir da rádio e escola,
respectivamente.

35
Gráfico - 9: Importância do Censo no desenvolvimento do país

4%
Questão n.º4
Sim
Não

96%

Fonte: Elaboração própria (2024).

E no que toca ao impacto dos dados do Censo no desenvolvimento do país, os


inqueridos afirmaram que sim, os dados do censo são impactantes para o
desenvolvimento de políticas públicas que visam o desenvolvimento do país. Ou
seja 96% dos inqueridos afirmaram que “Sim”. E o remanescente, correspondendo
com 4% afirmaram que não são importantes para o desenvolvimento do país.

Gráfico 10: Utilidade dos dados obtidos no Censo

Questão n.º5

Contagem dos residentes de uma residência


19% 4%
Contagem da população de um país

Utilização em políticas públicas

Todas alternativas
78%
Outra

Fonte: Elaboração própria (2024).

Neste, a maioria dos inqueridos (78%) afirmaram que o Censo serve para a
contagem da população de um país, 18% acreditam que serve para contagem dos
residentes de uma residência, contagem da população de um país, utilização em
políticas pública e apenas 4% mencionaram que serve simplesmente para a
contagem dos residentes de uma residência.

36
Gráfico - 11:Recusa no fornecimento de informações

Questão n.º6

4%4%
Falta de conhecimento
7%
Medo de fornecer informação pessoal

Desconforto

26% Percepção de que os dados são irrelevantes


59%
Medo de represálias

Outra

Fonte: Elaboração própria (2024).

Este gráfico-11, traz para nós os dados sobre a razão, na visão dos inqueridos, de a
população se apartar de fornecer informações verídicas aos técnicos de campo do
censo. Ficou notável que na opinião da maioria dos inqueridos, ou seja, 59%
acreditam que a razão disto é fundamentado pela falta de conhecimento, 26%
afirmaram que o medo de fornecer informações pessoais é a razão da fuga a
informações verídicas, 7% acreditam ser o desconforto e com 4% afirmaram ser
medo de represálias e por outras razões, respectivamente

Gráfico 12: Políticas públicas vs problemas sociais

26% Questão n.º7

Sim Não
74%

Fonte: Elaboração própria (2024).

A figura acima representa os dados da eficácia das políticas públicas na resolução


dos problemas sociais. No entanto, 74% acreditam que não existe eficácia nas

37
políticas públicas para resolução dos problemas sociais vividos pela sociedade, e,
26% acredita que sim, existe sim uma eficácia das políticas públicas na resolução
dos problemas sociais.

Gráfico 13: Interferência na vida política

Questão n.º8
33% Sim
Não

67%

Fonte: Elaboração própria (2024).

E por fim o gráfico - 13, nos demonstra os dados sobre a interferência na actividades
políticas por meio da população. E neles é possível perceber que 67% acreditam
que sim, a percepção sobre a eficácia das políticas públicas na resolução dos
problemas socias afectam a participação destes na vida política e social, e os outros
33% acreditam que a participação activa na vida política nada tem que ver com a
eficácia das políticas pública na resolução dos problemas sociais.

38
CAPÍTULO III

3.1 ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.

Diante do exposto, as características sociodemográficas da amostra revelam uma


dominação e influência de jovens adultos de género feminino na medida em que dos
100% dos inquiridos, o grupo etário de maior prevalência na amostra é entre 17 a 25
anos (56%), isso está explicado devido ao facto de que poucos indivíduos nesta
faixa etária estão inseridos no mercado de trabalho de acordo com os dados do
Censo 2014, o que consequentemente lhes torna mais acessíveis e disponíveis na
dispensação de um tempo, o que permitiu preencher o questionário. Amostra revela
que o tempo de residência predominante é de menos de 1 ano, representando um
total de 48% dos inquiridos, isso era esperado, uma vez que os moradores mais
antigos de construções como a Vida Pacífica tendem a adoptar um modus vivendi de
isolamento, fundamentado muitas vezes na exaustão de se deslocar para fora, o que
numa situação como a nossa, de só inquirir os que estavam do lado de fora dos
edifícios, torna menos provável que sejam abrangidos. Por isso, a maior
percentagem corresponde aos que vivem aí menos de 1 ano, pois estes,
provavelmente, ainda não estão familiarizados com o costume dessas localidades-
de se isolar nos respectivos apartamentos. Há maior predominância do sexo
feminino na amostra em estudo, representado 59% do total da amostra. Embora não
esteja em consonância com os dados do censo (que apontam que há 94 homens
para cada 100 mulheres, em Luanda), tal ocorrência deve-se a constatação de que
as mulheres estão mais envolvidas com actividades domésticas, comparativamente
aos homens, o que fez que, muitas delas, prescindissem ao acto de preenchimento
dos questionários, pois nos raros momentos em que se encontravam no pátio, era
com a pretensão de cumprir uma obrigação doméstica. Também constatámos que os
homens, em relação às mulheres, circulam mais frequentemente no pátio da
centralidade, o que os torna mais propensos a participarem de pesquisas desta
índole. Igualmente o grau académico de maior prevalência é de técnico médio com
67%, isso está em conformidade com o facto de a maioria dos inquiridos no nosso
estudo serem jovem. E normalmente, nessa faixa os indivíduos não têm os níveis
académicos subsequentes concluídos. A renda mensal está em torno dos 150 mil
kwanzas, respondendo com 92%. Esse resultado está em consonância com a lei

39
que estipula que o salário é determinado pelo nível académico de cada indivíduo.
Sendo assim, visto que a maior parte dos inquiridos é técnico médio, o salário
destes não excede normalmente os 150 mil e o estado civil predominante é de
solteiro com 81% dos inqueridos, pelo facto de maior parte dos inquiridos ser jovem.
Normalmente, nessa fase esses indivíduos se encontram sob alçada dos pais, não
se estabilizaram ainda economicamente, estão simplesmente no início de uma
relação afectiva que poderá culminar ou não no matrimónio. Outrossim, boa parte
dos cidadãos angolanos vive maritalmente, então, não é estranho encontrar essa
realidade nos indivíduos residentes na Vida Pacífica.

Sendo que a maioria já ouviu falar sobre o Censo, implica dizer que as informações
aqui passadas são úteis para validação das nossas hipóteses:

H1: As pessoas com baixo nível de instrução sobre o assunto, tendem a manifestar
comportamentos de recusa e fuga, pois temem passar por situações embaraçosas,
se expostas ao questionário do recenseamento.

H2: A desinformação da população, relativa à utilização dos dados censitários para a


formulação de políticas públicas, pode ocasionar alguns vieses comportamentais,
dentre os listados acima, uma vez que pode levar as pessoas a julgar que o acto de
responder ao questionário é facultativo e prescindível, ou que podem, no entanto,
falsear as informações sem, contudo, haver repercussões negativas em algum nível
do planeamento governamental.

No tocante a questão n.º 1, o resultado está em conformidade com as práticas


precedentes à realização do censo, pois é necessário que os meios de comunicação
veiculem informações relativas ao censo e de sensibilização da população antes
mesmo da sua efectivação. Então, embora tenhamos uma tradição de realização de
censo relativamente curta, é esperado que boa parte da população já tenha ouvido
falar do censo.

E para a questão n.º 2, é notável que a televisão dentre os meios de difusão listados
acima, continua sendo o mais entranhado à vida dos angolanos, e isso o torna o
meio mais provável de transmissão de informação, sobretudo, porque, se
comparado com os restantes, é o meio de eleição preferível para se manter
informado.

40
Sobre a questão n.º 4, o resultado demonstra que a correlação do censo com as
políticas públicas não é um assunto desconhecido para os moradores da
centralidade, embora não se possa precisar até que ponto eles compreendem a
relevância dos censos nas políticas públicas. Pois, pelo facto de os censos serem
grandes operações materializadas pelos governos, pode suscitar, na mente da
maioria das pessoas, a dedução de que sejam, sim, importantes para o
desenvolvimento do país, sem, no entanto, saberem profundamente para quais
efeitos.

A questão n.º 5 evidencia que a maior parte dos inquiridos só tem a noção mais
imediata da aplicação dos dados do censo, noção essa que reside na
consuetudinária concepção de que ele nos informa sobre “quantos somos, como
vivemos e onde vivemos”. Porém, os dados do censo servem a propósito mais
profundamente impactantes, pois norteiam as actividades governamentais voltadas
para a resolução dos problemas sociais no período intercensitário, permitem estimar
a parcela do OGE adequada para determinadas localidades, bem como o
crescimento da população nos anos subsequentes e auxiliam na preparação e
consecução de outros estudos de grande relevância social. Entretanto, a noção
superficial da utilização dos dados do censo explica as inconstitucionalidades dos
actos dos inquiridos, ao se furtarem de participar no acto censitário, pois não
compreendem que ao perpetrarem tal acto se constituem num entrave para o
desenvolvimento do país e consequente erradicação dos problemas
socioeconómicos.

O resultado relactivo a questão n.º 7 corrobora a constatação obtida por meio dos
inquéritos, afinal, embora boa parte dos inquiridos, no nosso estudo, já tenha ouvido
sobre o censo, há uma relativa insipiência, demonstrada por estes, no tocante a
relevância dos dados censitários, situação essa que pode dar margem à negligência
na cooperação que se impõe no processo de recenseamento.

E já para a questão n.º 8, a percepção pode influenciar negativamente na


compreensão da importância que os censos têm na concepção de políticas
assertivas.

41
CONSIDERAÇÕES FINAIS

No que se refere à pergunta de partida "Que motivações estarão na base da recusa


e/ou fuga, omissão e fornecimento de informações falsas, por parte dos inquiridos,
no processo de recenseamento?", concluímos que os resultados foram alcançados,
essencialmente porque, além do referencial teórico, o nosso estudo de campo aos
moradores do Distrito Urbano do Zango, alojados na Centralidade Vida Pacífica,
trouxe-nos o conhecimento imprescindível para a compreensão de muitos aspectos
inerentes ao censo populacional que seria difícil de abarcar mediante o recurso a um
conhecimento estritamente teórico. Esperamos, deste modo, que a investigação
venha contribuir eficazmente para o desenvolvimento científico, especialmente ao
dos estudantes de Estatística e Planeamento, assim como para o preenchimento de
algumas lacunas na abordagem relativa aos censos.

Assim sendo, não se pode desmerecer a relevância que as informações advindas do


censo têm, pois são elas que norteiam as acções do governo voltadas para a
resolução de problemas socioeconómicos, na medida em que fornecem os
indicadores que permitem vislumbrar as áreas prioritárias em que devem incidir o
investimento público.

Dessa forma, deve-se fazer do papel que tais informações cumprem um assunto de
domínio geral, pois constatou-se que parte da população possui ainda um
conhecimento deveras incipiente sobre a temática, pelo que é mister que as
entidades públicas de direito possam adoptar um programa massivo de
conscientização da população, referente à importância dos dados censitários, num
nível muito mais substancial, de modo a colmatar as ilicitudes assentes, muitas
vezes, na ignorância. E, para o efeito, pressupõe-se a generalizada inclusão dessa
temática em matérias curriculares, bem como sua recorrente discussão nos debates
em rede nacional - por meio da televisão e da rádio.

Por outro lado, é de salientar que há uma relação entre o censo e as políticas
públicas para além daquela que comummente aludimos - a da incidência dos dados
censitários na formulação destas, já que há uma outra que é definida na razão de as
políticas públicas adoptadas pelo Executivo serem, em última instância, um meio de
credibilizar e afirmar a importância que os censos têm, afinal, quando as políticas

42
são eficazes, depreende-se que só foram eficazes por se basearem em indicadores
reais e verdadeiros, indicadores esses configurados pelo censo (nesse caso, sua
importância é reafirmada). No entanto, quando as políticas são reputadas como
ineficazes, a importância do censo pode ser contestada, pela mesma razão
supracitada, e isso pode dar, gradualmente, margem a actos atentatórios à lei que
prescreve a participação dos inquiridos no recenseamento.

Assim, é necessário que o Executivo prima por uma política transparente e mais
voltada para a reversão dos problemas sociais, uma vez que, mesmo que a
importância do censo não seja contestada, a susceptibilidade de as decisões do
Executivo serem encaradas como arbitrárias e despóticas pode minar a boa-vontade
da população em cooperar em actividades que demandem a sua participação -
inclusive no exercício censitário. Outrossim, uma outra medida pode ser
considerada, como a adopção, pelo governo, de um censo baseado em dados
administrativos, embora isso vá requerer mais tempo e organização sistemática.

Relativamente às hipóteses, duas foram comprovadas e comentadas nos gráficos no


qual são referidas. No entanto, a primeira hipótese - que compõe o leque onde
figuram as duas supracitadas - segundo a qual " as pessoas com baixo nível de
instrução académica, tendem a manifestar comportamentos de recusa e fuga, pois
temem passar por situações embaraçosas, se expostas ao questionário do
recenseamento", não é, na verdade, anulada, visto que o desconforto foi também
apontado como uma das razões que propiciam, especialmente, a recusa e fuga na
cessão de informações; e, por outro lado, constatámos, mesmo no meandro de
pessoas com um nível académico razoável, comportamentos de recusa e fuga,
atribuídos exclusivamente às pessoas menos instruídas. Com essa constatação
fomos levados a crer que, se é assim também com pessoas mais instruídas, então
essa propensão pode ser mais incidente ainda nos meandros daquelas menos
instruídas.

Portanto, é imperativo que os órgãos públicos de direito considerem a


implementação de programas de alfabetização que abarquem, essencialmente, os
chefes de família, visto serem estes que cedem as informações pessoais e do
domicílio, aquando da realização dos censos; bem como a viabilização de um

43
programa de ensino das terminologias do censo, já que elas permanecem ainda
incompreendidas pela maioria dos angolanos.

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45
APÊNDICE

A1 – MODELO DO QUESTIONÁRIO DO INQUÉRITO

CURSO MÉDIO DE PLANEAMENTO E ESTATÍSTICA


Guião de Inquérito por questionário dirigido aos moradores da centralidade da Vila Pacífica
cita no Município do Zango
O questionário de inquérito aqui apresentado destina-se a pesquisa do curso médio de planeamento
e estatística sobre o tema: A IMPORTÂNCIA DO CENSO POPULACIONAL FACE ÀS POLÍTICAS
ECONÓMICAS E SOCIAIS DE ANGOLA. As respostas aqui fornecidas servirão exclusivamente para
o término do trabalho de conclusão de curso. No entanto, os dados dos participantes ao estudo serão
tratados com confidencialidade, como princípio ético da pesquisa científica. Pedimos que respondam
de forma espontânea e sincera a todas as questões aqui expostas.
Desde já, agradecemos a compreensão.
Dados sociodemográficos
Faixa Etária
1.
Entre 17 – 25 anos Entre 26 – 30 anos
Entre 31 – 45 anos Acima dos 45 anos
2. Gênero
M F
3. Situação conjugal

Solteiro/a Casado/a
Viúvo/a Divorciado/a
4. Nível académico
Curso Médio Bacharel
Licenciado Mestrado
Pós-graduação Doutoramento

5. Tempo de residência
Menos de 1 ano 2 – 6 anos
7 – 10 anos Acima de 10 anos
6. Renda mensal
7.
100.000,00 a 150.000,00 150.000,00 a 200.000,00
200.000,00 a 300.000,00 Acima de 300.000,00

DADOS SOBRE O CONHECIMENTO DO CENSO


1. Já ouviu falar sobre o censo?
Sim Não

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Em caso de resposta “não” passe para a questão n.º 7
2. Onde ouviu falar sobre o censo?
Rádio Televisão Jornal Escola Local de trabalho
Em conversa com amigos ou vizinhos Outra
Especifique: __________________________________________________________
3. O que ouviu falar do censo?
R.:_______________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________
4. O censo é importante para o desenvolvimento do país?
Sim Não
5. Para que servem os dados recolhidos no censo?
Contagem dos residentes de uma habitação
Contagem da população do país
Utilização na elaboração de políticas públicas (serviços de habitação, saúde, educação, etc.)
Todas alternativas
Outra
Especifique: _______________________________________________________
6. Porque algumas pessoas recusam-se em fornecer informações ou fornecem informações
deturpadas durante o recenseamento?
Falta de conhecimento
Medo de fornecer informações pessoais
Desconforto
Percepção de que os dados são irrelevantes
Medo de que os dados fornecidos possam ser usados para represálias
Outra
Especifique:_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_______________________________________________
8. As políticas públicas adoptadas pelo governo são eficazes para a resolução dos problemas
sociais?
Sim Não
9. Essa percepção pode interferir na participação ou colaboração do cidadão nas actividades
sociopolíticas?
Sim Não
Porque?

R.:_______________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________

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