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Rinite Atrófica Dos Suínos

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14/05/2024

ARA0506 – CLÍNICA MÉDICA DE AVES E SUÍDEOS


Docente: Nathalya Carneiro RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS
• Doença infectocontagiosa do trato respiratório superior

• Evolução progressiva e crônica

• Alta transmissibilidade

• Caracterizada por atrofia dos cornetos nasais, desvio do septo nasal e


RINITE ATRÓFICA DOS deformidade do focinho

SUÍNOS • Notificação mensal de qualquer caso confirmado

RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS ETIOLOGIA


• Rinite atrófica não progressiva: Bordetella bronchiseptica
• De acordo com o grau de comprometimento das conchas nasais,
pode ser dividida em:
• Rinite atrófica progressiva: Pasteurella multocida

Rinite Atrófica não-Progressiva (RANP)

Rinite Atrófica Progressiva (RAP) Bordetella bronchiseptica Pasteurella multocida

• Sinergismo entre essas duas bactérias


• P. multocida agrava as lesões em suínos previamente infectados com a
B. bronchiseptica

ETIOLOGIA ETIOLOGIA
Pasteurella multocida Bordetella bronchiseptica
• Bactéria gram-negativa
• Bactéria gram-negativa
• Cocobacilo
• Cocobacilo
• Anaeróbica facultativa
• Aeróbica
• Sorotipos mais comuns em suínos são:
A → frequentemente associado a casos de pneumonia • Maior fator de virulência → toxina dermonecrótica (atrofia dos cornetos)

D → cepas toxigênicas - presentes em casos de rinite atrófica  Nem sempre envolvida

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ETIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA
Bordetella bronchiseptica
• B. Bronchiseptica
• Sobrevive no solo por 6 semanas
• Superfície de diferentes materiais 3-5 dias  Distribuição mundial entre a população de suínos

• Inativada a 56ºC por 30 min • P. Multocida - requerem lesões pré-existentes

Pasteurella multocida
• Viável no ar por 45 min • As doenças respiratórias dos suínos nas fases de crescimento e
terminação (rinite atrófica e pelas pneumonias)
• Infectante em dejetos por 1 mês
 Frequentes nas criações confinadas em todo o mundo
• Destruída a 50ºC por 30 min

EPIDEMIOLOGIA TRANSMISSÃO
• Doença de alta transmissibilidade • Transmissão primária

Suíno para suíno – focinho


• Enzoótica em certas regiões
Aerossóis (via aerógena)
• Compromete animais entre 3-8 semanas de idade

• Porcas – cronicamente infectadas → leitegadas

Contato nasal durante amamentação

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PATOGENIA
TRANSMISSÃO B. bronchiseptica P. multocida

• Leitões infectados: fonte ativa de infecção Colonização do epitélio Tonsilas e muco

• Disseminam a infecção nos reagrupamentos


Produção de toxina dermonecrótica

• Outros possíveis transmissores da RA: INFLAMAÇÃO

Gatos
Hiperplasia epitelial
Ratos
Hipotrofia glandular
Coelhos Osteólise
Destruição das trabéculas ósseas

PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS


 Diferenças da ação dermonecrótica e de aderência - RA
Ação nos Aderência ao • Leitões jovens - 1º sinal característico: espirros
Microrganismo Toxina
cornetos nasais epitélio respiratório
• Associado ao corrimento nasal e placas escuras nos cantos dos olhos
B. Bronchiseptica Dermonecrótica I + +++++
P. Multocida Dermonecrotica II +++++ +

 Ação conjunta das bactérias


Determinam a gravidade
 Precocidade da infecção
da doença
 Condições de manejo e ambiente

SINAIS CLÍNICOS
• Casos mais graves:

Encurtamento e desvio do focinho

Pregueamento da pele

Eliminação de sangue ao espirrar

Deformidade da face

Bragnatismo superior

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SINAIS CLÍNICOS
• Os animais infectados não são capazes de fazer uma oclusão correta
dos dentes

• Diminuem a ingestão de alimentos

• Redução do seu crescimento

• Espirros podem desaparecer às 12 semanas de vida

Bragnatismo superior  Alterações anatômicas permanecem até o momento do abate

DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
• Sinais clínicos são bastante sugestivos, mas nem sempre evidentes.

• Utilização de antimicrobianos – mantém doença clínica inaparente • Caracterização e classificação de rebanho quanto à rinite atrofia:

• Isolamento do agente
 Avalição dos cornetos nasais no abatedouro
 Swabs: nasais; tonsilas

• Ágar sangue
• Observação visual
• PCR

• ELISA (Ac contra toxina dermonecrótica) • Secção transversal do focinho entre 1º e 2 dente pré-molar
• Histopatológico – cornetos

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TRATAMENTO TRATAMENTO
• Sucesso do tratamento – condicionado a uma combinação de fatores: • Em geral, ambas as bactérias são sensíveis:

Condições de manejo e ambiente Sulfas

Oxitetraciclina
TTO com antimicrobianos
Doxiciclina
Vacinação Quinolonas

Adoção de um programa – melhoria nas condições de


criação dos animais.
• Tratamento durante 15 a 20 dias

CONTROLE E PREVENÇÃO CONTROLE E PREVENÇÃO


GRANJAS CONTAMINADAS
GRANJAS LIVRES
Controle da temperatura e ventilação (manejo de cortinas)

Controle de densidade nas baias • Aquisição de animais de granjas livres de P. multocida

Criação em lotes com o sistema AI/AO


• Adotar quarentena
Programas de limpeza e desinfecção

Antimicrobianos em doses preventivas • Biossegurança (entrada nas granjas)

Depopulação e vazio sanitário

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VACINAÇÃO VACINAÇÃO
• Primíparas: 70 e 90 dias antes da gestação
• A partir do 2º parto: uma dose aos 90 dias de gestação

Machos: no ingresso na granja e depois a cada 6 ou 12 meses

• Leitões: 7 e 28 dias ou 5 e 23 dias – depende da data de desmame


• Levar em consideração Ac maternais

ERISIPELA SUÍNA
• Doença infectocontagiosa do tipo hemorrágica

• Caracterizada por lesões cutâneas, articulares, cardíacas ou


septicemia

• Zoonose → erisipeloide

ERISIPELA SUÍNA • Notificação mensal de qualquer caso confirmado

ETIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA
• Erysipelothrix rhusiopathiae • Apresenta distribuição mundial

• Gram-positiva • Ampla variedade de hospedeiros vertebrados e invertebrados


 Ex.: Humanos, aves, pescados, artrópodes e insetos
• Bastonete curto
• Suíno e peru → animais mais afetados
• Anaeróbica facultativa

• Sorotipos 1(1a, 1b) e 2 (2a, 2b)

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EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA
• Suínos domésticos → principais reservatórios do MO
Erysipelothrix spp nas tonsilas e outros tecidos linfoides
• Estima-se que 30% a 50% dos suínos clinicamente saudáveis alojem a
Erysipelothrix spp nas tonsilas e outros órgãos linfoide
Eiminação pelas fezes, urina, saliva e secreções nasais
• Javali → fonte potencial de infecção para outros animais

Contaminando solo, alimentos e água.


• Afeta animais de todas as idades

 Mais sensíveis → entre 6-12 meses de idade • Bactérias sobrevivem até um mês no solo

EPIDEMIOLOGIA TRANSMISSÃO
• Fatores que podem predispor a erisipela = fatores estressantes
• Contato direto com secreções (saliva, muco nasal)

Mudanças na alimentação
• Ingestão de alimentos ou água contaminados
Temperatura ambiente

Superlotação • Ferimentos na pele

Transporte

SINAIS CLÍNICOS SINAIS CLÍNICOS


• FORMA AGUDA → se caracteriza pela doença septicêmica
• PI: entre 1 a 7 dias
• Manifestação súbita dos sinais clínicos:
• Podem ocorrer nas formas: Morte
Hiperaguda Abortamento
Aguda Depressão
Subaguda Febre alta (~42ºC)
Crônica Dor articular – relutância na movimentação
Lesões cutâneas (eritema)

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SINAIS CLÍNICOS SINAIS CLÍNICOS


• Lesões cutâneas → formato em LOSANGO • Podem ocorrer lesões cutâneas generalizadas por ocasião do abate
em frigorífico.
 Áreas salientes na pele, de coloração púrpuro-escuras

 Facilmente visíveis em animais de pelagem clara


• Agudização da doença → condições de estresse

Patognomônicas • Transporte ou agrupamento de animais de diversas origens no pré-


abate
para a doença

SINAIS CLÍNICOS SINAIS CLÍNICOS


FORMA SUBAGUDA FORMA CRÔNICA

• Animal não aparenta estar doente • Artrite → Aumento das articulações –


dor ao movimentarem-se
• Lesões de pele → menor número
• Insuficiência cardíaca - proliferação de
• Febre moderada e passageira tecido granular nas válvulas cardíacas
→ endocardite vegetativa

DIAGNÓSTICO
• Observação das lesões características

• Laboratorial

• Amostras: sangue, órgãos, pele ou fezes


 Imunodifusão em gel

 Ágar sangue

 PCR

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TRATAMENTO
• Antibiótico – bastante eficaz: penicilina

• Outros antimicrobianos usados para o tratamento incluem:


 Cefalosporinas

 Lincosamidas

 Macrolídeos
 Quinolonas

 Tetraciclinas

CONTROLE E PREVENÇÃO VACINAÇÃO


• Limpeza e desinfecção das baias

• No caso de surtos contínuos em suínos em crescimento:

 Vacinação dos animais com 8 semanas*

• Vacinação de porcas de reposição;

• Vacinação semestral do rebanho reprodutor, incluindo varrões. .

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DÚVIDAS?

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