Regimento Interno Do Seas - Ce

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015 89

UNIDADES SOCIOEDUCATIVAS DO ESTADO DO CEARÁ


SECRETARIADO TRABALHO E
DESENVOLVIMENTOSOCIAL REGIMENTO INTERNO

O(A) SECRETÁRIO DO TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL REGIMENTO INTERNO UNIDADES DE MEDIDAS


DO ESTADO DO CEARÁ, no uso das atribuições que lhe foram delegadas SOCIOEDUCATIVAS DO ESTADO DO CEARÁ
pelo Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Ceará, nos termos
FORTALEZA
do Parágrafo Único do art.88 da Constituição do Estado do Ceará e do
2015
Decreto Nº30.086 de 02 de fevereiro de 2010 e em conformidade com o
art.8º, combinado com o inciso III do art.17 da Lei Nº9.826, de 14 de maio COORDENAÇÃO EDITORIAL, PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO
de 1974, e também combinando com o(a) Decreto Nº31.369 de 26 de E CAPA
Dezembro de 2013, e publicado no Diário Oficial do Estado em 27 de DAVID TAHIM ALVES BRITO
REVISÃO ORTOGRÁFICA
Dezembro de 2013, RESOLVE NOMEAR, REGINA LUCIA SOMBRA
REGINA HELENA MOREIRA CAMPELO
MACHADO, para exercer as funções do Cargo de Direção e Assessoramento CATALOGAÇÃO
de provimento em Comissão de SUPERVISOR DE NÚCLEO, símbolo ANA MARIA DOURADO MOREIRA
DAS-1 lotado(a) no(a) NÚCLEO ABRIGO DESEMBARGADOR OLÍVIO BIBLIOTECÁRIA - CRB - 3 / 522
CÂMARA, integrante da Estrutura Organizacional do(a) SECRETARIA IMPRESSÃO
GRÁFICA RONDA
DO TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL, a partir de 01 de
Junho de 2015. SECRETARIA DO TRABALHO E DESENVOLVIMENTO DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA
SOCIAL, em Fortaleza, 12 de junho de 2015. PUBLICAÇÃO (CIP)
Josbertini Virgínio Clementino C387R - CEARÁ. SECRETARIA DO TRABALHO E DESENVOLVIMENTO
SECRETÁRIO DO TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL SOCIAL.
REGIMENTO INTERNO: UNIDADES DE MEDIDAS
Carlos Eduardo Pires Sobreira
SOCIOEDUCATIVAS DO ESTADO DO CEARÁ./BANCO
SECRETÁRIO DO PLANEJAMENTO E GESTÃO EM EXERCÍCIO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO - BID; GOVERNO DO
ESTADO DO CEARÁ, PROARES II. – CEARÁ: GOVERNO DO
*** *** *** ESTADO DO CEARÁ, 2013.
1.BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO.
EXTRATO DE CONTRATO
II.PROARES II III.TÍTULO
Nº DO DOCUMENTO 038/2015 IG Nº834854
CONTRATANTE: SECRETARIA DO TRABALHO E GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
DESENVOLVIMENTO SOCIAL - STDS, CONTRATANTE, inscrita CAMILO SOBREIRA DE SANTANA
no CNPJ nº08.675.169/0001-53, com sede na Av. Soriano Albuquerque, VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
MARIA IZOLDA CELA DE ARRUDA COELHO
230, Joaquim Távora, nesta Capital. CONTRATADA: JOSÉ LINS DE
SECRETÁRIO DO TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
ALBUQUERQUE FILHO - ME, inscrita no CNPJ nº35245448/0001- JOSBERTINI VIRGINIO CLEMENTINO
50, com sede na Rua Governador Sampaio 359 A, Centro, Fortaleza, Ceará. SECRETÁRIO ADJUNTO DO TRABALHO E
OBJETO: Constitui objeto deste contrato o FORNECIMENTO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, para atender as necessidades das JOSÉ HERMAN NORMANDO DE ALMEIDA
SECRETÁRIO EXECUTIVO DO TRABALHO E
unidades pertencentes à Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social –
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
STDS, de acordo com as especificações e quantitativos previstos no Anexo ANA MARIA CRUZ DE SOUSA
I – Termo de Referência do edital e na proposta da CONTRATADA. ESPECIALISTA DO BANCO INTERAMERICANO DE
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: O presente contrato tem como fundamento DESENVOLVIMENTO - BID
o edital do Pregão Eletrônico nº20140032 - STDS e seus Anexos, os FRANCISCO JOSÉ OCHOA
COORDENADOR GERAL PROARES II
preceitos do direito público, e a Lei Federal nº8.666/1993, com suas
ROBERTO LUIZ LIMA RODRIGUES
alterações, e, ainda, outras leis especiais necessárias ao cumprimento de seu COORDENADORIA DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
objeto FORO: Fortaleza, CE. VIGÊNCIA: O prazo de vigência contratual é MARIANA MAIA PINHEIRO DE ABREU MENESES
de 12 (dose) meses, contado a partir da sua assinatura, devendo ser publicado COORDENADORIA TÉCNICA DO PROARES II
na forma do parágrafo único, do art.61, da Lei Federal nº8.666/1993. O prazo ANETE MOREL GONZAGA
GERÊNCIA DO PLANO ESTRATÉGICO ESTADUAL DO
de execução do objeto contratual é de 12 (doze) meses contados a partir
PROARES II
do recebimento da Ordem de Fornecimento. VALOR GLOBAL: NÁGILA COSTA ARAÚJO
R$923.941,80 (novecentos e vinte e três mil, novecentos e quarenta e GERÊNCIA DA CÉLULA DE ATENÇÃO ÀS MEDIDAS
um reais e oitenta centavos) pagos em DOTAÇÃO SOCIOEDUCATIVAS
ORÇAMENTÁRIA: 4 7 2 0 0 0 0 2 . 0 8 . 2 4 4 . 0 2 2 . 2 1 4 4 1 . 0 1 . FRANCISCO WEYDS FERNANDES CAVALCANTE
ASSESSORIA TÉCNICA
339030.00.0;
LUCITA CUNHA MATOS
47200002.08.241.027.14323.01.339030.10.0;
47200002.08.244.022.14302.01.339030.10.0; CONSULTORIA E ELABORAÇÃO
47200002.08.243.050.21440.01.339030.00.0; FRANCISCA REJANE BEZERRA ANDRADE
47200002.08.243.024.21303.01.339030.00.0; MARCUS FÁBIO LINHARES PONTE
MARIA NILVANE ZANELLA
47200002.08.244.050.14332.01.339030.10.0;
47200002.08.242.026.14305.01.339030.10.0; GRUPOS DE TRABALHO DE REVISÃO DO REGIMENTO INTERNO
47200002.08.244.050.14329.01.339030.10.0; MARIANA MAIA PINHEIRO DE ABREU MENESES – STDS
47200002.08.241.027.21427.01.339030.00.0;. DATA DA FRANCISCO WEYDS FERNANDES CAVALCANTE – STDS
ASSINATURA: 05 de junho de 2015. SIGNATÁRIOS: Josbertini Virginio LUCITA CUNHA MATOS – STDS
MARIA COELI GIRÃO SANTIAGO – STDS
Clementino - Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social e José
LEDA MARIA MAIA TORRES – STDS
Lins de Albuquerque Filho - José Lins de Albuquerque Filho - ME. NÁGILA COSTA ARAÚJO – STDS
Teresa Cristina Brito da Rocha ACÁSSIO PEREIRA DE SOUZA – CEDECA
ASSESSORIA JURÍDICA TALITA MACIEL – CEDECA
FRANCERINA ARAÚJO – CEDECA
*** *** *** PATRÍCIA OLIVEIRA GOMES – GABINETE DEP. RENATO ROSENO
90 DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015

UNIDADES SOCIOEDUCATIVAS DA CAPITAL no sistema nacional de atendimento socioeducativo – SINASE.


ORIENTADORES DE CÉLULA §1º A recepção caracteriza-se pelo acolhimento de natureza transitória ao
UNIDADE DE RECEPÇÃO LUÍS BARROS MONTENEGRO - adolescente acusado da prática de ato infracional, proveniente da delegacia
URLBM da criança e do adolescente e das comarcas do interior do estado, que deverá
MARIA CECILIA GUIMARÃES ser apresentado ao judiciário, tendo como prazo máximo para a
CENTRO EDUCACIONAL SÃO MIGUEL - CESM permanência do adolescente na unidade de recepção 24 (vinte quatro) horas.
LÊDA Mª MAIA TORRES §2º A medida socioeducativa de internação provisória é aplicada ao
CENTRO EDUCACIONAL SÃO FRANCISCO – CESF adolescente, antes da sentença, a teor do artigo 108 do ECA, e não deve
JOAQUIM JÁCOME VIEIRA ultrapassar o prazo máximo de 45 dias.
CENTRO SOCIOEDUCATIVO PASSARÉ §3º A medida socioeducativa de semiliberdade pode ser aplicada como
CLAUDENOR MOREIRA DA COSTA primeira medida, ou como forma de progressão do regime para aqueles
CENTRO EDUCACIONAL DOM BOSCO – CEDB adolescentes já privados de liberdade, conforme artigo 120 do ECA. Nela,
PAULA CASTELANA BEZERRA o educando fica sob a custódia do estado, sendo possível a realização de
CENTRO EDUCACIONAL PATATIVA DO ASSARÉ - CEPA atividades externas, independente de autorização judicial.
JOSÉ DE ARIMATÉA SACRAMENTO DOS SANTOS §4º A medida socioeducativa de internação sanção pode ser aplicada por
CENTRO EDUCACIONAL CARDEAL ALOÍSIO LORSCHEIDER - descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta,
CECAL conforme artigo 122, inciso III, parágrafo 1º, do ECA.
NOÉLIA MARIA LOUREIRO GONÇALVES §5º A medida socioeducativa de internação é aplicada ao adolescente autor
CENTRO EDUCACIONAL ALDACI BARBOSA MOTA - CEABM de ato infracional e deve observar o previsto no artigo 122 do ECA,
ELISA BARRETO RODRIGUES somente podendo ser aplicada nos casos e hipóteses previstas em lei.
CENTRO DE SEMILIBERDADE MÁRTIR FRANCISCA - CSMF Art.2º. As unidades de medidas socioeducativas estão sob a administração
MARIA COELI GIRÃO SANTIAGO direta do governo do estado do ceará.
Art.3º. Os procedimentos internos de funcionamento, de atendimento e
UNIDADES SOCIOEDUCATIVAS REGIONALIZADAS de segurança serão administrados pelo corpo diretivo das unidades de
ORIENTADORES DE CÉLULA medidas socioeducativas, sob a responsabilidade destes, respeitando as
UNIDADE DE SEMILIBERDADE DE CRATEÚS diretrizes do presente estatuto.
JANETE SOARES
UNIDADE DE SEMILIBERDADE DE JUAZEIRO DO NORTE Seção I - Dos Direitos dos Adolescentes
ANDRESSA NUNES PEREIRA DE FRANÇA Art.4º. Serão garantidos aos adolescentes os seguintes direitos, dentre
CENTRO SOCIOEDUCATIVO JOSÉ BEZERRA DE MENEZES outros:
CICERO EVERARDO MAIA DA NÓBREGA I. Ter Respeitada a sua individualidade e estar livre de preconceito e
CENTRO SOCIOEDUCATIVO DR. ZEQUINHA PARENTE julgamento moral.
JANAÍNA COELHO PONTE II. Estar salvo de qualquer tratamento desumano, vexatório ou que atente
UNIDADE DE SEMILIBERDADE DE SOBRAL contra a dignidade da pessoa em desenvolvimento.
SÉRGIO ROBERTO NEVES VIANA III. Participar de atividades escolares, pedagógicas, profissionalizantes,
UNIDADE DE SEMILIBERDADE DE IGUATU culturais, esportivas e de lazer, devendo ser garantida a carga horária
JANNY MARIA DE SOUZA RODRIGUES educacional que dispõe a lei de diretrizes e bases da educação nacional.
IV. Receber assistência médica e odontológica, priorizando os serviços
SUMÁRIO públicos e comunitários.
APRESENTAÇÃO V. Ter o direito à ampla defesa e ao contraditório quando lhe for atribuída
TITULO conduta faltosa, antes de lhe ser aplicada a medida disciplinar.
CAPÍTULO VI. Ter garantida a convivência familiar e comunitária, respeitando os
BIBLIOGRAFIA critérios previamente definidos neste regimento.
VII. Receber atendimento técnico, no mínimo, quinzenalmente.
Apresentação VIII. Ter garantido os documentos indispensáveis à vida em sociedade.
A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Ceará (STDS) IX. Ter acesso aos meios de comunicação social, a partir de critérios
Coordena as políticas do trabalho, de assistência social e de segurança predefinidos pela equipe socioeducativa.
alimentar e nutricional no estado. No âmbito da política de assistência X. Receber visitas, obedecendo a critérios estabelecidos pela direção e
social, a stds desenvolve e apoia programas de proteção social, entre eles, pela equipe técnica da unidade de medida socioeducativa, salvo em caso
o programa de apoio às reformas sociais do ceará (proares ii), cujas ações se de suspensão temporária desse direito pelo juízo responsável pela execução
destinam a crianças, adolescentes, jovens e suas famílias que se encontram da medida socioeducativa.
em situação de vulnerabilidade social. XI. Ter acesso a condições adequadas de higiene e asseio pessoal.
Este regimento dispõe sobre as unidades de medidas socioeducativas do XII. Habitar em alojamentos em condições de higiene e salubridade.
estado do ceará, responsáveis pela recepção, internação provisória, XIII. Receber, quando do seu desligamento, os documentos pessoais.
semiliberdade, internação sanção e internação por sentença, previstas no XIV. Ter acesso, quando necessário, a atividades psicoterapêuticas.
estatuto da criança e do adolescente – eca, e nas recomendações preconizadas XV. Ser ouvido pela direção e equipe técnica em suas queixas, problemas,
no sistema nacional de atendimento socioeducativo – SINASE. dúvidas e reivindicações.
O presente documento é composto por títulos, capítulos, seções e subseções, XVI. Corresponder-se com familiares.
que trata sobre os parâmetros de normatização e funcionamento das XVII. Receber assistência religiosa, segundo sua crença, desde que assim
unidades de atendimento socioeducativo do estado do ceará. o deseje, e que não coloque em risco sua segurança física e mental.
A elaboração deste regimento contou com a coordenação do plano XVIII. Avistar-se e entrevistar-se com o representante do ministério
estratégico estadual - pee, gestores, técnicos, instrutores educacionais das público e defensoria pública.
unidades de medidas socioeducativas e representantes do sistema de XIX. Peticionar diretamente a qualquer autoridade.
garantia de direitos. XX. Ser informado, sempre que solicitar, sobre sua situação processual.
XXI. Ter acesso a atividades e serviços fora dos limites da instituição,
Título I - Das Medidas Socioeducativas nas condições estipuladas pela direção, salvo expressa determinação judicial
Capítulo I - Disposições Gerais em contrário.
Art.1º. Este regimento dispõe sobre as unidades de medidas socioeducativas XXII. Solicitar medida de convivência protetora, assegurando-se espaço
do estado do ceará, responsáveis pela recepção, internação provisória, físico apropriado, quando estiver em situação de risco à sua integridade
semiliberdade, internação sanção e internação por sentença, previstas no física ou psicológica ou à vida;
estatuto da criança e do adolescente – eca, e nas recomendações preconizadas
DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015 91

XXIII. Receber orientação das regras de funcionamento da unidade e das e em que há a preparação para o desligamento do adolescente e sua
normas deste regimento interno, especialmente quanto ao regulamento reinserção sociofamiliar.
disciplinar.
Art.5º. Para a garantia dos direitos elencados no artigo anterior, as unidades Seção I – Da Fase Inicial de Atendimento
de medidas socioeducativas deverão: Art.9. Os profissionais que acolhem o adolescente na unidade de medida
I. Manter contato permanente com os órgãos que compõem o sistema socioeducativa devem ter postura de respeito, para que seja iniciada a
de garantia de direitos, com a comunidade local e com a sociedade em geral, formação de vínculos positivos com o socioeducando.
a partir de parcerias previamente articuladas pela STDS. Art.10. A chegada do adolescente deve ser registrada e, quando necessário,
II. Envolver a família no processo do cumprimento da respectiva medida, realizada a emissão dos devidos documentos de recebimento deste às
favorecendo o fortalecimento dos vínculos sociais. autoridades judiciárias competentes.
Parágrafo único. O conceito de família deste regimento se referencia no Art.11. Os pertences do adolescente devem ser conferidos e registrados
plano nacional de promoção e defesa do direito de crianças e adolescentes sob sua presença e guardados, devendo ser providenciados a refeição,
à convivência familiar e comunitária, no qual se entende por família um materiais de higiene pessoal, vestuário e roupas de cama e banho, ficando
grupo de pessoas unidas por laços de consanguinidade, de aliança e/ou de sob a responsabilidade dos instrutores educacionais a orientação quanto
afinidade, constituídos por representações, práticas e relações que implicam à higiene pessoal e revistas pessoais do adolescente.
em obrigações mútuas e exercem a função de proteção e socialização do Art.12. O adolescente, nesta fase, deverá conhecer as normas e rotinas
adolescente. da unidade, sobremaneira no que concerne ao regimento disciplinar.
Art.13. O adolescente deverá ser encaminhado para dormitório específico,
Seção II - Dos Deveres dos Adolescentes em observância aos critérios de faixa etária, compleição física e análise
Art.6º. São deveres do adolescente, entre outros: preliminar dos riscos de conflito com outros adolescentes presentes na
I. Cumprir o previsto neste regimento e na rotina institucional, além dos Unidade.
demais procedimentos da unidade de medida socioeducativa. Art.14. O adolescente deverá receber atendimento multiprofissional e ser
II. Frequentar assiduamente e participar das atividades escolares e de outras entrevistado, observando-se o amparo emocional que se fizer necessário
atividades propostas pela unidade de medida socioeducativa, salvo nas nesta fase de atendimento.
situações em que se justifique sua ausência, devendo esta ser autorizada pela Art.15. O adolescente deverá ser informado sobre todas as atividades
equipe socioeducativa, com posterior ciência ao diretor e equipe técnica. oferecidas na Unidade de medida socioeducativa e inserido às rotinas,
III. Cumprir com todas as suas obrigações de aluno na escola e cursos despertando seus interesses e orientando suas opções de participação nas
profissionalizantes que estiver inserido. atividades.
IV. Tomar a medicação nos horários estabelecidos, em caso de prescrição Art.16. A família deverá ser atendida desde o início da recepção do
e orientação médica. adolescente na Unidade de medida socioeducativa.
V. Cuidar da higiene pessoal, do asseio de seu alojamento e de seus objetos Art.17. Realizar-se-á o diagnóstico polidimensional do adolescente (estudo
pessoais, bem como dos espaços de convivência. de caso), a partir da identificação das necessidades nos aspectos Jurídico,
VI. Colaborar com a limpeza e conservação da unidade de medida Psicológico, Social, Pedagógico e de Saúde.
socioeducativa, assim como de todos os seus bens. Art.18. Dar-se-á na fase inicial a elaboração do diagnóstico polidimensional
VII. Portar-se sempre de forma respeitosa dentro e fora da unidade de e da construção do plano individual de atendimento –PIA, no prazo de
medida socioeducativa. 45 dias da acolhida do adolescente na Unidade.
VIII. Acessar os espaços restritos da unidade de medida socioeducativa Art.19. O diagnóstico polidimensional subsidiará o plano individual de
somente com autorização ou acompanhado de funcionário da unidade, atendimento e, a partir da execução do PIA, deverá ser realizada a avaliação
preferencialmente do instrutor educacional. dos avanços ocorridos no período de cumprimento da medida
IX. Respeitar as normas da instituição no que se refere às saídas e atividades socioeducativa.
externas realizadas durante o cumprimento da medida socioeducativa. Art.20. O adolescente e sua família devem participar ativamente do seu
X. Submeter-se à revista nas seguintes situações: saída e retorno da diagnóstico polidimensional.
unidade; após o recebimento da visita de familiares; após o término das Art.21. O plano individual de atendimento deve ser enviado ao juízo da
atividades de sala de aula, oficinas, e quando se fizer necessário. infância e da juventude para homologação e acompanhamento da resposta
XI. Submeter-se à revista em seu alojamento e em seus pertences, conforme da medida socioeducativa, nos termos da lei.
rotina estabelecida pela unidade de medida socioeducativa, e quando esta
entender necessário. Seção II – Da Fase Intermediária
XII. Cumprir as medidas sancionatórias que lhe forem impostas, quando Art.22. Acompanhamento do PIA, mensalmente, pela equipe técnica junto
autor de transgressão disciplinar ou de novo ato infracional. ao adolescente para verificar sua evolução e o cumprimento da medida
XIII. Dirigir-se aos profissionais, colegas e visitantes de forma educada. socioeducativa, possibilitando, quando necessário, a criação de novas
XIV. Respeitar a integridade física e moral de seus colegas e profissionais. estratégias.
Art.23. Avaliação do adolescente sobre sua participação nas atividades e
Título II - Das Fases do Atendimento Socioeducativo rotinas da Unidade de internação, no mínimo, mensalmente.
Art.7. O atendimento socioeducativo dependerá do plano individual de Art.24. O acesso ao PIA será restrito à direção, à equipe técnica, ao
atendimento (pia), instrumento de previsão, registro e gestão das atividades socioeducador de referência para o adolescente, ao adolescente e aos seus
a serem desenvolvidas com o (a) adolescente. pais ou responsável, ao ministério público e ao defensor, excetoexpressa
Art.8. As fases do atendimento socioeducativo, conforme a resolução autorização judicial em contrário.
119/2006 do comanda, são:
I - Fase inicial de atendimento: período de acolhimento, de reconhecimento Seção III – Da Fase Conclusiva
e de elaboração por parte do adolescente do processo de convivência, de Art.25. Nessa fase, dar-se-á o atendimento de avaliação conclusiva da
orientação sobre as normas e regimento da unidade, de realização do equipe técnica, referente ao adolescente e sua família, a partir da análise dos
diagnóstico polidimensional e elaboração do seu plano individual de compromissos assumidos, da consciência crítica do adolescente e das
atendimento (pia), no prazo de 45 dias, conforme dispõe,o artigo 55, metas alcançadas por meio de plano individual de atendimento.
parágrafo único da lei n°12.594/2012. Art.26. Haverá a elaboração de relatório conclusivo do adolescente,
II - Fase intermediária: período de compartilhamento em que o adolescente observando a avaliação destacada na evolução do seu PIA e do cumprimento
apresenta avanços relacionados nas metas consensuadas no plano individual da medida socioeducativa.
de atendimento e de desenvolvimento da proposta pedagógica. Art.27. Cabe à equipe técnica observar as condições externas para a
III - Fase conclusiva: período em que o adolescente apresenta clareza e reinserção do adolescente na comunidade, preparando:
conscientização das metas conquistadas em seu processo socioeducativo I. O acolhimento familiar;
II. Os encaminhamentos para cursos na comunidade;
III. O encaminhamento para a escola em que o adolescente será inserido;
IV. Os equipamentos da assistência social, para o acompanhamento do
92 DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015

adolescente e sua família; §4º A advertência deverá ser priorizada sempre que cabível.
V. Os equipamentos de saúde, caso necessário. §5° As medidas disciplinares têm caráter preponderantemente educativo
e respeitarão os direitos humanos.
Título III – Do Acesso à Unidade de Medida Socioeducativa §6° As medidas disciplinares respeitarão a individualização da conduta do
Art.28. O acesso à unidade de medida socioeducativa obedecerá aos adolescente, sendo vedada a aplicação de medida coletiva aos adolescentes.
seguintes critérios: Art.33. São proibidas a incomunicabilidade e a suspensão de visita familiar
I. A entrada de pessoas, devidamente identificadas, nas dependências da ao adolescente em cumprimento de medida disciplinar.
unidade, será precedida de autorização do diretor e registro em formulário Art.34. O cumprimento de medida disciplinar não deverá prejudicar a
próprio. escolarização, a profissionalização e as medidas especiais de atenção à
II. Os representantes do poder judiciário, do ministério público, do poder saúde.
legislativo, da defensoria pública, dos conselhos tutelares, dos conselhos de Parágrafo Único. Deverá ser propiciado ao adolescente com medida
direitos da criança e do adolescente e do comitê estadual de prevenção e disciplinar de restrição ao seu dormitório, nos dias em que não houver
combate à tortura terão acesso irrestrito às dependências da Unidade de atividades escolares ou profissionalizantes, permanência de 30 minutos
medida socioeducativa. em atividade ao ar livre.
III. O acesso do advogado ao adolescente dar-se-á nos termos do estatuto da Art.35. É proibido ao profissional envolvido no fato em apuração participar
ordem dos advogados do Brasil, bem como da legislação civil e processual da apuração do ocorrido e aplicar medida disciplinar, podendo tomar parte
pertinente à matéria, mediante a apresentação da identidade funcional de apenas como informante para fins de prova, se assim demandado.
advogado e procuração assinada pela família.
§1º O acesso será permitido após identificação Capítulo II – Da Visita Familiar, Social e Intima
§2º O acesso ao adolescente ocorrerá em dias úteis, no horário das 8 às Art.36. O instituto da visita no âmbito do cumprimento de medida
17 horas, e deverá ficar restrito à área administrativa da Unidade. socioeducativa de internação destina-se a manter e fortalecer vínculos
Art.29. É vedado nas dependências da unidade de medida socioeducativa: familiares e comunitários do adolescente, obedecendo às seguintes
I. A entrada de visitantes portando armas ou qualquer outro objeto que possa orientações:
colocar em risco a segurança, salvo as autoridades policiais, quando a I - A visita ao adolescente poderá ser realizada pelos parentes em linha
situação exigir e devidamente autorizadas pela direção da Unidade. reta, colaterais, por afinidade, responsáveis legais e amigos, considerando-
II. A entrada de profissionais portando objetos pessoais ou qualquer outro se a família natural, socioafetiva, extensa e a rede social de apoio do
que possa colocar em risco a segurança, salvo os que serão utilizados nas adolescente, que deverá ser identificada na fase inicial de elaboração do
atividades socioeducativas planejadas para o dia. PIA.
III. Fotografar as dependências da unidade ou os adolescentes, salvo com §1° Deverá ser garantido o direito à visita ao adolescente no mínimouma
autorização prévia da direção da unidade ou da coordenação dasmedidas vez por semana, em dia e horário definidos pela unidade de medida
socioeducativas. socioeducativa, devendo ser observada a capacidade máxima de 03 pessoas
por visita e seguindo os critérios de cadastramento, conforme art.39,
Título IV – Da Rotina Institucional §1°.
Capítulo I - Disposições Gerais §2° Após prévia avaliação da equipe técnica, os adolescentes só receberão
Art.30. Para regular a convivência, definem-se como critérios visitas de pessoas por eles autorizados e por seus familiares.
normativos das unidades de medidas socioeducativas: Art.37. A visita íntima, exclusiva para internação, é garantida aos
I. Rotina Institucional. adolescentes maiores de 14 anos, independentemente de gênero e orientação
II. Regulamento Disciplinar. sexual, desde que comprovada a convivência afetiva anterior, com
Art.31. As Unidades de medidas socioeducativas deverão estabelecer a autorização escrita dos pais ou responsáveis do socioeducando e do
rotina institucional devendo contemplar, dentre outros, os seguintes itens: companheiro.
I. Horário de acordar e de dormir. Parágrafo Único. A visita íntima será condicionada a participação dos
II. Horário das refeições. envolvidos em atendimentos individuais e/ou em grupos referentes à:
III. Dias e horários das atividades escolares, esportivas, culturais, de orientação sexual e reprodutiva, métodos contraceptivos, doenças
lazer, de assistência religiosa, oficinas, cursos, grupos temáticos. sexualmente transmissíveis e aids e outros temas pertinentes, que devem
IV. Dias e horários dos atendimentos. ser realizados no âmbito do sistema socioeducativo.
V. Dias e horários da visita dos familiares à unidade. Art.38. A convivência afetiva anterior poderá ser comprovada a partir
VI. Descrição dos objetos de uso pessoal (kit pessoal) e a periodicidade da declaração dos conviventes, confirmada pelos pais, responsáveis ou
da sua entrega ou troca. familiares no momento da elaboração do PIA.
VII. Lista e quantidade de materiais/objetos autorizados a permanecer Art.39. As visitas terão tempo mínimo de 1 (uma) hora.
no dormitório. §1° Para o cadastramento e entrada na unidade, exige-se certidão de
VIII. Lista e quantidade de materiais/objetos autorizados a serem trazidos nascimento para os menores de 12 anos e documento oficial com foto
pelos visitantes/ familiares. para os maiores de 12 anos.
IX. Quantidade e duração das ligações telefônicas, devendo ser, no §2° A entrada de visitantes menores de 18 anos somente ocorrerá se
mínimo, uma ligação por semana. acompanhados dos pais ou responsáveis legais, ou a quem estes designarem,
X. Definição da programação da TV e do Rádio. mediante autorização presencial reduzida a termo, ou com firma
XI. Quantidade, horário e duração do banho. reconhecida em cartório ou alvará judicial.
Parágrafo Único. Cada Unidade de medida socioeducativa deverá, no prazo §3° Ao familiar que residir em outras comarcas é permitido o cadastramento
máximo de trinta dias da implantação deste regimento, encaminhar à e autorização no dia da visita.
coordenadoria de proteção social especial a sua rotina institucional para §4° As visitas do adolescente serão submetidas ao detector de metais, bem
validação, mantendo-a atualizada quanto às alterações que venham a como a outros recursos tecnológicos relativos aos procedimentos de
ocorrer. revista pessoal.
Art.32. O regulamento disciplinar estabelece as transgressões e as medidas §5° O visitante que se recusar ao procedimento de revista pessoal não poderá
disciplinares aplicáveis. visitar o adolescente.
§1º A medida disciplinar é uma sanção aplicada ao adolescente que cometeu §6° Serão vistoriados todos os objetos trazidos pelo visitante, destinados
algum ato definido como transgressão às normas da unidade de medida a ele ou aos adolescentes, e os objetos não permitidos serão listados e
socioeducativa, devendo ser aplicada pela comissão disciplinar. guardados em local próprio e devolvidos ao final da visitação.
§2º Nenhum adolescente receberá medida disciplinar sem que lhe seja §7° Em caso de ato ilícito cometido pelo visitante no interior da unidade,
garantido à apuração da transgressão disciplinar, o direito ao contraditório a direção deverá acionar a polícia militar para as providências cabíveis, bem
e à ampla defesa. como solicitar ao poder judiciário o impedimento temporário de visitas
§3º Somente serão passíveis de medida disciplinar as transgressões previstas futuras.
neste regulamento.
DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015 93

§8° A Unidade de medida socioeducativa deverá impedir a entrada de §5°. O diretor deverá comunicar, em 24 (vinte e quatro) horas, por escrito,
visitante, se houver contra esta decisão judicial de suspensão de visita. ao juízo competente, inclusive para fins de comunicação ao ministério
público e ao defensor do adolescente, a decretação de convivência protetora,
Capítulo III – Das Saídas e Atividades Externas à Unidade seu período de duração e eventuais prorrogações.
Art.40. Será considerada saída da unidade de medida socioeducativa sempre §6°. Em casos excepcionais, feriados ou finais de semana, as comunicações
que o adolescente tiver um destino com objetivo predefinido, acompanhado previstas nos §4°e §5° serão realizadas, impreterivelmente, no primeiro
ou não por um profissional da unidade. dia útil.
Parágrafo Único. As atividades externas à unidade de medida §7º. No mesmo prazo do parágrafo 5º, deverá o diretor da unidade de
socioeducativa são consideradas saídas e poderão ser desenvolvidas atendimento enviar cópia da comunicação à célula de atenção às medidas
individual ou coletivamente, desde que programadas e orientadas comum socioeducativas, da Coordenadoria de Proteção Social Especial.
objetivo predefinido, podendo ocorrer com ou sem o acompanhamento de
profissionais da instituição. Título VI - Do Regulamento Disciplinar para o Adolescente
Art.41. São modalidades de saídas: Capítulo I - Do Processo de Apuração das Transgressões Disciplinares dos
I. Atividades culturais, esportivas, de lazer e de assistência religiosa. Adolescentes
II. Atividades de escolarização, profissionalização, trabalho. Art.45. É dever do profissional que, por qualquer meio, presenciar ou
III. Atividades que promovam o exercício da cidadania. tiver conhecimento de falta disciplinar, de qualquer natureza, elaborar
IV. Atividades que promovam a convivência familiar e comunitária. registro de ocorrência, que conterá:
V. Visitas à família e outros eventos circunstanciais de natureza familiar, I - O nome e a identificação do adolescente;
tais como nascimento, óbito, doença grave e paternidade. II - Local e hora da ocorrência;
VI. Atendimento na rede de saúde. III - O ato que lhe é atribuído;
VII. Aleitamento materno e coleta de leite, no que se refere às IV - A descrição sucinta dos fatos;
adolescentes do sexo feminino. V - O rol, de no máximo, 3 (três) testemunhas e o(s) nome(s) da(s)
VIII. Determinações judiciais. eventual(is) vítima(s);
IX. Convocações extrajudiciais. §1°. O registro de ocorrência será enviado, imediatamente, à comissão
§1º As saídas previstas nos incisos de I a IV são consideradas atividades disciplinar da unidade.
externas e ocorrerão desde que avaliadas pela equipe técnica da Unidade, Art.46. A comissão disciplinar designará data, a mais breve possível, para
seguindo critérios judiciais e técnicos, registradas devidamente no plano ouvir o adolescente, as testemunhas e as vítimas(s) eventualmente indicadas
individual de atendimento (PIA). no registro de ocorrência.
§2º A necessidade de acompanhamento do instrutor educacional será Parágrafo Único - As oitivas serão reduzidas a termo e, após a leitura,
avaliada pela equipe da Unidade. serão assinadas pelos respectivos depoentes.
Art.42. As visitas à família, previstas no inciso V, do artigo 34, ocorrerão Art.47. Encerradas as oitivas e não sendo necessária a produção de outras
desde que resguarde a finalidade de fortalecer a convivência familiar e provas, a comissão disciplinar, assegurada a ampla defesa e o contraditório,
comunitária e a partir de avaliação da equipe técnica da unidade, sendo proferirá decisão e, se for o caso, aplicará a sanção, no prazo máximo
obedecidas às seguintes diretrizes: de 03 (três) dias da ocorrência do fato.
I. A equipe técnica deverá realizar estudo de caso. §1°. A decisão deverá ser fundamentada e descreverá, em relação a cada
II. Nas visitas à família, o adolescente sairá acompanhado pelo adolescente, separadamente, a falta disciplinar que lhe é atribuída, as provas
responsável, após assinatura destes no termo de entrega e responsabilidade. colhidas, as razões da decisão e, se for o caso, a sanção a ser aplicada.
III. As datas de saídas e de retornos dos adolescentes, cujas famílias residam §2°. A comissão disciplinar levará em conta, na aplicação da medida
em municípios distantes da unidade de medida socioeducativa, serão disciplinar, as circunstâncias atenuantes e agravantes previstas nos artigos
definidas levando em consideração, além de critérios técnicos, a distância e 58 e 59 deste regimento.
a forma de locomoção entre os municípios. §3°. Inobservado o prazo do CAPUT, extingue a pretensão da aplicação
Parágrafo Único. Os dias programados para a visita à família poderão da medida disciplinar.
ser revistos, individualmente, caso seja esta a única forma de promover §4°. É facultado ao adolescente no procedimento disciplinar requisitar
o acesso à convivência familiar e comunitária para o adolescente. defesa técnica.
Art.43. As saídas e atividades externas não deverão prejudicar a frequência §5°. O defensor público, o ministério público, o adolescente e seus pais
e o desempenho escolar dos adolescentes em qualquer atividade de caráter ou responsável poderão postular revisão judicial de qualquer sanção
pedagógico ou de qualificação profissional. disciplinar aplicada, podendo a autoridade judiciária suspender a execução
da sanção até decisão final do incidente, nos termos do art.48 da lei
Título V – Da Medida de Convivência Protetora 12.594/2012.
Artigo 44. O adolescente poderá, em caráter excepcional, ser incluídoem Art.48. Quando da ocorrência de alguma situação excepcional que envolva
medida de convivência protetora, em local apropriado, sem prejuízo das risco para segurança do adolescente, a direção da unidade poderá determinar
atividades obrigatórias, quando existir situação de risco à sua integridade medida cautelar em caráter provisório e protetivo, sem prejuízo para as
física e psicológica ou à vida, que impeça a permanência com os demais atividades socioeducativas.
adolescentes, recebendo, o mais breve possível, atenção especial da equipe Art.49. Da decisão da comissão disciplinar caberá recurso à comissão de
psicossocial. apuração vinculada à coordenadoria de proteção social especial, no prazo
§1º. A inclusão poderá ser realizada a requerimento do adolescente, que de 5 (cinco) dias úteis, a contar da decisão, devendo o mesmo ser deliberado,
expressará os motivos que tornam necessária a medida, ou por determinação no máximo, em igual prazo, podendo ser prorrogada em casos
formal do diretor da unidade, mediante fundadas informações nos termos excepcionais e devidamente justificados.
do “CAPUT”. Parágrafo Único. Caso a comissão de apuração manifeste-se contrária à
§2º. O diretor, ouvida a equipe técnica, fixará o prazo de convivência decisão da comissão disciplinar da unidade, o ocorrido não deverá constar
protetora, que não poderá ultrapassar 30 (trinta) dias, e providenciará,de no relatório do adolescente, cabendo à comissão de apuração informar
imediato, as medidas necessárias para a proteção do adolescente, cabendo a ao juízo sobre a revisão da decisão da medida aplicada no prazo de 5 (cinco)
equipe técnica a elaboração de um plano de reinclusão doadolescente no dias úteis.
convívio da unidade de atendimento. Art.50. Logo após a decisão da comissão disciplinar da Unidade o diretor
§3º. Caso não seja possível a transferência ou não exista solução mais determinará as seguintes providências:
adequada para a proteção do adolescente, o diretor poderá, condicionado
I – Ciência ao adolescente;
ao parecer da equipe técnica, prorrogar o prazo de permanência, enquanto
II – Ciência aos pais ou responsável legal do adolescente;
persistir o risco.
III – Registro da medida disciplinar aplicada no prontuário do adolescente;
§4º. O diretor ou equipe técnica deverá comunicar, imediatamente, os pais
Art.51. O Socioeducando que concorrer para o cometimento da falta
ou responsáveis legais quando da inclusão do adolescente em medida
disciplinar incidirá nas mesmas sanções cominadas ao autor, na medida
protetora, seu período de duração e eventuais prorrogações.
de sua participação e culpabilidade.
94 DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015

Seção I - Da Abordagem Restaurativa no Processo de Apuração das §2º. Ficam impossibilitados de compor a comissão disciplinar o(s)
Transgressões Disciplinares servidor(es) que esteja(m) envolvido(s) no fato da apuração, podendo
Art.52. No processo de apuração das transgressões disciplinares, participar apenas como parte informante para fins de prova, se assim
especialmente no que concerne às transgressões de natureza leve, a demandado, devendo o substituto ser designado pela direção.
comissão disciplinar priorizará a utilização de uma abordagem restaurativa
e de autocomposição de conflitos para responsabilização do adolescente Seção III - Da Comissão Permanente de Monitoramento e Fiscalização
e, se possível, reparação de danos, em conformidade com o disposto no do uso do Isolamento Cautelar e Aplicação de Sanções
art.36, da lei 12.594/2012, por meio da suspensão do processo ordinário Art.58. É uma instância formal e colegiada incumbida de fiscalizar o uso
e encaminhamento do caso aos facilitadores de práticas restaurativas da do isolamento cautelar e aplicação de sanções nas Unidades Socioeducativas
unidade. e emitir relatórios. A comissão é composta por servidores e colaboradores
§1º - A viabilidade da utilização da abordagem restaurativa será verificada indicados pala Coordenadoria de Proteção Social Especial
mediante a voluntariedade da participação dos envolvidos, bem como da – CPSE e publicizada através de portaria do secretário
existência de condições seguras para a promoção do encontro;
§2º - O início da abordagem restaurativa deverá suspender o procedimento Capítulo II - Das Transgressões Disciplinares dos Adolescentes
ordinário de apuração das transgressões disciplinares, que só será retomado Art.59. As transgressões classificam-se em:
caso o processo não resulte em acordo viável ou na possibilidade de acordo, I. Leves;
este não for cumprido satisfatoriamente; II. Médias;
§3º - Em caso de o processo resultar em acordo de responsabilização III. Graves.
cumprido, arquivar-se-á o procedimento de apuração das transgressões
disciplinares. Seção I - Das Transgressões Leves
Art.53. O processo restaurativo será desenvolvido por um ou dois Art.60. Constituem-se transgressões leves:
facilitadores de práticas restaurativas, profissionais habilitados, capacitados I. Possuir, portar ou utilizar valores não concedidos ou não autorizados
em metodologias de resolução de conflitos apropriadas. pela unidade;
Art.54. O procedimento restaurativo será composto por três fases: II. Desperdiçar materiais fornecidos pelo estado;
I - Preparação: em que cada pessoa envolvida no processo deverá ser III. Entregar correspondência, bilhete ou similar, sem o conhecimento
escutada individualmente pelos facilitadores, sendo instruída acerca do e autorização dos profissionais da unidade;
funcionamento do processo restaurativo, bem como questionada sobre IV. Descumprir, injustificadamente, os horários estabelecidos para o
o ato de indisciplina; funcionamento interno da unidade;
Ii - Encontro: em que os envolvidos serão reunidos, com a mediação do V. Recusar-se, sem justificativa cabível e autorização, a participar ou se
facilitador que, com a metodologia restaurativa adequada, deverá facilitar ausentar de atividades de escolarização e profissionalização já iniciadas;
o processo de diálogo e a construção de um acordo de responsabilização; VI. Recusar-se a se deslocar de uma atividade a outra para atender ao
Iii - Monitoramento: que consiste em novo encontro em que o facilitador previsto no agendamento das atividades da unidade;
deverá verificar o cumprimento ou não do acordo. VII. Obstruir a visão do alojamento;
§1º - Verificado o cumprimento do acordo, o facilitador deverá encaminhar VIII. Desobedecer às normas de circulação e trânsito interno;
informe à comissão disciplinar, solicitando o arquivamento do processo IX. Deixar de trocar as roupas de cama e toalhas ou não devolvê-las, no
disciplinar. prazo estabelecido pelo cronograma da unidade;
§2º - Verificado o descumprimento, o facilitador irá verificar a possibilidade X. Manusear equipamentos e materiais sem autorização;
de estabelecimento de novo prazo para que o acordo seja cumprido ou, XI. Trocar ou doar dentro da unidade, objeto lícito que lhe pertença;
sendo este inviável, encaminhará à comissão disciplinar o informe do XII. Atrasar-se, sem justa causa, no retorno à unidade, no caso de saída
descumprimento, solicitando a reabertura do procedimento ordinário de autorizada;
apuração das transgressões disciplinares. XIII. Furtar objetos que não ofereçam risco a integridade física de outrem;
Art.55. Ressalvado o acordo de responsabilização resultado do processo XIV. Induzir ou instigar pessoa a praticar falta disciplinar de natureza leve.
restaurativo, todas as informações resultantes dos procedimentos de
preparação e de encontro serão sigilosas, ficando seu conhecimento restrito Seção II - Das Transgressões Médias
às pessoas diretamente envolvidas em cada etapa do processo, não Art.61. Constituem-se transgressões médias:
podendo ser usadas como prova no processo ordinário de apuraçãode I. Adentrar em dormitório alheio e causar tumulto;
transgressões disciplinares, sob pena de responsabilização, conforme II. Impedir ou perturbar a realização de atividades socioeducativas dentro
previsão neste regimento. ou fora da unidade, bem como o repouso;
Art.56. O processo restaurativo não deverá exceder, em hipótese nenhuma, III. Vender, dentro da unidade, objeto lícito que lhe pertença, sem
o prazo de 30 (trinta) dias, desde sua abertura até o informe final à autorização da direção e equipe técnica da unidade;
comissão disciplinar. IV. Trocar de dormitório sem autorização;
V. Danificar roupas ou objetos de outrem, fornecidos pela unidade ou
Seção II - Da Comissão Disciplinar familiares;
Art.57. A comissão disciplinar é uma instância formal colegiada por meio VI. Atrasar-se, sem justa causa, no retorno à unidade, no caso de saída
da qual se apura, de forma individualizada, a ocorrência de falta disciplinar autorizada;
de natureza leve, média e grave praticada por socioeducando, aplicando-se VII. Dificultar ou recusar-se a submeter-se à revista pessoal, de seu
a sanção disciplinar cabível, sendo assegurado o direito à ampla defesa e ao dormitório, bens ou pertences;
contraditório, nos termos do artigo 5º, inciso lV, da constituição federal VIII. Fazer uso de medicação prescrita para outro adolescente;
I. A comissão disciplinar deverá ser composta pelo diretor da unidade, IX. Sair para qualquer atividade externa e desviar-se de seu percurso ou
por dois representantes da equipe técnica e dois representantes dos separar-se sem autorização, quando acompanhado ou não de um funcionário
socioeducadores. da unidade;
II. Em se tratando de transgressões de natureza leve, a comissão disciplinar X. Injuriar, difamar, caluniar, agredir verbalmente ou proferir ameaças
poderá, excepcionalmente, exercer suas funções com apenas 3 (três) de a adolescentes, funcionários ou visitantes;
seus membros, sendo obrigatória a participação do diretor da unidade e de XI. Tentar fugir ou facilitar fuga sem êxito de outrem da unidade sem
um representante da equipe técnica. ameaça ou violência;
III. A resposta disciplinar no caso de transgressões leves, ainda que obedeça XII. Praticar ato obsceno com a exposição das partes íntimas quandoestiver
ao prazo máximo de 3 (três) dias, deverá observar, de modo em áreas coletivas, junto a outros adolescentes ou qualquer membro da
preponderante, o princípio da celeridade e da eficácia da medida disciplinar. equipe técnica e socioeducadores na unidade;
§1°. A coordenadoria de proteção social especial, anuirá representantes que XIII. Danificar bens e materiais fornecidos pelo estado;
comporão a comissão disciplinar; XIV. Tentar provocar incêndio;
XV. Praticar lesão corporal leve;
XVI. Induzir ou instigar pessoa a praticar falta disciplinar de natureza média;
DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015 95

XVII. Cometimento reiterado de infrações de natureza leve. §2º As medidas previstas neste artigo podem ser cumuladas ou substituídas
por outras de natureza pedagógica e/ou educativas, devendo ser avaliadas
Seção III - Das Transgressões Graves pela direção e pela equipe técnica da unidade.
Art.62. Constituem-se transgressões graves: Art.66. São medidas disciplinares aplicadas a quem comete transgressões
I. Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a graves:
disciplina; I. Suspensão da prática recreativa e de lazer pelo prazo de até cinco dias.
II. Criar e divulgar notícia que perturbem a ordem ou a disciplina na II. Suspensão da prática esportiva pelo prazo de até cinco dias.
unidade; III. Privação de produtos autorizados a entrar em dias de visita.
III. Furtar objetos utilizados nas atividades ou atendimentos de qualquer IV. Restrição do adolescente ao dormitório por no máximo cinco dias.
natureza que possa oferecer risco para si ou para outrem; §1º No âmbito da aplicação de medida disciplinar, são absolutamente
IV. Retornar à unidade com sintomas de uso de drogas ou álcool; proibidas a incomunicabilidade e a suspensão de visita, assim como
V. Receber, fabricar, portar, ter, consumir, fornecer ou concorrer para que qualquer sanção que importe prejuízo às atividades obrigatórias,
haja na unidade bebida alcoólica ou substâncias que possam causar reações consistentes na escolarização, profissionalização e nas medidas de atenção
adversas às normas de conduta, dependência física ou psíquica; à saúde.
VI. Portar, usar, possuir ou fornecer aparelho telefônico celular ou outros §2º Caso necessária a aplicação conjunta de mais de um inciso, deve ser
meios de comunicação não autorizados; obedecido o limite de três incisos e respeitada a particularidade da
VII. Fabricar, guardar, portar ou fornecer objeto destinado à fuga; transgressão.
VIII. Fabricar, guardar, portar ou fornecer objetos cortantes ou §3º As medidas previstas neste artigo podem ser cumuladas ou substituídas
perfurantes que possam ser utilizados para intimidar ou ferir pessoas; por outras de natureza pedagógica e/ou educativas, devendo ser avaliadas
IX. Induzir ou instigar pessoa a praticar falta disciplinar de natureza pela direção e pela equipe técnica da unidade.
grave; Art.67. As medidas disciplinares serão aplicadas sem prejuízo das demais
X. Provocar autolesão para imputar responsabilidade a outra pessoa, implicações e providências de cunho sancionatórios cabíveis ao caso.
com o intuito de induzir as autoridades a erro; Art.68. Quando do cometimento de mais de uma transgressão disciplinar
XI. Praticar ato infracional não previsto no regimento, sem prejuízo do no mesmo evento, a transgressão mais grave absorve a menos grave.
processo judicial; Art.69. A medida disciplinar poderá ser revista pela comissão disciplinar
XII. Estabelecer relação de exploração física ou de trabalho com outro no decorrer do cumprimento, havendo motivo justificável, desde que
adolescente, mediante violência ou grave ameaça; não seja mais gravosa para o adolescente.
XIII. Evadir-se durante atividades externas e saídas temporárias; Art.70. Não será aplicada sanção disciplinar ao adolescente que tenha
XIV. Roubar ou extorquir qualquer objeto; praticado a falta:
XV. Receber objetos ilícitos; I – Em estado de necessidade;
XVI. Cometimento reiterado de infrações de natureza média; II – Em legítima defesa própria ou de outrem;
XVII. Cometer homicídios; III – Por coação irresistível;
XVIII. Provocar incêndio; IV – Por motivo de força maior.
XIX. Praticar lesão corporal média e leve; §1º Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar
XX. Facilitar fuga de outrem da unidade, utilizando-se de ameaça ou de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
violência; evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
XXI. Estabelecer relação sexual com outro adolescente, mediante razoável exigir-se.
violência ou grave ameaça. §2º Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
Art.63. No caso de tumultos, rebeliões, incêndios e homicídios, a polícia necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direitoseu ou
militar deverá ser acionada para as providências cabíveis, devendo ser de outrem.
realizada a imediata ciência à coordenação das medidas socioeducativas. §3º A coação irresistível pode ser física ou moral. A física se caracteriza
Parágrafo Único - Adotadas as providências legais e administrativas, a quando o esforço físico/muscular do autor é insuficiente para livrá-lo da
unidade de medida socioeducativa manterá cópia dos documentos para ação do coator. A coação moral se apresenta sob forma de ameaça feita pelo
arquivamento no prontuário do adolescente. coator ao autor, que é compelido a praticar ação a delituosa, sobpena
de suportar um prejuízo maior.
Capítulo III - Das Medidas Disciplinares Aplicadas aos Adolescentes §4º Força maior é um acontecimento relacionado a fatos externos,
Seção I - Das Medidas Aplicáveis independentes da vontade humana, que impedem o cumprimento das
Art.64. São medidas disciplinares aplicáveis ao adolescente que comete obrigações. Esses fatos externos podem ser: ordem de autoridades (fato
transgressões leves: do príncipe), fenômenos naturais (Raios, Terremotos, Inundações, etc.)
I. Advertência verbal. E ocorrências políticas (Guerras, Revoluções, etc.)
II. Advertência escrita, assinada pelo adolescente e/ou duas testemunhas,
e arquivada ao seu prontuário. Seção II - Das Circunstâncias Atenuantes
III. Suspensão da prática recreativa e de lazer pelo prazo de até dois dias. Art.71. São circunstâncias atenuantes à aplicação de qualquer medida
IV. Suspensão da prática esportiva pelo prazo de até três dias. disciplinar ao adolescente:
V. Privação de produtos autorizados a entrar em dias de visita. I. Primariedade em falta disciplinar.
§1º Caso necessária a aplicação conjunta de mais de um inciso, deve ser II. Bom comportamento na unidade.
obedecido o limite de três incisos e ser respeitada a particularidade da III. Assiduidade e bom comportamento nas atividades pedagógicas
transgressão. IV. Bom desempenho nas metas do plano individualizado de atendimento
§2º As medidas previstas neste artigo podem ser cumuladas ou substituídas (pia).
por outras de natureza pedagógica e/ou educativas, devendo ser avaliadas V. Ter o adolescente desistido de prosseguir na execução da transgressão
pela direção e pela equipe técnica da unidade. disciplinar.
Art.65. São medidas disciplinares aplicadas ao adolescente que comete VI. No caso de o adolescente, por sua própria iniciativa e com eficiência,
transgressões médias: logo após cometer a transgressão disciplinar, evitar-lhe consequências mais
I. Advertência escrita, assinada pelo adolescente e/ou duas testemunhas, graves ou minorar as consequências da falta.
e arquivada ao seu prontuário. VII. Ter cometido a falta disciplinar sob coação a que podia resistir, ou
II. Suspensão da prática recreativa e de lazer pelo prazo de até três dias. em cumprimento de ordem, ou sob a influência de violenta emoção
III. Suspensão da prática esportiva pelo prazo de até três dias. provocada por ato injusto de terceira pessoa.
IV. Privação de produtos autorizados a entrar em dias de visita. VIII. Ter o adolescente confessado espontaneamente, perante a autoridade
V. Retratação verbal à pessoa ofendida. administrativa, a autoria da falta disciplinar.
§1º Caso necessária a aplicação conjunta de mais de um inciso, deve ser IX. Ter cometido a transgressão disciplinar sob influência de tumulto, se
obedecido o limite de três incisos e respeitada a particularidade da não o provocou.
transgressão. X. Ter o adolescente confessado espontaneamente, perante a equipe da
96 DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015

unidade, a autoria da infração disciplinar, até então ignorada ou atribuída V – Participar de reuniões de rotina, formação continuada, planejamento das
a outro. ações, avaliação das atividades e integração da equipe de trabalho.
XI. Evitar ou minorar, logo após a transgressão, suas consequências ou
se propuser a reparar o dano. Capítulo II – Dos Deveres
Parágrafo Único. A medida disciplinar poderá ainda ser atenuada em razão Art.78. São deveres dos funcionários públicos e prestadores de serviços
de circunstância relevante, anterior ou posterior à falta disciplinar, embora das unidades de internação socioeducativa para adolescentes:
não expressamente regulamentada. I - Todos os previstos no estatuto do servidor público, no caso dos
funcionários públicos;
Seção III - Das Circunstâncias Agravantes II – Todos os previstos no manual dos socioeducadores;
Art.72. São circunstâncias agravantes para a aplicação de qualquer medida III – Cumprir a proposta de atendimento do projeto político pedagógico
disciplinar ao adolescente: das unidades de internação;
I. Reincidência em falta disciplinar. IV – Cumprir e fazer cumprir este regimento;
II. Ter o adolescente cometido transgressão disciplinar por motivo fútil V – Obedecer às determinações previstas, na constituição federal, no
ou torpe ou para facilitar ou assegurar a execução, ocultação, impunidade, estatuto da criança e do adolescente, no sistema nacional de atendimento
ou vantagem em outra falta disciplinar. socioeducativo, neste regimento e nas normas disciplinares e de rotina
III. Cometer a transgressão disciplinar à traição, de emboscada, com das unidades;
dissimulação ou abuso de confiança. VI – Registrar a frequência ou outro instrumento que comprove a jornada
IV. Cometer a transgressão disciplinar com emprego de fogo, tortura ou de trabalho;
outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum. VII – Agir com postura ética, como requer a especificidade do trabalho,
V. Sob o efeito de substância psicoativa. assim como nas questões privativas do adolescente;
VI. Mediante promoção, organização ou cooperação no cometimento VIII – Não trocar, nem vender objetos de qualquer natureza com
de falta disciplinar ou ainda quando dirige, comanda ou por qualquerforma adolescentes e familiares dos socioeducandos;
lidera a atividade dos demais participantes. IX – respeitar os direitos da pessoa humana;
VII. Quando coagir ou induzir outros adolescentes à execução de falta. X – Não infligir sofrimentos físicos ou psíquicos, como meio de
VIII. Quando instiga ou determina o cometimento de falta à pessoa não intimidação, castigo pessoal, medida preventiva ou qualquer outro fim;
punível em virtude da condição ou qualidade pessoal. XI – Usar trajes adequados, considerando a especificidade do trabalho;
IX. Quando executa a falta disciplinar, ou nela participa, mediante XII – Submeter-se a revista realizada pelas equipes de controle de entrada
pagamento ou promessa de recompensa. e saída de pessoas e materiais da unidade;
X. Ter cometido a transgressão disciplinar com o envolvimento de duas XIII – Manter sigilo sobre procedimentos de segurança, sobre história
ou mais pessoas. de vida e situação judicial dos adolescentes;
XI. Ter liderado conflitos, motins, tumultos e rebeliões dentro da unidade XIV – Comunicar ao seu superior imediato e à direção da unidade, qualquer
socioeducativa. irregularidade ou situação que possam ameaçar a segurança da unidade;
XII. Ter cometido a transgressão contra adolescente impossibilitado de XV – Prestar esclarecimento, em sindicâncias ou processos, sobre fatos
se defender. de quer tiver ciência;
XIII. Ter cometido a transgressão com premeditação. XVI – Comparecer e cumprir a jornada de trabalho ordinário e, quando
convocado, extraordinário, executando as atividades que lhe competem,
Capítulo IV - Do Desvio de Percurso, da Evasão e da Fuga assegurando-se os direitos previstos em lei;
Art.73. Após as 24 horas da evasão do adolescente, a Unidade de medida XVII – Respeitar os horários de comparecimento ao trabalho e intervalos
socioeducativa comunicará ao juizado da infância e da juventude. estipulados para a refeição;
§1º O prazo de 24 horas inicia-se a partir do horário que a Unidade de medida XVIII – Prestar informações à direção sobre o comportamento e
socioeducativa estabeleceu para o retorno da saída ou atividade externa. desempenho dos adolescentes nas atividades em que tiver participação
§2º O adolescente que retornar da evasão em até 24 horas será recebido pela ou sob sua condução;
Unidade de medida socioeducativa, sendo necessário o envio de relatório XIX – Demonstrar respeito às diversidades étnicas, culturais, de gênero,
circunstanciado ao poder judiciário. credo e orientação sexual dos adolescentes, colegas de trabalhos e outros;
§3º Após o prazo de 24 horas, caso o adolescente se apresente na Unidade XX – Zelar pela segurança dos adolescentes, evitando situações que ponham
de medida socioeducativa, deverá ser imediatamente encaminhado ao em risco sua integridade física, moral e psicológica;
juizado da infância e da juventude para que as autoridades competentes XXI – Participar de reuniões de rotina, encontros de aperfeiçoamento
procedam Na forma da lei. e formação profissional, planejamento das ações, avaliação das atividades
Art.74. Toda evasão deverá ser comunicada à família do adolescente e e integração da equipe de trabalho, sempre que convocado;
ao juizado da infância e da juventude para as providências cabíveis. XXII – Apresentar atestados médicos em casos de faltas ao trabalho, no
Art.75. Toda evasão deverá ser comunicada à coordenação de medidas primeiro dia útil subsequente.
socioeducativas, sendo necessário o envio do relatório circunstanciado à §1º- O funcionário fora de serviço não poderá ter acesso à unidade, sem
referida coordenação em até 24 horas. o consentimento do chefe imediato.
Art.76. Em caso de evasão, os pertences e a documentação do adolescente §2º - Não será permitida saída de funcionário antes do término do serviço
serão entregues a ele próprio, a seus familiares ou responsáveis, em caso ou plantão, sem a devida autorização da direção da unidade socioeducativa,
de determinação judicial, ou após a extinção da medida socioeducativa, devendo esta ser registrada no livro de ocorrências.
mediante assinatura de recibo.
Capítulo III – Da Disciplina
Título VII - Dos Direitos, Deveres e da Disciplina do Orientador de Célula, Art.79. A disciplina consiste na observância e obediência às determinações
da Equipe Administrativa, da Equipe Técnica, da Equipe de apoio Técnico deste regimento no exercício funcional de cada profissional.
e da Equipe Operacional de Apoio. Art.80. Os procedimentos disciplinares devem contribuir para a segurança
Capítulo I – Dos Direitos e a construção de um ambiente tranquilo e produtivo, imbuindo um
Art.77. São garantidos aos funcionários públicos, prestadores de serviço sentimento de justiça e de respeito pelos direitos fundamentais à dignidade
e colaboradores, além daqueles descritos no manual do socioeducador: de toda pessoa humana.
I – Ter conhecimento e consultar, quando necessário, o regimento Art.81. Não serão aplicadas medidas disciplinares que comprometam a
interno; integridade física, psíquica e moral do profissional.
II – Ser orientado, quando necessário, a buscar atendimento especializado Art.82. O funcionário que não cumprir as determinações contidas neste
ao apresentar comportamento que afete o desempenho de suas funções; regimento será submetido ao procedimento administrativo próprio, sem
III – Ser ouvido, perante qualquer situação de conflito que envolva prejuízo das penalidades legais cabíveis.
funcionários e/ou adolescentes; Art.83. Em caso específico de violação da integridade física de adolescentes
IV – Ter espaço adequado para atendimento, guarda de pertences, higiene em cumprimento de medida socioeducativa de internação
pessoal e realização de refeições;
DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015 97

e semiliberdade de responsabilidade do estado do ceará, em decorrência e dos adolescentes, sem autorização expressa da direção da unidade;
de quaisquer atos de violência física ou tortura nas dependências das XII - Reincidência, em falta de natureza média.
unidades de atendimento socioeducativo, em que havendo indícios de Paragrafo Único. Em caso de faltas que configurem crimes previstos no
autoria e materialidade do ilícito, o servidor público sujeita-se à sindicância código penal e demais dispositivos pertinentes, a direção da unidade deverá
ou procedimento administrativo disciplinar, sem prejuízo da comunicar à autoridade especializada em infrações penais.
responsabilidade civil e criminal, decorrente de irregularidades que possam
configurar prática de atos ilícitos quando no exercício do cargo, emprego ou Título VIII- Da Segurança dos Adolescentes Internos e Profissionais das
função, conforme preceitua o estatuto dos funcionários público civis do Unidades
estado do ceará, lei nº9.826/1974. Art.88. Deve ser garantida a segurança dos adolescentes internos e dos
§1º São penalidades para as infrações cometidas pelo servidor no caso profissionais das unidades, sendo balizador fundamental da ação dos
específico deste CAPUT: profissionais e da polícia na garantia de tal segurança a preservação da
A) Repreensão; integridade física e psicológica dos adolescentes internos.
B) Suspensão; Art.89. A polícia deverá ser acionada em caráter excepcional e como última
C) Multa; medida, estritamente nas seguintes hipóteses:
D) Destituição de cargo comissionado; I - Quando da ocorrência de tumulto generalizado no interior da unidade
E) Demissão; que envolva a maioria dos adolescentes e/ou alojamentos e os adolescentes
F) Cassação de aposentadoria, sendo-lhe concedido o direito de ampla internos encontrem-se fora dos seus dormitórios, sem condições de
defesa; contenção por parte dos socioeducadores e da equipe técnica;
§2º Caso o autor da violação da integridade física contra adolescentes II - Quando da ameaça de invasão da unidade, que ponha em risco a vida de
em cumprimento de medida socioeducativa de internação e semiliberdade adolescente interno ou profissional;
seja colaborador ou terceirizado em regime celetista, após apurado ouato III - Quando da ameaça à integridade física de familiares de adolescentes ou
ilícito por meio de procedimento administrativo e, sendo constatado terceiros que se encontrem na unidade.
qualquer prática de violência, o procedimento será encaminhado Art.90. A polícia não deve ser acionada em situações cotidianas de vistoria
imediatamente a entidade ou empresa empregadora a fim de adotar as ou para qualquer medida de segurança preventiva junto aos internos,
medidas cabíveis, assim como poderá ser enviado à autoridade especializada devendo estas serem realizadas pelos socioeducadores.
em infrações penais cometidas contra crianças e adolescentes. Art.91. Quando acionada a polícia, a direção da unidade deve,
imediatamente, comunicar à coordenação das medidas socioeducativas, que
Capítulo IV– Das Sanções e Faltas por sua vez comunicará ao juiz da vara de execução da infância e da
Art.84. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-á em conta o juventude, e ao ministério público.
comportamento apresentado, a natureza e as circunstâncias do fato, bem Art.92. Quando for necessário o encaminhamento de adolescente para
como as suas consequências. iniciar novo procedimento na delegacia da criança e do adolescente em razão
Parágrafo Único. Em caso de desrespeito às normas previstas nesse do cometimento de ato infracional, este deve ser acompanhado
regimento, o funcionário deverá ser encaminhado à comissão disciplinar preferencialmente de algum membro da equipe técnica.
da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), para as Artigo 93. Cessado o tumulto generalizado no interior da unidade a partir
providências cabíveis. da atuação da polícia, os adolescentes envolvidos devem, imediatamente,
Art.85. São consideradas faltas leves: ser encaminhados para exame de corpo de delito e oitiva junto ao
I - Faltar ao serviço, sem justificativa legal; ministério público.
II – Chegar frequentemente atrasado;
III – Ficar fora do setor em que está lotado, sem o devido conhecimento Título IX – Das Atribuições da Equipe da Unidade de Medida
da direção da unidade; Socioeducativa
IV - Usar trajes inadequados no exercício de suas atividades; Capítulo I - Das Atribuições do Orientador de Célula e da Equipe
V - Não cumprir com as funções para as quais fora contratado; Administrativa
VI - Uso constante do telefone no horário de trabalho, interferindo no Art.94. A direção da unidade de medida socioeducativa é exercida por um
desenvolvimento das funções. profissional nomeado pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento
Art.86. São faltas médias: Social – STDS, denominado orientador de célula, observando-se o perfil
I – Omitir-se, na resolução dos problemas envolvendo adolescentes; descrito no art.17, inciso III, da lei 12.594/2012.
II - Agressões verbais aos colegas e adolescentes; Art.95. A direção responde diretamente pela administração da unidade de
III - Tentar infamar a imagem do local de trabalho ou de outros setores medida socioeducativa e a ela estão subordinadas todas as demais instâncias
da instituição; da unidade.
IV - Usar do cargo que ocupa para se favorecer, diante dos adolescentes Art.96. A equipe administrativa da unidade de medida socioeducativa é
e seus familiares; composta por:
V – Reincidência em falta leve, anteriormente cometida. I. Agente administrativo;
Art.87. São faltas graves: II. Auxiliar administrativo;
I – Portar, fornecer ou facilitar a entrada de armas, serras, bebidas III. Coordenador de disciplina.
alcoólicas, tóxicos para adolescentes ou para uso próprio; Parágrafo Único. Entende-se como auxiliar administrativo o profissional
II - Facilitar fugas e incentivos a motins; que exerce a função de gerente da unidade.
III– Sabotar ou dificultar o bom andamento do serviço;
IV - Danificar material da instituição ou de adolescentes, Seção I – Das Atribuições do Orientador de Célula
intencionalmente; Art.97. Compete ao orientador da célula:
V – Utilizar-se de qualquer tipo de bebida alcoólica ou substância I. Administrar e supervisionar os serviços técnicos e administrativos
psicoativa, antes e durante o serviço; executados na unidade.
VI - Fazer transações com adolescentes ou seus familiares, como II. Planejar, coordenar, controlar e avaliar a execução dos programas e
empréstimos, trocas, compras, vendas, etc.; atividades administrativas e técnicas realizadas na unidade.
VII - Coagir o adolescente, com intenção de abusos e/ou assédio sexual; III. Viabilizar o cumprimento das determinações judiciais relativas aos
VIII – Utilizar-se na apuração de transgressões disciplinares contra adolescentes assistidos na unidade.
adolescente de informações a que teve acesso por meio do processo IV. Coordenar o acompanhamento dos prazos legais relativos aos
restaurativo; adolescentes, juntamente com o advogado.
IX - Divulgar informações sobre a história de vida dos adolescentes em V. Zelar pelo cumprimento das obrigações das entidades que atendem
cumprimento de medidas, bem como a situação processual; adolescentes, previstas no estatuto da criança e do adolescente.
X - Divulgar procedimentos e rotinas das unidades; VI. Responsabilizar-se pelo patrimônio público, zelando pela manutenção
XI - Divulgar imagens e filmagens das dependências internas das unidades e conservação das instalações físicas e bens materiais da unidade.
VII. Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do projeto
98 DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015

político-pedagógico institucional da unidade. XII. Realizar os devidos registros, controles e encaminhamentos de licenças
VIII. Prestar contas dos materiais e equipamentos recebidos, zelando pelo médicas, acidentes de trabalho, luto, casamento, nascimento de filho, etc.
bom uso destes. XIV. Elaborar quadro de programação anual de férias, juntamente com o
IX. Incentivar e facilitar a qualificação permanente dos profissionais que orientador de célula.
atuam na unidade. XV. Manter atualizado e dinamizado o quadro mural de informes,
X. Coordenar a revisão coletiva do regimento interno, em consonância esclarecimentos e orientações aos funcionários.
com a legislação em vigor. XVI. Digitar documentos, declarações, certificados e relatórios.
XI. Participar da análise e definição de projetos a serem inseridos noprojeto XVII. Realizar outros serviços inerentes à função.
político-pedagógico da unidade. Art.99. Compete ao auxiliar administrativo:
XII. Garantir o fluxo de informações na unidade e desta com os demais I. Realizar as compras emergenciais, utilizando a verba de suprimento de
órgãos da administração estadual; fundo.
XIII. Encaminhar à Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – II. Providenciar a solicitação mensal de materiais de consumo, tais como:
STDS, as propostas de modificações no ambiente institucional, quando gêneros alimentícios, materiais de expediente, pedagógicos e
necessárias e/ou solicitadas. medicamentos.
XIV. Orientar e acompanhar o ingresso de novos funcionários da unidade. III. Receber e conferir as mercadorias, organizando-as no almoxarifado.
XV. Acompanhar, juntamente com o pedagogo, as ações de escolarização IV. Administrar a liberação de mercadorias do almoxarifado.
formal na unidade. V. Manter registros e controles de consumo de gêneros alimentícios,
XVI. Assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas- produtos de higiene, limpeza, material de expediente, etc.
atividade estabelecidos pela secretaria de educação do estado do ceará. VI. Realizar levantamento das necessidades mensais de suprimento de
XVII. Supervisionar o preparo da alimentação, quanto ao cumprimento vestuário, roupa de cama e banho, utensílio de copa e cozinha, materiais
das normas estabelecidas na legislação vigente, relativamente a exigências pedagógicos, esportivos, recreativos, materiais para oficinas e outros.
sanitárias e padrões de qualidade nutricional. VII. Controlar o uso e funcionamento de materiais permanentes,
XVIII. Participar da comissão disciplinar, dando encaminhamento às providenciando a baixa por inservibilidade, quando necessário.
decisões tomadas coletivamente. VIII. Providenciar a prestação de contas dos recursos utilizados para
XIX. Definir horário e escalas de trabalho dos profissionais que atuam material de consumo.
na unidade. IX. Controlar os gastos com energia elétrica, água/esgoto e telefonia;
XX. Manter articulação com órgãos governamentais e não- X. Providenciar para que sejam atendidas as necessidades referentes à
governamentais para estabelecimento de parcerias, acordos, fluxos e coleta de lixo;
procedimentos, atendendo às orientações e diretrizes da STDS. XI. Controlar a validade dos extintores de incêndio, providenciando a
XXI. Solicitar desligamento e/ou substituição de profissional da unidade, reposição, sempre que necessário.
observando as instruções emanadas pela célula de medidas socioeducativas XII. Providenciar a realização da manutenção das áreas externas da
da STDS. unidade, incluindo os serviços de limpeza e jardinagem.
XXII. Assegurar o cumprimento das orientações técnicas de vigilância XIII. Providenciar a manutenção e limpeza da caixa de água, gerador e
sanitária e epidemiológica. iluminação da unidade.
XXIII. Viabilizar salas adequadas para a educação formal, atendimentos XIV. Providenciar e controlar o uso de botijões de gás.
técnicos e qualificação profissional. XV. Acompanhar o desenvolvimento de cardápio e a preparação da
XXIV. Assegurar a realização do processo de avaliação institucional da alimentação, obedecendo a procedimentos operacionais básicos.
unidade, quando solicitado. XVI. Realizar outros serviços inerentes à função.
XXV. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de adolescentes, das Art.100. Compete ao coordenador de disciplina:
famílias e de todo o quadro de pessoal da unidade. I. Recepcionar o adolescente recém-chegado, efetuando o seu registro,
XXVI. Promover relacionamento cooperativo de trabalho com os assim como de seus pertences.
profissionais que atuam na unidade. II. Providenciar o atendimento às necessidades de higiene, asseio, repouso
XXVII. Encaminhar para a célula de medidas socioeducativas informações e alimentação do adolescente.
e relatórios sobre situações de natureza grave ocorridas na unidade e sobre III. Prestar informações aos demais profissionais da equipe técnica sobre
as atividades desenvolvidas. o adolescente, para compor os relatórios e estudos de caso.
XXVIII. Cumprir e fazer cumprir o disposto neste regimento. IV. Acompanhar as demandas dos adolescentes encaminhadas aos setores
XXIX. Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor. específicos.
XXX. Realizar outras atividades inerentes à função. V. Tomar conhecimento dos relatos diários contidos no livro de
ocorrências.
Seção II – Das Atribuições da Equipe Administrativa VI. Comunicar de imediato à direção as ocorrências relevantes que possam
Art.98. Compete ao agente administrativo: colocar em risco a segurança da unidade, dos adolescentes e dos
I. Digitar todos os documentos para o orientador de célula e demais funcionários.
profissionais, relativos ao trabalho da unidade. VII. Coordenar o trabalho das equipes de instrutores educacionais.
II. Confeccionar o prontuário dos adolescentes. VIII. Coordenar o desenvolvimento das atividades pedagógicas,
III. Organizar os arquivos de documentos da direção da unidade. orientando os instrutores educacionais, para que os adolescentes mantenham
IV. Organizar os endereços e telefones de órgãos, entidades e todo tipo a ordem, disciplina, respeito e cooperação durante as atividades.
de equipamento social que compõe a rede de atendimento ao adolescente. IX. Elaborar, com o diretor, as escalas de plantões e férias dos instrutores
V. Atender as ligações telefônicas para a direção ou administração da educacionais.
unidade, prestando informação, quando necessário. X. Apurar as transgressões disciplinares com a comissão disciplinar.
VI. Conferir diariamente a presença dos funcionários que registraram XI. Participar da elaboração do PIA, quando solicitado.
ponto, apontando possíveis irregularidades. XII. Realizar outras atividades específicas à função.
VII. Manter atualizado o registro do patrimônio, composto pelos bens
móveis da unidade. Capítulo II – Das Atribuições da Equipe Técnica
VIII. Manter atualizada a relação de funcionários da unidade, contendo Art.101. A equipe técnica da unidade de medida socioeducativa é composta
nome, cargo, endereço, telefone, celular e e-mail. por:
IX. Manter a escala de trabalho dos funcionários atualizada e fixada em I. Assistente social;
local visível. II. Psicólogo
X. Efetuar registro de controle de frequência e enviá-los ao a Célula de III. Pedagogo
Gestão de Pessoas da STDS. IV. Advogado
XI. Efetuar o controle de possíveis horas-extras realizadas e as devidas V. Médico.
compensações.
XII. Efetuar o controle de atrasos e absenteísmos.
DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015 99

Art.102. Compete ao assistente social: VI. Avaliar e acompanhar a aplicação de medidas disciplinares.
I. Participar da recepção e acolhida dos adolescentes, buscando formas VII. Participar da elaboração do PIA
de integrá-los à rotina da unidade. VIII. Identificar o adolescente com transtornos de aprendizagem e
II. Elaborar estudos de caso e relatórios técnicos. necessidades especiais para traçar um plano de intervenção individualizado.
III. Realizar atendimentos individuais e de grupo com os adolescentes e IX. Orientar as famílias do adolescente para garantir a continuidade das
familiares. atividades escolares após o desligamento.
IV. Atender às famílias dos adolescentes, favorecendo a sua X. Acompanhar e coordenar a execução das atividades de qualificação
corresponsabilidade no processo socioeducativo. profissional.
V. Providenciar a documentação civil dos adolescentes. XI. Coordenar a equipe de professores, instrutores de ofício e supervisionar
VI. Realizar visitas domiciliares às famílias dos adolescentes, caso estagiários do setor pedagógico.
necessário. XII. Analisar e verificar os avanços dos adolescentes na escolarização
VII. Acompanhar o adolescente em audiência, quando solicitado. formal e informal.
VIII. Participar da elaboração do PIA com o adolescente. XIII. Acompanhar o planejamento e execução dos planos de aula de
I. Manter contato com órgãos governamentais e não governamentais professores e instrutores de oficina.
para obter informações sobre o adolescente. XIV. Acompanhar as ações de voluntariado e espiritualidade.
X. Manter registro de dados e informações para levantamentos XV. Elaborar prestação de conta mensal dos recursos obtidos com as vendas
estatísticos. dos materiais produzidos pelos adolescentes, em oficinas
XI. Verificar a correspondência dos adolescentes e acompanhar os profissionalizantes.
contatos telefônicos realizados por eles. XVI. Visitar escolas em que os adolescentes se encontram matriculados.
XII. Coordenar e orientar a visitação dos familiares aos adolescentes. XVIII. Analisar os documentos formais da escolarização, planos de aula
XIII. Preparar os adolescentes para o desligamento, fortalecendo suas e plano de trabalho docente.
relações sociofamiliares. XVIII. Conduzir processo de classificação e reclassificação dos
XIV. Supervisionar estagiários do setor de serviço social. adolescentes, para adequação da matrícula escolar e defasagem idade-série
XV. Realizar visitas institucionais. e também mediante os exames nacionais.
XVI. Avaliar e acompanhar a aplicação de medidas disciplinares. XIX. Em caso de transferência, repassar documentos e informações
XVII. Realizar outras atividades específicas à profissão. escolares, materiais escolares e produções do adolescente transferido à
unidade receptora.
Seção II – Das Atribuições do Psicólogo XX. Providenciar matrícula e contato com a escola que irá receber o
Art.103. Compete ao psicólogo: adolescente.
I. Participar da recepção e acolhida dos adolescentes, buscando formas XXI. Organizar os procedimentos de substituição e recepção de
de integrá-los à rotina da unidade. professores.
II. Planejar, coordenar e executar as atividades da área de psicologia. XXII. Organizar o plano e o calendário escolar, tendo como base as
III. Elaborar estudos de caso e relatórios técnicos. orientações da SEDUC.
IV. Realizar diagnóstico e avaliações psicológicas, procedendo às XXIII. Organizar e divulgar os materiais pedagógicos para uso dos
indicações terapêuticas adequadas a cada caso. professores e/ou instrutores de ofício.
V. Realizar atendimento psicológico individual e de grupo com os XXIV. Providenciar matrículas, transferências, obtenção de históricos
adolescentes e seus familiares. escolares, aproveitamento de estudos e certificação dos adolescentes.
VI. Acompanhar o adolescente em audiência, quando solicitado. XXV. Providenciar a avaliação diagnóstica do nível escolar do adolescente.
VII. Manter contato com órgãos governamentais e não governamentais para XXVI. Elaborar o plano de ação pedagógica com os professores e
obter informações sobre o adolescente. instrutores e acompanhar a execução das atividades.
VIII. Realizar intervenções terapêuticas com os adolescentes, visando XXVII. Promover estudos e avaliações sobre as experiências pedagógicas
facilitar a dinâmica relacional com ele e com o outro. e o processo de ensino e aprendizagem.
IX. Participar da elaboração do PIA. XXVIII. Realizar outras atividades específicas à profissão.
X. Atender às famílias, orientando-as e realizando intervenções que lhes
forneçam subsídios para o desempenho qualitativo das suas funções Seção IV – Das Atribuições do Advogado
parentais. Art.105. Compete ao advogado:
XI. Realizar visita domiciliar à família do adolescente, quando necessário. I. Participar da recepção e acolhida dos adolescentes, buscando formas
XII. Planejar e desenvolver projetos com vistas a orientar os profissionais de integrá-los à rotina da unidade.
da unidade no trato com os adolescentes e famílias. II. Participar da elaboração do PIA.
XIII. Buscar e articular recursos da rede sus, para o acompanhamento da III. Esclarecer a situação processual do adolescente, familiares, direção
saúde mental dos adolescentes. e equipe técnica.
XIV. Preparar os adolescentes para o desligamento, fortalecendo suas IV. Manter-se atualizado sobre o processo.
relações sociofamiliares. V. Realizar pesquisas e levantamentos referentes aos autos judiciais e ao
XV. Manter registro de dados e informações para levantamento histórico infracional dos adolescentes.
estatístico. VI. Participar de audiências;
XVI. Supervisionar estagiários do setor de psicologia. VII. Orientar o adolescente e sua família quanto à postura na audiência,
XVII. Realizar outras atividades específicas à profissão. bem como informá-los sobre o agendamento destas.
VIII. Avaliar e acompanhar a aplicação de medidas disciplinares.
Seção III – Das Atribuições do Pedagogo IX. Pleitear pela progressão de medida, quando o estudo de caso assim
Art.104. Compete ao pedagogo: orientar.
I. Planejar, coordenar e desenvolver as ações pedagógicas da unidade, X. Promover palestras informativas aos adolescentes, familiares e
incluindo as atividades escolares, oficinas formativas, ocupacionais e funcionários, quando necessário.
profissionalizantes, atividades recreativas, culturais e esportivas. XI. Organizar documentos para a transferência do adolescente a outras
II. Realizar a programação das atividades pedagógicas, a formação das unidades.
turmas e o acompanhamento das atividades. XII. Participar dos espaços coletivos de discussão.
III. Realizar a avaliação educacional e o levantamento do histórico escolar XIII. Manter contato com outras comarcas para obter maiores
do adolescente para compor os relatórios técnicos e o estudo de caso. informações sobre o processo jurídico dos adolescentes.
IV. Efetuar o registro de documentação de alunos: matrícula e todos os XIV. Atualizar periodicamente a lista de dados sociojurídicos dos
registros sobre processo escolar, utilizando os devidos formulários. adolescentes.
V. Participar da recepção e acolhida dos adolescentes, buscando formas XV. Elaborar ofícios em resposta à trajetória jurídicoprocessual do
de integrá-los à rotina da unidade. adolescente;
100 DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015

XVI. Informar aos técnicos, com antecedência, a necessidade de V. Relatar no diário de comunicação interna o desenvolvimento da
elaboração do relatório de avaliação biopsicossocial e educacional; rotina diária, bem como tomar conhecimento dos relatos anteriores.
XVII. Organizar a relação diária de saídas externas (audiências) de VI. Monitorar e auxiliar atividades recreativas, esportivas, culturais,
adolescentes, juntamente com os demais técnicos da unidade. artesanais e artísticas, seguindo as orientações do setor pedagógico.
XVII. Supervisionar estagiários do setor de direito. VII. Auxiliar no desenvolvimento das atividades pedagógicas e
XIX. Realizar outras atividades específicas à profissão. acompanhar os adolescentes nos atendimentos técnicos.
VIII. Guardar e organizar os pertences dos adolescentes.
Seção V – Das Atribuições do Médico IX. Participar das atividades interagindo com os adolescentes.
Art.106. Compete ao médico: X. Prestar informações aos demais profissionais da equipe técnica sobre o
andamento do adolescente, para compor os relatórios e estudos de caso.
I. Planejar, executar e avaliar as ações relacionadas à saúde integral do
XI. Acompanhar o adolescente em seu deslocamento na comunidade, não
adolescente.
descuidando da vigilância e segurança.
II. Realizar a avaliação clínica das condições de saúde do adolescente.
XII. Inspecionar as instalações físicas da unidade, recolhendo objetos que
III. Emitir diagnósticos e indicar os procedimentos terapêuticos adequados
possam comprometer a segurança.
ao caso.
XIII. Efetuar rondas periódicas para verificar portas, janelas e portões,
IV. Tratar as intercorrências de nível ambulatorial.
assegurando-se de que estão devidamente fechados, atentando para
V. Articular e formalizar o fluxo de atendimento à saúde integral do eventuais anormalidades.
adolescente na rede de serviços ofertados pelo município. XIV. Identificar as demandas dos adolescentes, encaminhando-as aos
VI. Encaminhar o adolescente para exames e tratamentos especializados setores específicos.
ofertados pela rede de saúde do SUS. XV. Manter-se atento às condições de saúde do adolescente, sugerindo
VII. Orientar a família do adolescente quanto a atitudes, procedimentos e que sejam providenciados atendimentos e encaminhamentos aos serviços
posturas para a promoção da saúde do adolescente e dos membros da família. médicos, sempre que necessário.
VIII. Realizar ações educativas de promoção à saúde e prevenção de XVI. Atender às determinações e orientações médicas, ministrando os
doenças para adolescentes. medicamentos prescritos, quando necessário.
IX. Elaborar planos de intervenção em saúde para o desenvolvimento XVII. Realizar revistas pessoais nos adolescentes nos momentos de
da ação socioeducativa personalizada para o adolescente. recepção, final das atividades e sempre que se fizer necessário, impedindo
X. Orientar a equipe quanto a procedimentos e ações terapêuticas, que mantenham a posse de objetos e substâncias não autorizadas.
preventivas e promotoras da saúde. XVIII. Acompanhar o processo de entrada das visitas dos adolescentes,
XI. Supervisionar estagiários de medicina. registrando-as em livro, fazendo revistas e verificação de alimentos, bebidas
XII. Realizar outras atividades específicas à profissão. ou outros itens trazidos por elas.
XVIX. Comunicar, de imediato, ao coordenador de disciplina as ocorrências
Capítulo III – Das Atribuições da Equipe de Apoio Técnico relevantes que possam colocar em risco a segurança da unidade, dos
Art.107. A equipe de apoio técnica da unidade de medida socioeducativa adolescentes e dos funcionários.
é composta por: XX. Fornecer material de higiene para os adolescentes, controlando e
I. Auxiliar de enfermagem orientando seu uso.
II. Instrutor educacional. XXI. Providenciar o fornecimento de vestuários, roupa de cama e banho,
orientando seu uso.
Seção I – Das Atribuições do Auxiliar de Enfermagem XXII. Recepcionar e identificar os visitantes, encaminhando-os aos
Art.108. Compete ao auxiliar de enfermagem: diferentes setores.
XXIII. Guardar e devolver os pertences dos visitantes dos adolescentes.
I. Desempenhar serviços auxiliares de enfermagem, prestando apoio às
XXIV. Seguir procedimento e normas de segurança da unidade.
ações do médico.
XXV. Participar da elaboração do PIA, quando solicitado.
II. Programar e organizar as consultas dos adolescentes com o médico XXVI. Realizar outras atividades específicas à profissão.
da unidade.
III. Agendar e acompanhar os adolescentes nas consultas médicas na unidade. Capítulo IV – Atribuições da Equipe Operacional de Apoio
IV. Agendar e acompanhar os adolescentes nas consultas e exames Art.110. A equipe operacional de apoio é composta por:
externos. I. Motorista;
V. Manter atualizadas e organizadas as fichas de atendimento de saúde II. Auxiliar de manutenção;
dos adolescentes. III. Porteiro/vigia;
VI. Ministrar medicamentos e tratamento aos adolescentes, atendendo IV. Auxiliares de serviços gerais de limpeza, copa e lavanderia.
às orientações médicas.
VII. Realizar atendimentos de primeiros socorros, quando necessário. Seção I – Das Atribuições do Motorista
VIII. Manter a organização da enfermaria e dos materiais utilizados. Art.111. Compete ao motorista:
IX. Realizar ações educativas sobre cuidados de higiene pessoal, I. Transportar adolescentes em viagens, audiências, consultas médicas,
alimentação e cuidados específicos para promoção da saúde, esclarecendo transferências de unidade e outros que se fizerem necessários.
sobre os recursos disponíveis no município, para encaminhamento dos II. Definir rotas e percursos de modo a garantir a economia de combustível
adolescentes, quando necessário. e otimização do uso do veículo.
X. Manter organizado, os estoques de medicação e de outros insumos III. Conduzir os técnicos da unidade a diversos locais para atender às
utilizados nos tratamentos de saúde. necessidades técnicas e administrativas.
XI. Orientar a equipe sobre as condutas prévias ou posteriores a consultas IV. Respeitar a legislação, normas e recomendações de direção defensiva.
e exames. V. Preencher diariamente o mapa de atividades diárias e as requisições de
XII. Realizar outras atividades específicas à profissão. abastecimento do veículo.
VI. Verificar diariamente as condições de uso do veículo.
VII. Solicitar à administração reparos nos veículos, sempre que necessário.
Seção II – Das Atribuições do Socioeducador
VIII. Manter o veículo limpo e em condições adequadas de higiene e
Art.109. Compete ao socioeducador:
funcionamento.
I. Recepcionar o adolescente recém-chegado, efetuando o seu registro,
IX. Auxiliar no carregamento e descarregamento de materiais
assim como de seus pertences.
transportados no veículo.
II. Providenciar o atendimento às necessidades de higiene, asseio, repouso X. Efetuar a prestação de contas das despesas de manutenção do veículo.
e alimentação do adolescente; XI. Manter sigilo acerca das situações vivenciadas na unidade.
III. Zelar pela segurança e bem-estar do adolescente, observando-o e XII. Realizar outras atividades específicas à profissão.
acompanhando-o em todos os locais de atividades diurnas e noturnas.
IV. Acompanhá-lo nas atividades da rotina diária, orientando-o quantoàs Seção II – Das Atribuições do Auxiliar de Manutenção
normas de conduta, cuidados pessoais e relacionamento com outros internos Art.112. Compete ao auxiliar de manutenção:
e funcionários. I. Efetuar a conservação das edificações, executando serviços de alvenaria,
DIÁRIO OFICIALDO ESTADO SÉRIE 3 ANO VII Nº110 FORTALEZA, 18 DE JUNHO DE 2015 101

carpintaria, pintura, eletricidade e encanamento. I. A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS, deverá
II. Realizar pequenos reparos em máquinas, equipamentos e móveis. realizar formação profissional com as equipes das unidades de medidas
III. Inspecionar as instalações elétricas e hidráulicas da unidade. socioeducativas sobre este regimento.
IV. Zelar pela manutenção das tubulações, válvulas, registros, filtros, II. A direção da unidade de medidas socioeducativas deverá realizar uma
instrumentos e acessórios, limpando, lubrificando e substituindo as partes assembleia com os adolescentes, para apresentação deste regimento e de
danificadas. quaisquer alterações, sempre que houver.
V. Operar os dispositivos dos reservatórios de água. III. Uma cópia deste regimento deverá permanecer em local de fácil acesso
VI. Zelar pela conservação e guarda de ferramentas e equipamentos e visibilidade tanto para os adolescentes e familiares quanto paraa equipe
utilizados na unidade; da unidade de medidas socioeducativas.
VII. Observar, cumprir e utilizar normas e procedimentos de segurança. IV. A capitulação das sanções leves, médias, graves e as sanções aplicáveis
VIII. Realizar outras atividades específicas à profissão. deverão ser afixadas em local de fácil acesso, na área administrativa e
nos demais setores da unidade.
Seção III – Das Atribuições do Porteiro/Vigia V. A equipe da unidade de medida socioeducativa deverá apresentar este
Art.113. Compete ao porteiro/vigia: regimento a todos os adolescentes, no ato da admissão.
I. Certificar-se da observância das recomendações quanto à prevençãode Art.118. A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, por meioda
incêndios, mantendo-se preparado para adotar procedimento de combate ao Coordenadoria de Proteção Especial deverá realizar cursos de formação para
fogo, caso necessário. facilitadores restaurativos no prazo de um ano e ou dois anos para
II. Efetuar rondas periódicas de inspeção da parte externa da unidade, adaptações estruturais, a contar da data da publicação deste regimento.
examinando portas, janelas e portões, para eventuais anormalidades. Art.119. Este regimento passa a vigorar em 45 dias contados da data de
III. Fiscalizar a entrada e saída de pessoas na unidade ou setor de pessoas, sua publicação.
veículos, bens e materiais não autorizados pela direção. Art.120. Ficam revogadas todas as disposições em contrário.
IV. Observar a movimentação de pessoas nas imediações do seu posto de
Bibliografia
trabalho, comunicando à direção qualquer irregularidade ou atitude suspeita
Guia para elaboração de regimentos internos do rio grande do sul, divisão
observada.
de planejamento e modernização administrativa, departamento de
V. Atender e prestar informações ao público.
planejamento organizacional, secretaria de administração de recursos
VI. Responsabilizar-se pelo controle de abrir e fechar o portão.
humanos, de acordo com o disposto na lei n.º 13.601, de 01 de janeiro
VII. Manter o registro de todas as ocorrências verificadas durante seu
de 2011 que dispõem sobre a estrutura administrativa do poder executivo do
turno de trabalho.
estado do rio grande do sul, janeiro, 2011.
VIII. Registrar e controlar a entrada e saída de público externo na unidade.
Zanella, maria nilvane. Regimento interno (minuta preliminar). Secretaria
IX. Realizar outras atividades específicas à profissão.
do trabalho e desenvolvimento social. Governo do estado do ceará.
Dezembro, 2010.
Seção IV – Das Atribuições dos Auxiliares de Serviços de Limpeza, Copa
e Lavanderia
*** *** ***
Subseção I – Das Atribuições do Auxiliar de Serviços de Copa
Art.114. Compete ao auxiliar de serviços de copa: SECRETARIADOTURISMO
I. Preparar o café da manhã, almoço, lanches, jantar e ceia para
adolescentes e funcionários da unidade. PORTARIA Nº42/2015 - A SECRETÁRIA EXECUTIVA DA
II. Servir refeições, organizando o refeitório ou preparando os pratos SECRETARIA DO TURISMO DO ESTADO DO CEARÁ, no uso de
para os adolescentes. suas atribuições legais, RESOLVE AUTORIZAR a servidora DANIELLE
III. Limpar todos os utensílios, louças e equipamentos utilizados para as MONTENEGRO MELO FREITAS, ocupante do cargo de Coordenadora,
refeições. símbolo DNS-2, matrícula nº583075.1.3, desta Secretaria do Turismo, a
IV. Organizar e manter limpos e em ordem os armários, geladeira, freezer viajar à cidade de Rio de Janeiro, nos dias 27 a 29 de abril de 2015, a fim
e almoxarifado da cozinha. de participar do III Encontro Nacional do Prodetur, concedendo-lhe 02
V. Manter o controle dos gastos com os gêneros alimentícios, levantando (duas) diárias e meia, no valor unitário de R$189,25 (cento e oitenta e
as necessidades de reposição para informar ao auxiliar administrativo. nove reais e vinte e cinco centavos) acrescidos de 50% (cinquenta por
VI. Realizar outras atividades específicas à profissão. cento), no valor total de R$709,70 (setecentos e nove reais e setenta
centavos), mais ajuda de custo no valor total de R$189,25 (cento e oitenta
Subseção II – Das Atribuições do Auxiliar de Serviços de Limpeza e nove reais e vinte e cinco centavos), e passagem aérea, para o trecho
Art.115. Compete ao auxiliar de serviços de limpeza: Fortaleza/Rio de Janeiro/Fortaleza, no valor de R$985,07 (novecentos e
oitenta e cinco reais e sete centavos), perfazendo um total de R$1.884,02
I. Limpar diariamente o prédio da unidade, incluindo as áreas internas e
externas. (hum mil, oitocentos e oitenta e quatro reais e dois centavos), de acordo
II. Realizar faxinas gerais. com o artigo 3º; alínea b, §1º e 3º do artigo 4º;art.5º e seu §1º; arts.6º,
8º e 10, classe III do anexo I do Decreto nº30.719, de 25 de outubro de 2011,
III. Manter em ordem e higienizado o almoxarifado de produtos de limpeza,
realizando levantamento de necessidades para o auxiliar administrativo da devendo a despesa correr à conta da dotação orçamentária da
unidade. SECRETARIA DO TURISMO DO ESTADO DO CEARÁ. SECRETARIA
IV. Manter e limpar as áreas externas da unidade, incluindo pátios, canteiros DO TURISMO DO ESTADO DO CEARÁ, em
e jardins. Fortaleza, 22 de abril de 2015.
V. Efetuar o recolhimento do lixo, providenciando para que ele seja Luciana Mendes Lobo
colocado no local adequado de coleta. SECRETÁRIA EXECUTIVA DO TURISMO
VI. Efetuar o transporte e descarga de materiais diversos. Registre-se e publique-se.
VII. Realizar outras atividades específicas à profissão.
*** *** ***
Subseção III – Das Atribuições do Auxiliar de Serviços de Lavanderia PORTARIA Nº59/2015 - A SECRETÁRIA EXECUTIVA DA
Art.116. Compete ao auxiliar de serviços de lavanderia: SECRETARIA DO TURISMO DO ESTADO DO CEARÁ, no uso de
I. Lavar e higienizar as roupas pessoais e de cama e banho dos adolescentes. suas atribuições legais conferidas pelo inciso I do art.20, do Decreto
II. Passar as roupas dos adolescentes, organizando-as e separando-as nº29.704, de 08 de Abril de 2009, resolve DESLIGAR a estagiária
para ser distribuídas. THALIA SILVA MENDONÇA, a partir de 12 de Junho de 2015.
III. Realizar pequenos reparos de costura nas roupas dos adolescentes. SECRETARIA DO TURISMO DO ESTADO DO CEARÁ em Fortaleza,
IV. Realizar outras atividades específicas à profissão. 12 de junho de 2015.
Luciana Mendes Lobo
Título IX – Disposições Transitórias SECRETÁRIA EXECUTIVA DO TURISMO
Art.117. Este regimento deverá ser executado de acordo com os seguintes Registre-se e publique-se.
procedimentos:
*** *** ***

Você também pode gostar