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Nem plana, nem redonda: definir a forma exata da Terra é um desafio

O aperfeiçoamento constante dos métodos para construir a representação do


nosso planeta aumenta a exatidão em mapeamentos e medições.

Sempre investimos em meios de conhecer melhor a forma da Terra, e durante


muitos anos esse tema foi foco de debates e de elaboração de teorias. Desde a
Antiguidade, buscamos maneiras de melhor conhecer e representar o nosso planeta,
possibilitando, assim, que mapeamentos e medições diversas pudessem ser feitos com
maior exatidão.
Plana? Redonda? Arredondada? Foram muitos os questionamentos. E só com o
aprimoramento de técnicas cartográficas e o desenvolvimento tecnológico foi possível ir
construindo uma melhor definição.
Mas por que devemos conhecer tão bem a forma do nosso planeta? Conhecer tanto a
forma como a dimensão da Terra é fundamental para operações relacionadas ao
posicionamento terrestre, à navegação (seja terrestre, marítima ou aérea) e a diferentes
transformações de escala, importantes para a elaboração de mapas, com detalhamentos
variados. Pequenas incertezas nessa determinação podem ser responsáveis por grandes
erros.
A forma e as dimensões do nosso planeta podem ser definidas com diferentes graus
de exatidão. Até meados do século 17, considerava-se a Terra como uma esfera regular.
Com as novas teorias físicas (newtonianas), foi possível qualificar melhor as forças
gravitacionais. Por meio de medições realizadas em diferentes latitudes, foram
identificadas diferenças expressivas entre os raios geométricos do planeta.

Até o século 17, a Terra era considerada uma esfera regular. Hoje, o nosso planeta é
representado fisicamente como um geoide, uma forma arredondada com superfície
irregular. A figura matemática que mais se adapta a essa forma da Terra é o elipsoide
(esfera achatada nos polos).

Foi o xeque-mate para o paradigma da Terra esférica. Quando se colocou em


questão o valor constante do raio da Terra, chegou-se a um novo conceito: o de um
elipsoide de revolução. Achatado nos polos, o elipsoide de revolução é ainda hoje a figura
matemática que os geodesistas (cientistas dedicados a estudar, entre outras questões, a
forma e as dimensões da Terra) consideram a que mais se adapta à forma verdadeira da
Terra. Ela é representada fisicamente como um geoide, que, de forma simples, pode ser
definido como uma superfície fictícia determinada pelo prolongamento do nível médio dos
mares sobre os continentes.
A superfície terrestre é irregular, com deformações, e seu formato está em constante
modificação, consequência das ações erosivas, dos vulcões, do movimento das placas
tectônicas, dos ventos, das chuvas, das ações do homem etc. Para representar a superfície
terrestre em um plano, é necessário que se adote uma superfície de referência, que
corresponda a uma figura matematicamente definida. Dependendo do propósito do
mapeamento, a representação da Terra pode variar entre um plano tangente à superfície
terrestre (específico para representação de pequenas áreas, como uma propriedade, por
exemplo), um elipsoide de revolução (para representar áreas maiores, como um país) ou
uma esfera (para o caso de áreas muito maiores, como um continente ou o próprio globo
terrestre, quando, na escala de representação utilizada, os raios equatorial e polar não
apresentam diferença significativa).

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